quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

OS 70 ANOS DE CRIAÇÃO DE ISRAEL

OS 70 ANOS DE CRIAÇÃO DE ISRAEL

Há 70 anos Israel era aceito formalmente como Estado pela ONU.

A  Assembleia histórica foi presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha.

A data de 14 de Maio de 1948 marca uma reviravolta na história de Israel. Nessa data foi oficialmente promulgada a criação do estado de Israel.  Quem presidiu a reunião da ONU foi o brasileiro Oswaldo Aranha.

 Neste ano de 2018 Israel completa 70 anos de sua criação oficialmente. Depois de passar pelo holocausto onde foram dizimados mais de seis milhões de Judeus e depois de muitas lutas sangrentas para defenderem-se de seus inimigos e também com muitas vitórias e algumas baixas, Deus sempre esteve no comando ao lado da nação, vindo sempre com socorro nas horas mais críticas. 

Neste 14 de Maio de 2018 Israel completa 70 anos de retorno oficialmente como nação pela ONU, enfrentando todos os tipos de rejeição dos seus vizinhos Árabes, Palestinos e de outras nações mundo afora. São poucas as nações e governos que apoiam Israel. Mas os Cristãos do mundo inteiro e de todas as nações apoiam Israel porque conhecem a palavra de Deus e sabem que Israel é chamado pelo próprio Deus de “ a menina dos olhos de Deus“.

Vamos ver os fatos históricos da criação do Estado Judeu.

Foi pelo rádio que o mundo soube que se iniciava uma nova etapa da história, quando o brasileiro Oswaldo Aranha, presidente daquela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), decretou que a maioria dos países aceitava, pela primeira vez, a formalização de Israel como um Estado.
A data, histórica para o povo judeu, completa 70 anos neste 14 de maio quando toda a população judaica de Israel que hoje são milhões, certamente vão celebrar a data.  Naquela ocasião de 70 anos atrás tinha apenas cerca de 600 mil pessoas, sairam às ruas e vararam a madrugada em um estado que misturava êxtase, alívio e medo, conforme conta o cônsul de Israel em São Paulo e na região Sul do Brasil, Dori Goren.

Goren nasceu em 1955, nesta mesma Jerusalém que acompanhou com agonia a votação. A capital israelense ainda estava fumegante e já com os bairros árabes e judeus mais divididos, por causa da guerra que se estendeu pelo país, após as nações árabes não reconhecerem a decisão da Assembleia da ONU.

Este dia foi histórico, extraordinário, muito importante para o nosso povo, porque depois de  2 mil anos de exílio, de incerteza, de não ter independência, de não ter um Estado, a comunidade internacional resolveu criar uma nação para o povo judeu.

O evento de 1948 foi acompanhado por multidões em Israel. Os rádios eram escassos. A população se aglomerou diante de aparelhos colocados nas ruas, nos quintais, nas praças, mantendo um silêncio profundo que se integrava aos contornos escuros das colinas de Jerusalém, ao brilho das estrelas como um alento e a voz de Oswaldo Aranha revelando cada voto. Goren, ainda criança, lembra do que ouvia sobre aquele momento épico.

Neste dia o povo inteiro ficou ouvindo o rádio, nem todos tinham, mas deram um jeito de escutar a contagem dos votos. Um por um. A votação e a contagem dos votos se deu em Novembro de 1947, sendo que a data da promulgação foi em 14 de Maio de 1948.  

Um urro visceral, explosão de alegria que era a antítese do estrondo das bombas, tomou conta do novo país, finalmente reconhecido, quando a frase derradeira definiu a votação.
Trinta e três votos a favor. Treze contra. Dez abstenções e um país ausente da votação. A proposta foi aceita.

Mas uma fase difícil estaria por vir. E, conforme Goren lembra, a população judaica estava ciente disso.

Quando Oswaldo Aranha declarou o resultado, todos saíram para bailar, para festejar. Foi uma alegria misturada com a sensação de medo de ser morto, porque todos sabiam que não iria ser fácil. E a Guerra da Independência começou já no dia seguinte.

A proposta em questão foi feita pelo UNSCOP (United Nations Special Committee on Palestine), órgão criado para elaborar a partilha da chamada Palestina até então sob mandato britânico. O Reino Unido controlava a região desde o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando o derrotado Império Otomano perdeu o domínio sobre ela.

O plano de partilha visava dar um basta aos conflitos entre árabes e judeus, que desde décadas anteriores retornaram à região, situação que se acirrou ainda mais após a Segunda Guerra (1939-1945), quando milhões de judeus precisavam encontrar um local que os abrigasse após a brutal perseguição nazista da qual eles foram vítimas.

Goren lembra que a ideia de que os judeus retornassem à terra de onde saíram milhares de anos antes, desde o início da Segunda Diáspora, em 70 d.c, quando foram expulsos pelo Império Romano, já vinha sendo acalentada desde o fim do século 19.

Foi quando se iniciaram ondas imigratórias de judeus de volta à região, devido também às perseguições e aos chamados progroms (ataques violentos aos guetos e às comunidades) que eles sofriam na Europa. A iniciativa da criação de um Estado judaico partiu de Theodor Herzl, nos idos de 1897.

Em seguida à partilha da Palestina, os países árabes iniciaram uma guerra contra Israel. Os combates se intensificaram na chamada Guerra da Independência, após o país se declarar um Estado independente, em maio de 1948. O conflito sangrento se estendeu até 1949, quando o recém-fundado Estado pôde começar a planejar seu crescimento. A partir de então iniciou um amplo processo de desenvolvimento.

Nos anos 50, Israel era um país pobre, com infraestrutura precária, tendo a laranja como principal produto de exportação. Hoje, com cerca de 9 milhões de habitantes, dos quais 7 milhões são judeus e 1,5 milhão são árabes (que têm direito a votos e a serem eleitos para o Parlamento) o país é um dos maiores exportadores de tecnologia e está entre as 20 economias mais prósperas do mundo, segundo Goren.

Segundo Richard J. Goldstone, ex-juiz do Tribunal Constitucional Sul-Africano, que liderou a comissão de investigação da ONU sobre o conflito em Gaza em 2008 e 2009, a partilha da Palestina e a consequente independência israelense nem de longe tiveram como objetivo impor qualquer tipo de supremacia étnica. Apesar de ainda haver, segundo ele, necessidade de maiores avanços nas relações entre as comunidades.

Para sermos precisos, há uma separação “de fato” entre as populações judaica e árabe maior do que Israel deveria aceitar. Muito desta separação é resultado de escolhas das próprias comunidades. Alguns, resultado de discriminação. Mas não é apartheid, que, conscientemente, consagra a separação como um ideal. Em Israel, a igualdade de direitos é a lei, a aspiração e o ideal. Desigualdades são na maioria das vezes derrubadas com sucesso nos tribunais.

Primeira base fixa dos EUA em Israel reforça proteção contra mísseis.

Neste contexto, o cônsul Goren acredita que a paz na região continua a ser um objetivo possível de ser alcançado. Não só entre as comunidades internas mas também em relação à questão externa, dos territórios palestinos, cuja população vive em condições muito difíceis e precisa de uma solução, vinda por meio de um acordo com os governos autônomos locais. O país já caminhou neste sentido, obtendo acordos com a Jordânia, o Egito e se aproximando comercialmente da Arábia Saudita.

Na declaração de independência do Estado de Israel, lida pelo primeiro-ministro David Ben-Gurion, foi dito com destaque que estendemos a mão para os nossos vizinhos árabes e palestinos, para que vivam em paz conosco. A resposta foi a não aceitação por parte deles. Mas tomara que a paz seja um dia alcançada.

Recentemente temos observado as declarações do primeiro ministro de Israel Benjamim Netanyahu de que Jerusalém é a capital indivisível de Israel e também as declarações do Presidente dos Estados Unidos de transferir a embaixada dos EUA de Tel Aviv, atual capital político econômica de Israel, para Jerusalém num ato em concordância com Israel de reconhecimento pleno do Estado Judeu e de sua milenar capital. Donald Trump presidente dos EUA tem programado a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém exatamente no mês de Maio deste ano de 2018.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


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