segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

MODERNIDADE EXTREMA NO MEIO EVANGÉLICO

MODERNIDADE EXTREMA NO MEIO EVANGÉLICO

 

Modernos líderes religiosos e seus falsos profetas.  

O modernismo teológico adentrou nas igrejas e “possuiu” uma grande quantidade de lideranças causando transtornos irreparáveis e irreversíveis aos bons usos e costumes, e principalmente à doutrina sadia e conservadora da Bíblia Sagrada. Atualmente esses “super ministros de Deus” como se autodenominam, abandonaram a Apologética Bíblica tão necessária para a edificação e defesa da fé e adotaram um sistema de apologia, adoração e exaltação pessoal em lugar da exaltação única e exclusiva a Deus. A advertência do Apóstolo Paulo aqui é necessária ser aplicada. Leiam Gálatas 6.7 “De Deus não se zomba, tudo o que o homem semear, isso também colherá”.

Os modernos e falsos profetas ou os profetas, pastores, líderes evangélicos do engano estão atuando intensamente neste tempo do fim e são tão extremamente enganadores que até “inspiram uma certa confiança”. Coitado dos que não conseguem identificá-los.

O profeta Ezequiel enfoca, no capítulo 34, quatro pontos importantes sobre a figura do pastor, a saber: Os pastores infiéis, (Ez 34.1-10), Deus, na pessoa de Jesus, como o futuro bom pastor, (Ez 34.11-16), O julgamento entre as próprias ovelhas, (Ez.34.17-22) e O Messias como o pastor de Deus para apascentar as suas ovelhas. (Ez 34.23-31).

O profeta Ezequiel nos trás uma mensagem de Deus, firme e segura sobre os pastores infiéis e o bom Pastor.

Ezequiel 34.2-4 diz:

2. Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?

3. Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.

4. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.

Também o profeta Jeremias profetizou acerca dos maus pastores.

Jeremias 23.1-4 diz:

1. Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
2. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.
3. E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão e se multiplicarão.
4. E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor.

Jesus falou sobre os mercenários e o estrago que eles fazem na obra de Deus.  Jesus falou que os mercenários da fé no mundo moderno não têm limites para enganar o povo.  

Durante um de seus ensinos, Jesus afirmou aos seus discípulos que Ele era a “porta das ovelhas”. Jo 10.7. Além disso, arrogou a si o título de “bom pastor”. Jo 10.11. Todavia, alertou aos discípulos sobre a existência de mercenários.

O que vem a ser um mercenário? De acordo com o dicionário da Bíblia do Obreiro, mercenário significa “aquele que trabalha apenas pelo salário”, trabalha somente para proveito próprio. Nesta definição, notemos a palavra “apenas”. Isto quer dizer que um mercenário trabalha exclusivamente para satisfazer os seus desejos avarentos, o seu egocentrismo, o seu egolatrismo, deixando de lado outros aspectos relacionados com o que esteja empenhado a fazer no trabalho oficial de ministro de Cristo e na ministração oficial no templo. Para o mercenário, o compromisso maior é com ele mesmo. O negócio deles é trabalhar pelo seu negócio e fazê-lo render dinheiro, muito dinheiro.

Sabendo disso, Jesus traçou um paralelo entre Ele e o mercenário. Ao fazer isso, o nosso Mestre apontou algumas características importantes que identificam um interesseiro dos bens alheios.

A primeira característica de um mercenário já foi explicada pelo seu próprio conceito, isto é, pessoa que investe tempo, trabalho e recursos em prol dos seus próprios interesses. Será que você não conhece algum líder que se encaixa direitinho nessa concepção? Alguns pregadores “até avivalistas" servem-nos de exemplo, com raras exceções. Basta pesquisarmos nas redes sociais e assistirmos durante alguns minutos, a arte de conseguir dinheiro facilmente é bem explícita e está no DNA dessas pessoas. Eles e ou elas agem com muitas mentiras e espírito de engano.  

A segunda característica ou marca identificadora de um mercenário é que ele “não é pastor”, não se comporta como tal, mas finge e declara com muita ênfase que é pastor, são sempre adeptos da libertinagem e do exagero, são extremistas, uma hora se apresentam como muito crentes, outras horas são desviados. Não têm perseverança. Jo 10.12, utilizam o nome de pastor e outros títulos chegando a considerarem-se que são um “vice Deus” aqui na terra e no céu. Se ele não é pastor e verdadeiramente sequer é um verdadeiro discípulo de Cristo, porque está exercendo uma função sem ser chamado e sem ser separado pelo Senhor Jesus: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Ef. 4.11. Por isso, quantos não estão em pecado? Fazem vistas grossas para o pecado deles e do povo.

A terceira característica ou marca que identifica um mercenário. O Senhor Jesus pontuou também a terceira característica de um venal: “de quem não são as ovelhas”. Jo 10.12. Se o mercenário não é pastor, logo não tem autoridade delegada por Deus para cuidar de uma igreja. Eis a explicação de muitas igrejas acabarem indo a bancarrota, pelo simples fato de terem como líder um mercenário.

A quarta característica do mercenário é que geralmente ele é covarde e mentiroso. A covardia também assinala a identidade desse interesseiro. Ele “vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge”. Jo 10.12. A ação do covarde deixa as ovelhas à mercê do lobo, que pode ser considerado outro tipo de líder que não vamos falar sobre ele aqui. Isso significa que as ovelhas, a igreja que está sendo “pastoreada” ficam vulneráveis a falsos ensinos, a modismos litúrgicos e a uma vida descompromissada com o Evangelho de Cristo. Os novos conversos não amadurecem na fé; tampouco os mais antigos na fé conseguem progredir espiritualmente. Hb. 5.12.

A quinta característica de um mercenário é que geralmente ele é um falsário. Por fim, Jesus resume quem é, de fato, esse falsário: “Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas”. Jo 10.13. Por isso, podemos inferir que, na cabeça do mercenário, sempre soa a seguinte pergunta: “Para que cuidar das ovelhas se o que realmente importa é viver do que elas podem me oferecer?”.

Portanto, amados, refutemos com a Bíblia os ensinos e as práticas desses avarentos, bem como oremos para que o Senhor Jesus os repreenda e os tire da frente do rebanho, da frente da igreja que é lavada e remida pelo sangue de Jesus.

Os falsos profetas, falsos pastores e os falsos líderes evangélicos geralmente são também muito profanos e permissivos; não se importam com a vida espiritual do povo e geralmente deixam o povo à vontade para fazer o que quiser desde que contribuam financeiramente. O pecado, pra eles, é quem cometeu tal pecado e não que o pecado seja pecado para qualquer pessoa que o cometa.

"E farão negócio de vós". Muitos falsos profetas dos tempos modernos estão seguindo à risca os falsos profetas do passado, apenas modernizaram os métodos do espirito do engano.

2 Tessalonicenses 2.2-12 diz:

2. que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto.

 3. Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,

 4. o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.

 5. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?

 6. E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.

7. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;

8. e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;

9. a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,

10. e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.

11. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira,

12. para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade.

É de causar inveja e de estremecer os túmulos dos falsos profetas dos tempos de Jeremias quando profetizava que os tempos de escravidão estava chegando para o povo hebreus, os reis e sacerdotes desviados dos propósitos de Deus contratavam outros profetas para profetizar somente aquilo que agradava o rei e castigavam o profeta Jeremias dizendo que ele não profetizava do Senhor,  mas sim era um perseguidor do rei.

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita". 2 Pedro 2:1-3.

Falsos profetas nunca vão dizer que são falsos profetas. Vão sempre focalizar no que poderão fazer para que as pessoas sejam impactadas com suas posições "teológicas avançadas" nos momentos de crise emocional das pessoas em diversas áreas da vida e do cotidiano.

Há também de se considerar que falsos doutores só são descobertos depois de causar muitos traumas e frustrações e estragos emocionais para as pessoas que acreditaram neles, e ainda acrescentamos que esses falsos profetas, falsos doutores, sempre agem com palavras fortes no que diz respeito ao dinheiro, prometendo soluções rápidas na vida financeira, na vida sentimental, enfim na saúde e em outras áreas.

Prometem muito sucesso, prometem bom emprego, prometem muitas propriedades, desde que dêem tudo que têm para suas "obras". São verdadeiros mercenários da fé. São empresários dos milagres; se os seus seguidores têm dinheiro,  alcançam o milagre mais rapidamente. Quanto mais dinheiro investem nos seus líderes,  mais milagres têm. É o tempo do "vale quanto tem".
Os incautos infelizmente são enganados, são levados pela correnteza do espirito de engano. Serão negociados como se mercadoria fossem.  Serão vendidos e até prometidos como garantia de "altos negócios" ou de "negócios lucrativos". A única coisa que não prometem e nem fazem é pregar a Jesus Cristo como único e suficiente salvador porque isso não gera mais lucros, rendimentos e dividendos em suas contas bancárias. Pregar a Salvação? Nem pensar. Não dá dinheiro e não dá lucro.

A igreja de Jesus Cristo nestes tempos modernos precisa voltar os olhares para a era dos reformadores, para a época da igreja primitiva; a igreja precisa voltar ao início de tudo e ser exemplo dos fiéis. A igreja precisa voltar ao primeiro amor antes que seja tarde demais.
Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. 2 Timóteo 4: 3-4.
A descrição de Jesus sobre os falsos profetas, sobre os falsos pastores, sobre os falsos líderes evangélicos, sobre os falsos crentes é uma lista muito grande em Mateus 23.

Mateus 23 diz:

Algo do conteúdo deste discurso foi usado também pelo Senhor Jesus anteriormente em Luc. 11:39ss, mas agora Ele faz a sua acusação no Templo em Jerusalém, na fortaleza dos seus inimigos.

23:1-12 Advertência contra os fariseus. Esta porção foi dirigida diretamente para os discípulos, embora na presença da multidão.

23:2 Na cadeira de Moisés se assentam, isto é, eles ocupam a posição de Moisés entre vocês, como expositores da Lei.

23:3, 4 Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem. Até onde o ensinamento deles apresentava o que Moisés ensinou, o povo devia obedecer. Porém, não os imiteis nas suas obras. Suas obras incluíam suas interpretações e perversões forçadas da Lei, que os capacitavam a zombar da importância espiritual do Velho Testamento. Suas múltiplas adições à Lei, aqui chamadas de fardos pesados e difíceis de carregar, faziam parte das suas obras. Nem com o dedo querem movê-los. Embora a casuística dos rabinos sem dúvida encontraria meios de escapar ao que era desagradável, esta declaração provavelmente significa que eles nunca moviam um dedo para remover qualquer desses fardos. (movê-los está em paralelo oposto, a atam).

23:5 O que são os Filactérios. São pequenos estojos contendo tiras de pergaminho sobre as quais estavam escritas as palavras de Êx. 13:2-10, 11-17; Dt. 6:4-9 e 11:13-22. Os estojos eram amarrados com fitas à testa e no braço esquerdo. A prática surgiu depois do cativeiro e depois de uma interpretação extremamente literal de Êx. 13:16. 

Os fariseus usavam-nas por ostentação. Alongam as suas franjas, bordas usadas nos quatro cantos da capa, de acordo com Núm. 15:38 e Dt. 22:12. Jesus usava essas bordas (Mt. 9:20; 14:36), mas os fariseus alargavam-nas por exibição.

23:6, 7 Lugar de honra nos banquetes e nas sinagogas eram objetos da ambição dos fariseus, além das efusivas saudações nas praças públicas, as quais chamavam a atenção para sua destacada posição. Mestre. Um título equivalente a professor ou doutor, que os judeus aplicavam aos seus instrutores espirituais.
23:8-12 As próximas palavras foram dirigidas especificamente aos discípulos. Os seguidores de Cristo não deveriam procurar serem chamados por esses títulos de mestre, Pai ou Guia, como os fariseus. Entretanto, esta não é uma proibição absoluta de hierarquia ou uso apropriado de títulos, pois o próprio Paulo se intitulou “pai” dos coríntios e chama Timóteo de “filho” (1 Co. 4:15, 17). O maior mostra claramente a validade da diferença de postos. Mas um espírito de humildade deveria governar os crentes, não a ambição egoísta dos fariseus que usurpavam para si mesmos a autoridade que pertence a Deus.

23:13-36 – Os sete “ais” de Jesus contra os fariseus. Aqui a atenção foi desviada dos discípulos para os fariseus, que faziam parte da multidão.
23:13 Hipócritas! Um epíteto destacando o fingimento dos fariseus e seus escribas. Fechais o reino dos céus. Na qualidade de líderes religiosos e reconhecidos intérpretes das Escrituras, deveriam ter sido os primeiros a atender a Jesus, influenciando os outros a segui-los. Quanto aos que estão entrando, não o permitiam por causa de sua, aparente, falsa liderança. O versículo 14 é uma interpolação de Mc. 12:40 e Lc. 20:47.
23:15 Rodeais o mar e a terra. Uma busca zelosa. Prosélito. Não o gentio temente a Deus que não era circuncidado (isto é, prosélito do portão), mas o gentio que fora persuadido a adotar o judaísmo in teta incluindo todas as tradições ensinadas por esses fariseus. Filho do inferno duas vezes mais do que vós. Os prosélitos feitos por esses fariseus que não eram espirituais (e sem dúvida que foram acrescentados a sua seita) apenas acrescentariam tradições rabínicas às suas noções pagãs.

23:16-22 O terceiro “ai” chama os fariseus de guias cegos e insensatos por terem pervertido a verdade do juramento. Já é bastante mau não se poder confiar na palavra de um homem sem o juramento. Mas os fariseus ensinavam que havia diferença na obrigatoriedade do cumprimento dos diversos votos. Os juramentos que usavam referências gerais ao templo ou ao altar não obrigava a pessoa a cumpri-los, mas se mencionasse mais especificamente o ouro do santuário ou a oferta do altar ficava obrigada a cumpri-los. Jesus mostrou o absurdo de tal raciocínio destacando que o maior (santuário, altar, Deus) inclui o menor (ouro, oferta, céu). À vista de tal perversidade, Cristo ensinou “De maneira nenhuma jureis” (Mt. 5:33-37).

23:23, 24 O quarto “ai” descreve o cuidado escrupuloso dos fariseus nas questões menos importantes e a sua negligência nos deveres mais importantes. O dízimo das diversas ervas baseava-se em Lv. 27:30.

Hortelã, endro, e cominho eram plantas de hortaliças e eram usadas para temperar alimentos. Justiça, misericórdia e fé. Essas obrigações éticas e espirituais (Mq. 6:8) são o mais importante da lei e são portanto de importância primária, embora aquelas (o dízimo) também são próprias do povo de Deus. Através de tal prática os fariseus tinham escrupulosamente coado o mosquito (inseto leviticamente imundo que poderia cair no copo), mas engoliam um camelo (o maior dos animais da Palestina; Lv. 11:4).
23:25, 26 O quinto “ai” descreve a deslocada ênfase dos fariseus sobre as coisas externas. Limpais o exterior do copo. A figura aponta para a preocupação dos fariseus com a purificação ritualística (rabínica, não de Moisés) e a negligência com o conteúdo do copo. Mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Os fariseus sustentavam seu modo de vida pressionando os outros. Obediência ao ritual rabínico não poderia alterar esta corrupção interior.
23:27, 28 O sexto “ai” descreve a influência secreta dos fariseus. Sepulcros caiados. Na primavera, após a estação das chuvas, as sepulturas eram caiadas para que uma pessoa desavisada não se contaminasse cerimonialmente tocando-as por descuido. (Nm. 19:16; conf. Ez. 39:15). Esse costume há pouco cumprido forneceu uma ilustração oportuno da aparência atraente dos fariseus mas corrupção interna. Lucas 11:44 usa sepulturas em uma ilustração um pouco diferente.
23:29-31 O sétimo “ai” descreve os ouvintes do Senhor como participantes da mesma natureza de seus perversos antepassados. Construindo e embelezando sepulturas de profetas assassinados, supunham que estivessem desautorizando esses homicídios. Mas Jesus declarou que seus atos provavam exatamente o oposto. Pois, construindo sepulturas, eles apenas completavam o que seus pais (espirituais, como também raciais) tinham começado. Sua própria conspiração de matar Jesus, (21:46; 22:15; Jo. 11:47-53) provou serem filhos dos que mataram os profetas.
23:32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. Compare ordem semelhante a Judas, Jo. 13:27.

23:33 Raça de víboras. A acusação de João Batista é confirmada no mesmo livro por João, o Apóstolo. Vejam as referências bíblicas: Jo.3:7, Jo.3.34-36.

23:34 Eis que eu vos envio profetas. Uma declaração semelhante em Lc. 11:49 atribui esse enviar “sabedoria de Deus” para todo aquele que nEle crer. Assim Jesus, como a própria personificação da sabedoria de Deus, declara-se Senhor desse título, (1 Co. 1:24). Profetas sábios e escribas. Termos particularmente próprios para o seu auditório. Os termos poderiam incluir também as testemunhas da Igreja Primitiva, tais como Pedro, Tiago, Estêvão e Paulo. Essas perseguições que aqui foram preditas fariam transbordar a medida da culpa dos judeus, de modo que a destruição divina viria sobre essa geração da nação. Desde Abel até Zacarias inclui todos os homicídios praticados no V.T, desde o primeiro livro (Gn. 4:8) até o último do cânon hebreu (2 Cr. 24:20-22). O fracasso desses fariseus de aprenderem as lições da história e de se arrependerem de sua perversidade, também característica de seus pais, significava que aos olhos de Deus eles tinham parte na culpa. Perseguições ulteriores tornariam isso indiscutivelmente claro. Zacarias, filho de Baraquias. Em 2 Cr. 24:20 ele é chamado “filho do sacerdote Joiada”, talvez segundo um ilustre avô que morrera, há pouco, com a idade de cento e trinta anos (2 Cr. 24:15). Mateus deveria ter documentos que davam o nome do seu pai.

Mateus 23:37-39. As lamentações de Jesus  sobre Jerusalém. 

Jesus já expressou sentimentos semelhantes anteriormente. (Lc. 13:34, 35; 19:41-44).
23:37 Lamentou sobre os que mataram os profetas de Deus. Este elo com o versículo 34 fornece fácil transição para a pública lamentação de Cristo sobre a cidade rebelde.

Quantas vezes quis Eu “ajuntar vocês” mas vocês me rejeitaram. Um testemunho involuntário da autenticidade do Evangelho de João, o único que registra as numerosas visitas de Jesus a Jerusalém e mesmo assim, Jesus foi rejeitado, principalmente pelas lideranças que cuidavam do templo, das Sagradas Escrituras, das leis Mateus 23:38.

Eis que a vossa casa ficará deserta. 1Reis 9:7; Jr. 22:5;12:7 confirma sobre a casa de oração ficar deserta.

Casa tem sido diversamente interpretada como nação cidade e o Templo. Visto que Jesus proferiu essas palavras ao deixar o Templo pela Última vez, (24:1), a interpretação do Templo é muito atraente. Um templo abandonado pelo Messias transforma-se em vossa casa, não de Deus.

Mateus 23:39. Não me vereis mais. O ministério público do Senhor Jesus terminava ali, dali em diante foi terminar a obra redentora no calvário. Após a Ressurreição, Jesus apareceu apenas a testemunhas escolhidas (Atos 10:41). Até que venhais a dizer. Na segunda vinda de Cristo os judeus reconhecerão, como nação, o seu Messias rejeitado, e lhe darão boas vindas. (Rm. 11; Zc. 12:10).

O  dia do juízo de Deus chegará, não tardará.  Amós 8.11-12. 11.

Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.v12. E irão errantes de um mar até outro mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão.

Deus abençoe você e sua Família.

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 


 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

A CRUZ É INSTRUMENTO DE TORTURA E EXECUÇÃO E NÃO OBJETO DE ADORAÇÃO

A CRUZ É INSTRUMENTO DE TORTURA E EXECUÇÃO E NÃO OBJETO DE ADORAÇÃO  

 

“Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida. Em todo o ano, existe somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta-Feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.)”.

Você teria coragem de adorar, venerar e ainda beijar e ou prostrar-se de joelhos diante de um objeto indesejado e considerado como objeto de tortura se um filho seu fosse torturado até a morte naquele objeto ou instrumento de castigo, de maldição e de morte  para os piores bandidos do país? Poderia ser uma cadeira elétrica ou uma forca, mas no caso de Jesus foi a dureza da cruz.

A cruz é sinal de tortura e execução sumária até à exaustão e não de salvação. Para sermos salvos temos que olhar firmes para Jesus Cristo que é o autor e consumador da nossa fé e não para a cruz que Jesus foi crucificado nela.

Temos que deixar nossos pesados fardos de pecado nos pés de Jesus e não aos pés da cruz como muitos pregam e fazem. Quem morreu por nós foi Jesus. Quem pagou o preço da nossa salvação foi Jesus. Quem merece toda honra, toda glória e todo louvor e adoração é Jesus e não a cruz. A cruz é símbolo de maldição enquanto que Jesus não é símbolo, Jesus é a nossa saída, Jesus é o único caminho, a Verdade e a vida. João 3.16. João.14.6.

Motivos pelos quais não devemos usar a cruz ou o crucifixo, que era o símbolo máximo de tortura da época de Jesus, como objeto de adoração ou veneração.

Apesar da imagem de escultura ser a principal representação das práticas idólatras, a idolatria vai muito além do que simplesmente adorar imagens.

Qualquer coisa pode se tornar um ídolo para o homem caído no pecado, como por exemplo, um estilo de vida, um emprego, um carro, uma marca comercial, o dinheiro, filosofias humanas, como o naturalismo, o humanismo, o racionalismo e outras práticas ocultas e espiritualistas, adoração e ou veneração da cruz, até porque a cruz é um objeto de adoração dos católicos, determinada pela tradição papal. Você sabia que o dia chamado de sexta-feira da paixão é o dia que todos os católicos do mundo inteiro têm por obrigação ir à missa participar da cerimônia de adoração exclusiva da cruz sem a imagem do senhor morto? É isso mesmo, todos vão à igreja, nas missas, naquele dia onde é feita a adoração mundial e exclusiva da cruz. Se você quer saber mais sobre este assunto pesquise que você vai encontrar farta literatura sobre este assunto.

Assim, devemos entender que um ídolo é tudo aquilo que obtém para si a lealdade e a honra que pertencem exclusivamente a Deus. (Is 42:8).

Falando especialmente sobre imagem de escultura, a Bíblia ensina que qualquer imagem é uma simples obra humana e a cruz é uma obra feita pelas mãos humanas para matar outros seres humanos, dentre eles ela foi usada para sacrificar Jesus. Uma mera imitação formada a partir de qualquer matéria sem vida, que não pode ouvir, falar, enxergar ou se mover, é ídolo, e é pecado diante de Deus.  (Sl 115; Am 5:26; Os 13:2; Is 2:8), e, portanto, sua adoração é uma loucura perante Deus.

A adoração a ídolos reflete tamanha ignorância humana que, em Isaías 41:6, lemos que as pessoas ajudam umas às outras na fabricação de ídolos em sua rebelião contra Deus, porém tais ídolos são impotentes diante do Deus Soberano Criador dos céus e da terra e não podem livrar tais pessoas do juízo divino.

No Antigo Testamento, o povo de Israel, por exemplo, chegou a levantar imagens e eleger símbolos como alvos de adoração em representação a Deus, mas tal prática não foi aprovada pelo Senhor.  (1Rs 12:26-33; 2Rs 18:4; Am 4:4,5; Os 10:5-8).

O apóstolo Paulo escreveu dizendo que o ídolo “nada é no mundo”, mas que por trás da adoração aos ídolos existe uma adoração demoníaca. (1Co 8:4; 10:19,20).

Na maioria das vezes quem eram executados(as) por crucificação eram pessoas inocentes. É o caso de Jesus que não tinha nenhum pecado e nenhum crime, mas foi condenado à morte e morte de cruz por falar a verdade e viver a verdade. Ele morreu para nos salvar e nos mostrou o Caminho da verdade. 

Você já pesquisou sobre a morte dos apóstolos? Principalmente dos mais próximos de Jesus, como eles foram mortos?

Como Morreram os Apóstolos de Jesus.

ANDRÉ

Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de Deus”.

André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro, dizendo: “Achamos o Messias”. (João 1.35-42; Mateus 10.2).

O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.

BARTOLOMEU

Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47. Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.

FILIPE

Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael, João 1.43-46. Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.

JOÃO

O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava”, João 13.23. Pescador, filho de Zebedeu, Mateus 4.21. Ele foi o único que permaneceu perto da cruz. João 19.26-27. O primeiro a crer na ressurreição de Cristo. João 20.1-10. A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse. Apocalipse 1.9. Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.

JUDAS TADEU

Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?" (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.

JUDAS ISCARIOTES

Filho de Simão, não o Simão Pedro, traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida. (Mateus 26:14-16; 27:3-5).

MATEUS

Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum. (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13).

Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.

MATIAS

Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.

PAULO

Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67 ou 70. (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).

PEDRO

Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo”. (Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração. (Mateus 17.1-4).

Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua crucificação verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero.

Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.

SIMÃO, o Zelote

Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.

TIAGO, O MAIOR

Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia. (Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e decapitado em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.

TIAGO, O MENOR

Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62.

TOMÉ

Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação. (João 20.25). Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.

Muitos discípulos e apóstolos morreram crucificados ou de outra maneira tão cruel como a crucificação.

A crucificação foi inventada e usada por outros grupos de pessoas, mas foi "aperfeiçoada" pelos romanos como a execução final por tortura. O registro histórico mais antigo de crucificação data de 519 a.C., quando o rei Dario I da Pérsia crucificou 3.000 de seus inimigos políticos na Babilônia. Antes dos persas, os Assírios eram conhecidos por empalar as pessoas. (Empalar significa que enfiavam um instrumento pontiagudo na pessoa assim como se faz com um frango que é colocado para assar). Mais tarde, os gregos e os cartagineses também usaram a crucificação. Após o colapso do império de Alexandre, o Grande, o selêucida Antíoco IV Epifânio crucificou judeus que se recusavam a aceitar a helenização.

A crucificação era destinada a infligir, aplicar, a quantidade máxima de vergonha e tortura à vítima. As crucificações romanas eram realizadas em público, para que todos os que vissem o horror fossem desencorajados de ir contra o governo romano. A crucificação era algo tão horrível que foi reservada apenas aos piores criminosos.

A vítima da crucificação era primeiro açoitada ou espancada severamente, uma provação que, por si só, já ameaçava a vida. Depois, ela era forçada a carregar a grande viga de madeira, cerca de 120 quilos, ao local da crucificação. Suportar essa carga era não apenas extremamente doloroso após o espancamento, mas acrescentava uma certa vergonha, pois a vítima estava carregando o instrumento de sua própria tortura e morte. Era como cavar o próprio túmulo.

Quando a vítima chegasse ao local da crucificação, ela seria despida para envergonhá-la ainda mais. Então ela seria forçada a esticar os braços na trave, onde seriam pregados. Os pregos eram martelados nos pulsos, não nas palmas das mãos, para que não as saíssem rasgando. (Nos tempos antigos, o pulso era considerado parte da mão.) A colocação dos pregos nos pulsos também causava dor insuportável, pois esses pregos pressionavam grandes nervos que corriam para as mãos. A viga seria então içada e presa a uma peça vertical que normalmente permanecia erguida entre as crucificações.

Depois de prender a viga à trave, os executores pregavam os pés da vítima na cruz também, normalmente, um pé em cima do outro, pregado no meio e no arco de cada pé, com os joelhos levemente dobrados. O objetivo principal dos pregos era infligir mais dor na pessoa.

Uma vez que a vítima fosse presa à cruz, todo o seu peso era suportado por três grandes pregos ou grampos, o que causaria dor na parte superior do corpo e nos pés. Os braços da vítima eram esticados de forma a causar cãibras e paralisia nos músculos do peito, impossibilitando a respiração, a menos que parte do peso fosse suportada pelos pés. Para respirar, a vítima tinha que levantar a parte de cima do corpo com os pés. Além de suportar dores excruciantes causadas pelo prego nos pés, as costas feridas da vítima se esfregavam contra o feixe vertical da cruz.
Depois de respirar e a fim de aliviar um pouco a dor nos pés, a vítima começava a cair de novo. Essa ação dava mais peso aos pulsos e novamente esfregava as suas costas cruas na cruz. No entanto, a vítima não conseguia respirar nessa posição rebaixada; logo, o processo torturante recomeçaria.

Novamente para respirar e aliviar parte da dor causada pelos pregos do pulso, pela coroa de espinhos na cabeça, pelo corpo dilacerado pelos açoites com pregos pontiagudos nas pontas dos chicotes, a vítima, se quisesse e se ainda tivesse um pouco de forças, precisaria colocar mais peso no prego dos pés e se empurrar para cima. Então, para aliviar parte da dor causada pelo prego do pé, ela teria que colocar mais peso nos pregos em seus pulsos e se rebaixar. Em qualquer posição que a vítima ficasse a tortura era intensa.

A crucificação geralmente levava a uma morte lenta e dolorosa. Algumas vítimas duravam até quatro dias em uma cruz. No fim das contas, a morte era por asfixia, uma vez que a vítima perdia a força para continuar se levantando para respirar. Para acelerar a morte, as pernas da vítima podiam ser quebradas, o que a impediria de se empurrar para cima para respirar; assim, a asfixia ocorreria logo depois. No caso de Jesus, Ele ainda sofreu um lança cravada em seu lado para confirmar se ainda estava vivo. (João 19:32).

A crucificação foi finalmente proibida pelo imperador romano Constantino no século IV, mas ainda continuou por algum tempo.

Porque os Cristãos deveriam usar a cruz como objeto de veneração ou de adoração já que até no meio dos romanos foi proibida a crucificação, tamanho era a dor e a crueldade daquele tipo de tortura aos oponentes do império romano?

Seja pingente ou imagem, o uso da cruz é uma idolatria diante de Deus.

Tenho visto frequentemente o uso de crucifixos no meio cristão, inclusive nos templo,  nos púlpitos ou nas paredes internas e externas em denominações evangélicas, até então consideradas conservadoras e ou pentecostais. Algo que dantes era rejeitado, atualmente tem se fortalecido sem motivos; embora continue sendo pecado estão adotando esta prática abominável diante de Deus.

Mas, me responda você que é um cristão, chamado pelo Senhor Jesus, poderia caminhar com alguma imagem, figura de idolatria ou um colar de um cruz ou um crucifixo, ou um pingente de alguma arma, de algum ídolo, ou de algum objeto relacionado à idolatria ou relacionado à tortura? 

Vou explicar melhor: poderia um filho de Deus andar com um objeto de idolatria pelas ruas da cidade ou onde quer que vá?

Não estaria esse cristão refletindo equivocadamente sobre a palavra de Deus que diz que qualquer aparência de idolatria é pecado? Poderia Deus associar-se com alguma forma de tortura como a cruz para permitir que os Cristãos a adorassem? Claro que não. Então, por que os cristãos utilizam-se de crucifixos, imagens e fotos de cruz em pingentes, camisas e até colocam banners nos altares dentro e fora das igrejas dos templos?

Sabemos bem que a cruz é uma forma de tortura e é maldita.  (Gl 3:13,14). Ela apenas era realizada pelos povos antigos e a época de Cristo era feita pelo povo romano a todos os considerados maus e declarados por eles como dignos de morte. A cruz em si não tem efeito nenhum de proteção para ninguém e sua definição física é apenas duas vigas de madeira perpendicular uma à outra. Logo, por que carregá-la? Se você não concorda em carregar imagens de esculturas por ser uma ‘apologia’ à idolatria, minimamente falando, por que carregaria algo que gera morte espiritual? Sabedor que é você que a idolatria conduz a pessoa para a perdição eterna. Reflita que a pena de morte pode até ter sido alterada, mas o sentido é o mesmo.

Por que carregar no peito uma forma de tortura? Se a própria cruz é maldita e até Deus não olhou para Cristo quando estava naquela situação por estar carregando os pecados da humanidade, nós é que deveríamos levar essa tortura conosco?

Algo que tem sido confundido por muitos no meio Cristão é o que a crucificação representa e outra o que é uma cruz.

Jesus não nos fala para levarmos um símbolo da cruz, mas sim Seu ato de crucificação e mais ainda da Sua ressurreição que nos garantiu a salvação e a vida eterna para nossas vidas. Através da ressurreição o Pai de Jesus transformou-Se em Nosso Pai (Jo 20:17). Recorde-se de que Cristo não está mais pendurado no madeiro e nada mais tem com ela. Carregá-la, seja como for, é idolatria e transfigurar a imagem do Deus incorruptível em madeira.

Os cristãos obedientes à Palavra de Deus conhecem que devem ser iconoclastas, ou seja, não admitem nenhum tipo de adoração à imagens, sejam elas religiosas ou não.

Jesus Cristo nos libertou do império das trevas e nos transportou para o seu Reino de amor e não de tortura e de idolatria.

Compartilho a seguir algumas passagens bíblicas para reflexão e discernimento espiritual referente ao assunto, leiam o Salmo 115, Isaías 44 e Romanos 1:20-32.

O Senhor, pois, é Aquele que vai adiante de ti; Ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te espantes. Dt. 31:8.

Porque Eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, Eu te ajudo. Is 41:13.

Diante do exposto você ainda quer colocar um crucifixo no peito ou no pescoço ao invés de ter Jesus Cristo no seu coração?

Não troque Jesus pelo instrumento usado para matá-lo.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

JESUS É A FONTE DA ÁGUA DA VIDA

JESUS É A FONTE DA ÁGUA DA VIDA

 

No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, rios de água viva brotarão do seu interior”.  Jo. 7.37-38.

“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede, porque a água que eu lhe der fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. Jo. 4.14.

Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Jo.7.38.

A água mata nossa sede e sustenta a nossa vida. Nas Escrituras, ela serve como figura de linguagem para a suficiência do Espírito Santo. Nos dias de Jesus, durante a festa dos tabernáculos, um coro cantava enquanto um sacerdote enchia uma jarra de ouro com água e a derramava em seguida. Aquilo lembrava a todos os presentes da água que saiu da rocha durante as caminhadas pelo deserto. Números 20:8-11.

Naqueles dias, quando ocorria este ritual, Jesus parou e disse em voz alta: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”, João 7:38. Esta fonte é o Espírito Santo, que é como um poço de satisfação João 7:39. Anteriormente, Jesus havia feito a emocionante afirmação de que o cristão teria uma fonte contínua de refrigério, João 4:14.

Você está sedento hoje? Confesse o seu pecado e Cristo e Ele te encherá com o Espírito Santo. Ao dar lugar à Sua vontade, Ele o encherá graciosamente com água viva a jorrar para a vida eterna.

Jesus estava em Jerusalém, na Festa dos Tabernáculos, uma das três maiores festas dadas por Deus ao seu povo. Nela além de recordarem os 40 anos que passaram no deserto vivendo em cabanas, recordavam de modo especial através do Tabernáculo a presença do Senhor em meio a seu povo para guarda-los e guiá-los. Também nestes dias de festa comemoravam o fato histórico de Êx. 17, onde Deus fez água brotar da Rocha para saciar a sede do povo e aproveitavam para agradecer as chuvas que regavam as plantações. No último dia, o povo formava um circuito por 7 vezes em volta do altar cantando “Hosana”, ao mesmo tempo em que batiam sobre o altar ramos de salgueiro e palmas. Este dia era chamado o “Dia do Grande Hosana”, ou “Dia de Agitar os Ramos”. Era costume também ir ao tanque de Siloé e encher um copo de água e ir em direção ao Templo cantando Salmos. Foi neste dia que Jesus se levanta e declara ser á fonte de água viva.

1 – Jesus apresentou-se como a fonte da água da vida, a água viva. Porque será que Jesus afirmou que ele era a fonte onde todos podiam vir saciar a sede? Para entendermos melhor sobre isso vamos lembrar algumas coisas sobre a água: “Cerca de 60 a 70% do nosso corpo é constituído de água. Em uma criança de 0 a 2 anos de idade pode chegar a 80% de água em seu corpo e com o tempo vai diminuindo um idoso tem entre 50 e 60 % de água no corpo. Os órgãos com mais água são os pulmões e o fígado, (86%). O sangue, (81%).

O cérebro, os músculos e o coração são constituídos por 75% de água. Se essa água em nosso corpo reduzir: em 1%, sentiremos sede. Em 5%, a pele encolhe e teremos dificuldades em mover músculos e pensar com clareza; em 10% ou mais nosso corpo morrerá”.

Segundo um informativo da área, “A falta de água é o fator nº 1 da causa de fadiga durante o dia. 8 a 10 copos de água por dia poderiam aliviar dores nas costas e nas juntas em 80% das pessoas que sofrem desses males. 5 copos de água por dia diminui o risco de câncer no cólon em 45%, câncer de mama em 79% e em 50% desenvolver câncer na bexiga”. Segundo especialistas: “a sede é um indicador tardio de falta de água. Quando se tem vontade de beber água é porque dela o organismo precisa já a algum tempo”.

Olhando para isso vemos o quanto a água é imprescindível para nosso corpo, podemos dizer que ela dá a vida. Além de ser usada em quase tudo, Ela: sacia, limpa, fortalece, anima o corpo e dá vida ao corpo dos seres humanos e dos animais. Sem ela não conseguiríamos viver.

O conhecimento de Jesus.

Jesus sabia da importância da água. Por isso afirma ser a água da vida. Por isso precisamos perceber a sua importância em nossa vida. Sem Jesus nossa vida começa a morrer. Sem ele os males e sofrimentos aumentam, com Sua presença grande parte dos males seriam extintos de nossa vida. Ele é a solução para os nossos problemas. Por isso se apresentou como a água salvadora, a água viva que desceu dos céus para todos os que dela quiser beber gratuitamente. Jesus é a fonte da água que traz a verdadeira vida.

A água cria em nós uma dependência saudável.  

Bebemos água todos os dias, mas a cada dia precisamos mais e mais de água. Mesmo se bebermos grandes quantidades hoje, amanhã precisaremos ingerir água de novo.

Assim é com Jesus, Ele quer nos mostrar o quanto precisamos dele dia após dia e não apenas no culto de domingo. Sem Ele nossa vida espiritual começa a sentir sede, começa a passar por dificuldades e se não saciada da água da vida vem a morte espiritual.

Não é esta a sede da maioria das pessoas? Querem ser amadas, aceitas; querem  sentirem-se em paz e segurança e terem uma vida plena de alegria e paz?

O desejo de Jesus é saciar nossa vida com paz, amor, segurança, vida eterna. Jesus não apenas é a vida, mas é Ele quem nos dá a verdadeira e plena vida. Você já bebeu dessa fonte da água da vida?

2 – “Se alguém tem sede, venha a mim e beba". Quando é que geralmente tomamos água? Você responderá: “quando temos sede”. Exatamente, mas será que você tem sede de Deus? No Salmo 42.2, o salmista expressa: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo”. Isso mesmo e não é apenas a alma dele, mas a nossa alma também tem sede de Deus. Sabe aquele sentimento de vazio por dentro? Aquela sensação de que nos falta algo? Corremos atrás de tudo e todos e não encontramos satisfação plena para nossa vida? Pois é ai que está à sede que nossa alma tem de Deus. Você já pensou passar algum dia sem beber água? Dizem que uma pessoa dificilmente consegue ficar mais de três dias sem beber água. Imagina então como sua alma pode estar desesperadamente sedenta se você não busca essa fonte de água viva que é Jesus a cada dia? Aí está o motivo do seu sofrimento interior, de seu vazio interior. Falta água, e água viva. Por isso Jesus convida você para beber dele, João 7.37. Entregue sua vida a Jesus, sacia-te cada dia com Sua palavra e com a oração. Não deixe sua alma padecer com sede e sede do Deus vivo.

Vidas sem água. Há uma grande preocupação em todo o mundo, pois se acredita que no futuro irá faltar água potável. Existe um mar chamado de mar morto porque dentro dele não tem vida, suas águas são tão insalubres nada sobrevive.

Já imaginaram viver sem água ou com água imprestável? Certamente que somente naqueles dias muito secos e com baixa umidade é que as pessoas perceberão o quanto a água é útil e como fica impossível viver sem água. Por outro lado a Palavra de Deus também afirma: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”, Is. 55.6, ou seja, é Deus tentando nos despertar para que possamos aproveitar a oportunidade e buscarmos a Deus de todo o coração, antes que venha o dia em que não o poderemos achar, e aí será impossível viver sem Ele.

Nos dias atuais muitas vidas estão secando, murchando, definhando em suas vidas espirituais porque lhes falta a água da vida.

Cada dia encontramos mais pessoas desesperançadas, aflitas, depressivas, sem alegria, sem paz, sem amor. Grande parte destas vidas já perderam a vontade de viver. São sinais de como a alma está sedenta. O que falta então? Falta ir à fonte da vida e beber dessa água da vida que é Jesus.

“Quem crer em mim, disse Jesus, ainda que esteja morto, viverá“. João 11.25. Jesus nos mostra que é a Fé que nos faz beber dessa água para prover nova vida, para saciar  nossa sede. Viver sem fé em Deus é viver sem esperança e sem razão. A fé faz superar obstáculos, faz vencer desafios. Faz ir mais longe, faz dar um passo a mais em direção a verdadeira vida. Muitas pessoas perderam a fé em Deus, por isso estão longe da fonte da água da vida. Você quer beber desta água? É preciso ter sede, e crer pela fé, que somente Jesus pode saciar toda e qualquer sede que sua alma sente.

3 – Quem beber dessa água nunca mais terá sede. Jo.4.14. Você já pensou em nunca mais sentir sede? Para nós que agora temos água abundante não faz tanto sentido mas para os judeus fazia. Pensamos uma vez no valor da água no Oriente Médio, lá é uma região muito seca. Onde achar água é uma missão difícil. Contudo tenho certeza que a maioria das pessoas gostaria de ter para sempre saciado a sede de sua alma, de paz, amor, compreensão, satisfação na vida.

Jesus afirma que quando entregamos plenamente nossa vida a Ele, Ele mesmo sacia essa sede e nunca mais a teremos sede. Infelizmente vivemos em um mundo seco, carente de amor, carinho, respeito, amizade, paz e felicidade. Essa é a sede das pessoas. Somente com Jesus saciamos essa sede.

“Rios de água viva correrão de seu interior”. João 7.38. Os “rios de água viva” brotarão do coração daqueles que crêem em Jesus. Um rio traz vida a toda uma margem porque ele é composto de água. Em redor de um rio não há desertos, mas em toda a sua margem há todos os tipos de vegetação, árvores, flores e frutos. Quando bebemos da fonte que é Jesus, de nosso interior brota essa água da vida, passamos a ser como um rio, levando vida a todos a quem temos contato. Contudo se um rio não gera vida em sua margem, é porque ou secou, ou sua água está contaminada. Se o Rio que corre do nosso coração não está gerando vida, será que há água? Será que a água não está contaminada pelo pecado?

Jesus é a fonte de água viva e nós o rio que levamos água às pessoas. Para isso ou por isso somos igreja. O cristão deve ser uma fonte de água viva fluindo o amor, a palavra e o poder de Deus na família, na igreja, no trabalho, levando vida a todos. Será que temos levado essa água para as pessoas próximas a nós?

Sempre que você beber ou utilizar a água, lembre-se que Jesus é a Água Viva. Para ter Jesus, é necessário sentir sede espiritual, e, pode ter certeza que sua alma está sedenta por Ele. Sem Ele toda nossa vida é um deserto. Jesus quer ser uma fonte no seu interior para que rios de vida possam ser levados a todas pessoas. Para ter essa água da vida você precisa crer em Jesus, aceitando-o como seu único e suficiente Salvador, deixar que Ele te use para levar essa vida plena a outras pessoas. Você já bebeu dessa água? Já saciou a sede de outros também?

Permita que Jesus faça do seu interior brotar um rio de água viva a jorrar para a vida eterna.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

A JUSTIÇA DE DEUS VEM

A JUSTIÇA DE DEUS VEM

 

A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade. Salmo 119:142.

Tem um ditado popular que diz que a justiça de Deus tarda mas não falta ou tarda mas não falha. Vamos ver nesta postagem o que realmente é a justiça de Deus.

Isaías 59.14-15.

14. Pelo que o juízo se tornou atrás, e a justiça se pôs longe, porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar.

15. Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor o viu, e foi mal aos seus olhos que não houvesse justiça.

 

Filipenses 4.1-23.

1.    Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados.

2. Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no Senhor.

3. E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.

4. Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.

 5. Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor.

 6. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.

7. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

8. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

9. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.

10. Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.

11. Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.

 12. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.

13. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

14. Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.

15. E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.

16. Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica.

17. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.

18. Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.

 19. O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.

 20. Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!

21. Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam.

22. Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César.


23. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos.

 

O que é a Justiça de Deus e qual o significado bíblico.

A justiça é um atributo de Deus, é uma das Suas características próprias. Ser justo é uma qualidade fundamental da natureza de Deus. A justiça de Deus se manifesta através de Jesus Cristo e é expressa nas Suas ações e no cumprimento das exigências da perfeição do próprio Deus.

A Bíblia diz que a Justiça de Deus se revela através do Evangelho, (Romanos 1:17) e da mensagem de salvação em Jesus Cristo. Essa justiça, vista ao longo das Escrituras, se cumpriu na vida, na morte e na ressurreição do Senhor Jesus. Encontramos na Palavra de Deus o padrão para toda a justiça que precisa ser cumprida por todas as pessoas.

 

Qual é o significado de justiça?

Em termos gerais justiça é dar a cada um o que lhe é de direito e o que merece estando sempre em conformidade com o que é justo e correto. A maioria das pessoas possui algum senso de justiça. Todos temos consciência de estar num mundo de injustiças e mesmo não sendo muito justo, reclamamos quando há falta de justiça.

A justiça é sempre mais rigorosa quando a requeremos em nosso favor. Quando somos injustiçados exigimos a punição e o castigo alheio, mas não o contrário. Buscamos a nossa justiça própria, quando queremos ser favorecidos, mas a esquecemos quando ela nos acusa.

Parece que a justiça própria está quase sempre acima da justiça comum, merecida por todos. Mas será a justiça humana tão distante da Justiça de Deus? Infelizmente a justiça dos homens está carregada de injustiças.

 Justiça X injustiça.

Deus é perfeito, incorruptível e plenamente justo. Por isso age sempre em conformidade com a Sua Justiça. Ele é o padrão exclusivo de honestidade, verdade e integridade. A Justiça de Deus é reta e cheia de misericórdia. Ele reprova e condena a injustiça porque a injustiça causa destruição e morte.

Quando alguém comete injustiça, os danos destrutivos do mal e da morte afetam diretamente ao próprio transgressor, aos prejudicados por ele, comprometendo a relação com Deus, com o mundo e com os seus semelhantes.

A história de Caim e Abel é um bom exemplo bíblico dos danos causados pela injustiça causada por Caim ao seu irmão mais novo Abel, Gênesis 4:1-16. Movido por ira, inveja, maldade e ódio, Caim matou o seu próprio irmão. Esse pecado destruiu a vida do inocente Abel, afastou Caim de Deus e da sua família. Além disso, a injustiça de Caim trouxe maldição à terra, ao seu trabalho e a sua vida terá sido consumida pelos sentimentos de rejeição, culpa e medo, além de sua posteridade carregar esta maldição para sempre.

Deus afastou Caim, castigando-o pelo seu crime, mas o tratou com misericórdia, colocando-lhe um sinal para preservar a sua vida. Assim funciona a justiça de Deus, é revestida de misericórdia.

Quando pensamos em justiça, logo nos vem à mente o castigo e a punição merecidos por algo que se fez de errado. Essas ideias não estão erradas, mas, graças a Deus que a Sua justiça é diferente da nossa. A justiça humana é falha, parcial, corrompível e muitas vezes oportunista. Isto é, segundo a nossa "justiça", o outro merece sempre ser punido e pagar as consequências dos seus erros. Mas, se somos nós os culpados, buscamos parcialidade ou uma brecha para nos inocentar. Costumo dizer em minhas administrações sobre o assunto que “o ser humano tem mais dificuldade de perdoar do que o próprio Deus”. Tem pessoas e famílias que juram vingança enquanto viver, se por um acaso alguém lhes fizer algum mal.

A justiça de Deus, por outro lado, é leal, reta e infalível. Além disso, a justiça divina é misericordiosa e não oprime ninguém no seu juízo. Jó 37:23.

A justiça de Deus caminha de mãos dadas com a Sua misericórdia. Ele não inocenta o culpado, mas perdoa aqueles que se arrependem de todo o coração. Lembrando aqui que Deus perdoa o pecado, restitui a comunhão do pecador, mas as consequências daqueles males um dia bate na porta do pecador, por isso se diz que um dia o seu pecado te achará. Nm.23.32; Salmo 32.

A compaixão de Deus é a Sua disposição graciosa de se compadecer da humanidade desde o início até o final dos tempos. Nesta oferta amorosa, Ele considera o nosso estado miserável e oferece perdão total ao pecador arrependido, quando este crê na Sua bondade e aceita o Seu favor.

Jesus cumpriu toda a justiça de Deus.  

Ele foi justo e misericordioso em toda a sua vida, sem nunca ter pecado. Através Dele Deus revelou a Sua vontade para os seres humanos. Jesus Cristo, o Justo, dividiu a história da humanidade, sendo Ele o maior exemplo da Justiça perfeita que os homens almejam. Graças a Ele todos podem ter acesso à justiça e misericórdia de Deus, pela fé na sua Palavra e pela graça de Deus que é favor imerecido.

O pecado presente na humanidade torna a nossa justiça falha e limitada, Isaías 64:6. Mesmo os sistemas de justiça mais corretos da terra são passíveis de falhar. É como se fechássemos os olhos para a causa do outro e favorecêssemos a balança sempre para o nosso lado, por conveniência.

A Justiça de Deus não tarda e nem falha.

Apesar de, aos nossos olhos, a justiça divina não ser aplicada como deveria porque sempre queremos que Deus nos favoreça, mas Deus é justo e a Sua justiça dura para sempre. Ele é o reto Juiz do universo e age perfeitamente apesar da nossa opinião, em dados momentos, ser contrária. Ele não tarda em fazer justiça, aguardando o Seu perfeito tempo, veremos que todos receberão o que merecem. Romanos 2.6.

Se você sofreu injustiça, não busque a vingança, nem tente fazer justiça com as próprias mãos. Entregue a sua causa nas mãos Daquele que pode lhe ajudar, Lamentações 3:58.

Deus continua no controle de tudo. É Deus que tudo pode, é Deus que tudo vê e é Deus que tudo realiza com a verdadeira justiça e com a verdade.

Mas se você falhou e teme agora a justiça de Deus, arrependa-se genuinamente e busque o perdão de Deus. Jesus Cristo é nosso advogado, 1João 2:1. Lembre-se que quando alguém crê no Senhor Jesus e se arrepende dos seus pecados, logo torna-se justificado pela fé e alcança o perdão de Deus.

Vejamos o que nos diz Romanos 5.1-5.

1.     Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.
2. pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

 3. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;

4. e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.

5. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Porém, quando se descumpre a Sua vontade, rejeitando a graça de Deus, essa pessoa age como injusto e permanece como um rebelde diante de Deus. A sua injustiça, que é falha, transgressão, corrupção, pecado, 1 João 5:17, lhe será atribuída e terá que ser punido por suas faltas. Deus é amor, mas não se esqueça que Ele é justiça também.

Você pode confiar na justiça de Deus que ela será feita no tempo certo, no tempo de Deus.

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas”. Mateus 6.33.

A justiça de Deus é perfeita, mas pode confundir os sábios deste mundo porque se baseia no amor regenerador das misericórdias de Deus.

Um coração sinceramente arrependido é purificado e não punido, pois o amor de Deus em nós cancela uma multidão de pecados.

Nunca é tarde para recomeçar, nunca é tarde para viver segundo a justiça de Deus. Nunca é tarde para se arrepender de seus pecados e pedir perdão a Deus.

Quem ama é justo, é imparcial porque ama a todos sem distinção.

Quem ama vive segundo a justiça de Deus, porque pratica e segue a lei por excelência e o amor de Deus, 1 Coríntios 13. Observe bem que estamos falando do amor de Deus que está em nós e não do amor da carne que nos é natural desde nossa concepção no ventre materno.

Não percamos mais tempo, busquemos o Reino de Deus que é a graça do Espírito Santo sobre nós e que realiza milagres transformadores entre nós; busquemos a sua justiça, que é ter um coração puro diante de Deus que é misericordioso para conosco e para com os nossos semelhantes.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.