segunda-feira, 30 de abril de 2018

O PLANO DE DEUS PARA SALVAR A HUMANIDADE

O PLANO DE DEUS PARA SALVAR A HUMANIDADE. 

João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho Unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça mas tenha a vida eterna “.

O Apocalipse ou revelação Jesus Cristo é a demonstração plena do poder e do grande amor de Deus dando à humanidade uma última oportunidade de serem salvos antes da ira de Deus ser derramada sobre a terra e todos os desobedientes, insensatos e insanos seres humanos que não reconheceram a soberania e o poder de Deus sobre tudo e sobre todos. 
O que é o Apocalipse de Jesus Cristo e o que tem a ver com a salvação da humanidade ?
O Apocalipse é o livro das revelações que Jesus Cristo fez ao apóstolo João enquanto ele esteve preso na ilha de Patmos.

Neste livro Jesus faz diversas e impressionantes revelações a respeito das coisas que já aconteceram, que hoje estão acontecendo e as que hão de acontecer.

A primeira impressão que temos do livro do Apocalipse é aquela que esta bem fixada em nossas mentes através das distorções e heresias que de alguma forma nos levam a ter uma visão alienada a respeito do Apocalipse para as grandes consequências por causa do pecado que predomina na vida dos seres humanos. 

O livro do apocalipse foi e é uma das maneiras que Deus usa através de sua palavra (que são as escrituras bíblicas, a bíblia sagrada) para que todos possam ser salvos e arrependam-se de seus pecados e confessem que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador de suas vidas (almas), como podemos ver nesses famosos e conhecidos versículos de João ditos à Nicodemos que era um ilustre no meio dos Judeus. 

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. João 3:3.
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.

João 3:5. Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.

João 3:36. O diálogo entre Jesus e Nicodemos é marcadamente uma busca para compreender quem era Jesus e o que Ele fazia. Não era nada diplomático um senador da república daquela época procurar um desconhecido à noite e principalmente porque era um diálogo informal, não estava na agenda oficial obrigatória daquela autoridade. 

Em certo momento, um dos mestres da lei , o príncipe dos Judeus chamado Nicodemos, foi até Jesus Cristo à noite.

Provavelmente por medo ou em segredo, para questionar Jesus a respeito dos sinais e poderes que tem aqueles que andam com Deus, e porque ninguém poderia fazer estes sinais se Deus não estivesse com esta pessoa.

Jesus cheio da sabedoria de Deus, lhe responde de maneira simples, mas de forma bem objetiva , que para poder fazer tais sinais e ver o Reino de Deus é necessário primeiro nascer de novo.

Nicodemos assustado pergunta para Jesus: Como posso Nascer de Novo?

Nicodemos então fica confuso e questiona novamente Jesus, mas como posso eu um homem velho nascer de novo?

Como eu posso entrar novamente no ventre de minha mãe e nascer de novo?

Mais uma vez Jesus Cristo lhe explica e ensina de uma maneira clara e simples, que em verdade e na verdade que é Deus que fax estas coisas pelo seu Espírito e se ele Nicodemos quiser, pode nascer de novo e poderá ver o Reino de Deus.

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.

O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.

Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. João 3:5-8.

Em outras palavras, Jesus esta dizendo: homem lhe digo que é necessário que você nasça de novo, então o que você esta esperando para ser batizado nas águas e receber de Deus o Espírito Santo que o guiará e te ajudará a vencer este mundo? Mas para isso também é necessário que você permaneça em constante obediência a Deus.

Quando tomamos a atitude de ser batizado nas águas  Deus nos permite ver o seu Reino, e após o batismo e guiados pelo seu Espírito Santo, Deus passa a nos permitir entrar no seu Reino.
Todo aquele que é nascido da carne é carne, e estar na carne é estar vivendo no pecado e sofrendo com as coisas da carne;

Por outro lado, quando nascemos de novo, passamos a viver a vida guiados pelo Espírito Santo, e assim começamos a viver as coisas de Deus e Deus passa a nos preencher, orientar e nos ensinar os seus mistérios e segredos, o que nos proporciona um viver abençoado, porque todo o nosso fardo Jesus Cristo já carregou na Cruz do Calvário.

Leia João 3:16-21. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.

Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.

Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus. João 3:16-21.

O grande Amor de Deus para salvar a humanidade está bem demonstrado e caracterizado no sacrifício vicário de Cristo Jesus,  o seu amado filho.

O Amor de Deus é tão grande por nós, que Ele deu o seu Filho amado Jesus Cristo, o Filho Unigênito, a Luz do Mundo, para que todo aquele que nEle crer não morra, mas para que todo aquele que Nele crer tenha a vida eterna.
Somos livres para escolher qual caminho devemos andar: o caminho largo leva à perdição. O caminho estreito nos leva à salvação. 

Jesus Cristo veio a este mundo em forma de homem e morreu por nossos pecados, por isso hoje somos livres e temos o livre arbítrio, ou seja, somos livres para escolher e decidirmos se vamos aceitar crer ou não em Jesus.

Esta escolha pode nos levar para um desses dois destinos: um é a morte eterna e outro é a vida eterna.

Temos que entender que o viver é Cristo e o morrer é ganho, quando morremos servindo a Cristo, temos o prazer de morrer e saber que estaremos com Cristo na Nova Jerusalém e viveremos com Ele, com o Deus Pai Todo-Poderoso, os discípulos, Moisés, Elias, Milhares de Anjos e todos os que habitam os céus.

Por outro lado, aqueles que escolherem por não acreditar (crer) em Jesus Cristo, não está aceitando a luz em sua vida, porque sabem que esta luz é Cristo e ela poderá abrir os seus olhos e mostrar tudo o que está errado em sua vida.

E isso não é agradável e aceitável para essas pessoas, porque o prazer delas é estar na escuridão onde podem praticar e fazer coisas más, mas quando vem a luz, logo fogem e se escondem, porque não querem que ninguém veja as coisas erradas e más que fazem e que praticam.

Por outro lado, todo aquele que vive e anda na verdade, anseia por esta luz que é Cristo, para que possam ver e enxergar perfeitamente as suas atitudes e ações, e desta forma confrontá-las com a vontade de Deus que os tem guiado através de seu Espírito Santo.

Então como será o final dos tempos para a humanidade ?

Nada mais é do que uma indicação de que o fim está chegando para todos. A Bíblia tem um livro chamado Apocalipse que procura mostrar a todos os que creem em Jesus Cristo, ou seja, todo o que crer no Filho de Deus, que certamente este que crer não será julgado e nem condenado por Deus à perdição eterna,  mas será salvo.

Mas todo aquele que não crer já está condenado porque não creu no Filho de Deus.

Então deduzimos que existem dois caminhos nesta vida o de não ser julgado e o de ser julgado por Deus nos fins dos tempos.

Pensando nisto e com o seu grande amor Jesus Cristo revela ao apóstolo João todas as coisas que puderam ser escritas no livro do Apocalipse.

Tudo o que foi escrito serve como motivação e encorajamento para todos os que creram em Cristo, mas também serve de advertência e direcionamento em relação ao fim que terá todos os que não crerem em Jesus Cristo.

Para os que creem em Cristo, este livro é como um doce conhecimento da verdadeira promessa de Deus para eles.

Para quem não crer já está decretado o fim destruidor e eterno chamado de  Segunda Morte em Ap. 21.8.

Então para os que não crerem e preferirem andar na escuridão, envolvidos em seus maus caminhos, o fim deles será tenebroso. 
Deus revela o fim destruidor e eterno, muitos ainda acreditam que viverão eternamente no inferno. Mas será que o inferno continuará a existir? A sentença de Deus já está lavrada para os perversos pecadores, veja o que diz Apocalipse 20 : 14-15.

E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Apocalipse 20:14,15.

Então podemos concluir que a morte e o inferno não irão mais existir, porque estes serão lançados no lago que arde com fogo e enxofre que é a segunda morte.

Para quem será o Lago que arde com de Fogo e enxofre?  

O lago de fogo é para onde o diabo, a besta e o falso profeta serão lançados e estes vão ser atormentados de dia e de noite, para sempre e eternamente.

Neste mesmo lugar serão lançados a Morte e o Inferno e todos aqueles não foram achados os seus nomes escritos no Livro da Vida.

Tudo isso significa o Juízo Final, onde se concretiza o julgamento de Deus com a Segunda Morte.

Deus criará um Novo Céu e uma Nova Terra
E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Ap 21:1.

Depois disto virá um novo céu e uma nova terra, porque os Céus e a Terra antiga foram todos consumidos no Juízo Final.

A Santa cidade, a Nova Jerusalém descerá como uma linda e maravilhosa esposa preparada para o seu marido.

Deus a descerá do Céu e será o novo Tabernáculo de Deus, onde os homens habitarão e serão o povo de Deus e Deus será com eles, e todas as suas lagrimas serão limpas e não haverá mais morte, pranto, clamor e dor.

Porque todas as coisas passadas que são este mundo em que vivemos hoje já hão de passar.
Todo aquele que vencer este mundo herdará todas essas coisas e será Filho de Deus e Deus será o seu Deus.

Crendo em Jesus Cristo e Adorando e seguindo os decretos e mandamentos de Deus, receberemos as palavras fiéis e verdadeiras 
E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer.

Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.
Apocalipse 22:6,7.
E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.
Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro.

Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. Apocalipse 22:12-14.

Bem-aventurado, aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro para que tenham direito a árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.

Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.

A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém. Apocalipse 22:20,21.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



sábado, 28 de abril de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 22

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 22



O capítulo 22 de Apocalipse trata do tema da nova Jerusalém que é uma obra-prima da Engenharia e Arquitetura de Deus.

O rio puro e a árvore da vida são tratados nos versículos 1-5.

Há um indicação de quanto tempo demorará ainda. No versículo 7 Ele assegura “presto venho”.

As admoestações, promessas finais e conclusão bem como a sublime frase das gerações que ansiosamente o aguardam expressando “Maranata, ora vem Senhor Jesus “ estão nos versículos 6-21. 

22.1 O rio fluindo com a água da vida lembra a água saindo do templo, em Ezequiel 47, assim como a expressão rios de água viva (Jo 7.38), usada por Jesus, simboliza o ministério da nova aliança pelo Espírito Santo (v.39).

22.2 A árvore da vida na criação original ficava no meio do jardim do Éden (Gn 2.9), de onde toda a humanidade foi excluída depois que o pecado entrou no mundo (Gn 3.22-24). A visão apocalíptica de Ezequiel incluía árvores dando fruto a cada mês com folhas medicinais (Ez 47.12). Como apenas uma árvore da vida é mencionada aqui — embora seja nas duas margens do rio —, é possível que seja um paralelo com Gênesis 2, indicando que um novo, melhor e eterno Éden chegou.

22.3 Nunca mais haverá maldição significa que a aflição do pecado, principalmente em relação à raça humana e à criação (Gn 3.14-19), será eliminada. Como Deus tinha comunhão com Adão e Eva antes de que eles caíssem em pecado (v.8), assim o Senhor estará novamente com os Seus servos eternamente. Por sua vez, estes servirão a Ele com dedicação (Rm 12.11).

22.4 A esperança do crente hoje é ver o Senhor face a face (1 Co 13.12), algo que nem Moisés ou qualquer outro ser humano jamais teve permissão para fazer (Ex 33.20). Na sua testa estará o seu nome é um contraste com a marca da besta (Ap 13,16,17) e o cumprimento da promessa aos crentes fiéis da igreja da Filadélfia (Ap 3.12). A descrição pode ser extensiva às 144 mil testemunhas em Apocalipse 14.1.

22.5 Não haverá mais noite e nem lâmpada; cumpre-se aqui a proclamação de Cristo sobre Ele mesmo como a Luz do mundo (Jo 8.12; 9.5; 12.46). Os habitantes eternos da Nova Jerusalém (Ap 21.27) reinarão para todo o sempre com o Senhor, como indicado em Apocalipse 1.6 e declarado em Daniel 7.18,27.

22.6,7 As visões em Apocalipse são para informar aos servos de Deus, crentes verdadeiros que servirão e reinarão com o Senhor eternamente (v.3-5), as coisas que, em breve, hão de acontecer. Bem-aventurado introduz a sexta das sete bem-aventuranças no Apocalipse (v. 14; 1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6).

22.8,9 João quase adora um anjo (Ap 19.10). Novamente, o anjo lembra João de que ele é apenas um conservo dele e o adverte a adorar apenas a Deus.

22.10 Anteriormente, João foi ordenado a selar (isto é, não escrever) o pronunciamento dos sete trovões, em Apocalipse 10.4, como Daniel havia sido instruído a fazer (Dn 12.4,9). A razão pela qual João agora é ordenado a selar o livro é porque o tempo para o seu cumprimento, possivelmente, está muito próximo.

22.11 Injusto e sujo; justo e santo. Esse versículo, superficialmente, parece ser uma previsão de que crentes e descrentes viverão sua vida fiel às suas naturezas até o julgamento final (Ap 20.12-15). No entanto, é quase certo um apelo evangelístico implícito e indireto com base na oferta contínua do evangelho em Apocalipse 22.17 e 14.6,7.

22.12,13 A recompensa de cada crente de acordo com as suas obras é ensinada em 2 Coríntios 5.10. As recompensas de Cristo têm o propósito de fornecer um incentivo poderoso para uma vida de obediência. Não é de se admirar que o apóstolo Paulo disciplinasse rigorosamente a si mesmo de forma que não fosse desqualificado para a recompensa de reinar com Jesus (1 Co 9.24-27). O tribunal de Cristo não é um tribunal de acusações e condenações mas de recompensas aos que permaneceram fiéis a Cristo na terra. 

Poderá ser um momento de grande remorso, ou poderá ser uma ocasião de alegria extrema ou ambos  (2 Co 5.9-11). Depois da volta de Cristo, Ele dará recompensas aos seus. Isso é confiável porque Jesus está no controle de toda a história e da eternidade.

22.14.15 A expressão bem-aventurados introduz a última das sete bem-aventuranças no Apocalipse (v.7; 1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6). Como a árvore da vida é literal, mas também é vista de modo figurado (Pv 3.18; 11.30; 13.12; 15.4), sugere uma qualidade de vida envolvendo uma comunhão íntima com Jesus Cristo, firmada em uma obediência persistente.

Esse pode ser um cumprimento da provisão de Cristo de vida e vida mais abundante (Jo 10.10). Como ninguém pode entrar na cidade pelas portas, a não ser que seu nome esteja escrito no Livro da Vida do Cordeiro (Ap 21.27), essa bem-aventurança está falando daqueles justificados pela fé que expressam essa fé em obediência (Ef 2.8-10). O vencedor obediente tem a promessa de receber a recompensa de entrar na Nova Jerusalém pelas portas da cidade, provavelmente um privilégio reservado para aqueles que compartilham do cortejo da vitória do Senhor.

22.15 A expressão cães era comum usada pelos judeus para se referir aos gentios (Mt 15.26); aqui, no entanto, parece referir-se aos falsos mestres (Fp 3.2). Quem ama e comete a mentira demonstra ter uma vida dominada pela falsidade (Ap 21.8).

22.16 A Raiz e a Geração de Davi. Jesus é tanto a Origem quanto o Filho de Davi, repetindo a palavra em Isaías 11.1,10. Jesus é maior do que Davi e o justo herdeiro do trono dele. A resplandecente Estrela da manhã significa que, para o cristão, Jesus é a confortante Luz em um mundo escuro até o amanhecer de Sua volta (Ap 2.28).

22.17 Esse convite feito pelo Espírito Santo permanece em aberto para que qualquer um venha a Cristo, pela fé, e aceite a graciosa oferta de vida eterna do Senhor.

22.18,19 O Apocalipse foi revelado para ser ouvido e obedecido (v.7; 1.3), e não adulterado. A pessoa que acrescentar ou tirar alguma coisa de seu conteúdo receberá de Deus a mais grave punição, uma correção com consequências eternas. Esse assustador aviso é mais forte até do que o de Deuteronômio 4-2 e Provérbios 30.6.

22.20 O fato de Jesus estar voltando cedo, dentro da extensão do plano global de Deus para esta criação, é um tema que se repete no Apocalipse (3.11; 22.7,12). João acrescenta a esperança de todos os crentes à declaração de Cristo, orando: Vem, Senhor Jesus.

22.21 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo inicia e conclui o livro do Apocalipse (Ap 1.4), indicando que a mensagem da graça e do dom da vida eterna em Cristo (Ef 2.8,9) e não apenas a mensagem de juízo sobre os infiéis, pode ser encontrada nesse livro.

Que a graça e a paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo estejam sobre nossas vidas não só aqui na terra mas por toda a eternidade. 

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



quinta-feira, 26 de abril de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 21

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 21


Este capítulo 21 de Apocalipse trata de Um Novo Céu e de uma Nova Terra. 

Um novo céu e uma nova terra são retratados nos versículos 1-8.

A nova Jerusalém, a cidade celestial, também chamada de a cidade de Deus é retratada nos versículos 9-27.

21.1,2  Novo aqui sugere novidade, não apenas um segundo começo. E o cumprimento das profecias em Isaías 65.17; 66.22 e em 2 Pedro 3.13. Significativamente, essa renovação eterna já começou na vida do crente, porque, usando o mesmo termo, Paulo diz: Se alguém está em Cristo, nova criatura é (2 Co 5.17).

O céu e a terra atuais, incluindo o mar, serão queimados no juízo do grande trono branco (Ap 20.11,13) e, assim, passarão antes da chegada do novo céu e da nova terra. O fato de que haverá a continuação de alguns aspectos da atual criação no novo céu e na nova terra está implícito na descrição da Nova Jerusalém como a cidade santa, um título aplicado à atual Jerusalém em Apocalipse 11.2. Ainda assim, a drástica diferença no novo estado eterno é óbvia pelo fato de não existir mais o mar, que era uma grande parte da criação original (Gn 1.6-10).

E impossível dizer se a Nova Jerusalém estará na nova terra, já que as três referências a ela descrevem a cidade santa como descendo do céu (Ap 21.10; 3.12). Adereçada como uma esposa é, essencialmente, a imagem em Apocalipse 19.7,8, onde o povo de Deus, ou, mais especificamente, a Igreja de Cristo, está preparado para as bodas do Cordeiro (Ap 19.9). O seu marido se refere mais uma vez a Cristo, o Cordeiro (v.9), mas a esposa é a Nova Jerusalém, de acordo com os versículos 9 e 10. Em outras palavras, a esposa de Cristo são os habitantes redimidos da cidade santa (v.3-7, 24-27).

21.3 Nesse versículo, Deus é descrito como habitando entre o Seu povo, o que lembra a encarnação, o fato de que Jesus se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14), e é o cumprimento da promessa em Apocalipse 7.15, de que Deus habitará entre o Seu povo redimido. Uma promessa quase idêntica foi feita a Israel em Ezequiel 37.27,28.

21.4,5 Limpará de seus olhos toda lágrima cumpre a promessa em Apocalipse 7.17 e Isaías 25.8. Não haverá mais morte nem dor, vai muito além da promessa anterior em Apocalipse 7.16, a qual assegura que não haverá mais fome, sede nem calor escaldante. As primeiras coisas são passadas reproduz a ideia tanto em Apocalipse 21.1 como em 2 Coríntios 5.17.0 renascimento do crente, por meio da fé em Cristo, traz renovação para a vida dele, mas apenas na eternidade é que Deus fará novas todas as coisas.

21.6 Está cumprido reproduz a voz que vem do trono em Apocalipse 16.17, que proclama a ira de Deus sendo derramada sobre a Babilônia. Aqui, o foco é o término da nova criação por Ele, que é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de todas as coisas. Água da vida pode apontar para as referências de Jesus à água viva em João 4.14; 7.38, em conexão com a vida eterna e a vida no Espírito Santo. Essa água é descrita mais adiante, em Apocalipse 22.1. Uma oferta parecida da graça de Deus a quem quer que tenha sede espiritual é repetida em Apocalipse 22.17.

21.7 Quem vencer herdará não só as promessas específicas para as igrejas em Apocalipse 2.7,11,17,26-28; 3.5,12,21, mas também todas as coisas. A parte mais maravilhosa dessa herança é que o cristão será um filho (uma pessoa herdeira por direito) de Deus para sempre. Filiação, como um conceito, abrange mais do que um relacionamento fundamentado em uma associada ao concerto davídico, incluindo o privilégio da intimidade e autoridade de governo (2 Sm 7.14).

Enquanto a adoção de filhos é pela graça (G1 4.5) e todos os cristãos são filhos adotivos pela virtude do nascimento espiritual, nem todos os filhos preenchem os requisitos de tal estado exaltado (Mt 5.9,43-45). Alguém pode ser filho e não necessariamente se comportar como tal. O verdadeiro filho reflete uma vida de obediência (Jr 7.23; 11.4). Uma disposição para render-se à liderança do Espírito Santo é uma característica dos filhos de Deus (Rm 8.14).

21.8 Aqui, são descritas as características dos que não estão em Cristo por meio da fé, os incrédulos. Esses descrentes estão destinados ao lago de fogo, que é a morte eterna depois do juízo final de Deus (Ap 20.12-14). 

Todos cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida (v.15) serão julgados de acordo com as suas obras (v.12) e serão provados como merecedores da morte eterna (Rm 6.23). Em 1 Coríntios 6.9-11, Paulo trata praticamente do mesmo assunto.

21.9,10 Como o início dessa passagem é parecida com o início do capítulo 17, parece que a noiva do Cordeiro, a Nova Jerusalém, está sendo contrastada com a Babilônia, a grande prostituta (Ap 17.1,5). 

Em espírito é o estado exaltado no qual João recebeu as visões apocalípticas (Ap 1.10), a última das quais o levou (Ap 17.3) a um grande e alto monte com visão para Jerusalém.

21.11 Essa descrição da cidade eterna, Nova Jerusalém, enfatiza a glória de Deus, a fonte de luz para a cidade (Ap 21.23). A glória de Deus é como uma pedra de jaspe (Ap 4-3). A luz na Nova Jerusalém será parecida com o reflexo cristalino e brilhante do inestimável jaspe.

21.12,13 A descrição do grande e alto muro com doze portas nomeadas como as doze tribos de Israel reproduz a ideia em Ezequiel 48.30-35. Comentaristas interpretam de maneira diversa essas doze portas como tipificando todo o povo de Deus, incluindo Israel e a Igreja, ou exclusivamente os israelitas.

21.14 Os doze fundamentos, as enormes pedras sobre as quais o muro da Nova Jerusalém está assentado, contêm os nomes dos doze apóstolos de Cristo (Lc 6.13-16), trazendo à mente a imagem de Paulo dos apóstolos como a fundação da casa de Deus em Efésios 2.20 (promessa de Jesus para Seus apóstolos, a qual assegurava, em Mateus 19.28, que eles ocupariam um lugar de destaque em Seu Reino).

21.15-17 A referência à cana de ouro para medir a cidade lembra Ezequiel 40.41, assim como a referência em Apocalipse 11.1,2. A cidade parece ser quadrangular como um cubo, antigo símbolo de perfeição, já que o seu comprimento era tanto como a sua largura. O Santo dos Santos no tabernáculo do Antigo Testamento e no templo tinham um desenho cúbico. As medidas simétricas da cidade são tão extensas (doze mil estádios, ou cerca de 2.250km), e o muro é tão grosso (cento e quarenta e quatro côvados, ou mais de seis metros), que superam a imaginação.

A representação indica que a cidade é o lugar de habitação da presença de Deus, assim como o tabernáculo e o templo tinham sido. E impossível ter certeza se medidas comuns poderiam ser aplicadas à condição eterna, embora a referência à medida de homem (aos padrões humanos) possa indicar que sim.

21.18 Assim como os muros da Nova Jerusalém são largos (6m; v. 17), eles são transparentes como o cristalino jaspe. A própria cidade (v. 16), principalmente as suas praças (v. 21), são como vidro puro, embora sejam feitas de ouro puro. O efeito geral é de uma cidade transparente e incrivelmente bela, simbolizando glória e pureza sem fim.

21.19,20 As pedras que servem de fundamentos do muro para a Nova Jerusalém receber o nome dos doze apóstolos (v. 14), embora não se tenha como saber qual das pedras preciosas representa cada apóstolo. 

Enquanto a cor exata de algumas delas seja incerta, é possível que o jaspe seja incolor, a safira seja azul, a calcedônia seja verde ou azul-esverdeado, a esmeralda seja verde claro, a sardônica tenha veios vermelhos e brancos, o sárdio seja vermelho como sangue, o crisólito seja amarelo, o berilo seja azul ou turquesa, o topázio seja dourado, o crisópraso seja verde claro, o jacinto seja azul ou arroxeado, e a ametista seja roxa ou violeta.

21.21 As doze portas da cidade eterna, representando as doze tribos de Israel (v.l2), são feitas cada uma de uma imensa pérola. O que se destaca imediatamente é que as praças na Nova Jerusalém são de ouro (v.18), porém, também é significante que apenas uma delas seja mencionada (Ap 22.2).

21.22 Não haverá um templo na Nova Jerusalém, porque o Pai e o Filho (o Cordeiro) estarão lá. Lembre-se de que Cristo se referiu ao Seu corpo como um templo (Jo 2.19,21) e de que a própria Igreja é chamada de templo de Deus (1 Co 3.16), templo santo e morada de Deus (Ef 2.21,22).

21.23 Por causa da luz da glória de Deus e do Cordeiro, a cidade não necessita de sol nem de lua na condição eterna (contraste com Gênesis 1.14-19). Especula-se que a glória divina foi a fonte de luz mencionada antes da criação do sol e da lua em Gênesis (Gn 1.3-5).

21.24 De todas as nações (Mt 28.19; Lc 24-47), Cristo resgatou Seu povo (Ap 5.9), chamando continuamente os infiéis a arrependerem-se de seus pecados e a crerem no Senhor (Ap 14.6,7).

Grandes multidões, que podem estar no meio desse grupo na eterna Jerusalém, vieram à presença do Senhor em Apocalipse 7.9 e 15.1-4. Outros sustentam que as nações, aqui, referem-se aos crentes de nações que existiram durante o milênio (Ap 20.1-10).

21.25 As portas da cidade eterna não precisarão ser fechadas, porque tudo o que podia ameaçar a cidade foi derrotado (v. 27) e lançado no lago de fogo (Ap 20.15).

21.26 Esse versículo se apoia na verdade no 24- No entanto, repare na glória. Na adoração de Israel, nenhum gentio podia entrar nos limites santos sem sofrer sérias represálias. 

Lembre-se da perseguição que Paulo sofreu quando algumas pessoas pensaram que ele tinha levado um gentio para dentro do templo (At 21.22-29). Mas não haverá barreiras na Nova Jerusalém, pois todo ali serão santificados.

21.27 Nunca mais o diabo (Ap 12.9), aquele por trás de toda abominação e mentira (Jo 8.44), poderá emergir para incitar o pecado (Gn 3). Seu destino eterno no lago de fogo é certo (Ap 20.10). 

Apenas os crentes, cujos nomes estão inscritos no Livro da Vida do Cordeiro, terão permissão divina para entrar na Nova Jerusalém.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


terça-feira, 24 de abril de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 20

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 20


O capítulo 20 do livro de Apocalipse trata especialmente do Reino Milenial de Cristo. (1-15).

Dentre outros assuntos veremos o seguinte ainda neste capítulo:

Satanás é amarrado por mil anos. Os fiéis reinam com Cristo.  (1-6).

Satanás é solto e depois vencido por Cristo para sempre.  (7-10).

O juízo final. (11-15).

20.1,2 O poço do abismo é, atualmente, o lugar de prisão de alguns demônios (Lc 8.31); ele será o lugar do qual a besta subirá (Ap 17.8). Assim, é adequado dizer que o diabo ficará preso lá durante mil anos. O dragão, em Apocalipse 12.3,9, conhecido como Satanás, estava no controle da serpente no jardim do Éden (Gn 3). 

Deus tem um plano soberano para vencer e destruir Satanás: este será encerrado no abismo durante mil anos e, então, será solto por um pouco de tempo  para enganar as nações uma última vez (v.7-9) antes de ser lançado no lago de fogo (v.10). Importa que seja solto, indica que Satanás não escapará do abismo, mas terá permissão para sair para cumprir o soberano plano de Deus.

20.4-6 A interpretação do reinado de mil anos de Cristo tem sido objeto de muita controvérsia. Alguns estudiosos entendem mil anos como uma declaração específica de tempo, enquanto outros a interpretam de forma figurativa, para um período longo e indeterminado.

20.4 A expressão tronos, reinaram indica que os crentes participarão de forma significativa com Cristo durante o Seu reino milenar (Ap 1.6; 2.26,27; 5.10), o que pode ser um cumprimento parcial da profecia de Daniel 7.18,27. 

A aparência de julgamento durante o reinado é mencionado em 1 Coríntios 6.2-4. No início do Reino, a autoridade é oficialmente transferida dos anjos para os homens (Hb 2.5,8). Uma nova ordem mundial é estabelecida com a vitória dos santos da era da Igreja reinando com Cristo em Seu Reino (Rm 8.17).

Aqueles que foram degolados são os santos martirizados pela besta. (Ap 13.7,15), mas podem ser também a multidão vitoriosa que canta louvores ao Cordeiro em Apocalipse 15.2-4. João em breve poderia identificar-se com aqueles que perderam sua vida por causa do testemunho de Jesus e da Palavra de Deus, e o apóstolo já estava exilado na a ilha de Patmos pelas mesmas razões (Ap 1.9).

20.5 Falar que não reviveram indica que a ressurreição dos mortos não incluirá todas as pessoas ao mesmo tempo, como passagens como Daniel 12.2 e João 5.29 podem indicar também. Como 1 Coríntios 15.23,52, essa passagem indica que haverá uma primeira ressurreição dos crentes mortos antes dos mil anos do reinado de Cristo e uma ressurreição final, depois que o milênio tiver acabado, antes do juízo do grande trono branco (Ap 20.11-13).

20.6 Bem-aventurado inicia a quinta das sete bem-aventuranças em Apocalipse. Todas as outras seis (Ap 1.3; 14-13; 16.15; 19.9; 22.7,14) aguardam a vida com Cristo além da primeira ressurreição (Ap 20.5). 

A primeira ressurreição é garantida a todos os crentes, mas a bem-aventurança mencionada aqui pertence mais precisamente àqueles que têm parte na primeira ressurreição. E possível que se refira apenas àqueles crentes que se qualificam para a função de reis-sacerdotes no Reino de Cristo. Pode ser isso a que Paulo se referiu quando falou sobre seu alvo de obter o prémio de Cristo (1 Co 9.27; Fp 3.1-14). A segunda morte é a morte de tormento eterno no lago de fogo para os infiéis que enfrentaram o juízo do grande trono branco (v.l 1-15). Jesus já havia declarado que o que vencer não receberá o dano da segunda morte (Ap 2.11).

20.7-9 Ao término do reinado de mil anos de Cristo, Satanás será solto por Deus para enganar as nações da terra (v.2,3) mais uma vez, como ele tem feito ao longo da história (Ap 12.9). Como resultado do engano satânico, os exércitos mundiais se ajuntarão para batalhar contra Deus novamente, tal como fizeram antes da segunda vinda de Cristo (Ap 16.13,14; 19.19,20). Gogue e Magogue eram uma designação comum para as nações em rebelião contra o Senhor, entre os rabinos, em Ezequiel 38 e 39. 

Alguns estudiosos sustentam que a batalha nos versículos 8 e 9 é a mencionada em Ezequiel, mas existem grandes diferenças, assim como semelhanças, nas duas passagens. O uso de fogo do céu para destruir os exércitos reunidos é visto também em Ezequiel 38.22; 39.6.

Arraial é usado em outro lugar para se referir a exércitos (Hb 11.34) ou às suas fortalezas (At 23.10). Alguns estudiosos interpretam o arraial dos santos como sendo um simbolismo da unidade do povo de Deus. 

A cidade amada pode simbolicamente se referir à casa do povo do Senhor. No entanto, a Nova Jerusalém é normalmente chamada de a cidade do meu Deus (Ap 3.12) e santa cidade (Ap21.2). A cidade, aqui, pode ser a restaurada Jerusalém terrena, pronta para abrir caminho para a glória eterna e sem pecado da Nova Jerusalém (Ap 21.1—22.5).

20.10 Quando a rebelião final for sufocada pelo Senhor (v.8,9), o diabo se unirá à besta e ao falso profeta (Ap 19.20) em tormento para todo o sempre (Ap 14.10,11; Is 66.22-24; Mc 9.48). 

20.11 O grande trono branco é uma descrição do santo governo e juízo de Deus. Aquele visto ocupando o trono pode ser Deus Pai (1 Co 15.24-28) ou o Pai e o Cordeiro (Cristo) juntos, como na Nova Jerusalém (Ap 22.1,3). 

A terra e o céu fugiram é uma forma poética de descrever a destruição, pelo fogo, dessa criação e das obras relacionadas como é descrito em 2 Pedro 3.10-13. Não se achou lugar para essa criação contaminada pelo pecado no novo céu e na nova terra (Ap 21.1—22.5).

20.12 Os mortos, chamados de os outros mortos (v.5), são ressuscitados e colocados diante do trono do juízo de Deus. Para alguns, a primeira ressurreição (v. 5) inclui apenas os mártires (v. 4), para que tantos os crentes quanto os descrentes fiquem diante do grande trono branco. 

Outros mencionam as amplas promessas para os crentes reinarem com Cristo (Ap 1.6; 2.26,27; 5.10), no livro do Apocalipse, como evidência de que todos os fiéis experimentarão a primeira ressurreição e, assim, não terão de enfrentar o juízo do grande trono branco. Os livros referem-se ao registro de todas as obras feitas nesta vida. Como todos pecaram e ficaram abaixo do padrão de Deus (Rm 3.23), a abertura desses livros certamente conduzirá a sentenças eternas no lago de fogo.

O Livro da Vida, o registro de Deus do nome daqueles que foram salvos (Ap 17-8), também será aberto. Então, embora ninguém seja julgado aceitável com base em suas próprias obras (Ef 2.9), muitos serão salvos pela graça de Deus recebida pela fé em Jesus Cristo (v. 8).

20.13,14 O mar é o lugar de descanso de corpos não enterrados. A morte e o inferno referem-se não apenas à morte, mas também à existência além-túmulo (Ap 1.18; 6.8). A cena evocada aqui é de todos os lugares onde os corpos humanos foram sepultados sendo abertos com a ressurreição dos mortos para o juízo divino. Enquanto a humanidade infiel será julgada segundo as suas obras, a morte e o inferno, inimigos finais do Senhor (1 Co 15.26), também serão destruídos, sendo lançados no lago de fogo.

A segunda morte, segundo o relato bíblico, é real, é espiritual e eterna, a justa punição daqueles que são ou foram maus. A primeira morte é a física, a segunda é espiritual e eterna. Ambas estão incluídas no significado geral da morte que se abateu sobre a raça humana por causa do pecado de Adão e Eva (Gn 2.16,17; 3.1-19; Rm 5.12).

20.15 Apenas os eleitos de Deus, aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida, escaparão do lago de fogo. A rejeição do evangelho eterno resulta em condenação eterna, toda a raça humana foi condenada por causa do pecado de Adão e Eva, o pecado original. Cabe a cada um de nós decidirmos por livre e espontânea vontade qual o nosso destino eterno. (Ap 14.6,7).

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


domingo, 22 de abril de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 19

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 19


Apocalipse 19 trata principalmente do grande Guerreiro do cavalo branco.

Trata também da queda final da Babilônia e da alegria e triunfo dos salvos nos céus (1-10).

Trata finalmente da vitória de Cristo sobre a besta e sobre o falso profeta  (11-21).

19.1 A grande multidão aqui é a multidão a qual ninguém podia contar, mencionada em Apocalipse 7.9. A referência à salvação (Ap 7.10) e a subsequente referência aos vinte e quatro anciãos e às quatro criaturas (seres) viventes (Ap 19.4; 7.11,13) parecem apoiar esse entendimento. No entanto, alguns estudiosos sustentam que multidão aqui se refere aos anjos. Sustentamos a ideia mais corrente no meio Teológico de que a multidão incontável é do número de Anjos e dos salvos. Aleluia representa a palavra hebraica que significa louve ao Senhor. A palavra hebraica é bem conhecida no Antigo Testamento pelo seu uso frequente nos Salmos (louve ao Senhor, no Salmo 150.1,6). A transliteração grega dessa palavra aparece no Novo Testamento apenas em Apocalipse (Ap 19.1, 3,4,6).

19.2 Deus provou que Sua Palavra é verdadeira e que justos são os Seus juízos (Ap 16.5,6) sobre a Babilônia, a grande prostituta (Ap 17.1,5,6). Todos os cristãos são servos do Senhor (Ap 1.1), mas alguns desses servos morreram como mártires. E todos podem aguardar ansiosamente para servir ao Altíssimo para sempre (Ap 22.3).

19.3 Aleluia. Deus é louvado, porque a evidência do justo juízo sobre a Babilônia permanecerá eternamente.

19.4 Os vinte e quatro anciãos e os quatro animais (ou criaturas ou seres viventes) adoram a Deus fielmente (Ap 4-2-11; 5.8-14; 11.16; 14.3). Os representantes do reino angelical louvam o Senhor pela destruição do sistema que se originou em um anjo caído, Satanás.

19.5 Com tanto louvor e adoração preenchendo a cena, não se poderia esperar mais nenhuma convocação para louvar o Altíssimo e exaltá-lo. Mas, mesmo depois do terceiro aleluia, deu-se ênfase ao fato de que Deus é merecedor de nada menos do que o louvor eterno. Todos os servos do Senhor, de qualquer nível ou posição, tanto pequenos como grandes, são incluídos no convite para louvá-lo, pois o convite vem da sede do governo de Deus.

19.6 A voz de muitas águas aponta, agora, para uma multidão celestial. O Senhor, Deus Todo-poderoso entra em Seu reino após a destruição do pecado e do Anticristo (v.11-21).

Reina está no tempo verbal grego (que expressa uma ação no passado sem especificar se a mesma foi concluída ou está acontecendo) e é geralmente traduzido como reinava. No entanto, aqui, parece mais significar que está começando a reinar. Um governo inteiramente novo e diferente está chegando; não uma democracia, mas uma teocracia, um governo divino pelo qual o Senhor Deus Todo-poderoso reinará em justiça para sempre e eternamente. (Is 11).

19.7 Nesta passagem, o Senhor é glorificado principalmente porque as bodas do Cordeiro finalmente são vindas. Tanto no Antigo Testamento (Os 2.19,20) como no Novo Testamento (Ef 5.23,32), o povo de Deus é visto como a noiva ou esposa do Senhor. A noiva daquela época se aprontava banhando-se, passando óleo e usando perfumes. Seu cabelo seria especialmente penteado, e ela vestiria seu vestido de noiva.

19.8 Linho fino. A noiva Cordeiro usa uma veste de linho fino precioso, que simboliza as boas obras dos cristãos. O linho fino, limpo e branco, não se refere à justiça atribuída a Cristo, mas aos atos de justiça dos santos. A veste significa fidelidade em fazer as boas obras. Essa vestimenta deve ser usada pelo crente e consiste de boas obras realizadas na dependência do Espírito Santo. E um reflexo exterior do caráter e da conduta que são desenvolvidos nesta vida (Mt 22.11,12). A recompensa por tal caráter e conduta santos no tribunal de Cristo consiste nessa veste e em todos os direitos e privilégios que são prometidos ao vencedor. Os crentes não são apenas herdeiros de Deus e por isso terão uma morada no céu como prêmio (Jo 14-1,2; 1 Pe 1.3-5), mas os vencedores (aqueles que resistirem até o final dessa vida) e co-herdeiros com Cristo reinarão com Ele (Rm 8.17). João nos admoesta a permanecermos em Jesus para, quando o encontrarmos, estarmos confiantes, e não envergonhados na Sua vinda (1 Jo 2.28).

19.9 A expressão bem-aventurados introduz a quarta das sete bem-aventuranças em Apocalipse (1.3; 14.13; 16.15; 20.6; 22.7,14). A ceia das bodas da época de João começava ao anoitecer do dia do casamento, mas a celebração poderia perdurar por dias. Essa festa aqui é um tempo de alegre banquete para ser aproveitado pela Igreja e, principalmente, pelos vencedores que reinarão com Cristo. A chave para poder participar do banquete das bodas é a fidelidade a Deus.

19.10 Adorar qualquer pessoa ou objeto que não seja Deus é uma forma de idolatria (Êx 20.3-5). O anjo repreende João pelo seu erro (Ap 22.8,9) e lhe diz que o anjo é apenas um conservo dele e de seus irmãos. O testemunho de Jesus aqui se refere ao testemunho sobre Jesus (Ap 1.2,9). A profecia bíblica expressa ou depende da obra de Cristo e de sua proclamação (1 Pe 1.12).

19.11 Esse versículo responde a pergunta feita sobre a besta em Apocalipse 13.4: Quem poderá batalhar contra ela? Cristo tem poder para derrotá-la.

19.12 Olhos como chama de fogo se comparam com a descrição de Cristo glorificado em Apocalipse 1.14. Muitos diademas indicam que Cristo é mais poderoso do que Satanás (Ap 12.3) ou a besta (Ap 13.1). Na sociedade antiga, um nome era mais do que um título; ele revelava o caráter de uma pessoa. Pela expressão ninguém sabia, senão ele mesmo, parece que existem partes do caráter do eterno e ilimitado Deus (1 Tm 6.15,16) que apenas Ele próprio conhece, embora Cristo possa revelar esses assuntos em Sua segunda vinda.

19.13 Uma veste salpicada de sangue pode falar da morte redentora de Cristo na Cruz (Ap 7.9) ou de seu pisar no lagar do vinho do furor e da ira do Deus (Ap 19.15; 14.19,20), ou ambos. A Palavra de Deus não pode ser o nome que ninguém conhece, a não ser Cristo (Ap 19.12), porque aquele nome é revelado em João 1.1,14.

19.14 Os exércitos que há no céu podem ser legiões de anjos (Ap 5.11; Mt 26.53), mas Apocalipse 17.14 fala daqueles que estão com o Senhor na Sua vinda como sendo chamados, eleitos e fiéis, todos termos para cristãos (Rm 1.7; Ef 1.1; 1 Pe 2.9). Os vestidos de linho fino, como aqueles da noiva do Cordeiro em Apocalipse 19.8, sustentam essa interpretação. Cavalos brancos, um símbolo comum de vitória, seriam apropriados para aqueles que já são vitoriosos sobre a besta (Ap 15.2).

19.15 A aguda espada que sai da boca de Cristo é aquela de dois gumes citada em Apocalipse 1.16. Ferir as nações pode ser uma declaração comum de juízo ou uma referência específica aos exércitos da terra sendo mortos com a espada em Apocalipse 19.21.

Cristo regerá (gr. apascentará) com vara de ferro em cumprimento das profecias messiânicas no Salmo 2.8,9 e em Isaías 11.4. Pisar o lagar do vinho do furor e da ira de Deus lembra a ordem dada em Apocalipse 14-18-20: juntar as uvas da terra para o lagar da ira de Deus.

19.16 Rei dos reis significa Aquele que é supremo sobre todos os reis da terra. A frase o Senhor dos senhores e o Rei dos reis é encontrada em Apocalipse 17.14, antecipando a segunda vinda.

19.17,18 As aves são mandadas a se ajuntarem para o banquete nas carcaças dos exércitos derrotados reunidos em oposição a Cristo.

19.19-21 Essa descrição da besta e de seus vastos exércitos já foi vista em Apocalipse 17.14 e é quase igual àqueles reunidos para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso (Ap 16.14), no Armagedom (v.16).

A besta (Ap 13.1-10) e o falso profeta (v.l 1-17) serão lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre que é também chamado de a segunda morte, o destino eterno de todos os infiéis (Ap 20.10,14,15).

Aparentemente, eles serão os primeiros a sofrerem o tormento do lago que arde com fogo e enxofre. Os demais aliados serão mortos com a espada que sai da boca do Cristo vitorioso.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.



sexta-feira, 20 de abril de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 18

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 18


O capítulo 18 do Apocalipse trata da derrocada, decadência,  ruina, queda, destruição total e final da Babilônia. O versículo 24 diz claramente: “ e nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos e de todos os que foram mortos na terra".
Os versículos 1-24 deste capítulo tratam da queda da Babilônia e das lamentações sobre a terra.

18.1 O anjo que João viu tinha grande (divino) poder, não apenas um poder de curto prazo como os dez chifres e a besta (Ap 17.12,13). Vindo da gloriosa moradia de Deus, esse anjo ainda reflete a glória do Senhor sobre a terra (Ap 15.8), talvez como a face de Moisés, que brilhou com a glória de Deus depois de estar na presença dele (2 Co 3.7-11). 

A continuidade ao pensamento introduzido em Apocalipse 14.8 e 16.19, descrevendo a destruição da cidade. A morada de demônios é o poço do abismo (Ap 9.1,2). Um abrigo é um lugar separado. Assim, a Babilônia, após a sua queda e juízo, irá tornar-se, na prática, um inferno na terra.

18.3 Esse juízo de Deus, sem paralelo, aconteceu por causa da prostituição espiritual da Babilônia (idolatria e abominações; Ap 17-4) com os reis da terra fazendo com que os mercadores se enriquecessem com a abundância de riquezas.

18.4,5 Sai dela, povo meu é uma ordem que faz coro com Isaías 52.11 e especialmente com Jeremias 51.45, profecias declaradas em uma época quando o império babilônico estava pronto para o juízo.

18.6-8 Deus vingará a longa história de iniquidades e obras pecaminosas da Babilônia até as últimas consequências (em dobro; Is 51.19). Em vez de glorificar o Altíssimo, a Babilônia glorificou a si mesma(Ap 14.7; Rm 1.21) com um estilo real. 

Ela prosperou nos prazeres e excessos, mas, agora, o juízo iria deixá-la apenas com tormento e pranto. O clímax do juízo da antiga Babilônia também chegou apenas num dia (uma hora, nos versículos 10,17,19), quando Dario, o medo, invadiu a cidade e matou Belsazar (Dn 5.30,31).

18.9-19 Essa parte é construída como um antigo lamento e é especialmente parecida em conteúdo com o lamento de Ezequiel por causa da destruição de Tiro (Ez 27).

18.9,10 Os reis da terra, os parceiros ilícitos da Babilônia, a chorarão e sobre ela prantearão, provavelmente mais por causa de suas próprias perdas também. Eles, no entanto, a chorarão e sobre ela prantearão, estarão de longe (v.15) para escapar de seu tormento.

18.11-13 As mercadorias incluem púrpura, um corante caro; madeira odorífera, material valioso para a construção de móveis e mirra e incenso, os quais os magos deram como presentes para o menino Jesus (Mt 2.11). Corpos e almas referem-se ao mercado de escravos.

18.14-16 Vestida e adornada. A descrição da rica Babilônia é quase idêntica àquela da prostituta em Apocalipse 17.4.

18.17-19 Aqueles que tiram o seu sustento negociando no mar também lamentam o juízo e o incêndio pelo o qual a Babilônia foi assolada. Eles lançaram pó sobre a cabeça como expressão de grande tristeza, que só foi vista em Ezequiel 27.30, no lamento sobre Tiro.

18.20 Esse chamado para alegrar-se é uma introdução resumida para o cântico de louvor mais extenso em Apocalipse 19.1-5. O juízo por matar os profetas de Deus é mencionado em Apocalipse 16.6, mas esse é o único lugar no livro, além de Apocalipse 21.14, no qual os apóstolos de Cristo são mencionados.

Se apóstolos específicos estão em mente aqui, a morte de Pedro e de Paulo pelas mãos de Roma provavelmente se encaixa aqui. Se a Babilônia é um símbolo de todos os inimigos de Deus e de Seu povo, e não apenas as manifestações babilônicas e romanas, até mesmo a morte de Tiago em Atos 12.1,2 está sendo vingada aqui.

18.21,22 O lamento final sobre a queda da grande cidade da Babilônia vem de um anjo poderoso o suficiente para lançar no mar uma grande pedra pesando toneladas, como uma ilustração da rapidez e do ímpeto do juízo da Babilônia.

18.23 Desse ponto em diante do Apocalipse, a voz de esposo e de esposa é ouvida apenas em consideração às bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9) e à Nova Jerusalém, uma esposa ataviada para o seu marido (Ap 21.2). Feitiçarias (literalmente artes mágicas) são usadas em Apocalipse 9.21 para fazer referência aos pecados da humanidade de forma geral. Talvez a influência da Babilônia seja vista como corrompendo todas as nações.

18.24 O sangue da matança parece referir-se a todos os mártires pela causa de Cristo ao longo da história (Ap 6.10; 17.6). 

No entanto, pode fazer referência especificamente àqueles que foram mortos durante a tribulação, principalmente durante o reinado da besta. (Ap 13.7,15).


Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



quarta-feira, 18 de abril de 2018

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 17

LIVRO DO APOCALIPSE CAPÍTULO 17


O livro do Apocalipse Capítulo 17 trata dos seguintes temas:

1. A condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas (nações).

2.  A queda da Babilônia.

3. A visão da grande prostituta assentada sobre a besta. 

17.1,2 A referência a um dos sete anjos que tinham as sete taças marca essa passagem como uma continuação de Apocalipse 16.17-21. A referência à grande Babilônia (Ap 17.5) tem o mesmo efeito de ligação. Muitas águas são interpretadas no versículo 15 como povos, multidões, nações e línguas.

Embora a Babilônia seja chamada de prostituta nos versículos 1, 5 e 16 e em Apocalipse 19.2, a sua prostituição natural foi introduzida em Apocalipse 14.8, assim como a sua iminente e bem merecida condenação.

Tanto os reis da terra como os que habitam na terra são seduzidos a cometer adultério espiritual com a Babilônia. A indicação é que ela fez com que eles se embriagassem com poder, bens materiais, falsa adoração e orgulho. O vinho da prostituição da Babilônia (Ap 14-8) é julgado rigorosamente e de forma final por Deus no vinho da indignação da sua ira (Ap 16.19).

17.3 Em espírito descreve o arrebatamento de João que lhe permitiu receber as várias visões descritas em Apocalipse (Ap 1.10). O deserto é onde a mulher identificada como Babilônia, a mãe das prostituições (v.5), é vista sentada sobre uma besta de cor escarlate (Ap 12.3; 13.1). 

Como essa mulher normalmente está assentada sobre muitas águas (Ap 17.1) e a mulher que deu à luz o Rei-Messias fugiu para o deserto como um lugar de proteção (Ap 12.6,14), talvez a Babilônia aqui seja vista associada ao dragão e à besta enquanto eles perseguem ferozmente o povo de Deus (v.13-16).

A descrição da besta cor de escarlate a associa claramente com a besta do mar, o Anticristo, em Apocalipse 13.1,5,6. Os dez chifres são interpretados no versículo 12 como dez reis; eles podem representar os dez dedos dos pés da visão de Nabucodonosor (Dn 2.41).

17.4 A mulher, Babilônia, está vestida como uma rainha (Ap 18.7), com púrpura, escarlata, ouro e pérolas. Embora a aparência da grande prostituta (v.1,5) seja majestosa, o seu cálice de ouro está cheio das abominações e da imundícia, idolatria e atos impuros que desagradam a Deus. Essa descrição é dada primeiro sob o ponto de vista do povo, que olha para a aparência exterior e, então da perspectiva de Deus, que conhece o coração (1 Sm 16.7).

17.5 O nome na testa da Babilônia pode indicar que ela é subordinada à besta (Ap 13.16,17). Mistério pode ser a primeira parte do título para a Grande Babilônia. Mas, baseando-se no uso da palavra mistério no versículo 7, o texto aqui provavelmente deveria ser lido na sua fronte um nome misterioso foi escrito. O título propriamente dito sugere que toda prostituição espiritual e todos os atos abomináveis na história são, de alguma forma, fruto da Babilônia.

17.6 A mulher Babilônia está embriagada do sangue dos santos e dos mártires cristãos (Mt 24.21), assim como pelo vinho da sua prostituição (Ap 17.2). Dessa forma, as suas ações são duplamente repugnantes ao Senhor, assim como as ações de qualquer um que persiga o povo de Deus. O ódio da mulher pelo cristianismo é claramente retratado nesse versículo. Estar embriagada com o sangue dos santos indica uma época de um massacre fora do comum.

17.7 O que o apóstolo João viu ainda precisa ser explicado detalhadamente. Como a revelação foi concedida a ele, não para confundi-lo, mas para instruí-lo, o anjo (compare com o versículo 1) promete esclarecer o mistério da mulher e da besta.

17.8 A descrição da besta como aquela que foi ejá não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição é um contraste consciente para a descrição de Deus, em Apocalipse 1.4,8.

Era, aparentemente, indica que a besta se manifestou no passado (Dn 7). Não é sugere que ela não estava agindo na época de João. Há de subir; à perdição sugere ruína ou punição eterna. Aqueles cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida (Ap 13.8; 20.12,15) são enganados pela besta porque não conhecem o seu destino certo e eterno. Tudo o que eles veem é alguém que uma vez existiu e agora faz uma reaparição incrível.

17.9,10 O sentido de que tem sabedoria, possuir conhecimento espiritual divinamente ajudado, ter uma mente receptiva à verdade de Deus (Ap 1.3). Possivelmente, a frase pode estar conectada ao versículo 8 mais do que ao versículo 9 e pode referir-se especificamente à sabedoria e o conhecimento de quem é a besta. 

É possível que faça referência também aos versículos seguintes, à interpretação das cabeças, da besta, dos chifres, da mulher (v.1-6).

As sete cabeças da besta (v.3) simbolizam sete montes e sete reis. Como, na Nova Versão Internacional, a palavra montes também significa colinas, a maioria dos intérpretes entende que é uma referência às sete colinas ao longo do rio Tigre, uma designação bem conhecida da cidade de Roma. 

No entanto, a expressão sete montes pode referir-se também aos sucessivos impérios mundiais, já que montes são símbolos típicos de reinos e impérios da terra (SI 30.7; Jr 51.25; Dn2.44,45). De acordo com essa visão, cinco seriam reinos passados (talvez Egito, Assíria, Babilônia, império Medo-Persa e Grécia), com o sexto sendo o império romano e o sétimo outro que ainda não é vindo. 

Talvez seja um império romano restaurado. Reis podem fazer menção aos imperadores romanos, mas isso não é muito provável, já que mais de cinco reinaram antes de o livro de Apocalipse ser escrito.

17.11,12 A besta é o oitavo, e é dos sete. A besta é associada ao sétimo rei, mas também tem uma identidade separada. O teor obscuro pode expressar a admiração mundial com o fato de a besta ser curada de uma ferida mortal para reger o mundo novamente (Ap 13.3). 

Parece que o oitavo império mundial é uma espécie de império romano revitalizado sobre o qual o Anticristo estabelece a autoridade imperial de um ditador. Ele vencerá três chifres, ou nações (Dn 7.20) e exigirá autoridade universal.

Uma hora. Um tempo limitado é designado para os dez reis, ou dez chifres (Ap 1.3; Dn 2.34,41,42), que receberá autoridade para reinar junto com a besta (Ap 18.10,17,19). 

A soberania do Senhor não é ameaçada nessas declarações de sucessão e duração porque a besta pelo justo juízo de Deus vai ser condenada à perdição eterna. O tempo ajustado para esses acontecimentos pode ser concomitante com Apocalipse 16.14, onde as preparações para a batalha em Armagedom são descritas.

17.13 Os dez reis que reinam por último sob a autoridade da besta (v.12) cooperam completamente e entregam de volta seu poder e autoridade à besta. 

Alguns estudiosos entendem que esses dez reis são líderes de províncias no império romano na época de João, enquanto outros acham que dez significa simbolicamente um grande número de poderes nacionais aliados à besta. Outros ainda veem uma confederação de dez nações, talvez um império romano atual restaurado (Dn 7.7,19,20,23,24).

17.14 Os dez reis em aliança com a besta serão ousados que combaterão contra o Cordeiro (Cristo). Ele, o Todo-poderoso, o Senhor dos senhores e o Rei dos reis (Ap 19.16), irá vencê-los facilmente em Sua segunda vinda na batalha final chamada de, a batalha final do Armagedom  em Megido. (v.19-21). Na segunda fase de Sua vinda, no final dos últimos três anos e meio da grande tribulação, Jesus virá pessoalmente para derrotar aquele que até então era invencível, o Anticristo. Então Jesus implantará o seu Reino Milenial .

O teor dessa passagem está em contraste direto com Apocalipse 13.7, onde a besta e seus exércitos recebem permissão divina para fazer guerra aos santos e vencê-los. Muitos daqueles que a besta derrotou e até mesmo matou são contados agora no exército vitorioso do Cordeiro. O exército do Senhor é composto dos chamados, eleitos e fiéis, provavelmente os soldados celestiais de Apocalipse 19.14.

17.15 As águas de Apocalipse 17.1 são interpretadas como todos os povos e nações do mundo.

17.16,17 Os dez chifres (os reis do versículo 12) odiarão a Babilónia, a prostituta. Como resultado, eles irão destruí-la totalmente. Como essa descrição é parecida com a do juízo de Deus sobre a Babilônia em Apocalipse 18.8, parece que o Senhor usa soberanamente os exércitos da besta como Seu instrumento de juízo sobre o reino do Anticristo (cap. 18) antes que eles mesmos sejam destruídos (Ap 19.19-21).

Com o advento da besta como um rei supremo devido ao auto endeusamento (Dn 11.36; Mt 24-15; 2 Ts 2), Satanás começou uma ordem completamente nova, a qual é tão radicalmente diferente da grande prostituta, que a besta, ou talvez o sistema político desse mega império, volta-se contra a prostituta destruindo o aspecto religioso da Babilônia.

17.18 A mulher na visão de João (v.1-6) é a grande cidade da Babilônia (Ap 16.19) e também a antiga mãe das prostituições (Ap 17.5). 

Dessa forma, a influência Satânica dessa cidade sobre os líderes mundiais continuou desde Babel, através da Babilônia até Roma (v.9-10), sua clássica manifestação no primeiro século depois de Cristo.

Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia,  Pastor e Escritor.