segunda-feira, 15 de setembro de 2025

OS GRANDES MISTÉRIOS DA BÍBLIA

OS GRANDES MISTÉRIOS DA BÍBLIA. 

I - No mundo grego “mistérios” eram cerimônias religiosas secretas, nas quais tomavam parte apenas pessoas iniciadas. “Mistério” tem o sentido geral de “coisa oculta, obscura, secreta”. No Novo Testamento o termo é usado não tanto no sentido de algo incompreensível à razão, mas como revelação e quando refere-se às coisas de Deus os chamados “Mistérios” são as ações de Deus para estabelecer o seu reino (Mt 13,35; Ap 10,7), por meio de Jesus Cristo e da Igreja, (Ef 1,9s; 3,1-9; Cl 4,3); é a sabedoria de Deus revelada em Cristo Jesus, (1Cor 2,7s; Cl 1,25-27; 1Tm 3,16), especialmente o plano salvífico de Deus para a humanidade, inacessível ao homem mas revelado por Jesus Cristo, de salvar a todos os homens (ou seja à todos da raça humana), que nEle crer. (Rm 16,25s). 

II - O que podemos aprender com o Apóstolo Paulo sobre alguns dos grandes mistérios da Bíblia. O apóstolo Paulo trás muitas instruções para obreiros e líderes da obra de Deus, dentre estas instruções trago aqui uma das mais importantes que ele transmitiu ao seu filho na fé chamado Timóteo. Ele diz: “Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. 1 Timóteo 4:15,16. Nesta postagem vamos discorrer um pouco sobre os mistérios de Deus revelados aos homens. Homens estes que viveram uma vida de íntima comunhão com Deus. O quê vem a ser mistério? 1) Mistérios na Bíblia são segredo de Deus e desconhecidos até que seja manifestado pelo próprio Deus através de algum meio, (Dn 2.18-19,27-30,47; Mt 13.11). 2) O plano de Deus revelado nos evangelhos para a salvação de toda a humanidade é um mistério revelado, foi profetizado pelo próprio Deus em Gn. 3:15 (Ef.3.3-9). 3) Conhecimento secreto que só Deus pode tornar conhecido. (2Ts 2.7; Ap 1.20). 

A – Fazemos aqui no início desta postagem um passeio na Bíblia sobre os mistérios de Deus, cujos são encontrados, em sua maioria, em diversas referências bíblicas, tais como: “Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama são estes: Daniel 2:28”. “Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos, acerca do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser. Daniel 2:29”. “E a mim me foi revelado esse mistério, não porque haja em mim mais sabedoria que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração. Daniel 2:30”. Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério. Daniel 2:47”. “Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios de Babilônia. Daniel 2:18”. “Beltessazar, mestre dos magos, pois eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação. Daniel 4:9”. “Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu. Daniel 2:19”. Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Mateus 13:11”. “E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas, Marcos 4:11”. “E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam. Lucas 8:10”. “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, Romanos 16:25”. “E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. 1 Coríntios 13:2”. Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:2”. Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; 1 Coríntios 15:51”. “Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; 1 Coríntios 2:7”. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. 1 Coríntios 4:1”. “Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, Efésios 3:4”. “E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; Efésios 3:9. “Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Efésios 5:32”. “E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, Efésios 6:19”. “Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, Efésios 1:9”. “Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi; Efésios 3:3”. “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, Colossenses 2:2”. “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; Colossenses 4:3”. “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; Colossenses 1:26”. “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; Colossenses 1:27”. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; 2 Tessalonicenses 2:7”. ”Guardando o mistério da fé numa consciência pura. 1 Timóteo 3:9”. “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória. 1 Timóteo 3:16”. “O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas. Apocalipse 1:20”. “E na sua testa estava escrito o nome: mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra. Apocalipse 17:5”. “E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres. Apocalipse 17:7”. O livro de Apocalipse é também conhecido por livro da Revelação, mas lembre-se são revelações de Deus e serão cumpridas integralmente no tempo de Deus. 

B - Segundo um dicionário bíblico a palavra “mistério” no idioma português tem vários significados, como: tudo que não se pode explicar ou compreender; os segredos de Deus são impenetráveis. A razão humana não consegue assimilar tudo o que envolve os mistérios de Deus. Inclusive os que são relacionados à fé Cristã. Hebreus 11.1. O conjunto de conhecimentos humanos que permitem o domínio de uma arte, técnica ou ciência precisam de muitos conhecimentos da matéria segundo os ensinamentos humanos, mas um culto a Deus envolve além dos conhecimentos humanos, a direção do Espírito Santo para que seja um culto racional de adoração a Deus. Romanos 12.1- 2, ou seja, em termos bíblicos, o culto racional (Romanos 12:1-2) não se refere a um tipo de adoração fria ou intelectual, mas sim a uma entrega sincera e consciente a Deus, baseada no entendimento de suas misericórdias e no desejo de agradá-Lo. É uma adoração que envolve a mente, o coração e a vida prática do crente, resultando em uma transformação espiritual e em um serviço a Deus que reflita esta mudança. 

C - O sentido literal exato da palavra “musterion” do grego: a palavra mistério significa um segredo transmitido apenas para quem busca conhecer tudo aquilo que é desconhecido até que seja revelado, seja ele fácil ou difícil de entender. A idéia da incompreensibilidade, se é implícita é puramente acidental, se é explicita pode ser por capacitação intelectual ou ajuda da ciência e da tecnologia, dentre estas opções já há o envolvimento da IA (inteligência Artificial), mas a própria Bíblia interpreta-se a si mesma através da Hermenêutica bíblica. A Hermenêutica é uma "matéria bíblica de interpretação de texto da Bíblia" e refere-se à pesquisas da correlação do texto com o seu contexto na própria Bíblia, porque senão vira um pretexto para muitas interpretações maldosas e hereges; então devemos valorizar a disciplina que estuda os princípios e métodos para compreender o significado dos textos da Bíblia. Esta matéria não é apenas sobre português, mas utiliza a Bíblia como base para desenvolver habilidades de interpretação textual, aplicando conceitos como contexto histórico, coesão, coerência e outros recursos linguísticos para descobrir o sentido original das escrituras. 

D - Para melhor entendimento deste tema vamos considerar brevemente o seu uso no paganismo antigo e depois examinar mais cuidadosamente o seu uso bíblico: 1. No paganismo: Nos livros clássicos existentes é encontrado apenas uma vez no singular, mas é frequentemente encontrado no plural “ta mustēria”, "os mistérios", termo técnico para os ritos secretos e celebrações nas religiões antigas só conhecido e praticado pelos seus sacerdotes, magos e adivinhos. Além dos mistérios gregos, podemos mencionar os cultos egípcios de Isis e Serapis, e do mitraísmo persa, que no século 3 dC., foi amplamente difundido por todo o império romano. 2. Apelavam mais para as emoções do que para o intelecto. Visavam garantir uma união mística com alguma divindade e uma imortalidade feliz. Seus ritos eram marcados pelo simbolismo profuso de palavra e ação, precedidos por ritos de purificação pelos quais os praticantes tinham que passar.3. Os cultos se cercavam de uma rigorosa exclusividade. 4. Os mistérios não eram sociedades secretas, mas estavam abertos a todos os que eram escolhidos para ser iniciados naqueles cultos até satânico, dentre eles a inclusão de bárbaros e criminosos. Eles formavam a parte séria da religião pagã, não eram desprovidos de elementos nobres, mas também se prestavam a extravagâncias e abusos graves. 

E - No Velho Testamento: Não houve mistérios do tipo acima no culto a Deus. Todo o ritual da lei mosaica contava com a participação do povo em geral através dos seus representantes, os sacerdotes. Não havia qualquer sistema de iniciação cerimonial pelo qual poucos tinham privilégios negados à maioria, mas a tribo de Levi fornecia os mestres que ensinavam o povo, os que serviam no templo e os sacerdotes, que eram descendentes de Arão, e também os levitas. 

1 - “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre”, (Deuteronômio 29:29); longe de exigir silêncio e segredo, elas deviam ser proclamadas abertamente, (Deuteronômio 6:7). No entanto “O conselho do Senhor é para aqueles que O temem, e Ele lhes faz saber o seu pacto”, (Salmo 25:14), ou seja, o Senhor reserva a Sua intimidade para os que têm a verdadeira de Deus como regra de fé. A palavra grega “musterion” ocorre na Septuaginta do Velho Testamento apenas em Daniel, onde aparece várias vezes como a tradução do caldeu râz, um esconderijo ou segredo, referindo-se ao sonho do rei, o significado do qual foi revelado a Daniel (capítulo 2:18-19, 27-30, 47, 4:9). 

2 - No Novo Testamento a palavra grega “mustērion” no singular e “mustēria” no plural são encontradas 28 vezes no original. Em recente versão de Almeida a palavra é traduzida como “testemunho” em 1 Coríntios 2:1 e inexplicavelmente omitida em Apocalipse 17:5. Felizmente a Nova Versão Internacional corrigiu esses dois erros. Podemos distinguir 10 mistérios diferentes no Novo Testamento: 1. Nos Evangelhos, foi usada pelo Senhor Jesus para informar aos Seus discípulos da razão por que falava ao povo em geral por parábolas: “E Ele lhes disse: A vós é confiado o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes diz por parábolas; para que vendo, vejam, e não percebam; e ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam e sejam perdoados” (Marcos 4:11-12, também Mateus 13:11-13 e Lucas 8:10). Foi cumprimento da profecia em Isaías 13:14-15, que informa que isso seria feito por causa da impiedade do povo, e está em conformidade com o Salmo 25:14 citado acima. 2. As parábolas escondem o seu significado daqueles que olham apenas para o sentido literal, mas é o meio de revelação para aqueles que têm a chave para a sua interpretação: “A vós é confiado o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes diz por parábolas” (Marcos 4:11). Esta é a única ocasião em que a palavra “mistério” é atribuída ao nosso Senhor. 

3 - O mesmo sentido se encontra em Apocalipse 1:20; 17:5,7 e provavelmente também em Efésios 5:32, onde o casamento é chamado de "um mistério", ou seja, um símbolo a ser interpretado alegoricamente de Cristo e Sua igreja. O significado mais comum no Novo Testamento de “mistério” é aquele enfatizado pelo apóstolo Paulo, ou seja, de ser uma verdade divina escondida, mas que agora foi revelada nos evangelhos. Romanos 16:25 e 26 dizem resumidamente: “àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos, mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé”. Este é o mistério da piedade que Deus manteve em segredo desde o princípio (1 Timóteo 3:16, Romanos 16:25), e é básico para a compreensão do plano de salvação de Deus para todos os pecadores mediante a simples fé na obra redentora de Jesus Cristo. 

4 - A inclusão dos gentios na igreja, (Efésios 3:3-9). Note que o fato que haveria salvação para os gentios não era mistério, pois a salvação da humanidade já fora prevista desde a antiguidade e os profetas também previram a sua salvação (Romanos 9:24-33, 10:19-21). O mistério oculto em Deus em todas as épocas passadas era que os gentios seriam salvos sem observar a lei, e que ambos judeus e gentios seriam liberados da lei, fazendo um só corpo, a igreja de Cristo (Efésios 1:22-23; 3:1-11; 4:11-16; 5:23-33; Colossenses 1:18,24), formado pelo Espírito Santo, (1 Coríntios 12:12-13, 27:31), nos termos da nova aliança, em que todas as distinções de privilégio e bênção desaparecem (Efésios 2:14-15, 1 Coríntios 12:13, Gálatas 3:27-28; Colossenses 1:18-29; 3:10-11, Hebreus 11:10-16, 13:14; Apocalipse 21:9-10). Esta era a nova revelação (Efésios 3:1-9, Gálatas 1:12, 2:2, 3:13-14). 

5 - O mistério das sete estrelas e dos sete candeeiros revelados em Apocalipse 1:20. Relativamente era apenas representação do que seria em épocas posteriores a igreja do Senhor Jesus, a futura ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos em corpos incorruptíveis no arrebatamento da igreja. (1 Coríntios 15:51-53). O mistério da iniquidade aumentada de 2 Tessalonicenses 2:7 era a plenitude dos tempos chegando com a intervenção forte do Anticristo na igreja. A futura salvação de todo o remanescente de Israel poderia e vai acontecer no tempo de Deus, (Romanos 11:25). 

6 – “A mulher vestida de escarlate, chamada “mistério”, (Apocalipse 17:7). “Na plenitude dos tempos, fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra”, (Efésios 1:10). A primeira metade dos mistérios (até o quinto) não só foram revelados, mas também cumpridos até nossos dias. Os restantes serão cumpridos em breve dentro do calendário determinado por Deus desde os tempos eternos. 

7 – Concluindo esta parte, vemos que os mistérios da Bíblia são realidades antecipadamente conhecidas por Deus e reveladas na ocasião oportuna para a sabedoria da humanidade, em contraste com a sabedoria resultante da filosofia humana (veja especialmente 1 Coríntios 2.1-16 e compare com Mateus 11:25). O contraste não consiste em que a filosofia é humanamente compreensível enquanto os mistérios estão obscurecidos, mas que a filosofia é produto de pesquisa intelectual humana, enquanto os mistérios são revelação divina e se discernem espiritualmente. 

8 - A fé cristã não tem doutrinas secretas, pois seus mistérios são revelações feitas à humanidade por Deus pelo Seu Espírito em tempo oportuno de coisas que Ele, ciente de tudo, já sabia antecipadamente. Alguns não são compreendidos por todo o mundo, assim o “segredo” revelado a alguns parece estar sendo escondido de outros. As doutrinas de Cristo e do Seu Reino estão escondidas aos sábios, entendidos e príncipes do mundo, (Mateus 11:25, 1 Coríntios 2:6-16), e de todos os que estão fora do Reino, (Mateus 13:11-17), e há verdades espirituais mais profundas retidas até mesmo de cristãos, enquanto estiverem num estágio elementar de desenvolvimento, (1 Coríntios 3:1-3, Hebreus 5:11-14). Por outro lado, há muitas passagens em que as verdades da revelação se dizem ser comunicadas livremente e sem reservas a todos, (por exemplo: Mateus 10:27, 28:19-20, Atos 20:20,27, Efésios 3:9, Colossenses 1:28; 1 Timóteo 2:4). A explicação é que, se a comunicação é limitada, não é por causa de qualquer sigilo na mensagem do evangelho em si ou qualquer reserva por parte do comunicante, mas pela capacidade receptiva do ouvinte. No caso dos que têm uma obtusidade carnal de espírito, moral ou mundanismo isto os torna cegos para a luz que brilha sobre eles, (2 Coríntios 4:2-4). No caso das "criancinhas em Cristo," a reserva aparente é devido apenas ao princípio pedagógico de adaptação do ensino para a receptividade progressiva do discípulo, (João 16:12). A linguagem forte em Mateus 13:11-15 se deve ao modo hebraico de expressão através do qual um resultado real é indicado como se fosse intencional. Na Bíblia não há doutrinas perniciosas doutrinas esotéricas, incentivo às adivinhações, encantamentos, paranormalidades, e ou reserva intencional para confundir as verdades bíblicas no Novo ou no Velho Testamento. 

9 - Muitos mistérios bíblicos foram revelados aos homens através dos escritores da Bíblia. Os autores bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo, consignaram por escrito a experiência fundamental da salvação e revelação de Deus, que começa no Antigo Testamento e termina no Novo Testamento. “Deus, que inspirou os livros de um e de outro Testamento e é seu autor, sabiamente dispôs que o Novo estivesse escondido no Velho e o Velho se tornasse claro no Novo”. A Bíblia é inspirada, não inventada. Ela contém as etapas da história da salvação de Deus até seu cume, o mistério pascal de Cristo, com o envio do Espírito Santo. Os primeiros cristãos reconheceram nos livros sagrados o essencial de sua experiência de Deus em Cristo e os canonizaram, tornando-os a norma para a vida da Igreja e do cristão. A Igreja crê que a Bíblia transmite a verdade para nossa salvação, a Palavra que Deus nos dirigiu, instruindo-nos sobre o seu mistério e comunicando-nos a graça de poder participar dele. Neste sentido, a Bíblia não erra, mas transmite a verdade mais preciosa para o ser humano: sua vocação à comunhão com Deus em Cristo. 

10 - Como o maior mistério da Bíblia foi revelado aos homens. O apóstolo Paulo disse: “Ao lerem o que escrevi, poderão entender a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos Seus santos apóstolos e profetas, pelo Espírito Santo”. Efésios 3:4, 5. 

11 - Jesus Cristo era o mistério que estava oculto, (João 1.1-5), 1. No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2. Ele estava no princípio com Deus. 3. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; 5. e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Mas que foi revelado no tempo determinado por Deus, (Ef 3:4-5; Cl 1:26; Rm 16:26). Contudo, esse mistério não era totalmente desconhecido, porque já estava indicado nos escritos proféticos do Antigo Testamento, principalmente no livro do profeta Isaías, conhecido como o profeta Messiânico. Em relação às Escrituras, Jesus declarou: “São elas mesmas que testificam de Mim”, (Jo 5:39). O Antigo Testamento apontava para o futuro, indicando a vida e a missão de Cristo quando aqui viesse; e o Novo Testamento se reporta ao passado, revelando que Ele de fato veio e cumpriu tudo quanto estava escrito a Seu respeito. 

12 - A vida e obra de Jesus Cristo são o fundamento e o centro das Escrituras. Todos os milagres e histórias, todas as profecias e parábolas giram em torno dEle e de Seu plano para salvar os pecadores. As Escrituras declaram: “Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o Universo. O Filho …, é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do Seu Ser”. (Hb 1:1-3). 

13 - Assim, a revelação começada no Antigo Testamento continua no Novo e se concentra em Jesus Cristo, que é seu autor e também seu tema central. Podemos perceber esse fato desde o relato sobre a criação: “Pois Nele (em Jesus) foram criadas todas as coisas, nos Céus e sobre a Terra…”. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele” (Cl 1:16). A mesma ênfase também é encontrada na promessa final que Ele fez: “Certamente cedo venho”, (Ap 22:20). 

14 - De todas as formas pelas quais Deus Se revelou, aquela que nos veio por meio de Cristo é a mais completa e perfeita. Ele afirmou: “Quem vê a Mim vê o Pai”, (Jo 14:9). Quando as pessoas O viam demonstrar misericórdia, justiça, sabedoria e perdão, quando elas O observavam curar, ensinar, animar, fortalecer e consolar, estavam recebendo a mais clara revelação do caráter de Deus. Hoje, ao ler sua Bíblia, concentre-se em Jesus e agradeça a Deus o dom de Seu Filho e tudo o que Ele representa para sua vida e sua família. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

SÓ JESUS CRISTO SALVA

SÓ JESUS CRISTO SALVA.


I - Quem é Jesus Cristo? Jesus Cristo é Deus. O Evangelho de João nos revela essa verdade logo em suas primeiras palavras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, (João 1:1). A divindade de Jesus é afirmada de forma clara durante todo o Novo Testamento, onde lemos que a plenitude da divindade habita nele, pois Ele é a imagem do Deus invisível (2 Coríntios 4:4; Colossenses 1:15-19; 2:9). Além disso, Jesus possui os atributos divinos, (Mateus 28:18; Hebreus 1:3; Apocalipse 2:23). Ele também é designado com os mesmos nomes e títulos que Deus, o Pai, recebe no Antigo Testamento, ( Isaías 44:6; Apocalipse 1:17). Tudo o que existe foi criado por Ele e para Ele, (Colossenses 1:16). Ele tem poder para perdoar pecados, (Colossenses 3:13) e receber adoração (Hebreus 1:6). Ele próprio declarou: “Eu e o Pai somos um”, (João 10:30). Jesus Cristo é o Verbo que se fez carne. Se a Bíblia é clara ao afirmar que Jesus Cristo é Deus, da mesma forma ela é suficientemente clara ao afirmar a humanidade de Jesus. De fato, o mesmo texto que afirma sua divindade, também afirma sua humanidade, isto é, “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”, (João 1:14). Dessa forma, entendemos que Jesus era plenamente homem e plenamente Deus. Qualquer ensino que negue essa verdade não é o verdadeiro Evangelho. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, afirma: “Cristo Jesus, homem”, (1 Timóteo 2:5). Portanto, Jesus experimentou as mesmas limitações que nós, como homens, experimentamos. Ele passou por sofrimentos, vontades, privações, dores, fome, cansaço, fraquezas etc. (Lucas 23:46; João 4:6-7; 6:38; 12:27). Porém, diferente de nós, Ele nunca pecou. Jesus Cristo é o nosso Salvador. A morte e ressurreição de Jesus foi o clímax do plano divino da redenção, um plano concebido por Deus ainda na eternidade, antes da fundação do mundo, (1 Pedro 1:19,20). É justamente nesse ponto, quando olhamos para sua obra redentora, que podemos entender por que Jesus precisava ser plenamente Deus e plenamente homem. Apenas sendo homem Ele poderia morrer pregado numa cruz, e apenas sendo Deus Ele poderia ser capaz de satisfazer a justiça divina e redimir o seu povo. Portanto, na cruz, Jesus Cristo, Deus e homem, fez o que ninguém mais seria capaz de fazer. Dessa forma, Jesus é muito mais do que apenas um bom exemplo a ser seguido, sua obra é muito maior do que qualquer ideia romântica de um martírio heroico. Diante da pergunta sobre quem é Jesus Cristo, só nos resta responder que Ele é o Emanuel, o Deus conosco, e sua obra está além de qualquer possibilidade humana. Mesmo sendo Deus, Ele substituiu homens ao se fazer maldito por eles morrendo numa cruz. Sim, é impossível responder quem é Jesus sem se lembrar de que Ele ocupou o lugar de miseráveis pecadores, recebeu o castigo que lhes era merecido, e os reconciliou com Deus. 
II – A mensagem de Salvação que Jesus trouxe ao mundo é que só o Senhor é Deus; é também que Jesus Cristo salva, cura, liberta, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará para arrebatar a Sua igreja. No ano de 2011 foi comemorado no Brasil o centenário de fundação das Igrejas Assembleias de Deus no Brasil. Queremos destacar a importância da mensagem pregada e a convicção dos primeiros missionários pentecostais a pregar tal mensagem no Brasil. Ainda no ano de 2011, nos dias 16 a 18 de junho a Igreja Assembleia de Deus em Belém no Pará, carinhosamente conhecida por Igreja Mãe, completou 100 anos de sua fundação pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren. 
A - A mensagem que eles começaram a pregar no Brasil era que Jesus Cristo Salva, Jesus Cristo Cura, Jesus Cristo Liberta, Jesus Cristo Batiza com o Espírito Santo e em breve Jesus Cristo voltará para arrebatar sua igreja. Esta mensagem deu sequência àquela que começou no livro de Atos dos apóstolos capítulo 1, versículo 8: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra". At. 1.8. 
B - Aqueles missionários mesmo não conhecendo bem nosso idioma, mas sabedores da chamada de Deus na vida deles, que era muito forte, começaram a pregar o que Deus lhes havia dado como missão no evangelho de João 3.16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo. 3.16. Com estas palavras eu quero dizer para vocês que a mensagem do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é uma mensagem simples e fácil de qualquer pessoa assimilar; não tem nenhuma coisa difícil de se compreender nos evangelhos. 
C - Jesus Cristo quer salvar a todo aquele que n'Êle crer. Jesus Cristo quer libertar todo aquele que n'Êle crer. Jesus Cristo quer curar a todo aquele que n'Êle crer. Jesus Cristo quer Batizar com o Espírito Santo todo aquele que n'Êle crer. Por fim ele voltará para arrebatar todos aqueles que n'Ele crer. 
1 - Então a mensagem é de que alguém precisa crer em Cristo Jesus para acontecer algo diferente na vida daquela pessoa. As pessoas que observarem o que está no evangelho de Mateus capítulo 11. versos 28,29,30, que diz: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Mt. 11.29. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Mt. 11.30. 
2 - Parabéns ao povo Assembleiano e ao povo pentecostal do Brasil. O ide de Jesus não pode parar. "E disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Mc. 16.15. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Mc. 16.16. E estes sinais acompanharão (seguirão) aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; Mc. 16.17. Pegarão em serpentes, e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Mc.16.18. Em Mt. 11.30 Ele mesmo nos assegura: 'Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve. Tais pessoas que aceitarem o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador, vão verificar a força e o poder que envolve estas palavras que os missionários começaram a pregar e que fez com que uma nação conhecesse o poder de Deus para libertar o ser humano da escravidão do pecado. 
3 - A mensagem pentecostal que eles (os missionários Suecos, via Estados Unidos) trouxeram para o Brasil foi bem aceita e por esse motivo temos hoje em nossa nação um número tão grande de evangélicos pentecostais das Assembleias de Deus. 
4 - O desejo de experimentar um avivamento levaram as igrejas evangélicas pentecostais a pregar sobre o batismo no (ou com o) Espírito Santo. Quando iniciou o movimento conhecido da Rua Azuza, nos EUA, enfrentou resistência e preconceito, mas também atraiu multidões de diferentes raças e classes sociais, rompendo barreiras raciais dentro da igreja. O Avivamento da Rua Azusa foi marcado por manifestações extraordinárias do Espírito Santo, como línguas estranhas, curas e milagres. A notícia, rapidamente, se espalhou, e pessoas de várias partes do mundo viajaram para testemunhar e levar essa chama para seus países. 
5 - Houve um grande crescimento do movimento pentecostal no Brasil. O Brasil recebeu o pentecostalismo em 1910, quando os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg chegaram a Belém do Pará. Ambos vieram movidos por um chamado divino e, apesar das dificuldades iniciais, iniciaram uma obra que transformaria o cristianismo no país. Gunnar Vingren era um pastor batista e teólogo dedicado, enquanto Daniel Berg era um ferreiro e evangelista. Quando chegaram ao Brasil, enfrentaram desafios como dificuldades financeiras, doenças tropicais e oposição de igrejas tradicionais e também o idioma, eles não falavam o nosso idioma. No entanto, por meio da oração e dedicação, começaram a pregar sobre a necessidade do batismo no Espírito Santo, reunindo pequenos grupos de fiéis. Esse movimento deu origem à Assembleia de Deus, que se tornaria a maior denominação pentecostal do Brasil. 
6 - Paralelamente, em 1911, Luiz Francescon fundou a Congregação Cristã no Brasil, dando início a outra vertente forte do pentecostalismo nacional. Com o passar das décadas, o movimento cresceu exponencialmente, dando origem a diversas igrejas e ramificações, como a Igreja do Evangelho Quadrangular, a Igreja Pentecostal Deus é Amor e, mais recentemente, as igrejas neopentecostais. 
7 - O Impacto do movimento pentecostal no Brasil Hoje. O pentecostalismo se espalhou pelo mundo e, atualmente, é uma das forças cristãs mais influentes. Em países da América Latina, África e Ásia, o crescimento é impressionante. No Brasil, estima-se que quase um terço dos evangélicos sejam pentecostais, o que demonstra a relevância desse movimento na vida das pessoas. As igrejas pentecostais continuam sendo espaços de transformação, onde vidas são restauradas, curas acontecem e a fé é renovada. Além disso, o louvor vibrante, a pregação fervorosa e a busca constante pela presença do Espírito Santo são características marcantes desse avivamento que nunca se apaga.
8 - O fogo do Espírito Santo continua fazendo a diferença nas igrejas evangélicas pentecostais do Brasil. O pentecostalismo não é apenas um movimento do passado, ele é vivo, dinâmico e segue impactando o mundo. Se há algo que essa história nos ensina, é que Deus continua operando maravilhas através do Espírito Santo na vida de todos os que nEle crer. O Cristão para ser salvo precisa buscar constantemente o fogo do Espírito Santo, para estar sempre abastecido do alimento espiritual de Jesus, porque só Jesus Cristo salva. 
9 – Os textos Bíblicos de Levítico 6.12,13; Provérbios 26.20ª, são textos que nos revelam que Deus é um Deus que responde com fogo quando os seus profetas clamam a Ele. O fogo (poder) de Deus está presente hoje na vida de cada crente. Ele acende a chama quando o Espírito Santo passa a habitar em nós, e zela tanto por isto que crescemos em graça enquanto andamos com ele. Portanto, “o fogo pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará…”. (Lv 6.12a). 
10 - Como Manter o Altar aceso e em Chamas flamejantes, não apagando o a chama do Espírito Santo. Você já estudou que o fogo é adequado para ser o símbolo do Espírito Santo? (Mt 3.11; At 2.3; Ap 4.5). O apóstolo Paulo adverte: “Não apagueis o Espírito”, (1Ts 5.19). O termo “… apagueis…” no original grego do verbo shennumi, significa “extinguir”, “apagar”, e que figuradamente significa “suprimir”. Era verbo usado para dar a idéia de “apagar fogo”, ou “ressecar coisas molhadas” para se tornarem secas. Também transmitia a idéia de tornar “inativas” muitas coisas. 
11 - Parece que a Igreja em Tessalonicenses era culposa de proceder de modo francamente oposto à igreja de Corinto. Os coríntios eram tendentes a excessos, a respeito das manifestações do Espírito Santo. Os cristãos em Tessalônica, estavam em perigo de sufocar toda operação do Espírito. Portanto, precisamos dar lugar às operações do Espírito de Deus, como também uma vida pura e limpa, pois Ele não pode operar através de um vaso sujo e comprometido com o pecado e com a sujeira mundana. 
12 - O Espírito Santo, como fogo, pode apagar-se por um motivo: Por falta de Combustível. Um fogo pode apagar-se simplesmente mediante a remoção do combustível, ou por falta de lenha. Desde o Antigo Testamento, a ordem de Deus era “o fogo pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará, mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã…”, (Lv 6.12). A lenha é o elemento usado para manter o fogo do altar aceso, a lenha pode manter a chama do fogo acesa por um período longo e constante. Para que o fogo do altar permaneça aceso é necessário colocar lenha todo dia. 
13 – Qual é o tipo de lenha que deve ser posta no fogo? Figuradamente três tipos de lenha: a. A nossa Oração. A lenha a ser posta no fogo é a nossa oração. “O combustível do crente”. A oração na vida do crente, não é questão de escolha ou opção, é uma questão de necessidade e sobrevivência espiritual. As Sagradas Escrituras dizem: “… sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”. (Lc 18.1). Diz que “… perseverai na oração.” (Rm 12.12b). Diz para “Perseverar em oração…”, (Cl 4.2). Diz também, “Orai sem cessar.” (1Tss 5.17). Quando perseveramos em oração: “o fogo pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará…”, (Lv 6.12a). Portanto mantenha a chama acesa e lembre-se: “Sem lenha, o fogo se apagará…”, (Pv 26.20a). b. A Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o elemento principal para que o fogo permaneça aceso no altar da Igreja. Meditando e praticando a Palavra de Deus todos os dias estamos colocando lenha na fogueira do altar e assim não deixando sua chama apagar. A Palavra de Deus é Poderosa e Inflama. O Senhor disse. (Jr 23.29). “Não é a minha palavra como fogo? Os dois discípulos no caminho de Emaús, (Lc 24.32) disseram “porventura quando Ele (Jesus) falava não ardia em nossos corações?. “E disseram um para o outro: Porventura, não nos ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras” c. A nossa Consagração. (Lv 6.18).Pela própria experiência muitas pessoas sabem que lenha encharcada ao invés de alimentar o fogo, o apaga. Mesmo com o cuidado persistente da pessoa interessada, poderá haver apenas muita fumaça e ao cessar dos assopros, pode apagar-se. Vidas não consagradas são “lenhas encharcadas”, que resistem ao fogo do Espírito Santo. 
14 - Esta é a vontade de Deus. (1Ts 4.3). Vale ressaltar que todos os mandamentos (e comportamentos) que Paulo chama os santos a praticar em Efésios 5:18 a Efésios 6:19 estão no contexto de serem cheios do Espírito Santo: adoração, casamento, família, filhos, empregados, guerra espiritual, oração, todas estas situações exigem de nós dependência contínua do Espírito de Deus para uma conclusão bem-sucedida. Tentar cumprir qualquer um dos mandamentos do NT com nossas próprias forças leva ao fracasso e à frustração. “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação…”. É a razão da nosso chamado. (1Ts 4.7). “porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação” e esta é a condição essencial para ver o Senhor. (Hb 12.14). “… sem a santificação, ninguém verá o Senhor”. Também é a condição essencial para ter Comunhão com Deus. (Lv 19.2). “… Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. É também uma condição essencial para manter o altar em chamas. (Lv 6.12). “... o fogo pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará, mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã…”. 
15 - Quando o Espírito Santo de Deus não encontra o combustível da Oração, da Palavra, da Consagração para operar, o fogo então se apaga sem demora. A Sagrada Escritura diz: “Sem lenha o fogo se apagará…”. (Pv 26.20a). "Só Jesus Cristo pode salvar", devemos ter convicção de que Jesus é o único caminho para a salvação, como afirmado em passagens como João 14:6 e Atos 4:12. A salvação é entendida como o livramento do pecado e suas consequências, através da fé em Jesus, cujo sacrifício na cruz é visto como o resgate que perdoa os pecados da humanidade. Jesus é o único caminho, a Bíblia ensina que não há outro nome, ou outra pessoa, através do qual possamos alcançar Deus ou ser salvos. A salvação é através da fé,npara ser salvo é preciso ter fé em Jesus, crendo que Ele é o Filho de Deus e que morreu pelos nossos pecados. O sacrifício de Jesus não foi em vão, profeta Isaías enfatiza em Isaías 53 que Jesus, sendo perfeito e sem pecado, pagou o preço pelos pecados de toda a humanidade ao morrer na cruz, ressuscitando no terceiro dia. Através do dom da graça, a salvação foi nos dada como um presente de Deus, que é recebido pela graça através da fé, e não pelas obras. 
16 – Existe uma grande diferença entre acreditar e confiar. Não é suficiente apenas acreditar que Jesus existe; é preciso entregar a vida a Ele, confiando nEle como Único Salvador e Senhor pessoal. Aqueles que aceitam Jesus como salvador e Senhor recebem o Espírito Santo e vivem uma nova vida, com a promessa de vida eterna ao lado de Deus. João 14:6 diz: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim". Atos 4:12 diz: "Não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos". Romanos 10:9-10 diz: "Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação". Efésios 2:8-9 diz: "Pela graça vocês são salvos, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie". Portanto espalhe com todas as suas forças que “só Jesus Cristo salva”. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pastor Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

JESUS CRISTO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA

JESUS CRISTO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA.



O mundo está sem esperança de livramento, sem esperança de ser curado, sem esperança de ser perdoado, sem esperança de Salvação. O mundo está desassistido de esperança. As pessoas andam desesperançadas com a política, com os políticos, com a família, com os amigos enfim o mundo está sem esperança. Avançamos em nossas conquistas científicas, mas destruídos nosso habitat natural e nossas relações de amizade com os que se dizem ser nossos amigos. Os homens recebem educação, tornam-se eruditos, mas seu coração continua corrompido e inclinado para o mal. As filosofias eruditas levaram o mundo para o desespero. As escolas psicológicas não encontraram respostas aos conflitos da alma nem puderam dar paz ao coração. As religiões se multiplicam tentando abrir um caminho da terra ao céu, mas trazem mais desencanto. A única esperança da humanidade é sermos alcançados pela abundância da graça de Jesus. Ele é o caminho de volta para Deus. Ele é a porta do céu. Ele é o Mediador entre Deus e os homens. Ele é o Pão da vida. Jesus é o bom Pastor. Jesus é porta das ovelhas. Jesus é o Caminho, e a Verdade, e a Vida. Ele é a Ressurreição e a Vida, a Videira verdadeira, o Salvador, o Rei da glória, o Único que tem poder de oferecer vida e vida em abundância. 
A - Depois das saudações iniciais da sua primeira epístola, o apóstolo Pedro escreveu sobre Jesus como nossa única esperança e sobre a manifestação da graça de Deus em nossas vidas em toda a sua plenitude dizendo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo”, (1 Pedro 1:3-5). Em poucas palavras Pedro resumiu aspectos importantes da mensagem do evangelho de Jesus Cristo e da graça de Deus derramada abundantemente sobre a vida dos que creem no Caminho sobremodo excelente de servirmos a Cristo. 
B - Deus coopera para a nossa salvação. Aprendemos na Bíblia que há um só Deus, e também aprendemos que há três pessoas identificadas como Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Pela dificuldade de compreender perfeitamente a ideia de um só Deus em três pessoas, muitos têm criado outras doutrinas. Dificuldades em entender ou explicar um fato não são motivos para negar verdades reveladas. Pedro falou da participação dessas três pessoas cooperando para nossa salvação (1 Pedro 1:2-3). Sua mensagem é a mesma ensinada pelo apóstolo Paulo e pelo próprio Senhor Jesus Cristo. 
C - "A salvação é pela misericórdia de Deus. O entendimento dos fariseus no primeiro século, e de defensores de algumas religiões e filosofias nos dias atuais, é de salvação por obras de mérito, seja obediência perfeita à Lei dada aos israelitas ou as boas obras de caridade pela qual a pessoa se qualifica para a felicidade eterna. A mensagem do evangelho, porém, é outra. A nossa única esperança da salvação depende da graça de um Deus misericordioso e disposto a perdoar. Paulo disse: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2:8). 700 anos antes de Paulo, Isaías escreveu: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”, (Isaías 55:7). 
1 - Deus nos dá vida pela ressurreição de Jesus. A ressurreição de Jesus é uma doutrina chave do evangelho. Paulo defende a ressurreição e admite abertamente que derrubar esta doutrina teria o efeito de destruir a fé cristã. “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé.... Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Coríntios 15:14,20,21). Quando Jesus ressuscitou e venceu a morte uma vez por todas, ele abriu a porta à vida eterna para todos que decidem segui-lo. 
2 - Deus nos oferece uma viva esperança. Pedro escreveu para pessoas perseguidas que enfrentavam a real possibilidade de serem mortas por causa da sua fé. Mas ele faz pouco caso deste perigo por confiar na viva esperança. Deus deu vida para Jesus e ressuscitará seus seguidores. 
3 - Há uma herança eterna reservada nos céus. As palavras usadas em 1 Pedro 1:4 e 5 mostram a enorme diferença entre a herança que Deus nos oferece e as heranças materiais desta vida. É uma herança perfeita e permanente. É importante observar onde Deus reserva essa herança: está, “reservada nos céus para vós outros”. Enquanto alguns distorcem a palavra para incentivar a fé em habitar em um paraíso terrestre, Pedro deixa bem claro que a herança que aguardamos está reservada nos céus. 
4 - O próprio Deus guarda os fiéis para a salvação. A linguagem de 1 Pedro 1:5 é bem parecida com um comentário que Paulo fez a Timóteo: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia”, (2 Timóteo 1:12). 
- A confiante esperança do cristão não depende do seu próprio mérito, e sim da graça do Deus que é poderoso para ressuscitar seu Filho, de nos regenerar espiritualmente e, no final, de nos ressuscitar para a vida eterna. Bendito seja Deus. 
6 - Origem da graça salvadora. Toda a graça está em Deus, (1 Pe 5.10) e nós recebemos a graça salvadora por intermédio de Jesus Cristo, nos comunicando tudo o que é dEle de maneira contínua. Moisés deu a lei, mas Jesus Cristo trouxe a graça. “Porque todos nós temos recebido de sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”, (Jo 1.16-17). 
7 - Características da graça salvadora. A graça de Jesus tem diversas características que podem ser distinguidas na Palavra de Deus. Hoje abordamos temas que achamos muito importantes para a nossa postagem e que influenciam diretamente nossa comunhão com Deus, quais sejam, que a graça de Jesus é soberana. A lei não foi capaz de proporcionar a redenção, pelo contrário, com a lei o pecado ficou ainda mais evidente, mostrando a necessidade de uma redenção plena e total que veio mediante Jesus Cristo pela graça. A evidência do reino do pecado foi a morte; a evidência do reino da graça é a vida eterna pela justiça de Cristo. “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela a morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”, (Rm 5.20-21). 
8 – A graça de Jesus é superabundante. A graça de Jesus é infinitamente mais poderosa para o bem do que o pecado de Adão foi para o mal. Ela transbordou nos dando muito mais do que aquilo que o pecado de Adão nos tirou. “Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. Pois se muitos morreram por causa da transgressão de um só, muito mais a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para muitos”, (Rm 5.15). 
9 – A graça de Jesus é multiforme e por isso os crentes em Cristo são abençoados com dons espirituais diversos ou capacitações especiais dadas pelo Espírito Santo para servirem uns aos outros e testemunharem como vivem as pessoas no reino de Deus. “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas”, (1 Pe 4.10). 
10 – A graça de Jesus, ela é suficiente. A graça de Deus é suficiente para vivermos uma vida vitoriosa em qualquer circunstância. Muitas vezes Deus nos abençoa nessa terra, não destruindo ou retirando um mal que nos aflige, mas, pela graça, transformando-o em motivo de fé, crescimento espiritual e testemunho. “Mas ele me disse: minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. (2 Co 12.9). 
11 - A graça de Jesus é eterna: Deus planejou e determinou a salvação da humanidade desde a eternidade. Portanto, salvação é um ato da graça imensurável do Senhor Jesus independentemente do esforço humano, mas baseada no sacrifício de seu filho Jesus Cristo. “…(Ele, Jesus)... nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras ou méritos, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos”, (2 Tm 1.9). a. Você já recebeu a graça salvadora de Jesus Cristo em sua vida? b. Você tem visto a graça operando em sua vida? c. Você tem orado e agradecido a Deus pela sua graça? d. A graça é tudo o que precisamos para viver uma vida vitoriosa. Não podemos, em momento algum, depender dos nossos esforços, capacidade, talentos naturais, etc., mesmo que sejam muito importantes, mas devemos depender única e exclusivamente da graça do Senhor Jesus que é capaz de suprir todas a nossas deficiências e necessidades. 
Deus abençoe você e sua família. 

 Pastor Waldir Pedro de Souza. 
 Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

A OBSERVÂNCIA DA OBEDIÊNCIA BÍBLICA

A OBSERVÂNCIA DA OBEDIÊNCIA BÍBLICA.


A igreja pode "disciplinar" e ou "excluir" membros mesmo que isto cause comoção e ressentimentos negativos no meio do povo de Deus? Membros efetivos, porém merecedores de tal aplicação e que estão na plena comunhão da igreja, sim, porém frequentadores, visitantes ou congregados, não. 1 Timóteo 5.19-21 diz: 19. Não aceites acusação contra presbítero, senão com duas ou três testemunhas. 20. Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor. 21. Conjuro-te, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que, sem prevenção, guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade. Mas isto não acontece com frequência, são realizadas quando necessárias e dentro dos padrões mais rigorosos da orientação bíblica e estatutária de cada denominação. Normalmente disciplina na igreja é em etapas Mt 18:15-17: Ora, se teu irmão pecar contra Ti, (1) vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; (2) Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. Excluir membros do Corpo de Cristo que é a igreja na terra, não é uma prática tão comum nas igrejas como era na década de 80, por exemplo. 
A - Nos dias de hoje dificilmente a igreja modernizada com novas teologias e novos padrões de comportamentos e de estilos de vida, suportariam as doutrinas e comportamentos dos tempos dos apóstolos. Hoje a igreja moderna baseia-se mais no “vale quanto pesa” do que no valor das ordenanças bíblicas. A tolerância com a membrezia da igreja é marcada pelo quesito “vale a pena excluir um membro que contribui com ofertas e dízimos de alto valor?”, já que outras denominações estão de olho para acolher “de braços abertos” estes membros que foram jogados pra fora da comunhão daquela comunidade? A falta de disciplina diante das atitudes de alguns irmãos pode provocar sérios problemas à comunidade eclesiástica e, consequentemente, ao testemunho do Evangelho diante da sociedade? No linguajar de muitos tem que se analisar quem é para depois julgar. Ninguém gosta de ser disciplinado, muito menos aqueles que mais precisam. A igreja hoje, com raras exceções, não tem prazer nenhum em excluir alguém do seu convívio, da sua membrezia. A pós-modernidade ensina que não existe um padrão de conduta absoluto e que cada um deve escolher o seu modo de viver, seu estilo de vida, sem ter que dar satisfação a ninguém de suas escolhas. A disciplina se tornou uma agressão à individualidade, uma intromissão ao mundo particular. O púlpito tem que ser honrado como tal e as lideranças evangélicas devem ministrar até sobre comportamentos e usos e costumes inadequados para se apresentar nos púlpitos das igrejas, sem estes quesitos o púlpitos vai ser considerado evangelho dos homens e não o evangelho de Jesus Cristo. 
B – Vive-se hoje a era do “faça o que lhe dá prazer e lhe traga felicidade”, “o importante é você se sentir bem”, “é proibido proibir”, “o importante é te fazer feliz”, o importante é viver a vida como ela é”, e por aí vai. Muitos crentes não acreditam mais na volta de Jesus. Muitos crentes não acreditam na existência do inferno. Mas o resultado disso tudo é uma visão de lincenciosidade e de confusão mental, além de transtornos emocionais, perca do sentido do que é moral e ético na vivência do dia a dia. O apóstolo Paulo relatou nos textos bíblicos escritos por ele, vários casos de indisciplina da membrezia das Igrejas de sua época. Também há relatos no livro de Apocalipse sobre o assunto, basta ler as cartas dirigidas às sete igrejas do Apocalípse capítulos 2 e 3, que mostram claramente o quanto o problema é antigo. 
C - Excluir e afastar membros de uma igreja continua sendo uma prática das igrejas históricas, que adotam o sistema de governo eclesiástico ministerial, onde os membros também são considerados juridicamente associados, possuindo até cartões de membros e ordenação ao exercício do diaconato, presbíteros, evangelistas, missionários e missionárias, pastores e pastoras, dentre outros cargos importantes para o funcionamento da igreja, do ministério e da convenção. 
D - Nas igrejas neopentecostais, que têm também o sistema de governo eclesiástico ministerial onde os membros são considerados, inclusive para todos os efeitos legais, como fiéis, eles podem ser tecnicamente excluídos, na medida em que são “frequentadores”, se batizaram nas águas e são conhecedores dos padrões de vida e de aceitação de cada membro para integrar e interagir uns com os outros membros e congregados, bem como novos convertidos. Muitos, apesar de participarem das atividades religiosas, ao envolverem-se e ministrarem nos cultos e nas cerimônias espirituais, inclusive, contribuindo financeiramente, não têm qualquer compromisso legal com a igreja como organização jurídica. O ordenamento jurídico das organizações religiosas sem fins lucrativos está bem descrito nas leis atuais, as quais são também acompanhadas dos estatutos e regimento interno de cada igreja e ou convenção, além do credo religioso de cada denominação, denominado de: “Em que nós cremos”. A imutabilidade de Deus e seus princípios morais e éticos. 
1 - A Bíblia nos ensina que Deus é imutável: "Eu, o Senhor, não mudo", (Malaquias 3:6). Isso significa que os padrões de justiça, santidade e moralidade estabelecidos por Deus não estão sujeitos às flutuações culturais ou às tendências sociais. A doutrina progressista, ao buscar redefinir conceitos fundamentais como o casamento, a família e a moralidade sexual, tenta adaptar os princípios de Deus para se alinhar com os valores temporais da sociedade, sem perceber que tais mudanças são incongruentes com a natureza imutável de Deus, uma temeridade, se não vejamos o que são valores morais e por que são importantes. Valores morais são as regras que usamos para definir o que é certo ou errado. Todas as pessoas acham que podem ter seus próprios valores morais e que podem usar o livre arbítrio para decidir como devem viver, tudo bem, mas esta liberdade que Deus nos deu no livre arbítrio tem seus limites que são balizados pelos princípios e valores Cristãos que todos devemos observar e viver. 
2 - Os valores e princípios morais da Bíblia são perfeitos e devem ser seguidos por todo cristão. Os valores morais definem o que uma pessoa ou sociedade valoriza. Esses valores são formados a partir da educação que as pessoas recebem, de suas experiências de vida e de suas crenças. As pessoas usam seus valores morais para tomar decisões e orientar suas ações. 
3 - Pessoas diferentes podem ter valores morais diferentes. Por exemplo, uma pessoa pode valorizar mais o respeito no emprego, enquanto outra pode valorizar mais o cumprimento das metas. Assim, cada um tomará decisões diferentes em sua carreira, porque têm valores diferentes em relação ao trabalho. Os valores morais são muito importantes, porque podem definir o rumo da vida e até de uma sociedade inteira. Valores morais baseados em princípios errados podem causar muito sofrimento e desgraça. Os valores morais na Bíblia. Os valores morais da Bíblia mostram aquilo que Deus valoriza. Ele nos ensina o que é realmente bom e importante na vida. Quando nossos valores morais estão em sintonia com os de Deus, descobrimos uma maneira melhor de viver. O valor mais importante na Bíblia é o amor, (Colossenses 3:14). O amor a Deus deve estar acima de tudo, porque só quando amamos a Deus é que amamos plenamente o bem, que vem de Deus. Jesus também disse que o segundo maior mandamento é amar os outros como a nós mesmos, (Marcos 12:30-31). 
4 - Assim, o amor deve reger tudo que fazemos. A imutabilidade de Deus é um tema bíblico que está presente em vários versículos, entre eles: "Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, filhos de Jacó, não sois consumidos". "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente". "Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa". "A erva seca, e a flor murcha, mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre". A imutabilidade de Deus significa que Ele não muda, não altera o Seu ser, as Suas perfeições, os Seus propósitos e promessas. A Bíblia também fala sobre o amor de Deus, que é fonte de cura, libertação e restauração. Por exemplo, em João 15:10, está escrito: "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor". 
5 - Como obedecer a Deus? Para obedecer a Deus, é crucial conhecê-Lo através da leitura da Bíblia e oração, buscando compreender Seus mandamentos e princípios. Além disso, é fundamental amar a Deus sobre todas as coisas, ter uma vida dirigida pelo Espírito Santo e confiar que o caminho Dele é o melhor, mesmo quando não entendemos. A obediência envolve seguir os mandamentos, viver de acordo com Seus princípios e alinhar suas ações com a Sua vontade. Isso inclui afastar-se de maus costumes, buscar o arrependimento e praticar o bem. 
6 - Passos para obedecer a Deus: a. Conhecer a Deus, leia a Bíblia e ore para entender os mandamentos e a vontade de Deus. b. Para amar a Deus: Ame-O acima de todas as coisas e busque agradá-Lo. c. Seguir os mandamentos: Obedeça aos mandamentos de Deus, que são um guia para uma vida justa e feliz. d. Viver de acordo com os princípios bíblicos: Alinhe suas ações e escolhas com os princípios de Deus. e. Confiar em Deus: Confie que o caminho de Deus é o melhor, mesmo quando não entender. f. Buscar o Espírito Santo: Deixe que o Espírito Santo guie sua vida e te ajude a discernir a vontade de Deus. g. Arrepender-se dos erros: Se você pecar, arrependa-se sinceramente e busque o perdão de Deus. h. Praticar o bem: Ajude os outros, seja um bom exemplo e viva em paz com todos. i. Não se desviar: Seja consistente em sua obediência e não se deixe influenciar pelo mundo. j. Agradecer a Deus: Seja grato pelas bênçãos recebidas e reconheça a Sua bondade. A obediência a Deus traz bênçãos, proteção e paz, além de fortalecer sua fé e relacionamento com Ele. Ao obedecer, você se torna um instrumento de Deus neste mundo, levando esperança e amor aos outros. 
7 - Como obedecer aos estatutos da igreja. Obedecer aos estatutos da igreja é uma exigência de legalidade e boa prática para os membros de uma instituição religiosa, pois estes documentos estabelecem as normas internas, o funcionamento, a organização e a transparência das atividades eclesiásticas, garantindo conformidade com as leis civis e a missão religiosa da igreja. Os estatutos e o regimento interno definem o propósito da igreja, os direitos e deveres dos membros, a gestão do patrimônio e as regras para a condução da vida comunitária. 
8 - O que os estatutos da igreja estabelecem: A origem da fundação e a estrutura da igreja. O estatuto define a denominação da igreja, a localização da sede e as regras para a criação e extinção daquela organização, além de estabelecer a diretoria colegiada. a) Normas internas: Ele complementa o regimento interno, que estabelece as regras específicas para o funcionamento do dia a dia da igreja, como a realização de sacramentos e as funções administrativas. b) Finanças e patrimônio: Os estatutos determinam as condições de extinção da igreja e o destino do seu patrimônio, que deve ser sempre gerido com transparência. c) Legalidade e conformidade: Garante que a igreja siga normas que evitem problemas com a justiça ou o fisco, mantendo a legalidade de suas atividades e a conformidade com a legislação civil, como a obrigatoriedade de inscrições jurídicas e públicas. 
9 - A importância para os membros da transparência e da legalidade: a) Para a comunidade religiosa, obedecer aos estatutos garante que a igreja opere dentro da legalidade e com transparência, sendo um reflexo do testemunho cristão. b) Comunhão e harmonia: A adesão aos estatutos permite manter a comunhão com a Igreja, entendendo e aplicando os ensinamentos e normas que regem a vida eclesial. c) Deveres e direitos: Os estatutos estabelecem os direitos e deveres dos membros, garantindo que todos participem ativamente da vida da igreja de forma organizada e respeitosa. 
10 - O que são leis e estatutos de uma igreja evangélica? Obedecer aos estatutos de uma igreja evangélica significa seguir as regras definidas no seu documento jurídico e regimento interno, que estabelecem as diretrizes para o funcionamento da organização, os direitos e deveres dos membros, as normas de conduta e os procedimentos disciplinares. Esses estatutos garantem a organização e conformidade da igreja com as leis civis, além de refletir a doutrina e os valores da comunidade. 
11 - O que são os Estatutos e Regimentos Internos de uma igreja evangélica? a) Documento Jurídico (Estatuto Social): Funciona como a "constituição" da igreja, um documento que estabelece a denominação, a sede, os fundadores, a diretoria, as condições de extinção e destinação do patrimônio, e outras informações legais obrigatórias. b) Regimento Interno: Um documento mais detalhado que especifica as regras de comportamento para membros e obreiros, as condições para cargos e ministérios, os procedimentos para batismos, e as formas de disciplina e exclusão. 
12 - Por que os Estatutos são importantes para a organização e funcionamento: a) Definem as bases para a organização e o funcionamento administrativo, eclesiástico, jurídico, financeiro e contábil da igreja. b) Trás uma conformidade legal: Asseguram que a igreja esteja em conformidade com as leis civis, permitindo o registro e a obtenção de documentos jurídicos, o que é essencial para suas atividades. c) Doutrina e Valores: Refletem a doutrina e os princípios bíblicos que a igreja professa, como a aceitação da Bíblia como única regra de fé e prática, por exemplo. d) Como se dá a Obediência? A obediência aos estatutos e regimentos internos de uma igreja evangélica é um ato de comunhão com a igreja e respeito pelas suas regras estabelecidas. Para os membros e obreiros, isso envolve: cumprir as regras de conduta, seguir as normas de comportamento estabelecidas no regimento interno, que podem incluir vestimentas, comportamento servil em cultos, e moralidade. Envolvendo também o respeitar a hierarquia, ser leal aos superiores hierárquicos e à igreja, conforme indicações como as dos artigos inerentes ao assunto em seus estatutos. Cumprir obrigações e determinações dos superiores declarados estatutariamente, manter-se em dia com as obrigações espirituais e financeiras com a igreja para ter direitos, como votar e ser votado, conforme os estatutos. Submeter-se às normas disciplinares, aceitar a aplicação de disciplinas, suspensões ou exclusão, caso procedimentos incompatíveis com a moral cristã sejam cometidos, fatos este todos previstos nos estatutos. 
13 - Fazei tudo para a glória de Deus, 1 Coríntios 10:31-33 – “31. Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus. 32. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. 33. Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar”. Para o povo de Deus e todos os cristãos em plena comunhão com Deus temos que observar que Deus não tem servos superiores aqui na terra, Deus ama a todos igualmente mas às vezes nos julgamos os menores e mais rejeitados. Por menores que sejamos no Reino de Deus, sempre haverá alguém menor que nós, dos quais somos exemplos de conduta cristã. Não adianta pensarmos que ninguém está olhando para nós. Sim, somos vistos e as pessoas estão olhando e procurando aprender com o nosso comportamento, com os nossos exemplos e palavras, o que fazemos na vida cristã diuturnamente. Jesus faz uma advertência em Mt 18.6: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse jogado na profundeza do mar”. Paulo em Rm 14.21 explica: “É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar” ou se ofender ou se enfraquecer”. É o caso de muitos que se escandalizam por falta de vigilância de obreiros que não zelam pelo bom testemunho para com os de fora. 
14 - Não devemos buscar os nossos próprios interesses na igreja, mas o interesse coletivo. A nossa tendência natural, devido a nossa pecaminosidade, é sermos egoístas e buscarmos os nossos próprios interesses. Porém, às vezes, quando defendemos os nossos interesses querendo levar vantagens materiais e pessoais, acabamos deixando outras pessoas, outros irmãos na fé em desvantagens. Assim, desde que estejamos almejando maior maturidade cristã, e seguindo o exemplo de Paulo, 1 Co 10:33, “assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos”, é melhor avaliarmos as vantagens espirituais e considerar não buscar o nosso próprio interesse e sim “…preservar os amigos e irmãos na fé”. Qualquer pessoa se torna amiga quando tem suas vantagens garantidas ao negociar conosco. As pessoas irão querer negociar conosco novamente e se esforçarão em manter as portas do relacionamento constantemente abertas. Porém, se em alguma negociação, a nossa vantagem pessoal estiver acima de tudo, poderá fazer com que as portas sejam fechadas e a nossa honestidade seja colocada em dúvida. Se tivermos falado de Jesus para estas pessoas, a credibilidade de nossa pregação estará vinculada ao conceito que estas pessoas formaram de nós. Entre família, se não colocarmos acima de tudo a paz e o equilíbrio, o nosso relacionamento familiar vira um campo de batalha, onde cada um luta pelos seus próprios interesses pessoais. Por isso, entre o casal, é melhor ceder para manter a paz. E os filhos, devem passar por uma educação profunda neste sentido para que possam viver em paz na família e também, possam aplicar quando forem constituir suas próprias famílias. Aplicando três palavras que são “ exemplo, exemplo, exemplo” podemos ajudar nossos familiares a serem verdadeiros servos do Senhor Jesus. 
15 - Em qualquer situação, onde estiver ao nosso alcance, devemos promover o proveito do próximo, antes do nosso, de forma que estejamos trabalhando para a salvação deles. Está em vista aqui principalmente os irmãos ainda fracos na fé. Se estes forem ofendidos, toda a igreja é ofendida como diz mais adiante Paulo: “De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam”, (1Co 12.26). Mas qual é o objetivo de Paulo? É “para que sejam salvos”, é para que estejam firmes na igreja e continuem a ser alcançados e possam crescer pela Palavra pregada e vivida de Salvação em Cristo Jesus. 
16 - Devemos ser imitadores de Cristo e não omissos e escandalizadores de Cristo na igreja. Ser imitador de Cristo é um requisito do verdadeiro cristão, como ensina Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”, (1Co 11.1). Paulo não explica, neste versículo, como deve ser o procedimento para sermos imitadores de Cristo, mas podemos inferir por vários textos espalhados pelo Novo Testamento como por exemplo: Cristo sofreu por nós: Jesus é o soberano do universo, Ele é Deus e “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. (Jo 1.3). Mas Ele preferiu habitar no meio de nós e para isso “… a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana”, (Fp 2.7), veio para nos salvar e “pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados”, (Ap 1.5b). Jesus Cristo é exemplo para nós: Paulo escreve: “e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”, (Ef 5.2). Por tudo que Jesus fez por nós, Ele requer apenas que deixemos de lado o que julgamos ser o nosso direito para buscar o interesse do próximo, conforme explica Paulo “Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem”, 1Co 10.24. 
17 - O objetivo de Cristo é a glória de Deus e este deve ser o objetivo principal de cada cristão. Isto é demonstrado por Paulo em Romanos quando diz: “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a Glória de Deus”, (Rm 15.7). Paulo critica aqueles que querem se gloriar sobre as conquistas e fala sobre a sua posição: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo”, (Gl 6.14). Por fim, Paulo expressa aqui os mesmos sentimentos manifestados em uma de suas epístolas da prisão: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai”, (Cl 3.17). 
18 - Cada dia que passa fica mais claro que as vantagens espirituais superam as vantagens materiais em tudo o que fazemos. Por isso, quanto mais cedo compreendermos o que significa “fazei tudo para a glória de Deus”, mais teremos satisfação em tudo o que fizermos, pois estaremos cumprindo o objetivo principal de nossas vidas, porque fomos criados para a glória de Deus, (Is 43.7) para cumprir o “ide" de Jesus declarado em Mateus 28:18-20 que diz: 18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. 19. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20. ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! 
Deus abençoe você e sua família. 

Pastor Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

JEOVÁ-RAFÁ É O SENHOR QUE CURA

JEOVÁ-RAFÁ É O SENHOR QUE CURA. 


A - Os nomes de Deus e seus significados variam em diferentes tradições religiosas, refletindo aspectos diferentes de Sua natureza e ações. Na Bíblia hebraica, nomes como "Elohim" (Deus Criador), "Yahweh" (o Senhor), e "Adonai" (Senhor, Mestre) são comuns. No Novo Testamento, nomes como "Deus Pai", "Jesus" (que significa "Deus salva"), e "Senhor" são frequentes. Nomes como "Jeová-Jireh" (o Senhor proverá) e "Jeová-Rafá" (o Senhor que cura) são revelados como aspectos do caráter de Deus. 

B - Nomes de Deus na Bíblia: Elohim: Um nome plural que significa "Deuses" ou "Deus," frequentemente usado no contexto da criação. Yahweh (Javé): O nome mais pessoal de Deus, frequentemente traduzido como "Eu Sou o que Sou" ou "Senhor". Adonai: Um título que significa "Senhor" ou "Mestre," usado em contextos religiosos e formais. El Shaddai: Traduzido como "Deus Todo-Poderoso" ou "Deus Suficiente". El Elyon: Significa "Deus Altíssimo" ou "o mais elevado". Jeová-Jireh: "O Senhor proverá", (Gênesis 22:14). Jeová-Rafá: "O Senhor que cura". Jeová-Nissi: "O Senhor é minha bandeira" (Êxodo 17:15). Jeová-Shalom: "O Senhor é Paz". Jeová-Sabaoth: "O Senhor dos Exércitos". Jeová-Tsíkenu: "O Senhor é nossa justiça". Abba: Um termo aramaico que significa "Pai", usado por Jesus nos evangelhos e em outras passagens do Novo Testamento. Jesus: Nome que significa "Deus salva", revelando Seu papel como Salvador. 

C - Nesta postagem vou me ater no nome do Deus que cura, Jeová-Rafá. Deus cura qualquer doença, (entenda o que diz a Bíblia). Vou compartilhar uma experiência pastoral que nunca esqueci. Tive um membro de uma das igrejas que eu pastoreei que sofreu uma queda bem na porta lateral do templo, lugar que ele passava frequentemente; ele morava na casa do fundo e era o zelador. Ele caiu na escada, era uma pessoa já de idade um pouco avançada, foi levado para um hospital e tudo parecia que corria tudo bem. Numa de minhas visitas a ele no hospital ele olhando firme e com muita certeza do que ia me dizer, disse uma frase que ficou marcada para sempre em minha mente: ele disse, depois de orarmos e de ele fazer as recomendações que deseja fazer em relação a sua família e principalmente sobre sua esposa que também era de idade avançada: disse: “pastor se a gente soubesse de qual doença a gente ia morrer, a que seria a última mesmo, a gente nem orava mais pra Jesus curar, porque a glória de Deus é tão linda que não dá vontade da gente ficar mais aqui na terra”. Eu entendi o que ele estava falando e orei com ele agradecendo a Deus pela vida dele, da sua família, dei um abraço nele e fui embora. No outro dia ele já estava na glória com o Senhor Jesus. 

1 - Deus é “o Deus que Cura”, (Êxodo 15:26). Não há limite para seu poder. Ele criou o mundo e tudo o que nele exise. Ele também pode curar doenças. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, temos vários casos de pessoas que foram curadas milagrosamente por Deus, como: A) Vários israelitas no deserto curados de picadas de cobras - Números 21:8-9. B) Ana - curada de infertilidade - 1 Samuel 1:19-20. C) Naamã curado de lepra - 2 Reis 5:14. D) Ezequias curado de uma úlcera mortal - 2 Reis 20:5-7. E) O mendigo da porta Formosa no templo curado de paralisia - Atos dos Apóstolos 3:6-8. F) O pai de Públio curado de febre e disenteria - Atos dos Apóstolos 28:7-8. 

2 - A frase "Jesus Cristo cura hoje e sempre" muito usada no meio pentecostal, expressa a crença na ação contínua de Jesus como curador, libertador, tanto física quanto espiritualmente, e que seu poder de cura não está limitado ao passado, mas se estende ao presente e ao futuro. Essa crença se baseia em passagens bíblicas que mostram Jesus curando enfermos e aleijados, tanto em vida quanto após sua ressurreição. Além disso, a frase reflete a convicção de que a fé em Jesus Cristo pode trazer cura e restauração para a vida das pessoas, independentemente do tempo ou circunstância. Portanto, a frase "Jesus Cristo cura hoje e sempre" é uma afirmação de fé na atuação constante de Jesus como aquele que traz cura e restauração para a vida das pessoas. 

3 - Durante seu ministério, Jesus curou muitos doentes, com todo tipo de problemas. Dezenas de pessoas foram curadas por ele. Assim ele cumpriu a profecia de Isaías 53:4, sobre o salvador que iria curar as enfermidades. Jesus também deu aos seus discípulos o poder para curar. As curas e os milagres serviam para confirmar a mensagem do evangelho, mostrando que Jesus tem mesmo poder para salvar. Assim como Jesus pode curar uma doença, ele também tem poder para nos salvar do pecado e dar a vida eterna. Deus ainda cura hoje em dia. Deus tem todo poder e Ele não muda. Ele pode fazer milagres e curar até doenças incuráveis, mesmo nos dias atuais. Mas Deus também sabe o que está fazendo quando não cura. A maior cura que Deus oferece é a cura da alma. 

4 - Deus ainda cura hoje em dia. Deus ainda cura milagrosamente. Não há nada na Bíblia que sugere que a cura era algo só para o tempo dos apóstolos. Deus gosta de nos abençoar de muitas maneiras e, às vezes, Ele abençoa com cura. Algumas pessoas até recebem o dom de cura, para a edificação da igreja. (1 Coríntios 12:7-9). Não há nenhuma fórmula mágica para receber a cura de Deus, mas é importante ter fé. A Bíblia recomenda que, quando uma pessoa está doente, deve chamar os líderes da igreja para orar por ela. A oração feita com fé pode curar, e até se houver cometido pecados ser-lhe-ão perdoados.(Tiago 5:14-15). 

5 - Deus também pode curar por meios naturais, como medicamentos, cirurgias ou outros tratamentos. Se você está doente, procure ajuda médica. Deus pode orientar os médicos para encontrarem a solução. Não despreze a medicina, que é uma grande bênção de Deus. Pessoalmente já orei por muitas pessoas e lhes disse que procurassem um médico, porque Deus só age quando não há mais solução pelos meios naturais dos homens, ou seja, a medicina normal que conhecemos. 

6 - E quando Deus não cura? Não podemos ignorar o fato que Deus nem sempre cura. E não é tão simples assim, quando falta fé Jesus também pode curar. Uma pessoa pode ter muita fé no poder de Deus, mas continuar doente, outra pode até dizer que não tem fé para ser curada e Jesus curar assim mesmo. 

7 - O apóstolo Paulo tinha o dom de cura, mas não curava a todos. Deus não curou seu amigo Timóteo, que era como um filho para ele, (1 Timóteo 5:23). Timóteo foi o líder da igreja de Éfeso, um grande homem de fé! O próprio Paulo teve uma doença, que teve de ser tratada na Galácia. Mas Deus usou essa doença para dar a Paulo a oportunidade de pregar aos gálatas, mesmo não sendo curado. (Gálatas 4:13). 

8 - Mesmo quando não cura, Deus está conosco, cuidando de nossa vida. Ele não nos abandona no sofrimento, mas nos ajuda a encontrar força para superar as dificuldades. Pode não parecer, mas Deus tem um plano para cada um de nós e vai fazer o que é melhor. 

9 - Uma cura maior que a cura física. Nosso corpo não dura para sempre. Mais tarde ou mais cedo, todos vamos morrer. Podemos receber muita cura ao longo de nossa vida, mas no fim nada disso terá importância se nosso coração está doente com pecado. Jesus veio para nos oferecer uma cura muito maior: a cura para o pecado, que gera a morte, (Romanos 6:23). Pela fé e o arrependimento, podemos receber essa cura e ter a garantia da vida eterna! Um dia, não haverá mais doença nem dor, porque viveremos para sempre com Jesus no Céu. 

10 - Só Jesus pode nos libertar da “doença” do pecado. Nós não gostamos da palavra “pecado” porque ela nos fere, mas, primeiramente, ela feriu o coração de Deus. Todos nós somos pecadores, por isso é que pecamos, temos uma natureza pecaminosa. A Palavra de Deus em Romanos 6.23 diz que o salário do pecado é a morte. Não existem diferenças entre pecados, existe o pecado, transgressão, errar o alvo; e o alvo que Deus tinha para a vida do homem não era o pecado, mas sempre adorá-lo e servi-lo. A doença do pecado só tem uma solução, o ser humano tem que aceitar o plano salvador do Senhor Jesus, aceitando-o como único e suficiente salvador 

11 - Jesus Cristo veio exatamente para outorgar o perdão para os pecados e nos capacitar a viver, na Terra, uma vida cada vez mais bonita. Confessar, na Palavra de Deus, significa falar a mesma coisa, pensar como Deus pensa. Não existe um único pecado que não tenha sido levado por Jesus na cruz; como não há um único pecado que não tenha sido a causa de Jesus Cristo ter sido morto. No Calvário temos as palavras finais do Senhor dizendo: “Está pago, está consumado”. O preço foi pago e recebemos o perdão absoluto de nossos pecados. Mas os nossos pecados não confessados causam a morte. Morte não significa aniquilamento, não significa destruição, morte não é um ponto final; morte significa separação. A morte física acontece quando o espírito deixa o corpo. A morte espiritual é a eterna separação da alma e de Deus. 

12 - No jardim do Éden, quando o homem desobedeceu a Deus, pecou, ele morreu espiritualmente, se separou de Deus. Morte é separação. Quando o homem pecou a sua natureza foi corrompida; ele passou a ser um pecador e a produzir frutos chamados de pecados. Esses frutos devem ser confessados. Todo pecado confessado e abandonado é perdoado. Agora, existe um único pecado que leva a pessoa à perdição, que é o da incredulidade; quando a pessoa não aceita a salvação em Cristo Jesus, não o toma como seu senhor e salvador. O que leva a pessoa para o inferno, para a perdição, é exatamente rejeitar a salvação em Cristo Jesus. 

13 - Em Romanos, capítulo 8, nos versos 12 e 13, está escrito: “Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis”. Em português só existe uma palavra para carne, em inglês existem duas palavras para carne, uma é meat, que é a carne do corpo de qualquer animal, e existe a palavra flesh, que significa o “eu”, o princípio mau, a carnalidade da nossa vida. O pecado da carne é um princípio que surgiu no jardim do Éden, quando o homem se rebelou contra Deus. É por isso que está registrado na Bíblia: “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Porque, quando Adão pecou todos nós pecamos. Eu estava em meu pai, meu pai estava em meu avô, meu avô estava em meu bisavô, e se formos de antecedente em antecedente chegaremos a Adão. Então, quando Adão pecou, todos pecamos, e como disse algumas vezes, passamos a ter uma natureza pecaminosa, e por isso pecamos, e por isso somos pobres e miseráveis pecadores e carecemos da glória de Deus, do perdão de Deus para sermos salvos. 

14 - Jesus veio para mudar a nossa natureza pecaminosa. Quando nos convertemos a nossa natureza é mudada, passamos a ter a vida de Deus em nós. A Palavra diz: “...Cristo em vós, a esperança da glória”, (Cl 1.27). Paulo dizia: “Não sou eu mais quem vive, mas é Cristo que vive em mim”, (Gl 2.20). 

15 - Jesus cura e perdoa os pecados ou vice-versa. Numa ocasião, Jesus estava em uma casa em Cafarnaum e ensinava a Palavra de Deus, quando Lhe trouxeram um paralítico deitado num leito, numa cama. A Bíblia relata que para levar esse paralítico diante de Jesus foi preciso abrir o telhado da casa e colocá-lo por cima, por causa da multidão. Vendo-lhe a fé, Jesus disse ao paralítico: “… Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados”, (Mateus 9:2). Isso mostra que o paralítico estava doente por causa dos seus pecados. No versículo 3 está escrito: “Mas alguns escribas diziam consigo: Este blasfema”. Os escribas pensavam que conheciam as Escrituras e que apenas Deus tinha autoridade para perdoar os pecados. Aos olhos deles, Jesus era apenas um homem. Isso significa que eles não perceberam que o Senhor Jesus era Deus. Os escribas rejeitaram Jesus como Rei e Deus, mas é claro que Jesus estava na condição legal. Ele, como Deus, tem autoridade sobre o ambiente natural e tem autoridade para perdoar as pessoas dos seus pecados. 

16 - Em Mateus 9:4-5, está escrito: “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Porque cogitais o mal no vosso coração? Pois qual é mais fácil? Dizer: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?” Pela onisciência, o Senhor identificou as suspeitas maldosas no coração dos escribas. Note uma coisa: o Senhor não disse: “O que é mais difícil?”, isso mostra que para Ele nada é difícil. Para Ele, dizer “Estão perdoados os teus pecados” era mais fácil do que dizer “Levanta-te e anda”. Ninguém sabe se os pecados de alguém estão perdoados ou não, mas Jesus sabia. O levantar e andar do paralítico prova que seus pecados foram perdoados. 

17 - A salvação do Senhor não apenas perdoa os nossos pecados, mas também nos faz levantar e andar, ou seja, receber a cura. Não é levantar e andar primeiro e depois ser perdoado dos pecados. Se assim fosse, nossa salvação seria pelas obras; contudo, nossa salvação é pela fé. Por isso, o Senhor capacitou o paralítico não só a andar, mas também a pegar o seu leito e andar. Outrora, o leito o carregou e agora ele carregava o leito. Esse é o poder da salvação do Senhor. Esse paralítico foi trazido ao Senhor pelos outros, mas foi para casa por si mesmo, caminhando com os seus próprios pés e carregando a sua cama nos ombros. Isso significa que por si mesmo o pecador não consegue ir ao Senhor, mas que depois da salvação do Senhor, o pecador pode partir por si mesmo. “O Senhor não apenas nos perdoa, Ele também nos faz levantar e andar”. A doença do pecado leva muitos para a perdição, mas Jesus está com Sua mão estendida para salvar o mais terrível pecador. O pecado é considerado como uma lepra que destrói, corrói o ser humano por dentro e por fora. Aceite a Jesus Cristo como Único e suficiente salvador de sua alma hoje mesmo e Ele te libertará. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

A IMPORTÂNCIA DA PAZ DO SENHOR

A IMPORTÂNCIA DA PAZ DO SENHOR. 


Há um ditado popular antigo que é repetido com frequência e que diz: “Você quer ter paz e viver em paz, então prepare-se para a guerra mais do que todos os seus inimigos e amigos ao seu redor e mesmo assim se ajuntarem todos contra você, nunca te vencerão”. Autor Desconhecido. 
A - A palavra "paz" aparece em média 421 vezes na Bíblia; nas diversas traduções da Bíblia a palavra paz aparece mais ou menos do que o informado acima; por exemplo na tradução King James (Tradução Rei Tiago), aparece 429 vezes a palavra paz. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. João 14:27. Paz é uma palavra maravilhosa e significa tranquilidade, confiança, despreocupação, serenidade, mansidão e segurança; que palavra rica. 
B - O texto de João 14:27 foi dito por Jesus. Mas o desejo d’Ele não é que os apóstolos tenham paz simplesmente, mas que eles tenham a paz d’Ele mesmo, por isso diz: deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. A paz que habita em Cristo. Então, não estamos falando de uma paz com os seus significados que conhecemos, mas a paz de Cristo. 
C - Como diz o apóstolo Paulo em Filipenses 4:7: “A paz que excede a todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. E neste texto o apóstolo Paulo traz uma informação a mais: a paz de Cristo guarda os corações e mentes, mas não é que a paz de Cristo nos proteja como um escudo ou uma armadura, é que a paz de Cristo nos proporciona participar da natureza do Senhor Jesus Cristo. É como Paulo diz, esta paz excede todo entendimento. Não deixamos de ser nós mesmos, não teremos a nossa individualidade usurpada, mas participaremos da natureza divina que constituía a mente de Cristo em nós mesmos. Ou seja, seremos transformados em maturidade, graça e amor. 
D - Que presente maravilhoso Cristo nos deixou, uma paz que nos transforma. Uma paz que nos torna úteis neste mundo em que vivemos, para deixarmos uma marca na nossa existência que ajudará outras pessoas a seguirem os mesmos passos, e assim, desabrochar em maturidade, graça e amor. Assim como Cristo, poderemos dizer aos nossos amigos e irmãos: deixo-vos a minha paz. 
E - Qual origem e significado da saudação “A paz do Senhor”? Você já se perguntou sobre a origem da saudação “A paz do Senhor”? Talvez você tenha em algum momento questionado sobre sua validade e uso dessa expressão. Se gostou, então vamos explorar um pouco mais sobre a origem dessa saudação e como ela se encaixa no contexto cristão. 
1 – É um assunto bíblico que remonta ao Antigo Testamento. A saudação “A paz do Senhor” tem suas raízes no Antigo Testamento, onde os judeus utilizavam a expressão “Shalom” para desejar paz uns aos outros. Essa palavra, que possui um significado profundo, envolve não apenas a ausência de conflitos, mas também a plenitude da serenidade e da sobriedade, da harmonia e bem-estar em todas as áreas da vida. É uma saudação de bênçãos e desejos positivos para o próximo. 
2 - O impacto do Cristianismo na saudação é muito forte. Com o advento do Cristianismo Jesus trouxe uma nova dimensão à ideia de paz. Ele nos presenteou com “a sua paz”, que vai além das circunstâncias externas e busca a paz interior e espiritual. Podemos encontrar referências a essa paz nos ensinamentos de Jesus, especialmente no livro de João, capítulos 20, versículos 15, 21 e 26. 
3 - A adoção da saudação por Paulo em suas epístolas é uma confirmação de que os Cristãos da igreja primitiva já observavam este princípio bíblico da saudação com a paz do Senhor Jesus. Paulo, um dos apóstolos mais influentes do Cristianismo primitivo, adotou a saudação “A paz do Senhor” em suas epístolas. Em passagens como Romanos 1:7 e 1 Coríntios 1:3, vemos Paulo desejando a paz do Senhor aos destinatários de suas cartas. Essa saudação reflete não apenas um desejo de bem estar material, mas também a paz espiritual que só pode ser encontrada em Jesus Cristo. 
4 – O uso da saudação entre as denominações evangélicas esta saudação é bem marcante e com poucas diferenças da frase mas com o mesmo significado. No contexto das Assembleias de Deus e de outras denominações evangélicas pentecostais é a saudação mais reconhecida e mais frequente. A saudação “A paz do Senhor” é, portanto, a mais amplamente utilizada no meio evangélico pentecostal. No entanto, é importante ressaltar que cada pastor e líder local tem o direito de agir de acordo com sua própria consciência ministerial em relação a essa saudação específica. 
5 - Uma saudação com significado espiritual que trás tranquilidade aos fiéis que a transmite aos outros irmãos. “A paz do Senhor” é mais do que uma simples saudação. Ela carrega um significado espiritual profundo, refletindo o desejo de paz interior, plenitude e bem-estar em todas as áreas da vida. É uma forma de transmitir as bênçãos e a paz que vêm de Deus aos nossos irmãos e irmãs na fé. Portanto, independentemente do nome da denominação, podemos compartilhar essa saudação como um ato de amor e comunhão no corpo de Cristo. 
6 - Paulo nos ensina sobre o que é a verdadeira paz. A expressão "a paz que excede todo entendimento" refere-se à paz que vem de Deus, a qual transcende a compreensão humana. É uma paz que não é afetada pelas circunstâncias externas e que proporciona um profundo senso de calma e segurança, mesmo em meio a dificuldades. Essa paz, descrita em Filipenses 4:7, não é uma paz que se encontra no mundo, mas sim uma paz que vem de uma relação de comunhão e de intimidade com Jesus Cristo. Ela não se baseia em condições favoráveis, mas em confiar em Deus e em sua providência, mesmo quando as coisas não fazem sentido para a nossa vida. 
7 - Para experimentar essa paz é necessário à pessoa aceitar Jesus como único e suficiente Salvador de sua alma, é necessário bstizar-se na igreja e tornar-se membro daquela igreja; é claro que é também necessário buscar a Deus, entregar as suas preocupações a Ele e manter a mente focada no que é bom, justo e verdadeiro, como descrito em Filipenses 4:8. Essa paz não é apenas a ausência de conflito, mas uma condição interior de tranquilidade e confiança em Deus, que guarda o coração e a mente em Cristo Jesus. A paz que excede todo entendimento é a paz de Deus. Essa paz não possui origem humana, ou seja, ela não é qualquer tipo de paz superficial e passageira, mas é um dom divino que guarda os corações e os pensamentos dos redimidos em Cristo Jesus. 
8 – O versículo sobre a paz que excede todo entendimento é uma palavra profética do apóstolo Paulo para os Filipenses. Muitos textos bíblicos tratam sobre a paz divina, mas o versículo em questão, onde se lê literalmente essa frase, está registrado em Filipenses 4:7, onde o apóstolo Paulo escreve: “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. Para entendermos corretamente o que o apóstolo quis dizer com “a paz de Deus que excede todo entendimento”, precisamos considerar alguns pontos principais do contexto em que essa frase aparece. 
9 - No capítulo 4 da Epístola aos Filipenses, entre os versículos 1 a 9, Paulo exorta os cristãos a permanecerem firmes no Evangelho, regozijando-se no Senhor, sendo generosos e longânimes, de modo que a amabilidade deles seja conhecida por todos, (Fp 4:1-5). O apóstolo também fala sobre o problema da ansiedade, e aconselha os irmãos a não andarem ansiosos, mas ao invés de estarem preocupados, que apresentassem seus pedidos com orações, suplicas e ação de graças a Deus, o único capaz de conceder a verdadeira paz que excede todo entendimento e que guarda os corações e as mentes em Cristo Jesus, e esse é o segredo para a verdadeira bem-aventurança do crente. (Fp 4:5-7). 
10 - O apóstolo Paulo termina essa seção do capítulo 4 admoestando sobre o dever cristão, isto é, falando sobre em que os redimidos devem pensar e o que estes devem praticar. Ele ainda aponta para o fato de que quando aquilo que é excelente ou digno de louvor, domina nossos pensamentos e é posto em prática, a recompensa não pode ser outra se não a presença do “Deus da paz”, (Fp 4:8,9). Agora que entendemos um pouco melhor o contexto desse versículo, podemos meditar sobre o significado da paz que excede todo entendimento. 
11 - O apóstolo Paulo declara ainda que tal paz que excede todo entendimento é a mesma responsável por guardar os nossos sentimentos e os pensamentos dos redimidos em Cristo Jesus. O termo grego utilizado por Paulo traduzido como “guardará” é “phroureo”, e trata-se de um termo militar para indicar a guarda de sentinelas que protegem uma cidade de uma invasão inimiga ou mesmo para impedir a fuga dos habitantes de uma cidade sitiada. Em ambos os casos o sentido é “manter preservado”. Com isso ele estava dizendo que a paz de Deus que excede todo entendimento, por mais que seja insondável a nós, ela monta guarda à porta de nossos corações e mentes. Ela impede que as aflições e angustias abalem nossos sentimentos tomando nossos corações, bem como que os pensamentos indignos e a perigosa ansiedade a qual ele mencionou nos versículos anteriores dominem nossa mente até mesmo nos protegendo do perigo da ansiedade ser transformada em depressão. 
12 - No entanto, a paz que excede todo entendimento não nos protege apenas das ameaças externas, mas também dos conflitos internos. É por isso que o apóstolo termina com a expressão “em Cristo Jesus”, ou seja, essa paz nos livra de nós mesmos, impedindo que, devido a nossa velha natureza, porventura fujamos da fortaleza que é Cristo. Nesse aspecto, nosso velho homem deve estar acorrentado dentro de um coração sitiado pela paz de Deus. Nós temos que nos vencer a nós mesmos antes de qualquer mal pensamento ou procedimento maligno. Esta verdade nos faz lembrar do que escreveu o profeta Isaías, ao dizer que o Senhor “conservará em perfeita paz aquele cujo coração é firme”, (Is 26:3). Esse coração firme que confia no Senhor, não deve ser entendido como um mérito humano, mas como uma ação do próprio Deus que, conforme profetizou o profeta Jeremias, põe seu temor em nossos corações para que nunca nos apartemos dele. (Jr 32:40). Portanto a paz que excede todo entendimento não é a ausência de problemas, aflições e dificuldades, mas é a garantia de que Deus está no controle de todas as coisas, e que por mais que tudo pareça difícil, podemos descansar na promessa de que no dia vindouro, em breve, o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos nossos pés. (Rm 16:20). 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.