segunda-feira, 31 de julho de 2023

AS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS NAS ADMINISTRAÇÕES DAS IGREJAS

AS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS NAS ADMINISTRAÇÕES DAS IGREJAS

 O perigo e as consequências das mudanças bruscas, porém bem planejadas e grande parte ou a maioria absoluta delas em benefício próprio, nas administrações eclesiásticas das igrejas evangélicas e  ministérios.

Trago aqui minha manifestação sobre o perigo e as consequências da administração eclesiástica em benefício próprio nas igrejas evangélicas brasileiras, principalmente as chamadas conservadoras que teem visto mudanças bruscas em suas administrações em favor e em benefícios próprios de interesses familiares de seus líderes. 

A Bíblia está cheia de péssimos exemplos no Velho Testamento, onde os reis passavam a sua administração para seus parentes mais próximos, às vezes para o filho mais velho, seguido de todos os outros filhos que eram considerados príncipes e princesas. Os que eram considerados como impedimentos para tais fins, eram eliminados sumariamente.   

Aristóteles foi o primeiro a usar e definir uma palavra que definiria esta situação, ele usou a palavra oligarquia como sinônimo do governo pelos ricos dominadores e opressores dos povos daquela época, embora o termo exato neste caso seja plutocracia, que era o poder e a influência do dinheiro e das riquezas de determinadas classes da sociedade.

Numa oligarquia nem sempre é a riqueza que governa, os oligarcas podem ser qualquer grupo privilegiado, que não precisa estar conectado por laços de sangue como numa monarquia, mas estão ligados em gênero, número e grau pelos laços do interesse de serem uma casta superior dominante em seu “estatus quó”, ou seja, dominam pela força e pela ganância, não importando os meios utilizados para alcançar seus objetivos.

O governo das oligarquias é a forma de governo em que o poder político dominante está concentrado num pequeno número de pessoas. Essas pessoas podem distinguir-se pela nobreza, pela riqueza, pelos laços familiares, pelas empresas que são controladas por eles e principalmente pelo poder militar que exercem ou que dominam através de compra da honra dessas pessoas ou promoções à cargos de alto escalão naquelas forças. Os estados e ou países em que tal acontece são muitas vezes controlados por poucas famílias proeminentes que passam a sua influência de uns para os outros familiares ao longo de gerações.

A igreja evangélica brasileira, de uma forma em geral possui diversas formas de governo eclesiástico a depender de sua vertente histórica e teológica. Contudo, em nossos dias atuais tem prevalecido claramente uma forma predominante de governo, o da cleptocracia oligárquica, cleptocracia oligárquica é um governo cujos líderes corruptos usam o poder político eclesiástico para se apropriar da riqueza de sua igreja, ministério e ou nação, geralmente com o desvio ou apropriação indevida de ofertas, dízimos e outras dádivas e arrecadações do governo ou de seus membros às custas da população em geral, que nada mais é que, o poder exercido por um único indivíduo ou por uma única classe de pessoas, a clã dominadora daquela entidade social, religiosa e ou política, quer seja da mesma linhagem eclesiástica, familiar, política ou social.

Mas a questão a refletir nem é o fato do que chamo de "o domínio da genealogia eclesiástica" na igreja, quando descendentes substituem seus pais na liderança de uma igreja, até aqui a meu ver nada demais, desde que aqueles convocados a assumir a presidência e ou direção de igrejas e ou ministérios tenham o mesmo chamado divino em suas vidas que seus antecessores tiveram e o mesmo amor pelos dons espirituais e pelas almas sofridas, assim como Jesus Cristo nos ensinou. A tomada do poder, presidência ou lideranças, é visivelmente praticada em várias denominações de igrejas e ministérios conservadores ou não no Brasil afora e que mostram líderes com poderes quase que absolutos na igreja. Líderes que não lideram mais pelo amor e pela piedade, mas pelo autoritarismo e pela ambição. Líderes que tratam a igreja não como a Noiva de Cristo, mas como uma espécie de "sua concubina", “seus escravos serviçais”,  “seus fiéis súditos e escravos”, “curral eleitoral” tornando-se uma direção escravocrata que vendem até os votos dos fiéis de suas igrejas de “porteira fechada”.

Jesus Cristo veio para nos libertar da escravidão do pecado, mas também da escravidão perpetrada pelos homens. O pior disso tudo é que fazem isso tudo abertamente e em nome de Deus, como se deuses fossem na igreja destes tempos modernos.

O povo tem que se submeter aos seus caprichos e regras, leis e ordens, tudo isso sob o medo patológico de punições severas e excludentes. Numa análise crua e imparcial, em muitos lugares os termos eclesiásticos de pastor, bispo, apóstolo ou profeta estão bastantes conectados a este sistema feudal de nossos dias. Líderes que se impõem pela força do braço e da ganância por dinheiro, bens e propriedades e não pelo amor de Cristo. Líderes que, enquanto parte do rebanho sofre provações e privações, eles vivem uma vida de luxúria nababesca, faraônica, escandalizante e sem o mínimo de temor a Deus.

Nada, absolutamente, contra líderes viverem bem com suas famílias em razão do belo trabalho que realizam, são merecedores; todavia, o que presenciamos e o que nos referimos sobre este assunto é bem visível hoje. As mesmas razões contra as quais Martinho Lutero e os líderes reformistas lutaram, heresias e enriquecimento ilícito da igreja do passado e de seus lideres, são as mesmas que vemos hoje no topo do poder da igreja contemporânea.

A simplicidade e humildade passam longe desses líderes. Dos exemplos das sete igrejas no livro de Apocalipse destacamos a de Laodicéia pelo seu péssimo exemplo, vejamos em Apocalipse 3:14 Jesus se apresenta como “o princípio da criação de Deus”, ou seja, “a origem da criação de Deus”, “aquele que trouxe a criação à existência no princípio”.

Como era a cidade de Laodicéia? A cidade ficava no entroncamento de três grandes estradas, e era um importante centro financeiro e industrial e Comercial. Laodiceia possuía muitos bancos, e produzia roupas (lã negra) e remédios (colírios).

Como era a igreja de Laodicéia? A igreja de Laodicéia foi a única que não recebeu qualquer elogio. Os cristãos não eram incomodados por perseguidores ou hereges, mas viviam na mornidão espiritual.

Apocalipse 3:15-17 Os laodicenses ficavam “em cima do muro”. Estavam cegos quanto à sua real situação, ofuscados pela própria prosperidade.

O que Jesus disse à igreja de Laodicéia? O Senhor Jesus lembrou à igreja que Ele estava do lado de fora, batendo à porta. Podia restaurar os cristãos e estava disposto a despertá-los e ou a vomitá-los. A escolha era deles. Jesus lembrou ao “anjo da igreja” ao pastor daquela igreja que os vencedores reinarão, assim como Jesus já reina.

Apocalipse 3:18 O que Jesus aconselhava os laodicenses a fazer remetia a algumas características da cidade: ouro, vestes e colírio. Muitos pastores e líderes evangélicos estão “vidrados” só olhando para os resultados materiais, exigindo dos fiéis que a cada dia tragam mais e mais dinheiro, ofertas, dízimos e outras dádivas para o “ seu ministério” ou seja para seu deleite próprio.

Apocalipse 3:19 O castigo divino é uma manifestação de amor. Havia esperança para a igreja de Laodiceia. Deus sempre dá uma nova chance para quem queira se consertar com Ele.

Apocalipse 3:20 Jesus estava do lado de fora, a igreja havia fechado a porta. A igreja precisa ter as portas do coração do povo bem abertas para que o Senhor Jesus possa entrar e fazer nele morada.

Apocalipse 3:21 Jesus venceu e recebeu autoridade e poder do Pai. Ele promete compartilhar essa autoridade com aqueles que vencerem.

Os fatos e acontecimentos da igreja de Laodicéia são apenas para relembrarmos que chegará a hora da intervenção de Deus.

Vemos a igreja contemporânea repetir os mesmos erros que a levaram no passado a sofrer duras perseguições por permissão de Deus. Tivemos recentemente em nosso país também a demonstração do que estamos tratando aqui. Por causa da ganância por dinheiro e fama muitos líderes evangélicos se corromperam e apoiaram políticos esquerdistas e comunistas que perseguem e matam cristãos pelo mundo afora e o resultado desastroso do processo político em que se misturou além da conta, a igreja e a política, foi um resultado amargo que se sente até agora com o que a igreja demonstrou ser, através do apoio e do trabalho como cabos eleitorais do comunismo e suas correntes ideológicas. Agora sofram as consequências. Os crentes que se comportaram como currais eleitorais, agora devem cobrar de seus líderes o porque de tais posições erradas.

A igreja atualmente nem é uma teocracia nem é uma democracia, mas uma oligarquia, aliás e pior ainda: está se tornando um sistema oligárquico político religioso nas mãos de famílias de dominadores e ditadores, ou seja, a famosa familiocracia  empresarial que só acredita no lucro pessoal personalizado não importando se é a igreja, o corpo, a noiva do Cordeiro ou se é uma empresa sua. Dão mais valor no que podem fazer e falar do que no que a Bíblia diz.

Igrejas viraram produtos e crentes viraram clientes. A fé é explorada como mercadoria, os milagres são encomendados, quanto mais se paga, maior e mais depressa é o resultado.

Isso sempre existiu de forma um tanto velada, agora parece tomar as cores mais brilhantes das campanhas de marketing com as quais já estamos familiarizados. Acostumados com a publicidade de pastas de dente, sabonetes, carros, telefones e coisas assim, que agora nos acostumemos com as campanhas publicitárias que aí estão para nos vender igrejas, milagres, salvação, lotes de terrenos no céu, indulgências, etc, as igrejas viraram um produto especial e não um chamado espiritual.

Já é possível encontrar, em algumas grandes cidades do nosso país, peças publicitárias das mais diversas, criativas, chamativas, convidando quem quiser a ser da igreja tal, a internet e as redes sociais fazem o serviço brilhante em plataformas monetizadas. E quais as vantagens? Ora, na igreja tal fazemos isso, fazemos aquilo, ajudamos necessitados, recuperamos dependentes, somos mais isso, somos mais aquilo. Nada de novo debaixo do sol, já dizia o bom e velho Salomão. Fazem um proselitismo invejável para, “pescar em aquário alheio”, dê o nome que quiser, é coisa antiga. Só que o que antes era restrito, meio que escondido, agora é escancarado em praça pública. Ora, “e por que não?”, dizem os adeptos do marketing, do coching, do mentorial, do etc, etc e tal.

Pensando na igreja-empresa, ou empresa-igreja, sei lá, eles acham e agem como se estivessem certos mesmo. Pois já nos ensinam nas igrejas os primeiros conceitos de marketing que o vendedor de sapatos tem para ser vencedor, campeão de vendas do mês ou aqueles que cumpriu a meta. Dois caminhos plausíveis são apresentados para que o vendedor de sapatos ou outras mercadorias: vender sapatos para quem já os usa, e ou vendê-los para quem ainda não os usa. O primeiro caminho é bem mais fácil, oferece resultados mais rápidos, e só depende do tal sapato ter algum diferencial que o favoreça na comparação com os concorrentes. O segundo caminho é mais demorado, requer maior esforço, o que geralmente fica a cargo das equipes de marketing e propagandas. É justamente por isso que as primeiras perguntas dos bons marqueteiros são: “qual é o tamanho do mercado que você alcançar?”, “qual é o perfil dos atuais compradores?”, “quais as necessidades dos compradores que estão sendo alcançadas com os atuais fornecedores, quais não?” Vender o produto para quem já os compra e usa é o caminho mais curto para chegarmos ao sucesso.

O tamanho do “mercado evangélico brasileiro” realmente anima qualquer um. Uns dizem que somos 17% da população (uns 30 milhões), outros 22% (40 milhões). A maior estimativa que achei em pesquisas fala em algo perto dos 45 milhões de evangélicos no Brasil. Seja qual você escolher, estamos falando de algo perto de “uma Argentina” (37 milhões de habitantes), um pouco mais, um pouco menos. Cá entre nós, belo mercado, não é?

Qual o perfil dos atuais evangélicos? Quais as necessidades deles que não vem sendo supridas “pelas atuais igrejas fornecedoras de milagres, promessas de riquezas, cursos e escolas de couth para abreviar o sucesso ”? Só para dar um exemplo e para estimar por baixo, deixando um pouco de lado a maioria pentecostal e neo-pentecostal, basta analisar que em geral os evangélicos das igrejas chamadas históricas ou tradicionais vem costumeiramente procurando “um produto” mais contemporâneo, menos “engessado”, menos tradicional, menos litúrgico. Não é necessário ser um “gênio de marketing” para “bolar” um “produto” que atenda às necessidades destes evangélicos. Uma grande parte dos evangélicos não querem mais ter compromissos com a igreja, querem apenas sentir uma emoção que preencham o seu ego naquele momento, depois vão embora mais vazios do que quando chegaram lá, vazios no coração, vazios na alma e vazios no bolso ou na bolsa.

Portanto no dia a dia pesquisam por que não “vender” uma nova maneira, uma nova ideia de ser igreja,  porque para o crente que está insatisfeito com o atual fornecedor, (de milagres e riquezas), logo vão atrás de outro local mais inovador, com time de futebol, com academias e por aí vai. Muitos líderes evangélicos hoje são verdadeiros marqueteiros e não pregoeiros do evangelho de Cristo como o apóstolo Paulo. Não é isso que estão fazendo, muitos são ou não são bons marqueteiros? Não é isso que faria um bom vendedor?

Alguns bons administradores de igrejas já estão fazendo isso. Estão cobrando caro para realização de milagres que enchem as igrejas, fora os shows gospel com cantores renomados do mundo da música que não tem nada de música sacra.

Por que perder tempo evangelizando incrédulos, dizem eles? Para que tanto esforço para convencer um descalço a calçar sapato? Que vendamos sapato para quem não vive sem eles, para quem quer tê-los às dúzias, aos montes. Vamos convencer os crentes de hoje que a nossa igreja é mais forte, é a melhor, dizem: “nossa igreja é liberal”, ou seja “venha como estás e continue do jeito que você achar melhor”; esquecem do principal motivo de ser igreja que é a conversão, o arrependimento e a mudança de vida e até de comportamento e compostura diante de Deus, diante da igreja e diante da sociedade.

Infelizmente, vivemos numa época em que igreja está virando um produto a ser oferecido e negociado a qualquer preço. A igreja verdadeira do Senhor Jesus continua sua marcha lenta e devagar esperando aquele glorioso dia do arrebatamento, quando o Senhor Jesus voltar como prometeu para buscar a sua noiva.

Igreja não é “produto”. Ou pelo menos não deveria ser. Deus chama de igreja o coletivo de pessoas alcançadas pela Sua graça e transformadas pela Sua intervenção e conversão ao Senhor Jesus, confessando seus pecados para serem perdoados.

Lamentavelmente, estamos na época em que os evangélicos são considerados um mercado para quem se pode vender produtos e serviços de toda e qualquer espécie. E tudo isso porque os evangélicos assumem e gostam de ser tratados como mercado, como clientes, como consumidores dos produtos e serviços pelos quais, direta ou indiretamente, “pagam” para serem bem atendidos, buscam a melhor pregação, a melhor música, a melhor “unção”, a melhor solução para os seus problemas, a melhor programação para os seus filhos, e por aí vamos ladeira abaixo. Se o Espírito Santo de Deus não está lá não adianta nada você se esforçar para também estar lá. Ser cristão não é ser cliente. É ser discípulo de Cristo. É ter tomado a decisão de segui-Lo pela fé. É ser de Cristo e viver para Ele. É ser igreja.

É triste ver que igreja virou produto e crente virou cliente. Mais triste ainda é notar que a pregação do evangelho de Cristo que salva, cura e liberta, vem virando apenas um acessório; algo que, na hora oportuna, “alguém vai falar um pouco para explicar como alcançar sucesso em pouco tempo, e dizem ”o importante é que a pessoa chegue até aqui”, ao invés disso deveriam dizer “venha para os pés do Senhor Jesus porque Ele é quem pode te salvar”. A pregação do evangelho de Jesus passa a ser tratada como algo assim: “venha ver o que Deus tem para turbinar a sua vida”. “Temos muito material motivacional que você pode adquirir para conseguir riquezas e sucesso na vida”.

Pecado, arrependimento, inferno? “Ora, nem fale assim, não fale disso porque pode assustar a quem chega na igreja eles não voltarem mais”.

Os marqueteiros e vendedores de programação de igrejas que me perdoem, mas não posso aplaudi-los. Por mais que reconheça sua capacidade de mensurar e caracterizar um mercado tão promissor e criar um produto atrativo, bem chamativo para o mercado da fé. Que vendam o que quiserem, mas não o chamem de “igreja”. Não façam comércio da fé, um dia você vai ter um acerto de contas com Deus. O dono da igreja é Deus, e Deus não nos autoriza a fazer isso.

Os clientes, deveriam ser membros das igrejas, porém são consumidores de atrações das igrejas modernas e liberais. Buscam seus melhores pregadores, a melhor programação e a melhor atração, se não lhes agradar e acharem que os pregadores e cantores não são aqueles que satisfaçam o que querem, vão direto para outras igrejas.  

Mas, chamar tudo isso de igreja ou de evangelho é pecado, Deus só habita no meio dos louvores, desde que sejam para honra e glória do nome d'Ele. A isso dou nomes como “clube”, “reunião social de amigos”, “programas de entretenimento”, “alimentos de almas aflitas”, enfim, outros são similares aos clubes de entretenimentos que podemos chamar de “inferninhos" onde tudo é permitido e nada é proibido, o que importa é a liberdade de pecar à vontade até junto com seus líderes, claro que com raras exceções.

Conheço grandes ministérios evangélicos que teem líderes realmente comprometidos com a obra de Deus, a estes líderes nosso respeito e consideração. São verdadeiros baluartes da fé e dão a vida em favor dos necessitados de salvação. Pregam a palavra de Deus, vivem a palavra de Deus, honram a palavra de Deus. São verdadeiros ganhadores de almas para o Senhor Jesus e as recompensas virão para os que são fiéis.

Os que forem fiéis receberão esta promessa de Mateus 25.14-23, começando com estas palavras: “Entra no gozo do teu senhor”.

“O reino de Deus será como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens.   A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu.  Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco.  Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois.  Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’  O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’  Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: ‘Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor”.

Hoje desafio-te meditar na parábola dos talentos duma forma diferente daquela a que habitualmente você tem o costume de ler.

Deixe que o nosso Deus e Pai celestial e também Criador do Universo, tenha a primazia em suas vidas; sejam gratos a Deus por tudo e por todas as portas que Ele tem aberto para a pregação do evangelho através de sua vida.

Seja grato a Deus por tudo o que já tens tido a oportunidade de realizar em favor da obra de Deus e do Seu Reino celestial.

Não acredito que você não tenha realizado durante a sua vida ministerial, inúmeros gestos de amor, de paz, de construção de boas idéias em favor de terceiros para ajudá-los. Dirás que podias ter feito muito mais, que falhaste muitas vezes “por atos, por palavras, por obras e por omissões ou por ações”, mas não se trata disso. Repare que o servo que recebeu cinco talentos rendeu outros cinco. Poderia ter rendido dez ou vinte talentos. Mas o Senhor aplaude-o, mesmo assim, por ter multiplicado cem por cento. De igual modo em relação ao que recebeu dois e rendeu outros dois. O elogio é igual. Percebamos que, ao nosso Pai celestial, o que importa é o caminho que fazemos na arte de amar e obedecer a Sua ordem, não a nossa aparente perfeição.

Então abra bem os ouvidos e os olhos receba a palavra do Senhor Jesus para você.

“Muito bem, servo bom e fiel”. Precisamos que nos elogiem, que nos valorizem tanto assim? Às vezes mendigamos mesmo o elogio, ou zangamo-nos, quando não somos valorizados.

Então, aproveita agora. É o próprio Deus através de Jesus Cristo que está dizendo estas palavras elogiosas para você que lutou para ser fiel. Ele te ama mesmo com as tuas limitações, mas também as tuas grandezas. “Muito bem, servo bom e fiel”.

Deixa que o Senhor faça passar diante de ti todo o bem que tens feito e ouça mais uma vez: “Muito bem, servo bom e fiel”.

Assim, valorizado e elogiado é natural que te entusiasmes com o que Ele diz a seguir: “Foste fiel no pouco, sobre muito te colocarei".

Que maravilha que Deus acredita em nós. Ele confia em nossas vidas. Ele diz: “,muito te confiarei".

O que é que o nosso querido Pai celestial deseja confiar a nós no dia de hoje? Já sabemos que não amamos perfeitamente, como Ele e o Seu Filho Jesus Cristo nos amou. Finalmente, peço que deixes ecoar em ti o convite do Pai celestial: “Entra no gozo do teu senhor”.

Em Mateus 25.41-45, encontramos a palavra final para os enganadores e trapaceiros que atuam na obra de Deus.

41.  Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;

42.  Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;

43.   Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.

44. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

45. Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.    
46. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 24 de julho de 2023

A IDOLATRIA E O CULTO DE DEMÔNIOS

A IDOLATRIA E O CULTO DE DEMÔNIOS

 

A idolatria é um culto aos demônios.

 

A natureza real da idolatria reside em alguns fatos que devemos analisar com cuidado e vigilância.

(1) A Bíblia diz que o ídolo em si nada é. É um mero pedaço de madeira ou pedra, ouro e ou metais preciosos, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder têm;

(2) Por trás de toda idolatria, há demônios, seres sobrenaturais controlados pelo diabo (Deut 32:17; Sl 106:36-37);

(3) A correlação entre a idolatria e os demônios se vê entre práticas pagãs e magia negra, leitura da sorte, feitiçaria, bruxaria e coisas afins.

(4) O Novo Testamento fala que a avareza é também uma forma de idolatria. (Cl.3:5). Embora  os avarentos, não adorem ídolos de madeira, pedra e etc, adoram demônios da cobiça e de desejos maus; são idólatras pois amam ao dinheiro e bens materiais mais do que a Deus e não conseguem amar a Deus em primeiro lugar nem ajudar, e nem amar o próximo como a si mesmo.

(5) Quando dedicamos nosso amor a outra coisa ou ser que não seja Deus, como o emprego, cursos ou pessoas, tudo que tome o centro de nossa vida torna-se um ídolo. (1 João 5:21). Alguns cristãos acham que não são idólatras, mas estão tão apegados a umas coisas que são incapazes de renunciar por amor ao Senhor Jesus e a Sua obra.      

Os pagãos nos dias de Paulo não sabiam quem era o verdadeiro Deus, (Atos 17:23). Eles acreditavam em demônios ou espíritos criados, inferior ao Deus desconhecido,  (At 14:11-18), algumas boas e outras ruins. Eles procuraram apaziguar o mal por meio do sacrifícios. Expressavam sua ignorância da idolatria, cultuando as imagens de esculturas feitas por eles mesmos. (Romanos 1:18-23, Atos. 14:15, 17:23, Jo. 04:22, 1 Ts. 1:9).

O Novo Testamento descreve muito bem a atuação dos demônios que são espíritos malignos e os anjos de Satanás, (2 Coríntios. 11:15).

O apóstolo Paulo dizia, eu não quero que vocês sejam parceiros dos demônios. Participar da adoração de ídolos é participar indiretamente com os próprios demônios; porque por trás da adoração de ídolos está a realidade da adoração dos demônios e de Satanás, o mesmo ser que inspirou a idolatria.

Embora a intenção não seja cultos a demônios, como são o efeito e o significado dos ídolos serem adorados? Tem alguma coisa por trás disso ou não tem?

Isto prova que a pessoa pode estar em pecado, sem ter intenção de entrar no que é pecaminoso. Os coríntios participando no culto dos ídolos tinha comunhão com os demônios sem saber. Sua ignorância vai pedir desculpas, vai pedir perdão a Deus pelo pecado da adoração aos demônios que estão por trás dos ídolos? É pecado adorar imagens de ídolos religiosos?   

É pecado adorar ídolos mesmo sabendo que os ídolos não foram feitos com a intenção de gerar pecado? Satanás escurece a mente dos homens para que não vejam o pecado que tão de perto os rodeia. (Col. 1:13, Ef. 4:18, Ef. 6:12, Rm. 01:21, 11:10, 1 Jo. 2:11).

1 Coríntios 10:21 - Não podeis beber ao mesmo tempo uma taça (o cálice) do Senhor e uma taça (o cálice) dos demônios; não podeis participar, ao mesmo tempo, da mesa do Senhor e da dos demônios. Quanto ao "beber" verbo, o texto grego usa o infinitivo beber, sendo continuamente presentes e participantes, é ação habitual. É moralmente impossível estar em comunhão com o Senhor Jesus Cristo e os demônios de Satanás de uma só vez, ao mesmo tempo. Pela simples razão de que Deus e Satanás são dois grandes inimigos. (Ap 17:13,14). Jesus disse a mesma coisa em Mt-6:24;12:30 e não há neutralidade. Veja 2 Coríntios. 06:14 e 07:01. O cristão é Cristão porque serve a Cristo, é servo do Senhor Jesus Cristo, (3:23), e não vive pecando como um demônio, antes de sua conversão, (Rm 6:16-18). Embora, naturalmente, você possa tentar servir a dois senhores mas o resultado oposto é impossível de alcançar. Ou você serve a um e despreza ou outro, ou vice-versa.

As duas frases, "beber o cálice" e "participar da mesa", declara a mesma verdade. O presente usual para "propor um brinde" ou "bebida de saúde" de alguns, tem suas raízes na prática pagã de fazer uma libação de vinho para a honra de um ídolo, às vezes seguido de uma oração a Deus, e depois o vinho era tomado pelos adoradores. Entenda o quê é uma libação: É uma oferta de líquidos, em geral de vinho ou de azeite, derramados em sacrifício de dedicação a Deus; era derramada apenas uma parte junto com a oferta de manjares, das ofertas regulares apresentadas todos os dias (Êx 29.38-41). No NT, simboliza aquele que derrama a vida pela causa de Cristo (Fp 2.17).

O Cristão que não vigiava zombava de Deus e iria "beber o cálice dos demônios" durante a semana, e depois "beber o cálice do Senhor no domingo na assembleia da igreja, ou durante a semana para comer a carne trazida do altar do ídolo para o banquete domingo e depois comer a Ceia do Senhor. Lembre-se de Deus não se zomba, (Gálatas 6:7), tudo o que o homem semear isso mesmo colherá.

1 Coríntios 10:22 – Ou por acaso estaríamos querendo provocar o ciúme do Senhor? O marido se irrita com ciúme quando sua esposa se junta com outro homem. No Antigo Testamento foi usada esta figura no caso de Israel, quando se praticava a idolatria, isto é, quando Israel participou de atos de adoração de falsos deuses, dando aos outros a lealdade que devia ao seu marido, Deus. Dt-32:21. Deus é zeloso, (Êxodo 20:5, 34:11-17) e zela por sua palavra e por seu povo.

Somos nós mais fortes do que ele, para provocarmos ciúmes, Deus vai punir os infiéis. Agora o homem que pensar que é mais forte do que Deus se esquece que Deus é o criador de tudo e de todos.

O ser humano pode pensar em ser mais forte e indestrutível para evitar qualquer punição procedente de Deus?

Se não, então é dever do cristão não incitar a ira e a cólera de Deus sobre sua vida. Os Cristãos de Corinto estavam em desacordo com a fé cristã e correndo este risco em matéria de comer coisas sacrificadas aos ídolos nos momentos de adoração.

A Bíblia proíbe o cristão de participar da mesa do Senhor e do cálice dos demônios, (1Co 10.20,21). Tal duplicidade religiosa leva o seu praticante ao pecado, à mentira, à falsidade, à idolatria, pois não há qualquer associação entre luz e trevas, verdade e mentira, entre o Senhor e Satanás. Não há meio termo na fé Cristã e na doutrina (Mt 5.3 7; 6.24; Sl 119.113). Não existe verdade no erro, e nem erro na verdade, porque ambos se anulam mutuamente. Assim também, não há nada de sagrado no profano e no profano não há nada de sagrado.

Enquanto caminhamos em direção a Canaã celestial onde nos é prometido “descanso eterno”, o escritor aos Hebreus nos exorta: “temamos, portanto, que, sendo-nos deixados a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que alguns de vocês tenha falhado”. (Hebreus 4:1). Só porque desfrutamos ricas bênçãos em Cristo não garantimos que receberemos o “descanso eterno” reservado aos fiéis na glória celestial.

Infelizmente, muitos cristãos ignoram as lições do passado e cometem os mesmos pecados que levaram até nações e reis de Israel à derrotas vergonhosas.  Hoje, apesar das bênçãos de Deus serem derramadas abundantemente, nós estamos vendo a igreja do Senhor Jesus, através de seus líderes, tentamos fazer uma concessão nos nossos esforços ao tentarmos andar junto com o mundo e aprovarmos as coisas que são “socialmente” aceitáveis segundo um novo padrão teológico que criaram para dar vazão à carnalidade e à pecaminosidade sem precedentes, onde o vale tudo em nome da tal “felicidade” está imperando em detrimento da santificação ao Senhor.

A fornicação, o adultério, a traição, a rejeição, teem sido, com muita frequência, descobertos e tolerados na igreja,  (veja 1 Coríntios 5:4-13; Gálatas 5:19). Será que o que era pecado, deixou de ser pecado? Pecados são considerados como pecado de acordo com quem pecou? De acordo com o que as pessoas possuem,  de acordo com os diplomas de quem pecou, de acordo com o quanto a pessoa contribui para a igreja? Já não se observa mais a fidelidade e a intimidade das pessoas com o Espírito Santo de Deus, mas sim o quanto as pessoas são “importantes financeira, politicamente e socialmente” neste mundo moderno.

Nós tentamos a Deus quando colocamos em questão a necessidade de ministrar a “doutrina de Cristo” de qualquer jeito ou de simplesmente não ministrar as doutrinas de Cristo para termos uma plena comunhão com Jesus. (2 João 9-11). 

Tentamos torná-lo num deus que aceita tudo e não condena nada, que ajunta-se com todo tipo de crença e aqueles que a ensinam. Nós murmuramos e reclamamos quando sofremos, assim falhando em dar lugar à disciplina de Deus, (Hebreus 12:4-13; Apocalipse 3:19). Pensamos que a única maneira de adorar a um ídolo é colocar uma imagem de pedra ou metal precioso e nos inclinar diante dele. Mas na verdade, idolatria é colocar em nossas vidas outras coisas antes de Deus, (Mateus 6:33). Como são os pensamentos de um homem tolo (Isaías 55:8-9) quando ele procura justificar sua idolatria. (2 Crônicas 25:15; 28:22-23).

Nós não temos que cair no erro porque outras pessoas caíram. Paulo escreveu aos coríntios: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia. Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentativa, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”. (1 Coríntios 10:12-13).

Nossas tentações sempre têm uma saída. A fidelidade a Deus é necessária e é possível. “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos”. (Hebreus 2:1). Vamos nos esforçar para não cair como Israel, mas pela graça de Deus e pela força de Cristo, vamos aprender que disciplina e domínio próprio podem ser usados ​​para superar, com sucesso, as investidas de Satanás e do o mundo contra nossas vidas.

Não abra as portas do seu coração para a idolatria e, se abrir, consequentemente, estarás caindo no pecado da idolatria. Quando Deus diz em Sua palavra que não devemos adorar imagens de escultura, por mais que essas coisas tenham inspiração no céu, se é contrário à palavra de Deus sabemos que quem está por detrás dos ídolos tangíveis e intangíveis é o próprio Satanás.

 Diz a palavra de Deus: “Não terás outros deuses diante de Mim”. (Êxodo 20:3). Não é só negando a existência de Deus, ou prostrando-se ante ídolos de madeira ou pedra, de barro ou de metais preciosos que se pode transgredir esse primeiro dos mandamentos. Por muitos que professam ser seguidores de Cristo, os princípios desse mandamento são infringidos; mas o Senhor do Céu não os reconhece como filhos Seus, aqueles que abrigam no coração qualquer objeto que tome o lugar que unicamente a Deus deve pertencer. Em muitos domina a satisfação do apetite, ao passo que outros dão o primeiro lugar ao vestuário e ao amor do mundo.

“Deus nos deu nesta vida muitas coisas a que dedicar nossas afeições; quando, porém, levamos ao excesso aquilo que em si mesmo é legítimo, tornamo-nos idólatras.

Qualquer coisa que separe de Deus as nossas afeições e diminua nosso interesse nas coisas de Deus, é um ídolo. Os que empregam o precioso tempo concedido por Deus, tempo que foi adquirido por alto preço, em embelezar seu lar para ostentação, ou em seguir as modas e costumes do mundo, esses não só roubam de sua própria vida o alimento espiritual, como também deixam de dar a Deus a glória que Lhe é devida. O tempo assim gasto na satisfação de desejos egoístas, luxúrias, vaidades excessivas poderia ser empregado na obtenção de conhecimentos da Palavra de Deus, no cultivo de talentos e dons espirituais, para rendermos serviço inteligente ao nosso Criador. Deus não participará de um coração dividido. Se o mundo absorve nossa atenção mais do que as coisas de Deus,  então não pode Deus reinar em nós. Se isto diminui nossa devoção a Deus, é então idolatria aos Seus olhos e devemos nos posicionar com amor para com as coisas de Deus.

O Novo Testamento descreve de maneira bem específica que o confronto com Satanás ou “diábolos” é frequente no ministério de Jesus. Logo após o batismo, Jesus se retira para o deserto para jejuar e orar, preparando-se para cumprir com seu ministério; ali Jesus é tentado pelo diabo, (Mt.4.1-11). O objetivo da tentação era provocar Jesus para que Ele atendesse aos apelos do tentador  e assim abandonasse o Plano de Deus.

Temos que levar em conta que Jesus não foi tentado apenas neste seu momento no deserto. Durante sua vida e ministério a tentação sempre esteve presente. Em João 6.15 a multidão quer aclamá-lo rei; em Mateus 16.1 os fariseus e saduceus pedem um sinal; em Lucas 11.16 a multidão também pedia um sinal; em Marcos 8.32 Pedro repreende Jesus depois de ter anunciado sua morte na cruz; em João 18.10, por ocasião da prisão de Jesus, Pedro usa a espada para impedir sua prisão; em Mateus 26.27-28 os soldados cuspiram em Jesus e bateram-no desafiando Jesus a descer da cruz e em Mateus 27.40 um dos ladrões na cruz desafia Jesus. Estes que tentavam a Jesus não tinham nenhum compromisso com sua mensagem e com o Reino de Deus. As tentações de Jesus nos apontam as três principais áreas em que os cristãos são tentados pelo diabo.

1) Necessidade física, de subsistência, que todos têm. Ele sabia que Jesus, depois de tantos dias em jejum, tinha fome. Então propôs que transformasse as pedras em pão. Jesus afirma que não só de pão vivemos, mas da palavra que vem da boca de Deus;

2) Necessidade de sustento para nossa alma, nossas carências emocionais internas. Jesus estava só. Muitos, em solidão, necessitam de alguém que tenha interesse por eles, que cuide deles; foi nisso que o diabo tentou e Jesus respondeu: "Não tentarás o Senhor teu Deus". Em Deus podemos esperar, confiar, por mais solitários que estejamos;

3) Necessidade de ter coisas para a nossa vida, como roupa, casa, saúde, dinheiro suficiente para a sobrevivência, emprego; então em cima disto vem a tentação da cobiça de ter cada vez mais, não importando os meios. Na tentação Jesus ouviu esta proposta: "Te darei todos os reinos e suas riquezas, se prostrado me adorares". Jesus o repreendeu e o expulsou, dizendo: "Está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto”.

Jesus ensinou o caminho para que seus discípulos resistissem a tais tentações.

1) "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito na verdade está pronto, mas a carne é fraca", (Mt). 26.41). Sem uma vida de oração e vigilância espiritual o cristão se torna presa fácil nas mãos do tentador. Pedro advertiu: "O diabo, nosso adversário, anda em derredor como leão que ruge, procurando alguém para devorar" “ ou para tragar". (1Pe 5.8);

2) "Jesus foi guiado pelo Espírito Santo ao deserto”. Não é possível vencer o adversário na força da carne. O diabo é espírito e deve ser vencido pela força e discernimento do Espírito Santo em nós; foi assim com Jesus e deve ser assim conosco;

3) "Jesus, porém, respondeu: Está escrito". Jesus usou, sempre, neste confronto as Escrituras Sagradas, a Bíblia. A Bíblia é uma arma do crente no seu confronto com a tentação posta pelo diabo. Devemos ter cuidado e discernimento, pois uma das estratégias de Satanás é trazer descrédito à autoridade da Bíblia, porque ele sabe que dela vem conselho e força de Deus. Em todas as reformas em Israel, a redescoberta da Palavra de Deus foi instrumento básico (2Cr 34.14-21); o mesmo aconteceu com a reforma liderada por Martinho Lutero;

4) "esta casta (de demônios) não se expele senão com oração e jejum". (Mc 9.29). Esta expressão aponta uma ação de ataque às cidadelas do diabo na vida de pessoas. Neste tipo de confronto, o cristão precisa de uma preparação espiritual, onde entra a oração e o jejum e a disciplina espiritual.

Como vencer os ataques de Satanás.

1)      Não se vence os ataques do diabo com amuletos, ídolos e rezas. É muito frequente a influência mística cristã, onde se pratica o exorcismo com objetos, ídolos e rezas mágicas. Estas práticas são totalmente sem fundamento bíblico, e procedem de religiões pagãs. Assim também, o uso da Bíblia na cabeça do endemoniado, ou a Bíblia aberta nos cômodos da casa, por si só não produzem efeito algum; o mesmo se dá em relação à cruz, tão usada em filmes de vampiros e demônios, não possuem poder nenhum por si mesmas. Rezas repetidas também carecem de eficácia em si mesmas. Esses ataques só se vencem pela fé em Jesus Cristo.

2) A Bíblia recomenda que resistamos ao diabo e ele fugirá de nós. (Tg 4.7). Esta resistência é um ato de perseverar na fé redentora em Cristo Jesus, que veio com poder para destruir as obras do maligno. O diabo é espírito maligno que não pode ser vencido por nossa força carnal, mas sim pela força e poder do Espírito Santo de Deus que opera em nós e através de nós. Nossa fé em Cristo, nossa vida verdadeira, íntegra e santa é algo que o diabo não pode enfrentar. Basta fé, unção do Espírito Santo de Deus, coragem para enfrentar o diabo, e ele fugirá de nós. Devemos lembrar que Jesus conferiu essa mesma autoridade sobre espíritos malignos aos seus discípulos. (Mt 10.1; Lc 10.17).

3) Nunca e sob hipótese alguma, podemos permitir que o diabo, ao atormentar uma pessoa, interrompa nosso culto a Deus. Havendo uma manifestação, não deixemos que isto vire um show e atrapalhe o culto que é devido a Deus. Imediatamente, irmãos e irmãs fiéis e idôneos devem retirar a pessoa oprimida ou possessa para um lugar reservado, ajudá-la a libertar-se da opressão e tratá-la com todo amor e carinho. Enquanto isso, o culto deve prosseguir normalmente, valorizando-se a ação da Graça e do Espírito Santo de Deus e não a experiência de opressão maligna.

4) Devemos distinguir, através do dom do discernimento de espíritos, se a manifestação, realmente e de fato é uma possessão demoníaca, pois há diversas enfermidades psíquicas que produzem reações que podem ser confundidas como possessão demoníaca. Tal confusão pode ser altamente danosa para a pessoa atingida. Devemos ser humildes e reconhecer que algumas pessoas precisam de acompanhamento profissional de um psicólogo ou psiquiatra. Nesses casos precisamos reconhecer também que existem paralelamente necessidades espirituais, e estas devem ser tratadas pelo pastor ou pastora em aconselhamento pastoral.

5) Devemos confirmar com todas as pessoas que a vitória sobre as forças do diabo se dá através de uma contínua confissão de pecados e compromisso com Jesus e o Evangelho do Reino de Deus. Todos os espíritos malignos são expulsos em nome de Jesus. Jesus foi quem venceu o maligno derramando seu sangue puro e carmesim até a gota na cruz do calvário para nos salvar, para nos libertar de todos os males.  

O apóstolo João nos dá esta orientação, "Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo, todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão". (1 Jo 3.7-10).

6) Textos para ler e meditar sobre estes assuntos: Mt 8.28- 34; Mt 9.32-34; Mt 10.1; Mt 12.22-32; Mt 12.43-45; Mt 17.14-21; Mc 1.21- 28; Mc 1.32-34; Mc 3.7-12; Mc 9.24-29; At 13.4-12; At 19.13-17; 2Co 10.3-5; Ef 2.1-3; Ef 6.11-18.

Em que áreas da vida Jesus foi tentado pelo diabo? Quais recursos Jesus utilizou para vencer as tentações do diabo? Quais as maneiras pelas quais o diabo atua?

Queremos lembrar que a missão principal da igreja é fazer discípulos de Jesus Cristo. O trabalho de libertação da opressão e possessão demoníacas deve ser visto sempre a partir dessa perspectiva. Devemos permitir que a pessoa possa fazer uma opção consciente pela fé em Jesus Cristo e o aceite como Salvador e Senhor de sua vida, e se envolva no projeto do Reino de Deus. Essa tarefa, ou qualquer outra que fazemos em nome de Jesus, não pode ser realizada com nossa própria força ou por nossas mãos ou sem discernimento espiritual, porque diz a palavra de Deus que devemos fazer a Sua obra não por  força e nem por violência.

Assim, oramos para que o Espírito Santo de Deus continue capacitando os irmãos e irmãs para o exercício dos ministérios que Deus tem confiado a cada um e cada uma.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

ALGUNS MOTIVOS PARA NÃO SE ADORAR IMAGENS DE ESCULTURA

ALGUNS MOTIVOS PARA NÃO SE ADORAR IMAGENS DE ESCULTURA.


É pecado adorar imagens de escultura? Já tivemos exemplos de ver muitos católicos e adoradores e veneradores de imagens de diversas religiões  se amparando em Êxodo 25.18; 26.1;1 Reis 6.23; 8.7; Hebreus 9.5; Números 21.8,9, enquanto “veneravam” os seus “santos” e dizendo que não é pecado. A verdade é que estes versículos registram que Deus mandou fazer dois querubins de ouro puro que é uma categoria de anjos, bem como uma cobra de metal. Mas eles precisam saber que realmente não é pecado fazer imagens de escultura. Pecado é prostrar ante seus pés para pedir algo aos “santos” por elas “representados”. Há, pelo menos, três provas bíblicas de que as coisas sãos assim:

1) Embora seja verdade que em Nm 21.8-9 possamos ler que Deus mandou fazer uma cobra de bronze, não podemos esquecer que em 2 Reis 18.4, está escrito: “Ele destruiu os altos, esmigalhou as estátuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés tinha fabricado, porque os filhos de Israel até então lhe haviam queimado incenso e a chamou Nohestan”  na versão católica Figueiredo e “Neustan” na versão Evangélica. A interpretação é que os israelitas idolatraram a estátua que Deus mandara fabricar, razão pela qual, o fervoroso e zeloso servo de Deus, que foi o Rei Ezequias, a fez em pedaços. Ora, o fato de a Bíblia não nos ensinar a rezar aos mortos (chamados de santos), somado a outro fato igualmente relevante de que essa prática se inspira no paganismo, é motivo mais que suficiente para rejeitarmos isso. Imitemos o Rei Ezequias. Mesmo como que entre parênteses, não podemos deixar de fazer constar que, por dizer Jesus que “E do modo porque Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nEle crer tenha a vida eterna”, (João 3.14-15), nos leva a crer que a serpente hasteada por Moisés tipificava a crucificação de Cristo. E a cura miraculosa que se dava ao simples gesto de olhar a serpente levantada no deserto, (Números 21.8,9), fala da simplicidade da salvação em Cristo, por meio da fé (Efésios 2.8), sem o auxílio das obras (Efésios 2.9), embora seja para as obras (Efésios 2.10). Como está escrito: “Olhai para mim, e sede salvos, vós, todos os termos da terra; porque Eu sou Deus e não há outro”. (Isaías 45.22).

2) O que nos leva a crer que o Catolicismo é um sistema idolátrico, não é apenas o fato de os católicos se ajoelharem diante dos seus “santos beatificados ou não” de suas “imagens” para adorá-los, (se bem que só isso bastaria), mas também o fato de rezarem a esses “santos”. Assim os católicos seriam idólatras ainda que não usasse uma só estátua. Os católicos só deixarão de ser idólatras quando orarem como o povo de Deus tem orado através dos séculos: direto a Deus e exclusivamente a Deus, (Mateus 6.9-13; Atos 1.24-25; 7.59-60; 4,24-30; 2 Coríntios 12.8; Apocalipse 22.20; João 15.16; 14.14; Gênesis 4.26; 18.23-32; 24.12-14; 25.21; 28.20-22; Juízes 16.28, etc.)

3) Realmente não se pode negar que Deus mandou confeccionar imagens de escultura, mas também é inegável que Ele proibiu essa prática em Êx 20.4. Certamente este aparente paradoxo se explica informando que Deus não se opõe ao uso de imagens, contanto que tais estátuas não sejam imagens dos deuses e usadas nos cultos e celebrações às divindades pagãs. Neste caso devem ser rejeitadas e desdenhadas (Sl 115 versões protestantes), e não adaptadas ao culto cristão, como a Igreja Católica vem fazendo desde o quarto século da Era Cristã, arranjando um “santo” para cada coisa e para cada dia, prostrando aos pés das suas imagens para suplicar bênçãos, os católicos não estão repudiando o paganismo, e sim, ajustando-o ao Cristianismo. E só não seria assim se eles pudessem mostrar na Bíblia que os profetas, Jesus e os apóstolos ensinaram e praticaram idolatria e súplicas aos ídolos deles.

O que a Bíblia diz sobre adorar imagens de santos? A Bíblia diz que imagens são coisas mortas e que não devemos adorar e nem prestar cultos a elas. As imagens de esculturas estão muitas vezes associadas a idolatria e esta adoração de coisas que não são de Deus e como Deus nos ensinou, é pecado. Deus não se agrada dessas coisas, é uma abominação adorar imagens de esculturas porque devemos adorar somente a Deus.

O Segundo Mandamento deixa claro que é errado fazer imagens para adorar, ou prostrar-se diante de imagens, (Êxodo 20:4-5). Isso é idolatria, só Deus é digno de adoração, mais ninguém. Imagens não têm poder algum porque são coisas mortas, criadas por pessoas. Não trazem sorte nem abrigam um deus, (Jeremias 10:5).

O apóstolo Paulo dá grandes ensinamentos sobre o que é a idolatria e o culto de demônios. 1 Coríntios 10:14-33.

A idolatria e o culto de demônios, 1 Coríntios 10:14-33. (leia o texto todo).

14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 

15 Falo como a sábios; julgai vós mesmos o que digo. 

16 Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? 

17 Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão. 

18 Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são, porventura, participantes do altar? 

19 Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? 

20 Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios. 

21 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 

Imagens que não são de idolatria são permitidas na Bíblia para embelezar lugares, para lembrar de seus ente queridos ou lugares visitados por você ou lugares turísticos. No templo havia imagens de flores e frutas para decoração. No Santo dos Santos e na Arca da Aliança havia imagens de querubins, para lembrar que esse era um lugar sagrado, mas não para serem adorados. (1 Reis 6:27-29).

Quando o povo no deserto estava morrendo de picadas de cobras, Deus mandou Moisés fazer uma serpente de bronze. Todo o que olhasse para ela seria curado. Não era preciso adorá-la nem sequer orar para ela, a recomendação de Deus era só para olhar e ficariam curados. (Números 21:8-9). Mas quando o povo começou a adorar a estátua, o rei Ezequias a destruiu, porque se tinha tornado idolatria. (2 Reis 18:4).

Por que Deus proibiu imagens e depois mandou fazer querubins?

Deus disse: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não adorarás, nem darás culto a elas; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso”, (Êxodo 20:4-5). Mas depois Ele disse: “Farás dois querubins de ouro, de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório”, (Êxodo 25:18); será que Deus se contradiz ao mandar fazer os querubins de ouro nas duas extremidades do propiciatório? Claro que não. Era apenas para embelezar aquele objeto que faria parte do templo dali por diante.

Embora estas instruções específicas façam parte da lei dada aos sacerdotes, Deus também condena a adoração de imagens por qualquer pessoa ou povo, judeus ou gentio. No Antigo Testamento, ele castigou várias nações por suas práticas de adorar imagens e criaturas, ao invés de servirem ao único Deus Criador de todas as coisas. Jeremias comunicou a sentença de Deus contra a Babilônia: “Portanto, eis que vêm dias, em que castigarei as imagens de escultura da Babilônia, toda a sua terra será envergonhada, e todos os seus cairão traspassados ​​no meio dela”, (Jeremias 51:47, Isaías 21:9). O Egito, também, foi condenado por sua idolatria: “Assim diz o SENHOR Deus: Também destruirei os ídolos e darei cabo das imagens em Mênfis. Assim, executei o juízo no Egito, e saberão que Eu sou o SENHOR”. ( Ezequiel 30:13,19).

Mas os querubins, feitos por ordem de Deus, não foram objetos de adoração? Claro que não. Deus não mandou adorá-los. Eles simplesmente representavam criaturas que serviam a Deus, sempre próximos ao trono do Senhor. O propiciatório, que ficava em cima da arca da aliança, representava o trono de Deus. Os querubins serviam para lembrar o sumo sacerdote, quando entrava no Santo dos Santos, que esta sala do tabernáculo representava a presença de Deus. Mas jamais permitia a adoração aos próprios querubins.

Desta maneira, podemos fazer uma distinção importante hoje. Um desenho ou imagem de uma pessoa, até, talvez, a representação de um apóstolo, profeta ou outro personagem bíblico, pode servir para nos lembrar da mensagem da Bíblia e do procedimento daquele servo, e assim reforçar a nossa santificação a Deus. 

Este uso de representações gráficas não fere os princípios bíblicos. Por outro lado, a veneração destas imagens, usando estas representações como objetos de culto ou de honra espiritual, aí sim é  uma desobediência aos princípios revelados pelo Senhor. Deus nunca autorizou a adoração ou veneração de santos, apóstolos, anjos ou imagens representando quaisquer criaturas celestiais ou terrestres. No Novo Testamento, Paulo disse: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria”, (1 Coríntios 10:14).

Jesus nos ensinou que devemos adorar única, exclusivamente e somente a Deus.  Então disse Jesus a satanás ao ser tentado: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás”. (Mateus 4:10). Nós temos o dever e o cuidado de adorar somente a Deus. Antes de qualquer coisa, devemos cultuar somente ao Senhor Deus. Não devemos servir a outros deuses ou colocar quaisquer coisas no lugar de Deus. Essa foi a resposta de Jesus Cristo para a terceira tentação de Satanás feita a Ele. Satanás queria que, apenas por uma vez, Jesus Cristo se prostrasse e o adorasse, prometendo lhe dar tudo. Porém, Jesus Cristo lembrou que somente Deus é digno de adoração. Quando Ele fez isso estava nos dizendo que não devemos colocar nada no lugar de Deus. Embora possamos receber recompensas para agir como o mundo, quando decidimos ser fiéis estamos honrando a Deus e seremos recompensados por Deus por nossa fidelidade a Ele. Existem muitas formas de idolatria que podem nos levar a pecar e é preciso ter muito cuidado.

A Bíblia nos ensina que só Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, são dignos de toda a nossa adoração. A Trindade de Deus é única e Deus merece toda a adoração.

Jesus merece toda a nossa  consideração e adoração, Ele morreu na cruz do calvário para nos salvar. Desde o nascimento de Jesus, os homens têm se dividido sobre a questão da constituição dEle. 

Hoje, a grande maioria das pessoas que dizem ser cristãos adoram a Jesus como um ser divino mandado por Deus para salvar os perdidos pecadores. Outros, como os chamados Testemunhas de Jeová, por exemplo, negam a definição dele e ensinam que não devemos adorá-lo, não o reconhecem como aquele que veio de Deus para cumprir a palavra profética de Deus aos homens em Gênesis 3.15. Geralmente esta religião ou heresia assim como tantas outras, consideram Jesus como qualquer outro líder religioso  e personagem das histórias seculares como Buda, como Maomé, como Confúcio e tantos outros. Porém nenhum deles ressuscitou, o túmulo de Jesus está vazio e lá dentro está escrito em vários idiomas: “Jesus não está aqui, porque Ele ressuscitou”. Quanto aos outros os seus adoradores fazem uma verdadeira romaria em seus túmulos lacrados onde estão restos mortais deles. O próprio Senhor Jesus ensinou que a exclusividade da adoração pertence unicamente a Deus o Pai. Quando foi tentado pelo diabo, Jesus desistiu de ceder àquela provocação do diabo dizendo: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto". (Mateus 4:10).

Criaturas são seres criados por Deus ou pelos homens e a sua adoração  não agradam a Deus, porque é pecado diante de Deus o criador de tudo e de todos. Paulo fala de pessoas que "mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura no lugar do Criador", (Romanos 1:25). 

Homens bons rejeitaram a aceitação dos outros, (Atos 10:25-26; 14:11-18). Anjos, também, não podem receber adoração, por mais privilegiados que sejam,  (Apocalipse 22:8-9). Jesus recebeu e recebe o carinho e a honra das pessoas que o adoram em espírito e em verdade. Repetidas vezes Jesus permitia que os homens o adorassem, (Mateus 15:25; 28:17; João 9:38). 

Como podemos explicar esse fato? São várias as possibilidades que os homens têm sugerido para que Jesus tenha sido adorado no Seu ministério terreno.

Alguns alegam que Jesus era blasfemo e depois o aceitaram e passaram da dar-Lhe o louvor que ele merecia. 

Esta foi uma das conclusões dos judeus que o mataram, mas tudo que o Pai fez para confirmar a palavra de Jesus mostra que eles rejeitaram o Ungido de Deus. (Atos 2:32-36).

Outros acreditavam que Jesus era louco, e se enganou com ilusões para enganar o povo. Até os próprios pais e os irmãos de Jesus chegaram a essa conclusão, antes de ver a evidência convincente da veracidade das suas afirmações de que Ele era Jesus Cristo o Messias, o prometido de Deus para salvar a todos os que crescem nEle. (Marcos 3:21,31-35). Mas, pelas poderosas provas que Ele deu, seus irmãos se tornaram discípulos, (Atos 1:14). Todos que acreditam na Bíblia como a palavra de Deus entendem que Jesus é Cristo vindo da parte de Deus. Sendo Deus, ele merece ser adorado como tal.

Podemos tirar todas as dúvidas sobre esse assunto pelo estudo de Hebreus, capítulo 1. Esse capítulo mostra a posição exaltada de Jesus como Herdeiro, Criador, Expressão exata do ser de Deus, Sustentador da criação, purificador de pecados, perdoador e Salvador. O texto bíblico  afirma que Jesus é o Filho de Deus e é superior aos anjos. Neste contexto, o Pai ordenou que os anjos adorassem o Seu Unigênito  Filho. (Hebreus 1:6). Até as mais antigas edições das Escrituras refletem o sentido correto desta ordem de Deus: "Mas, ao trazer novamente o seu Primogênito à terra habitada, e todos os anjos de Deus o adorem”.

Qualquer pessoa que recusa a adorar a Jesus desobedece a Deus. Por isso devemos ter compromisso de adoração a Deus em espírito e em verdade.

Deus abençoe você e sua família.

Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.