segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O QUE É SER UM CRISTÃO PENTECOSTAL

O QUE É SER UM CRISTÃO PENTECOSTAL

 

O que é ser um Cristão Pentecostal, cheio do Espírito Santo de Deus e batizado com o Espírito Santo?

 

Estamos vivendo um tempo de muitas incertezas, de muita frieza espiritual e de muita incredulidade no mundo inteiro.

Todos estamos esperando que de fato terminem as guerras e rumores de guerras entre as nações para saber como será nosso novo jeito de viver; só que esperamos em vão. As guerras e rumores de guerras só aumentarão até a volta de Jesus para arrebatar a sua igreja. No período da grande tribulação será o clímax da destruição em massa dos seres viventes na face da terra. Então não há escolha, seja um servo de Deus agora, antes que seja tarde demais.   

As máscaras da religiosidade e as distâncias sociais parecem ter sido incorporadas no comportamento humano e no menor sinal de qualquer problema de saúde, seja um simples resfriado, uma simples dor de cabeça, uma simples tosse ou um problema maior, já se pensa que novos estilos de assepsia pessoal de asseio na preparação de refeições e alimentos, de cuidados na limpeza de lugares e materiais, enfim, muita coisa mudou e as pessoas acabaram ficando, parece que com medo umas das outras. O medo virou pânico, o medo virou frieza, o medo virou distanciamento social e reclusão, hoje são comuns e aceitáveis na nova conduta social as pessoas não se reconhecerem mais umas às outras. Afastaram-se umas das outras, deixaram de ir às suas igrejas para cultuar a Deus; é uma incoerência e uma esquizofrenia atípica, é um tempo de solidão. É um tempo de doenças mentais incuráveis em que aumentaram muito os profissionais da área dos cuidados mentais, porém sem chances de vislumbrar a cura da depressão e de outros males.

Empregos e trabalhos à distância virou obrigação e mesmo os diversos relacionamentos se tornaram virtuais, os namoros e casamentos também são absolutamente aceitáveis em quase todas as esferas da sociedade via sites de relacionamentos. Estamos na era do princípio das dores para os fiéis e do domínio do anticristo à nossa frente.

Parece que está se cumprindo o que o profeta Isaías disse, ...que a terra cambaleia como um bêbado... Is.24.20, deu um nó na humanidade e muitos estão retornando para o Senhor Jesus, outros aceitando a Cristo como seu salvador pessoal e, há até os que já começaram a repensar suas convicções de fé, porque não temos outra saída a não ser correr para os pés de Jesus Cristo enquanto é tempo.

 

Pode-se dizer que a luz brilhou nas trevas, embora de uma maneira muito forte, já que pelo amor os homens, até mesmo os chamados cristãos, estavam ignorando o brilho do Senhor.

Agora é hora de sondar o nosso alicerce, checar as nossas raízes e solidificar ainda mais a nossa vida espiritual na fé que abraçamos e nas verdades eternas da palavra de Deus. É hora de receber e de dar, de aprender e ensinar, de ter compaixão e amar, de esquecer-se de si próprio e buscar “aqueles que estão fora”.

 

De onde vem o termo Pentecostal?

Foi no dia de Pentecostes que a promessa do derramamento do Espírito Santo (Joel 2:28-29) veio sobre os discípulos pela primeira vez. Antes disso, o Pentecostes era uma festa judaica instituída por Deus, para celebrar a colheita. Joel 2.28–29.

28 “E acontecerá, depois disso, que derramarei o meu Espírito sobre toda a humanidade (sobre toda a carne). Os filhos e as filhas de vocês profetizarão, os seus velhos sonharão, e os seus jovens terão visões. 29 Até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.

Pentecostes é uma palavra grega que significa “quinquagésimo”, porque era a festa que acontecia cinquenta dias depois da Páscoa:

Vejamos Levíticos 23:15-16.

15 Contem sete semanas a partir do dia imediatamente após o sábado, a partir do dia em que trouxerem o feixe da oferta movida; deverão ser semanas inteiras. 16 Até o dia que vem depois do sétimo sábado, contem cinquenta dias; então apresentem nova oferta de cereais ao Senhor.

 

O que é falar em línguas?

Alguém pode questionar porque a menção já é do Novo Testamento, porém, o Senhor Jesus ainda não havia inaugurado a dispensação da graça e Zacarias e Izabel eram os pais do último profeta do Antigo Testamento segundo o próprio Senhor Jesus: Lucas 16:16.  “A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele”.

De novo em Atos: Atos 2:4 está escrito: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”.

Agora, a primeira evidência de ser cheio do Espírito Santo não é a profecia, mas falar em línguas. Além de a profecia não estar extinta, nem tampouco fora de contexto, tanto as línguas como as proféticas são dons de elocução, dons da fala, e o Senhor Jesus deixou claro que o enchimento do Espírito Santo era para ser testemunha, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra. (At 1:8).

Então, o que marca uma pessoa cheia do Espírito Santo é exatamente a elocução, ou seja, falar. Essa característica no AT aparece com a profecia e no NT também com a línguas. Em cada passagem sobre o batismo no Espírito Santo no livro dos Atos dos Apóstolos, a evidência sempre é a elocução, que agora era falar línguas estranhas.

As profecias e as línguas são expressões bíblicas de fala inspirada pelo Espírito Santo.

Fantástico, não é mesmo? Não falta evidência bíblica para a Doutrina Pentecostal.

Nós não podemos ser acusados de apenas basear nossa doutrina no livro dos Atos do Apóstolos, de modo algum.

Observe agora aqui, a menção do Apóstolo Pedro da profecia:

Atos 2:16-18 “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão”.

Em plena harmonia com a doutrina do revestimento de poder desde o Antigo Testamento, o Apóstolo Paulo exalta também a profecia:

1Coríntios 14:5 “E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação”.

 

A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes foi o início de uma nova era. Todo o povo de Deus agora é chamado para ser cooperador com Ele e para Ele, e pode receber os dons especiais do Seu Espírito Santo, a fim de realizar o que seria impossível por seus próprios esforços.

A impressão que fica, depois de tantos relatos de fatos históricos de homens e mulheres de Deus, é que afinal, foram e serão lembrados por milagres que realizaram no poder do Espírito Santo, porque eram cheios do poder de Deus e, como as lideranças religiosas já não mais criam nas manifestações dos dons, especialmente por pessoas comuns, escolheu seguir aqueles cujos milagres não se podia refutar ou esconder porque era visível e as pessoas dão testemunho que recebem os milagres de Jesus até hoje. Afinal de contas, eram e são pessoas comuns cheias do Espírito Santo. Atos 2:39 “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”.

 

Ser um Cristão Pentecostal é pertencer a uma igreja pentecostal, é viver sob o domínio total do Espírito Santo de Deus.

Mas o que é uma igreja pentecostal? Uma igreja pentecostal é uma igreja que aceita que os dons “mais sobrenaturais” do Espírito Santo podem se manifestar na atualidade. Os crentes são incentivados a buscar esses dons, para a edificação da igreja. As igrejas pentecostais são mais conhecidas por promover o dom de falar em línguas.

O nome “pentecostal” vem do relato da descida do Espírito Santo sobre os discípulos no dia de Pentecoste, em Atos dos Apóstolos 2:1-4. Nesse dia, os discípulos ficaram cheios do Espírito Santo, falaram em línguas que não conheciam e pregaram o evangelho a muitas pessoas.

 

Em que as igrejas pentecostais acreditam, elas são diferenciadas, em quê?

Existem muitas igrejas pentecostais diferentes, com crenças variadas. Mas o que torna uma igreja “pentecostal” é sua crença que os dons do Espírito Santo se manifestam atualmente. O pentecostalismo é mais comum entre evangélicos mas também existe entre outros grupos cristãos, como os católicos carismáticos.

As igrejas pentecostais acreditam que crentes hoje em dia podem receber dons sobrenaturais do Espírito Santo, como falar em línguas, cura ou profecia (Marcos 16:17-18); 1 Coríntios 14:1). Esses dons são para o bem da igreja. Os pentecostais também dão muito valor ao batismo com o Espírito Santo; geralmente se transborda em línguas depois de ser batizado com o Espírito Santo ou simultaneamente, no mesmo momento do batismo com o Espírito.

Portanto nas orações e nos momentos de louvor, alguns evangélicos fervorosos começam a transbordar de alegria pelos dons do Espírito Santo e falam em outras línguas.

Nem todas as igrejas aceitam essas manifestações e muitas pessoas que dão glórias a Deus e transbordam de alegria, de uma alegria sobrenatural a ponto de falar em outras línguas são convidadas a deixar suas congregações.

Como não querem perder a comunhão com outros crentes, os cristãos pentecostais sempre formam novas igrejas, abrem congregações, cultos nos lares, cultos nas ruas, cultos nas praças, umas até um pouco exageradas, como as neopentecostais,  mas a maioria são nos moldes da igreja primitiva dos apóstolos. Assim as igrejas pentecostais vão se alastrando pelo mundo afora.

Em outras situações surgiram ramos independentes dentro de igrejas tradicionais e se transformaram em igrejas avivadas e atualmente o movimento pentecostal continua crescendo muito no nosso país.

E a história não termina aí, no século XXI o Senhor nosso Deus está realizando, talvez, a maior e mais extraordinária obra de avivamento e derramamento de poder através do Espírito Santo de todos os séculos, e o protagonista dessa geração somos nós que vivemos este momento sobrenatural da graça de Deus em nossas vidas. Por isso sou pentecostal. A igreja dos nossos tempos talvez não teve tempo para aprender sobre o assunto e precisa debruçar-se diante da Bíblia para aprender, conversar com os líderes conservadores pentecostais para que eles ensinem sobre o assunto. É bom lembrar aqui que o Espírito Santo de Deus é educado e não sai no meio do povo agarrando ninguém do sexo oposto; o Espírito Santo não nos tira a sobriedade do nosso entendimento,  ou seja, ficamos no domínio do Espírito Santo mas não perdemos o domínio da nossa mente.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

REIS DE ISRAEL, DE JUDÁ E A GENEALOGIA DE JESUS

REIS DE ISRAEL, DE JUDÁ E A GENEALOGIA DE JESUS

 

Reis de Israel e de Judá e a preservação da genealogia de Jesus. Deus usou todos os métodos que confundiu os líderes do Velho Testamento, corruptos ou não, para preservar a genealogia de Jesus.

 

Quem foram os reis de Israel e de Judá?

Somente três reis reinaram sobre todo o povo unido de Israel. Depois os israelitas se dividiram em dois países: Judá, a sul, e Israel, a norte. Os reis de Judá eram descendentes de Davi mas os reis de Israel vieram de várias famílias e tribos diferentes.

Antes da monarquia, o povo de Israel era liderado por juízes, líderes nomeados por Deus que uniam o povo contra seus inimigos. Mas quando Samuel, o último juiz, estava idoso, os israelitas exigiram um rei, para serem como outros povos. Então Deus escolheu Saul como rei de Israel. Mas Saul desobedeceu a Deus e outro homem foi escolhido como seu sucessor: Davi.

Deus prometeu que Davi sempre teria um rei no trono (2 Samuel 7:16-17). Mas seus descendentes desobedeceram a Deus e perderam o apoio de dez das tribos de Israel que estava sob o domínio de Roboão filho de Salomão. Assim, o reino ficou dividido: as tribos de Judá e Benjamim formaram o reino de Judá e se mantiveram leais à família de Davi, sob o domínio de Roboão, enquanto que as outras dez tribos se juntaram e formaram o reino de Israel, sob o domínio de Jeroboão que estabeleceu Samaria como sua capital.

O reino de Judá teve 19 reis e uma rainha ao longo de 340 anos, enquanto que o reino de Israel teve 19 reis ao longo de 200 anos. Como os reis de Israel sofriam golpes e eram depostos com alguma frequência, tinham, em média, reinados mais curtos que os reis de Judá.

Reis do reino unido de Israel: (Antes da divisão das tribos de Israel no reinado de Roboão, filho de Salomão).

Saul - primeiro rei de Israel, desobedeceu a Deus e foi rejeitado por Ele como rei. Segundo Atos dos Apóstolos 13:21 Saul reinou 40 anos sobre Israel.

Is-Bosete - filho de Saul, esteve a cargo das tribos de Israel desde a morte de seu pai (enquanto Davi foi ungido rei sobre Judá), mas foi proclamado rei 2 anos antes de sua morte. Ele foi o chefe de 10 tribos durante o mesmo período que Davi reinou sobre Judá, até que foi assassinado por antigos aliados. Depois disso Davi foi proclamado rei sobre todas as tribos de Israel.

Davi - nomeado por Deus como sucessor de Saul, reinou 7 anos sobre Judá e 33 sobre todo o Israel; Deus prometeu que sempre teria um descendente seu no trono.

Salomão - filho de Davi, foi o rei mais rico e sábio de sempre; ele construiu o templo de Jerusalém. Depois de sua morte houve uma grande cisão entre o povo de Israel. Os reinos foram divididos em Reino do Norte - Israel e Reino do Sul - Judá.

Depois da morte de Saul houve um intervalo de 7 anos e meio, até que Davi reinasse sobre todo o Israel. Como entender os 2 anos de reinado de Isbosete em Israel e os 7 anos que Davi reinou em Judá? Nesse meio tempo, é provável que a casa de Saul - por meio de Isbosete, e sob a forte liderança de Abner, estivesse se recuperando da derrota para os filisteus e buscando o apoio de aliados em todas as tribos para a casa de Saul.

O texto não é explícito, mas é provável que após estarem numa situação mais estável, Abner, comandante do exército de Israel, tenha proclamado Is-bosete "oficialmente" rei. Isso teria acontecido 2 anos antes de sua morte (2Samuel 2:8-11). A partir daí, iniciou-se outro período turbulento, com a guerra entre as famílias de Davi e Saul - capítulos 2 a 4 de 2 Samuel.

Por isso, entendemos que o sucessor de Saul, Isbosete, liderou (inativa e oficialmente) Israel 7 anos, simultâneos ao tempo que Davi reinou sobre Judá (2 Samuel 5:4-5). Apesar de haver alguma controvérsia na interpretação cronológica desse período, esta linha interpretativa parece ser a mais aceitável entre os estudiosos.

 

Os Reis de Israel:

Jeroboão I - Da tribo de Efraim, se rebelou contra Salomão, depois liderou a revolta contra Roboão, tornando-se rei de dez das tribos de Israel; não seguiu a Deus e promoveu a idolatria em Israel, por isso Deus prometeu destruir sua descendência.

Nadabe - Filho de Jeroboão, durou apenas dois anos, depois foi assassinado.

Baasa - Da tribo da Issacar, matou toda a família de Jeroboão e tomou o trono; cometeu os mesmos pecados que Jeroboão.

Elá - Filho de Baasa, também foi ruim e foi assassinado depois de dois anos.

Zinri - Assassinou Elá e toda a família de Baasa; teve o reinado mais curto, de apenas sete dias.

Onri - Comandante do exército, foi proclamado rei depois que Elá foi morto e venceu todos os rivais; ele estabeleceu Samaria como a capital do reino de Israel.

Acabe - Filho de Onri, ficou famoso por ser ruim e idólatra e se casar com Jezabel, que perseguia os profetas de Deus; um profeta previu sua morte e a destruição de sua família; Acabe morreu em batalha contra o rei da Síria.

Acazias - Filho de Acabe, foi ruim como seus pais e morreu depois de uma queda.

Jorão - Filho de Acazias, foi ruim mas não tão ruim quanto seu pai; morreu junto com seu primo Acazias, rei de Judá, assassinados por Jeú.

Jeú - Comandante do exército, foi escolhido por Deus para destruir a família de Acabe; matou Jezabel, os descendentes de Acabe e os profetas de Baal, mas continuou na idolatria.

Jeoacaz - Filho de Jeú, somente procurou a ajuda de Deus quando o país estava debaixo da opressão do rei da Síria; Deus o livrou mas o exército ficou muito reduzido.

Jeoás - Filho de Jeoacaz, foi idólatra e teve muitos problemas com o rei da Síria.

Jeroboão II - Filho de Jeoás, foi idólatra mas foi usado por Deus para acabar com a opressão que os israelitas estavam sofrendo.

Zacarias - Filho de Jeroboão, foi ruim e durou apenas seis meses, depois foi assassinado por Salum.

Salum - Conspirou contra Zacarias e tomou o trono durante um mês; depois foi assassinado.

Menaém - Assassinou Salum e se tornou rei; continuou na tradição da idolatria.

Pecaías - Filho de Menaém, foi ruim e durou pouco tempo; foi assassinado por Peca.

Peca - Oficial do exército, conspirou contra Peca e se tornou rei; no seu reinado o rei da Assíria conquistou várias partes do reino de Israel; Peca também morreu assassinado.

Oséias – Último rei de Israel, foi ruim mas não tão ruim como seus predecessores; se tornou vassalo do rei da Assíria mas depois se rebelou e os assírios conquistaram Israel, deportando os israelitas.

 

Reis de Judá:

Roboão - Filho de Salomão, foi tolo e se recusou a baixar os impostos pesados; por causa disso dez tribos o rejeitaram e o país ficou dividido.

Abias - Filho de Roboão, foi um rei ruim, que não obedecia a Deus.

Asa - Filho de Abias, tinha o coração voltado para Deus; seu reinado foi marcado por guerras com o reino de Israel.

Josafá - Filho de Asa, também obedeceu a Deus e procurou reduzir a idolatria em Judá.

Jeorão - Filho de Josafá, casou com Atalia, filha de Acabe, e foi influenciado pelos reis ruins de Israel, se desviando de Deus.

Acazias - Filho de Josafá, também foi um rei ruim; ele e Jorão, rei de Israel, foram assassinados por um israelita chamado Jeú.

Atalia - Mãe de Acazias, quando soube que seu filho estava morto, matou todos os netos (menos um, que escapou) e tomou o trono; depois de sete anos foi deposta e assassinada.

Joás - O único filho de Acazias que sobreviveu à chacina de sua avó, Joás foi proclamado rei aos sete anos, quando Atalia foi deposta; ele obedeceu a Deus enquanto o sacerdote Joiada estava vivo mas depois se desviou.

Amazias - Filho de Joás, obedeceu a Deus mas entrou em guerra contra Israel e perdeu; morreu assassinado por conspiradores.

Azarias/Uzias - Filho de Amazias, obedeceu a Deus mas depois ficou orgulhoso e entrou numa parte do templo que era proibido, por isso ficou com lepra.

Jotão - Filho de Uzias, obedeceu a Deus e fez algumas reparações no templo de Jerusalém.

Acaz - Filho de Jotão, colocou um altar idólatra no templo de Deus e até queimou um de seus filhos como sacrifício a um ídolo.

Ezequias - Filho de Acaz, foi obediente a Deus e purificou o templo; durante seu reinado os assírios conquistaram Israel mas Deus livrou o reino de Judá.

Manassés - Filho de Ezequias, teve o reinado mais longo de todos; ele foi tão ruim que Deus prometeu destruir Judá, mas depois de uma grande derrota ele se arrependeu e se voltou para Deus; mesmo assim, não acabou com a idolatria no país.

Amom - Filho de Manassés, continuou nos pecados de seu pai e morreu assassinado.

Josias - Filho de Amom, começou a reinar com oito anos; na idade adulta restaurou o templo e promoveu a adoração a Deus, renovando a aliança entre Deus e os israelitas; foi o último rei de Judá fiel a Deus.

Jeoacaz - Filho de Josias, foi ruim e reinou apenas três meses; foi deposto pelo faraó do Egito, que colocou seu irmão no trono.

Jeoaquim - Filho de Josias, não seguiu a Deus e se tornou vassalo do rei da Babilônia; depois se rebelou e morreu enquanto o exército babilônico sitiava Jerusalém.

Joaquim - Filho de Jeoaquim, desobedeceu a Deus e durou apenas três meses; foi levado cativo para a Babilônia, onde passou o resto da vida.

Zedequias - Filho de Josias, foi colocado no trono pelo rei da Babilônia no lugar de seu sobrinho Joaquim; quando se rebelou, os babilônios atacaram e destruíram Jerusalém, deportando os judeus; Zedequias foi capturado e levado para a Babilônia; seus filhos foram assassinados.

 

Depois do exílio na Babilônia o que aconteceu?

Depois que os judeus foram deportados para a Babilônia, a região de Israel foi dominada por vários reinos e impérios diferentes. 70 anos depois do exílio, os judeus voltaram para sua terra mas não como povo independente e não tinham rei.

Durante um curto período entre o fim do Antigo Testamento e o início do Novo Testamento, uma família conhecida como os Macabeus reinou sobre Israel, declarando independência. Eles eram de uma família de sacerdotes, não da descendência de Davi, e seu reino não durou muito tempo.

Na época em que Jesus nasceu, havia um rei chamado Herodes que governava a região. Mas ele não era judeu. Seu poder vinha do imperador de Roma e seus descendentes no trono foram todos vassalos dos imperadores romanos.

Mas Deus não se esqueceu de sua promessa a Davi. Ele enviou Jesus como descendente de Davi para ser o salvador do mundo (Lucas 1:32-33). Assim, a descendência de Davi ficou com um rei no trono para sempre, no trono celestial.

 

A genealogia de Jesus e as lições mais importantes da história bíblica sobre a preservação do cumprimento da palavra profética de Genesis 3.15 da vinda do Messias.

A Bíblia nos apresenta a genealogia de Jesus em duas perspectivas. Mateus apresenta Jesus como descendente de Abraão e Lucas retrocede sua linhagem até Adão. Mateus apresenta Jesus como o Rei dos judeus e Lucas como o Homem perfeito. Marcos e João não tratam da genealogia de Jesus Cristo, por causa do propósito para o qual escreveram. Marcos, escrevendo para os romanos, apresenta Jesus como servo e destaca suas obras mais do que suas palavras. João, escrevendo um evangelho universal, tem como escopo apresentar Jesus como o Filho de Deus e como tal, cumpriu toda a promessa da vinda do Salvador, Seu ministério entre os homens e seu sacrifício vicário profetizado por Isaías em todo o capítulo 53.

Tanto no registro de Mateus como no de Lucas, vemos na genealogia de Jesus Cristo pessoas más, que se insurgiram contra Deus.

 

Uma visão panorâmica das pessoas escolhidas por Deus para realizar o seu propósito até a chegada do Messias prometido.

Em primeiro lugar, vemos na genealogia de Jesus Cristo mulheres em cuja vida há marcas reprováveis. Tamar, coabitou com o seu próprio sogro Judá e gerou dele dois filhos gêmeos Perez e Zera; Raabe era prostituta em Jericó; Rute era moabita e Bate-Seba, mãe de Salomão, adulterou com Davi.

Muito provavelmente nenhum personagem gostaria de destacar em sua biografia mulheres com esse passado. Mas porquê elas estão inseridas na genealogia de Jesus Cristo? Para reforçar a verdade de que o Filho de Deus se identificou mais com os pobres e miseráveis pecadores a quem veio Ele salvar. Jesus disse que os sãos não precisam de médicos.

Em segundo lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de mentira. Os patriarcas mencionados aqui, Abraão, Isaque e Jacó tiveram momentos de fraqueza na área da mentira. Eles não só se omitiram, mas esconderam a verdade e inverteram os fatos com medo de sofrerem com as consequências de seus atos. Foram fracos e repreensíveis. Isso prova que Deus nos escolhe não pelos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos e das nossas fraquezas.

Em terceiro lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de violência. Na lista da genealogia de Jesus há homens como Davi, cujas mãos estavam cheias de sangue, mas foi considerado um homem segundo o coração de Deus por sua vida de humilhação debaixo da potente mão de Deus e não saía para a guerra sem a ordem de Deus. Roboão governou Judá com truculência. O rei Acaz queimou seus filhos, perseguiu seu próprio povo e cerrou ao meio o profeta Isaías. Manassés foi muito violento, ele encheu Jerusalém de sangue, foi considerado um monstro. Um tormento para seu próprio povo. Jamais escolheríamos homens dessa estirpe para integrar nossa família. A genealogia de Jesus Cristo aponta-nos para a infinita misericórdia de Deus. Ele ama com amor eterno os mais indignos.

Em quarto lugar, vemos na genealogia de Jesus homens em cuja vida há marcas de idolatria. Salomão, por causa de suas muitas mulheres, sucumbiu à idolatria. Roboão, fez um bezerro de ouro e construiu novos templos para outros deuses em Israel para desviar o povo do Deus vivo. Acaz fechou a casa de Deus e encheu Jerusalém de ídolos abomináveis. Manassés foi astrólogo, idólatra e feiticeiro. Levantou altares pagãos e prostrou-se diante de todo o exército dos céus. Na esteira da genealogia de Jesus Cristo temos pessoas que nos deixam perplexos por causa de sua afrontosa rebeldia a Deus. Isso prova, de forma incontestável que Deus ama os objetos de sua ira e enviou Jesus para identificar-se com os pecadores e salvá-los da ira vindoura perdoando-os de seus pecados.

Mas, antes de ficarmos mais chocados com essa assombrosa lista, olhemos para nós mesmos porque somos indignos, somos pecadores, somos culpados. Nosso coração é desesperadamente corrupto. Por que Deus nos escolheu? Por que ele nos amou? Por que ele não poupou o seu próprio Filho, antes por todos nós o entregou, para morrer em nosso lugar? A resposta é: Por causa de Sua graça, que é maior do que a vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho Unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo.3.16.

Deus não escolhe os capacitados, Deus capacita os escolhidos. Deus não escolhe santos, beatificados e perfeitos, Deus escolhe pessoas que mesmo cheias de defeitos e pecados se disponham a servir a Deus em espírito e em verdade.

Então não deixe de servir a Deus por achar que Deus te rejeitou, muito pelo contrário, Ele tem prazer na vida daqueles que se humilham debaixo da potente mão de Deus.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

SOU PENTECOSTAL GRAÇAS A DEUS

SOU PENTECOSTAL GRAÇAS A DEUS

 

O que é ser Pentecostal? Porque sou pentecostal?

 

O movimento pentecostal no mundo moderno começou em 1906, em Los Angeles, quando William J. Seymour pregou, dando origem ao Avivamento da Rua Azuza. Os elementos da Igreja Pentecostal consideram o batismo com o Espírito Santo essencial no caminho da salvação e dos dons espirituais. O batismo com o Espírito Santo é um fenômeno caracterizado pela glossolalia, conhecido como dom de línguas. (1 Coríntios 12:10).

 

O termo pentecostal tem origem na palavra Pentecostes, que é uma festa cristã que ocorreu 50 dias depois da Páscoa, encerrando o ciclo das festas em Jerusalém. Comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, onde surgiram "línguas repartidas como que de fogo" sobre a cabeça dos apóstolos, sendo que as pessoas que receberam o Espírito Santo começaram a falar em outras línguas. Este episódio é descrito em Atos dos Apóstolos 2:1-13.

Os cristãos históricos acreditam que o batismo com o Espírito Santo acontece juntamente com a conversão (quando a pessoa aceita a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida) e, segundo eles, não há manifestação exterior.

Outros religiosos independentes acreditam que a pessoa recebe o Espírito Santo no momento da conversão ou pouco depois e pode ser acompanhado com a manifestação de um dom espiritual como o dom de línguas.

Os pentecostais acreditam que o batismo com o Espírito Santo e a conversão são acontecimentos distintos que podem não acontecer em simultâneo, havendo sempre a manifestação pelo dom de línguas como caracterização de que a pessoa foi batizada com o Espírito Santo.

Por isso creio piamente na autoridade plena das Escrituras Sagradas. Creio na  inerrância da Palavra de Deus. Creio que Jesus Cristo é o Caminho a Verdade e a Vida Jo:8.32. Creio que Jesus Cristo morreu, mas ressuscitou dentre os mortos e vive e reina para sempre e eternamente junto ao trono da graça de Deus e nos enviou o Espírito Santo para que Ele esteja conosco até que o Senhor Jesus volte para arrebatar os seus.

Por isso defendo a atualidade da experiência bíblica dos dons espirituais para nossos dias, são experiências que vivemos nos nossos dias em nossa vida ministerial. Quem é cheio do Espírito Santo desde início de sua conversão também pode receber o batismo com o Espírito Santo com a evidência de transbordar em línguas, quer sejam conhecidas (dialectos) ou desconhecidas (glossolalia).

Eu particularmente tive essa experiência aos 14 anos de idade o que sedimentou minhas convicções a respeito dessa linha teológica que defendo como uma apologética eficiente e suficiente para nosso viver.

Eu nasci espiritualmente, ou seja eu aceitei Jesus no ano de 1965 numa igreja pentecostal chamada Assembléia de Deus, portanto, num ambiente absolutamente dominado pelo poder do Espírito Santo, onde os crentes amavam a oração, o ensino bíblico nos cultos de doutrina, o louvor genuíno, a cura divina e as pregações escatológicas sempre marcavam nossos corações. Também fui ensinado pelos meus pastores acerca da doutrina do Espírito Santo e tão logo a compreendi, desejei ardentemente esta experiência e a recebi no mesmo ano da minha conversão, também eu era batizado nas águas e participava constantemente da Santa Ceia do Senhor que é a Comunhão dos santos.

A igreja ministrava cursos bíblicos para todas as idades e escolas bíblicas para obreiros. Meus primeiros certificados e ou diplomas Teológicos foram todos acompanhados do reconhecimento das lideranças da igreja. Ali foi de onde sai ainda mais convencido da realidade dos dons espirituais até quando conquistei meu curso de Bacharel em Teologia, mas sempre me pautando por uma vida com compromisso com Deus do primeiro amor.

Desde a minha adolescência fui acompanhado de pessoas cheias do Espírito Santo o que me incutiram esse ensino do poder de Deus, dos dons espirituais, curas, libertações que o Espírito Santo nos proporciona todos os dias.

Mesmo sendo dividido e sub dividido este assunto e essa doutrina dos movimentos pentecostais, ele continua crescendo no Brasil, alcançando milhões de brasileiros que acreditam e aceitam o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador de sua vida.

O movimento pentecostal pode ser dividido em três ondas delineadas por suas características sócio-religiosas e contexto cronológico.

Além das grandes denominações pentecostais, existem hoje centenas de "ministérios independentes" e ou novas denominações surgindo anualmente no Brasil e no mundo.

 

Quando aconteceu a primeira onda pentecostal no mundo moderno?

A primeira onda, também conhecida como pentecostalismo clássico, abrangeu o período de 1910 a 1950 e iniciou-se com sua implantação no país, decorrente da fundação da CCB, Congregação Cristã no Brasil e da Assembleias de Deus até sua difusão pelo território nacional.

Desde o início, ambas igrejas caracterizam-se pelo anticatolicismo, pela ênfase na crença do batismo do Espírito Santo e por um ascetismo que rejeita os valores do mundo e defende a plenitude da vida moral e espiritual. Francescon, Berg e Vingren tiveram matriz pentecostal comum, ao receberem as novas doutrinas na Missão de Fé Apostólica conduzida pelo Pastor William H. Durham, ex-pastor batista, em Chicago, Illinois.

A primeira denominação desse movimento organizada no Brasil em 1910 com a vinda do missionário Louis Francescon, que atuou em colônias italianas no Sul e Sudeste do Brasil. Francescon realizou em 1910, o primeiro batismo de orientação pentecostal em solo brasileiro com a conversão de onze almas, originando a Congregação Cristã no Brasil em Santo Antônio da Platina - Paraná, e no mesmo ano inicia esta igreja no Bairro do Brás em São Paulo.

Em 1911, Daniel Berg e Gunnar Vingren, iniciaram suas missões no Pará e Nordeste, dando origem às Assembleias de Deus. O movimento das Assembleias de Deus cresceu do norte-nordeste para o sul, com apoio inicial do movimento pentecostal escandinavo e posteriormente transferência de aliança com as Assemblies of God americanas. Com os anos surgiram ministérios e convenções, dos quais muitos são independentes, ou seja, não afiliados à Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.

Além da Congregação Cristã no Brasil e da Assembleia de Deus surgiram outras denominações pentecostais menores nos primeiros quarenta anos do pentecostalismo brasileiro. Na década de 1930, nasceu a Igreja Adventista da Promessa à qual se referiu Duncan A. Reilyl, mencionando que no Recife do ano de 1932, ao lado do pentecostalismo proveniente dos Estados Unidos, nascia a Igreja Adventista da Promessa. Em dezembro daquele mesmo ano, foi organizada a Igreja de Cristo no Brasil em Mossoró (Rio Grande do Norte). A Igreja de Cristo divergiu das demais igrejas pentecostais da primeira onda ao seguir o dogma da "eterna segurança" mais conhecida como Perseverança dos santos. Esta também defende que o cristão recebe o batismo do Espírito Santo no momento da conversão e não como segunda bênção seguida de dons de línguas. Em Catalão, GO em 1935 foi fundada a Igreja Evangélica do Calvário Pentecostal. Esta igreja uniu-se à Igreja de Deus de Cleveland, EUA, e se tornou a Igreja de Deus no Brasil, hoje presente em todos os estados brasileiros. A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo foi fundada em São Paulo em 1936 por Marcos Batista. A Missão Evangélica Pentecostal do Brasil, fundada em Manaus em 1939, de origem americana, mas que atualmente atua de forma independente, com direção nacional e credo baseado no pentecostalismo clássico, de característica moderada quanto à questão de usos e costumes.

 

O calvário e o pentecostalismo.

Calvário e pentecoste são dois fatores na vida do cristão que jamais podem separar-se; não poderá haver o segundo sem o primeiro. Apesar de alguém pregar ou ensinar que pentecostes não se repete mais, continuamos a dizer, pregar e ensinar que ele existe e se repete cada dia. A promessa pertence a tantos quantos nosso Senhor chamar (At 2:39). O calvário, sim, esse não se repete mais, pois o sacrifício de Cristo é insubstituível (Hb 9:28; 10:12). Não existe sacrifício incruento.

Quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, como pecador aceitamos a Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador e como crentes em Jesus aceitamos o espirito Santo. Com o perdão dos nossos pecados começamos a sentir os efeitos benéficos do calvário, uma nova vida, um desejo ardente de servir a Deus. O calvário não vem a nós; nós é que vamos a ele quando recebemos a Cristo.

Calvário e Pentecoste são duas coi­sas distintas, mas homogêneas. Cal­vário é a causa, Pentecoste é o efeito. No Calvário há lágrimas, no Pentecoste alegria; no Calvário o pecador arrependido sente tristeza da sua vida velha, no Pentecoste ele regozija-se com a alegria da salvação. No Calvário o pecador deixa o pecado, no Pentecoste ele tem alegria e vitória sobre o pe­cado. No Calvário nascemos de novo, no Pentecoste somos reves­tidos de poder.

No Calvário somos batizados em Cristo (Mat. 20:22; I Cor. 12:13), no Pentecoste somos batizados com o Espirito Santo (At. 1:5). No Calvário recebemos o Espirito Santo (João 20:22), no Pentecoste somos cheios do Espírito Santo (At. 2:4). No Calvário ouvimos lín­guas estranhas (Mat. 27:46; Luc. 23:38), no Pentecoste falamos lín­guas dos anjos e dos homens (At. 2:6; I Cor. 14:2). No Calvário fica­mos em Jerusalém (Luc. 24:49), no Pentecoste vamos por todo o mun­do (At. 1:8). No Calvário os de­mônios obedecem-nos (Luc. 10:17), no Pentecoste expulsamo-los (Marc. 16:17).

O que tem acontecido ou está para acontecer, é que muitos crentes não passaram pela experiência do Calvário, não nasceram de novo, e sem estes requisitos não recebem o Pentecoste. Muitos ficam de longe e até batem no peito (Luc. 23:48), outros fogem temerosos da tribulação e da crítica, (At. 2:13), e para esses não existe Pentecoste. Só para aqueles que passaram pela experiência do Calvário existe Pen­tecoste. Muitos passam margeando o rio, tendo medo de entrar; outros contentam-se com água pelos artelhos, (Ez. 47:3-6) e dizem como a mulher samaritana “o poço é fundo”.

Pentecoste não é renovação, po­rém uma porta aberta para uma vida abundante e de triunfo. Pen­tecoste é a promissória que ga­rante aos filhos de Deus que a recebem, trabalharem com mais in­teresse nos bens do seu Senhor. É o caminho de renovação espiri­tual via batismo com o Espírito Santo. Pentecoste é a dinâmica para uma vida vitoriosa.

Para provarmos que o Pentecoste se repete nos nossos dias, não precisamos citar o caso de Cornélio, nem tão pouco o de Samaria ou de Éfeso (At. 19), e nem evocar os testemunhos dos grandes ho­mens de Deus através dos tempos. É bastante contemplar o grande Movimento Pentecostal em todo o mundo, e verificar como Deus tem usado homens desprovidos de homilética e sem nenhum preparo teológico, tão-somente cheios do Espírito Santo, aquecidos pelo fogo do altar, e o resultado aí está: a grande colheita de almas para Cristo.

Sem medo de errar podemos afir­mar que entre dez pentecostais, sete são batizados com o Espírito San­to, e outros três estão esperando. Dizer-se que a ocorrência da casa de Cornélio foi um suplemento do dia de Pentecoste para que Pedro soubesse haverem os gentios sido recebidos por Deus, são evasivas daqueles que olham o Calvário de longe.

Pedro, um dos primeiros a ser batizado com o Espírito Santo, não sabia acaso que as promessas de Deus são verdadeiras? Ele que dis­sera que “as promessas pertencem a vós, e a vossos filhos e a todos os que estão longe; a tantos quan­tos Deus nosso Senhor chamar” (At. 2:39), e que respondera com firmeza às perguntas: “Que quer isto dizer?” e “Que faremos nós?” (At. 2:12,37). É sem sombra de duvidas contrário ao dom de discernir os espíritos que ele possuía. (At. 5:3,9). O apóstolo Pedro, portanto, fala com toda convicção que os dons espirituais e o falar em línguas estranhas com o batismo com o Espírito Santo veio para ficar por todas as gerações até que o Senhor Jesus volte para arrebatar a sua igreja.  

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

OS JUÍZES DE ISRAEL

OS JUÍZES DE ISRAEL

 

Os juízes de Israel no decorrer da história em que muitos foram obedientes e outros desobedientes à Deus.

 

Isaías 10.1 Ai dos juízes injustos e dos que decretam leis injustas! 

Isaías 10.2  Daqueles que não há justiça para os pobres, para as viúvas e para os órfãos! Sim, porque a é que chegam até a verdade rouba as viúvas e órfãos!

Isaías 10.3 Que, você vai morrer, quando você estiver na terra distante? Para quem hão de voltar-se para pedir ajuda? Onde vão pôr os vossos tesouros de forma a serem em segurança?

Isaias 10.4  Nada eis de fazer, senão andar aos tropeções por entre os prisioneiros e cair por entre os mortos. Mesmo assim, a sua ira não desaparecerá. A sua mão continua sobre eles.

A geração dos Juízes durou um período aproximadamente de 410 anos e além das personalidades de Moisés e Josué, fazem parte da lista de nomes dos juízes que lideraram neste tempo: Otniel, Eúde, Sangar, Débora, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli e Samuel, sendo que estes dois últimos foram sacerdotes também.

 

Os juízes de Israel foram pessoas escolhidas por Deus e especialmente dotadas para julgar e liderar o povo de Israel. (Jz 2:16-23; 3:9,10; 1Sm 12:9-11; 2Sm 7:11). O período em que essas pessoas lideraram o povo de Deus ficou conhecido como “o período dos juízes“. Neste estudo bíblico, conheceremos quem foram os juízes de Israel e os pontos mais importantes desse período.

 

O período dos juízes de Israel

O período dos juízes foi o momento histórico que constituiu a transição do governo de Moisés para o reinado dos reis de Israel. Este período é descrito no livro de Juízes, no Antigo Testamento.

O período dos juízes começou com a opressão de Cusã-Risataim após Josué e os anciãos terem morrido, e o povo de Israel ter se entregado a uma profunda apostasia. Por fazer o que era mau aos olhos do Senhor, e adorar deuses estranhos, Deus permitiu que Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia, subjulgasse o povo de Israel durante oito anos. (Jz 2:7-11; 3:7,8).

Após este tempo, o Senhor levantou Otniel, sobrinho ou talvez irmão de Calebe, para libertar o povo dando início ao período dos juízes. O período dos juízes terminou quando Saul foi eleito rei de Israel, em aproximadamente 1050. Logo, a maioria dos estudiosos entende que o período dos juízes durou aproximadamente 320 anos.

Quem foram os juízes de Israel?

Como já dissemos, os juízes de Israel foram pessoas levantas por Deus em tempos de crise, e eram capacitados pelo Espírito Santo de Deus para julgar e liderar o povo. No livro de Juízes lemos: “E levantou o Senhor juízes, que os livraram da mão dos que os despojaram”. (Jz 2:16; cf. 3:10; 13:25; 14:19; Sl 106:43-45; At 13:20).

As funções judiciais exercidas por eles estavam diretamente ligadas à liderança espiritual sobre o povo (1Cr 17:6; 2Sm 7:7). Os juízes permaneciam em suas funções até morrerem (Jz 2:19; 1Sm 4:18; 7:15), e, diferente dos reis, eles não estabeleceram um governo hereditário em Israel. (Jz 8:22,23).

Esses juízes eram heróis nacionais, e algumas vezes são designados como “libertadores”. Uma lista com os juízes de Israel geralmente sofre algumas discussões. Alguns consideram apenas a lista dos juízes nos doze ciclos presente no livro de Juízes, com Sansão sendo o último deles.

Outros também incluem Eli (1Sm 4:18) e Samuel (1Sm 7:15) na lista oficial de juízes de Israel. Seja como for, obviamente Eli e Samuel lideraram e julgaram Israel antes da instituição da monarquia, apesar de não serem citados no livro dos Juízes e a atuação destes possuir algumas diferenças pontuais com relação aos líderes citados no livro dos Juízes.

Mesmo dentro da lista fornecida pelo livro dos Juízes, existe uma discussão entre os intérpretes acerca de Débora e Baraque. Alguns consideram apenas a liderança de Débora, outros contam separadamente Débora e Baraque, e, outros, unificam a atuação de ambos.

Também é importante citar que Eli e Samuel, muito provavelmente, foram contemporâneos durante algum tempo de Sansão, o último juiz mencionado no livro dos Juízes. A lista dos juízes apresentada nos doze ciclos registrados no livro dos Juízes é a seguinte: Otniel (Jz 3:7-11). Eúde (Jz 3:7-11). Sangar (Jz 3:31). Débora (Jz 4:1-5:31). Gideão (Jz 6:1-8:32). Tola (Jz 10:1-2). Jair (Jz 10:3-5). Jefté (Jz 10:6-12:7). Ibsã (Jz 12:8-10). Elom (Jz 12:13-15). Ablom (Jz 12:13-15). Sansão (Jz 13:1-16:31).

 

Cronologia do período dos juízes de Israel.

É muito difícil conseguir estabelecer uma cronologia para o período dos juízes, pois faltam informações fundamentais para tal, como por exemplo, o período de tempo que decorreu entre o começo da conquista de Canaã com Josué e o início da opressão de Cusã-Risataim.

Também existe uma grande dificuldade de interpretação em relação à somatória dos números fornecidos pelo livro dos Juízes, isto é, totalizando os períodos de opressão e de governo dos juízes, chega-se a um resultado que excede significativamente o período de tempo total aceitável para este momento histórico. Logo, devemos entender que alguns períodos de opressão e de trégua sob a liderança dos juízes se sobrepuseram, de forma que não é possível determinar por quanto tempo houve sobreposição em cada caso específico.

Com base nas dificuldades apontadas, podemos arriscar uma estimativa de como se deu a cronologia do tempo dos juízes de Israel. Entre aproximadamente 1405 e 1364 a.C. houve o governo de Josué e dos anciãos (Jz 2:7), e em 1356 a.C. a libertação, com Otniel, da opressão de Cusã-Risataim (Jz 3:8). Depois houve uma trégua de quarenta anos, entre aproximadamente 1356 e 1316 a.C. (Jz 3:11).

Em cerca de 1298 a.C., Eúde libertou o povo dos dezoito anos de opressão moabita (Jz 3:14-15). Em aproximadamente 1258 a.C., houve a libertação do povo dos 20 anos de opressão do rei Jabim, com Débora e Baraque (Jz 4:3), e seguiu-se quarenta anos de paz no norte até 1218 a.C.

Após o período de trégua, registrou-se uma opressão Midianita de sete anos, chegando ao fim com a libertação liderada por Gideão em cerca de 1211 a.C. (Jz 6:1ss). A liderança de Gideão durou quarenta anos (Jz 8:28), até aproximadamente 1171 a.C. Depois deste período, houve o reinado perverso de Abimeleque, filho de Gideão, sobre Siquém, entre 1171 e 1168 a.C. (Jz 9:22).

Entre aproximadamente 1168 e 1123 a.C. houve a liderança de Tola e Jair (Jz 10:1-3). Depois os povo Amonitas oprimiu os israelitas por dezoito anos, até que surgiu Jefté em aproximadamente 1105 a.C. (Jz 10:8-11,33). Depois de Jefté, temos o registro da liderança de Ibsã, Elom e Abdom (Jz 12:7-9,11,13,14).

O capítulo 13 do livro dos Juízes relata um período de quarenta anos sob opressão dos filisteus, seguindo um relato sobre as proezas de Sansão entre aproximadamente 1101 e 1081 a.C., sendo este o último dos líderes registrado no livro dos Juízes. (Jz 14:1-15:20; 16:31).

Se estendermos nossa cronologia até os relatos do livro de Samuel, temos o registro da captura da Arca da Aliança e a morte de Eli em aproximadamente 1099 a.C. (1Sm 4:18), depois a batalha de Ebenézer (1Sm 7:2-12) e Samuel julgando o povo entre 1079 e 1050 a.C. (1Sm 7:15-17).

 

Eli e Samuel os últimos juízes de Israel. Eles acumularam os cargos de Juízes e sacerdotes atendendo e julgamento as causas do povo de Israel. 

Análise de fatores importantes da história de Eli. Os capítulos 1 a 4 do primeiro livro do profeta Samuel trás um relato de como foi o trabalho do sacerdote Eli e sua família. Diga-se de passagem que foi muito prejudicial ao povo de Israel e desagradou sobremaneira ao Senhor Deus.

Ao longo da época dos juízes, a degradação moral se tornou cada vez pior e faltava uma liderança firme. (Juízes 21:25). O sacerdote Eli liderou o povo por 40 anos mas ele deixou seus filhos cometerem muitos pecados, que desagradaram a Deus. Por isso, a família de Eli ficou debaixo de maldição e seus filhos morreram em batalha. Quando ouviu a notícia da morte de seus filhos, Eli caiu de sua cadeira e morreu também.

Eli tinha criado um menino consagrado a Deus, chamado Samuel, no templo. Quando cresceu, Samuel se tornou o novo juiz de Israel e liderou o povo em grandes vitórias contra os filisteus. Quando envelheceu, ele tentou passar a liderança para seus filhos mas eles eram ruins e o povo não os aceitou.

 

Análise de mais fatos importantes sobre a história de Samuel.

Diante da instabilidade política e social, os israelitas exigiram um rei. Eles estavam rejeitando a Deus como seu verdadeiro rei e agora queriam ser como os outros povos. Deus permitiu que tivessem um rei mas avisou que isso não seria a solução para o país. (1 Samuel 8:7-9). Guiado por Deus, o profeta Samuel ungiu Saul como o primeiro rei de Israel.

Samuel continuou como líder influente até sua morte, mas a liderança política passou para os reis. Depois que Saul foi rejeitado como rei, por desobedecer a Deus, Samuel ungiu o próximo rei de Israel, Davi, que teria uma longa dinastia. Assim terminou a época dos juízes.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.