segunda-feira, 26 de setembro de 2022

NÃO VOTE EM BRANCO E NEM ANULE SEU VOTO

NÃO VOTE EM BRANCO E NEM ANULE SEU VOTO


Eleições 2022.

Não vote em branco, não anule seu voto e não se abstenham de ir votar. É seu direito ir votar.

Salmos, 33

12. Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para a sua herança.

Salmos, 144

15. Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor!

 

Em 2020 a luz de alerta acendeu para as eleições de 2022 quanto ao tema desta postagem.

O que  chamou a atenção? Foi culpa da pandemia a altíssima abstenção de 2020 e a previsão de ser maior em 2022?

Para o consultor legislativo Gilberto Guerzoni, especialista em Direito Eleitoral que assessorou a elaboração da Lei das Eleições (Lei 9.504, de 1997) e de suas revisões, a abstenção verificada em 2020 "de fato chama a atenção".

Ele alerta para índices recordes em grandes capitais, como Rio de Janeiro (35,4%), Porto Alegre (32,8%) e São Paulo (30,8%). Outras cidades que tiveram alto percentual de eleitores ausentes foram Goiânia (36,7%), Petrópolis (35,6%), Ribeirão Preto (35,6%), Blumenau (31%), Joinville (28%) e Aracaju (27,8%). Na maioria desses municípios, a abstenção, somada aos votos nulos e brancos, supera a votação obtida pelo vencedor do pleito. Guerzoni avalia que a pandemia foi a responsável direta pelos índices recordes, e como o ministro Barroso, preferiu se concentrar no comparecimento. 

 

Índices de abstenção próximos de 40% em algumas cidades não podem ser ignorados.

A abstenção tem subido a cada processo eleitoral, o que a maioria dos analistas atribui à desilusão de parte expressiva do eleitorado com a política brasileira. Mas o salto verificado em 2020 é muito significativo, se comparado ao de 2018, que foi próximo de 20%. Este processo eleitoral foi totalmente atípico, devido à pandemia. Desde o início já se esperava uma grande abstenção, por causa do medo das pessoas. Alguns senadores chegaram a propor que o voto fosse facultativo em 2020, para todos ou pelo menos para os grupos de risco. Naquela época, temia-se que a abstenção fosse de 50%, o que não ocorreu, releva Guerzoni em entrevista à Agência Senado.

Apesar da visão otimista, o consultor avalia que o sistema político precisa estar atento ao que ocorrer nos próximos pleitos, devido à tendência histórica de aumento dos índices de abstenção. Só aí será possível avaliar, de fato, se o que ocorreu em 2020 "foi um ponto fora da curva".

 

Desinteresse eleitoral

Para o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do instituto Vox Populi, a pandemia influiu nos índices recordes de abstenção verificados em 2020, "mas não explica o fenômeno sozinha". Ele entende que as recentes revisões nas regras eleitorais desestimulam o debate e a participação cívica, quadro agravado pela crise econômica decorrente da pandemia. Para Coimbra, o atual modelo eleitoral limita o engajamento cidadão desde o primeiro turno, e o pouco tempo de campanha no segundo turno em 2020 (apenas duas semanas) não foi suficiente para reverter estruturalmente o cenário. 

Os processos eleitorais têm se tornado cada vez mais frios, no que tange ao aprofundamento das pautas que afetam mais diretamente o povo. A propaganda dos candidatos na TV e no rádio tornou-se algo quase impossível, porque o tempo de exposição de propostas foi reduzido ao mínimo, num quadro de pulverização de candidaturas, também estimulado pela lei eleitoral. Em diversas capitais, onde tradicionalmente havia entre cinco a sete candidatos para prefeito, este ano tivemos entre 12 a 14 candidaturas, às vezes até mais. Dividindo no máximo dez minutos de tempo total entre eles para apresentarem as propostas. Como é possível ter um debate profundo sobre os graves problemas sociais das cidades brasileiras em menos de um minuto? reclama o sociólogo em entrevista à Agência Senado, acrescentando que o quadro foi ainda mais dramático nas eleições para vereadores, com milhares de candidatos nas grandes cidades.

Fonte: Agência Senado

 

Lembrete: Não se esqueçam de levar um papel com os nomes e os números de seus candidatos; é a famosa colinha. O eleitor não poderá entrar na cabine de votação portando seu celular.

Motivos para você não votar em branco e nem anular seu voto.


Não sei onde andam os eleitores de Lula e dos partidos e políticos que o apoiam. Mas sei, com grande certeza, que no dia da eleição estarão todos formando fila nos seus locais de votação para votar em candidatos esquerdistas e comunistas.

Por outro lado, tenho encontrado eleitores, não de esquerda, que pretendem votar em branco, ou abster-se de votar e isso é um fato grave. Quem anular seu voto ou deixar de votar contribui para o resultado das eleições do mesmo jeito. Então é melhor você ir votar seja qual for a sua escolha.

Há uma previsão de que quase ou mais de 30% da população habilitada para votar, não irão votar por vários motivos, dentre eles estão a decepção com a política e com os políticos. Isso é chamado de abstenção.


De algum modo associam a abstenção à absolvição de qualquer culpa ou responsabilidade pelo que acontecer ao país.

Lavam e enxáguam as mãos na torneira do voto em branco e da abstenção sem perceber que ele é, também, uma posição política. Uma vez assumida, principalmente quando serve à estratégia da esquerda, tem gravíssimas consequências porque no resultado final será somado como voto para as esquerdas formando o coeficiente eleitoral. Na somatória dos votos do coeficiente eleitoral quem é eleito não é quem teve mais votos individualmente, mas aqueles que somados pelas regras do coeficiente eleitoral é que serão declarados como vencedores. Por isso é que você não pode deixar de votar e nem anular seu voto.

O idealismo maldoso e cheio de socialismo comunista é o cemitério do realismo. É o tal do “faz o que eu mando e não olhe o que eu faço”. Fazem todo tipo de promessas agradáveis aos ouvidos, porém a realidade é escravizante depois de ganhar as eleições.

Isso significa que desconhecer a política real, a que vem depois das eleições, aquela política que manda no Estado e se serve do estado não olhando e nem atendendo a realidade das ruas, usurpando o solapando o erário público para comprar apoio e se servir da corrupção, sendo que nas ruas e por varias frestas invadem as casas da gente somente só com promessas e mais promessas que nunca são cumpridas.

Essa gente é a mesma que põe sob sigilo o que queremos saber e, de modo deslavado, mente sobre o que sabemos necessitamos saber sobre nossos votos.

 
É grave imprudência desconsiderar os conhecidos e onerosos flagelos causados pelo Petismo e as esquerdas no Brasil. O retorno do Petismo ao poder produzirá muitas tragédias ao país.

Entre muitas outras coisas, vamos considerar apenas estas questões logo abaixo, todas elas já confirmadas de possível implantação de imediato pelo candidato das esquerdas no Brasil, logo no início do mandato, se for eleito.

 

Um. A reinserção de uma organização criminosa no quadro dirigente da República, atribuindo a essa organização o direito de nomear outros dois ministros do STF;

Dois. A tomada do poder nos termos de José Dirceu e de outros esquerdistas: “Eleições não se ganha, se toma".

Três. Reestatização do que tenha sido privatizado;

Quatro. Influência e interferência política no Conselho Nacional de Justiça e no Conselho Nacional do Ministério Público;

Cinco. Recrudescimento das ações terroristas dos movimentos sociais;

Seis. Relativização, quando não supressão do direito de propriedade;

Sete. Restrições ainda maiores ao direito de defesa dos cidadãos;

Oito. Apoio político à legalização do aborto;

Nove. Incentivo ao aparelhamento partidário da burocracia federal;

Dez. Manutenção do sequestro da Educação pelas organizações políticas de esquerda;

Onze. Ampliação do poder da extrema imprensa esquerdista, comunista em geral e da Globo em particular;

Doze. Restrições mais severas à liberdade de opinião e de expressão nas redes sociais;

Treze. Aceleração do fracionamento identitário da sociedade brasileira, incentivando a luta ou separação do povo por classes sociais.

Catorze. Combate crescente à instituição familiar como célula essencial da sociedade;

Quinze. Apoio estatal à erotização da infância e estimulo ao desenvolvimento confuso da sexualidade;

Dezesseis.  Omissão perante a criminalidade de rua e do crime organizado;

Dezessete. Uso do poder para garantia da impunidade;

Dezoito. Extinção das escolas cívico-militares e controle dos currículos de formação militar;

Dezenove.  Revisão das regras de promoção e venezuelização das Forças Armadas;

Vinte.  Interpretação equivocada da laicidade do Estado.

Vinte e um. Controle e censura da imprensa.

Vinte e dois. Controle e censura das redes sociais.

Vinte e três.  Incentivo a anulação do voto, do voto em branco ou da abstenção de votar para prejudicar os resultados das urnas;

Vinte e quatro.  Interferência no controle da propriedade privada e da renda do cidadão. Ante um perigo de tais proporções que é lamentável e estupendo favor prestado ao mal de todos e da democracia, é necessário a população votar com consciência e verá as consequências positivas ou negativas da sua escolha.

Vinte e cinco.  Por isso é muito preocupante saber que enquanto os eleitores de esquerda são perfeitamente capazes de votar em alguém como os candidatos do PT e de seus puxadinhos, para que se cumpra a pauta acima, eleitores não de esquerda que se dizem indignados com a situação, optam por uma omissão que coloca toda a sociedade sob o risco de ficar a ela submetida.

Vinte e seis. Os votos nulos e os votos de quem não sabem usar a maquininha são misturados e os que sorrateiramente parece que não representam protesto quantificável, entram em ação sendo somados com a abstenção para formar o quantitativo que formará o coeficiente eleitoral para saber quem ganhou as eleições, tendo maioria de votos ou não,  além de outras instruções para valorizar os votos para os partidos das minorias.

Vinte e sete. Os números dos candidatos da maneira que estão expostos nas urnas eletrônicas confundem grande maioria dos eleitores leigos e iletrados, que não conseguirão digitar tantos números se não tiver quem os ajude a digitar naquela ordem.

Vinte e oito.  Os números dos candidatos nas urnas eleitorais deveriam ser na ordem crescente ou decrescente e não da maneira que está.

Vinte e nove. Os números dos candidatos nas urnas eleitorais estão da seguinte forma: deputados federais, deputados estaduais, senadores, governadores e presidente da República. Então faça uma colinha com os números dos seus candidatos na ordem descrita acima para não errar.

Trinta. A sua escolha é muito importante para a eleição de um político. Por isso não adianta você votar em um candidato que não é conhecido e que não tenha a capacidade de receber uma grande quantidade de votos para ser eleito. Senão você vota num bom candidato e depois descobre que seu voto ajudou a eleger um candidato esquerdista, comunista, que só vai atrapalhar a nação brasileira.

já imaginaram o povo Brasileiro todo de verde amarelo no dia das eleições?

O sete de setembro foi apenas uma amostragem do que o povo Brasileiro é capaz. É um povo unido em um propósito, o de reeleger nosso presidente Jair Bolsonaro 22 no dia 02 de Outubro de 2022 no primeiro turno.

Faça uma colinha com os números dos seus candidatos, porque são muitos números e não dá pra decorar todos.

 

A ordem de votação neste ano é a seguinte:

 

Deputado Federal .... .... .... ....

Deputado estadual .... .... .... .... ....

Senador .... .... ....

Governador .... ....

Presidente .... ....

 

Cada voto você vai digitar na máquina e após sair a foto do seu candidato você aperta a tecla verde. (confirma). Repassem por favor. Obrigado.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza  

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O ENGANO DO ÓSCULO SANTO NA CRUZ

O ENGANO DO ÓSCULO SANTO NA CRUZ

 

O engano do ósculo (beijo) santo na cruz, que é uma prática idólatra da liturgia da igreja católica e que muitas igrejas evangélicas estão adotando como prática eclesiástica, já que a cruz está sendo colocada nos púlpitos, no interior e no exterior de muitos templos evangélicos.

 

É uma incoerência muito grande a adoração da cruz, temos que adorar é a Jesus que foi condenado a morrer pregado nela.

Vejam a defesa, em forma de advertência, do ósculo (beijo) santo na “santa cruz”, no dia da sexta feira da paixão, feita por um líder religioso da igreja católica.

Nas celebrações das missas no dia da sexta feira da paixão nas igrejas católicas é feita a cerimônia do beijo (ósculo santo) na cruz sem a presença da imagem do Cristo crucificado, colocam somente a cruz e todos os fiéis têm que beijá-la.

 

A adoração da cruz na sexta-feira santa, também chamada de “sexta-feira da paixão”, não vem a ser homenagem prestada a um pedaço de madeira ou idolatria?

A palavra “adoração” vem do termo latino “adoratio”, composto de “ad os” (à boca, aos lábios). Significa etimologicamente o gesto de levar a mão aos lábios a fim de a oscular e, em seguida, estender o ósculo a uma figura tida como divina. Este gesto devia designar, conforme os antigos, a homenagem suprema que um devoto possa prestar a Deus ou o reconhecimento da absoluta Majestade de Deus e da total sujeição da criatura.

O Cristianismo ensina que a adoração só pode ser tributada a Deus, ao único Deus, do qual as Escrituras Sagradas nos falam.

Deus, porém, pode ser considerado em Si mesmo, em Sua entidade puramente espiritual e invisível, como também pode ser contemplado através de manifestações sensíveis que Ele tenha concedido aos homens no decorrer da história. Ora uma das manifestações mais puras de Deus e, em particular, do amor de Deus para com os homens, é a Paixão de Cristo (verdadeiro Deus feito verdadeiro homem); a Paixão, por sua vez, é manifestada ou simbolizada pela Cruz. Se, por conseguinte, algum cristão quer adorar a Deus nesta sua prova suprema de amor que é a Paixão redentora, pode voltar-se para a verdadeira Cruz de Cristo (conservada em fragmentos ou relíquias espalhadas pelo mundo inteiro) ou para uma reprodução da mesma (feita por carpinteiros ou escultores posteriores) e, mediante a Cruz, tributar a Deus a sua adoração. Neste caso, fala-se de “adorar a Cruz”, mas, como se vê, num sentido impróprio; a adoração é toda relativa, isto é, refere-se toda ao próprio Deus, e de modo nenhum ao lenho como tal; este vem a ser considerado apenas como símbolo de uma realidade invisível e como estímulo sensível da devoção (a natureza humana foi feita de tal modo que lhe é normal passar às coisas invisíveis mediante as visíveis).

A adoração sendo, antes de mais nada uma atitude interior, é somente a pessoa que a pratica que pode dizer se está adorando ou não. Um ósculo, uma prostração ou uma genuflexão não significam necessariamente adoração. Caso a signifiquem, podem significar adoração absoluta ou relativa; tudo depende da intenção de quem realiza tais atos. Ora o católico professa que, quando ele se prostra diante da santa Cruz e a oscula, ele entende adorar a Deus, e a Deus só, mediante um dos símbolos do seu amor. E não há quem lhe possa contradizer.

 

O que a Bíblia diz sobre adoração de objetos, deuses e símbolos das religiões?

A Bíblia nos diz que essa idolatria implica no culto ou adoração a algo ou alguém, tanto material como imaterial, real ou imaginário, que caracteriza a atribuição de honra a falsos deuses, sobretudo pela materialização de tais objetos de adoração em produtos fabricados pelo próprio homem.

O que é um ídolo? É apenas uma imagem de escultura?

Apesar da imagem de escultura ser a principal representação das práticas idólatras, a idolatria vai muito além do que simplesmente adorar imagens. ´

Qualquer coisa pode se tornar um ídolo para o homem caído no pecado, como por exemplo, um estilo de vida, um emprego, um carro, uma marca comercial, o dinheiro, filosofias humanas (como o naturalismo, o humanismo e o racionalismo), práticas ocultas e espiritualistas, etc.

Assim, devemos entender que um ídolo é tudo aquilo que obtém a lealdade e a honra que pertencem exclusivamente a Deus. (Is 42:8).

Falando especialmente sobre imagem de escultura, a Bíblia ensina que qualquer imagem é uma simples obra humana, uma mera imitação formada a partir de matéria sem vida, que não pode ouvir, falar, enxergar ou se mover (Sl 115; Am 5:26; Os 13:2; Is 2:8), e, portanto, sua adoração é uma loucura perante Deus.

A adoração a ídolos reflete tamanha ignorância humana que, em Isaías 41:6, lemos que as pessoas ajudam umas às outras na fabricação de ídolos em sua rebelião contra Deus, porém tais ídolos são impotentes diante do Deus Soberano, e não podem livrar tais pessoas do juízo divino.

No Antigo Testamento, o povo de Israel, por exemplo, chegou a levantar imagens e eleger símbolos como alvos de adoração em representação a Deus, mas tal prática não foi aprovada pelo Senhor. (cf. 1Rs 12:26-33; 2Rs 18:4; Am 4:4,5; Os 10:5-8).

O apóstolo Paulo escreveu dizendo que o ídolo “nada é no mundo”, mas que por traz da adoração ao ídolos existe uma adoração demoníaca. (1Co 8:4; 10:19,20).

As provas históricas e arqueológicas, de que a cruz da cristandade não é a representação de um mero instrumento, mas sim o símbolo do culto imperial romano, conhecido na antiguidade como "Troféu de Vitória" por tamanha crueldade daqueles atos hediondos.

A cruz nada mais é que a representação de um deus pagão de braços abertos como um escudo, que “concede” (segundo a tradição católico Romana) proteção, bênçãos e vitórias. Também era usada como um instrumento de tortura e morte, onde o próprio deus que ela representava punia a vítima de uma forma extremamente humilhante.

Será que Jesus Cristo foi estuprado em público por um deus punidor? As diferentes formas do uso da cruz se fundem numa implícita religiosidade aparentemente vitoriosa, já que puniu com crueldade o Filho de Deus. Obviamente que o simples uso deste símbolo, seria inapropriado para um cristão de acordo com a bíblia, pois o mesmo representa um ídolo. Então a historicidade do assunto está errada, porque não se pode adorar, nem venerar, nem beijar um símbolo ou réplica da cruz, mesmo que faça parte da tradição católico Romana.

 

O ósculo santo na cruz simboliza o ato de prestar culto a ídolos.

O dicionário informal da língua portuguesa define idolatria como “dar atributos de Divino a qualquer objeto, coisa ou pessoa como se fossem Deus e adorá-los. Simbolizar o sagrado e divino não é o mesmo que ser sagrado e divino. Imagens por exemplo podem ser símbolos ou ídolos dependendo da dimensão que ela assume diante daquele que a tem. Posso ter uma imagem ( por exemplo: um retrato de alguém de sua família que já faleceu) e não ser idólatra como também posso ter e ser”.

Na bíblia a palavra idolatria diz respeito à adoração de ídolos, de objetos, chamados de sagrados,  feitos pelas mãos dos homens, numa prática que se opõe a adoração de um Deus monoteísta e ainda a prática da adoração a outros deuses que não o único Senhor Deus criador dos céus e da terra.

Diversos povos pecaram adorando a outros deuses, chegando a sacrificar os próprios filhos, ou saindo da presença de Deus e cometendo toda sorte de imoralidades, como por exemplo, as cidades de Sodoma e Gomorra, que chegaram a ser destruídas numa chuva de fogo e enxofre, porque seu pecado era tão abominável que Deus puniu aquelas cidades com a destruição total delas.

Outro ponto ainda de idolatria foi a adoração ao bezerro de ouro, quando o povo israelita aguardava no deserto, a oportunidade de entrar na terra prometida. Moisés havia subido ao monte para falar com o Senhor e neste tempo o povo adulterou construindo um bezerro de ouro para adorar, o que desagradou a Deus.

 

O Salmo 115.1-4 é uma declaração em forma de um hino de adoração a Deus e de reprovação dos ídolos.

O Salmo 115 todo é também um salmo comunitário, congregacional, de louvor e adoração a Deus e concentra-se sobre a glória do Senhor na salvação do Seu povo. Várias partes deste salmo são também usadas pelo Salmo 135 e possui também cinco momentos especiais:

(1) Glorificação do Senhor, o Único que merece ser adorado. (v. 1,2);

(2) Comparação entre os deuses falsos e o Deus verdadeiro. (v. 3-8);

(3) Liturgia de demonstração de convicção e atitude de fé no Senhor. (v. 9-11);

(4) Liturgia de aprovação das bençãos  do Senhor. (v. 12-15);

(5) Glorificação plena do Senhor, em detrimento dos ídolos que nada são. (v. 16-18).

 

Algumas referências do próprio Salmo 115 nós dão a conhecer que o ídolo nada é.

Salmo 115.1,2  Não a nós, não a nós Senhor. As pessoas têm a tendência natural de desviar para si mesmas a glória que pertence a Deus. Este salmo redireciona a glória para o seu devido foco: Deus em pessoa. As nações que não conhecem Deus são propensas a insultarem os crentes em tempos de tribulação, quando a atividade de Deus parece falhar, por não ser tão evidente. (Sl.42.3).

Salmo 115.3,4 Assim como os profetas (Is 40; Jr 10), os Salmos zombam dos ídolos das nações. O salmista nega qualquer veracidade aos falsos deuses criados pelo povo (SI 135.15-18). Enquanto outros povos adoravam esses deuses, que precisam ser carregados de um lado para o outro, escorados e bajulados, Israel glorificava o Deus vivo que está nos céus e em toda parte e que faz tudo 0 que lhe apraz. Ele é o único Ser que merece nossa adoração.

 

Refletindo sobre o verdadeiro significado desse tipo invertido de adoração.

Até bem pouco tempo ouvíamos falar em pessoas que eram condenadas a pena de morte nos Estados Unidos. A maioria eram executadas na cadeira elétrica. A bem pouco tempo ouvimos falar na televisão que brasileiros estavam sendo executados por fuzilamento em outro país por porte de drogas.

Voltando a história dos condenados a morte na cadeira elétrica nós Estados Unidos. O condenado à morte era colocado sentado e amarrado a uma cadeira especial. Colocavam-se eletrodos em certas partes do corpo, normalmente uma parte do crânio raspado e uma parte inferior do corpo. E assim se procedia esse ritual macabro; muito embora fosse merecido ou não, às vezes se descobria que estavam executando um inocente, bem na hora da execução ou logo depois de matar um inocente.

Porque estou lembrando vocês destes fatos vergonhosos neste nosso tempo tão evoluído?

Você lembra do tema desta postagem?

Então pense numa situação em que um pai ou uma família tem um filho ou ente querido seu sendo condenado e sendo executado numa cadeira elétrica. Depois da execução aquela família resolve adorar a cadeira elétrica ao ponto de beijá-la e transformá-la num símbolo de adoração para todas as pessoas daí por diante e as autoridades executoras exigir que daí em diante toda a humanidade adorasse aquele símbolo de maldade para com o filho daquela família que descobriu-se depois da execução que ele era inocente.

Bem, eu estou mencionando aqui apenas uma situação verdadeira acontecida nos Estados Unidos. Lá um inocente ficou cincoenta anos no corredor da morte e foi executado. Depois da execução o verdadeiro merecedor de estar ali confessou tudo, mas já era tarde demais.

Depois do ocorrido aquela família passou a odiar aquela cadeira elétrica e a quem condenou seu parente bem como seus algozes, seus executores.

A situação é parecida com o que fizeram com Jesus, com uma agravante porque fizeram muito pior com Jesus, condenando um inocente que só fez o bem para todos.

Agora por causa daquela execução de um filho inocente ou merecedor daquele ato, é lícito a família e a religião eleger a cadeira elétrica como símbolo de adoração e de beatificação a ponto de considerar mundialmente um dia específico só para beijar aquela cadeira elétrica? Claro que não. Com a cruz de Jesus também foi assim e num gesto de adoração plena ao madeiro cruel em que Jesus foi crucificado, tentam passar uma mensagem e uma prática idólatra para a humanidade, fazendo com que as pessoas adorem e beijem um pedaço de madeira como se aquilo fosse um símbolo sagrado.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

A MALDADE DE UM JUÍZ INÍQUO

A MALDADE DE UM JUÍZ INÍQUO

 

Lucas 18.1-18.

 

A parábola do juiz iníquo, a maldade do juiz iníquo para com uma viúva desamparada.  

1 E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer, 

2 dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava homem algum. 

3 Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. 

4 E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, 

5 todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito. 

6 E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. 

7 E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? 

8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?

 

O que são parábolas. Jesus utilizou muitas parábolas para exemplificar aquilo que Ele queria dizer ou já tinha dito.

As parábolas são histórias que se caracterizam por serem de certa forma curtas e objetivas. Elas têm o objetivo de transmitir ensinos e normalmente o fazem por meio de comparações, da explanação de fatos reais e de elementos comuns à época em que foram escritas. Os ensinos transmitidos são os mais variados, mas, normalmente, vemos ensinos ligados à moral e virtudes, à sabedoria e também à religião e doutrina.

As parábolas mais conhecidas são as que Jesus produziu e que são descritas no Novo Testamento. No entanto, também encontramos parábolas no Velho Testamento (Por exemplo: 2 Samuel 12. 1-4 – A parábola que o profeta Natã contou a Davi para acusá-lo de adultério).

Abaixo, para que você possa tomar conhecimento, relacionamos as parábolas contadas por Jesus e onde elas se encontram na Bíblia.

Lista extraída do dicionário da Bíblia de Almeida:

O administrador desonesto (Lc 16.1-9);
O amigo importuno (Lc 11.5-8);
As bodas (Mt 22.1-14);
O bom samaritano (Lc 10.29-37);
A casa vazia (Mt 12.43-45);
Coisas novas e velhas (Mt 13.51-52);
O construtor de uma torre (Lc 14.28-30);
O credor incompassivo (Mt 18.23-35);
O dever dos servos (Lc 17.7-10);
As dez virgens (Mt 25.1-13);
Os dois alicerces (Mt 7.24-27);
Os dois devedores (Lc 7.40-43);
Os dois filhos (Mt 21.28-32);
A dracma perdida (Lc 15.8-10);
O fariseu e o publicano (Lc 18.9-14);
O fermento (Mt 13.33);
A figueira (Mt 24.32-33);
A figueira estéril (Lc 13.6-9);
O filho pródigo (Lc 15.11-32);
A grande ceia (Lc 14.15-24);
Jejum e casamento (Lc 5.33-35);
O joio (Mt 13.24-30,36-43);
O juiz iníquo (Lc 18.1-8);
Os lavradores maus (Mt 21.33-46);
Os meninos na praça (Mt 11.16-19);
A ovelha perdida (Lc 15.3-7);
O pai vigilante (Mt 24.42-44);
A pedra rejeitada (Mt 21.42-44);
A pérola (Mt 13.45-46);
Os primeiros lugares (Lc 14.7-11);
A rede (Mt 13.47-50);
O rei que vai para a guerra (Lc 14.31-32);
O remendo com pano novo (Lc 5.36);
O rico e Lázaro (Lc 16.19-31);
O rico sem juízo (Lc 12.16-21);
O semeador (Mt 13.3-9,18-23);
A semente (Mc 4.26-29);
A semente de mostarda (Mt 13.31-32);
O servo fiel (Mt 24.45-51);
Os servos vigilantes (Mc 13.33-37);
Os talentos (Mt 25.14-30);
O tesouro escondido (Mt 13.44);
Os trabalhadores da vinha (Mt 20.1-16);
O vinho e os odres (Lc 5.37).

 

A parábola do juiz iníquo é um importante ensino de Jesus registrado no Evangelho de Lucas 18:1-8. Essa parábola também é conhecida como a parábola da viúva perseverante ou a parábola da mulher persistente.

A parábola do juiz iníquo faz parte de um texto bíblico cujo tema principal é a oração. Através dessa parábola o Senhor Jesus falou especificamente sobre a necessidade da perseverança na oração. Dessa forma o seu significado ensina muitas lições preciosas para todos os cristãos.

Resumo da parábola do juiz iníquo e a viúva.

Na Parábola do Juiz Iníquo, Jesus falou sobre um juiz que julgava numa certa cidade. Esse juiz não temia a Deus e nem era sensível às necessidades das pessoas. Na mesma cidade havia também uma viúva. Essa mulher tinha uma causa a ser julgada e frequentemente se dirigia ao juiz rogando-lhe: “Faze-me justiça na causa que pleiteio contra meu adversário”. (Lucas 18.10).

O juiz se negou a atender a viúva durante algum tempo. Mas num dado momento ele refletiu sobre a situação daquela mulher, e preocupado com seus próprios interesses, considerou atendê-la. Ele admitiu que não temia a Deus e nem tinha consideração pelas pessoas; mas também ele não queria mais ser importunado. Então ele resolveu julgar a causa da viúva para que ela deixasse de aborrecê-lo com seu pedido.

Então o Senhor Jesus concluiu a parábola do juiz iníquo com a seguinte declaração: “Atentai à resposta do juiz da injustiça! Porventura Deus não fará plena justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam de dia e de noite, ainda que lhes pareça demorado em atendê-los? Eu vos asseguro: Ele vos fará sua justiça, e depressa. No entanto, quando o Filho do homem vier, encontrará fé em alguma parte da terra?” (Lucas 18:-8).

Contexto da parábola do juiz iníquo e a viúva.

Jesus contou a parábola do juiz iníquo aos seus discípulos com o objetivo de adverti-los quanto ao dever de orar continuamente e jamais desanimar.

O evangelista Lucas posicionou essa parábola sequencialmente após uma exposição escatológica feita pelo por Jesus (Lucas 17). Este detalhe é importante, pois os ensinos do capítulo 18 possuem uma ligação direta com o tema do capítulo 17, apesar de algumas pessoas não perceberem.

No capítulo 17 o Senhor falou sobre o período difícil que seus seguidores deverão suportar antes de Seu retorno glorioso (Lucas 17:22,23). Jesus alertou que esse período seria longo e traria um sofrimento progressivo até culminar no dia de seu retorno. Diante dessa realidade, no capítulo 18 Ele exorta seus seguidores a perseverar em oração, na certeza de que suas suplicas serão respondidas.

 

Explicação da parábola do juiz iníquo e a viúva.

A parábola do juiz iníquo possui um paralelo muito claro com a parábola do amigo importuno contada por Jesus em outra ocasião (Lucas 11:5-8). As duas parábolas enfatizam a importância da perseverança na oração. Na Parábola do juiz iníquo são mencionados três personagens: o juiz; a viúva; o adversário da viúva.

Sobre a viúva.

A viúva tinha um opositor que de alguma forma estava agindo com injustiça contra ela. As viúvas naquela época facilmente passavam necessidades, principalmente quando herdavam dividas de seus maridos falecidos.

Desde o Antigo Testamento, a Bíblia menciona algumas viúvas que passaram por situações difíceis e viveram de modo precário. Aqui podemos citar como exemplos a viúva que hospedou o profeta Elias em Sarepta, e a viúva que mais tarde hospedou o profeta Eliseu (1 Reis 17:8-16; 2 Reis 4:1-7).

Nas Escrituras também encontramos várias referências sobre o cuidado de Deus para com as viúvas. A Bíblia diz que o Senhor julga e castiga aqueles que defraudam e prejudicam as viúvas (Êxodo 22:22,23; Deuteronômio 10:18; Salmos 68:5). O profeta Malaquias afirmou que Deus testemunhará contra aqueles que oprimem os órfãos e as viúvas (Malaquias 3:5).

Apesar disso, não é possível afirmar qual era a verdadeira situação daquela viúva. Não sabemos se ela era jovem ou idosa, se era rica ou pobre; nem mesmo sabemos a causa de seu litígio. Simplesmente tais detalhes são indiferentes e desnecessários à narrativa bíblica.

Sobre o juiz.

Na cidade em que a viúva vivia havia um juiz. Jesus o descreve como sendo um homem contrário a Deus e que também não tinha qualquer respeito pelas pessoas. Essa descrição sem dúvida enfatiza que aquele juiz era alguém egoísta e desprezível.

Quando Jesus diz que aquele juiz não tinha qualquer reverência para com Deus, isso significa que o juiz iníquo não se preocupava em fazer o que era moralmente certo. Com a informação de que ele não respeitava as pessoas, também concluímos que ele não dava importância para a opinião pública.

Sobre o tribunal.

A viúva procurou diretamente o juiz para que sua causa fosse resolvida. Em casos assim, a viúva passava a ocupar o lugar do marido falecido, tendo então os mesmos direitos de um homem no tribunal.

Na parábola Jesus não indica que o adversário da viúva comparecia regularmente ao tribunal. A viúva, por sua vez, constantemente procurava o juiz pedindo que ele julgasse sua causa. O comportamento do juiz foi completamente condizente ao seu perfil perverso.

Durante um tempo ele se recusou a fazer qualquer coisa a favor da viúva, até que depois de muita insistência ele resolveu julgar a sua causa. Ele queria apenas ficar livre daquela importunação. A forma com que o texto bíblico descreve a intenção do juiz, parece indicar que ele não agiu pelo senso de justiça, e, muito menos, pela compaixão. Em sua própria fala ele declara explicitamente não temer a Deus e nem se importar com os homens. Ele julgou a causa da viúva para não ser mais incomodado.

 

O significado da parábola do juiz iníquo.

O significado da parábola do juiz iníquo é bastante claro: os filhos de Deus devem orar constantemente, de modo perseverante e sem esmorecer, mesmo que sejam submetidos a uma longa espera. (Lucas 18:1).

Na parábola Jesus estabeleceu também um contraste agudo entre o juiz iníquo e o justo Juiz. Isso fica muito claro quando Jesus chama a atenção para as palavras do juiz e contrasta com a seguinte pergunta: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lucas 18:7).

Em outras palavras, Jesus diz que se um juiz ímpio, perverso e egoísta fez justiça à causa da viúva, quanto mais fará Deus que é santo e justo em prol de seu provo escolhido que ora a Ele de dia e de noite? Além disso, por seu caráter perverso, o juiz iníquo agiu motivado por princípios egoístas, enquanto Deus age por amor aos que são seus.

 

Jesus é um Juiz que cuida dos que são seus.

Com base nesse raciocínio, não podemos desprezar o uso de uma expressão que transmite um significado muito sublime. Jesus diz que certamente Deus fará justiça “aos seus eleitos”. A palavra original grega é eklektos, que significa “selecionado” ou “escolhido”.

Com isso, Jesus enfatiza a verdade de que o juiz iníquo nada tinha a ver com a viúva; ao contrário, ele não se importava com ela e queria se livrar dela. Ele estava disposto a qualquer coisa só para não precisar mais ver aquela mulher. Diferentemente disso, Jesus demonstra que o supremo Juiz não age assim. O justo Juiz julga a causa daqueles que são seus e se importa com eles de tal forma, que foi Ele próprio quem os elegeu como seu povo.

Geralmente é o cliente que escolhe o advogado. Na parábola foi a viúva quem procurou e escolheu o juiz que, naquele contexto, também lhe serviu de advogado. Mas no reino de Deus é diferente! Foi o justo Juiz quem escolheu aqueles que são seus. Ele os amou quando estes ainda estavam mortos em delitos e pecados; e os justificou pelos méritos de Cristo no Calvário, fazendo-lhes ser “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (2 Pedro 2:9).

Isso significa que não há como dar errado! Os redimidos nunca estarão desamparados e no tempo oportuno serão vindicados. Essa verdade é maravilhosa e reconfortante. (Apocalipse 6:10,11).

Jesus ê um Juiz que age no tempo certo.

Na Parábola do Juiz Iníquo Jesus também destaca que Deus age depressa em favor de seu povo, ainda que pareça ser tardio para com eles. Isso parece ser uma contradição, mas não é! A demora enfrentada pela viúva se deu pelo caráter desleal do juiz iníquo. Mas os seguidores de Cristo possuem um Juiz imutável e verdadeiro, no qual podem depositar toda sua confiança e fidelidade. Esse Juiz que conhece todas as coisas responde às orações de seu povo no tempo oportuno, de acordo com seus propósitos eternos.

Além disso, essa última parte da parábola do juiz iníquo aponta novamente para os acontecimentos escatológicos referidos no capítulo anterior (Lucas 17). Jesus termina a parábola falando sobre a consumação da presente era que se dará “no dia em que o Filho do homem vier”.

Todo cristão verdadeiro aguarda ansiosamente por esse momento final, quando toda justiça será revelada no dia do juízo. Nesse dia Cristo julgará os vivos e os mortos e porá fim em toda maldade, perversidade e injustiça (Atos 10:42).

Mas é verdade que a espera por esse dia pode parecer muito longa e demorada para nós. Contudo, nos planos de Deus o tempo certo já está determinado, assim como disse o apóstolo Pedro (2 Pedro 3:9). Quando esse momento finalmente chegar, o justo Juiz agirá depressa, e todas as promessas feitas aos seus filhos que sofreram perseguições durante toda a história serão cumpridas integralmente.

Por isso Jesus termina a parábola do juiz iníquo com uma pergunta inevitável: 

“Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18:8).

Jesus não fez essa pergunta para especular se haverá cristãos verdadeiros na terra na ocasião de sua vinda. A Bíblia já responde claramente esta questão (Mateus 24:44-46; Lucas 12:37; 17:34,35; 1 Tessalonicenses 4:13-18). Mas a pergunta feita por Jesus tem o objetivo de provocar uma reflexão, um auto-exame.

Cada um deve se perguntar: Será que estou pronto para aguardar pacientemente e perseverando em oração, o momento da volta de Cristo?

Estou me derramando diariamente diante de Deus em oração pedindo que “venha a nós o teu reino, e seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”?

Realmente estou orando fervorosamente pela volta do Senhor Jesus?

Lições da parábola do juíz iníquo e a viúva.

Podemos pontuar algumas reflexões adicionais sobre a Parábola do Juiz Iníquo.

Em primeiro lugar, essa parábola nos ensina que devemos orar continuamente e com perseverança. A viúva não desistiu de suplicar sua causa a um homem ímpio e sem consideração por ninguém. Nós, porém, temos um Juiz santo e justo; então não podemos desanimar.

Em segundo lugar, a parábola do juiz iníquo nos ensina a orar pelos motivos corretos. Todo o contexto da parábola parece indicar que a viúva que importunava o juiz estava do lado da justiça, ou seja, seu pedido era legítimo e aceitável.

Em terceiro lugar, a parábola do juiz iníquo nos ensina que a resposta da oração pode demorar. Uma oração sem resposta não significa que Deus não a escutou. A demora na resposta de uma oração sempre tem um propósito. Se você está orando pelos motivos certos, não com propósitos egoístas, mas visando o bem do reino de Deus, e ainda não foi respondido, então talvez o Senhor esteja lhe ensinando algumas lições necessárias.

A demora na resposta de uma oração se dá por razões que somente Deus conhece. Mas durante esse período, aproveite para aprender mais sobre a paciência e a perseverança, e tenha sua fé fortalecida. Às vezes Deus nos reserva uma bênção ainda maior que vai além do nosso pedido, mas nossa impaciência muitas vezes acaba prejudicando nossa compreensão a esse respeito.

O ensino sobre a oração no capítulo 18 de Lucas não terminou com a parábola do juiz iníquo. Jesus continuou seu ensinamento na parábola do fariseu e o publicano, enfatizando a atitude e as intenções corretas ao orar.

Passamos a analisar algo interessante sobre o Juiz que julga corretamente e com a verdade: Deus.

Quatro Princípios Bíblicos do julgamento de Deus no Juízo final, também chamado de Juízo do grande trono branco.

Para entendermos como se processará o juízo Final devemos ter em mente quatro princípios da Palavra pelos quais de forma geral seremos julgados.

No capítulo dois de Romanos o Apostolo Paulo ensina esses quatro princípios fundamentais que são:

Deus nos julga segundo a verdade.

Deus nos julga segundo as nossas obras.

Deus julga sem acepção de pessoas.

Deus nos julga de acordo com a nossa comunhão com Ele.

 

O julgamento de Deus é segundo a verdade.

“Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade. Receberão condenação todos os que praticam a iniquidade, contra os que praticam tais coisas, haverá severa condenação. “Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? 

Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”. (Romanos 2.1-4).

Paulo reprovou a atitude das pessoas em querer julgar os outros com um nível elevado e a si mesmas com um nível inferior. Em Deus não acontecerá dessa forma, pois o critério usado por Deus será o mesmo em todos os Juízos. Paulo disse: Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade   e contra os que praticam tais coisas.

Quando o apostolo falou que “o juízo de Deus é segundo a verdade” ele está mostrando o critério imutável do juízo de Deus que é a Palavra. Jesus disse:

“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. João 17.17.

Esse é o primeiro critério do juízo Divino, nada mais nada menos que a própria Palavra de Deus. Esse padrão não varia, será sempre o mesmo, segundo a verdade.

 

O Juízo de Deus é segundo as nossas obras?

“Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”. (Romanos 14:10-12).

Embora as Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, repetidas vezes mencione o juízo, no qual os vivos e os mortos comparecerão ante o tribunal de Cristo para serem julgados segundo as suas obras, (Mt. 16:24-27; Rm. 2:4-10; Ap. 20:12-15), recebendo por elas o seu destino eterno, esse tema está em vigor na linguagem teológica protestante desde séculos passados que enfatizam que a prática de boas obras são condicionantes para sermos salvos, como é o caso dos Kardecistas, Espiritistas e algumas seitas religiosas Cristãs consideradas hereges.

As boas obras são necessárias sim, porém não influenciam na nossa salvação. As boas obras devem ser uma prática constante na vida dos Cristãos, porém a salvação é pela fé.

Nossa salvação é  pela Graça por meio da Fé em Cristo e não por praticar boas obras que testemunham da nossa fé em Deus por meio de Cristo Jesus nosso único e suficiente Salvador de nossas almas.

O Juízo de Deus é sem acepção de pessoas.

 “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação”.  (1 Pedro 1.17). Esse é o segundo critério do julgamento de Deus, “sem acepção de pessoas”.

Vivemos em um mundo corrompido pelo pecado, manchado pela maldade, de fato na terra existe uma inversão de valores onde as pessoas aplaudem o que Deus reprova e reprovam o que agrada a Deus.

E nesse mundo que vivemos é comum encontramos esse comportamento negativo: “acepção de pessoas”.

Hoje em dia, poder aquisitivo, classe social, cor, raça, aparência física e nível cultural, tudo isso tem exercido forte pressão em nossa sociedade.

Sem acepção de pessoas. Esta expressão implica que Deus não é influenciado, afetado no Seu julgamento pelas características externas de uma pessoa, nada pode desviar, embaçar, intimidar o Justo Juízo de Deus.

E Deus também adverte a todos os homens que exercem juízo nas coisas humanas, que também não façam acepção de pessoas.

Deus nos julga e julgará segundo as nossas obras e nossa comunhão com Ele.

Na verdade a fé e as obras têm que andar de mãos dadas, uma não existe sem a outra, leia: “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. (Tiago 2:18). O único meio visível de provar a fé é através das boas obras. É uma equação: fé sem obras não existe e obras sem fé dá no mesmo.

Quando fez o belo Sermão do Monte Jesus explicou a questão das boas obras e seu papel na vida do cristão, veja: “Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. (Mateus 7:18-20).

É bem simples de entender: bons frutos identificam o verdadeiro cristão, assim como a esterilidade e os maus frutos indicam a morte espiritual. Ninguém que segue a Jesus pode produzir maus frutos, é impossível, ao contrário, quem segue a Jesus tem que gerar boas obras. O único probleminha é que existe muita gente boa mal informada e acredita que apenas a caridade pode salvar sua alma do inferno, o que não é verdade.

O fruto do Espírito inclui a generosidade, a bondade e a longanimidade que é sinônimo de desprendimento. Todo discípulo de Jesus recebe em seu coração o Doce Espírito Santo e Ele traz consigo o Seu fruto para moldar nosso caráter e modificar nossas atitudes negativas, assim, quem tem o Espírito tem a generosidade, o amor, a bondade e o desprendimento, a qualidade de pensar no bem do outro acima de seus próprios interesses e, portanto, gera boas obras por via de consequência.

E as pessoas que não acreditam em Jesus e praticam boas obras? Elas não serão salvas?

A salvação é matéria unicamente de Jesus. Sem Jesus não há salvação, ainda que a pessoa venda todos os seus bens para fazer caridade. Esta é a verdade. Ponto final. É preciso observar o que há por trás da caridade, porque tem gente que faz caridade só para ficar “bem na foto”, ou então, por influência, só porque, os amigos vão distribuir mantimentos debaixo da ponte e o cidadão vai junto, tira foto e tudo para postar nas redes sociais.

Ainda tem a caridade de “fim de ano”. O cidadão passa o ano inteirinho maltratando animais de rua, insultando os mais velhos, tirando “onda” com a miséria alheia, mas no Natal vai “fazer caridade” aos moradores de rua. Não dá para acreditar nestas “boas obras”.

Este é outro ponto: boas obras não é só distribuir sopa, participar da campanha do agasalho e coisas assim, a caridade, sinônimo de generosidade e bondade, está nas atitudes, no “conjunto da obra” e isso inclui ser bom filho, bom chefe de família, bom amigo, bom marido (ou esposa) e se comover com o sofrimento alheio e nunca, nunca desejar o mal por inveja, vingança, ou só por esporte.

Não despreze as boas obras, porque são elas que testificam que somos filhos de Deus, mas também não pense que apenas as obras são capazes de salvá-lo, porque isso seria uma grande decepção no final da jornada desta vida. As boas obras foram preparadas para todo aquele que reconhece Jesus como Salvador, por isso está escrito: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2:10).

Todos seremos julgados diante de Deus, o justo Juiz. A Bíblia diz em Apocalipse 20:12: “E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”.

As pessoas serão julgadas segundo o que fizeram. A Bíblia diz em Mateus 16:27: “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras”.

O critério no julgamento será a lei de Deus. A Bíblia diz em Tiago 2:10-12: “Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos. Porque o mesmo que disse: Não adulterarás, também disse: Não matarás. Ora, se não cometes adultério, mas és homicida, te hás tornado transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei, como havendo de ser julgados pela lei da liberdade”.

 

O julgamento de Deus é e sempre será justo.

A Bíblia diz em Atos 17:31: “Porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”

Todos passarão pelo julgamento divino. A Bíblia diz em 2 Coríntios 5:10: “Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal”.

Nada pode ser escondido no julgamento. A Bíblia diz em Eclesiastes 12:14: “Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”.

Que visão duma cena do julgamento foi dada a Daniel? A Bíblia diz em Daniel 7:9-10: “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos”.

No tribunal do julgamento, Cristo é o nosso advogado. A Bíblia diz em 1 João 2:1: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”.

Que evidências tem o nosso advogado de defesa a nosso favor? A Bíblia diz em Apocalipse 3:5: “O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”.

O nosso justo Juiz está sempre atento para defender a causa dos justos. 1 João 2.1.

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.