segunda-feira, 28 de agosto de 2023

SUNÉM, O PROFETA ELIZEU E A SUNAMITA

SUNÉM, O PROFETA ELIZEU E A SUNAMITA

 

E ela disse ao seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus”. (2 Rs 4.9).

 

Texto Bíblico de 2 Reis 4.8-37, nos traz um relato completo da história da mulher Sunamita.

8. Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher rica, a qual o reteve a comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia a comer pão. 9. E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.

10. Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro e ali lhe ponhamos uma cama, e uma mesa, e uma cadeira, e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se retirará.

11. E sucedeu um dia que veio ali, e retirou-se àquele quarto, e se deitou ali.

12. Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta Sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele.

13. Porque lhe dissera: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei ou ao chefe do exército? E dissera ela: Eu habito no meio do meu povo.

14. Então, disse ele: Que se há de fazer, pois, por ela? E Geazi disse: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.

15. Pelo que disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta.

16. E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.

17. E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera.

18. E, crescendo o filho, sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores.

19. E disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua mãe.

20. E ele o tomou e o levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu.

21. E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou sobre ele a porta e saiu.

22. E chamou a seu marido e disse: Manda-me já um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte.

23. E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.

24. Então, albardou a jumenta e disse ao seu moço: Guia, e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.

25. Partiu ela, pois, e veio ao homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o homem de Deus de longe, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a Sunamita.

26. Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem.

27. Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o Senhor mo encobriu e não mo manifestou.

28. E disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?

29. E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, e toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém, não o saúdes; e, se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.

30. Porém disse a mãe do menino: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então, ele se levantou e a seguiu.

31. E Geazi passou adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele e lhe trouxe aviso, dizendo: Não despertou o menino.

32. E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.

33. Então, entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.

34. E subiu, e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu.

35. Depois, voltou, e passeou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele; então, o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos.

36. Então, chamou a Geazi e disse: Chama essa Sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho.

37. E veio ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.

Suném era uma cidade que ficava entre Samaria e Monte Carmelo, onde morava o profeta Eliseu. Ali vivia a personagem desta história, uma mulher sábia, generosa, inteligente, que amava a Deus e ao próximo, e que no decorrer dos séculos se transformou numa referência para milhares de mulheres no mundo inteiro: a Sunamita.

Quem era a mulher Sunamita.

A Bíblia não diz o seu nome. Fala simplesmente que era uma dona rica da cidade de Suném, isto é, uma Sunamita, como era também aquela jovem que tomou conta do rei Davi. (1Reis 1.3).

A Sunamita foi protagonista de uma série de milagres do profeta Eliseu, como contado em 2Reis 4.8: primeiro fez com que tivesse um filho, mesmo sendo, aparentemente, de idade avançada, e depois, o “homem de Deus” fez voltar à vida o filho que nascera milagrosamente.

O epílogo da história da Sunamita aparece em 2Reis 8,1-6, quando a ela é restituída a propriedade que perdera, tendo ido morar em território filisteu por 7 anos, conforme lhe pedira Eliseu, para evitar a carestia.

O exemplo da Sunamita está na confiança em Eliseu, o “homem de Deus”. Sabe que, através do profeta, pode pedir tudo, pois Deus é infinitamente bom.

A história da mulher Sunamita e o profeta Elizeu é relatada em 2Reis 4.8-37.

"Uma mulher que em meio a mais terrível dor (morte do filho) demonstra tranquilidade e fé". A Bíblia sequer menciona o seu nome, apenas chama-a de "Sunamita", uma referência a cidade de Suném, onde morava. Suném quer dizer: "lugar de repouso". Localizada a sudeste do mar da Galiléia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície de Jezreel é herança da tribo de Isaacar.
O profeta Eliseu exercia seu ministério por lá quando foi notado pela Sunamita: "Eis que este é um santo homem de Deus". Uma mulher, de discernimento. Eliseu torna-se hóspede dela. Como forma de retribuição, o profeta quis falar com o rei, a fim de lhe conceder favores. A Sunamita, repondeu: "Eu habito no meio de meu povo", (2Reis 4:13), ou seja, "sou feliz neste lugar, não necessito de mais riquezas, me agrada o convívio com o povo". Eliseu, então, pede a Deus que lhe dê um filho.

Deus, em resposta a oração de Eliseu, realiza o desejo do coração da bondosa mulher. Seu filho já crescido, morre de uma dor de cabeça muito forte. Alguns teólogos, dizem que foi acometido de insolação já que passara muito tempo no campo, segando com o seu pai. (2Rs 4: 18-20).

O que fez a mulher Sunamita?

Chorou desesperadamente?, lamentou?, se revoltou contra Deus?. Não. Ela deitou o menino no quarto do profeta Eliseu, reuniu os empregados, preparou jumentas e foi até o Monte Carmelo ao encontro do profeta. Seu marido estranhou: "Por que vais a ele hoje"? Ele nem imaginou onde chegaria a fé da Sunamita.

Sua resposta beira os limites do incompreensível: "Tudo vai bem" Como? com o filho morto? "Tudo vai bem" Suas atitudes demonstram auto controle possível apenas em estado de total equilíbrio emocional, ou seja, ela não ficou desesperada.

Tribulações em Suném: Você, já passou por algo parecido? Recebeu uma promessa de Deus, e viu essa promessa morrer? A Sunamita, nos aponta um caminho: "Tudo vai bem", quando cremos em um Deus, que do pó, cria e recria a vida. Por mais difícil que pareça, é preciso repousarmos em "Suném".

Acreditarmos que Deus quer o melhor para aqueles que O obedecem e acreditam nEle. Nos momentos mais tenebrosos, de escuridão, que não conseguimos enxergar o futuro, Deus se faz presente para nos ajudar. Como se diante de nós houvesse um grande abismo sem ligação com a esperança e com a felicidade, daí é preciso repousar nos braços do Senhor com confiança sabendo que Deus agirá para nos atender e nos abençoar. Quando agimos com fé e de forma surpreendente sempre em obediência ao Senhor, então Deus entra com providências para não sermos derrotados. Mas não com a nossa frágil e pequena força e sim com a força vinda do alto, disponível, acessível somente para os que buscam a vitória no Senhor com todo o coração.

"Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, e firme-se sobre O seu Deus". Is.50:10.
"Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais, então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração". Jr. 29:11-14.
Encontrar o Senhor é a maior dádiva de Deus para nós. Ouvir do céu uma resposta que nem sempre recebemos o que pedimos, porém, Deus é sábio, para nos conduzir ao melhor lugar e nos dar a vitória e a resposta das nossas orações no tempo certo. Aos que conhecem a Deus sabe que temos o conforto de saber que Ele sempre, sempre quer o melhor para seus filhos. O justo Jó, sofreu os mais terríveis males. Perdeu todos os filhos. No final, a restituição. Deus, zela, ama, e restitui. O diabo, rouba, mina e destrói. Deus vem e vivifica, faz transbordar, esta é a esperança e a herança preparada para os filhos do Reino. O diabo veio para roubar, matar e destruir.

Que possamos nos espelhar neste grande exemplo de fé da Sunamita. Deus nos abençoe em todos os momentos de nossas vidas e que todas as nossas decisões sejam do agrado de Deus.

A Sunamita era uma mulher de fé e mesmo vendo o seu filho morto, ela confiou em Deus e foi atrás do homem de Deus em busca da vitória. (2Reis 4:8-37).

Nesta história temos lições que podem sair dela e renderia vários estudos, porém me detenho ao fator fé da Sunamita. A fé da Sunamita era muitíssimo grande, quem sabe era do tamanho de um grão de mostarda como disse Jesus.

O que significa ter fé do tamanho de um grão de mostarda?

Ter fé do tamanho de um grão de mostarda significa confiar permanentemente no Senhor, estando em constante crescimento, independentemente das circunstâncias. Jesus afirmou que para aquele que tiver fé como um grão de mostarda, nada lhe será impossível; podendo fazer com que montanhas e árvores se transportem de lugar.

Quando Jesus falou sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda?

Em duas ocasiões de seu ministério Jesus Cristo falou sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda. Ao advertir seus discípulos sobre o perigo do escândalo e a necessidade em perdoar aquele que lhe ofende, os apóstolos disseram a Jesus: “Aumenta-nos a fé”. (Lucas 17:5).

Diante deste pedido, o Senhor lhes deu a seguinte resposta: “Se tiverem fé como o tamanho de um grão de mostarda, dirão a esta amoreira: Seja arrancada daqui, e planta-te no mar; e ela lhes obedeceria”. (Lucas 17:6).

Qual era o nome da Sunamita que era uma mulher cheia de fé e confiança em Deus?

A Bíblia nem mesmo menciona o seu nome, apenas chama-a de Sunamita, uma referência a cidade de Suném, onde morava. Suném quer dizer: Lugar de repouso, é localizada a sudeste do mar da Galiléia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície de Jezreel, é herança da tribo de Isaacar.

O profeta Eliseu exercia seu ministério por lá, quando foi notado pela Sunamita e disse: "Eis que este é um santo homem de Deus", seu relacionamento com Deus dera-lhe discernimento de quem era o profeta Elizeu. A partir dai, Eliseu tornara-se amigo daquela família e hóspede dela, nada lhe faltava.

Como forma de retribuição Eliseu pensou em falar com o rei para, quem sabe, lhe retribuir os favores, sua resposta foi: "Eu habito no meio de meu povo", ou seja, "sou feliz neste lugar, não necessito de mais riquezas, me agrada o convívio com o povo". Eliseu, então, pede a Deus que lhe dê um filho.

Aquela mãe da cidade de Suném era um exemplo para todas as mulheres.

Disse um certo pregador que por todos os anos a nomearia a mulher do ano. Nunca, em nenhum outro lugar do mundo, se ouviu falar em um exemplo igual ou pelo menos parecido com esse.

Seu filho que nasceu por um milagre da oração de Elizeu e já crescido, morre de uma dor de cabeça muito forte. Alguns teólogos, dizem que ele foi acometido de uma insolação já que passara muito tempo no campo segando, colhendo a plantação com o seu pai.

O que fez a Sunamita? É costume universal chorar e enterrar o filho porém ela deitou o menino no quarto de Eliseu, reuniu os empregados, preparou jumentas e foi até o Monte Carmelo ao encontro do profeta. Seu marido estranhou: "Por que vais a ele hoje"? Ele nem imaginou até onde chegara a fé da Sunamita. Sua resposta beira os limites do incompreensível: ela disse “tudo vai bem”, mas como poderia estar tudo bem numa situação daquelas. Ela estava com seu filho morto e ao ser perguntada responde que tudo vai bem.

Suas atitudes demonstraram um auto controle possível apenas em estado de total equilíbrio emocional, ou seja, ela não ficou desesperada. Ficou abalada, porém não ficou desesperada.

Ela foi em busca do homem de Deus e Eliseu orou a Deus; o resultado da oração foi a ressurreição do filho dessa grande mulher que creu no que parecia impossível. Nada é impossível para Deus e tudo é possível ao que crê que Deus realiza milagres.

Qualidades especiais da mulher Sunamita.

1Rs 4.8, a mulher Sunamita era uma mulher bondosa.

1Rs 4.10, a mulher Sunamita era uma mulher hospitaleira

1Rs 4.13, a mulher Sunamita era uma mulher grata a Deus pelo que possuía.  

1Rs 4.21, a mulher Sunamita era uma mulher de atitude nas horas difíceis. 

1Rs 4.26, a mulher Sunamita era uma mulher de fé.

1Rs 4.36,37, a mulher Sunamita foi recompensada por sua fé.  

A mulher Sunamita nos mostra que a bondade e a generosidade são importantes aos olhos de Deus, e que tais atos têm sua recompensa. 

Por isso devemos procurar conhecer a respeito da mulher que vivia em Suném; 

Devemos mostrar  os milagres e as adversidades enfrentados pela mulher Sunamita; 

Devemos refletir  a respeito da ação de Deus na vida da mulher Sunamita. 

As principais chaves da vitória na vida da mulher Sunamita são:

1 – Deus abençoou essa mulher fiel dando-lhe um filho  (2Rs 4.8-17). 

2 – Deus a submeteu a uma prova severa quando viu que esse filho lhe fora tirado. (2Rs 4.18-21. 

3 – Deus restaurou a vida do filho da mulher Sunamita quando ela se manteve firme na promessa que lhe fizera.  (2Rs 4.22-37)

A mulher Sunamita nos mostra que podemos usar nossos recursos para fazer a diferença na vida de outras pessoas. Nos fala também que há momentos em que Deus nos permite passar por situações adversas, mas que Ele sempre terá uma solução, e por fim, mostra que nossas ações em benefício de outras pessoas, de forma sincera, são aprovadas por Deus, e que Ele nos retribui no devido tempo.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr  Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

NA CIDADE DE NAIM ESTAVA UMA MULHER CHORANDO

NA CIDADE DE NAIM ESTAVA UMA MULHER CHORANDO.

Aquela mulher estava chorando porque seu filho único havia morrido. Ela já tinha perdido seu marido e estava desesperada pela morte do seu filho que era a única esperança de sobrevivência dela.

Jesus ressuscita o filho da viúva de Naim.

Lucas 7:11-17.

11. E aconteceu, pouco depois, ir ele à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão.

12. E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.

13. E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: Não chores.
14. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam) e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te.

15. E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe.

16. E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.

17. E correu dele esta fama por toda a Judeia e por toda a terra circunvizinha.

Quantos milagres de ressurreição Jesus realizou? Nos Evangelhos de Lucas e João encontramos registro de três milagres de ressurreição de mortos que Jesus realizou.

Ressurreição que Jesus realizou.   

A viúva do filho de Naim (Lucas 7:11–17). Esta é a primeira das ressurreições que Jesus realizou. Quando o Senhor se aproximou da cidade de Naim, Ele encontrou um cortejo fúnebre saindo da cidade.

Ressurreição que Jesus realizou.

A filha de Jairo (Lucas 8:40–56). Jesus também mostrou o Seu poder sobre a morte ao ressuscitar a jovem filha de Jairo, um líder da sinagoga. 

Ressurreição que Jesus realizou.

Lázaro de Betânia (João 11). A terceira pessoa que Jesus ressuscitou dos mortos foi Seu amigo Lázaro. 

Portanto encontramos três milagres de mortos sendo ressuscitados pelo Senhor Jesus de forma visível diante da multidão que o seguia e a Bíblia diz que milhares também ressuscitaram no dia e na hora que Jesus expirou, quando ali na cruz Ele, em agonia, disse: “Pai tudo está consumado, nas Tuas mãos entrego o meu espírito”.

Mateus 27.45-53.

45. E, desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.

46. E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

47. E alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Este chama por Elias.

48. E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.

49. Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.

50. E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.

51. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.

52. E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;

53. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na Cidade Santa e apareceram a muitos.

Discorrendo sobre os milagres.

1).  Jesus ressuscita a filha de Jairo, o chefe da sinagoga: A menina ainda estava na casa de seu pai, estava muito doente, à beira da morte quando seu pai decidiu ir atrás de Jesus; A ressurreição da filha de Jairo é um dos milagres que apontam para o poder de Jesus sobre a vida e a morte. Conforme relatado no Novo Testamento, durante seu ministério terreno o Senhor Jesus ressuscitou três mortos: o filho da viúva de Naim; a filha de Jairo; e Lázaro.

O milagre da ressurreição da filha de Jairo está registrado nos três Evangelhos Sinóticos (Mateus 9:18-26; Marcos 5:21-43; Lucas 8:40-56). Mateus é quem fornece o registro mais simplificado do milagre, enquanto Marcos e Lucas aprofundam os detalhes desse evento.

Também é interessante notar que a narrativa bíblica sobre esse episódio fala de um milagre duplo. Na verdade no contexto em que envolveu a ressurreição da filha de Jairo, o Senhor Jesus também curou a mulher que tinha um fluxo de sangue.

Vejamos como aconteceu a ressurreição da filha de Jairo. Quando foi a ressurreição da filha de Jairo?

A ressurreição da filha de Jairo ocorreu quando Jesus desembarcou na cidade de Cafarnaum. Ele havia acabado de atravessar o mar da Galileia, vindo da região de Decápolis onde havia libertado um homem endemoninhado. (Marcos 5:1-20).

Parece que logo que Jesus chegou à cidade de Cafarnaum, os discípulos de João Batista vieram fazer-lhe algumas perguntas sobre o jejum. Foi enquanto eles conversavam, que Jairo se aproximou de Jesus pedindo que Ele curasse sua única filha. Jairo era um chefe da sinagoga. Ele era um homem importante, responsável por organizar e conduzir a liturgia da sinagoga.

Aqui vale lembrar que a cidade de Cafarnaum serviu como uma espécie de base para o ministério terreno de Jesus. Talvez isso possa explicar o grande número de pessoas que cercavam nosso Senhor.

Então o milagre sobre a filha de Jairo foi temporariamente interrompido por um segundo milagre. Na multidão que dificultava a caminhada de Jesus estava uma mulher que sofria com um tipo de hemorragia. É interessante notar um detalhe curioso que conecta ainda mais os dois milagres. A filha de Jairo tinha apenas doze anos de idade, e a mulher vinha sofrendo com sua hemorragia por longos doze anos.

2). Jesus ressuscita o filho da viúva de Naim.  Sobre o filho da viúva de Naim temos que notar que o rapaz já fazia um certo tempo que tinha morrido porque já estava sendo levado para o sepultamento. O filho da viúva não estava mais na casa da mãe, mas também ainda não estava no túmulo e neste trajeto Jesus encontrou com a multidão que chorava junto com a mãe daquele rapaz, então a esperança chegou, Jesus chegou e lhe deu vida novamente.

3). Jesus ressuscita Lázaro que havia morrido e sepultura já a quatro dias.  A história da ressurreição de Lázaro é também emocionante porque Jesus sempre que passava por Betânia se hospedava na casa de Lázaro. Lázaro tinha duas irmãs,  elas chamavam-se Marta e Maria e essa família era muito amiga do Senhor Jesus.  

A história da ressurreição de Lázaro que já estava sepultado e que já havia morrido e sepultado a quatro dias, está registrado com detalhes no evangelho de João capítulo 11. Um dos pontos mais emocionantes registrados na Bíblia está em João 11.35 e registra que “Jesus chorou” e seus discípulos disseram “vejam como Jesus o amava”, se referindo à grande amizade de Lázaro e sua família com Jesus.

4). A ressurreição de Jesus.  Quanto a Jesus, a Bíblia registra que Ele ressuscitou ao terceiro dia como havia dito. Esta ressurreição foi diferente porque nunca houve na história da humanidade alguém que ressuscitasse a si mesmo como aconteceu com Jesus.

Quantas pessoas Jesus ressuscitou dos mortos?

De acordo com a Bíblia, Jesus ressuscitou três pessoas durante seu ministério terreno:

O filho da viúva de Naim, a filha de Jairo e Lázaro.

A Bíblia também diz que Jesus ressuscitou a si próprio depois de morto e realizou muitos milagres no Seu ministério terreno.

Jesus não é a única pessoa que a Bíblia afirma ter ressuscitado pessoas dentre os mortos. Os profetas Elias e Eliseu no Antigo Testamento e os apóstolos Pedro e Paulo no Novo Testamento também são mencionados por terem ressuscitado pessoas dentre os mortos, porém o fizeram em nome de Jesus.

Milagre de ressurreição realizado pelo profeta Elias.

O milagre de ressurreição de um morto realizado pelo profeta Elias está registrado em 1 Reis capítulo 17.9ss.

Depois de presenciar o azeite e a farinha serem multiplicados milagrosamente, tudo parecia transcorrer bem, afinal, aquela viúva de Sarepta (descrita na Bíblia em 1 Reis 17.9) agora tinha mantimento em sua casa, mesmo em meio à seca.

Porém, algo aconteceu e, sem que ela imaginasse, levaria a recente fé dela no Deus de Israel a outro nível.

O seu filho adoeceu e, com o passar dos dias, a doença se agravou a tal ponto que ele morreu (1 Reis 17.17).

Naquele momento em que viu seu filho morto, a mulher perguntou ao profeta Elias se ele tinha algo contra ela, e por isso matou o seu filho.

“Porque vieste até mim para trazeres a memória a minha iniquidade”?  1 Reis 17.18

Sarepta era uma cidade pagã e seus moradores adoravam a Baal. Talvez por isso, a preocupação imediata da viúva foi associar a morte do seu filho como punição pela vida que levava.

Elias, então, tomou o menino morto dos braços da mãe e clamou ao Senhor que lhe devolvesse a vida. O Senhor atendeu à oração do profeta e ao entregar o menino, agora vivo, diante de tamanho milagre, ela declarou:

“Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade.” 1 Reis 17.24.

Milagre de ressurreição (realizado), atribuído ao profeta Elizeu que já estava morto.

Diz-se também na Bíblia que um homem voltou à vida depois de ser jogado na tumba de Eliseu e tocar a tíbia do profeta. 2 Reis 13.20-21.

20. Depois, morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra, à entrada do ano.

21. E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.

Milagres de ressurreição no Novo Testamento, realizados por Pedro e o outro por Paulo. Os Apóstolos também Ressuscitaram Mortos.

De todos os milagres realizados pelos servos do Senhor, nenhum é mais impressionante do que a ressurreição de mortos. De modo geral, os milagres acompanhavam a nova mensagem pregada por esses servos (Marcos 1:27; Hebreus 2:3-4; 2 Coríntios 12:12). Especificamente, as curas realizadas por Jesus e seus servos ilustravam a capacidade maior de curar a doença espiritual fatal do pecado. (Marcos 2:10-12).

Do mesmo modo, os milagres de ressurreição foram representações menores e visíveis do poder de Jesus sobre a morte, como visto na sua própria ressurreição e nas suas promessas sobre a ressurreição de todos.

Como embaixadores de Cristo, os apóstolos realizaram muitos milagres aqui na terra. Encontramos nas Escrituras registros de duas ocasiões em que apóstolos foram usados como instrumentos de Deus para ressuscitar mortos.

Milagre de ressurreição realizado pelo Apóstolo Pedro.

A ressurreição de Tabita (Dorcas):

A cidade de Jope, um porto natural na Costa Mediterrânea, foi a cidade onde morava uma mulher chamada Tabita ou Dorcas (a tradução do nome do aramaico ao grego). Tabita era uma cristã amada e respeitada que se dedicava ao serviço aos outros, especialmente ao de ajudar aos pobres. Quando ela morreu, os discípulos em Jope chamaram o apóstolo Pedro, que estava na cidade vizinha de Lida.

Quando Pedro chegou, ele achou outras viúvas chorando e mostrando exemplos das boas obras feitas por Tabita. Pedro orou ao Senhor e disse para Tabita se levantar. Ela abriu os olhos e levantou. Glórias a Deus. Pedro apresentou a mulher viva às suas amigas que haviam lamentado sua morte. Além do efeito óbvio e imediato da alegria dos amigos, esse milagre levou muitas pessoas a examinarem a mensagem pregada, e muitas pessoas foram convertidas ao Senhor. A ressurreição de Tabita reforçou a mensagem sobre o Senhor e Salvador que oferece a vida eterna a todos nós.

Milagre de ressurreição realizado pelo Apóstolo Paulo.

A ressurreição de Êutico:

A segunda metade do livro de Atos dos Apóstolos registra os primeiros anos do trabalho do apóstolo Paulo.

Esse servo de Deus viajou em vários países da Ásia e Europa, pregando o evangelho de Jesus em todos os lugares que passava.

O livro de Atos dos apóstolos conta a história de três viagens extensas que Paulo fez para pregar (geralmente conhecidas como suas viagens missionárias) e de uma outra que fez como prisioneiro sendo transferido de Cesárea para Roma. No regresso da terceira viagem, Paulo estava com pressa para chegar ao seu destino, Jerusalém. Ele e vários outros homens levavam dinheiro doado pelas igrejas da Europa e Ásia para ajudar os cristãos necessitados em Jerusalém. Na volta da Europa, passaram na cidade de Trôade, onde esperavam uma semana para se reunir com os irmãos. Paulo pregou e estendeu seu discurso. Um jovem chamado Êutico, que estava sentado numa janela, dormiu e caiu do terceiro andar do local onde a igreja se reunia. Ele morreu. Quando Paulo se inclinou e abraçou Êutico, o jovem levantou vivo.

O milagre realizado naquele dia trouxe alegria para todos os irmãos em Trôade, e o relato da ressurreição de Êutico tem sido transmitido ao longo dos séculos para reforçar a fé de muitos outros. Paulo pregava o evangelho de um Salvador que foi morto, mas que vive. Esse mesmo Salvador oferece a vida às pessoas perdidas e sem esperança por causa do pecado.

O propósito das ressurreições realizadas durante o período apostólico não foi o de manter ou de prolongar a vida de todos os fiéis. De fato, muitos cristãos foram mortos por causa da sua fé, e os apóstolos não agiram para reanimar esses mártires. Estêvão, Tiago e inúmeros outros sacrificaram suas vidas por Jesus e foram enterrados.

Mesmo quando morriam, os discípulos confiavam no Senhor que prometeu uma outra ressurreição na sua vinda, no dia do arrebatamento da igreja. Aqueles, como os cristãos fiéis nos dias de hoje, esperavam com confiança a ressurreição para a vida eterna.

Paulo escreveu sobre essa confiança na promessa de Jesus: “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão primeiro, incorruptíveis, e nós, os que estivermos vivos, seremos transformados num abrir e fechar de olhos”. (1 Coríntios 15:52).

Nesta postagem ainda vamos dar maior ênfase aos milagres de ressurreição. Lembre-se que milagres como estes não acontecem todos os dias e nem por acaso. Só acontecem por um propósito muito especial de Deus 

Começamos, neste tópico, a mostrar como foi a ressurreição de Jesus, que foi a única pessoa que ressuscitou por si mesmo e recebeu um corpo glorificado como os receberemos quando o Senhor Jesus voltar. Todos os que estivermos vivos seremos transformados num abrir e fechar de olhos e seremos arrebatados, receberemos um novo corpo de glória, incorruptível, como o que Jesus recebeu ao ser ressuscitado. 1Coríntios, capítulo 15.

1).  A ressurreição de Jesus foi o evento mais importante da história da humanidade. A ressurreição de Cristo é uma doutrina fundamental para a Fé Cristã. Sem a ressurreição de Jesus não há Evangelho, não há Cristianismo, não há Igreja, não há salvação e não há esperança de vida eterna.

Se alguém se diz cristão, mas nega que literalmente Jesus ressuscitou dos mortos, então essa pessoa pode ser qualquer coisa, menos um cristão genuíno. A história da ressurreição de Jesus está registrada nos quatro Evangelhos, (Mateus 28:1-8; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-10; João 20:1-8).

2). Quem era a viúva que estava chorando pelo seu filho único e que havia morrido levando consigo a esperança de sua sobrevivência?

A ressurreição do filho da viúva de Naim. A história da viúva de Naim ficou conhecida na Bíblia porque Jesus ressuscitou seu único filho. O milagre envolvendo a ressurreição do filho da viúva de Naim é um dos mais emblemáticos de todo o ministério terreno de Jesus. (Lucas 7:11-16).

Esse milagre aconteceu pouco depois de Jesus ter curado o servo de um centurião, (Lucas 7:1:10). É interessante notar a progressão na intensidade dos fatos. O servo do centurião estava à beira da morte, enquanto que o filho da viúva de Naim já havia morrido. No primeiro caso Jesus revelou seu poder sobre uma grave doença, mas no segundo ele revelou seu poder sobre a morte. Neste estudo bíblico conheceremos melhor a história da ressurreição do filho da viúva de Naim.

Quem era aquela viúva de Naim?

Nada se sabe sobre a identidade daquela mulher, ela é apenas identificada na Bíblia como a viúva de Naim. A Bíblia apenas revela que depois de chorar a morte de seu marido, ela agora estava sofrendo com a morte de seu filho. A vida de uma mulher viúva naquele tempo não era nada fácil. Por vezes as Escrituras advertem sobre a importância do amparo às viúvas. Mesmo assim não era raro que uma viúva tivesse suas aflições negligenciadas.

A viúva de Naim tinha um único filho, e esse filho havia morrido. Isso significa que ela tinha ficado completamente desamparada. Por mais que ela tivesse amigos e parentes, o que restava de sua família próxima havia se perdido. A morte de seu único filho significava sua plena desesperança. O filho era sua única fonte de sustento na velhice e proteção, e sua única chance de dar continuidade à linhagem de sua família. A condição daquela viúva era trágica.

Como era a cidade Naim? A Bíblia diz que aquela viúva vivia em Naim. Naim estava mais para uma pequena aldeia do que para uma cidade. Em nenhuma outra parte da Bíblia Sagrada essa cidade é mencionada. Naim ficava localizada próxima à margem sul da Galileia, a certa distância de Samaria.

Acredita-se que a aldeia estivesse a cerca de dez quilômetros a sudeste de Nazaré e a quarenta quilômetros de Cafarnaum. Essa localização coloca Naim entre o Monte Tabor, ao norte, e o Monte Gilboa, a sudeste.

Quando Jesus seguiu para Naim ele não estava sozinho. O grupo de seus discípulos o acompanhava, e Ele ainda era seguido por uma multidão. O texto bíblico coloca Jesus próximo do portão da cidade quando se deparou com o cortejo fúnebre do filho da viúva de Naim. Aquele cortejo saía pelo portão da cidade porque os mortos não podiam ser sepultados dentro de uma cidade judaica.

Jesus intervém na história de uma mulher desamparada, sem esperanças e ressuscita o filho da viúva de Naim. Foi justamente quando o cortejo fúnebre estava saindo da cidade que Jesus se aproximou de Naim. Mas em vez de se posicionar entre as pessoas do cortejo para honrar o costume de acompanhar o sepultamento do morto, Jesus se dirigiu diretamente à viúva de Naim.

A Bíblia diz que o coração de Jesus se condoeu por aquela mulher. Isso significa que ele ficou profundamente comovido pela situação que a viúva estava enfrentando. Ele entendia sua dor e teve compaixão dela.

Então Jesus disse à viúva: “Não chores mais”. (Lucas 7:15).

Aos olhos humanos essas palavras não faziam qualquer sentido. Era inconcebível que uma mãe viúva que acabara de perder seu único filho parasse de chorar. A única forma de isto acontecer é se a razão de suas lagrimas fosse eliminada. Nesse caso, a razão era a morte, então a morte teria que ser revertida em vida. Mas quem seria capaz disso? É possível que todas aquelas pessoas tenham olhado para Jesus Cristo com uma só pergunta: Quem é este que ousou interromper um funeral e ainda foi capaz dizer palavras tão absurdas? A resposta não demorou a vir.

Tão logo Jesus tocou na maca onde o cadáver estava e disse ao filho da viúva de Naim: “Jovem, Eu te digo: Levanta-te”. (Lucas 7:14). Imediatamente o filho da viúva se assentou e começou a falar, e foi recebido por sua mãe.

A reação das pessoas diante do milagre que Jesus realizou em Naim. A ressurreição do filho da viúva de Naim causou grande temor em todos que estavam ali. Antes disso as pessoas já tinham visto Jesus realizar milagres, como por exemplo, curar doentes e deficientes. Mas esse milagre foi o primeiro envolvendo a ressurreição de uma pessoa no ministério de Jesus. Só depois a filha de Jairo e Lázaro também foram ressuscitados.

Então as pessoas começaram a glorificar a Deus e a dizer que um grande Profeta havia sido enviado entre elas. Essas pessoas acertaram em glorificar a Deus diante de um milagre tão extraordinário, pois somente Ele é quem pode levantar alguém dos mortos. Também acertaram em identificar que Jesus havia sido enviado como o grande Profeta de Deus ao seu povo. (Deuteronômio 18:15; Lucas 24:12; Atos 3:22,23; 7:37).

Mas por outro lado, a maioria daquelas pessoas errou em reconhecer seu verdadeiro caráter. (Mateus 16:13; Marcos 8:28; Lucas 9:18,19; 19:28-44). Ele era muito mais do que um grande profeta de Deus. Entre aquele povo estava o próprio Filho de Deus, o Verbo que se fez carne, o Emanuel. Aquelas pessoas não conseguiram enxergar que diante de seus olhos o Unigênito Filho de Deus havia ressuscitado o único filho da viúva de Naim.

Mesmo sem as pessoas prestarem a Jesus toda a honra que Ele merecia e merece, a notícia do milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim se espalhou por toda parte. É incrível saber que mesmo num tempo em que não havia qualquer recurso de comunicação essa notícia foi tão longe. Ela foi tão longe a ponto de ainda hoje estar circulando pelo mundo. Depois de mais de dois mil anos nós nos maravilhamos diante da notícia de que nosso Senhor demonstrou tamanho poder e compaixão e ressuscitou o filho da viúva de Naim.

O que aprendemos com a história da viúva de Naim?

O milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim foi realmente muito significativo. Além de ter sido o primeiro milagre dessa natureza durante o ministério de Jesus, ele nos convida a admirar a extraordinária majestade de nosso Senhor e a forma com que Ele trabalha.

A história do filho da viúva de Naim nos ensina que nada não foge do controle do nosso Deus. Por mais que não entendamos algumas situações e circunstâncias, Deus tem um propósito para todas as coisas. Jesus estava entrando em Naim justamente no momento em que o cortejo fúnebre do filho da viúva estava saindo. Isto não foi mera coincidência! Tudo ocorre de acordo com o plano eterno, soberano e imutável de Deus.

Aquela situação, inicialmente desesperadora, serviu como a primeira grande amostra no ministério de Jesus de que Ele é o Senhor da vida e da morte, (Apocalipse 1:18).

A Bíblia Sagrada fala sobre outras ressurreições anteriores à ressurreição do filho da viúva de Naim. Essas ressurreições ocorreram durante os ministérios dos profetas Elias e Eliseu. (1 Reis 17:20-22; 2 Reis 4:32-35).

Mas a ressurreição do filho da viúva de Naim em certo aspecto foi muito diferente das ressurreições anteriores. Embora também tenha sido o poder de Deus quem ressuscitou aquelas pessoas no Antigo Testamento, os profetas do Senhor se viram envolvidos num processo longo, tenso e desgastante.

Mas na história do filho da viúva de Naim foi diferente. Jesus simplesmente deu uma única ordem e o jovem ressuscitou. Isso significa que Jesus não é apenas o maior de todos os profetas, mas é o próprio Filho de Deus. Sim, Jesus é Deus. Ele é o único Rei que triunfa sobre a morte. Mas mesmo com toda Sua grandeza e majestade, Ele se compadece de nós e nos socorre em todos os momentos mais traumáticos em nossas vidas.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

A SULAMITA DE CANTARES DE SALOMÃO

A SULAMITA DE CANTARES DE SALOMÃO

 

A Sulamita de cantares de Salomão e sua linda história.

Quem era a Sulamita de Cantares de Salomão?

Observação: Não confundir a história da Sulamita de Cantares de Salomão com a da mulher Sunamita dos tempos do profeta Elizeu e que ressuscitou o filho dela.

A Sulamita de cantares de Salomão é uma personagem bíblica do Antigo testamento e seu nome significa que possui a perfeição, ou seja ela era pacífica, cordial, ou ainda que possui uma sensualidade que não passava despercebida por ninguém, e aprendeu a se valer desta arma, porém sem ser exagerada em nada. A simplicidade era o seu ideal de vida.

A Sulamita foi a preferida do Rei Salomão dentre tantas outras citadas como suas mulheres e concubinas.

Ironicamente, por sua linguagem explícita, sábios judeus antigos e modernos proibiam homens de menos de 30 anos de lerem esta obra e presume-se que as mulheres nunca recebessem permissão para lê-la. Assim também, esta quase proibição acontece no meio Cristão mais radical, que quase não menciona este livro e nem incentiva os crentes à leitura dele. Dificilmente se vê, entre os líderes mencionados, ministrarem doutrinas aplicadas com o uso deste livro.

Não podemos ignorar o conteúdo sexual de Cantares, mas podemos apreciar o contexto em que ocorre um casamento segundo o plano de Deus.

Cantares é leitura necessária não só para os casais, como também para os jovens que desejam compreender quais os desígnios de Deus para a união matrimonial.

O autor de Cantares é o próprio Salomão, filho de Davi e terceiro Rei de Israel.
Ele é identificado como o autor, e seu nome aparece sete vezes no livro. (Ct. 1:1,5; 3:7,9,11; 8.11,12).

Ainda assim, há quem alegue que as referências a Salomão sejam apenas um recurso estilístico e o autor tenha vivido posteriormente. No entanto, os argumentos de tal tese são inconclusivos.

O fato de esse rei ter sido conhecido por sua sabedoria e poesia, (1 Reis 4.29-34) ratifica, em parte, a autoria do livro como sua.

A Sulamita do livro Cânticos dos Cânticos ou Cantares de Salomão é a personagem principal desse livro. A referência a sua origem aparece em Ct 6,13 (Tradução Almeida) ou em Ct 7,1 (Tradução Bíblia de Jerusalém). Segundo alguns estudiosos sua referência em Cantares pode ser também uma alusão à jovem Sulamita escolhida para aquecer o rei Davi em sua velhice, 1 Rs 1,2-4, que é descrita como mulher jovem e formosa.

A Sulamita de  cantares é chamada de amada e é descrita como a mais formosa dentre todas as mulheres, ou a mais bela das mulheres (Ct 1,8; 4,1.7; 6,4). Nas palavras da Sulamita ela mesma se descreve como uma mulher morena e formosa. (Ct 1,5-6). A alusão a sua cor morena foi fruto do trabalho, que seus irmãos a obrigaram fazer, ao guardar suas vinhas. Mas o que importa no livro de Cânticos dos Cânticos não é apenas o físico, embora em Cantares a descrição física da Sulamita seja uma das mais belas comparações feitas com alguns dos elementos mais bonitos encontrados na natureza, (Ct 2,2; 4,1-5; 7,1-9). O importante que é preciso ressaltar é sua coragem e a fidelidade ao amado. Ela não se deixa aprisionar pelas convenções da época e sai em busca do amado, e o procura incessantemente. A sua fidelidade ao amado (Ct 3,16) faz dessa jovem mulher um modelo de esposa, companheira, que dá livremente seu amor ao amado. Amor esse em Cantares que é recíproco entre os amados.

O livro de Cantares de Salomão é um livro poético do Antigo Testamento. Esse livro também é chamado de Cântico dos Cânticos de Salomão, porque esse é o seu título original registrado em sua primeira linha (Cantares 1:1). Esse título significa literalmente que aquele cântico é o mais excelente de todos os cânticos.

Também é verdade que o livro de Cantares de Salomão sempre foi alvo de muitos debates. Os estudiosos têm se dividido quanto a melhor forma de interpretar esse livro bíblico. Alguns defendem que Cantares de Salomão deve ser interpretado de forma literal; enquanto outros defendem que o livro deve ser interpretado de forma alegórica.

O autor e a data do livro de Cantares de Salomão.

Tradicionalmente, judeus e cristãos atribuem a autoria do livro de Cantares ao rei Salomão. Inclusive, o título do cântico no primeiro versículo do livro, traz a inscrição: “Cântico dos cânticos de Salomão”. (Cantares 1:1).

No entanto, esse mesmo versículo no hebraico também pode ser perfeitamente traduzido de forma a indicar que o cântico não era necessariamente de Salomão, mas dedicado a Salomão. Então a verdade é que para cada argumento a favor da autoria de Salomão, também há um questionamento dessa autoria.

Por isso muitos eruditos preferem dizer que quem escreveu Cântico dos Cânticos de Salomão foi um autor desconhecido. Isso significa que esse autor pode ter sido o rei Salomão, como também pode ter sido outra pessoa, talvez até mesmo ligada ao rei de Israel.

Já quanto a data de composição do livro de Cantares de Salomão, as melhores evidências indicam que esse livro foi escrito numa época próxima ao reinado de Salomão, provavelmente entre 960 e 931 a.C.

Para aqueles que defendem que o livro foi escrito por Salomão, então obviamente isso ocorreu durante o seu reinado. Já para aqueles que defendem que o livro teve outro autor, sua data de composição pode ir desde o reinado de Salomão até o período imediatamente após esse reinado.

O tema e as características do livro de Cantares de Salomão.

O tema principal do livro de Cantares de Salomão é a bênção do amor romântico que pode ser desfrutado dentro dos laços matrimoniais. O livro mostra que a intimidade física e emocional entre marido e esposa, é abençoada por Deus. Além disso, sua mensagem enfatiza que jamais o amor deve ser forçado, mas deve seguir o seu curso natural.

O texto do livro de Cantares de Salomão é todo escrito em verso, de modo que todo o seu conteúdo é um cântico de amor. Nesse sentido, sua poesia traz versos curtos e rítmicos, e com uma linguagem que trabalha bem os sentimentos e os desejos do casal apaixonado.

Apesar de a poesia do livro mencionar alguns personagens secundários como a mãe, os irmãos, as donzelas e os guardas da cidade, sem dúvida seu foco está em dois personagens principais: a esposa e o marido. A esposa é uma jovem do campo identificada simplesmente como “Sulamita”, (Cantares 6:13). Já o marido, no começo do livro é retratado na figura de um pastor, (Cantares 1:7), e também na figura de um rei, (Cantares 1:4,12; 3:9,11; 7:5).

O resumo do livro de Cantares de Salomão pode ser definido da seguinte forma:

Cantares de Salomão mostra que por causa do mundo caído em que vivemos, o amor conjugal enfrenta dificuldades e obstáculos. O casal sofre hostilidade, separação, intromissão e espera; mas o amor que compartilham sobrevive enquanto segue firme para o seu clímax dentro do casamento. Desse modo, esse livro mostra que apesar de tudo, o amor conjugal é uma bela fonte de contentamento.

O cântico começa com a noiva e o noivo trocando elogios mútuos e expressando seus desejos um pelo outro enquanto aguardam a consumação do que tanto esperam, (Cantares 1:2-2:17). Em seguida, há uma sequência de sonhos da noiva com o seu casamento e a intimidade subsequente com o seu marido, que muitas vezes é chamado de “o meu amado” e vice-versa. (Cantares 3:1-6:13). Então nessa seção há a expressão da dor, da decepção e do medo da perda da pessoa amada; mas também há a expressão da expectativa da consumação do relacionamento entre a esposa e o marido, e a intimidade desfrutada por eles.

Por fim, o poema termina registrando o sentimento de realização desfrutado pelo casal unido que vive na segurança de seu amor verdadeiro; bem como traz uma recapitulação final de tudo o que a esposa e o marido passaram enquanto aguardavam o casamento. (Cantares 7:1-8:14).

E é nessa última seção que está registrado o versículo mais conhecido do livro de Cantares de Salomão: “As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado”. (Cantares 8:7).

Qual é o significado do livro de Cântico dos Cânticos ou Cantares de Salomão.

O livro de Cântico dos Cânticos de Salomão possui algumas poucas dificuldades de interpretação. Primeiro, há uma discussão conhecida sobre a identidade do marido. A posição mais tradicional entre os estudiosos entende que o marido é o rei Salomão, e que o livro descreve sua relação de amor com uma de suas esposas, talvez a mais especial delas, a principal nomeada por ele, a Sulamita. Em alguns versos ele é retratado como um pastor, enquanto que sua amada é retratada como uma jovem do campo.

Mas há também outra interpretação que é defendida por muitos estudiosos que sugere que o rei Salomão foi um intruso no relacionamento de uma jovem do campo com um pastor. De acordo com quem adota essa interpretação, Salomão tentou se casar com a jovem e leva-la para o seu harém, mas ela recusou o pedido do rei para poder ficar com o seu pastor a quem tanto amava.

Outra dificuldade bem conhecida diz respeito a como a mensagem do livro de Cantares de Salomão deve ser aplicada. Especialmente por causa de linguagem um tanto quanto sensual, dentro do judaísmo muitos rabinos defenderam que essa poesia devia ser entendida de forma alegórica, de modo a representar o relacionamento de Deus com a nação de Israel.

No entanto, outros rabinos seguiram defendendo que o livro simplesmente aborda a dádiva do amor conjugal e deve ser aplicado de forma literal. Em outras palavras, o autor de Cantares de Salomão não estava pensando no amor de Deus para com Israel quando escreveu esse livro, mas simplesmente no amor romântico entre o marido e a mulher debaixo da bênção de Deus no matrimônio.

Esse tipo de dificuldade também permaneceu entre os intérpretes cristãos, de modo que muitos comentaristas aplicam a mensagem do livro como uma analogia entre o amor de Cristo pela Igreja.

Mas desde que se mantenha em mente que a mensagem de Cantares de Salomão, pelo menos de forma primária, aborda a bênção do amor entre homem e mulher dentro do casamento, essas interpretações alegóricas não são problemáticas. Isso porque, de fato, na Bíblia frequentemente o relacionamento de Deus com o seu povo escolhido é retratado através da figura do matrimônio; e da mesma forma o amor do marido pela esposa é visto como um tipo do amor de Cristo pela Igreja.

O texto bíblico referente à Sulamita sobre sua intimidade, sua cumplicidade, sua ousadia e sua sabedoria.

“Minha querida, você é linda como Tirza, bela como Jerusalém, admirável como um exército e suas bandeiras. Desvie de mim os seus olhos, pois eles me perturbam. Seu cabelo é como um rebanho de cabras que descem de Gileade. Seus dentes são como um rebanho de ovelhas que sobem do lavadouro. Cada uma tem o seu par, não há nenhuma sem crias.  Suas faces, por trás do véu, são como as metades de uma romã.  Pode haver sessenta rainhas, e oitenta concubinas, e um número sem-fim de virgens, mas ela é única, a minha pomba, minha mulher ideal. Ela é a filha favorita de sua mãe, a predileta daquela que a deu à luz. Quando outras jovens a veem, dizem que ela é muito feliz; as rainhas e as concubinas a elogiam. Quem é essa que aparece como o alvorecer, bela como a Lua, brilhante como o Sol, admirável como um exército e suas bandeiras? Desci ao bosque das nogueiras para ver os renovos no vale, para ver se as videiras tinham brotado e se as romãs estavam em flor.  Antes que eu o percebesse, você me colocou entre as carruagens, com um príncipe ao meu lado. Volte, volte, Sulamita; volte, volte, para que a contemplemos”. Cantares 6: 4-13.

O livro poético de Cantares de Salomão, também chamado de Cântico dos Cânticos (ou seja, o maior dos cânticos) e Cânticos de Salomão, encontra-se no Antigo Testamento, é classificado como livro poético e possui somente oito capítulos. Ele é um manual de felicidade conjugal para todos aqueles que o leem com fé e agem sabiamente segundo os princípios ali revelados.

Estima-se que fora escrito por volta do ano 900 a.C. pelo próprio rei Salomão. Sua estrutura é de um poema lírico, com vozes que se alternam em declarações, podendo confundir alguns leitores.

As personagens principais são: o noivo (o rei Salomão), a noiva, a Sulamita, e as mulheres de Jerusalém ou filhas de Sião, que seriam servas da noiva e que exercem o papel de coro no poema. Outros personagens secundários são citados: os irmãos da noiva (Ct 1.6; 8.8,9) e sua mãe, (Ct 1.6; 3.4; 6.9; 8.1,2,5).

O livro se divide, basicamente, em duas partes: o começo do amor, (capítulo primeiro ao quarto) e o amadurecimento dele (capítulo quinto ao oitavo).

Há cristãos que não dão o devido valor a Cantares de Salomão, esquecendo-se de que ele também foi inspirado pelo Espírito Santo. Alguns, inclusive, sentem-se incomodados com o fato de que o livro trata claramente sobre sexualidade, e não faltam os que tentam sublimá-lo, dando-lhe um caráter alegórico ou messiânico, como se o profundo amor entre o noivo e a noiva representasse o amor de Deus por Israel e de Jesus pela Igreja, que também pode ser considerado desde que sejam observados os detalhes do grande amor do Rei para com sua esposa e a retribuição deste grande amor da esposa ao Seu amado, o Rei.

Embora essa interpretação espiritual seja possível, não podemos recusar a razão de ser do livro: Deus mostra que o sexo entre marido e mulher é puro e saudável. Para tanto, detalhadamente, nos é ensinado como agir no casamento a fim de sermos felizes. Repleto de simbolismos, o livro instrui todo casal a crescer em unidade, intimidade,  amor e fidelidade recíprocas.

Neste capítulo mencionado acima vemos que o profundo amor que Salomão nutria por sua esposa se devia à ousadia que ela teve na área sexual, principalmente se considerarmos que ela viveu em uma época em que as mulheres quase não tinham expressão na sociedade e no lar, eram praticamente consideradas objetos de reprodução da espécie humana.

A Sulamita ousou antes e depois do casamento, não segundo o padrão mundano atual, pelo qual é considerada ousada a mulher que se entrega sexualmente antes do matrimônio, mas, segundo o padrão divino.

Essa grande mulher tomou atitudes sábias em seu casamento, as quais lhe garantiram elogios do marido, seu profundo amor e sua admiração, e foram fundamentais para o sucesso de sua vida física, emocional e espiritual. No mundo moderno da atualidade, os casais que são mais conservadores são muito criticados, mas observem o quanto Deus abençoou a Sunamita em sua busca por felicidade sua e de seu lar junto com seu marido.

Sulamita, a mais bela dentre todas as mulheres.

Sulamita é o título utilizado para designar a mulher que aparece de forma destacada nos textos poéticos de Cantares de Salomão (Ct 6:3). A mais bonita, a mais formosa, a escolhida do rei, a mais elogiada da cidade ou da região. Aquela que tinha coragem e fidelidade suficiente para realizar tudo o que tinha ao seu alcance para conquistar com sabedoria.

Naamá foi a esposa do rei Salomão e mãe de seu herdeiro, Roboão. Ela era uma amonita e foi a única esposa de Salomão a ser mencionada pelo nome na Bíblia Hebraica.

Naamá é elogiada por sua retidão, por causa da qual Moisés havia sido previamente avisado por Deus para não fazer guerra aos amonitas, adoradores de Moloque, pois Naamá descenderia deles. É dito que ela era filha de Hanum, rei dos amonitas, nos textos bíblicos gregos e na literatura rabínica.

Para entendermos melhor a história da Sulamita e Salomão temos que destacar que ele, assim como ela, era observadores e exigentes com os outros, mas principalmente consigo mesmos.

Vejamos um pouco do que Salomão, que diga-se de passagem que tinha uma esposa sábia, ensinou ou ensinava para sua casa e seus liderados de toda a nação estes conselhos:

"Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém". (Eclesiastes 1:1).

"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem”. (Eclesiastes 12:13)

No livro de Eclesiastes, Salomão refletiu sobre sua vida e experiências. Ele conclui que temer a Deus e guardar os Seus mandamentos constitui "o dever de todo homem". (Eclesiastes 12:13). Ele observa que sem Deus a vida não tem nenhum significado real, e que a maioria das pessoas perde seu tempo perseguindo bens materiais que nunca irão lhes trazer satisfação. Ele nos lembra de que Deus eventualmente levará toda a obra humana a julgamento. (Eclesiastes 11:9; 12:14).

1Reis 5,12 diz que Salomão pronunciou "três mil provérbios e seus cânticos foram em número de mil e cinco".

Salomão escreveu mil e cinco cânticos e três mil provérbios. Dos três mil provérbios, muito menos da metade está na Bíblia, sob o título Provérbios de Salomão. Se cada versículo de Provérbios fosse um provérbio, teríamos então 915 provérbios, somente um terço de toda a sua produção. Acompanhe alguns de seus conselhos:

1. Evite o mal e caminhe sempre em frente; não se desvie nem um só passo do caminho certo.

2. A riqueza que é fácil de ganhar é fácil de perder; quanto mais difícil for para ganhar mais você terá.

3. Afaste-se das pessoas sem juízo porque gente assim não têm nada para ensinar.

4. Peça a Deus que abençoe os seus planos, e eles darão certo.

5. Corrija os seus filhos enquanto eles têm idade para aprender; mas não os mate de pancadas.

6. Ouça os conselhos e esteja pronto para aprender; assim um dia você será sábio.

7. Procure bons conselhos e você terá sucesso; não entre na batalha sem antes fazer planos.

8. Não seja vingativo; confie no Deus Eterno, e Ele fará a justiça a você.

9. Pense bem antes de prometer alguma coisa a Deus, pois você poderá se arrepender depois.

10. Se você não quer se meter em dificuldades, tome cuidado com o que diz.

11. Não se mate de trabalhar, tentando ficar rico, nem pense demais nisso, pois o seu dinheiro pode sumir de repente, como se tivesse criado asas e voado para longe como uma águia.

12. Não fique contente quando o seu inimigo cair na desgraça. O Deus Eterno vai saber que você ficou contente com isso e não vai gostar. E Ele poderá parar de castigar esse inimigo.

13. Não se revolte por causa dos maus nem tenha inveja deles. Os pecadores não têm futuro; eles são como uma luz que está se apagando.

14. Ninguém se elogie a si mesmo; se houver elogios, que venham dos outros.

15. Jovem, aproveite a sua mocidade e seja feliz enquanto é moço. Faça tudo o que quiser e siga os desejos do seu coração. Mas lembre-se de uma coisa: Deus o julgará por tudo o que você fizer.

(Textos retirados dos Provérbios de Salomão e Eclesiastes, na versão A Bíblia na Linguagem de Hoje: Pv 4.27; 13.11; 14.7; 16.3; 19.18; 19.20; 20.18; 20.22; 20.25; 21.23; 23.4; 24.17; 24.19; 27.2 e Ec 11.9.)

Quem sucedeu a Salomão no trono?

Roboão assumiu o trono no lugar e na falta de seu pai, depois da morte de Salomão.

Roboão foi o sucessor de seu pai Salomão, no trono, e aparentemente seu único filho. Ele era o filho de Salomão e Naamá, “a amonita”, que era uma princesa bem conhecida,  (1Reis 14:21; 2Crônicas 12:13). Ele, Roboão, tinha quarenta e um anos quando assumiu o trono, e reinou dezessete anos, (975-958 a.C).

A qualidade do caráter da Sulamita.

Sulamita era uma mulher muito formosa, a preferida do rei Salomão. Ela é a personagem principal do livro Cantares de Salomão, da Bíblia.

No livro ela é chamada de amada e descrita como uma mulher mais bela entre todas as mulheres (Cantares 1:8; 4: 1-7; 6:4). Ela era uma mulher morena de sol, porque ela guardava as vinhas de seus irmãos.

Em cantares é mostrado a coragem e a fidelidade de Sulamita ao seu amado esposo, o que a torna um modelo de esposa. Ela era uma mulher amorosa e no livro foi mostrado seus momentos de alegria por viver um amor intenso e seus momentos de tristeza por estar longe de seu amado. Ela ansiava pelos beijos de seu marido, ela era uma mulher romântica, intensa, sensual e que desejava agradar seu esposo.

As mulheres sábias e espirituais dizem que ao ler o livro de Cantares de Salomão  sentem vontade de ser uma mulher como a Sulamita. O livro nos inspira a amarmos o homem que Deus nos deu e mostra como é bom quando o amor é recíproco.

Este livro é visto pelo povo judeu como o livro que descreve o amor de Deus por Seu povo, Israel. Alguns cristãos crêem que o livro representa o amor de Cristo pela igreja. Porém, uma coisa é certa: O livro demonstra o amor de um homem para uma mulher e, por mais que muitos ignorem esse livro, ele tem muito para nos ensinar.

O livro de Eclesiastes, também escrito por Salomão, no capítulo 14, versículo 1 diz o seguinte: “A mulher sábia edifica a sua casa, porém a tola o destrói com suas próprias mãos”.

É claro que se ambos, marido e mulher, cooperarem mutuamente um com o outro e os dois buscarem a direção do Espírito Santo sobre suas vidas, tudo irá bem entre o casal e sua prole, bem como com sua posteridade.

Querem ver o quanto Deus valoriza uma mulher que procura ser sábia e que busca a direção de Deus para sua vida, para seu marido, filhos e para sua casa? Então leia Provérbios capítulo 31.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.