sábado, 31 de março de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 8

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 8


Este capítulo 8 do livro do Apocalipse trata das quatro trombetas, da abertura do sétimo selo, dos sete anjos com as sete trombetas e das quatro primeiras trombetas que são tocadas. (1-13).

As Primeiras Quatro Trombetas (Apocalipse 8:1-13).

Neste capítulo 8, havia uma grande expectativa do aguardado sétimo selo que ainda não tinha sido aberto. Os primeiros seis foram abertos no capítulo 6, e o sexto foi especialmente severo. O intervalo do capítulo 7 nos assegurou a proteção de Deus aos fiéis que não negaram o nome de Jesus no período da grande tribulação. Chegamos ao capítulo 8 esperando a abertura do sétimo selo. Ao invés de nos trazer, de uma vez, ao fim da revelação do plano de Deus, o sétimo selo abre uma outra série de sete. Este capítulo relata os acontecimentos resultantes quando os anjos tocam as primeiras quatro de sete trombetas.

O Cordeiro Abre o Sétimo Selo (8:1-6).

8:1  Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora.

O Cordeiro abriu o sétimo selo: Depois do intervalo do capítulo 7, o Cordeiro volta ao último selo.

Houve silêncio no céu cerca de meia hora: Aumentando ainda mais a expectativa dos ouvintes, este selo abre com silêncio. Nenhum ser vivente fala. Não se ouve o clamor das almas dos mártires. Não há nenhum terremoto ou outros eventos da ira de Deus por enquanto. O silêncio é total no céu. Novamente a apresentação dramática destaca a importância da revelação e da reverência devidas a Deus. Moisés, em um de seus discursos finais a Israel, disse: “Guarda silêncio e ouve, ó Israel! Hoje, vieste a ser povo do SENHOR, teu Deus. Portanto, obedecerás à voz do SENHOR, teu Deus, e lhe cumprirás os mandamentos e os estatutos que hoje te ordeno”. (Deuteronômio 27:9-10). 

Quando Habacuque questionou a execução da justiça de Deus e ouviu as advertências dirigidas aos malfeitores, ele ouviu a proclamação que “O Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”. (Habacuque 2:20). 

O silêncio diante de sofrimento reflete a confiança em Deus: “Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio”. (Lamentações 3:26). Dizem os pregadores que quando Deus está em silêncio é porque está trabalhando.

8:2 Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.

Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas: De novo, fica claro que Deus manda e que as revelações das trombetas veem do Senhor. Sete anjos em pé diante do trono do Senhor recebem as trombetas. Trombetas tinham diversas funções no Antigo Testamento. (Números 10:1-10). 

Dois usos têm significado relevante aqui. 

Serviam para soar o alarme no caso de guerra, e para convocar a multidão ao santuário de Deus. 

As sete trombetas vão anunciar guerras divinas contra os ímpios.

8:3  Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono;

Outro anjo ficou de pé junto ao altar: O altar de incenso, que ficava diante do trono de Deus.

Incensário de ouro, muito incenso, orações de todos os santos: Este anjo age como se fosse um sacerdote levando o incenso e as orações ao trono do Senhor. Foi uma das responsabilidades importantes dos sacerdotes levitas no Velho Testamento. (Êxodo 30:7-9). O sangue sacrificial e o incenso aromático serviam para evitar a morte dos servos de Deus. (Levítico 16:11-14; Números 16:46).

8:4 e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.

Subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos: Davi falou para o Senhor: “Suba à tua presença a minha oração, como incenso”. (Salmo 141:2). 

As taças de incenso representam as orações dos santos. (5:8). O anjo entrega as orações, que sobem à presença de Deus.

8:5  E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.

O anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra: O incensário servia para levar as petições dos santos ao Senhor. Agora, serve também para trazer uma resposta divina. Se os santos pedem justiça (6:10), é justiça que verão e terão. O anjo enche o incensário do fogo do altar e o atira à terra. Encontramos uma cena semelhante em Isaías 6, onde um serafim tira uma brasa do altar para purificar o profeta. (Isaías 6:6-7). A purificação que segue no Apocalipse vem por meio do castigo dos ímpios. Fogo do céu tem duas funções na Bíblia:

1. Consumir os sacrifícios oferecidos ao Senhor. (1 Crônicas 21:26; 2 Crônicas 7:1). 

2. Castigar os inimigos de Deus. (2 Reis 1:10,12; Lucas 9:54). 

Podemos ver aqui os dois sentidos, pois a morte dos inimigos de Deus apazigua a ira divina. Ouve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto: Os servos aguardam em silêncio, e Deus responde com trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.

 Asafe escreveu: “Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta. Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar. Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga. Escuta, povo meu, e eu falarei: Eu sou Deus e fora de Mim não há outro”. (Salmo 50:3-7).

8:6 Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.

Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar: O sétimo selo revela as sete trombetas. Este versículo é a transição que introduz a próxima série de sete. Os sete selos foram divididos em quatro (anunciados pelos quatro seres viventes) e três, com um intervalo entre o sexto e o sétimo que mostrou a proteção divina para os fiéis. De modo semelhante, as trombetas podem ser divididas em quatro e três (estas últimas chamadas de ais). 

Depois do anjo tocar a sexta trombeta, encontramos cenas diferentes que tratam da missão de João, da proteção dos fiéis, e da vitória das testemunhas do Senhor.

A Primeira Trombeta. (8:7).

8:7 O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde.
O primeiro anjo tocou a trombeta: Cada uma das sete trombetas será tocada por um dos anjos apresentados no versículo 2.

Houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. A primeira trombeta nos lembra das pragas usadas para castigar os egípcios. Na sétima praga, caiu “chuva de pedras e fogo misturado com a chuva de pedras”. (Êxodo 9:24). 

Na primeira, as águas se tornaram em sangue.(Êxodo 7:17).

Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde e ainda não chegamos ao castigo total ou final, pois esta trombeta fala da destruição da terça parte da terra, especificamente das plantas. A terça parte é citada em outros castigos desta série. (veja 8:8,9,10,11,12; 9:15,18).

A Segunda Trombeta. (8:8-9).

8:8 O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue,

Observe que uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar: nada pode aqui ou em qualquer lugar impedir o poder de Deus. Somente o Senhor tem tal poder sobre montanhas. Deus cria os montes e pode pisar os altos. (Amós 4:13). 

É somente quem pode queimar uma montanha em julgamento. (Miquéias 1:3-5), ou até atirá-la no mar para cuidar dos seus servos, se for necessário. (Mateus 21:21). Deus deu a Zorobabel a vitória sobre o grande monte. (Zacarias 4:7). Quando Deus revelou as suas intenções de castigar a Babilônia, ele usou linguagem semelhante à da segunda trombeta: “Eis que sou contra ti, ó monte que destróis, diz o SENHOR, que destróis toda a terra; estenderei a mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte em chamas.

De ti não se tirarão pedras, nem para o ângulo nem para fundamentos, porque te tornarás em desolação perpétua, diz o SENHOR”. (Jeremias 51:25-26).

Montanhas frequentemente representam autoridades ou reinos. (Isaías 2:2). O mar servia como um dos principais meios de comércio. (Isaías 23:2; Ezequiel 27:3). Neste sentido, a segunda trombeta pode sugerir um castigo que atinge a economia. O mar, também, pode representar os povos do mundo (Salmo 98:7; Isaías 23:11; 41:5; Ezequiel 26:16-18; Daniel 7:2-3). O castigo aqui seria a derrota de uma grande autoridade, atingindo os povos da terra. 

O termo “Cuja terça parte se tornou em sangue”: Significa que novamente ele usa linguagem da primeira praga no Egito. (Êxodo 7:17). 

É um castigo grave, mas não total.

8:9 e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações.

E morreu a terça parte da criação que tinha vida, significa que foi destruída a terça parte das embarcações. O mar está cheio de vida, mas esta trombeta destrói um terço das criaturas do mar. Também afeta o comércio, destruindo um terço das embarcações. Na época do Novo Testamento, os romanos dominavam um império construído pelo controle do Mar Mediterrâneo. A expansão do poder romano durante quase quatro séculos havia garantido domínio sobre as principais rotas comerciais entre três continentes a Europa, a Ásia e a África. Uma praga que destrói a terça parte das embarcações deixaria o império aleijado e enfraquecido.

A Terceira Trombeta. (8:10-11).

8:10  O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha.

Vejam que caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela: 

A terceira trombeta desta série de castigos usa uma estrela para atingir as águas doces que os homens precisam para beber. As estrelas, como parte da criação de Deus, lhes servem como guia noturno para as fontes das águas.  (Salmo 148:3). 

Ele tem poder para usar as estrelas nas suas batalhas a favor dos fiéis e assim Ele o fará (Juízes 5:20) e como instrumentos de castigo também. (Mateus 24:29; Apocalipse 6:13). 

O efeito desta estrela é a poluição da terça parte dos rios e das fontes de águas.

8:11 O nome da estrela é Absinto.

“e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas”.

O nome da estrela é Absinto; Absinto é uma erva que aqui representa amargura (Lamentações 3:15,19) e especialmente o veneno de castigo divino. (Provérbios 5:4; Jeremias 9:15; 23:15).

Aqui, Deus ataca as águas potáveis, nos lembrando do efeito da primeira praga no Egito. (Êxodo 7:20-21). 

Quando Deus abençoou o seu povo, ele tornou doces as águas amargas de Mara. (Êxodo 15:25-26). Aqui, ele faz ao contrário para castigar os ímpios.

A Quarta Trombeta. (8:12).

8:12 O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite.

Foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles não brilhassem. 

A linguagem usada para descrever o efeito da quarta trombeta é típica de profecias de visitações divinas, pois Deus controla os corpos celestiais em qualquer dimensão ou galáxia. (Isaías 40:26; Jeremias 31:35).

Isaías transmitiu a profecia contra a Babilônia da seguinte forma: “Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz”. (Isaías 13:10). 

Ezequiel usou a mesma linguagem na profecia contra Faraó, rei do Egito (Ezequiel 32:7). Joel a empregou nas suas descrições de castigos divinos (Joel 2:10; 3:12). 

Como nos cumprimentos das profecias do Velho Testamento, a profecia da quarta trombeta não é do fim do mundo, é apenas a cólera de Deus sobre os desobedientes que blasfemarem contra o próprio Deus. Descreve também o castigo empregado à muitas pessoas e multidões aqui na terra. O fato de envolver a terça parte do sol, da lua e das estrelas confirma a interpretação de um castigo parcial.

O Aviso da vinda das três últimas trombetas. (8:13).

8:13 Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda teem de tocar.

Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu: Os sete selos foram divididos, com uma série de quatro seguida por outra série de três. As trombetas são divididas da mesma maneira. Já passaram quatro. Agora, uma águia anuncia a vinda das últimas três, evidentemente mais severas do que as primeiras.

A águia é conhecida universalmente como um forte predador, aqui voando pronta para descer e tomar a sua presa.

“Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar”. A palavra “ai” demonstra dor, lamento e pranto. Repetida três vezes, sugere dor extrema, um pré-anuncio dos castigos mais severos por vir. Novamente, a mensagem se aplica às pessoas na terra.

Concluímos sobre este capítulo do Apocalipse que:

As primeiras quatro trombetas anunciarão  terríveis castigos divinos sobre a terra. O que virá nas últimas três trombetas (nos capítulos 9, 10 e 11), serão ainda mais aterrorizante do que as aflições que já passaram.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


quinta-feira, 29 de março de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 7

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 7


Este capítulo 7 do Apocalipse trata dos 144.000 e os mártires na glória. Os Israelitas são salvos de perigos iminentes. (1-17).

Há uma pausa entre a abertura do sexto e do sétimo selos; Deus pára o julgamento por um breve espaço de tempo enquanto sela os 144.000 judeus que levarão sua mensagem até os confins da terra. Não fica totalmente claro que esses judeus serão embaixadores do Senhor, porém presumimos que ele os sela por essa razão. Vimos que se aproxima o dia da cólera de Deus (6:15-17) e, por isso, ele traz bonança à tempestade a fim de estender sua misericórdia aos judeus e aos gentios. Essa passagem apresenta dois grupos de pessoas redimidas:

I. Os judeus selados que são salvos de perigos iminentes. (7:1-8).

Os ventos do céu falam do julgamento de Deus, e, nessa passagem, os julgamentos caem especificamente sobre a terra, o mar e a vegetação. Talvez os quatro anjos que "seguram os ventos da terra sejam os mesmos que soaram as quatro primeiras trombetas, pois os julgamentos são semelhantes (veja 8:6-12). O que vem do Oriente segura  o selo de Deus. O selo representa posse e proteção; leia 9:4. Hoje, o Espírito Santo sela o cristão (Ef 1:13-14). O ato de selar acontece no momento em que o pecador crê em Cristo e garante ao crente a vida eterna e a habitação no céu. O anjo com o selo ordena que os outros retenham o julgamento até que os servos do Senhor sejam selados e, assim, poupados do julgamento por vir. Veja uma cena paralela em Ezequiel 9. Lembre-se que Cristo disse que os anjos do Senhor participariam do trabalho de juntar seus eleitos (Mt 24:31). Além dos anjos dos ventos, temos os anjos do fogo (14:18) e os da água (16:5). Esses anjos são os ministros especiais de Deus que supervisionam a atividade da natureza.

Todos esses servos selados são judeus: há 12.000 judeus de cada tribo de Israel. Infelizmente, alguns cristãos bem-intencionados ensinam que esses 144.000 simbolizam a igreja (o novo Israel), e isso não é possível, porque, nesse ponto da  história, a igreja já não estará mais na terra. Os 144.000 são judeus de verdade que estarão vivos nessa época. Provavelmente, eles serão ganhos para Cristo pelo ministério de Moisés e de Elias, as duas testemunhas que pregarão durante o período da tribulação (veja 11:1-12). Talvez esses judeus sejam escolhidos como missionários do Senhor, 144.000 "apóstolos Paulo" que levarão o evangelho às nações! Esse evento cumpre a profecia de Cristo, relatada em Mateus 24:14, e resulta na salvação de milhares de gentios (7:9ss). Imaginamos o que podem fazer 144.000 ministros desse gabarito ao lembrarmos quantas almas Paulo ganhou durante seu ministério!

A tribo de Manassés substituiu a de Dã, que está faltando nessa lista. Parece que as razões para a exclusão da tribo de Dã são as seguintes: (1) Dã levou Israel à idolatria (jz 18:30; 1 Rs 12:28-30); (2) além disso, Deus prometera destruir o nome dos idólatras (Dt 29:18-21).

II. Os gentios salvos. A visão dos mártires na glória. (7:9-17).

Os judeus foram contados, porém essa multidão de salvos não pode ser contada. Esses gentios são o fruto do trabalho dos 144.000 judeus e vêm de todas as nações da terra. Eles não fazem parte da igreja, já que os vimos diante do trono, e não nos tronos como os anciãos. O versículo 14 deixa claro que eles vêm (não vieram) da grande tribulação. Aqui, João vê-os diante do trono celestial louvando a Deus e ao Cordeiro. As "palmas" sugerem a Festa dos Tabernáculos do Antigo Testamento (Lv 23:40-43), evento em que Israel regozijava-se pelas bênçãos do Senhor. Eles usam "vestiduras" brancas, o que indica a justiça deles adquirida por intermédio do Cordeiro. O versículo 14 afirma que eles foram salvos pela fé em Cristo, a única forma de sermos salvos no tempo da grande tribulação porque a porta da graça fechou com o arrebatamento da igreja. 

Os versículos 15-17 enumeram as provações que esses gentios sofreram na terra. Passaram fome e sede, pois foram vítimas da escassez de alimento e de água limpa. Eles não tinham refúgio para o calor do dia. Eles choraram e sofreram provações. Mateus 25:31-46 fala de "ovelhas" que amam os judeus e os ajudam durante a tribulação, entre as quais é provável que estejam esses gentios. Esses crentes recusaram-se a receber a marca da "besta" (13:16- 18) e, por isso, não podem comprar nem vender nada. Eles incorreram na ira dos governantes por causa da amizade com os judeus odiados e perseguidos. Claro que também sofreram os terríveis julgamentos da tribulação: o racionamento de alimento (13:17); a transformação de água em sangue (16:4); e a queimação com fogo (16:8-9).

Veja que os 144.000 sobrevivem à tribulação, enquanto as multidões de crentes gentios darão a vida durante esse período horrível. (Lembre-se das almas sob o altar de 6:9-11.) Deus recompensará esses gentios crentes e lhes dará glória por causa do sofrimento por que passaram. Muitos estudiosos acreditam que no reino milenar se cumprirão as promessas dos versículos 14-17, em vez de no céu. Apocalipse 20:4 indica uma ressurreição especial para esses mártires da tribulação e promete que viverão e reinarão durante o reinado de Cristo no milênio. No entanto, temos bons motivos para aplicar os versículos 14-17 à condição abençoada dos santos de Deus, os que agora estão na glória.

Em suma, vemos que Israel voltou à sua antiga terra de descrença. Inicia-se a adoração no templo. O anticristo governará sua grande coligação de nações à partir do templo em Jerusalém quando edte já estiver pronto e com o sacrifício restabelecido, e o mundo se convulsionará por guerras, fome e caos político e econômico. As duas testemunhas (Moisés e Elias) pregam em Israel, e Deus selou o remanescente da nação, os 144 mil judeus, para ser suas testemunhas em meio aos gentios. Sem dúvida, o ministério deles será perseguido, e muitos serão presos (Mt 25:36). Todavia, os gentios convertidos os ajudarão, e muitos gentios darão a vida pelo evangelho por causa de seu testemunho.

Muitos estudiosos creem que 2 Tessalonicenses 2:11-14 indica que as pessoas que rejeitam o evangelho com obstinação, durante essa era da graça, não poderão ser salvas depois do arrebatamento da igreja. Eles argumentam que as pessoas que não creem na verdade, acreditarão na mentira. Elas não apenas deixaram de ouvir e de entender a Palavra, como também a rejeitaram de pronto. De qualquer forma, após o arrebatamento da igreja, uma multidão de gentios vai crer no evangelho e estar disposta a entregar a vida por Cristo. Sim, as pessoas serão salvas durante o período da tribulação, mas pagarão um alto preço por isso, pagarão a sua salvação com o derramar do seu próprio sangue.

Portanto é muito mais sábio receber e aceitar a Cristo hoje.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


terça-feira, 27 de março de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 6

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 6



O livro de Apocalipse capítulo 6 nos traz os fatos da abertura dos primeiros seis selos. (1-17).

O que se encontra registrado nos capítulos 6-9 é o que Jesus disse ser o princípio das dores de Mt. 24.1-8; e também o início da septuagésima semana de Daniel. Dn. 9.24-27.


O Cordeiro Abre os Primeiros Quatro Selos. (Ap 6:1-8).

Nos atos que se seguem, Cristo, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, abre os selos. Os quatro cavaleiros que aparecem por ocasião da abertura dos quatro selos representam Conquista, Guerra, Fome e Morte. Estas têm sido as maldições da humanidade desde seus primórdios e que continuam a se repetir. Alguém com a ambição de conquistar o mundo com promessas de paz, mas se utiliza da guerra, que traz fome, que traz morte. Aqueles crentes do primeiro século estavam vivenciando este drama e muitos outros séculos depois, outros crentes teriam experiências semelhantes.

"Conquista”: O primeiro cavaleiro cavalga um cavalo branco, empunha um arco e se chama "Conquista". Ele representa todo indivíduo que se empenha em conquistar o mundo pela força. Poderia representar Domiciano, Hitler ou outro conquistador ainda por surgir.

"Guerra”: O segundo cavaleiro, que se chama "Guerra", utiliza um cavalo vermelho. Foi lhe dado "tirar a paz da terra, para que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dado uma grande espada". Inevitavelmente, a guerra é o resultado da ação de conquista.

"Fome”: O terceiro cavaleiro é a "Fome". 

Ele cavalga um cavalo preto e na mão, segura uma balança. Uma voz fala em trigo, cevada, azeite e vinho. O simbolismo da balança sugere a escassez de alimento, que tem que ser racionado. Ainda hoje vemos exemplos da maneira pela qual a guerra traz a fome, como é o caso de eventos recentes no Cáucaso, em Ruanda e em outros países da África, bem como na Síria, no Iraque, no Afeganistão, na Ucrânia, Venezuela, etc.

"Morte”: O nome do quarto cavaleiro, é "Morte". 

Ele cavalga um cavalo amarelo. Segue-o o Hades. O sentido é "morte que segue a morte". Assim, esse quarto cavaleiro completa a obra dos seus três precedentes. 

O Quinto Selo: Os Mártires (Ap 6:9-11).

Quando o Cordeiro abre o quinto selo, o simbolismo se modifica. Nos atos anteriores, vimos os meios pelos quais Deus pode exercer seu julgamento e algumas de suas ações. Aqui, vemos a razão desse julgamento. Debaixo do altar, João vê "as almas dos que foram mortos por causa da palavra de Deus, e por causa do testemunho que deram". É claro que João se refere primariamente aos mártires do período conhecido por ele na história secular, sem, entretanto, descartar outros mártires que viriam ou virão. A cada mártir é dado um vestido branco, símbolo de vitória e pureza, e se lhes diz que tenham paciência. O tempo ainda não está maduro para a retribuição de Deus. No fim, entretanto, o juízo e a vitória de Deus chegarão. 

O Sexto Selo: O Terremoto, o Fim dos Séculos (Ap 6:12-17).

Quando o sexto selo é aberto, João vê uma série de cataclismos. Há alguma controvérsia sobre o significado dos fenômenos descritos neste trecho, se eles se referem a catástrofes localizadas ou se trata de uma antevisão simbólica do juízo final e do fim dos tempos. Seja qual for a interpretação, esta parte do drama simboliza o poder de Deus contra aqueles que rejeitam a Ele e ao seu plano de salvação. 
A partir disso, poder-se-ia perguntar o que acontecerá com os crentes que não forem arrebatados e como será para eles enfrentarem essas duras catástrofes destruidoras? Será que eles escaparão ou serão vitimados por essas catástrofes? 

Vamos relatar de uma maneira simplificada,  porém compreensível, sobre os sete selos do Apocalipse:

Resumidamente os sete selos são o seguinte:

O selo nos tempos bíblicos era um lacre (Daniel 6.17) que fechava as cartas (I Reis 21.8) com uma marca feita com sinete semelhante a um carimbo sobre uma massa. O livro visto pelo apóstolo João estava selado com sete selos para confirmar que estava bem fechado e só poderia ser aberto por seu destinatário que deveria ser alguém digno (Apocalipse 5.2). À medida que os selos vão sendo abertos, acontecimentos revelam o que significam suas palavras.

1° Selo: Cavalo Branco: Apocalipse 6.1,2.

Ao abrir o primeiro selo surgiu um cavalo branco que representa o engano com a união das nações. Primeiro o inimigo vem com aparência de bondade, mas na verdade quer iludir as pessoas (II Coríntios 11.14). Vários movimentos como A ONU, União Européia, Mercosul e outros propõem a união de estados, de países. 

2° Selo: Cavalo Vermelho: Apocalipse 6.3,4.

Quando o Cordeiro abriu o segundo selo apareceu um cavalo vermelho que simboliza o derramamento de sangue. Este cavaleiro anunciou guerras e rumores de guerras entre as nações. O grande número de conflitos, bem como a violência urbana são sinais de que este cavaleiro já está cavalgando sobre a terra.

3° Selo: Cavalo Preto: Apocalipse 6.5,6.

O terceiro selo apresentou um cavalo preto que trouxe fome e falta de alimentos à terra. A má distribuição de renda provocará uma grande fome nos últimos dias e a falta de alimentos poderá ser causada por problemas na agricultura, desde o plantio insuficiente até perda de lavouras por problemas climáticos.

4° Selo: Cavalo Amarelo: Apocalipse 6.7,8.


O quarto selo mostrou um cavalo amarelo que significa a morte por doenças e pestes. Nos últimos tempos tem surgido novas bactérias e vírus muito mais resistentes aos medicamentos conhecidos que podem causar grandes danos à população mundial. Várias epidemias consideradas controladas estão voltando com força maior.

Portanto os 4 cavaleiros significam:

1. Cavalo Branco: Promoverá engano das nações e dos povos da terra.

2. Cavalo Amarelo: Representa a morte. Aumentará a mortandade sobremaneira.

3. Cavalo Vermelho: Representa a Guerra. Serão guerras constantes em toda a terra e com grande ímpeto de destruição.

4. Cavalo Preto: Representa a Fome. A escassês de alimentos aumentará assustadoramente.


5° Selo: Mártires: Apocalipse 6.9-11.


O quinto selo mostrou as almas dos mártires guardadas debaixo do altar de Deus. Isso revela seu valor e importância para o Senhor que as preservou junto de si. Receberam vestes brancas e ficaram em repouso de todo seu sofrimento. Este selo alerta que muitos serão martirizados por causa da sua fé nos últimos dias. (Apocalipse 6.11).

6° Selo: Apocalipse 6.12-17.

A abertura do sexto selo trouxe desastres ambientais principalmente por causa da poluição e destruição da natureza. Terremotos e problemas climáticos tem se tornado cada vez piores com o passar do tempo.

Há um parêntese entre os capítulos 6 e 8 para dar lugar a outros eventos em andamento no capítulo 7. Colocamos aqui o sétimo selo que está no capítulo 8 somente para completar a abertura dos 7 selos. 

(7° Selo: Apocalipse 8.1-6).

Quando o último selo foi aberto, apareceram Sete Anjos com 7 Trombetas para os anúncios do fim. Este momento revela uma nova etapa da revelação quando outros sete fatos darão continuidade ao propósito de Deus para a humanidade.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



domingo, 25 de março de 2018

LIVRO DO APOCALÍPSE CAPÍTULO 5

LIVRO DO APOCALÍPSE CAPÍTULO 5


 O capítulo 5 de Apocalipse trata da visão do livro selado e uma pergunta sobre  o livro ecoou no universo: quem é digno de abrir esse livro?


"Vi... um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro, e lhe romper os selos?". (Ap 5.2).

Este capítulo trata do livro selado com sete selos. Somente o Cordeiro é digno de abri-lo. 

Selo significa segurança de uma correspondência. Somente a pessoa a quem foi endereçada, pode abrir. Neste caso somente o Cordeiro foi achado digno de abrir aquele livro.


João viu a porta aberta no céu e as coisas impressionantes que ele ouviu são: uma voz como de trombeta que lhe dizia: "Sobe e eu te mostrarei as coisas que depois destas devem acontecer". O que esteve antes destas coisas foram as Cartas às igrejas da Ásia. Ele viu um trono no céu, e nele Alguém assentado. A linguagem bíblica O descreve como semelhante a uma pedra de jaspe, de sardônio (v. 3). Ao redor do trono um arco-íris que se parecia a uma esmeralda.

Tudo aqui é descrito de modo a chamar a atenção para algo majestoso, grandioso. Não é um simples trono, mas um trono onde quem está assentado tem a aparência bem diversa dos que se sentam em tronos humanos. 24 tronos estão ao seu redor. 

Neles estão 24 anciãos, ou seja, 12 representam as tribos de Israel no Antigo Testamento, 12 representam os apóstolos, o Israel da Nova Aliança, vestidos de branco, sinal de pureza espiritual, suas cabeças portam coroas de ouro, afinal, "sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida" é a promessa de uma das cartas. No entanto, essas coroas não estão ali para reverenciar, homenagear, magnificar, exaltar esses anciãos no trono. Eles tomam as coroas e depositam diante do majestoso trono de Deus.

Diante desse trono ardiam 7 lâmpadas de fogo que são os 7 espíritos de Deus. Lembrem-se que sempre que a Palavra "fogo" aparece nas Escrituras, está associada a uma manifestação divina: no portão do paraíso, uma espada de fogo (Gn 3.24); a manifestação da presença de Deus (a shekinah) na sarça ardente (Ex 3.2); colunas de fogo no deserto à noite (Nm 14.14); no Pentecoste, as línguas como que de fogo (At 2.3); no inferno, um lago de fogo significando a justiça de Deus sobre os ímpios, injustos e pecadores (Ap 20.10), e não o "reinozinho" de Satanás, como muitos pensam, pois é a sua prisão.

Aparecem também 4 seres viventes com olhos por diante e por trás. São monstros? Não; é apenas o símbolo de vigilância perene diante de Deus. Jesus ensinou sobre a vigilância: "vigiai e orai..." (Mt 26.41). Aqui é diferente; é "vigiai e louvai", porque tudo o que fazem, só o que fazem é louvar a Deus (Ap 4.8).

Uma profunda marca da Igreja de Jesus Cristo em todas as épocas é a esperança, a grande virtude cristã em todos os tempos. Outro modo do cristão dizer este sentimento é usar a expressão "Segunda Vinda de Cristo". Falar de esperança e da Parousia, o Retorno de Cristo, é falar da mesma realidade. Quando celebramos a Ceia do Senhor, celebramos a esperança. A instrução que temos é "até que Ele venha" (1Co 11.26). Os escritores do Novo Testamento falaram sobre essa abençoada futura realidade como o apóstolo Paulo que disse, "Damos sempre graças a Deus... por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus... por causa da esperança que vos está preservada nos céus..." (Cl 1.3-5). E, ainda, "A graça de Deus se manifestou salvadora, educando-nos para que vivamos aguardando a bendita esperança e manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o nosso Senhor".(Tt 2.11-13). Quer dizer, a esperança associada à Segunda Vinda. E, fazendo uma união entre a Segunda Vinda e as pressões espirituais e, mesmo, físicas, exorta o apóstolo Paulo, "regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação. (Rm 12.12). Alguém aí sabe o que é ser paciente na tribulação?

A tribulação vem, e precede a Segunda Vinda de Cristo e a Grande Tribulação, razão porque Paulo exorta a que sejamos pacientes aguardando a gloriosa Parousia, que nos vai libertar de tudo o mais! Há, portanto, uma íntima ligação entre sofrimento e o retorno de Cristo Jesus. Percebe-se com absoluta clareza o carinho de Deus ao conceder à nascente e sofredora Igreja do primeiro século o livro cheio de encorajamento e de visão da vitória final que é o Apocalipse. Compreende-se o porquê de tantos símbolos, expressões cifradas, figuras medonhas, até, retratando a tremenda luta espiritual entre o Bem e a Malignidade.

É nesse ponto que surge um livro fechado; um livro selado. São sete selos, ou seja, bem fechado, completamente fechado. Esse livro guarda um segredo. A propósito, para quem gosta de filigramas linguísticas, a palavra "selo" vem da língua-mãe latina sigilus, que significa precisamente isso: "segredo, sigilo". 


A visão do livro selado (5.1-14)


O livro visto pelo apóstolo João estava escrito por dentro e por fora, mas fechado com sete selos. Um mensageiro de Deus fazia uma proclamação que é ao mesmo tempo um desafio, levando o vidente a se lamentar porque ninguém tinha dignidade suficientemente o bastante para abri-lo e nem sequer para olhá-lo. Logo foi tranquilizado por um dos anciãos do capítulo 4 que lhe assegurou que o Cristo Vivo, o Cristo Vitorioso, o Messias Exaltado era absoluta e perfeitamente digno de romper os selos e abrir o livro. Só Jesus Cristo pode abrir o livro que guarda o segredo.

Nesse ponto da narrativa, João vê algo diferente no meio da cena; lembremos a cena: o majestoso trono, os 24 tronos, os 24 anciãos, as 4 criaturas com faces de leão, touro, homem e águia, um Cordeiro com aspecto de morto que porta 7 chifres, 7 olhos, e, no entanto, estava vivo. Tem aspecto de morto mas está bem vivo. O Cordeiro tomou o livro do que estava no trono, e todos na cena como um grande coro se prostraram em grande reverência e cantavam a dignidade d’Aquele que comprou para Deus com Seu sangue um povo formado de salvos de todas as tribos, línguas e nações para fazê-los sacerdotes do Deus Vivo! Que cena extraordinariamente maravilhosa! E, assim, cantavam:

“Digno és Senhor de tomar o livro, e de abrir os seus selos, porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo e nação. Para nosso Deus os fizeste reino e sacerdotes e eles reinarão sobre a terra" (vv. 9, 10).

Se a visão tivesse terminado no acima exposto, já seria o bastante. Mas não foi o que aconteceu, porque bilhões de anjos rodeando o trono celestial cantavam a mesma dignidade e honra do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo:

"Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor" (v. 12).

E a visão maravilhosa continuava ainda mais linda e mais preciosa porque se ouvia que:  “ toda criatura no céu, na terra, debaixo da terra e sobre o mar, tudo louvava o Cristo de Deus com exclamações de "Amém!" (v. 14).

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor 


sexta-feira, 23 de março de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 4

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 4



Este capítulo trata de uma porta aberta no céu e a glória de Deus. Trata também da visão do trono ds majestade de Deus e sua total soberania, dos vinte e quatro anciãos e dos quatro animais .
     
Após as sete cartas o livro não fala mais nada sobre a igreja, ela desaparece do livro e só volta a ser citada no capítulo dezenove quando da volta gloriosa de Jesus. (Ap 19: 11 a 21). 

João representa a tipificação da igreja no livro do Apocalipse. João sobe ao céu arrebatado em espírito e contempla o trono e a glória de Deus. (Ap 4: 1-2).

Muitos creem ser o arrebatamento de João ao céu uma figura do arrebatamento da igreja que ocorrerá antes da grande tribulação como vemos aqui. João passa a ver do ponto de vista do céu as coisas que vão ocorrer aqui na terra.

A Visão do Trono e da glória de Deus. (Apocalipse 4:1-11).

Depois de terminar as cartas aos anjos das sete igrejas, João passa para uma nova parte da revelação. Os capítulos 4 e 5 mostram a glória de Deus, apresentando primeiro o Pai no seu trono e, depois, o Filho glorificado ao lado dele. A cena nestes dois capítulos pode ser comparada especialmente com a de Daniel 7:9-14.

4:1 Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.

Depois destas coisas, olhei: Chegamos a uma transição na mensagem do Apocalipse. Jesus já ditou as suas cartas a cada uma das sete igrejas. O resto do livro pertence a todas elas e, obviamente, serve para a instrução de outros discípulos em outros lugares e em outras épocas.
João olhou e viu, frisando novamente a natureza desta revelação. Deus continuou mostrando visões ao apóstolo.

Ele vê uma porta aberta no céu: João viu uma porta aberta dando-lhe acesso ao céu! Aqui a ênfase não está no acesso ao céu em termos da salvação final e eterna dele, nem no sentido de entrar em comunhão com Deus (sentidos encontrados em trechos como João 1:51; Atos 7:55-56; veja também Efésios 2:6; Filipenses 3:20). João viu o céu aberto porque Deus queria lhe mostrar as coisas que estavam acontecendo lá (compare Ezequiel 1:1). Jesus já falou, transmitindo-lhe mensagens importantes para as igrejas. Agora, João subira ao céu, nestas visões, para buscar outras mensagens para os servos do Senhor na terra.

A primeira voz que ouvi, como de trombeta: A mesma voz de 1:10. Naquele trecho, João virou para ver quem falava e viu Jesus no meio dos candeeiros.

Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas: O Filho de Deus convida João para ver, no céu, as coisas que iam acontecer. Em 1:19, ele falou para João escrever o que ele viu, o que estava acontecendo naquele momento, e o que ia acontecer depois. Tudo isso ainda está dentro dos limites de tempo de “em breve” e “próximo”. Jesus já falou sobre o estado das igrejas naquele momento (capítulos 2 e 3), e agora começa a falar sobre as coisas que estes discípulos ainda teriam de enfrentar. Interpretações que procuram inserir milhares de anos entre os capítulos 3 e 4 não têm nenhuma base aqui. “Depois” simplesmente sugere uma sequência de transição entre o que já passou e o que ia acontecer. Tudo aconteceu,  acontece e acontecerá segundo à presciência de Deus. 
4:2 Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado;
Imediatamente, eu me achei em espírito: A mesma expressão que João usou em 1:10, frisando seu estado de receber revelações por meio de visões.

João viu armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado: Esse trono no céu era algo diferente, era um trono esplendoroso. Muitos vizinhos dos cristãos da Ásia achavam que o trono principal do universo estivesse em Roma, e que o imperador sentado nele fosse o deus supremo. Outros vizinhos adoravam outros diversos deuses e deusas. Mas João convida todos os seus leitores a enxergarem, por meio desta visão, o trono no céu e o verdadeiro Deus sentado nele. O trono de Deus é mencionado 38 vezes no Apocalipse, repetidamente frisando o tema da soberania de Deus e do seu domínio sobre os reinos da terra. A descrição da pessoa sentada no trono e do seu ambiente no céu veem nos versículos seguintes.
4:3 e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.

João jamais acharia palavras adequadas para descrever perfeitamente a aparência de Deus. Ele começa a explicar, usando comparações com coisas conhecidas, a visão que ele teve do Soberano no seu trono celestial.

Pedra de jaspe e de sardônio, arco-íris semelhante a esmeralda: Duas pedras brilhantes refletem sua luz e produzem o efeito de um arco íris ao redor do trono. Como é o caso de muitas pedras preciosas, as cores de jaspe e sardônio não são únicas e absolutas. Alguns comentaristas sugerem jaspe branco (veja 21:11, que fala de “jaspe cristalina”) e sardônio vermelho (possivelmente sárdonix), assim sugerindo, respectivamente, a santidade e a justiça de Deus. O salmista disse que “justiça e juízo” ou “justiça e direito são o fundamento” do trono de Deus (Salmo 89:14; 97:2). 

Outros sugerem que o jaspe fosse verde, a cor mais comum desta pedra, uma explicação que combina com a cor de esmeralda do arco-íris. Independente das cores refletidas, certamente a luz da glória de Deus e o fogo de seu poder saem do seu trono (veja Isaías 60:1-2; Daniel 7:9-10; Ezequiel 1:26-28; 10:1; Salmo 97:2-3). Esta luz mostra seu poder para julgar e castigar. O arco-íris nos lembra, também, da benevolência de um Deus que faz aliança com as suas criaturas. (Gênesis 9:12-13; Ezequiel 1:28).

4:4 Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.

Ao redor do trono: João começa com a figura central, aquele sentado no trono, e começa a olhar ao redor. Tudo começa com Deus.
Vinte e quatro tronos, vinte e quatro anciãos: Vinte e quatro tronos representam aqueles que reinam com Deus, uma descrição da igreja, dos vencedores vestidos de branco que recebem suas coroas e reinam com o Senhor (2:10,26-27; 3:4-5,11,21). Qual o significado do número 24? Duas explicações diferentes chegam à mesma conclusão. Alguns entendem 12 tribos, representando o povo de Deus no Velho Testamento, mais 12 apóstolos, representando o povo dele no Novo Testamento, dando um total de 24. Outros sugerem 24 como o número de turnos de sacerdotes no Velho Testamento (veja 1 Crônicas 24:1,7-19). Assim entendemos o reino de sacerdotes (1:6) ou sacerdócio real (1 Pedro 2:9) composto de pessoas que entram “na Casa do Senhor” (1 Crônicas 24:19). No final, estas duas interpretações do significado dos 24 anciãos chegam ao mesmo entendimento prático: representam o povo de Deus. São nobres nos seus tronos sujeitos ao Soberano Rei no trono principal.
Vestidos de branco: A santidade e a pureza dos servos fiéis. As únicas vestimentas adequadas aos vencedores.
Coroas de ouro: Coroa, aqui, vem da palavra grega “stephanos” usada no Apocalipse para identificar as coroas dos vencedores. (2:10; 3:11; 4:4; 4:10; 6:2; 12:1; 14:14). 

Encontramos uma outra palavra: diadema; usada tanto para falar dos falsos líderes (12:3; 13:1) como para descrever o verdadeiro Rei (19:12). 

Uma vez, “stephanos” se encontra na descrição dos inimigos de Deus, mas o próprio versículo sugere a falsidade da nobreza deles: “havendo como que coroas parecendo de ouro” (9:7). Os anciãos sentados nos 24 tronos têm todo direito de usar coroas verdadeiras.
4:5 Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.

Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões: Sai do trono de Deus o poder para falar, julgar e castigar (veja Salmo 18:13-14; 144:6; Êxodo 19:16-19). Estas manifestações do poder de Deus são características da última fase das séries de sete selos (8:5), sete trombetas (11:19) e sete taças (16:18).

Sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus: As tochas diante do trono são identificadas como os sete Espíritos de Deus, o Espírito Santo (veja 1:4). Ele ilumina ao homem e vai para onde Deus o envia. As sete tochas mostram a onisciência e a onipresença de Deus (5:6).

4:6 Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás.
Mar de vidro, semelhante ao cristal: O Deus imortal e único “habita em luz inacessível” (1 Timóteo 6:16), separado dos outros por um mar de vidro. No Velho Testamento, os sacerdotes tinham de se lavar no mar de fundição antes de chegar perto de Deus com os sacrifícios (2 Crônicas 4:1-6), assim sugerindo a importância da santificação. Deus é santo, separado de suas criaturas. Mas, na imagem de comunhão perfeita com os vitoriosos no final do livro, “o mar já não existe” (21:1).

Quatro seres viventes (chamados também de quatro animais) cheios de olhos: Veremos melhor as características dos quatro seres viventes nos versículos 7 e 8. Aqui observamos o fato de estarem cheios de olhos, novamente enfatizando a capacidade de ver tudo. Ao redor de Deus estão servos capazes de ver tudo o que acontece. Nada escapa ao conhecimento do Soberano Deus.

4:7-8a O primeiro ser vivente é semelhante a leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está voando.

E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro;

Os quatro seres viventes nos lembram de outras passagens que descrevem a presença do Deus glorioso. As visões de Ezequiel são especialmente relevantes, pois falam de quatro seres viventes com quatro rostos diferentes, rostos que correspondem às quatro criaturas vistas aqui (Ezequiel 1:5-14). Ele chama os seres viventes de querubins (Ezequiel 10:9-17) e mostra o papel deles em defender e levar o trono de Deus conforme a vontade do Soberano. Entendendo que os seres viventes são os querubins , lembramos também dos querubins que ficavam acima da arca da aliança. Na visão de João, os seres viventes são semelhantes a quatro criaturas:
Leão: O forte predador, o símbolo de realeza.
Novilho: Em Ezequiel, o boi. Animais conhecidos por sua força.
Homem: A figura do homem acrescenta uma outra característica, juntando à força a inteligência.
Águia: Um predador rápido, capaz de localizar e atacar a sua vítima.
João continua sua descrição de outras características dos seres viventes:
Seis asas: Capazes de se locomover, e de transportar o trono de Deus (Ezequiel 1:20). Também usavam as asas para cobrir a arca da aliança (1 Crônicas 28:18). Os serafins de Isaías 6:2-3, como os seres viventes do Apocalipse, tinham seis asas, enquanto os querubins de Ezequiel tinham quatro. Devemos evitar a tendência de forçar os textos para achar alguma igualdade perfeita nos símbolos destas visões proféticas. Independente de pequenas diferenças, todas mostram servos de alta posição servindo a Deus, fazendo tudo que ele manda.
Estão cheios de olhos: Como as rodas que acompanhavam os querubins em Ezequiel, estes seres estavam cheios de olhos e capazes de ver em todas as direções.
4:8b não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.

Não tem descanso: Servem e adoram a Deus em todo momento. Deus descansou, no sétimo dia, de seu trabalho da criação, mas continuou agindo para manter o universo que ele domina. Os judeus descansavam, no sábado, de seus trabalhos, mas se dedicavam naquele dia ao serviço de Deus. Nós aguardamos o descanso eterno no céu (Hebreus 4:1,11), mas entendemos que serviremos e adoraremos a Deus eternamente. Não nos surpreende, então, achar estes seres viventes servindo constantemente, sem descansar.

Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus: Esta expressão de louvor se encontra somente aqui e em Isaías 6:3. A mesma palavra repetida três vezes dá grande ênfase, especialmente no hebraico (Velho Testamento). Ele está acima, e separado, de todas as suas criaturas.

O Todo-Poderoso: Deus recebe louvor, também, como o Onipotente. A descrição “Todo-Poderoso” encontra-se em quase 60 versículos na Bíblia Sagrada, de Gênesis ao Apocalipse. 

Ele dá vida (Jó 33:4) e sabedoria (Jó 32:8). Ele abençoa os homens (Gênesis 48:3; 49:25). Nos profetas e nos evangelhos, esta descrição de Deus aparece frequentemente em passagens que falam do castigo divino (veja Isaías 13:6; Joel 1:5; Marcos 14:62). Para os fiéis, é uma garantia confortante de proteção (2 Coríntios 6:18). Os exércitos humanos podem mostrar algum poder, mas Deus tem poder absoluto. Este fato traz grande conforto aos fiéis que são protegidos por ele, e aterroriza os seus inimigos.
Aquele que era, que é e que há de vir: Deus eterno (1:4).
4:9-11 Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,

os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:

Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.
Glória, honra e ações de graças: Os seres viventes adoram a Deus, pois ele merece toda a honra e glória.

Os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão: 

Os 24 anciãos, representando o povo de Deus, participam entusiasticamente do louvor a Deus.
Depositarão as suas coroas diante do trono: Mesmo as coroas que receberam de Deus servem para a glória do Criador, não das criaturas. Eles livremente entregam toda a sua glória a Deus. Sem Deus, eles seriam nada. Sem Deus, nós seríamos nada!
Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber: Deus merece:
A glória: Esplendor, majestade, exaltação.
A honra: Reverência devida à posição.
O poder: Força, habilidade. Obviamente, Deus é o Todo-Poderoso, mas os seus servos voluntariamente lhe cedem poder sobre as suas vidas.

Porque todas as coisas tu criaste: Neste capítulo, que focaliza a posição de Deus Pai, o principal motivo de louvor é a criação. É o motivo citado muitas vezes no Antigo Testamento.

Não pode haver nenhuma dúvida. Deus está no controle de tudo. Ele é a personagem principal no céu, e é o Soberano absoluto que criou e domina o universo. Ele merece a adoração e a obediência absoluta de todas as suas criaturas, até dos mais exaltados seres viventes no céu. É o Deus Santo e Todo-Poderoso. Sem dúvida alguma, ele é eterno. Da presença dele saem trovões, vozes, relâmpagos, e a luz resplandecente que reflete no mar de sua santidade. Que privilégio Deus concedeu a João quando o convidou ao céu numa visão! Que privilégio ele nos deu quando relatou toda a cena aos seus servos.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 






quarta-feira, 21 de março de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 3

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 3


Os Capítulos 2 e 3 de Apocalipse são especificamente dirigidos às sete igrejas da Ásia. Destacaremos as informações mais importantes de cada capítulo. Neste caso veremos as do capítulo três que trata das três últimas cartas, muito embora, de uma maneira ou de outra daremos ênfase a todas as sete cartas.

Particularidades das cartas às sete igrejas da Ásia.

Jesus incumbiu João de enviar o livro de Apocalipse a sete igrejas. Nos capítulos 2 e 3, o Senhor deu mensagens especiais a cada uma dessas igrejas. Cada carta segue quase o mesmo modelo: tem uma comunicação ao anjo que representava a igreja; tem uma frase descrevendo Jesus; tem um comentário das boas coisas feitas pela igreja (em um caso nada de bom é mencionado: 3:14-22); tem uma repreensão pelas más coisas que Jesus observava (em duas cartas nada de mau é mencionado: 2:8-11 e 3:7-13); tem encorajamento para corrigir o erro (exceto para as igrejas em que nada de mau tinha sido notado): tem uma exortação a ouvir; tem uma promessa àquelas que triunfassem (em alguns casos a ordem destas últimas duas é invertida).

Éfeso; uma igreja doutrinariamente sólida e ativa, ainda que seu amor tivesse ficado frio. É perigoso permitir que nosso serviço a Deus se torne mecânico e ritual; o primeiro mandamento é amar a Deus com todo o coração. Quando uma igreja deixa de amar a Deus ela prejudica sua relação com ele.

Esmirna: esses irmãos estavam sofrendo perseguição e dificuldades econômicas, mas Deus estava orgulhoso deles. O mito que a fidelidade a Deus sempre traz prosperidade e termina o sofrimento é falso.

Pérgamo: esse grupo permanecia fiel mesmo quando um membro foi martirizado, mas tinha um grande problema: tolerava o ensino de falsas doutrinas que encorajavam idolatria e imoralidade dentro da igreja. O Senhor ameaçou fazer guerra contra o anjo da igreja por estar apoiando e permitindo isso dentro da igreja. 

Tiatira:  Essa congregação estava procedendo em todos os sentidos. (2:19), mas foi criticada pelo Senhor porque aceitava uma mulher "que a si mesma se declara profetisa" que promovia pecado sexual. As igrejas têm que rejeitar os membros que encorajam o pecado (Tito 3:10-11).

Sardes: essa igreja tinha grande reputação, mas a realidade desmentia o nome. Não podemos descansar sobre nosso passado. As igrejas vivem por causa de seu atual serviço a Deus.

Filadélfia: As duas igrejas que não foram criticadas (Esmirna e Filadélfia) eram as igrejas que sofriam maior perseguição. O Senhor reassegurou-as de que era ele quem tinha a chave, e que quando ele abrisse a porta para elas, ninguém seria capaz de fechá-la.

Laodicéia: Se autoconfiança fosse o padrão, essa igreja seria proeminente.

Sua autoconfiança era imensa, mas sua falta de fervor tinha deixado o Senhor do lado de fora, batendo na porta para entrar em sua própria igreja. Arrogância e prosperidade material frequentemente produzem cristãos complacentes.

Vejamos o que está escrito em Apocalipse Capítulo 3.

Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei. Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Apocalipse 3: 1-22.

Considerações especiais para com as cartas às igrejas de Sardes, Filadélfia e Laodicéia (Ap 3).

Como vimos anteriormente, essas sete igrejas (as quatro do estudo anterior do capítulo 2 e mais as três de hoje, do capítulo 3) são representativas das demais igrejas da Ásia e, de todo o império romano, assim também como das demais igrejas e épocas até o fim dos tempos. 

Procurando aplicar as grandes verdades espirituais do Apocalipse aos nossos dias, não será demais considerar que essas sete igrejas são também representativas das igrejas de hoje e as do futuro além do nosso tempo.

5ª Carta. À Igreja de Sardes. Igreja Morta ou Viva? 

Essa igreja representa a Igreja morta dos anos 1.517 a 1.750 d. C.

(AP 3:1-6). Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. (2) Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. (3) Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. (4) Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. (5) O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. (6) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

O nome da cidade de Sardes vem da palavra hebraica “sarid” que significa “o que escapou” ou “o remanescente”.

Historicamente, Sardes era a capital da Lídia e tinha um passado cheio de glórias.

Entretanto, no tempo dos romanos, isto é, na época de João, Sardes havia declinado muito, tornando-se uma cidade provinciana e sem brilho.

O remetente da carta à igreja de Sardes, Cristo, se identifica como "o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas" (v.1). 

Os sete Espíritos de Deus significam a plenitude do Espírito Santo. Agora, reparem, o Senhor revelou pela boca do profeta Isaias essa plenitude do seu espírito.

Em Is.11:2 está escrito que  “Repousará sobre Ele: 1. O Espírito do SENHOR. 2. O Espírito de sabedoria. 3. O Espírito de entendimento. 4. O Espírito de conselho. 5. O Espírito de fortaleza. 6. O Espírito de conhecimento e 7. O Espírito de temor do SENHOR.

Reparem que Cristo tem, portanto, todos esses poderes, pois os sete Espíritos de Deus estão sobre Ele, tudo está em suas mãos, inclusive os destinos das igrejas. 

Muitas pessoas dizem que o crente precisa ter ou viver na plenitude do Espírito Santo. Mas, reparem, isso é impossível ao ser humano. Nenhuma pessoa pode suportar a plenitude do Espírito Santo, pode, sim, ser cheio do Espírito Santo. 

Aliás, cabe observar que essa expressão não aparece em nenhum lugar da Bíblia. Agora, o que o Senhor quer de nós é que fiquemos “cheios” do Espírito Santo, o que é muito diferente.

Nas cartas anteriores, sempre havia primeiro um elogio e só depois o remetente fazia a crítica ao ponto negativo da igreja.

Aqui, porém, Jesus inverte a ordem. Há mais pontos negativos do que positivos. Em essência, a crítica refere-se ao fato de que a igreja de Sardes demonstrava, externamente, uma grande atividade, mas, internamente, não tinha nenhuma vida espiritual condizente com sua aparência.

Por fora, parecia viva, mas, por dentro, estava morta.

Ou seja, após um início cheio de vida, a igreja de Sardes endureceu o seu coração. Reparem que essa igreja, em contraste com as outras que já vimos, ela é deixada em paz. Satanás não a perturba, Satanás não é nem citado aqui. Será Por quê?

Porque em Sardes não há falsas doutrinas, não há falsos profetas, também não há sofrimento, nem tribulações, justamente porque aquela igreja está morta. “tens nome de que vives e estás morta”.

É claro que Sardes está morta aos olhos do Senhor, porque, aos olhos do mundo, ela tem nome e parece, somente parece, estar viva. 

Ou seja, tudo parece estar em ordem, mas falta algo, e ela pretende ter algo que não existe nela que e a vida espiritual. 

É exatamente isso que acontece com muitas pessoas e igrejas que se dizem cristãs mas na verdade não o são. Teem nome de cristão, mas não vivem como cristão, são pessoas que estão mortas espiritualmente.

E aqui, o Senhor Jesus dá um aviso à Igreja. Ele aconselha a igreja de Sardes a ser vigilante e a "confirmar as coisas que restam, que estavam para morrer" (v.2). 

Naquela igreja, existia ainda alguma coisa que estava viva e que, por isso mesmo poderia reverter o estado moribundo em que viviam caso eles ouvissem as palavras de Jesus, o remetente da carta. 

O aviso à vigilância tinha um especial significado para os habitantes de Sardes, pois a cidade estava edificada em uma elevação. Era uma cidade fortificada e três dos seus lados terminavam numa espécie de precipício. 

Reparem que, no NT, o termo "vigiar" refere mais a manter-se ocupado plenamente no serviço do que simplesmente manter os olhos abertos. 
Na igreja de Sardes poucas pessoas mereciam algum elogio. Esses "não contaminaram seus vestidos" (v.4), significa que alguns não participavam dos cultos pagãos, do mundanismo reinante e da corrupção da cidade. 

Esses poucos haviam permanecido fiéis ao Senhor. Para este grupo fiel é, então, prometido que ele andará com o Senhor, "vestido de vestes brancas" (sem manchas) (v.5).

Esta figura tem um especial significado para Sardes, pois a cidade se orgulhava de seu comércio de tecidos coloridos, usados especialmente pelas pessoas mundanas.

6ª Carta. À Igreja de Filadélfia: Aquela com uma Porta Aberta. 

Essa igreja representa a Igreja missionária dos anos 1.750 até o século XXI.

(AP 3:7-13). Ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: (8) Conheço as tuas obras - eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar - que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. (9) Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei. (10) Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. (11) Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. (12) Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. (13) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

É interessante notar que existem muitas referências positivas à igreja de Filadélfia. Ela não recebe críticas do Senhor. Ao contrário, Jesus coloca diante dela "uma porta aberta que ninguém pode fechar".(v.8). 

Cristo sabe que a igreja por si só é fraca, "tens pouca força" (v.8b), diz o Senhor Jesus. A igreja, porém, estava sendo fiel, guardando o nome de Jesus, e a porta aberta daria a ela a oportunidade de ser uma igreja estratégica.

A igreja de Filadélfia é a única que recebe somente elogios. Filadélfia significa amor fraternal.

O texto nos diz que a igreja de Filadélfia podia progredir, apesar de sua pouca força. Filadélfia era conhecida como "a cidade missionária", pois havia sido fundada para fomentar a civilização greco-asiática e o idioma e os costumes gregos nas regiões orientais da Lídia e da Frigia.

A "porta aberta", portanto, era uma referência à possibilidade da igreja de Filadélfia compartilhar da vocação cultural da cidade e desenvolver uma estratégia missionária própria, de proclamação do Evangelho de Jesus.

Aliás, é interessante observar uma certa correlação entre igrejas vitoriosas com aquelas que têm "missões" e evangelismo como uma de suas motivações e prioridades principais.
Assim, por terem agido com fidelidade, Cristo promete aos crentes de Filadélfia, sua graça sustentadora nas tribulações que se abateriam sobre todo o mundo. 

As tribulações não os venceriam (v.10). A Igreja de Filadélfia é encorajada pela vinda do Senhor (v.11).

Várias outras promessas são ainda feitas (v.12). Aos que forem fieis: "Ao vencedor, farei dele coluna no templo do meu Deus", numa alusão a sobrevivência da igreja fiel.

Além disso, como a cidade de Filadélfia ficava em uma região sujeita a terremotos, os crentes daquela cidade entendiam muito bem o significado, ou valor, de uma coluna.

Cristo estava dizendo que, apesar dos terremotos das perseguições, os fiéis seriam como colunas inabaláveis de um templo indestrutível.

Reparem que, no Apocalipse, não há promessa de que os crentes escapem fo sofrimento e da morte. Há promessa, entretanto, de que mal algum aconteceria às suas almas.

Cristo promete, ainda, à igreja de Filadélfia, que viria "sem demora", embora não fique claro se esta expressão se refere à segunda vinda do Senhor, o que podemos deduzir pelo passar dos tempos que a vinda do Senhor Jesus está próxima, conformando aquelas palavras. 

Convém também observar que essa promessa não estabelece um prazo, uma vez que “sem demora” pode significar, igualmente duas situações singulares:"repentinamente" e ou "inesperadamente".

Por outro lado, que sentido haveria em abrir uma porta missionária para Filadélfia, se Jesus estivesse voltando logo a seguir?

7ª Carta. À Igreja de Laodicéia. A Igreja com uma Porta Fechada. ("Misericórdia", o grifo é meu.). 

Essa igreja representa a Igreja a Igreja morna nos tempos do fim, ou seja nos nossos tempos .

(AP 3:14-22): Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: (15) Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! (16) Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; (17) pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. (18) Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. (19) Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (20) Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. (21) Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. (22) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

A cidade de Laodicéia era uma cidade próspera. Por ela passavam três estradas romanas. Era, assim, o principal centro de comércio e de finanças da região, sendo reconhecida também como centro terapêutico para os olhos, por conta de um unguento que era lá fabricado. 

Seu progresso pretendia levar seus moradores a serem arrogantes, orgulhosos e independentes, o que de certa forma, refletia na igreja.

Reparem que, das sete igrejas, Laodicéia é a única sobre a qual nada é dito de positivo. Cristo acusa a igreja de Laodicéia de ser uma igreja indiferente: "Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca." (v16).

Reparem ainda que Jesus se utiliza das características da cidade para exortar os crentes de Laodicéia. Ele os chama de pobres, apesar de serem abastados, de cegos, apesar do unguento, ou colírio, para os olhos, que ali se fabricava. E Ele os chama de nus, apesar das boas roupas que usavam. 

Cristo, utilizando a linguagem simbólica e contextualizada do comércio de Laodicéia, aconselha no verso 18, que a igreja compre dele "ouro refinado", "vestiduras brancas" e "colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas". Havia uma grande inversão de valores naquela igreja assim como agora em nossos tempos nas igrejas de hoje.

No verso 19, Cristo avisa que a igreja será repreendida e disciplinada porque Ele a ama. Aquela igreja tinha tudo, menos Cristo. (v.20) Eis que estou à porta e bato.

O Senhor permanecia do lado de fora batendo à porta. Se alguém a abrisse, Ele entraria e poderia começar a mudar a igreja, mesmo com uns poucos que lhe fossem fiéis.

Ao que vencer o espírito de indiferença e letargia e "abrir a porta", Cristo promete entrar por ela e cear com ele.

O Senhor Jesus promete também que o crente fiel sentará no seu trono, junto com Ele. O brado de alerta contra a indiferença e a apatia espiritual, ainda, está vivo no Apocalipse, dirigido não só a Laodicéia, mas a todas as igrejas na face da terra que estão vivendo aquela realidade de mornidão e frieza espiritual.

Esse brado de alerta está também dirigido a mim e a você. 

É nosso desejo sincero que, ao lermos a mensagem do Apocalipse, destinada primariamente àquelas sete igrejas da Ásia Menor, nós possamos ver a nós mesmos em algumas dessas igrejas e sermos a diferença que vai impactar a vida espiritual do restante dos membros para melhor com muito louvor, adoração e temor a Deus. Nós precisamos ser uma igreja vibrante, forte e cheia do poder e da graça de Deus.

Nós precisamos receber, com sabedoria, as palavras do Senhor Jesus Cristo a nós mesmos endereçadas, seja de críticas, de avisos de advertências e ou de promessas.

Deus tem um plano para cada um de nós e por isso temos que florescer onde estamos plantados.  

"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas". (Ap 3:22).

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.