OS VALENTES DE DAVI E A GUERRA QUE ELE PERDEU
PARA SI MESMO.
Os valentes de Davi com a graça de Deus
ajudaram o rei Davi a ganhar todas as guerras, porém a única guerra que ele
perdeu foi para si mesmo.
Quem foi Davi.
Davi foi um guerreiro, profeta e rei do povo
de Israel. Reinou durante quarenta anos, entre 1006 e 966 a. C., e conseguiu
lançar as bases para a formação de um verdadeiro Estado hebraico. Na juventude,
na guerra contra os filisteus, matou o gigante Golias.
Davi nasceu em Belém, na Judeia,
provavelmente em 1040 a. C. Era o oitavo filho de Jessé, o belemita,
descendente do povo hebreu que se estabeleceu na região da antiga Palestina, às
margens do rio Jordão. As principais informações sobre Davi são provenientes da
Bíblia, dos livros 1° e 2° de Samuel, que tratam dos acontecimentos que se
situam entre os anos 1040 e 971 a. C.
Depois da morte de Golias, o rei Saul nomeou
Davi como chefe dos homens de guerra. Ele era estimado por toda a tropa e
também pelos ministros de Saul. A inveja tomou conta de Saul, que por várias
vezes tentou matar Davi, embora este tivesse sido prometido à sua filha
Mical e fosse amigo de seu filho Jônatas.
Sem ter outra saída, Davi refugiou-se na
terra dos filisteus levando duas mulheres: Aquinoam e Abigail. Na batalha
de Gilboa, Saul perde a vida juntamente com seu filho Jônatas. (cerca de
1010 a. C.).
O Reinado de Davi.
Com a morte do rei Saul, Davi retornou a
Judá para sua tribo de origem quando foi proclamado rei de
Israel.
Ao mesmo tempo, as tribos remanescentes
elegeram rei o outro filho de Saul, Isbaal. Na guerra que se seguiu,
Isbaal foi morto e Davi tornou-se rei de Israel.
Para coroar de louros sua vitória, Davi
resolveu conquistar a fortaleza de Jerusalém situada na montanha central
do país e há séculos no poder dos jebuseus. No ano 1 000 a. C. Davi
apossou-se de Jerusalém e a transformou na capital de seu reino e para lá
transferiu a Arca da Aliança.
Davi conquistou também as últimas
cidades cananeias e submeteu parte da Síria e os reinos vizinhos de Hebrom,
Amom e Hamat. Sua esfera de influência estendia-se da região do Egito até o
Eufrates conseguindo lançar as bases para a formação de um verdadeiro
Estado hebraico.
Deus tinha posto uma marca em todos os homens
de Israel chamada de circuncisão. Davi chamou o gigante de incircunciso.
A circunsição era a patente de Deus sobre os
homens Israelitas. Deus tinha uma aliança com Israel. Golias não era
circuncidado. Golias era filisteu. Davi tinha um pacto com Deus. Um
incircunciso jamais poderia prevalecer sobre alguém que tem pacto com Deus.
Acreditando nas promessas do Deus para com
Israel, Davi não desconversou, ele estava ali para lutar, Lutar limpo em nome
do Senhor dos exércitos.
A história nos conta que Davi venceu Golias,
enquanto esse ainda se aquecia, se adiantando, tacando uma pedra na cabeça do
filisteu. E de um modo sobrenatural a pedra foi certeira. Com uma pedrada
daquelas o certo seria cair pra trás e não pra frente e foi justamente o que
aconteceu, o gigante Golias caiu para frente.
Com uma pedra encravada na testa do herói da
nação oponente, lhe restavam ainda mais quatro pedras no alforje.
Então o que se conclui é que o menino de boa
aparência, ruivo, simpático, pastor de ovelhas, com uma funda e cinco pedras no
surrão ou alforje, não estava ali para matar um gigante, ele estava ali para
matar os cinco gigantes se fosse preciso.
Você que tem Jesus como Senhor e
salvador da sua vida e é nascido de novo, tem um pacto com Deus. Os gigantes da
maldade e inimigos de Deus podem se levantar a cada dia, mas o invencível Leão
da tribo de Judá mora dentro de você, Ele é o Senhor Jesus.
É interessante pensar que quando os gigantes
aparecem, é mais fácil pensar que seremos vencidos por causa das suas armaduras
blindadas do que pensar que nosso Deus é o Deus forte na guerra em favor do seu
povo. Para cada gigante que se levanta contra os servos de Deus, Ele tem
vencido a batalha por nós e para a igreja.
Deus tem algo extraordinário para a situação difícil
de cada um de nós. Busquemos em oração a pedra que vai matar o gigante. Você
não vai precisar passar por ninguém, nem puxar o tapete de ninguém também. Deus
é quem faz isso por nós, Ele nos garante a vitória.
Os valentes de Davi e a única guerra que ele
perdeu para si mesmo.
Inicialmente parece que os valentes de Davi
formavam um grupo de trinta homens, (2 Samuel 23:13). Mas as listas que nomeiam
os valentes de Davi fornecem números superiores a trinta nomes, (2 Samuel
23:8-39; 1Crônicas 11:10-47). A lista de 2 Samuel, por exemplo, fala de um total
de 37 homens.
O texto de 2Sm 23.8-12 nos fala de Davi
como um grande líder.
Davi foi um grande conquistador, para isso,
precisou formar um exército de valentes. Grandes homens formavam esse exército,
mas, para nos ensinar (Rm 15.4), o Senhor fez questão de registrar nas
Escrituras o nome de três deles, destacando os seus feitos. Por que estes eram
especiais?
A Bíblia destaca os três maiores valentes de
Davi. O que eles fizeram e o que tais realizações podem representar em nossos
dias.
1) Josebe-Bassebete. Sua característica principal era a de ser muito
habilidoso. 2Sm.23.8.
O primeiro mencionado foi Josebe-Bassebete,
este agitou sua lança contra 800 homens e os feriu de uma só vez. Lança tem a
ver com ataque. Atacou com habilidade, razão de seu sucesso. Estamos precisando
de estratégia e devemos ser homens valentes que agem com habilidade na
conquista das almas. O Senhor diz: “O menor virá a ser mil, e o mínimo, uma
nação forte; eu, o SENHOR, a seu tempo farei isso prontamente”. (Is
60.22).
2) Eleazar. Sua característica principal
era a de ser perseverante. 2Sm23.9.
O segundo foi Eleazar, era muito valente e
perseverante, e em uma batalha lutou contra os filisteus até a sua mão ficar
grudada a espada. Não soltava de forma alguma a espada da mão. Hoje os valentes
de Deus não abrem mão da Bíblia, e a usam sempre (Ef 6.17). Isto fala de
intimidade com Deus, moldando-se à Sua Palavra (2Tm 3.16,17). Seja um valente
Deus e parta para o ataque. A Bíblia é a única arma com a qual você ataca um
morto e ao acertá-lo torna-lhe vivo.
3) Sama ou Samá. Sua principal característica
era a de ser fiel ao rei Davi, ou seja, ele era o mais fiel de todos. 2Sm.23.11,12.
O terceiro valente de Davi era Sama ou Samá. O povo de Deus plantava, cultivava, cuidava
do rebanho, e, de repente, vinham os filisteus e os afugentavam. Mas, Sama
colocou-se no meio de um campo cheio de lentilhas, enquanto Israel fugia dos
filisteus, ele feriu sozinho a todos os inimigos. Por causa dele o Senhor
realizou grande vitória naquele dia. (Pv.21.31). Este valente defendeu o que
pertencia ao seu Rei. Não abandonou o campo de batalha. Hoje o Senhor precisa de
homens fieis, que não se intimidam com a pressão do inimigo. E que se
posicionem a favor do que é do Senhor. Maior é o que está em nós do que o que
está no mundo. (1Jo 4.4).
Outra lista de trinta e sete valentes que
Davi teve. 2Sm 23.8-17.
8 Estes são os nomes dos
valentes que Davi teve: Josebe-Bassebete, filho de Taquemoni, o
principal dos capitães; este era Adino, o eznita, que se
opusera a oitocentos e os feriu de uma vez.
9 E, depois dele, Eleazar, filho de
Dodô, filho de Aoí, entre os três valentes que estavam com Davi,
quando provocaram os filisteus que ali se ajuntaram à peleja e quando de Israel
os homens subiram,
10 este se levantou e feriu os
filisteus, até lhe cansar a mão e ficar a mão pegada à espada; e, naquele dia,
o Senhor operou um grande livramento; e o povo voltou atrás dele
somente a tomar o despojo.
11 E, depois dele, Sama, filho de Agé, o
hararita, quando os filisteus se ajuntaram numa multidão, onde havia um pedaço
de terra cheio de lentilhas, e o povo fugira de diante dos filisteus.
12 Este, pois, se pôs no meio daquele
pedaço de terra, e o defendeu, e feriu os filisteus; e
o Senhor operou um grande livramento.
13 Também três dos trinta cabeças
desceram e vieram no tempo da sega a Davi, à caverna de Adulão; e a multidão
dos filisteus acampara no vale dos Refains.
14 Davi estava, então, num
lugar forte, e a guarnição dos filisteus estava em Belém.
15 E teve Davi desejo e disse: Quem me
dera beber da água da cisterna de Belém que está junto à porta!
16 Então, aqueles três
valentes romperam pelo arraial dos filisteus, e tiraram água da cisterna de
Belém que está junto à porta, e a tomaram, e a trouxeram a
Davi; porém ele não a quis beber, mas derramou-a perante o Senhor.
17 E disse: Guarda-me, ó Senhor, de
que tal faça; beberia eu o sangue dos homens que foram a risco da sua
vida? De maneira que não a quis beber. Isso fizeram aqueles três
valentes.
O Rei Davi tinha em seu exército cerca de
quarenta homens especiais, desses quarenta, trinta eram muito especiais, e três
desses trinta era muito mais que especiais. Ser especial é bom, ser muito
especial, melhor ainda e ser muito mais especial é excelente. Mas quem
eram esses especiais? O principal dos três era Josebe-Bassebete, ele agitou sua
lança contra 800 homens e os feriu de uma só vez. O segundo era Eleazar, este
era valente, e em uma batalha lutou contra os filisteus até sua mão ficar
grudada na espada. O terceiro era Sama ou Samá, ele certa vez, se colocou no
meio de um terreno cheio de lentilhas quando Israel fugia dos filisteus e feriu
sozinho a todos eles. Por causa dele o Senhor realizou grande vitória naquele
dia.
Ainda podemos destacar algumas virtudes a
mais sobre os trinta muito especiais?
Também entre eles houve três que, perto do
tempo da colheita, desceram para ficar com Davi na caverna de Adulão. Essa
caverna era a fortaleza de Davi, onde ele se protegia dos inimigos, mas uma
tropa de filisteus se acampou no vale do Gigante, bem próximo dali. Um dia,
Davi sentiu vontade de beber água do poço que ficava perto do portão de Belém.
Esses três valentes partiram pelo acampamento dos filisteus e tiraram água do
poço junto à porta da cidade de Belém e levou para Davi, sem ter medo do inimigo.
Observaram como o exército do rei Davi era
cheio de homens que se destacavam? Porém, somente três deles conseguiram ser
especiais. Sabe por quê? Por quê se esforçaram muito mais. Assim também
acontece conosco. Para sermos especiais precisamos colocar toda nossa fé em
ação e lutar em favor do crescimento do reino de Deus enquanto é tempo.
Hoje, o Espírito Santo de Deus está
procurando homens com a mesma fé dos três valentes especiais de Davi para
instalar o Seu Reino no coração dos humildes e sinceros, que se encontram
presos nas garras dos filisteus (Satanás). Não basta apenas ir a Igreja, é
preciso se esforçar para fazer a vontade de Deus e ser o melhor em tudo, ser
especial. “Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a terra, para
mostrar-Se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dEle. 2Crônicas
16.9.
Quantas batalhas O rei Davi perdeu?
Davi envolveu-se em 8 grandes guerras num período
de 20 anos para consolidar seu reino. Ele se tornou o Rei com as maiores
conquistas de Israel, mas perdeu uma única batalha e esta foi para si mesmo por
falta de domínio próprio, não vigiou e caiu no laço do adultério com Bate-Seba.
É certo que, do Fruto do Espírito descrito por Paulo em Gálatas 5:22-23, o
domínio próprio seja um dos mais necessários, principalmente para os líderes.
O reinado de Davi foi marcado por suas
guerras. Depois de mais de 300 anos de anarquia e 40 anos do reinado de Saul,
um rei egoísta e fraco, Israel enfrentava ameaças em todas as suas fronteiras.
Caiu para Davi a responsabilidade de conduzir os soldados de Israel em uma
série de batalhas para estabelecer a segurança da nação.
Encontramos registros das guerras de Davi em
vários capítulos de 2 Samuel. O capítulo 8 descreve uma série de batalhas
contra nações vizinhas. Os capítulos 10 e 12 apresentam mais detalhes de
conflitos com os Amonitas e os Siros, também conhecidos como arameus. Os
capítulos 21 e 23 destacam os feitos de alguns dos principais guerreiros do período.
Davi foi um homem de guerra, encarregado com a segurança nacional do povo de
Israel.
O Salmo 20 pode ser visto como um hino
nacional, preparado para a adoração em Jerusalém. O povo entoa esse cântico em
apoio ao rei que sai à guerra contra os inimigos de Israel.
Os primeiros cinco versos revelam uma atitude
importante por parte desse rei. O povo não apenas deseja o sucesso dele no
campo de batalha, mas os sujeitos reconhecem a profunda espiritualidade do rei
e desejam que Deus conceda o que ele tem pedido.
“O SENHOR te responda no dia da tribulação; o
nome do Deus de Jacó te eleve em segurança. Do seu santuário te envie socorro e
desde Sião te sustenha. Lembre-se de todas as tuas ofertas de manjares e aceite
os teus holocaustos. Conceda-te segundo o teu coração e realize todos os teus
desígnios.
Celebraremos com júbilo a tua vitória e em
nome do nosso Deus hastearemos pendões; satisfaça o SENHOR a todos os teus
votos”. (versos 1 a 5).
Israel não apenas fez súplicas ao favor do
seu rei, como também pediu que Deus atendesse às orações que o próprio rei já
havia feito. A dedicação desse rei a Deus é vista nas várias maneiras que ele
oferecia serviço ao Senhor. Ele fazia ofertas, holocaustos e votos,
demonstrando sua dependência exclusivamente de Deus.
Efetivamente, esses primeiros cinco versos do
Salmo servem como uma forte declaração de “Amém” (que assim seja) do povo, ao
ouvir as súplicas do seu rei.
Não vivemos hoje em uma teocracia, uma nação
governada por leis reveladas diretamente por Deus, como foi o caso de Israel
antigo. Todas as nações, porém, ainda estão sujeitas ao domínio de Deus,
(Daniel 4:32; Romanos 13:1). Como seria diferente se os poderosos governantes
reconhecessem sua subordinação a Deus e dessem exemplos de humilde dependência
do Criador do universo.
Homens arrogantes e autossuficientes são
derrubados. Os humildes servos do Senhor, são e serão exaltados.
O versículo 6 parece ser a resposta de uma
pessoa, diferente dos versos anteriores e posteriores que apresentam os apelos
e conclusões do povo usando pronomes e verbos no plural. Esse verso pode ser a
reação do próprio rei, vendo como Deus respondeu às suas orações e às da
nação. “Agora, sei que o SENHOR salva o seu ungido; ele lhe responderá do
seu santo céu com a vitoriosa força de sua destra”. (verso 6).
O povo fala de novo nos últimos versos do
Salmo, usando expressões que merecem destaque:
“Uns confiam em carros, outros, em cavalos;
nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus. Eles se encurvam e
caem; nós, porém, nos levantamos e nos mantemos de pé.
Ó SENHOR, dá vitória ao rei; responde-nos,
quando clamarmos”. (versos 7 a 9).
Carros, cavalos e cavaleiros bem treinados
davam grandes vantagens nas guerras da época, mas o povo de Deus aprendeu a
confiar no Senhor, e não na força de homens mortais e suas invenções.
Como o rei Davi prefigurou Jesus, vale a pena
voltar e ler esse Salmo novamente pensando em Cristo. Seu povo deseja sua
vitória. Ele mostrou sua dedicação ao Pai em orações, súplicas, serviço e
sacrifício. E ele foi vitorioso e foi exaltado para reinar sobre todos. Deus
responde às orações dos fiéis.
Como era antes da queda o relacionamento de
Deus com Davi ou de Davi com Deus?
O fato de haver Deus tomado a Davi em ligação
tão íntima com Ele, e de ter para com ele, Davi, manifestado tão grande favor
dever-lhe-ia ter sido o mais forte incentivo para conservar irrepreensível o
seu caráter.
Mas o que então aconteceu com Davi para
pecar?
Mas quando, em sua comodidade e segurança, perdeu seu apego a Deus, Davi
rendeu-se a Satanás, e trouxe sobre sua alma a mancha do adultério e do crime,
após mandar matar Urias. Ele, o chefe da nação indicado por Deus, escolhido por
Deus para executar Sua lei, ele próprio pisou os seus preceitos. Aquele que
deveria ter sido um terror aos malfeitores, pelo seu próprio ato lhes
fortaleceu as mãos.
Diante dos perigos anteriores desta queda o
que Davi fazia?
Entre os perigos da primeira parte de sua
vida, Davi, consciente de sua integridade, podia confiar o seu caso a Deus. A
mão do Senhor o havia conduzido com segurança através das inúmeras ciladas que
tinham sido postas para seus pés.
Diante do seu pecado como Davi reagiu?
Agora culpado e não arrependido, não suplicava
mais o auxílio e a direção de Deus, mas procurava desvencilhar-se dos perigos
em que o pecado o envolvera.
Em que pecado Davi havia se envolvido e
cometido e qual deveria ser o seu castigo?
Bate-Seba, cuja beleza fatal se havia
mostrado como uma cilada ao rei, era a esposa de Urias, o heteu, um dos mais
corajosos e fiéis oficiais de Davi. Ninguém poderia prever qual seria o
resultado se o crime fosse conhecido. A lei de Deus declarava réu de morte o
adúltero; e o soldado de espírito orgulhoso, tão vergonhosamente ofendido,
poderia vingar-se tirando a vida do rei, ou provocando a nação à revolta.
O que Davi tentou fazer com o seu pecado Todo
o esforço que Davi fez para esconder seu crime se mostrou inútil. Ele havia se
entregado ao poder de Satanás; o perigo o rodeava; a desonra, mais amarga do
que a morte, estava diante dele. Não havia senão um meio para escapar, e, em
seu desespero, apressou-se a acrescentar o assassínio ao adultério. Aquele que
tinha tramado a destruição de Saul, procurava levar Davi também à ruína.
Embora as tentações fossem diversas, levavam semelhantemente à transgressão da
lei de Deus. Davi raciocinou que, se Urias fosse morto pela mão de inimigos na
batalha, a culpa de sua morte não poderia ser atribuída ao rei; Bate-Seba
estaria livre para ser a esposa de Davi, as suspeitas poderiam ser removidas, e
mantida seria a honra real.
O que Davi fez com Urias?
Urias foi feito portador de sua própria ordem
de morte. Uma carta enviada pela sua mão a Joabe, da parte do rei Davi,
ordenava: "Ponde Urias na frente da maior força da peleja, e retirai-vos
de detrás dele, para que seja ferido e morra”. 2Sm.11:15. Joabe, já manchado
com o crime de um afrontoso assassínio, não hesitou em obedecer às instruções
do rei, e Urias tombou pela espada dos filhos de Amom.
Entre
os valentes de Davi havia também oficiais estrangeiros. Um exemplo disso é o
nome de Urias, o heteu. Esse Urias foi o mesmo que era casado com Bate-Seba
e que foi vítima do grande pecado de Davi. (2Samuel 11).
Como foi o governo de Davi antes e depois da
Queda?
Até ali o registro de Davi como governante
fora tal como poucos reis já o tiveram. Está escrito a respeito dele que
"julgava e fazia justiça a todo o seu povo". 2Sm. 8:15. Sua
integridade conquistara a confiança e lealdade da nação. Mas, afastando-se ele
de Deus, e entregando-se ao maligno, tornou-se durante aquele tempo agente de
Satanás; contudo, ainda mantinha a posição e autoridade que Deus lhe dera, e
por causa disto, exigiu obediência que poria em perigo a alma daquele que a ela
se rendesse. E Joabe, cuja fidelidade fora protestada ao rei em vez de a Deus,
transgrediu a lei de Deus porque o rei o ordenara.
Para que Deus havia dado a Davi o poder de
exercer a posição de Rei?
O poder de Davi fora a ele dado por Deus, mas
para ser exercido apenas de acordo com a lei divina. Ordenando ele o que era
contrário à lei de Deus, tornava-se pecado obedecer. "As potestades que
foram ordenadas por Deus", (Rom. 13:1), mas não devemos obedecer-lhes
contrariamente à lei de Deus. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios, expõe
o princípio pelo qual devemos ser governados. Diz ele: "Sede meus imitadores,
como também eu de Cristo”. 1Cor.11:1.
Como foi dada a ordem de dar o relatório da
guerra ao Rei?
Um relatório sobre a execução de sua ordem
foi enviado a Davi, mas tão cuidadosamente enunciado que não comprometia nem
Joabe nem ao rei. Joabe "deu ordem ao mensageiro, dizendo: Acabando tu de
contar ao rei todo o sucesso desta peleja, e sucedendo que o rei se encolerize
então dirás: Também morreu teu servo Urias, o heteu. E foi o mensageiro, e
entrou, e fez saber a Davi tudo, para que Joabe o enviara".
Qual foi a resposta do Rei Davi?
A resposta do rei foi: "Assim dirás a Joabe: Não te pareça isto mal aos
teus olhos; pois a espada tanto consome este como aquele; esforça a tua peleja
contra a cidade, e a derrota. Esforça-o tu assim”.
Como Bate-Seba reagiu diante da morte de seu
marido?
Bate-Seba observou os dias usuais de
lamentação por seu marido; e, no seu final, "enviou Davi, e a recolheu em
sua casa, e lhe foi por mulher”. 2Sm.
11:19-27.
Aquele, cuja delicada consciência e elevado
senso de honra não lhe permitiram, mesmo em perigo de vida, entender sua mão
contra o ungido do Senhor, caíra de tal maneira que pôde afrontar e assassinar
um de seus soldados mais fiéis e valentes, e desfrutar, sem ser incomodado, a
recompensa de seu pecado.
Quais as vantagens que satanás mostra aos homens?
Desde o princípio Satanás pintou aos homens as vantagens a serem ganhas pela
transgressão. Assim ele seduziu os anjos. Assim tentou Adão e Eva a pecar. E
assim está ainda a afastar multidões da obediência a Deus. A senda da
transgressão faz-se com que pareça desejável; "mas o fim deles são os
caminhos da morte". Prov. 14:12. Felizes aqueles que, tendo-se arriscado a
ir por este caminho, aprendem quão amargos são os frutos do pecado, e voltam em
tempo.
E o que Deus fez com Davi? Deus, em Sua
infinita misericórdia, não deixou que Davi fosse atraído à ruína total pela
sedutoras recompensas do pecado. Por amor de Israel também, houve necessidade
da intervenção de Deus.
E quais foram as consequências em Israel pela
transgressão de Davi? Passando-se o tempo, o pecado de Davi para com Bate-Seba
se tornou conhecido, e despertou a suspeita de que ele projetara a morte de
Urias. O Senhor foi desonrado. Ele tinha favorecido e exaltado a Davi, e o
pecado deste representou falsamente o caráter de Deus, lançando ignomínia ao
Seu nome. Tendia a abaixar a norma da piedade em Israel, e diminuir em muitos
espíritos a aversão pelo pecado; ao mesmo tempo, os que não amavam nem temiam a
Deus se tornaram por meio daquele pecado audazes na transgressão.
Como Deus interveio nesta situação? Ao
profeta Natã foi ordenado levar uma mensagem de reprovação a Davi. Era uma
mensagem terrível pela sua severidade. A poucos soberanos tal censura poderia
ser feita, a não ser com o preço de morte certa a quem a fizesse. Natã
transmitiu resolutamente a sentença divina, e, contudo, com tal sabedoria do alto,
que captou a simpatia do rei, despertou-lhe a consciência e arrancou-lhe dos
lábios a sentença de morte sobre si. Apelando para Davi como o guarda
divinamente designado dos direitos de seu povo, o profeta referiu a história da
falta e opressão que exigiam desagravo.
Como foi que Natã convenceu o rei de que ele
havia cometido pecado? Disse Natã ao rei Davi: "Havia numa cidade dois
homens", disse ele, "um rico e outro pobre. O rico tinha muitíssimas
ovelhas e vacas; mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena
cordeira que comprara e criara; e ela tinha crescido com ele e com seus filhos
igualmente; do seu bocado comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e
a tinha como filha. E, vindo ao homem rico um viajante, deixou este de tomar
das suas ovelhas e das suas vacas para guisar para o viajante que viera a ele,
e tomou a cordeira do homem pobre, e a preparou para o homem que viera a ele”.
Qual foi a reação do rei Davi diante da
história de Natã?
Despertou-se a ira do rei, e ele exclamou:
"Vive o Senhor que digno de morte é o homem que fez isso. E pela cordeira
tornará a dar o quadruplicado, porque fez tal coisa, e porque não se compadeceu”.
2Sm. 12:5 e 6.
Natã revela quem era o homem da história? E
qual foi a maldição que Davi recebeu?
Natã fixou os olhos no rei; então, levantando sua destra para o céu, declarou
solenemente. "Tu és esse homem." "Por que, pois", continuou
ele, "desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de Seus
olhos?" Os criminosos podem, como fizera Davi, tentar esconder dos homens
o seu crime; podem procurar sepultar a má ação, para sempre, longe das vistas
ou do conhecimento humano; mas "todas as coisas estão nuas e patentes aos
olhos daquEle com quem temos de tratar". Hb. 4:13. "Nada há encoberto
que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se”. Mt. 10:26.
Natã declarou: "Assim diz o Senhor Deus
de Israel: Eu te ungi sobre Israel, e Eu te livrei das mãos de Saul. Por que,
pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de Seus olhos? A
Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a
ele mataste com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a
espada jamais da tua casa. Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti,
e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo. Porque
tu o fizeste em oculto, mas Eu farei este negócio perante todo o Israel e
perante o Sol”. Sm.12:7-12.
Davi se arrependeu do seu pecado? A censura
do profeta tocou o coração de Davi; despertou-lhe a consciência; seu crime
apareceu em toda a sua enormidade. Sua alma curvou-se arrependida diante de
Deus. Com lábios trêmulos ele disse: "Pequei contra o Senhor." Todo o
mal, feito a outrem, reflete do ofendido para Deus.
Qual foi o castigo de Davi? Davi cometera um
grave pecado, tanto para com Urias como para com Bate-Seba, e intensamente o
sentia o mal que fez contra aquele casal. Mas muito maior era o seu pecado
contra Deus.
Posto que não se encontrasse ninguém em
Israel para executar a sentença de morte sobre o ungido do Senhor, Davi
estremecia com o receio de que, estando em falta e não perdoado, fosse ele
suprimido pelo rápido juízo de Deus. Mas foi-lhe enviada a mensagem pelo
profeta: "Também o Senhor traspassou o teu pecado; não morrerás."
Todavia a justiça deveria ser mantida. A sentença de morte foi transferida de
Davi à criança de seu pecado. Assim ao rei foi dada oportunidade para o
arrependimento, conquanto para ele o sofrimento e morte da criança, como parte
de seu castigo, foram muito mais amargos do que poderia ter sido sua própria
morte. Disse o profeta: "Porquanto com este feito deste lugar sobremaneira
a que os inimigos do Senhor blasfemem, também o filho que te nasceu certamente
morrerá”. 2Sm. 12:13 e 14, Deus executará justiça em sua própria casa. Seu mau
exemplo exerceu influência sobre seus filhos, e Deus não interviria para
impedir o resultado. Ele permitiria que as coisas tomassem seu curso natural, e
assim Davi foi severamente castigado.
Durante um ano inteiro após sua queda, Davi
viveu em aparente segurança; não havia prova externa do desagrado de Deus. Mas
a sentença divina pairava sobre ele.
Rapidamente e certamente aproximava-se um dia
de juízo e condenação, o qual nenhum arrependimento poderia desviar da angústia
e vergonha que entenebreceriam toda a sua vida terrestre.
O pecado de Davi serve como desculpa para
pecar? Aqueles que, apontando para o exemplo de Davi, procuram diminuir a culpa
de seus próprios pecados, deveriam aprender do registro bíblico que duro é o
caminho da transgressão.
Embora, semelhantes a Davi, se desviem de sua
má conduta, achar-se-á que os resultados do pecado, mesmo nesta vida, são
amargos e duros para se suportarem.
Qual era o propósito de Deus com a história
de Davi? Era intuito de Deus que a história da queda de Davi servisse como
advertência de que mesmo os que Ele abençoou e favoreceu grandemente não se
devem sentir livres de perigo, e negligenciar a vigilância e a oração. Deus não
dá para ninguém a licença para pecar. E isso tem feito esta história àqueles
que humildemente têm procurado aprender a lição que Deus tencionava dar. De
geração em geração, milhares têm sido levados a compenetrar-se do perigo que
correm em virtude do poder do tentador. A queda de Davi, que foi tão
grandemente honrado pelo Senhor, despertou neles desconfiança do próprio eu sentiram
que apenas Deus os poderia guardar pelo Seu poder, mediante a fé, sabendo que
nEle estavam sua força e segurança, recearam dar o primeiro passo no terreno de
Satanás.
O que Davi sentia após o pecado? Mesmo antes
que a sentença divina fosse pronunciada contra Davi, começara ele a colher o
fruto da transgressão. Sua consciência estava inquieta, a aflição de espírito
que então suportava é apresentada no Salmo trinta e dois. Diz ele:
"Bem-aventurado aquele cuja transgressão
é perdoada e cujo pecado é coberto.
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não
imputa maldade e em cujo espírito não há engano.
Enquanto eu me calei, envelheceram os meus
ossos, pelo meu bramido em todo o dia.
Porque de dia e de noite a Tua mão pesava sobre mim; O meu humor se tornou em
sequidão de estio”. Sl. 32:1-4.
Como Davi expressou o seu arrependimento? O Salmo
cinquenta e um é uma expressão do arrependimento de Davi, quando lhe veio de
Deus a mensagem de reprovação: "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a
Tua benignidade; Apaga as minhas transgressões segundo a multidão das Tuas
misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade, purifica-me do meu
pecado.
Porque eu conheço as minhas transgressões,
E o meu pecado está sempre diante de mim.
Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; Lava-me,
e ficarei mais alvo do que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que
gozem os ossos que Tu quebraste.
Esconde a Tua face dos meus pecados, e apaga
todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em
mim um espírito reto. Não me lances fora da Tua presença e não retires de mim o
Teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da Tua salvação e sustém-me com um
espírito voluntário.
Então ensinarei aos transgressores os Teus caminhos
e os pecadores a Ti se converterão. Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus
da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a Tua Justiça”.
Sl.51:1-14.
Davi escondeu o seu pecado?
Vejamos o que aconteceu, em um cântico
sagrado que havia de ser entoado nas assembleias públicas de seu povo, na
presença da corte, sacerdotes e juízes, príncipes e homens de guerra e que
conservaria até a última geração o conhecimento de sua queda, relatou o rei de
Israel o seu pecado, o seu arrependimento e sua esperança de perdão pela misericórdia
de Deus. Em vez de se esforçar por ocultar seu crime, desejou que outros
pudessem instruir-se pela triste história de sua queda.
Como foi o arrependimento de Davi? O
arrependimento de Davi foi sincero e profundo. Não houve esforço para atenuar
seu delito. Nenhum desejo de escapar dos juízos de Deus que eram fortes mas
inspirou sua oração de arrependimento. Viu, porém, a enormidade de sua
transgressão contra Deus; viu a contaminação de sua alma; repugnou-lhe seu
pecado. Não era unicamente pelo perdão que ele orava, mas pela pureza de
coração.
Qual era a esperança de Davi? Davi não
abandonou a luta em desespero. Nas promessas de Deus aos pecadores
arrependidos, via a prova de seu perdão e aceitação. "Porque Te não
comprazes em sacrifícios, senão eu os daria; Tu não Te deleitas em holocaustos.
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; A um coração quebrantado e
contrito não desprezarás, ó Deus”. Sl. 51:16,17.
Qual foi o refrigério de Davi? Embora Davi
tivesse caído, ele se humilhou diante de Deus e o Senhor o levantou. Estava
agora em mais completa harmonia com Deus e simpatia para com seus semelhantes,
do que antes de cair. No júbilo de seu livramento, cantou: "Confessei-Te o
meu pecado, e a minha maldade não encobri; Dizia eu: Confessarei ao Senhor as
minhas transgressões; Tu perdoaste a maldade do meu pecado. Tu és o lugar em
que me escondo; Tu me preservas da angústia; Tu me cinges de alegres cantos de
livramento”. Sl. 32:5-7.
Qual foi a grande diferença entre Davi e Saul.
Muitos têm murmurado a respeito daquilo que chamam injustiça de Deus ao poupar
Davi, cujo crime foi tão grande, após haver Ele rejeitado a Saul pelo que lhes
parece ser pecados muito menos flagrantes. Mas Davi humilhou-se e confessou seu
pecado, ao passo que Saul desprezou a reprovação, e endureceu o coração na
impenitência.
Quais as lições que podemos tirar da história
de Davi? Quando uma pessoa está numa posição de autoridade como: pais, patrões,
governadores, chefes de empresa ou de estado, seja qual for a posição, não deve
abusar desta posição para fazer o errado e achar que está correto, achando que
tem o direito devido ao cargo elevado.
Davi tinha perdido "a moral" diante
de seus filhos, esposas e familiares. Como agora Davi repreenderia seus filhos
se seu pecado ficava patente aos olhos daquela gente? E o pior ainda, perdeu a
comunhão e a intimidade com Deus.
Thiago em sua epístola universal nos alerta: “Pais,
encarecidamente, vos rogo: "Assim falai, e assim procedei, como devendo
ser julgados pela lei da liberdade”. Tiago 2:12. Tenha uma vida racional diante
de Deus e da família. Pense nas consequências dos seus erros antes de agir. “Portanto,
irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus que é é o culto racional. Romanos 12:1.
Que seus atos não sejam por impulsos ou pela
emoção do coração, mas pela razão, com uma finalidade boa, construtiva e não
destrutiva, tanto para sua vida, como para sua família, como pela igreja, pela
sociedade, pela verdade e por Deus que deve ser o maior motivo racional de
nossas ações.
Pensando no real motivo de suas ações,
evitarás os erros tanto pequenos como grande, suas terríveis consequências e os
transtornos indesejáveis como Davi e muitos que passam amargas lutas hoje em
dia. Se os povos pensassem nas consequências de suas ações o mundo não estaria
tão ruim e degradado como está hoje.
Portanto, pensar nas consequências de
suas próprias ações e evitar os erros, a destruição e tudo que seja ruim, este
sim é um culto racional para Deus. Afastem-se de toda forma de mal. 1Tessalonicenses
5:22. Odeiem o mal, amem o bem; Am 5:15.
Qual outra lição que podemos tirar desta
história de Davi? Vemos que quando se comete um pecado ele não vem sozinho, ele
vem numa sequência de erros.
Quando um homem trai uma mulher e tem este
costume, vejam que ele chega tarde em casa e diz que era reunião de negócios ou
serviço na empresa, sempre anda muito ocupado, sem dar muita atenção à sua
esposa e desculpando o tempo todo suas saídas, mas não conta a verdade para
ela.
Davi olhou Bate-Seba, já teve pensamentos
degradantes, mandou buscá-la e desrespeitou uma mulher casada e seu marido,
deitou-se com ela e engravidou-a.
Davi quis enganar Urias, maquinou o mal
contra Urias e ainda mandou matar Urias.
Veja que cada erro cometido é seguido de um
outro erro, porque quando se deseja esconder o pecado, por trás dele vem os enganos,
as mentiras, as desculpas, a irritabilidade, as brigas e as separações.
Portanto, cortar o mal pela raiz é a melhor
solução. O reconhecimento, a confissão e o abandono do pecado, nos trará menos
consequências desastrosas porque desativaremos a corrente de efeito dominó
desencadeadas pelas sequencias de ações erradas, assim o pecador impede de
sofrer outras consequências.
Caso contrário se não houver confissão e
abandono, o pecador sente que a vida não tem alegria e ele sente que a vida
fica realmente imprestável de ser vivida e também já está posto o machado à
raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não dá bom fruto, corta-se e
lança-se no fogo. Lc. 3:9.
Portanto, genuinamente, Se confessarmos os
nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar todos os pecados e nos
purificar de qualquer injustiça. 1João.1:9.
Qual é a outra grande lição que podemos
aprender da história de Davi? Graças ao grande amor do Senhor é que não somos
consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Lm.3:22.
Este período da história de Davi está repleto
de significação para o pecador arrependido. É uma das ilustrações mais
flagrantes que nos são dadas das lutas e tentações da humanidade, do
arrependimento genuíno para com Deus e da fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
Durante todos os séculos, tem-se mostrado uma fonte de animação às almas que,
tendo caído em pecado, achavam-se a lutar sob o fardo de sua culpa. Milhares de
filhos de Deus, quando traídos pelo pecado e prontos a entregar-se ao
desespero, têm-se lembrado como o arrependimento e confissão sincera de Davi
foram aceitos por Deus, não obstante sofrer ele pela sua transgressão; e estes
também se revestiram de coragem para arrepender-se, e procurar novamente andar
no caminho dos mandamentos de Deus.
Quem esconde os seus pecados não prospera,
mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia. Pv.28:13.
Quem quer que, sob a reprovação de Deus,
humilhe a alma com confissão e arrependimento como fez Davi, pode estar certo
de que há esperança para ele. Quem quer que com fé aceite as promessas de Deus,
encontrará perdão. O Senhor nunca lançará fora uma alma verdadeiramente
arrependida. Ele fez esta promessa: "Apodere-se da Minha força, e faça paz
comigo; sim, que faça paz comigo”. Is. 27:5.
"Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem
maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele;
torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”. Is.55:7.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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