segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

MOTIVOS PARA PARTICIPARMOS DA SANTA CEIA DO SENHOR

MOTIVOS PARA PARTICIPARMOS DA SANTA CEIA DO SENHOR.

 

Temos muitos motivos especiais para participarmos da comunhão dos santos.

2 Coríntios 4:7-10 nos diz:

7. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.

8. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;
9. perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10. trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos.

Motivos não faltam para participarmos da Santa Ceia do Senhor que é a comunhão dos santos. Mc. 14.22-25.

A Santa Ceia do Senhor é um sinal visível, no qual o Cristo crucificado é colocado diante de nós; vejam bem o que é e deve ser considerado, temos que valorizar ou valorar o Senhor Jesus pregado na cruz e não dar valor ou consideração à cruz na qual Jesus foi pregado. A Santa Ceia do Senhor  é o sacramento do Novo Testamento, é a ordenança pela qual recebendo o pão e o vinho, temos comunhão com Cristo Jesus sendo nós participantes da Sua carne, do Seu sangue e dos benefícios que advêm da Sua morte vicária e Sua ressurreição dentre os mortos.  

A Santa Ceia do Senhor é o sacramento, o mandamento  no qual dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instrução do Senhor Jesus se anuncia a sua morte, e aqueles que participam dignamente tornam-se não de uma maneira corporal e carnal, mas pela fé, participantes do seu corpo e do seu sangue com todas as suas bênçãos para o seu alimento espiritual e crescimento em graça ao nascer de novo nas águas do batismo.

Antes de o Senhor Jesus Cristo deixar a terra, ele estabeleceu duas ordenanças para a igreja na terra. Elas são o Batismo nas águas e a Santa Ceia do Senhor. Nem uma ordenança tem qualquer poder salvador, mas, o batismo é uma ordenança de identificação, enquanto a Ceia do Senhor é uma ordenança de comemoração, portanto Ele disse "fazei isso até que Eu volte”.

Vejamos alguns motivos porque devemos participar da Santa Ceia do Senhor.

1. Por obediência ao Senhor Jesus e por obrigação porque é uma ordem do Senhor Jesus. Mt. 26.26. E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo que é partido por vós”. “Fazei isso em memória de mim".

2. Em memória da morte do Senhor Jesus.  Lc. 22.19. E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. 

I Co. 11.24. E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

25. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento (uma nova aliança) no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

3. Para confessar que, pelo sangue de Jesus, temos o perdão. Mt. 26.28. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, (da nova Aliança) que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.

4. Para ter comunhão com Cristo e com os crentes. 1 Co. 10.16. Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?

17. Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.  

5. Para participar da vida eterna. Jo.6.54, 55,56,58. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.

55. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.

56. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.

58. Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre. 

6. Para oferecer gratidão e adoração. Ap. 5.9. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;

13. ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que estão no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.

14. E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o sempre.

7. Para anunciar a volta do Senhor. 1 Co. 11.26. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.

8.  Portanto a Ceia do Senhor é um memorial, é em memória do que Jesus estabeleceu para a Sua Igreja, é um momento de reflexão, de lembranças e de regozijo. Ela nunca deve ser celebrada sem um exame aprofundado do nosso coração. Todos nós devemos examinar a nós mesmos antes de tocar, antes de pegar os elementos da Santa Ceia do Senhor. Portanto, venhamos a Ele com um coração puro e uma mente purificada pelo sangue de Jesus.

9.   É necessário participarmos da Santa Ceia do Senhor com os corações agradecidos, cheios de amor, reconhecidos de nossas próprias fraquezas, mas purificados, limpos, lavados e remidos pelo Senhor Jesus.

Portanto, participemos do corpo e do sangue do Senhor Jesus com confiança, arrependidos, humildes, cheios de amor, e seremos profundamente abençoados pelo Senhor cujos elementos O representam.

A palavra Comunhão vem do grego Koynonia e significa participação comum; é mais que amizade, mais que se sentir como pessoa amiga, é mais que se sentir pessoa da família; existe uma correlação de intimidade com o Espírito Santo de Deus de tal forma que a pessoa sente que faz parte de um povo que tem compromisso com Ele.

10. A Igreja Primitiva perseverou na doutrina dos apóstolos, na comunhão (incluindo a Ceia do Senhor), no partir do pão e nas orações; por isso se tornou tão forte. A comunhão dos primeiros cristãos chamou a atenção da sociedade e, conforme a perseguição aumentava, mais unida a Igreja ficava.

11. O apóstolo Paulo nos ensina que Deus nos chamou a viver em comunhão com Jesus e uns com os outros. “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de Seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”. (1 Co 1.9).

As muitas bênçãos que são visíveis na comunhão dos santos.

1. Generosidade, (At 2.44-45 e 4.32-35). Havia na Igreja Primitiva um compartilhar até de bens materiais e, por essa razão, não havia nenhum necessitado entre eles, um exemplo disso é o da igreja da Macedônia que socorreu a igreja em Jerusalém. Quando temos alguns irmãos nossos em apuros, desempregados, doentes ou em outras situações indesejáveis como a daqueles que perdem seus ente queridos que são os provedores da família  então a igreja deve praticar o amor verdadeiro de repartir o pão e não deixar faltar alimentos na mesa destes irmãos. Ao fazer isso, ao praticar a generosidade, estamos seguindo o exemplo do Senhor Jesus que se entregou para morrer em nosso lugar.

2. Alegria, (At 2.46). Os irmãos estavam juntos: estudando a palavra de Deus louvando, participando da Santa Ceia; e comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Acontece uma verdadeira atração para os de fora. A comunhão entre o povo de Deus exerce uma influência benéfica sobre os pecadores porque eles observam que os crentes em Jesus são amigos de verdade. E isso se torna um fator evangelístico poderoso (At 2.47). Jesus disse que, se vivermos em unidade, em comunhão, o mundo vai crer que Ele é o Messias. (Jo 17.21-23);

3. Compaixão em meio ao sofrimento. Em Hebreus 10.32-34, o autor do livro lembra os cristãos que eles já haviam sido coparticipantes com os que sofreram humilhações, perseguições e que se compadeceram dos encarcerados.

Compaixão é comunhão nos sofrimentos, é a mais alta expressão da comunhão solidária. Por isso, devemos constantemente orar e contribuir em favor da Igreja sofredora em todas as partes da terra.

4. Vida abundante e Contagiante. “É como óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes”, (Sl 133.2). Neste versículo, a comunhão é comparada a um óleo perfumado, que desce da cabeça para a barba e para a gola de suas vestes. Onde houver um povo, um grupo vivendo essa comunhão, o bom perfume de Cristo será exalado; o mundo ao seu redor fica alegre com o cheiro do perfume de Cristo em sua vida.

5. Abençoa até os que estão longe, (Sl 133.3a). O salmista compara a comunhão dos santos ao vento que leva o orvalho do Monte Hermom, do Norte ao Sul de Israel;

6. Na comunhão dos santos, o Senhor ordena “a bênção e a vida para sempre”, (Sl 133.3b). Na comunhão dos santos, o Senhor ordena muitas e muitas bênçãos para todos os participantes. A Koynonia (Comunhão dos santos, Santa Ceia do Senhor), gera um ambiente propício ao crescimento espiritual, à cura até daquilo que não tem cura, à cura emocional, a cura da ansiedade, da depressão, curas físicas e emocionais, à purificação de pecados, por meio da confissão; Se nos examinarmos a nós mesmos honestamente, desfrutaremos da comunhão com Deus e com o seu povo na Ceia do Senhor. Se participarmos de uma família como irmãos em Cristo, estaremos recebendo as bênçãos e a vida do Senhor, constantemente.

Tiago 5.7-20 nos dá um parâmetro do que é uma vida de comunhão e de santificação plena com Deus.

7. Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.

8. Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima.

9. Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.

10. Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.

11. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.

12. Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.

13. Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.

14. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;

15. e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

16. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

17. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.

18. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.

19. Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,

20. saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.

As nossas bênçãos chegarão. Em Apocalípse 2.10 temos a palavra chave do segredo da vitória.

“Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

OS CRENTES FIÉIS TERÃO RECOMPENSAS

OS CRENTES FIÉIS TERÃO RECOMPENSAS

 

Nossas lindas e preciosas recompensas nos serão dadas na glória eterna em forma de galardões e coroas.

1 Coríntios 15.57-58 nos diz o seguinte:

57. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.
58. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.

Você gosta de ser recompensado por alguma coisa que fez ou pelo seu trabalho e esforço de cada dia no serviço secular ou na obra de Deus?

Como é bom as pessoas serem recompensadas por algo que fizeram ou por serviços prestados. Não existem, na minha opinião, pessoas que mereçam mais serem recompensadas do que as pessoas que trabalham em áreas de risco para socorrerem seus semelhantes como é o caso dos bombeiros, defesa civil, agentes civis e militares que defendem o cidadão de bem; são pessoas simples do meio do povo, do meio da sociedade e que sabem como nunca o que é ser solidário. Mas eu destaco aqui o papel do Corpo de bombeiros que vou me referir ainda nesta postagem.

Temos também outras classes sociais que gostam de serem recompensadas e que merecem uma “gorjeta", são os garçons em restaurantes, carregadores de malas em rodoviárias e aeroportos, etc e etc. 

Já vimos tragédias no Rio de Janeiro onde aconteceu um desabamento de três prédios no centro da cidade do Rio, em São Paulo, em Minas Gerais dentre outros lugares pelo Brasil e pelo mundo afora.

É dolorido e angustiante o que as famílias passam ou estão passando e sentindo por verem seus amigos e familiares soterrados nos escombros daqueles prédios ou serem levados por correntezas, ou perderem tudo pela ação desastrosa do ser humano na natureza, e  parece que todo brasileiro está sentindo a mesma dor, a dor da perca irreparável de alguém muito próximo de si que são nossos compatriotas brasileiros debaixo das lages e dos entulhos dos prédios desabados ou que sumiram nas enxurradas, ou que morreram pelo desabamento de barragens e por aí vai. Estes acontecimentos nos levam a reflexões sobre o tipo de recompensas essas pessoas que estão ali diretamente envolvidas para resgatar as vítimas destas tragédias, para prestar socorro e resgate de pessoas vítimas destes desastres, que são os valentes e corajosos brasileiros das equipes de Bombeiros e outras categorias de agentes de socorro e da defesa civil. Sabemos que tem ali muitas outras pessoas que estão dando seu apoio para os familiares, mas não existe alguém que esteja mais ligado ao fato do que os valorosos bombeiros e socorristas. Eles estão ali no front da luta procurando pessoas vivas ou corpos dos que infelizmente pereceram. Eles estão ali correndo riscos de todos os tipos para socorrer, para salvar vidas que ainda possam estar respirando. Parabéns aos profissionais da vida, eles merecem sim muitas condecorações, merecem ser recompensados, merecem ser elogiados muito embora façam, a maioria deles, com muito amor pela profissão que escolheram como se fosse uma missão que receberam de Deus, não olhando pelo que recebem, que é as vezes até um salário irrisório visto ao árduo trabalho que prestam para a comunidade.

Meu desejo é que estes heróis brasileiros ou não, como e o caso da Cruz Vermelha que até ajudaram e ajudam no socorro em todos ou quase todos os países do mundo. Houve uma tragédia ha algum tempo no Haiti que foi muito pior do que o deslizamento de terra no Rio de Janeiro, vários terremotos que devastaram cidades inteiras no Haiti; lá estes bravos heróis, dentre outros, lutaram bravamente para salvar vidas. Que estes brasileiros que estiveram lá não sejam esquecidos.

O brasileiro está acostumado com as notícias ruins que passam nos telejornais todo dia, toda hora, mas que as boas notícias do trabalho incansável destas pessoas, entre outras tantas, possam merecer horário nobre de serem anunciadas e elogiadas também. Não estou falando de nomes de pessoas, estou me referindo a classes de pessoas não importando no cargo ou na patente que possam ter. Cada um merece ser recompensado e a melhor recompensa é ser lembrado, é ser valorizado pelo bravo e incansável trabalho que tem sido realizado por pessoas especiais mundo afora.

Repetimos aqui que a Bíblia nos diz algo tremendo sobre as recompensas que Deus dá para as pessoas que merecem, vejamos em 1 Coríntios 15.57,58: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão”.

Ainda podemos citar a passagem do evangelho de Mateus 5.1-12, que nos leva a meditar sobre as bem-aventuranças. Nesta parte do capítulo verificamos algo encorajador para os bem feitores da humanidade a que referimos acima; versículo 4: Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. versículo 7: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia; poderia ainda dizer que encontramos dentro da sociedade, em crenças, em qualquer religião, pessoas que são verdadeiros pacificadores, e diz no texto bíblico grifado versículo 9: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”.

Ainda gostaria de me dirigir ao capítulo 10 versículo 26a do evangelho de Mateus que diz: 'E quem der de beber, ainda que seja um copo de água fria...' muitos socorristas (bombeiros, etc) trabalham incansavelmente e merecem não só um copo de água fria pelo laborioso e glorioso trabalho que realizam, mas  merecem as honras aqui mesmo na terra, pelo amor e dedicação com que prestam seus serviços no Brasil e no mundo inteiro. Seu trabalho é tão especial que se for preciso dão até o último copo de água que possuem, para socorrer alguém, mesmo que demore muito tempo até eles conseguirem outro copo com água para si.

Há recompensas de Deus pela fidelidade ao Senhor e à Sua obra.

Diz o texto bíblico a seguir: “Venho sem demora. Conserva (guarda)  o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome”. (Apocalipse 3.11-12).

Esplêndida e maravilhosa será a recompensa pela fidelidade. Os vencedores têm a promessa de receber a cidadania eterna e um novo nome no Céu, além da Glória e a  coroa da vida eterna.

Essa distinção animadora será para todos aqueles que, a exemplo do apóstolo Paulo, se sentem fracos e miseráveis, mas continuam fazendo a obra de Deus. Não será pela nossa capacidade, nem pela nossa força, mas pelo grande amor de Deus. Temos a promessa dessas bênçãos em Zacarias 4.6 que diz: “...Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”.

Os vencedores, os fiéis que toleram provações, que aqui são considerados estrangeiros e que compartilham do opróbrio, da vergonha que Jesus se submeteu para nos salvar, estarão participando da administração do novo céu e da nova terra e reinarão com Cristo eternamente.

Essa magnífica perspectiva nos anima a prosseguir sendo fiéis ao Senhor Jesus na batalha da fé.

A recompensa ou galardão é uma retribuição por algum serviço prestado ou por uma conduta adotada. A palavra galardão aparece muitas vezes na Bíblia, e seu correto significado dependerá do contexto em que ela foi aplicada. A seguir entenderemos o que é galardão e qual o seu significado.

O que significa galardão na Bíblia?

Basicamente o nome “galardão” significa “recompensa”, “pagamento”, “prêmio” ou “distinção recebida”. 

Na Bíblia, somente no Antigo Testamento, pelo menos treze raízes hebraicas são, de alguma forma, traduzidas como galardão sendo as principais “shohad” e “sakhar”.

Já no Novo Testamento a palavra galardão traduz dois  termos gregos que são  “apodidomi” e “misthos”. De uma forma geral o significado de todos esses termos transmitem a ideia de pagamento ou salário.

No entanto, nem sempre o galardão significa uma boa recompensa, ou seja, o galardão pode ser o pagamento por um trabalho ou conduta honesta, como também o prêmio por um trabalho ou até para uma conduta desonesta, isto é, um tipo de suborno ou lucro ilícito conforme o profeta Miquéias aplicou em seu livro, (Mq. 3:11).

O que é o galardão dado por Deus. Quando receberemos este os galardão?

É importante entendermos que os galardões concedidos por Deus são manifestações de Sua justiça, tanto os galardões de bênção quando os de castigo. Existem galardões que são dados ainda na presente era, enquanto outros serão dados na eternidade.

Em Deuteronômio 28.1-14, por exemplo, entendemos que a obediência aos mandamentos do Senhor nos traz recompensas temporais visíveis, isto é, bênçãos tanto materiais quanto espirituais que os fieis desfrutam ainda enquanto vivos nessa terra, enquanto que a desobediência à vontade do Senhor também é castigada, Deuteronômio 28.15-64.

Aqui vale uma observação de que não se deve entender que a obediência à vontade do Senhor é imediatamente refletida ou transformadora em bênçãos e prosperidades materiais, como também não se deve identificar todo sofrimento como um tipo de desobediência ou pecado que está sendo castigado.

Na verdade, muita gente propaga um falso ensino que não encontra base bíblica alguma acerca disso. Na Bíblia, temos exemplos claros de que nem todo sofrimento se trata de uma recompensa pelo pecado, como pode ser visto na história de Jó, além que também nem sempre uma conduta justa e integra será automaticamente recompensada aqui na terra, como bem observou Asafe no Salmo 73.

O autor do livro de Eclesiastes, talvez o rei Salomão, expressou muito bem a verdade de que o justo e o perverso não receberão os seus verdadeiros galardões necessariamente nessa vida (Ec 8:14), ou seja, aqui na terra existem perversos que parecem desfrutar de recompensas que cabem aos justos, enquanto existem justos que parecem amargar castigos das quais os perversos são merecedores, mas um dia o juízo virá.

No Novo Testamento encontramos muitas promessas de galardões. Todavia, quando Jesus prometeu galardoar os seus discípulos tanto no presente quanto no por vir, Ele associou essa recompensa ao sofrimento, aflição, perseguição e autonegação pela causa do Evangelho (Mc 10:29; Mt 5:3-12).

Jesus também ensinou que qualquer ideia de uma recompensa por mérito próprio está equivocada, já que mesmo que façamos tudo o que nos for ordenado fazer, ainda assim seremos servos inúteis (Lc 17:10).

Além disso, Jesus advertiu que toda ação executada na busca pela recompensa humana ou na tentativa de conseguir honra e respeito entre os homens deve ser evitada, pois tais atitudes são reprovadas por Deus. Mas os que agem com sinceridade, rejeitando a hipocrisia e a autoglorificação, recebem o seu galardão (Mt 6:1,2).

Por fim, podemos dizer que mesmo que algumas recompensas já possam ser desfrutadas no presente, o cumprimento definitivo e final dos galardões acontecerá após o juízo final, onde os redimidos receberão galardões de bem-aventurança e os incrédulos galardões de castigo.

Todos receberão o mesmo galardão?

A Bíblia indica que existem vários níveis de galardões, isto é, na eternidade existirão diferentes graus de recompensa na bem-aventurança eterna ao lado de Deus, como também diferentes graus de castigo na condenação eterna.

Essa verdade pode ser notada com bastante ênfase no ensino de Jesus na Parábola do Servo Vigilante (Lc 12:47,48), como também nas palavras do apóstolo Paulo falando dos galardões em 1 Coríntios 3:8-15.

O galardão e a salvação.

Não podemos confundir galardão com salvação. Somos salvos porque Deus imputa em nós a justiça de Seu Filho, Jesus, de modo que somos justificados pelos méritos de Cristo, por Ele ter obedecido todos os mandamentos e ter experimentado na cruz do Calvário o sofrimento resultante da culpa pelos nossos pecados.

Assim, a justificação é um ato executado exclusivamente por Deus, sem nenhuma influência ou participação humana, pois a salvação não é pelas obras, mas unicamente pela graça mediante a fé (Ef 2:8).

No caso dos salvos, o galardão é uma recompensa dada por Deus pelas obras que praticamos em obediência à sua vontade. Todavia, tanto as boas obras quanto o galardão em decorrência delas, são simplesmente consequências da verdadeira fé (Tg 2:14-16), ou seja, somente somos capazes de experimentar uma conduta de vida da qual Deus se agrada porque temos em nós a fé salvadora.

Portanto, o único motivo pela qual receberemos galardões de bênçãos eternas da parte de Deus é por Ele ter nos recebido em Cristo Jesus, e assim, graciosamente nossas obras também são aceitas, ou seja, de modo algum nossas próprias obras servem como base de reivindicação perante Deus para qualquer recompensa, ao contrário, nossas obras são recompensadas exclusivamente por Seu favor imerecido.

Um exemplo muito claro sobre esse princípio pode ser encontrado na visão do trono de Deus registrada pelo apóstolo João, quando os vinte e quatro anciãos, que é um símbolo da Igreja no texto, se prostraram e lançaram suas coroas de ouro, que representam as boas obras que fizeram, diante do trono de Deus, e declaram que toda honra, glória e poder pertencem ao Senhor (Ap 4:10,11).

Em outras palavras, o que o texto está dizendo é que as coroas de ouro são galardões pelas boas obras, porém as coroas são depositadas aos pés daquele que tornou tudo isso possível, ou seja, os méritos sempre são do Cordeiro.

Além disso, sabemos que as virtudes do caráter cristão não possuem origem em nós mesmos, mas são gerados pelo Espírito Santo que nos capacita a vivermos uma vida que agrada a Deus. Isso é que o Paulo chamou de fruto do Espírito.

Como serão os galardões na vida eterna?

Não sabemos exatamente como serão os galardões, pois a Bíblia não trata desse assunto diretamente. O que sabemos é que na vida eterna todos os redimidos estarão completamente realizados, desfrutando de um estado de glória inimaginável.

Assim, não haverá descontentamento pelo galardão recebido, e muito menos inveja pelo galardão de alguém. Finalmente, o que realmente importa é a promessa de que Cristo Jesus vem sem demora, e com Ele está o galardão para cada um segundo as suas obras. (Ap 22:12).

Quais e quantos serão estes galardões e coroas?

Nós sabemos, pela Palavra de Deus, que depois que o cristão for arrebatado, ele será trazido à presença de Cristo, o qual estará assentado no Seu Tribunal, conhecido como “Bema” ( no grego), para ser examinado e recompensado, de acordo com suas obras. Este não é um tribunal como o Tribunal de Pilatos, mas é semelhante à junta examinadora nos Jogos Olímpicos Gregos, ao qual o vencedor vinha para receber o seu prêmio.

Os galardões que serão dados no Tribunal de Cristo são chamados de “coroas”.

A significância do termo reside no fato de que coroas são símbolos de realeza, e os santos vão reinar com Cristo. “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” (1 Co 6:2). “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”, (Ap 20:6). As posições de honra para os crentes no reino vindouro serão determinadas pela fidelidade, consagração e comunhão com Ele e devoção a Seu serviço, que demonstram na sua vida aqui na terra.

Em Romanos 8:17, uma distinção é feita entre a nossa herança como filhos de Deus e a nossa posição de co-herdeiros com Cristo. “E se nós somos filhos, somos logo também herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com Ele padecemos, para que também com Ele sejamos glorificados”.

Ser um herdeiro de Deus é herdar as coisas que Ele preparou para nós, tais como nosso lar celestial e Sua glória. Nós seremos co-herdeiros com Cristo, se sofremos com Ele. Ele recebeu uma recompensa especial por Seu sofrimento e estará assentado no Seu trono reinando por mil anos aqui na terra. Nós teremos o privilégio de compartilhar este trono e de reinar com Ele se sofrermos com Ele.

Este sofrimento nem sempre significa sofrimento físico. Pode ser “opróbrio” por causa de Cristo, como o escritor de Hebreus expressa (Hb 13:12-14). Certo dia, os doze discípulos vieram a Jesus e perguntaram qual seria a sua recompensa por terem deixado tudo e O seguido. Ele lhes disse que se sentariam em doze tronos e julgariam as doze tribos de Israel. Mais tarde, dois dos discípulos vieram a Jesus e pediram se um podia sentar-se à Sua direita e o outro à Sua esquerda. A este pedido o nosso Senhor respondeu que não lhes poderia dar tais posições pois estas seriam concedidas por Deus o Pai.

É isto o que ensina a passagem de Mateus 10:32-33: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus”.

Quando chegarmos diante do Tribunal de Cristo, seremos declarados dignos ou indignos. Se O tivermos negado diante dos homens Ele terá que nos negar diante do Pai Celestial dizendo: “Este homem não é digno de sentar-se Comigo no trono”. Se O tivermos confessado diante dos homens, Ele recomendará ao Pai que nos assentemos com Ele no Seu trono. Paulo entendeu tudo isto claramente, pois muitas vezes falou da glória vindoura. Em certa passagem ele disse que o sofrimento deste tempo presente não se compara à glória que está porvir. Ele até esqueceu de tudo que tinha ficado para trás a fim de prosseguir em direção ao alvo pelo prêmio da sublime vocação de Deus em Cristo Jesus. Ele entendeu claramente que uma recompensa o esperava.

A) A Coroa da Vida.

Esta coroa é mencionada duas vezes nas Escrituras. É chamada frequentemente a “coroa de mártir”, a coroa que será dada pela fidelidade até a morte. “Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam”. (Tg 1:12).

“Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sé fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida”, (Ap 2:10). As pessoas frequentemente se referem erroneamente à coroa da vida como “vida eterna.” Devemos nos lembrar que a vida eterna não é uma coroa. É o próprio Cristo vivendo em nós. A coroa da vida, por outro lado, é uma recompensa especial, possivelmente uma posição de honra no governo de Cristo durante o milênio.

B) A Coroa Incorruptível.

Esta coroa é mencionada em 1 Coríntios 9:25-27. O contexto mostra que Paulo está falando de serviço e recompensas. Ele está nos contando o que fez por amor ao evangelho, para ganhar pessoas para Cristo. “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível”. (1 Co 9:24-25).

Participar de uma corrida e esforçar-se muito para vencer não são figuras da salvação. A salvação é o maior dom de Deus e não pode ser ganha nem comprada. Nos dias de Paulo, os cidadãos gregos nascidos livres eram os únicos que tinham permissão para competir nos jogos. Pelas coroas celestias somente os nascidos de novo podem concorrer. A salvação é o ponto de partida, não o objetivo. Nós não fazemos esforço para ganhar a salvação. Nós ganhamos a salvação pela fé e depois trabalhamos para ganhar as coroas. A salvação é a entrada para a arena e não o prêmio no fim da corrida.

Nos jogos da Grécia antiga, aquele que alcançava o objetivo primeiro era o único que ganhava a coroa, mas na corrida celestial não há competição. Ninguém concorre com o companheiro, a única condição é observar as regras do jogo: “Pois eu assim corro, não como sem meta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. (1 Co 9:26-27).

Paulo conhecia as regras da corrida. A coroa incorruptível, portanto, é vista como uma recompensa para uma vida vitoriosa. É para o cristão que carrega no seu corpo as marcas do Senhor Jesus, para que a vida de Jesus possa se manifestar. É para aquele que triunfa sobre a carne pelo poder da nova vida que recebeu quando nasceu pela segunda vez.

Era pensando no Tribunal de Cristo e nas coroas a serem conquistadas que Paulo dizia manter seu corpo sob disciplina e sem dar lugar para a carne e suas concupiscências. Ele viu a possibilidade de que, depois de ter pregado aos outros e de dizer-lhes como se tornarem filhos de Deus e como viver a vida cristã, ele mesmo viesse a ser reprovado, isto é, que as recompensas designadas a ele lhe fossem negadas.

Vale a pena lutar por esta coroa, não é de se maravilhar que ele tenha escrito: “Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, e justa, e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes”. (1 Ts 2:10).

C) A Coroa de Alegria.

Esta é a recompensa para o ganhador de almas. As pessoas que levamos ao Senhor Jesus Cristo serão nossa coroa de alegria na Sua vinda. Qualquer pessoa que tenha conhecido a alegria de levar uma outra pessoa a Cristo pode bem entender o nome desta recompensa, pois sabe que não há alegria comparável àquela que surge ao saber que foi usada pelo Senhor para levar uma alma a Ele.

“Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda?” (1 Ts 2:19). “Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados” (Fp 4:1). Que incentivo este para um ganhador de almas! Que alegria será ver uma grande multidão de almas andando nas ruas da glória, conduzidas ao conhecimento da salvação como resultado de nossos esforços por Ele! Porém, receio que muitos cristãos irão perder esta recompensa, pois muito poucos estão ocupados em ganhar almas.

D) A Coroa de Glória.

“Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória”. (1 Pe 5:1-4).

Esta é a recompensa de Cristo para quem alimenta o rebanho: a recompensa do Sumo Pastor para todos os fiéis pastores subordinados. Esta coroa de glória também é subentendida em Lucas 10:35: “E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse- lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastardes eu to pagarei quando voltar”.

As almas estão confiadas ao nosso cuidado. Espera-se que cuidemos e alimentemos estas almas, não com a filosofia do homem mas com alimento celestial, a Palavra de Deus. Que oportunidade para os pastores ganharem um ótima recompensa; porém este privilégio é frequentemente substituído por uma recompensa que pode ser vista nesta vida presente. Muitos pastores selam suas bocas por causa de uma recompensa terrena de um grande salário. Que recompensa celestial poderia ter sido deles?

E) A Coroa da Justiça.

“Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2 Tm 4:6-8).

Isto não deve ser confundido com o dom da justiça pela salvação mencionado em Romanos 3:21-23. Esta coroa é para quem mostrar uma verdadeira alegria diante da volta do Senhor Jesus Cristo através de viver uma vida justa. “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1Jo 3:3). Não é normal que um cristão que conheça o significado da “bendita esperança” ame a vinda de Cristo?

A noiva não espera com terno anseio a vinda do noivo, guardando-se somente para ele? Ela não se ocupa, preparando-se para o dia do casamento? A coroa de justiça será dada àqueles que, em esperança, alegria e antecipação à segunda vinda de Cristo, purificarem a si mesmos e estiverem prontos para a Sua vinda.

Uma das maneiras em que o crente se prepara é ser ativo em ganhar almas. Além disso, purifica a sua própria vida e vive retamente diante do Senhor.

Ai de nós, pois há muitos que não amam a Sua volta! Alguns até zombam disso, como as Escrituras dizem em 2 Pe 3:3-4. Ao contrário destes, vamos amar a Sua vinda e demonstrar em nossa experiência diária o poder dessa esperança gloriosa. Sua promessa é: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra”. (Ap 22:12).

Bênçãos para o vencedor.

Há sete tipos de bênçãos mencionadas por João em Apocalipse, (cap. 2 e 3), prometidas para aqueles que triunfarem. Estas bênçãos são:

1. O vencedor comerá da árvore da vida no paraíso celestial de Deus. (Ap 2:7)

2. O vencedor não sofrerá a segunda morte. (Ap 2:11)

3. O vencedor comerá o maná escondido e receberá um novo nome, escrito em uma pedra branca. (Ap 2:17)

4. O vencedor receberá autoridade sobre as nações. (Ap 2:26)

5. O vencedor não terá seu nome apagado do Livro da Vida. (Ap 3:5)

6. O vencedor será um pilar no templo e receberá um novo nome. (Ap 3:12)

7. O vencedor se assentará no trono de Cristo. (Ap 3:21)

Todas as bênçãos acima são uma parte das recompensas que os cristãos receberão por servir a Deus fielmente. Outras recompensas incluem governar com Cristo sobre a terra, durante o reinado milenar. (mil anos).

Em Lucas 19, Cristo conta uma parábola sobre os servos que estavam recebendo recompensas por sua fidelidade. Com base no tempo e na renda que esses servos dedicados e leais investiram na obra do Senhor, foi-lhes conferido domínio sobre inúmeras cidades.

No Apocalipse, todos os crentes são chamados de “reis e sacerdotes” e lhes é prometido “reinar sobre a terra”, (Ap 5:10). Em vista disso, pode-se inferir que durante o milênio haverá milhares de cidades nas quais os líderes serão estabelecidos para governar sobre regiões inteiras; esses governantes e reis serão os santos que estarão na Terra com Cristo durante essa época.

Deus abençoe você e sua família.  

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

CONHECENDO JESUS NA BÍBLIA

CONHECENDO JESUS NA BÍBLIA

 

Todo segundo domingo de Dezembro de cada ano é comemorado o “dia da Bíblia”.  

Quanto mais você estuda a Bíblia, mais você será enriquecido daquilo que Deus quer te mostrar e aperfeiçoar na graça e no conhecimento. Jeremias 33.3. João 8.32.

Quem é Jesus na Bíblia? O que é Jesus em cada livro da Bíblia?

Jesus disse em João 8.32, “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Ao pecador Jesus disse em Mateus 11.25-30,

25. Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos.
26. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve.
27. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.

30. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

Em João 3.16, que é o versículo texto áureo da Bíblia”, Jesus fala da sua missão principal:

“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna”.

Jesus Cristo é o centro e o coração da Bíblia e por isso veremos quem é Jesus em cada Livro da Bíblia. Jesus Cristo é o centro e o âmago da Bíblia, o centro e o âmago da história, o centro e o âmago de nossas vidas. Do Gênesis ao Apocalipse Jesus Cristo é portanto, o tema central da Bíblia.

Veja quem é Jesus em cada Livro da Bíblia:

Quem é Jesus em cada Livro do Antigo Testamento:

Em Gênesis, Ele é o princípio de todas as coisas.

Em Êxodo, Ele é o grande Libertador de Israel.

Em Levítico, Ele é o Sumo Sacerdote perfeito.

Em Deuteronômio, Ele é o grande Profeta poderoso.

Em Josué, Ele é o grande General conquistador.

Em Juízes, Ele é o forte Juiz que julga o seu povo.

Em Rute, Ele é o grande Resgatador da sua herança.

Em 1 Samuel, Ele é o Rebento de Jessé e a raiz de Davi.

Em 2 Samuel, Ele é o sucessor Eterno do trono de Davi.

Em 1 Reis, Ele é o Rei dos reis.

Em 2 Reis, Ele é o único Rei perfeito e absoluto.

Em 1 Crônicas, Ele é o único Monarca infalível.

Em 2 Crônicas, Ele é o sábio Rei que governa o seu povo.

Em Esdras, Ele é o grande Escriba fiel.

Em Neemias, Ele é o grande Restaurador de sua pátria.

Em Ester, Ele é o grande Intercessor e Defensor do seu povo.

Em Jó, Ele é o grande Redentor que vive.

Em Salmos, Ele é o Refúgio e Fortaleza do seu povo.

Em Provérbios, Ele é o Arquiteto da sabedoria de Deus.

Em Eclesiastes, Ele é o grande Pregador.

Em Cantares de Salomão, Ele é o amado Noivo da Igreja.

Em Isaías, Ele é o Pai da eternidade e o Príncipe da paz.

Em Jeremias, Ele é a Esperança de Israel.

Em Lamentações de Jeremias, Ele é a Misericórdia de Deus.

Em Ezequiel, Ele é a Glória viva de Israel.

Em Daniel, Ele é o Majestoso e Eterno Ancião de dias.

Em Oséias, Ele é o Esposo fiel e amoroso do seu povo.

Em Joel, Ele é o grande Juiz das nações no Vale de Josafá.

Em Amós, Ele é o perfeito Pastor de Israel.

Em Obadias, Ele é a perfeita justiça de Deus.

Em Jonas, Ele é o grande Missionário.

Em Miquéias, Ele é o grande Cidadão de Belém.

Em Naum, Ele é a Fortaleza do seu povo no dia da angústia.

Em Habacuque, Ele é o grande Avivalista da obra de Deus.

Em Ageu, Ele é o desejado de todas as Nações.

Em Sofonias, Ele é a magnífica proteção do seu povo.

Em Zacarias, Ele é o Homem renovo.

Em Malaquias, Ele é o Sol da justiça.

Quem é Jesus em cada Livro do Novo Testamento:

Em Mateus, Ele é o verdadeiro Messias de Israel.

Em Marcos, Ele é o ilustre Carpinteiro de Nazaré.

Em Lucas, Ele é o Médico por excelência.

Em João, Ele é o Verbo de Deus.

Em Atos dos Apóstolos, Ele é o Batizador como Espírito Santo.

Em Romanos, Ele é o grande Justificador.

Em 1 Coríntios, Ele é o vitorioso Senhor da Igreja.

Em 2 Coríntios, Ele é o Esposo fiel da Igreja.

Em Gálatas, Ele é o Libertador dos escravos da lei.

Em Efésios, Ele é o Supremo cabeça da Igreja.

Em Filipenses, Ele é a alegria superabundante da Igreja.

Em Colossenses, Ele é a imagem do Deus invisível.

Em 1 Tessalonicenses, Ele é o Senhor que arrebatará a sua Igreja.

Em 2 Tessalonicenses, Ele é o Senhor que destruirá o anticristo.

Em 1 Timóteo, Ele é o único Mediador entre Deus e o homem.

Em 2 Timóteo, Ele é o reto Juiz que nos coroará.

Em Tito, Ele é a bem-aventurada esperança da Igreja.

Em Filemom, Ele é o nosso grande fiador.

Em Hebreus, Ele é o autor e consumador da nossa fé.

Em Tiago, Ele é o Legislador da lei perfeita.

Em 1 Pedro, Ele é o Sumo Pastor e Bispo das nossas almas.

Em 2 Pedro, Ele é o Senhor longânimo.

Em 1 João, Ele é o grande Advogado.

Em 2 João, Ele é o amor verdadeiro.

Em 3 João, Ele é o amado da Igreja.

Em Judas, Ele é o Senhor que virá com os seus milhares de Santos.

Em Apocalipse, Ele é o Alfa e Ômega, Rei dos reis, Senhor dos senhores, o princípio e o fim.

Quem é Jesus segundo a própria Bíblia?

Jesus disse em João 14.6: “Eu sou o Caminho, e a Verdade e a Vida,  ninguém vem ao Pai a não ser por mim“.

Jesus Cristo é o Filho de Deus, que morreu pelos pecadores de todo o mundo que queiram confessá-lo como Senhor e Salvador de suas vidas. Ele ressuscitou e continua vivo hoje e para todo o sempre. Ele é Deus mas também foi um homem e viveu na terra durante cerca de trinta e três anos e meio. Jesus mudou o mundo para sempre e pode mudar sua vida também.

A Bíblia diz que Jesus é Deus revelado em forma humana ao mundo. Ele veio para nos salvar, porque não conseguimos pagar o preço de nossos pecados. Essa foi sua grande missão na terra, levar o castigo de nossos pecados em nosso lugar. Mas a história de Jesus não acabou na cruz. Ele ressuscitou e continua vivo até hoje.

A Bíblia mostra Jesus como uma pessoa verdadeira, com emoções e pensamentos. Ela nos mostra a personalidade de Jesus, que reflete a personalidade de Deus Pai:

A Bíblia nos mostra que Jesus é cheio de amor; Jesus nunca trata e nunca tratou as pessoas com ódio, mas sempre tem muito amor para oferecer, Ele é o Justo que morreu pelos pecadores.

A Bíblia nos mostra que Jesus é justo, Ele não trata com parcialidade nem age por motivos egoístas, Ele age com a verdade.

A Bíblia nos mostra que Jesus é misericordioso, Jesus está sempre pronto para perdoar e restaurar quem se arrepende de seus pecados.

A Bíblia nos mostra que Jesus é paciente, Ele não castiga logo, mas nos trata com paciência e sobretudo com Seu grande amor.

A Bíblia mostra que Jesus é zeloso, Jesus está totalmente comprometido com os propósitos do Pai para zelar por nossas almas até chegarmos nas mansões celestiais.

A Bíblia nos mostra que Jesus é inspirador, Jesus é inteligente e age de muitas maneiras criativas para nos abençoar e nos proteger.

A Bíblia mostra que Jesus Cristo é o Unigênito Filho de Deus. Ele entregou sua própria vida em sacrifício para redimir todo aquele que nEle crer. Sendo a Segunda Pessoa da Trindade, Jesus é igualmente Deus, assim como o Pai e o Espírito Santo.

A Bíblia nos mostra do Antigo ao Novo Testamento, do primeiro ao último livro, do começo ao fim que Jesus é o Messias, o enviado de Deus aos homens.

A Bíblia nos mostra claramente quem é Jesus Cristo. As informações sobre a pessoa de Jesus são tão vastas que é impossível sintetizar tudo em um único texto.

Há várias profecias na Bíblia acerca de Jesus.

Por todo o Antigo Testamento encontramos inúmeras profecias acerca de Jesus, o Messias que haveria de vir. Na verdade não apenas as profecias diretamente, mas os salmos, os símbolos, os pactos e mesmo as palavras de repreensão e castigo apontavam, de alguma forma, para a pessoa e a obra vicária  de Cristo Jesus no calvário

As profecias messiânicas mais conhecidas sobre quem é Jesus estão registradas no livro do profeta Isaías, por isso o profeta Isaías é conhecido e considerado o profeta messiânico. O profeta profetizou sobre Seu nascimento de uma virgem, e sobre Sua obra redentora. (Isaías 7:14;53).

Como foi o nascimento de Jesus.

A Bíblia nos mostra que Jesus nasceu em Belém da Judéia, na cidade do rei Davi, conforme foi profetizado pelo profeta Miquéias (Miquéias 5:2; e Mateus 2:1-12). Maria, uma jovem virgem de Nazaré, concebeu o Salvador do mundo por obra e graça do Espírito Santo. (Lucas 1:35).

Como não foi encontrada nenhuma vaga de hospedagem na cidade de Nazaré, Maria e José foram hospedados numa estalagem, colocada lá provisoriamente, mas lá ela deu à luz a Jesus Cristo num estábulo e o seu berço foi uma manjedoura. (Lucas 2:1-5).

Os relatos bíblicos fornecem pouquíssimas informação sobre Jesus em sua infância e juventude. A Bíblia apenas destaca o episódio em que Jesus tinha doze anos e foi encontrado por José e Maria entre os doutores da lei no Templo discorrendo sobre a Bíblia. Sobre sua infância, o texto bíblico informa que nessa época Ele crescia “em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”. (Lucas 2:49-52).

O ministério terreno de Jesus está registrado nos quatro evangelhos.

Quando tinha cerca de 30 anos, Jesus partiu de Nazaré e foi batizado por João Batista no rio Jordão. (Mateus 3:13-17). Logo depois, Ele foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto da Judéia para ser tentado. (Mateus 4:1,2).

O relato da tentação de Jesus na Bíblia contrasta com a tentação de Adão e Eva na queda da raça humana, (Gênesis 3). Jesus foi tentado, mas venceu todas as tentações e nunca pecou. (Hebreus 4:15).

Após quarenta dias e quarenta noites no deserto, Jesus, pela virtude do Espírito Santo, voltou para a Galiléia e deu início ao seu ministério terreno publicamente. Foi então que Ele escolheu seus discípulos e começou a pregar por toda parte as boas-novas de grande alegria que é o Evangelho e a chegada do reino dos céus, (Mateus 4:17-25).

A Bíblia nos mostra que Jesus realizou grandes milagres, curando doentes, expulsando demônios, ressuscitando mortos, acalmando a tempestade, multiplicando o alimento e muitos outros.

Foram tantas as obras maravilhosas de Jesus que o Evangelho de João afirma que seria impossível registrar todas elas, (João 21:25). Todos esses milagres demonstravam o poder pleno de Jesus sobre todas as coisas.

A morte, ressurreição e ascensão de Jesus aos Céus.

A Bíblia nos mostra que a última semana de Jesus antes de ser preso e morto, foi marcada por acontecimentos significativos, como a entrada triunfal em Jerusalém, (Mateus 21:1-11), a purificação do Templo, (Mateus 21:12-16), o pronunciamento de seu sermão escatológico (Mateus 24-25) e a instituição da Santa Ceia, (Mateus 26:26-30).

Na mesma noite em que celebrou a Páscoa com seus discípulos e instituiu a Santa Ceia do Senhor, Jesus foi traído e preso. O traidor foi um de seus discípulos, Judas Iscariotes, (Mateus 26:47-56; Marcos 14:43-52; Lucas 22:47-53; João 18:1-12).

Após ser preso, Jesus foi julgado, torturado e condenado à morte, sendo crucificado num lugar chamado Calvário, (Mateus 27:32-44). A crucificação era a pior e mais humilhante pena de morte da época. Além dEle ter sido  crucificado foi lhe colocada uma coroa de espinhos em Sua cabeça, e em sua cruz foi colocada uma identificação que dizia: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”. (João 19:19).

Para cumprir as Escrituras, um soldado ainda o transpassou com uma lança, furando o lado de seu corpo, (João 19:31-37). Depois, Jesus foi sepultado num tumulo, (emprestado é claro),  preparado por José de Arimatéia que era dono daquele túmulo. (Mateus 27:57-61). Jesus foi crucificado e sepultado na sexta-feira, mas no domingo Ele ressuscitou dos mortos. Após ressuscitar, Jesus subiu ao Céu, onde está exaltado a direita do Pai, deixando-nos a promessa de que um dia voltará para arrebatar a sua igreja. (Atos 1:9-11).

A pergunta sobre quem é Jesus não é uma pergunta de hoje. Já em sua época essa mesma pergunta era feita. Certa vez Ele próprio perguntou a seus discípulos: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” (Mateus 16:13).

A resposta dos discípulos foi interessante, e na verdade é ainda a mesma resposta dada por muitas pessoas na atualidade. Eles disseram que as pessoas diziam que Jesus era João Batista, que era o profeta Elias, que era o profeta Jeremias ou outros profetas. (Mateus 16:14).

Isso significa que as pessoas simplesmente afirmavam que Ele era um homem como qualquer outro, sim, um homem notável como João, Elias ou Jeremias, mas ainda assim simplesmente um homem. No entanto, logo em seguida, o apóstolo Pedro, revelado por Deus, respondeu essa pergunta de forma correta. Ele disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. (Mateus 16:16).

O Evangelho de João nos revela essa verdade logo em suas primeiras palavras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. (João 1:1). A divindade de Jesus é afirmada de forma clara durante todo o Novo Testamento, onde lemos que a plenitude da divindade habita nEle, pois Ele é a imagem do Deus invisível. (2 Coríntios 4:4; Colossenses 1:15-19; 2:9).

Além disso, Jesus possui os atributos divinos, (Mateus 28:18; Hebreus 1:3; Apocalipse 2:23). Ele também é designado com os mesmos nomes e títulos que Deus o Pai recebe no Antigo Testamento. (Isaías 44:6; Apocalipse 1:17).

Tudo o que existe foi criado por Ele e para Ele, (Colossenses 1:16). Ele tem poder para perdoar pecados, (Colossenses 3:13) e receber adoração que Lhe é devida. (Hebreus 1:6). Ele próprio declarou: “Eu e o Pai somos um”. (João 10:30).

O evangelho de João no capítulo primeiro afirma que Jesus Cristo é o Verbo que se fez carne.

Se a Bíblia é clara ao afirmar que Jesus Cristo é Deus, da mesma forma ela é suficientemente clara ao afirmar a humanidade de Jesus. De fato, o mesmo texto que afirma sua divindade, também afirma sua humanidade, isto é, “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”. (João 1:14).

Dessa forma, entendemos que Jesus era plenamente homem e plenamente Deus. Qualquer ensino que negue essa verdade não é o verdadeiro Evangelho. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, afirma: “Cristo Jesus, homem”. (1 Timóteo 2:5).

Portanto, Jesus experimentou as mesmas limitações que nós, como homens, experimentamos. Ele passou por sofrimentos, vontades, privações, dores, fome, cansaço, fraquezas, dentre outras coisas. (Lucas 23:46; João 4:6-7; 6:38; 12:27). Porém, diferente de nós, Ele nunca pecou.

A Bíblia afirma com clareza que Jesus Cristo é o Salvador.

A morte e ressurreição de Jesus foi o clímax do plano divino da redenção, um plano concebido por Deus ainda na eternidade, antes da fundação do mundo, (1 Pedro 1:19,20). É justamente nesse ponto, quando olhamos para Sua obra redentora, que podemos entender por que Jesus precisava ser plenamente Deus e plenamente homem.

Apenas sendo homem Ele poderia morrer pregado numa cruz, e apenas sendo Deus Ele poderia ser capaz de satisfazer a justiça divina e redimir o seu povo, conforme a promessa de Deus em Gênesis capítulo 3. 

Portanto, na cruz, Jesus Cristo, Deus e homem, fez o que ninguém mais seria capaz de fazer. Dessa forma, Jesus é muito mais do que apenas um bom exemplo a ser seguido, Sua obra é muito maior do que qualquer idéia romântica de um martírio heróico.

Diante da pergunta sobre quem é Jesus Cristo, só nos resta responder que Ele é o Emanuel, o Deus conosco, o Deus forte, o Pai da eternidade e o Príncipe da paz profetizado por Isaías, (Isaías 9.6), e sua obra está além de qualquer possibilidade humana. Mesmo sendo Deus, Ele substituiu homens ao se fazer maldito por eles morrendo numa cruz do calvário. Sim, é impossível responder quem é Jesus sem se lembrar de que Ele ocupou o lugar de miseráveis pecadores conforme Isaías 53; recebeu o castigo que lhes era merecido, e os reconciliou com Deus. Graças a Deus fomos redimidos pelo sacrifício vicário ( substitutivo) de Jesus na cruz do calvário.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.