segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

EFEITOS DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE QUE ORA

EFEITOS DA ORAÇÃO NA VIDA DO CRENTE QUE ORA

 

Primeiro vamos meditar nos efeitos negativos da falta de oração na vida do crente que não ora e não gosta de quem ora. 

Só quero lembrar uma coisa muito importante: "Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder".

A oração é a força vital da caminhada de um cristão com Deus. A oração nos coloca em ligação direta com Deus, é uma maneira ativa de amar e conectar-nos com os outros, e a oração faz espaço no coração do orador para a voz corretiva de Deus. A Bíblia diz para "orar sem cessar". (1 Tessalonicenses 5:17), então qualquer coisa além de uma atitude contínua de oração e comunhão com Deus é pecado. Qualquer coisa que interrompa nossa conexão com Deus ou leve à autossuficiência é errada.

Poderíamos observar as ações de Adão e Eva em Gênesis 3 como um tipo de falta de oração. Eles comem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e estão muito envergonhados para falar com o Senhor quando Ele vem buscá-los no jardim. Estão desligados de Deus porque cometeram pecados ao desobedecerem a ordem de Deus de não comer daquele fruto proibido; a sua comunicação com Ele é interrompida. A "falta de vigilância e de oração" de Adão e Eva lhes tornou um casal em pecado e foi causada pelo pecado que cometeram ao fazer aquilo que Deus lhes disse que nunca fizessem, que se comessem do fruto daquela árvore, seus olhos seriam abertos e eles seriam expulsos do paraíso.

 

A falta de oração é prejudicial no relacionamento com Deus.


Você pode imaginar alguém afirmando ser seu melhor amigo, mas nunca falar com você? Qualquer que fosse a amizade, certamente haveria tensão. Da mesma forma, um relacionamento com Deus é empobrecido e esgotado sem comunicação sem a oração, que é a melhor maneira que o crente tem para se relacionar com Deus.

A falta de oração é antiética a um bom relacionamento com Deus. O povo de Deus terá um desejo natural de se comunicar com o seu Senhor. "De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando". (Salmo 5:3). Os mandamentos bíblicos para orar são acompanhados de promessas maravilhosas: "Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em espírito e em verdade". (Salmo 145:18).


Jesus Cristo é o nosso melhor exemplo de oração. Ele mesmo era um homem de oração. Lucas 3:21; 5:16; 9:18, 28; 11:1, e ensinou os seus seguidores a orar, (Lucas 11:2-4). Se o Filho do Homem tinha uma necessidade pessoal de orar, quanto mais devemos ver a mesma necessidade em nós mesmos?

A falta de oração ignora o dom da intercessão que Deus nos deu. Somos chamados a orar por nossos irmãos e irmãs em Cristo. Tiago 5:16. Paulo frequentemente solicitava as orações do povo de Deus em seu favor, Efésios 6:19; Colossenses 4:3; 1 Tessalonicenses 5:25, e foi fiel em orar por eles. Efésios 1:16; Colossenses 1:9.

O profeta Samuel via orações em favor do povo de Israel como uma parte necessária do seu ministério: "Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós". 1 Samuel 12:23. De acordo com Samuel, a falta de oração é um pecado.

A falta de oração é um desafio à ordem de Deus para amar os outros. E não devemos apenas orar por pessoas que são fáceis de orar. "Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens". 1 Timóteo 2:1. Jesus nos diz que também devemos orar até por aqueles que nos perseguem. Mateus 5:44. Esta é a mensagem de Cristo: amar e apoiar todos com oração, mesmo aqueles que são difíceis de amar.


A oração abre espaço para a voz corretiva de Deus. A falta de oração enfraquece nossa capacidade de ouvir Cristo quando Ele sussurra palavras de correção ou convicção aos nossos espíritos. Hebreus 12:2 nos lembra que Cristo é o "Autor e Consumador da fé". Sem o Espírito Santo vivendo em nossos corações, estaríamos em uma estrada difícil seguindo nossos próprios julgamentos e no final pode acontecer de não chegarmos a lugar nenhum. Ao orar para que vontade de Deus seja feita "assim na terra como no céu" Mateus 6:10, aceitamos a contradição de nossas próprias vontades passamos a viver a vontade revelada pelo próprio Deus em nossas vidas.

Mateus 26:41 oferece outra admoestação: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação". A falta de oração é a principal causa que leva nossos corações às tentações que nos cercam e conduz o crente a um pecado maior. Apenas nos tornamos sábios nos caminhos de nossos corações através da iluminação e da direção do Espírito Santo. E é somente no poder do Espírito Santo que nossas orações são efetivas e reconhecidas por Deus. Romanos 8:26-27.


A oração é nossa linha de vida e conexão direta com Deus. Jesus Cristo mostrou o que acontece pela falta de oração. E em Sua caminhada na terra, modelou uma vida cheia de oração como exemplo a ser seguido pelos Cristãos.

 

O apóstolo Paulo nos conclama a “orar sem cessar”. O que significa “orar sem cessar”?

“Orar sem cessar” significa orar com persistência e constância. Quando a Bíblia diz que devemos estar orando sem cessar, isso não significa que devemos estar sempre sussurrando orações ou palavras de ordem repetidamente, não, não é isso, mas estarmos orando em espírito vinte e quatro horas por dia para não cedermos às tentações. Mateus 6:7.

Na verdade a expressão “orai sem cessar” simplesmente nos ensina que devemos manter a regularidade em nossa vida de oração, Lucas 18:1-8. Não devemos permitir que nossa atitude e disposição para a oração sejam vacilantes e ou nos façam parar de orar.

Foi o apóstolo Paulo quem escreveu aos crentes de Tessalônica a exortação “orai sem cessar”. 1 Tessalonicenses 5:17. Ele fez isto na parte final de sua carta onde ele fala da volta do Senhor Jesus, da necessidade da vigilância, sobriedade e da vida de comunhão com Deus e com os crentes, nossos irmãos em Cristo. 1 Tessalonicenses 5:1-22.

Especificamente sobre a comunhão entre os irmãos em Cristo o apóstolo Paulo não apenas mostra qual deve ser a atitude dos cristãos uns para com os outros, mas também qual deve ser as nossas atitudes interior e exterior de cada um de nós e como ela deve expressar o nosso relacionamento com Deus e com a igreja do Senhor Jesus aqui na terra. Por isso ele escreve: “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. 1 Tessalonicenses 5:16-18.

 

Regozijar-se sempre, orar sem cessar e dar graças em tudo é a fonte das nossas bênçãos diariamente.

É interessante a forma como Paulo constrói sua exortação para beneficiar a todos os que gostam de orar.

Primeiramente ele diz que o crente deve ser sempre alegre. A verdadeira alegria é uma virtude que faz parte do fruto do Espírito. Gálatas 5:22. Então a alegria genuína ela só é desenvolvida em nós quando o Espírito Santo é quem controla nossas vidas.

Por isso esse tipo de alegria no Senhor é capaz de não esmorecer mesmo nas circunstâncias mais adversas da vida. Filipenses 2:17,18; 3:1; 4:4,10. Isso explica também por que logo após a frase “regozijai-vos sempre” vem imediatamente a ordem “orai sem cessar”.

Somente aqueles que se achegam a Deus através da oração incessante realmente podem estar sempre alegres. O apóstolo Paulo explica a conexão entre se alegrar sempre e orar sem cessar dizendo que não deve haver declínio na regularidade do hábito de agarrar-se a Deus em meio a todas as circunstâncias da vida.

Então aquele que está sempre alegre e orando sem cessar, naturalmente irá dar graças em tudo. Tudo é tudo; nada menos que isto. Esse “tudo” inclui não apenas o conforto, o prazer, o bem-estar e a abundância; mas também inclui a aflição, a tribulação, a perseguição, a angústia, e por aí vai. Isso indica que quando estamos sempre alegres no Senhor e voltados a Ele orando sem cessar, não temos dificuldade em reconhecer sua providência em cada parte de nossa vida, em cada segundo de nossa existência.

O crente que vive sempre alegre e ora sem cessar dá graças ao Senhor por tudo, pois sabe que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus; daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. “Segundo o Seu beneplácito, que é o Seu amor perdoador para conosco”. Romanos 8:28.

 

Porquê e pra quê orar sem cessar?

Há realmente muitas razões que explicam por que o crente deve obedecer à diretiva desta frase: “orai sem cessar”. Aqui iremos citar apenas alguns motivos básicos que justificam a necessidade de uma vida de oração incessante de acordo com os princípios bíblicos.

 

Orai sem cessar porque esta é uma ordem imperativa de Deus.

Em primeiro lugar, devemos orar sem cessar porque esta é uma exortação muita clara em toda a Bíblia, desde o Antigo ao Novo Testamento. Em outras palavras, é o próprio Deus quem ordena que seu povo esteja orando sem cessar. Seja no Pentateuco, seja nos livros históricos, nos livros poéticos e nos livros proféticos, sempre há frequentes convites à prática da oração sem cessar.

Nós podemos encontrar exemplos de pessoas que tiveram uma vida de oração regular desde o tempo dos patriarcas; depois dos libertadores da nação de Israel; dos profetas, e até que chegamos ao Novo Testamento com Jesus, nosso exemplo maior de uma vida de oração incessante.

Durante seu ministério terreno Jesus orava regularmente; Ele estava sempre em contato com o Pai. Diversas vezes ele também falou sobre a necessidade de o crente orar sem cessar. Algumas das parábolas de Jesus falam muito claramente sobre isto. Na Parábola do Juiz Iníquo, por exemplo, Jesus ensinou sobre a eficácia da oração perseverante e incessante, Lucas 18:1-8. O mesmo princípio também é ensinado na Parábola do Amigo Importuno. Lucas 11:5-8.

Na sequência, os apóstolos e líderes da Igreja também entenderam essa ordem e ensinaram a comunidade cristã sobre sua importância. Quando lemos o livro de Atos, por exemplo, vemos uma Igreja Primitiva que orava sem cessar. O apóstolo Paulo não apenas escreveu “orai sem cessar” como uma ordem para seus ouvintes; mas ele próprio seguia essa prática. Efésios 1:16.

 

Orar sem cessar é ter consciência de nossa dependência de Deus.

Em segundo lugar, devemos estar sempre orando sem cessar porque é através da oração que falamos com Deus. Orar sem cessar é manter conexão permanentemente ativa com Deus, de modo que nossa oração faça parte de uma longa conversa sem interrupções. Isso significa que orar sem cessar é uma atitude que reflete a consciência do crente acerca de sua total dependência de Deus.

 

Orar sem cessar é viver a plenitude do Espírito Santo de Deus em nossos corações.

Em terceiro lugar, quando damos ouvido à exortação “orai sem cessar” vivemos com mais intensidade o controle do Espírito Santo; temos mais qualidade de vida. O próprio Senhor Jesus ensina que o crente recebe a plenitude do Espírito Santo através da oração. Ele diz que o Pai Celestial dá o Espírito Santo àqueles que lhe pedem em oração perseverante. Lucas 11:9-13.

Apesar de todos os crentes verdadeiros terem o Espírito Santo, é através de uma vida de oração incessante que cada um pode experimentar de forma mais poderosa a presença do Espírito Santo em sua vida. É orando sem cessar que o crente é cada vez mais revestido e capacitado pelo Espírito Santo.

O apóstolo Paulo também ensina esta verdade ao escrever aos crentes efésios. Ele exorta os crentes a se encher do Espírito Santo, e destaca que isto é possível através de uma conduta orientada às coisas espirituais e caracterizada pela comunhão com Deus que também reflete na comunhão com os demais irmãos. Efésios 5:17-21.

 

Orar sem cessar é indispensável na realidade que vivemos.

Em quarto lugar, devemos orar sem cessar porque só assim podemos lutar a batalha que nos está proposta. Quando o apóstolo Paulo fala sobre a realidade da batalha espiritual, ele destaca a oração incessante como sendo o meio pelo qual podemos vestir a armadura de Deus e ter êxito contra as investidas malignas de Satanás e seus agentes.

Por isto ele escreve que os crentes devem estar “orando em todo o tempo com toda oração e suplica no Espírito, e para isto vigiando com toda perseverança e suplica por todos os santos”. Efésios 6:18.

Constantemente somos afrontados por algum tipo de tentação, seja ela lançada pelo diabo ou seja ela fruto da inclinação pecaminosa das debilidades de nossa carne. Então é absolutamente indispensável que estejamos sempre orando sem cessar. Aqui podemos citar o importante conselho do Senhor Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”. Mateus 26:37.

 

Orar sem cessar traz conforto e tranquilidade pela confiança em Deus.

Em quinto lugar, orar sem cessar traz conforto ao crente. O apóstolo Pedro diz que devemos lançar sobre o Senhor toda nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós  1 Pedro 5:7. É tão bom quando sabemos que o Rei do universo está disponível para ouvir sobre cada uma das coisas que nos deixam ansiosos. Mas Ele não apenas nos escuta, mas ele toma sobre si os nossos sofrimentos e cuida de nós.

Paulo também escreve que não devemos andar ansiosos com coisa alguma, mas que devemos fazer conhecidas diante de Deus nossas petições pela oração e pela súplica, com ações de graças. Filipenses 4:6. Isso explica por que orar sem cessar traz tanto conforto. Viver cada segundo de nossas vidas em contato com Deus, conscientes e confiantes de que seu cuidado é maravilhoso.

 

Portanto a palavra de ordem de Jesus através do Apóstolo Paulo é: “orai sem cessar”.

Certa vez perguntaram a uma mulher de oração: O que você "ganha" orando a Deus regularmente e sem cessar?  

Ela  respondeu: Geralmente "não ganho nada", mas sim, "perco muitas coisas”.

E citou tudo o que perdeu orando a Deus regularmente: Perdi o orgulho. Perdi a arrogância. Perdi a ganância. Perdi a inveja. Perdi a "minha" raiva. Perdi a luxúria. Perdi o peso de consciência. Perdi o prazer de mentir. Perdi o peso e o gosto pelo pecado.  Perdi a impaciência. Perdi o desespero. Perdi o desânimo.

Às vezes oramos, não para ganharmos algo, mas sim, para perder coisas que não nos permitem crescer espiritualmente. A oração nos educa, nos fortalece e nos cura.

A oração é o canal que nos faz ter uma ligação  direta com Deus.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

HOJE ENTROU SALVAÇÃO NESTA CASA

HOJE ENTROU SALVAÇÃO NESTA CASA

 

Zaqueu foi um chefe dos publicanos em Jericó que se tornou seguidor de Jesus. A história de Zaqueu na Bíblia está registrada em Lucas 19:1-10 e destaca seu arrependimento genuíno. Além disso, esse relato bíblico mostra como o Senhor Jesus se misturava com as pessoas desprezadas pela sociedade religiosa da época.

Nada se sabe sobre quem foi Zaqueu além do que é dito sobre ele no Evangelho de Lucas. Alguns estudiosos dizem que seu nome parece ser uma forma contraída de Zacarias, que significa algo como “aquele de quem Yahweh se lembra”. Outros, no entanto, sugerem que o nome Zaqueu significa “aquele que é justo”.

 

Quem foi Zaqueu, o publicano?

Zaqueu morava e trabalhava no distrito de Jericó. Importantes rotas comerciais passavam naquela região, que também contava com um palácio herodiano. Aliás, Herodes o Grande e seu filho Arquelau, realizaram obras significativas naquela região.

Segundo o historiador Flávio Josefo, Jericó também possuía um importante polo de produção de palmeiras e bosques de bálsamo. O unguento derivado do bálsamo de Jericó era muito desejado na época. Tudo isso significa que aquela área era uma fonte de impostos muito significativa. Jericó era uma das três principais coletorias de impostos da Palestina, e Zaqueu era um dos principais responsáveis por essa arrecadação.

Como foi dito, a Bíblia diz que ele era um “chefe dos publicanos”. Essa designação traduzida do grego indica que ele era um subcontratante de outros coletores.

Portanto, Zaqueu tinha sob sua supervisão alguns coletores responsáveis por arrecadar os impostos indiretos para o governo romano. Isso significa que Zaqueu era um homem importante, uma pessoa proeminente em sua região. Por isso o texto bíblico completa a informação dizendo que ele era um homem rico.


Jesus foi em busca de um inveterado pecador.

O encontro de Jesus com Zaqueu aconteceu da seguinte forma. Zaqueu aparece na narrativa bíblica como alguém que estava muito desejoso de se encontrar com o Senhor Jesus. Quando ele ficou sabendo que Jesus estava passando por sua cidade, ele procurou vê-lo a qualquer custo.

Mas o problema é que Zaqueu era de baixa estatura, e por causa da multidão ele não conseguia ver o Mestre. Então, sem se importar com sua posição social, ele subiu em uma figueira brava, um sicômoro, para ver Jesus passar.

Quando Jesus se aproximou de onde Zaqueu estava, logo lhe disse: “Zaqueu, desça depressa, porque hoje eu vou ficar, vou pousar, em sua casa”. Lucas 19:5. A Bíblia diz que Zaqueu desceu depressa e recebeu Jesus gostoso, prazerosamente.

É interessante notar que apesar da ansiedade de Zaqueu em querer ver Jesus, ele parece ter ficado surpreendido pelo fato de a iniciativa do contato entre eles ter partido do próprio Senhor, e não dele. Isso significa que Zaqueu desejava vê-lo, mas era Jesus quem estava buscando por ele. Além disso, Jesus não pediu permissão a Zaqueu para pousar em sua casa. Ele também não propôs uma possibilidade de encontro. Literalmente o Senhor Jesus simplesmente disse: “hoje eu vou ficar em sua casa”.

Diante da atitude de Jesus, todo o povo começou a reclamar. Eles ficaram indignados porque Jesus havia dito que visitaria a casa de Zaqueu. Os judeus odiavam os publicanos. Eles consideravam os coletores de impostos como ladrões, extorquidores e traidores. Mas Jesus havia prometido pousar justamente na casa do principal desses coletores. Jesus estava buscando um dos homens mais detestados daquela cidade.

 

Jesus na casa de Zaqueu, o publicano.

No encontro com Jesus, Zaqueu demonstrou realmente a natureza de seu arrependimento genuíno. Esse arrependimento não ficou apenas na teoria, ou se limitou a palavras vazias. Ele revelou esse arrependimento na prática ao declarar estar doando, naquela mesma hora, metade de suas possessões aos pobres. Ele não estava tentando obter a salvação através de boas obras, mas estava entregando diante de Jesus simplesmente sua oferta de ação de graças.

Mas Zaqueu não parou nesse ponto. Ele se comprometeu diante de Jesus e dos presentes a devolver quadruplicadamente qualquer quantia que tivesse defraudado de alguém. Normalmente a Lei Mosaica exigia que numa restituição fosse acrescentado um quinto do valor a ser restituído como um tipo de juros e ele se comprometeu a devolver até mais. Levítico 6:1-5; Números 5:7.

Zaqueu, no entanto, decidiu fazer ainda mais do que isso. Ele não ofereceu um quinto de acréscimo em sua restituição, mas quatro vezes mais.

Considerando o fato de ele ter doado metade de suas posses aos pobres, e declarado na presença de todos uma restituição tão generosa, parece claro que Zaqueu tinha sido desonesto ao longo de sua vida. Direta ou indiretamente, o chefe dos cobradores de impostos havia permitido uma cobrança excessiva.

Muitas pessoas se esforçam para tentar provar que Zaqueu não teria sido um extorquidor, como se Cristo não pudesse, jamais, ter olhado para um corrupto. Todavia, todo o contexto da história de Zaqueu aponta para outra direção. Naquele dia Jesus mostrou compaixão para com alguém que certamente não merecia. Sim, Jesus entrou numa casa que ninguém mais dentre o povo gostaria de entrar.

 

A conversão e a transformação de Zaqueu.

Zaqueu pôde ouvir de Jesus as doces palavras: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque até este homem é um filho de Abraão”. Lucas 19:9. Jesus não disse que um mero conforto, uma alegria superficial ou uma prosperidade terrena e passageira havia entrado na casa de Zaqueu. Ele foi claro ao dizer que a salvação, não menos que isto, havia entrado em sua casa. Zaqueu e as demais pessoas daquele lar estavam diante da maior bênção que poderiam receber.

Consequentemente Jesus declarou que Zaqueu era filho de Abraão. Obviamente o objetivo de Jesus não era dizer que o publicano Zaqueu era um descendente físico do grande patriarca Abraão. Mas ao dizer que ele também era um filho de Abraão, Jesus estava se referindo ao sentido espiritual. Naquele dia Zaqueu estava se juntando pela fé no Filho de Deus à verdadeira descendência de Abraão. Gálatas 3:9,29.

A história de Zaqueu termina com a confirmação por parte de Jesus que de fato havia sido Ele quem encontrou o chefe dos publicanos, e não o contrário. Ele disse: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido”. Lucas 19:10. Jesus buscou, encontrou e salvou Zaqueu. O Bom Pastor havia encontrado uma de suas ovelhas perdidas. Lucas 15:1-7.

Poucos dias depois, Aquele a quem Zaqueu recebeu em sua casa, derramaria seu sangue e entregaria sua vida também em seu favor.

Depois que Jesus entrou na vida de Zaqueu, ele decidiu dar aos pobres metade dos seus bens e restituir quatro vezes mais aquilo que roubara dos contribuintes. Daí a exclamação de Jesus. “Hoje, entrou salvação nesta casa”. Lucas 19:9.


A maneira como Jesus definiu salvação, neste contexto, não é muito popular, nos dias de hoje. A idéia corrente, na atualidade é: “ o que é que a salvação pode me dar?”.

De preferência muitos acreditam que salvação dá saúde, garantia contra assaltos e, acima de tudo, muita prosperidade.

Igrejas que anunciam este tipo não bíblico de salvação estão se enchendo de membros.


Pegando o testemunho de Zaqueu e a declaração de Jesus, fica claro que salvação tem tudo a ver com ética, com honestidade e não com prosperidade. A prosperidade vem também mas segundo o trabalho de cada um e segundo a fidelidade individual de cada um concernente às dádivas para a obra de Deus. Eclesiastes: 9.2.

 

A história de Zaqueu nos revela que ele teve um encontro de fé e salvação com o Senhor Jesus.  

Dos encontros de Jesus com outras pessoas, este daqui de Zaqueu tem semelhança com alguns no aspecto de que Jesus foi ao seu encontro.

Dentre os encontros que pessoas tiveram com Jesus Cristo em seu ministério terreno, talvez o de Zaqueu seja um dos mais conhecidos em nossos dias. Recentemente, uma música sobre ele fez tanto sucesso que até os descrentes costumava-se parar para cantar “Como Zaqueu, quero subir, o mais alto que eu puder…”.

O publicano Zaqueu, possivelmente, era bem conhecido na cidade de Jericó, mas, nem por isso, benquisto. Seu ganha-pão, cobrar impostos, causava repulsa, ojeriza em seus conterrâneos, o que provavelmente o relegava a um ambiente de isolamento social, ainda que tivesse feito uma boa fortuna. Tanto que, quando Jesus resolveu se hospedar em sua casa, a murmuração tomou conta das ruas, diziam: “como um rabino do porte de Jesus poderia se engajar em comunhão com um maldito cobrador de impostos”?

O resultado de tamanha ousadia não poderia ser outro: transformação de vida e salvação de Zaqueu; e aqui eu gostaria de ressaltar algumas lições que podemos aprender a partir deste texto:

Não interessa o tamanho da multidão, Jesus nos vê e nos conhece. A multidão que acompanhava Jesus já era grande, e ainda aumentou após Ele ter curado o cego Bartimeu, mais conhecido como o cego de Jericó. (veja o final de Lucas 18).

Entretanto, Jesus “acha” Zaqueu em cima da árvore e o chama pelo nome, evidenciando saber sobre a vida daquele homem ao se convidar para ficar hospedado em sua casa. O mesmo acontece conosco, Jesus sabe quem somos, o que fizemos e o que fazemos. Ele sabe os detalhes mais íntimos do nosso coração e, mesmo assim, nos busca em meio à multidão de pecadores.

Não interessa o que os outros achem de você, para Jesus, você é alvo de seu amor. A profissão de Zaqueu fazia dele uma pessoa desprezada, evitada por todos, mas não para Jesus. Pelo contrário, o Senhor vai em sua direção, não com palavras de desprezo, mas de vida eterna. Da mesma forma, quem você acha que é ou a maneira como as pessoas costumam lhe tratar não tem relação com a maneira como Jesus Cristo olha para sua vida.

 

Os caminhos dEle são incomparavelmente superiores.

Quando conhecemos a Cristo, até as trevas se tornam algo para abençoar. Talvez Zaqueu tenha aceitado ser um cobrador de impostos por ganância, mas, depois da ilustre visita, o seu dinheiro passou de motivo de ódio para um instrumento de bênção, especialmente aos mais pobres. Deus não joga nada de sua vida na lata do lixo, a não ser os seus pecados que aliás, Ele os apaga com o sangue purificador de Jesus. Até as experiências negativas com o pecado podem ser usadas pelo Pai para fortalecer outros em luta.

Não é à toa que Zaqueu é um personagem tão cantado em músicas. Sua experiência com Jesus é também nossa experiência, pois Jesus continua nos buscando “pelo nome”, nos transformando de dentro para fora e nos usando para abençoar o próximo.

Quando achamos que estamos buscando a Cristo, na verdade, é Ele quem nos busca e nos encontra para nos abençoar com toda sorte de bênçãos.

 

Deus abençoe você e sua família

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

A BÍBLIA FALA SOBRE O FIM DOS TEMPOS

A BÍBLIA FALA SOBRE O FIM DOS TEMPOS

 

O que a Bíblia nos diz sobre o fim dos tempos?

 

Mateus, 25

13. Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.

Já é chegada a ultima hora e ela não tarda em chegar, muitos estão sob aviso, mesmo assim não vigiam e nem permanecem debaixo da santa vontade do Deus altíssimo o qual nos deu seu filho Unigênito, como único e suficiente caminho para a entrada no seu reino eterno e santo.

Jesus Cristo com seu grande amor veio ao mundo cumprir o propósito de que dEle já estava escrito na lei e pelos profetas, esteve entre os homens mesmo que, sendo em forma de homem, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Filipenses 2:6-8.

E manifestando o Senhor Deus o seu grande ato de amor e misericórdia para conosco, nos deu através do sangue de Cristo Jesus a remissão dos pecados e também através do seu sacrifício vicário a autoridade para vencermos a iniquidade que assola o mundo, como todos podemos ver agora, não há um só lugar em que você possa passar sem enxergar de alguma forma o pecado, a falta de temor ao juízo de Deus e os frutos maléficos da carne e seus desejos que nos afastam da santidade de Deus. Sede santos, porque Eu sou Santo, está escrito e assim diz o Senhor. 1 Pe 1:16.

Ser santos para que possamos andar fielmente diante de Deus e nos seus caminhos, assim amontoando tesouros no céu e para que possamos ter acesso ao reino Santo do Senhor, sempre com espírito humilde, pois há muitos que se deixam levar pela autossuficiências e acabam mais se parecendo com aquele fariseu de quem falou o nosso Salvador na parábola, que se justificava a si mesmo, mas não era justificado diante de Deus, pois aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado, Lucas 14:11. Antes devemos nos humilhar diante da potente mão de Deus, em nossas orações, pedindo misericórdia e confessando de coração puro, pois nada podemos esconder diante do Senhor, confessar nossas iniquidades para que possamos ser justificados pelo arrependimento e remissão dos pecados pelo sangue de Jesus.

A santidade vem através da obediência, da fé, que vem através do ouvir, praticar e obedecer a palavra de Deus, por isso, é bom não só para nosso entendimento e conhecimento mais para crescimento na fé e estarmos sempre lendo a santa palavra do Senhor, como também outros fatores importantes os quais destacar como ato de orar, sim, a santidade também se constrói com a oração, pois o homem que peca pára de orar, mas o homem que ora pára de pecar porque o Espírito Santo age de forma sobrenatural na vida de quem tem compromisso de oração.

Devemos buscar maior intimidade com o Senhor, procurar entender aos anseios do coração do Altíssimo, compreender a vontade do Deus vivo, eu não acredito na oração como um escudo, mas sim, para ser usada como uma arma poderosíssima para todos os que temem ao Senhor, mas muitos não oram o quanto deveriam, alguns dos que se dizem servos do Altíssimo nem sequer oram e buscam a Ele, as escrituras estão repletas de pessoas de constante oração, Jesus Cristo é exemplo, o filho de Deus aquele que conhecia mais do que ninguém o Pai. Estava constantemente em oração, há várias passagens em que está escrito que Jesus se retirava para orar, e ali passava noites, várias horas prostrado diante do Deus Onipotente, se o filho com toda sua Glória zelava por esse sublime ato, será que nós não deveríamos refletir sobre como esta nossa vida de oração?

Esta falta de zelo de alguns pode formular em suas mentes o comodismo e o engano próprio, não estando enganando a ninguém, nem a Deus, o que é impossível, mas a si próprio, pois se tem por servos de Deus, mas não há sequer uma hora determinada no seu dia para se humilhar e buscar a presença do Senhor, porque as coisas desse mundo vem na frente dos compromissos com Deus, andam mais ociosos a buscar a solução para os problemas daquilo que é vão e esquecem do que é eterno.

Do trabalho de atrair almas oprimidas que certamente irão cair no inferno, mas nenhum esforço faz, afinal ver um bombeiro parado e enquanto sabe que existe alguém precisando de socorro queimando em chamas não lhes é absurdo algum, e é isso que eles estão fazendo, contemplando as almas perdidas caindo no abismo, pois estão mais preocupados com outras coisas fúteis, na maioria com coisas materiais, ”bênçãos” terrenas e assim testemunham, pode ser que não em palavras, mas com suas ações, contra tudo que o Senhor Jesus Cristo nos ensinou e veio trazer e traz ao nosso conhecimento.

O Grande dia, o qual nunca houve nem jamais haverá sobre a face da terra vem e não tarda, o fim vem, e quase ninguém já teme o julgamento de Deus, mas aí você pode replicar enquanto lê: Mas por que você diz ”quase ninguém”? Eu respondo, sim, poucos há que temem, a maioria não teme verdadeiramente porque se temessem pra valer, não estariam como ”parasitas espirituais” esperando conquistar o Reino dos Céus sem o mínimo de esforço. O Reino dos Céus é tomado por força, se temessem orariam mais, buscariam mais a Deus, jejuariam mais. Será que quando o Salvador voltar achará verdadeiramente fé na terra?

Satanás plantou joio em meio a seara do Senhor e muitos só glorificam a Deus com seus lábios, mas testemunham contra o Senhor em sua obras e em suas ações, afinal não pode dar figo no pé de abrolhos, nem a árvore boa dá maus frutos e vice versa, pelo seus frutos a conhecereis, se tem por servos de Deus. Mas isso na maioria das vezes só dentro da igreja, enquanto ouvem ali a palavra de Deus e depois dali, se portam e agem como qualquer outro incrédulo e fariseu, e, assim testificam com seus frutos maus a quem realmente seguem.

Está escrito: Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados. Romanos 2:13.

Todo homem, pois, que escuta estas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha, e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha, e aquele que ouve estas palavras, e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia, e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda. Mateus 7:24 ao 27.

A Bíblia nos diz que no fim dos tempos Jesus virá, as nações serão julgadas e quem é salvo vai morar com Ele no Céu para sempre, Mateus 24:30-31. Os crentes devem estar preparados porque pode acontecer a qualquer hora. Jesus falou dos sinais do fim dos tempos que poderemos ver.

A segunda vinda de Jesus e o fim do mundo é um tema muito falado na Bíblia. Como está muito espalhado no meio de outras coisas é difícil organizar e fazer sentido disso tudo. Mas podemos ter algumas certezas sobre o que acontecerá.

 

Breve Jesus virá.

A realidade do arrebatamento não pode se perder na desesperança dos cristãos atuais. O Arrebatamento é citado 1527 vezes no Antigo Testamento e 318 vezes no Novo Testamento. Breve Jesus voltará.

Em Atos dos Apóstolos 1:11 diz que Jesus voltará em forma física da mesma maneira que Ele subiu ao Céu depois de ressuscitar. Naquele dia Ele levará os crentes para morar com Ele no Céu. 1 Tessalonicenses 4:16-17.

Os mortos serão ressuscitados e os povos serão julgados. Satanás será destruído e os ímpios que rejeitaram a Cristo irão para o Inferno mas quem ama Jesus terá a vida eterna, sem tristeza nem morte. Mateus 25:31-46.

Quando chegar o fim, a Terra em que vivemos agora será destruída, 2 Pedro 3:7 e todas as coisas estarão unidas em Cristo, Efésios 1:10. Assim, a nossa nova morada perfeita será no Céu.

 

O que é a Grande Tribulação? Como será a grande tribulação?

Jesus avisou que a grande tribulação será um período de sofrimento tão grande como nunca foi visto desde o começo do mundo. Ele ainda disse que se esses dias atribulados não fossem abreviados, ninguém escaparia. Mas também afirmou que por causa dos escolhidos, os dias de grande tribulação serão abreviados, Mateus 24:21,22. Daí podemos entender que a grande tribulação será muito intensa, mas também relativamente curta.


Quais são os sinais do fim dos tempos?

Ninguém sabe quando o fim chegará mas Bíblia nos dá alguns sinais para saber quando está perto. A Bíblia tem um livro inteiro dedicado aos acontecimentos dos últimos tempos, Apocalipse, mas Jesus fez um resumo dos sinais em Mateus 24.

 

De acordo com este capítulo da Bíblia:

Sobre o Anticristo, muitos dirão que é Jesus ou que são profetas, mas serão falsos, fazendo até milagres, prodígios e maravilhas para enganar as pessoas, até  mesmo alguns crentes; 2 Tessalonicenses 2.1-11.

Haverá guerras entre nações e ameaças de guerras e ouviremos falar delas;

Haverá desastres naturais, como terremotos, maremotos e fomes em muitos lugares;

Os crentes serão perseguidos, odiados e alguns até mortos;

Haverá muito escândalo, ódio e traição entre as pessoas, inclusive entre os “falsos” crentes.

A maldade do mundo será tanta que muitos ficarão desiludidos e deixarão de amar;

O Evangelho será pregado a todos os povos, mas isso não significa que será aceito por todos;

Em Israel haverá muita turbulência, instabilidade e guerras;

O mundo passará por uma grande tribulação, como nunca houve antes;

Haverá sinais no céu e na terra, o sol e a lua não darão luz;

Muitas pessoas serão apanhadas de surpresa.

As potências dos céus e da terra serão abaladas.

Há muito debate na Escatologia sobre a ordem dos acontecimentos e sobre o que já aconteceu ou ainda vai acontecer. Em todas as épocas históricas as pessoas têm associado os sinais da Bíblia aos grandes eventos mas é preciso ter cuidado com as interpretações, só Deus sabe com certeza quando todas estas coisas acontecerão. Os sinais servem mais como aviso que um dia vai acontecer. O importante é estar preparado para quando acontecer.

 

O que devo fazer para me preparar?

O fim tanto pode vir daqui a 1 minuto, 10 minutos,10 anos ou muitos anos, não sabemos quando. Mas não devemos ter medo, a vinda do Senhor Jesus para arrebatar a Sua Igreja acontecerá com certeza. 1 Tessalonicenses 4:18.

Se você ainda não aceitou Jesus como seu salvador, deve fazê-lo para ter a certeza da vida eterna, e se você já O aceitou, deve continuar a viver da maneira que Deus quer. 2 Pedro 3:11. É sempre bom se perguntar “se Jesus vier agora, Ele vai aprovar tudo o que estou fazendo?”.

Não se deixe enganar pelos falsos cristos e falsos profetas, não desanime. Jesus Cristo vem, Ele te ama e quer te salvar.

 

Muitas pessoas têm dúvidas de como será a grande tribulação.

Jesus avisou que a grande tribulação será um período de sofrimento tão grande como nunca foi visto desde o começo do mundo. Ele ainda disse que se esses dias atribulados não fossem abreviados, ninguém escaparia. Mas também afirmou que por causa dos escolhidos, os dias de grande tribulação serão abreviados, Mateus 24:21,22. Daí podemos entender que a grande tribulação será muito intensa, mas também relativamente curta. Será de 7 anos, divididos em duas fases de três anos e meio cada uma.

Talvez você não acredite, mas a Bíblia diz que Jesus está voltando: “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. Mateus 24.30.

Muitos que não creem na Bíblia Sagrada farão de tudo para te impedir de renunciar ao pecado e firmar compromisso com Jesus. Mas a Bíblia sempre existiu e sempre existirá. Disse Jesus: “Passará o céu e a terra, porém, as minhas palavras não passarão”. Marcos 13.31.

A volta do Senhor Jesus é certa. Não será cancelada, nem adiada, porque assim está escrito; e Deus fala antes que aconteça porque Ele é Justo. Deus não trará o Dia Final sem que todas as nações sejam evangelizadas para que todos tenham consciência do que vai acontecer, mesmo que não acreditem: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. Mateus 24.14.

Existem muitos países em que o Evangelho ainda não foi pregado por impedimento dos dirigentes de nações, mas está avançando. Somente Deus, que tem o controle de tudo e conhece todos os corações, saberá quando todos terão conhecimento do Evangelho e então virá o fim: “Mas a respeito daquele dia e hora, ninguém sabe; nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai”. Mateus 24.36.

As igrejas estão cheias de gente, porém, o Senhor Jesus sabe quem é “trigo e quem é joio”. De maneira nenhuma enganamos a Deus. Tudo o que se faz escondido dos irmãos, dos parentes e da sociedade, Deus está vendo. Não finja ser de Jesus, perdendo o que é de mais precioso: A sua salvação.

 

A hora de se render aos pés do Senhor Jesus é agora.

Arrependa-se dos seus pecados e pratique os ensinamentos do Evangelho do Senhor Jesus e tenha compromisso com Cristo Jesus , para que quando chegar aquele Dia, você esteja pronto para o encontro com o Salvador Jesus. Antes de Jesus aparecer, lembre-se: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas”. Lucas 21.25. “Haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”. Lucas 21.26.

Nesse período, quem vive em comunhão com Jesus, na obediência fiel ao Evangelho de Cristo, não sofrerá danos, nem tristezas; pelo contrário, se alegrará pela vinda do Senhor: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima”. A vossa e a nossa redenção está muito próxima.  Lucas 21.28.

Quem ouvir a palavra do Senhor e rejeitar o plano de Deus para a sua salvação, enfrentará tremenda tribulação como nunca houve na face da terra. Aqueles dias serão terríveis; então os que ficaram, os que não foram no arrebatamento, sairão como sedentos, sairão em busca do Evangelho, mas será tarde demais: “Andarão de mar em mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão. Naquele dia, as virgens formosas e os jovens desmaiarão de sede”. Amós 8.12,13.

Porém será tarde demais. Maranata: ora vem Senhor Jesus.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

A HISTÓRIA BÍBLICA DE JUDÁ

A HISTÓRIA BÍBLICA DE JUDÁ

 

Muitas pessoas têm curiosidades sobre a referência bíblica que nos fala do “Leão da tribo de Judá”. em Apocalipse 5.5.

 

Ap. 5.5. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos.

Então vamos estudar um pouco sobre as origens de Judá.

Judá foi o quarto filho de Jacó, sua mãe era Lia. Ele é a ponte das genealogias passadas, as dos patriarcas e as genealogias depois dele, das gerações até a chegada e o nascimento do Messias prometido, Jesus Cristo o nosso Senhor e Salvador.

Jacó teve doze filhos e algumas filhas, porém a Bíblia só cita o nome de uma filha chamada Diná. Os filhos de Jacó são: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim. Das filhas de Jacó, a única citada na Bíblia é Diná.

Os filhos de Jacó nasceram de quatro mulheres diferentes. Duas delas eram esposas oficiais do patriarca: Lia e Raquel. As outras duas eram servas de suas duas esposas. Conforme um costume que havia naquele tempo na Mesopotâmia, uma esposa podia oferecer a seu marido sua serva pessoal com o objetivo de gerar um filho que legalmente seria considerado seu.

Judá foi o quarto filho de Jacó e Lia, sua primeira esposa. Ele deu origem à tribo da qual descendeu o Messias. A história de Judá na Bíblia está registrada no livro de Gênesis. (Gênesis 29-49).

O nome Judá vem do hebraico Yehudah. É amplamente aceito que o nome Judá significa “louvado”. Na ocasião de seu nascimento sua mãe disse: “Esta vez louvarei o Senhor”. O texto bíblico completa informando que por isso Lia lhe chamou Judá (Gênesis 29:35).

 

A história de Judá.

Judá foi casado com uma mulher Cananéia, filha de Sua, de Adulão. Com ela Judá foi pai de Er, Onã e Selá. Desde cedo Judá ocupou a posição de líder entre os filhos de Jacó. É nesse papel que ele aparece envolvido em situações decisivas da história de sua família.

De certa forma ele impediu que José fosse morto por seus outros irmãos invejosos. Ele sugeriu que José fosse vendido como escravo à caravana de comerciantes midianitas. Foi dessa maneira que José acabou indo parar no Egito (Gênesis 37:12-28).

Mais tarde, no tempo de crise, Judá foi juntamente com seus irmãos buscar auxílio no Egito. Ali ele negociou com o governador do Egito, sem mesmo saber que se tratava de seu irmão José. Foi Judá quem pediu para ser mantido como prisioneiro em lugar de Benjamim, seu irmão mais novo. Nessa ocasião José acabou revelando sua identidade (Gênesis 44:33,34; 45:1). Conheça a história de José do Egito.

Judá também foi escolhido por Jacó para liderar a caravana de Israel mostrando o caminho para Gósen (Gênesis 46:28). O patriarca também escolheu Judá entre seus três filhos mais velhos para conceder-lhe a proeminência comum ao primogênito; ainda que José, através de seus filhos, tenha recebido a porção dobrada que o direito de primogenitura conferia (Gênesis 49:8-12; cf. 1 Crônicas 5:1).

 

A descendência de Judá

Conforme o costume da época, Judá providenciou uma esposa para seu filho Er, cujo nome era Tamar. Mas Er era um homem perverso e o Senhor o reprovou castigando-o com a morte.

Como Er havia morrido sem gerar filhos, seu irmão Onã precisou se casar com Tamar de acordo com a lei do levirato. Onã tinha a tarefa de gerar descendência ao seu irmão, mas ele descumpriu sua obrigação e também agiu de forma perversa. O castigo de Deus veio sobre ele, e Onã também morreu sem gerar filhos.

Então Judá prometeu a Tamar que quando seu filho mais novo Selá crescesse, ele lhe seria dado por marido. Mas o texto bíblico informa que isso não aconteceu. Então Tamar foi astuta e enganou Judá. Ela cobriu seu rosto e fingiu ser uma prostituta para poder se deitar com Judá. Então dessa trama Judá tornou-se pai dos gêmeos Perez e Zerá (Gênesis 38:11-30). Foi através de Perez que Judá tornou-se ancestral do rei Davi e do Senhor Jesus (Rute 4:18-22; Mateus 1:3,16).

O nome Judá tornou-se muito popular entre os israelitas, principalmente após o cativeiro babilônico. Por isso algumas pessoas com este mesmo nome são mencionadas no Antigo Testamento (cf. Esdras 2:40; 3:9; 10:23; Neemias 11:9; 12:8-16). O nome Judas que aparece no Novo Testamento é a forma helenizada grega do nome Judá.

Judá foi abençoado por Jacó seu pai e comparado a um leão. Por isso o nome Leão da tribo de Judá.

O próximo filho a ser citado por Jacó, em sua bênção patriarcal, foi Judá. (Gênesis 49:8). A tribo de Judá se tornou a tribo mais proeminente na sequência da história bíblica. Judá foi comparado por Jacó à figura do leão. Essa analogia significava força, coragem, ousadia e também realeza. A linhagem do rei Davi pertencia à tribo de Judá. Logo, o Messias, Jesus Cristo, também veio da tribo de Judá. Por isso Ele é chamado de “Leão da tribo de Judá”.

Inclusive, ao abençoar Judá o patriarca Jacó disse: “O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos”. (Gênesis 49:10). A primeira parte dessa profecia obviamente se refere ao fato de que Judá seria uma tribo real. Já a segunda parte da profecia que diz: “até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos” embora seja de difícil interpretação, muitos intérpretes têm entendido que seja uma referência à vinda do Messias como o governante supremo que reina sobre todos os povos. (1 Coríntios 15:24-28; Apocalipse 5:5).

 

Em Mateus, capítulo 1 encontramos Judá na Genealogia de Jesus.

1 Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão: 2 Abraão gerou Isaque; Isaque gerou Jacó; Jacó gerou Judá e seus irmãos; 3 Judá gerou Perez e Zerá, cuja mãe foi Tamar; Perez (filho de Judá) gerou Esrom; Esrom gerou Arão; 4 Arão gerou Aminadabe; Aminadabe gerou Naassom; Naassom gerou Salmom; 5 Salmom gerou Boaz, cuja mãe foi Raabe; Boaz gerou Obede, cuja mãe foi Rute; Obede gerou Jessé; 6 e Jessé gerou o rei Davi. Davi gerou Salomão, cuja mãe (Bateseba) tinha sido mulher de Urias; 7 Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; 8 Asa gerou Josafá; Josafá gerou Jorão; Jorão gerou Uzias; 9 Uzias gerou Jotão; Jotão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias; 10 Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amom; Amom gerou Josias; 11 e Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia. 12 Depois do exílio na Babilônia: Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; 13 Zorobabel gerou Abiúde; Abiúde gerou Eliaquim; Eliaquim gerou Azor; 14 Azor gerou Sadoque; Sadoque gerou Aquim; Aquim gerou Eliúde; 15 Eliúde gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacó; 16 e Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. 17 Assim, ao todo houve catorze gerações de Abraão a Davi, catorze de Davi até o exílio na Babilônia, e catorze do exílio até o Cristo

 

Porque Jesus é Chamado na Bíblia de o Leão da tribo de Judá.

Jesus é chamado na Bíblia de “Leão da tribo de Judá”. O significado dessa expressão está relacionado à sua linhagem terrena, a tribo de Judá. Então a designação “Leão da tribo de Judá” refere-se ao fato de que em Cristo se cumprem as promessas de um reino feito a essa tribo. Apesar de muito popular, a forma contraída “Leão de Judá” não aparece especificamente na Bíblia.

 

O Leão da tribo de Judá na Bíblia.

A frase “Leão da tribo de Judá” aparece uma única vez nas Escrituras. No capítulo 5 do livro do Apocalipse, lemos sobre o livro selado com sete selos. O texto bíblico diz que ninguém, no céu, na terra e nem debaixo da terra, podia abrir o livro ou mesmo olhar para ele. Então João, que recebeu da parte de Deus as revelações registradas no livro do Apocalipse, ficou desesperado.

Ele chorava muito porque havia percebido que ninguém era digno de abrir o livro e desatar os seus selos. Então um dos anciãos disse a João: “Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos”. (Apocalipse 5:5).

Esse versículo que designa Cristo como o Leão da tribo de Judá é uma clara referência a Gênesis 49:9,10. As palavras do ancião ecoam as palavras do patriarca Jacó. Antes de morrer, Jacó abençoou seus doze filhos. Esses filhos deram origem às doze tribos de Israel, que formavam o povo do Senhor.

Em sua bênção, Jacó disse: “Você é um leãozinho, ó Judá. Você vem subindo, filho meu, depois de matar a presa. Encurva-se e deita-se como um leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de entre seus pés, até que venha aquele a quem ele pertence; e a obediência das nações é sua”. (Gênesis 49:9,10).

 

O significado do Leão da tribo de Judá

A figura do leão significa força, valentia, coragem e ousadia (Juízes 14:18; Provérbios 28:1). Nos tempos bíblicos os leões eram comuns nas regiões da Palestina. Dessa forma, os leões fizeram parte do simbolismo político e religioso da época.

Para os judeus o leão era a mais poderosa das feras. Por isso ilustrava a pessoa de um rei e representava a imponência de um governo. (Números 24:9; 1 Reis 10:19,20; Provérbios 30:29-31).

Considerando esse pano de fundo, fica fácil compreender o uso da figura do leão na bênção de Jacó. Ao dar sua benção sobre seus descendentes, Jacó distinguiu Judá, indicando que a tribo proveniente dele, seria aquela que governaria, isto é, o reino seria colocado em Judá. Por esse motivo, o patriarca designa Judá como filhote de leão.

A profecia de Jacó foi confirmada posteriormente pela aliança davídica, visto que o rei Davi pertencia à tribo de Judá. (2 Samuel 7:16). Mas as palavras de Jacó encontram seu cumprido pleno somente em Cristo, o legitimo Leão da tribo de Judá.

Assim, a figura do leão era um símbolo adequado para representar a linhagem real davídica da tribo de Judá. Essa linhagem, finalmente, culminou no Messias, Jesus Cristo. Ele é o verdadeiro rei que haveria de vir através dessa tribo, o representante final da casa de Davi. Por isto Ele é adequadamente designado no Apocalipse como o Leão da tribo de Judá.

Portanto, a frase “Leão da tribo de Judá” pode ser entendida como significando um título messiânico. Ao dizer que Jesus é o Leão da tribo de Judá, o texto está indicando a realeza de Cristo e atestando sua condição régia.

 

O Leão e O Cordeiro

A sequência do texto de Apocalipse revela algo realmente maravilhoso. Cristo é apresentado como sendo o Leão da tribo de Judá. Mas simultaneamente Ele também é identificado como sendo o Cordeiro. Isso significa que como um cordeiro, Ele foi levado para o sacrifício. Seu sangue foi derramado pela transgressão de seu povo.

Por isto a Bíblia diz que Jesus é o Cordeiro de Deus, sem mácula e sem defeito, cujo precioso sangue redimiu aqueles que são seus. (João 1:29,36; 1 Pedro 1:19). Na cruz, em sua obra redentora, Cristo se mostrou ser o verdadeiro Cordeiro, bem como o verdadeiro Leão de Judá.

Ele levou sobre si todo o pecado de seu povo, suportou toda a ira de Deus até as últimas consequências, e venceu a morte impondo uma derrota esmagadora a Satanás. Com isso, Ele provou ser verdadeiramente o Leão da tribo de Judá. Ele conquistou o direito de ser o único que é digno de abrir o livro e desatar seus selos.

Ele é o Cordeiro que possui o livro da História em suas mãos. Ele governa o universo segundo o decreto eterno de Deus. Ele é o Leão da tribo de Judá, cujo governo jamais terá fim. (Apocalipse 5:7-14).

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.