segunda-feira, 25 de julho de 2022

O CONTROLE DE NOSSAS LÍNGUAS

O CONTROLE DE NOSSAS LÍNGUAS


“O estrago que uma língua maldosa pode causar é muito grande em relação ao bem que ela pode trazer”.

By. Waldirpsouza.

 

Na carta de Thiago 3.5-12, encontramos ensinamentos e lições importantes sobre o assunto.

5. Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.

6. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.

7. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;

8. mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.

9. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus:

10. de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.

11. Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?

12. Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.

 

O que é a língua?

A língua quando não é usada com vigilância é um perigoso instrumento destruidor de reputações, a fofoca pode nascer no seio familiar, atingir amigos, inimigos e até estranhos, porque ela traz no seu bojo muita inveja. A palavra fofoca, coisa que a língua mais gosta de fazer, não está na Bíblia, mas existem nela outras palavras que têm o mesmo sentido. Fofoca é sinônimo de mexerico, bisbilhotice e outras parecidas. (Pv 12.18; Sl 140.3; Tg 3.8).

Fofoqueiro não aparece na Bíblia, mas seu sinônimo mexeriqueiro já era usado nos tempos antigos; está registrado em Levítico 19.16 e Provérbios 11.13. Mexericar é o ato de usar de maledicência, repetindo histórias e ou estórias sobre as pessoas. Diz o dicionário que: “mexericar é narrar em segredo e astuciosamente, com o fim de maldizer, intrigar ou enredar as pessoas”. “Mexerico é  ato de mexericar, enredar, intrigar, bisbilhotar e causar chocarrices contra seus semelhantes”.

O mexerico seria então alguém contar a alguém o que um terceiro alguém lhe disse, com o intuito ou pelo menos uma previsão de provocar contenda entre eles. Encontramos na Bíblia: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor”. (Lv 19.16).

A Bíblia compara as palavras do mexeriqueiro aos lábios do tolo: “Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites. A boca do tolo é sua própria destruição, e seus lábios um laço para sua alma” (Pv 18.6-7). E a Bíblia diz mais: “Sem lenha, o fogo se apagará; e não havendo maldizente, cessará a contenda”. (Pv 26.20).

A pessoa que ouve mexericos e maledicências contra outrem peca por essa atitude. Todos devemos evitar comentários desairosos sobre terceiros, e a revelação de pecados e defeitos ocultos do próximo. Sem dúvida que se peca ouvindo mexericos e difamações, e também encorajando e favorecendo oportunidades para a pessoa que tem essa prática continue assim procedendo. Infelizmente, em todas as épocas sempre houve crentes que se tornam culpados do pecado do mexerico. (Sl 55.21; Pv 26.24-26).

O hábito de fofocar, que parecia ser de exclusividade das mulheres, agora já pertence também aos homens, que dele se utilizam, na maioria das vezes, por interesses pessoais, despeito e inveja. Sempre se soube que as mulheres fofocavam (1 Tm 5.13) mais que os homens, por uma razão muito simples: grande parte das mulheres, por permanecerem muito tempo sem fazer nada, têm a cabeça fértil para pensar em maldades, muitas delas destruidoras.

Jesus fez sérias advertências contra julgar as pessoas pela aparência, dizendo “não julgueis, para que não sejais julgados”, (Mt 7.1). Satanás é chamada nas Escrituras “o acusador de nossos irmãos", o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”, (Ap 12.10). Quando fofocamos, julgamos, acusamos ou condenamos os outros estamos fazendo a obra de Satanás, (Mt 7.3-5; Rm 14.4) e o apóstolo Paulo nos adverte: “Assim, que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão”. (Rm 14.13) e Pedro nos aconselha a seguir o exemplo de Cristo, (1 Pe 2.23). Geralmente as pessoas que julgam os outros não deixam de também serem culpadas. (Lc 6.37; Rm 2.1).

Se existisse uma pessoa que não tropeça na língua, seria uma pessoa perfeita. (Sl 15.1-3; Tg 1.26 e Tg 3.2). Devemos pedir o que está no Salmo 141.3: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios”. Davi fez um voto com relação à sua língua: “Eu disse: guardarei os meus caminhos para não delinquir com a minha língua; refrearei a minha boca, (a minha língua) enquanto o ímpio estiver diante de mim”. (Sl 39.1). Paulo admoesta-nos: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”. (Ef 4.29).

Existem três critérios, conhecidos como as três peneiras para sabermos se uma determinada história ou fato deve ser divulgado:

A primeira é  verdade. Devemos ter absoluta certeza que o relato é verdadeiro.

A segunda é a utilidade. Tem alguma utilidade nobre, traz algum benefício, ou é necessário dizer tal coisa?

A terceira é a bondade (ou gentileza). É uma atitude bondosa ou gentil transmitir tal informação?

Somente depois de peneirar essas três vezes, aquilo que vamos dizer, poderemos abrir nossa boca sem temor. (Sl 34.13; Cl 3.9; 1Pe 3.10).

 

O controle de nossas línguas também está descrito em 1 Pedro 3.10.

10. Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano.

A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar e de tudo que sai de nossas bocas através da língua. “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias”. (Provérbios 21.23).

 

O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua.

Devemos abrir a boca para abençoar o nosso irmão, para adorarmos ao Senhor. Mas, infelizmente, muitos têm sido destruídos pela falta de sabedoria. Muitos não têm administrado seus lábios de modo a abençoar. Por isso, amaldiçoam. Salomão afirmou: “Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos”. (Provérbios 10.20-21).

Poderia citar inúmeros textos bíblicos que nos revelam a necessidade de abrirmos a boca para abençoar e não amaldiçoar. Mas quero resumir em apenas um que traduz, de maneira sublime, a força que há nas palavras que proferimos: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. (Provérbios 18.21). Consegue imaginar a extensão e a gravidade disso? Com ela, você pode vivificar ou matar. Consegue dimensionar o poder que há nesse tão pequeno órgão de seu corpo? Peça ao Espírito Santo que lhe conceda sabedoria ao falar.

Não é conveniente que você abençoe e também amaldiçoe. Quando Paulo escreveu aos Romanos, ele disse: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis”. (Romanos 12.14).

Há pessoas que já entenderam a importância de se policiar, de vigiar ao falar e procuram não cometer o pecado da mentira. Porém, acabam pecando justamente porque não abrem a boca para abençoar. A nossa fé é um relacionamento com o Senhor, e este relacionamento nos faz com que nos tornemos abençoadores. Há pessoas que aprenderam isto muito bem. Quando elas chegam, parece que a luz chega; quando abrem a boca, algo começa a fluir. Pessoas assim transmitem o amor de Cristo, fazem a diferença aonde quer que estejam e perto de quem quer que seja.

Infelizmente, porém, há quem faça totalmente o oposto: apenas reclamam, murmuram, maldizem os outros, levam uma vida independente da Palavra. A Bíblia nos ensina a darmos graças em tudo. (1 Tessalonicenses 5.18). O que significa que, pela fé, podemos ministrar a bênção, crendo que as circunstâncias serão mudadas, transformadas, pela graça do Senhor.

Há um poder tremendo em nossas palavras. Em Provérbios 18.21 está escrito que: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. Quando você diz: “Eu o abençoo, em nome de Jesus; eu abençoo o seu dia, o trabalho das suas mãos”, você está passando vida. É uma proclamação. A palavra fica, a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo.

A Palavra nos revela de uma forma bem clara: abençoar, abençoar e abençoar é o segredo de você ser abençoado. Comece abençoando a sua vida e de sua família. “Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor”. (Sl 128.4).

O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos e abençoadores. Assim sendo, que Deus então te abençoe e que você seja sempre uma bênção, porque a mesma língua que edifica também pode matar. Se tiver alguma outra coisa pra fazer, deixa na vontade de Deus porque Ele disse a Abraão: “Eu abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem".

Assim foi o chamado de Abraão: “Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa De teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gênesis 12:1-3).

 

Quer ser sábio e prudente? Então vigie a sua língua.

Provérbios 11.12 afirma: “Quem fala mal do seu próximo não tem juízo; o homem prudente se cala”. Salomão nos adverte neste texto bíblico contra fofocas, calúnias ou insultos ao próximo. A sabedoria bíblica ensina que ninguém deveria jamais desprezar orgulhosamente os outros, seja em seus corações ou com palavras.

Pessoas sábias conterão suas palavras, falarão na hora certa e abandonarão as palavras depreciativas. A fala é sempre uma das evidências mais seguras de sabedoria ou a falta dela. A quantidade de palavras pode provar sabedoria ou loucura. Eclesiastes 5.3 afirma: “Porque das muitas preocupações vêm os sonhos, e do muito falar, palavras tolas.

Contar qualquer coisa sobre outra pessoa, mesmo que seja verdade, mas que não seja necessária nem útil para sua reputação, não só é uma insensatez pelo desgoverno da língua, mas é um pecado muito comum.

O Senhor Jesus foi vítima de abuso verbal, mas Ele não insultou nem ameaçou de volta. 1 Pedro 2.23: “Pois Ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas se entregava àquele que julga retamente”.

Seguir a Jesus significa seguir Seus passos em tudo, dentre eles ser nobre, governando a língua, mesmo quando estiver sofrendo injustamente nas mãos de outros.

Assim, como você fala dos outros? É preciso governar a língua, pois é sempre muito fácil pecar com as palavras. Naturalmente você pode fofocar, debochar, desprezar, julgar e criticar aqueles que estão ao seu redor. Na verdade o que você fala revela a você e a outros o seu caráter e coração. Jesus afirmou em Lucas 6.45: “…porque a boca fala do que está cheio o coração”.

A regra de ouro para você ser bem sucedido (a) na vida.

Governe bem a sua língua. Uma regra simples para fazê-lo é cortar suas palavras pela metade. Fale menos, mesmo que doa muito em você mesmo e mesmo que você tenha que engolir seco.

 

Há um poder tremendo em nossas palavras.

Em Provérbios 18. 21 está escrito que: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. Quando você diz: “Eu o abençôo, em nome de Jesus; eu abençôo o seu dia, o trabalho das suas mãos”, você está passando vida. É uma proclamação. A palavra fica, a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo.

A Palavra de Deus nos revela de uma forma bem clara que devemos: abençoar, abençoar, abençoar e não amaldiçoar.

Comece abençoando a sua vida. “Eis que será abençoado o homem que teme ao Senhor”. (Sl 128.4).

O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos e abençoadores. Assim sendo, que Deus então o abençoe. E mais: Sê tu uma bênção, cumpra o que Deus nos ensina em Deuteronômio 28.1-14 e tudo te irá bem no decorrer de sua trajetória na face da terra.

 

Enfim:

A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar. “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias”. (Provérbios 21.23). O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua. Vigiemos.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 18 de julho de 2022

COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO.


1 Tessalonicenses 5.19 nos orienta quanto à nossa relação com o Espírito Santo dizendo: “19. Não extingais o Espírito”.

Aos de Éfeso o apóstolo Paulo recomendou:   “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. (Ef. 5.18).

Podemos observar nos textos acima que Paulo não pede aos crentes de Tessalônica e de  Éfeso que sejam cheios do Espírito Santo. Ele também não expressa um desejo, como quem deseja algo extraordinário. O verbo enchei-vos está no imperativo, portanto ele está ordenando aos crentes de todas as partes do mundo,  que sejam cheios do Espírita Santo. Portanto, repito, não é um pedido, nem um desejo, mas uma ordem.

Muitos de nós, crentes, achamos que por sermos batizados nas águas e batizados com o Espírito Santo, basta, já estamos cheios do Espírito Santo para o resto de nossas vidas.

 

Esse enchimento deve ser constante e não temporário.

Podemos observar nas Escrituras os apóstolos, em épocas diferentes, recebendo o Espírito Santo ou sendo cheios do Espírito Santo. Em João 20.22, temos: “E havendo dito isto, assoprou (Jesus) sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Depois, no dia de pentecostes, os apóstolos foram cheios do Espírito Santo em Atos 2.1-4: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; “de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem". (Atos 2.1-4).

Mais tarde em Atos 4.31, os apóstolos são novamente cheios do Espírito Santo: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus". (Atos 4.31).

 

No Evangelho de João Jesus faz uma oração em favor dos seus discípulos porque estava próximo dEle ser preso e condenado.

17:1 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti,

17:2 assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.

17:3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

 

Em Atos dos Apóstolos, depois de Jesus ter sido morto e ressuscitado dentre os mortos, Ele, Jesus, manda seus discípulos ficarem em Jerusalém até que do alto eles recebessem o Consolador amado e fossem cheios do Espírito Santo. Já fazia quarenta dias que Jesus tinha ressuscitado e mais dez dias que eles estavam reunidos no templo, portanto já faziam cinquenta dias que eles estavam aguardando a vinda do  Consolador amado, o Espírito Santo. Daí em diante aquele momento foi chamado de dia do Pentecostes.

2:1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2:2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.

2:3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como que de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.

2:4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.

2:5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu.

2:6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.

2:7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?

2:8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?

2:9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia,

2:10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,

2:11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?

2:12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?

2:13 Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!

2:14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.

2:15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.

2:16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel:

2:17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;

2:18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.

2:19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.

2:20 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.

2:21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

 

O Que é o Batismo com o Espírito Santo? Qual é o seu significado?

O batismo com o Espírito Santo é uma expressão bíblica encontrada no Novo Testamento para denominar o derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos como cumprimento das promessas registradas nas Escrituras em conexão com o ministério do Senhor Jesus. As pessoas também usam de forma similar as expressões “batismo no Espírito Santo” ou “batismo do Espírito Santo” ou “batismo com o Espírito Santo”.

A frase “batizar com o Espírito Santo” aparece quatro vezes nos Evangelhos e duas vezes no livro de Atos dos Apóstolos (Mateus 3:11; Marcos 1:8; João 1:33; Lucas 3:16; Atos 1:5; 11:16). A promessa sobre o batismo com o Espírito Santo encontrou seu cumprimento após a ascensão de Cristo ao céu. Conforme havia sido prometido, o Espírito Santo foi derramado sobre o povo de Deus no dia do Pentecostes. (Atos 2).

 Nesta postagem veremos o que a bíblia diz acerca do batismo com o Espírito Santo. Entenderemos também como as diferentes tradições cristãs interpretam essa doutrina, a Paracletologia.

 

O que é Paracletologia?

É uma palavra formada por duas palavras gregas: paracletos (que significa Ajudador, Consolador, advogado) e Logia (que significa estudo, doutrina).

Exemplo de uso da palavra Paracletologia:

A Paracletologia estuda de uma forma sistemática tudo o que se refere ao Espírito Santo (chamado por Jesus Cristo de o Consolador). A Paracletologia é conhecida também como Pneumatologia.

 

Definição do que é pneumatologia.

Na Teologia Cristã Pneumatologia se refere ao estudo do Espírito Santo. Na doutrina Cristã popular, o Espírito Santo é a terceira pessoa de Deus na Trindade. Algumas formas de Cristianismo, por falta de intimidade com Deus, negam que o Espírito Santo seja pessoal, embora assegurando que pode, em algumas ocasiões, influenciar as pessoas.

 

O batismo com o Espírito Santo na Bíblia.

O derramamento do Espírito Santo sobre todo o povo de Deus foi profetizado ainda no Antigo Testamento Joel 2.28.

Naquela época o Espírito Santo já atuava no povo de Deus. Ele capacitava de uma maneira especial para um determinado ministério apenas algumas pessoas específicas.

Foi assim, por exemplo, com Moisés, com os juízes de Israel, com alguns reis e com os profetas (Êxodo 35:30-34; Números 11:16,17; Juízes 3:10; 6:34; 1 Samuel 16:13,14; 2 Samuel 23:2; Neemias 9:30).

No tempo  do Pentateuco, que são os cinco primeiros livros da Bíblia e foram escritos por Moisés, o próprio Moisés já aparece fazendo um apelo que remete ao batismo com o Espírito Santo. Ele fala sobre quão bom seria se o Senhor derramasse seu Espírito sobre todo seu povo (Números 11:29). Mais tarde, através do ministério do profeta Joel, Deus faz a seguinte promessa: “E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne”. (Joel 2:28).

Existem várias outras profecias sobre o batismo no Espírito Santo. O profeta Isaías também profetizou sobre o derramamento do Espírito. Ele fala acerca do dia em que o Espírito Santo seria derramado sobre todo o povo de Deus provendo uma grande restauração (Isaías 32:15). Depois, Deus usou o mesmo profeta para apontar para essa promessa. (Isaías 44:3).

 

Já no Novo Testamento João Batista também fala sobre a promessa do batismo com o Espírito Santo. Ele relaciona tal promessa com a vinda do Messias. Ele liga a promessa sobre o Batismo com o Espírito Santo com o juízo de Deus, assim como fez Joel (Mateus 3:11; cf. Joel 2:30-32). Mais tarde, o próprio Senhor Jesus também falou aos seus discípulos sobre a promessa de que eles seriam batizados com o Espírito Santo. (Lucas 24:49; Atos 1:4,5).

O derramamento do Espírito Santo no dia do Pentecostes foi o cumprimento de todas essas profecias. De forma bastante explicita, o apóstolo Pedro utiliza exatamente a profecia de Joel para apontar que ali se cumpria as Escrituras e que o tempo da Nova Aliança havia chegado (Atos 2:16:21). Pedro não teve dúvida de que já estava vivendo os últimos dias profetizados por Joel. Para Pedro aquele tempo parecia que que já era os fins dos tempos, o fim dos dias. Mas a promessa da efusão ou derramamento do Espírito Santo de uma maneira sobrenatural estava ainda para acontecer em Atos 1.8.

 

Quem batiza com o Espírito Santo?

Jesus é quem batiza com o Espírito Santo. Não é raro encontrar indivíduos que afirmam possuir um “dom especial” de batizar pessoas com o Espírito Santo e ainda tentam ensinar as palavras que devem proferir. Ledo engano. Entretanto, a Bíblia é suficientemente clara ao afirmar que apenas Jesus Cristo tem poder para batizar com o Espírito Santo e com a evidência de falar em novas línguas.

João Batista foi o último e mais importante dos profetas Veterotestamentários. Lucas 7:24-28; 16:16. Ainda assim, quando ele falou sobre o batismo com o Espírito Santo, ele apontou para o Messias como sendo o único capaz de batizar com o Espírito Santo. (Mateus 3:11).

Essa interpretação de João Batista está completamente de acordo com as Escrituras. O profeta Isaías profetizou sobre o Messias como sendo Aquele que possui o Espírito do Senhor Deus para anunciar a restauração. Isso significa que de acordo com Isaías, apenas quando o Messias viesse, o Espírito Santo seria derramado a todas as gentes, povos, tribos e nações. (Isaías 61).

Durante seu ministério, o próprio Senhor Jesus se identificou como sendo Aquele sobre o qual Isaías profetizou. (Lucas 4:18-21). Então somente Jesus é capaz de batizar com o Espírito Santo. O Espírito Santo não é uma coisa que as pessoas podem manipular. Ele é Deus, a Terceira Pessoa da Trindade, o Consolador enviado do Pai e do Filho. (João 15:26).

 

Existem diferentes interpretações sobre o batismo com o Espírito Santo.

Existe um grande debate entre os cristãos sobre o que é e como acontece o batismo com o Espírito Santo.

Esse debate surgiu especialmente a partir do século 20 com a ascensão do movimento carismático, e discute a natureza do batismo com o Espírito Santo, quando e como ele ocorre e qual o seu verdadeiro significado. Toda essa discussão se resume em duas posições predominantes acerca do que é o batismo com o Espírito Santo.

1) A primeira interpretação defende que o batismo com o Espírito Santo está diretamente ligado à regeneração e a conversão do pecador. Sob esse aspecto, todos aqueles que verdadeiramente nasceram de novo necessariamente são batizados com o Espírito Santo. Esta é a posição tradicional e predominante no Cristianismo histórico e é também defendida ainda hoje principalmente pelas igrejas reformadas, principalmente dos Calvinistas, Wesleyanas, Luteranas, dentre outras.

2) A segunda interpretação entende que o batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta da salvação, da regeneração e posterior a ela. Seria um tipo de “unção especial para determinados propósitos de Deus na vida de quem recebe o Batismo com o Espírito Santo”,  que eleva os cristãos a um nível superior de vida espiritual e de intimidade com o Espírito Santo de Deus.

Quando a pessoa se converte, ela abre a porta do coração e Jesus encontra nele morada. Nesse caso é o que frequentemente acontece, nem todos os cristãos são batizados com o Espírito Santo, eles têm a direção do Espírito Santo em suas vidas, mas não são batizados com o Espírito Santo, este batismo exige mais das pessoas para recebê-lo.

Assim como no batismo nas águas é exigido das pessoas uma preparação, exige-se também uma busca maior de preparo e de santificação das pessoas para receber o batismo com o Espírito Santo. Esta é a interpretação característica dentro das igrejas evangélicas pentecostais.

 

Vamos entender melhor cada uma dessas interpretações acerca do batismo com o Espírito Santo. Vale dizer que aqui não entraremos no campo das experiências pessoais apenas apontaremos a forma com que cada linha Teológica entende  e adota suas posições sobre o assunto.

 

O que é o batismo com o Espírito Santo na doutrina Pentecostal?

Dentro do movimento Pentecostal o batismo com o Espírito Santo é visto como sendo uma bênção diferente da regeneração na conversão das pessoas.

Os pentecostais entendem que todo aquele que nasceu de novo já possui o Espírito Santo, o que é correto. (Colossenses 3:2; Efésios 1:13). Exatamente porque as pessoas aceitaram Jesus Cristo como único e suficiente salvador de suas vidas conforme João 3.16. Então, fica claro que isto não implica no batismo com o Espírito Santo especificamente.

Então segundo a visão Pentecostal, após a conversão, o cristão ainda deve buscar o batismo com o Espírito Santo e com diligência e santificação poderá recebê-lo ou não. Isso porque não somos nós que poderemos decidir se vamos receber ou não, isso quem decide é o próprio Espírito Santo. Quem quer receber vai buscar até receber ou não.

Conheci um irmão muito dedicado na igreja e na obra de Deus que tinha tanto desejo de receber e buscava constantemente, quando ele já tinha mais de trinta anos de conversão ele me falou que não adiantava mais buscar o batismo com o Espírito Santo. Ele queria ser pastor e queria ser batizado com o Espírito Santo para ter mais discernimento e mais unção para transmitir a palavra de Deus. Então eu o aconselhei e lhe dei algumas instruções sobre como receber o batismo com o Espírito Santo. Ele assim procedeu e recebeu. Logo a seguir o levei a consagração de evangelista e a pastor e o coloquei para pastorear uma congregação o qual foi muito bem sucedido.

 

O propósito do batismo com o Espírito Santo também pode ser visto sob dois aspectos diferentes dentro da visão Pentecostal.

No pentecostalismo clássico o batismo com o Espírito Santo estava diretamente ligado ao conceito de grau de santificação. Inclusive, em alguns círculos pentecostais o batismo com o Espírito Santo estava relacionado à ideia de perfeccionismo cristão.

Com o tempo, o entendimento dentro do pentecostalismo sobre o propósito do batismo com o Espírito Santo mudou.

A posição predominante passou a relacionar o batismo com Espírito Santo à capacitação de crentes com os dons para o ministério. Então sob este aspecto, o batismo com o Espírito Santo é uma obra especial operada pelo próprio Espírito de Deus no crente, concedendo-lhe poder para sua vida e seu ministério cristão. Ninguém é mais privilegiado do que o outro diante de Deus e do Espírito Santo para receber o batismo com o Espírito Santo, todos os crentes fiéis estão capacitado para tal, não importando qual a posição social, o grau de conhecimento, o cargo na igreja e nem quanta riqueza tenha ou não, Deus vê o coração das pessoas.

Em outras palavras, essa posição diz que o batismo com o Espírito Santo implica num revestimento de poder que auxilia o crente em sua nova vida. Ele edifica o crente interiormente e lhe ajuda a ter uma conduta vitoriosa que possa testemunhar com autoridade a sua fé em Cristo. Entretanto, esse revestimento implica numa experiência singular que eleva os que o recebem a outro nível espiritual.

 

Pontos principais sobre o batismo com o Espírito Santo na visão Pentecostal.

Para defender a ideia de que o batismo com o Espírito Santo é uma benção distinta da salvação, os pentecostais recorrem a algumas passagens do livro de Atos dos Apóstolos. Essas passagens servem de apoio aos pontos básicos de sua doutrina sobre o batismo com o Espírito Santo. Com base nesses textos eles concluem que:

1) As pessoas que receberam o batismo com o Espírito Santo já eram crentes. Isso significa que elas já tinham sido regeneradas quando receberam o dom do Espírito. Os principais exemplos utilizados são:

Os próprios apóstolos que receberam o batismo com o Espírito Santo em Atos 2.

Os samaritanos que já tinham recebido a Palavra de Deus e sido batizados em nome do Senhor Jesus. Eles receberam o Espírito Santo somente após a oração dos apóstolos (Atos 8:14-17).

O centurião Cornélio que já era temente a Deus quando foi batizado com o Espírito Santo (Atos 10:44-46).

O episódio envolvendo os discípulos de João Batista (Atos 19:1-6).

2) Como o batismo com o Espírito Santo é diferente da regeneração, isso indica que pode haver um hiato de tempo entre um e outro. Para defender esse ponto, geralmente utiliza-se o exemplo da conversão de Paulo de Tarso. Somente depois de três dias o Espírito Santo foi derramado sobre ele (Atos 9:1-18).

Os pentecostais admitem que é possível que a conversão e batismo com Espírito Santo ocorram simultaneamente. Por outro lado, eles também afirmam que pode haver a possibilidade de um crente regenerado nunca receber a benção do batismo com o Espírito Santo. Assim, embora num nível todos os cristãos possuam o Espírito Santo, em outro apenas alguns são realmente dotados do poder do Espírito.

3) A evidência externa e necessária do batismo com o Espírito Santo é o falar em línguas. Essa afirmação se baseia especialmente nos relatos do livro de Atos. Três acontecimentos são utilizados na defesa desse ponto: o que aconteceu no Pentecostes em Atos 2; o derramamento do Espírito Santo na casa de Cornélio; e o que aconteceu em Éfeso com os seguidores de João Batista (Atos 10:46; 19:6).

Divergências entre os pentecostais sobre o batismo com o Espírito Santo

Também é verdade que dentro do próprio pentecostalismo existe muita divergência de pensamentos quando o assunto é o batismo com o Espírito Santo. Alguns, por exemplo, consideram que o falar em línguas não necessariamente seja uma evidência obrigatória do batismo. Eles admitem que alguém pode ser batizado com o Espírito Santo e não falar em línguas.

Outro exemplo é a distinção com relação a nomenclatura. Para alguns, expressões como: “batismo no Espírito Santo”, “batismo com o Espírito Santo” e “batismo pelo Espírito Santo” são definições similares. Mas para outros, existem diferenças nessas expressões. Neste último caso, o “batismo pelo Espírito Santo” seria a regeneração; enquanto que o “batismo com o Espírito Santo” ou “no Espírito Santo” seria a experiência posterior à regeneração que todos devem buscar como uma bênção adicional.

 

O batismo com o Espírito Santo na doutrina Reformada.

Dentro do protestantismo histórico, basicamente o batismo com o Espírito Santo sempre foi entendido como pertencendo à própria bênção da salvação. O termo “batismo” implica na ideia de “inicialização”, isto é, um “rito de passagem”.

Dessa forma, ao ser batizado com o Espírito Santo, o cristão é iniciado na Fé Cristã. Isso significa que ele é introduzido à comunidade dos fiéis e passa a pertencer ao Corpo de Cristo, a Igreja. Assim como ocorre entre os pentecostais, dentro da visão Reformada também existem diferenças entre seus defensores.

Há vários estudiosos dessa linha, por exemplo, que defendem que é errado considerar o batismo com o Espírito Santo como algo limitado exclusivamente ao novo nascimento. Eles dizem que é necessário enfatizar a ação do Espírito Santo trabalhando no regenerado além do novo nascimento, concedendo-lhe um revestimento que pode ser percebido no aspecto experimental. Todas as vezes que Espírito Santo foi derramado no livro de Atos dos Apóstolos, os cristãos experimentaram um poder extraordinário que capacita o povo de Deus para cumprir o ministério que Cristo confiou à Igreja.

Com base nessa verdade inegável, muitos têm proposto que talvez a terminologia “batismo” não seja a mais adequada para se referir a essa questão.

Palavras como “revestimento”, “capacitação” ou “enchimento” seriam termos mais indicados para isto.

Esses termos podem tanto enfatizar a doutrina de que todos os cristãos genuínos possuem o Espírito Santo, quanto preservar a realidade de que a experiência prometida acerca do derramamento do Espírito Santo não se limita unicamente ao ato da regeneração, mas que se estende além desse ponto inicial. Desse modo, os cristãos devem buscar encher-se do Espírito Santo mais e mais durante suas vidas cristãs.

Pontos principais sobre o batismo com o Espírito Santo na visão Reformada

De forma bem resumida, os principais pontos defendidos por quem adota a posição Reformada acerca do batismo com o Espírito Santo são:

1) O livro de Atos narra um momento único na história da Igreja: a transição entre Antiga Aliança e a Nova Aliança. Portanto, nesse momento histórico específico existiam pessoas já regeneradas e convertidas nas quais o Espírito Santo habitava, mas que ainda precisavam receber o derramamento do Espírito Santo como cumprimento das promessas e capacitação para cumprir o ministério cristão.

2) As profecias sempre falam a respeito de que o Espírito Santo seria derramado sobre todo o povo de Deus, e não apenas sobre alguns (Números 11:29; Joel 2:28). De fato existem pessoas que experimentam um revestimento maior do Espírito Santo do que outras. Isto ocorre devido à forma com que elas trabalham sua vida cristã. Elas buscam mais diligentemente a direção do Espírito Santo em suas vidas.

3) Em outras palavras, uns são mais guiados pelo Espírito do que outros. Mas isto não significa que existem duas classes de cristãos: os que recebem o batismo com o Espírito como uma segunda benção; e os que não recebem, sendo então crentes mais fracos, menos espirituais, e privados de uma experiência mais intima com Deus.

4) O apóstolo Paulo falou explicitamente que todos aqueles que fazem parte da Igreja foram “batizados em um mesmo Espírito”. Curiosamente ele diz isto exatamente num texto em que trata da experiência dos crentes com relação aos dons espirituais (1 Coríntios 12:13). Obviamente isso implica na ideia de que não é preciso que os cristãos recebam uma segunda benção que os qualifique a um novo nível espiritual. Eles apenas devem buscar com zelo os dons espirituais! Esses dons já estão disponíveis a todos aqueles que são habitados pelo Espírito Santo (1 Coríntios 12:31).

5) É estranho que em nenhum lugar nas epístolas do Novo Testamento haja uma ordem para que os cristãos busquem um batismo com o Espírito Santo com a evidência inicial de falar em línguas estranhas. Por outro lado, há várias referências que aconselham os cristãos a viverem sob o controle do Espírito Santo; se submetendo a sua vontade; sendo revestidos do seu poder e capacitados mais e mais para testemunhar Cristo ao mundo.

6) Se por “batismo com o Espírito Santo” entende-se “capacitação”, “revestimento” ou “enchimento” do Espírito Santo; não como uma segunda bênção que separa os super crentes, mas como algo que todo cristão experimenta ao ser “imerso” no Espírito Santo; então este é um conceito bíblico. No entanto, os cristãos são aconselhados a buscar esse “enchimento” do Espírito Santo repetidas vezes durante suas vidas, e não apenas numa única experiência que tem o valor de uma “bênção complementar” e posterior a obra da salvação. (Efésios 5:18).

7) Há apenas três relatos no Novo Testamento de cristãos que após o Espírito Santo ter sido derramado falaram outras línguas (Atos 2; 10; 19). Isso aconteceu porque o falar em línguas constituía um sinal que atestava que aquelas pessoas verdadeiramente foram inseridas na Igreja. O propósito especial dessa comprovação era afirmar que não havia mais distinção entre judeus e gentios. O Evangelho deveria ser pregado a todos os povos, línguas e nações! Pessoas de todos os lugares do mundo poderiam ser batizadas com o Espírito Santo passando a pertencer ao corpo de Cristo. Em todas as outras conversões, apesar do “dom do Espírito” ter sido derramado sobre os convertidos, não há qualquer informação de que estes imediatamente falaram em línguas (Atos 2:41; 8:38,29; 9:18; 16:15).

8) Em nenhum lugar os escritores bíblicos falam que as línguas servem de evidencia do batismo com o Espírito Santo. Ao contrário disto, o apóstolo Paulo coloca as línguas como mais um dom ao lado de outros. Esses dons são distribuídos pelo Espírito Santo soberanamente a quem Ele quiser. Nunca na Bíblia o falar em outras línguas é visto como um tipo de suprassumo dos dons. Na verdade as línguas são vistas em posição de importância inferior a outros dons.

Vejam bem, os 8 pontos acima foram analisados de acordo con a doutrina reformada.

 

Qual o principal significado do batismo com o Espírito Santo.

Vimos diferentes interpretações que os cristãos sustentam acerca do que é o batismo com o Espírito Santo. Apesar das diferenças, é correto dizer que todos os cristãos verdadeiros, pentecostais ou tradicionais e reformados, têm em comum o mesmo desejo. Todos querem servir ao Senhor com diligência. O desejo de cada cristão genuíno é ser capacitado com o poder de Deus através da plenitude do Espírito Santo para exercer o ministério do Evangelho. Todo cristão verdadeiro deseja ter uma vida de vitória sobre o pecado e que reflete o caráter de Cristo numa conduta pautada pela palavra de Deus. Somente assim o fruto do Espírito será visível em suas vida.

De maneira geral, as diferentes igrejas concordam que o significado do batismo do Espírito Santo é para capacitar o povo de Deus para cumprir o ministério que Cristo confiou à sua Igreja”. Ele também afirma que todos os redimidos recebem o Espírito Santo, não somente através da regeneração e da própria habitação do Espírito em si mesmo, mas também na dádiva de poder participar no ministério de Cristo como parte de seu corpo.

Portanto, não é uma discussão sobre o que é o batismo com o Espírito Santo que deverá servir de motivo para dividir a Igreja do Senhor. Quem se deixa levar por um tipo de rivalidade nesse sentido, jamais compreendeu o verdadeiro significado do batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espirito Santo tem como propósito principal unir em um só corpo todos aqueles que foram redimidos pelo Senhor Jesus, a fim de que tenham uma vida de santidade. É preciso lembrar que a ordenança bíblica é a mesma para todos: “Enchei-vos do Espírito”. (Efésios 5:18).

Pontos principais sobre o batismo com o Espírito Santo na visão Pentecostal

Para defender a ideia de que o batismo com o Espírito Santo é uma benção distinta da salvação, os pentecostais recorrem a algumas passagens do livro de Atos dos Apóstolos. Essas passagens servem de apoio aos pontos básicos de sua doutrina sobre o batismo com o Espírito Santo. Com base nesses textos eles concluem que:

1) As pessoas que receberam o batismo com o Espírito Santo já eram crentes. Isso significa que elas já tinham sido regeneradas quando receberam o dom do Espírito. Os principais exemplos utilizados são:

Os próprios apóstolos que receberam o batismo com o Espírito Santo em Atos 2.

Os samaritanos que já tinham recebido a Palavra de Deus e sido batizados em nome do Senhor Jesus. Eles receberam o Espírito Santo somente após a oração dos apóstolos (Atos 8:14-17).

O centurião Cornélio que já era temente a Deus quando foi batizado com o Espírito Santo (Atos 10:44-46).

O episódio envolvendo os discípulos de João Batista (Atos 19:1-6).

2) Como o batismo com o Espírito Santo é diferente da regeneração, isso indica que pode haver um hiato de tempo entre um e outro. Para defender esse ponto, geralmente utiliza-se o exemplo da conversão de Paulo de Tarso. Somente depois de três dias o Espírito Santo foi derramado sobre ele (Atos 9:1-18).

Os pentecostais admitem que é possível que a conversão e batismo com Espírito Santo ocorram simultaneamente. Por outro lado, eles também afirmam que pode haver a possibilidade de um crente regenerado nunca receber a benção do batismo com o Espírito Santo. Assim, embora num nível todos os cristãos possuam o Espírito Santo, em outro apenas alguns são realmente dotados do poder do Espírito.

3) A evidência externa e necessária do batismo com o Espírito Santo é o falar em línguas. Essa afirmação se baseia especialmente nos relatos do livro de Atos. Três acontecimentos são utilizados na defesa desse ponto: o que aconteceu no Pentecostes em Atos 2; o derramamento do Espírito Santo na casa de Cornélio; e o que aconteceu em Éfeso com os seguidores de João Batista (Atos 10:46; 19:6).

Divergências entre os pentecostais sobre o batismo com o Espírito Santo

Também é verdade que dentro do próprio pentecostalismo existe muita divergência de pensamentos quando o assunto é o batismo com o Espírito Santo. Alguns, por exemplo, consideram que o falar em línguas não necessariamente seja uma evidência obrigatória do batismo. Eles admitem que alguém pode ser batizado com o Espírito Santo e não falar em línguas.

Outro exemplo é a distinção com relação a nomenclatura. Para alguns, expressões como: “batismo no Espírito Santo”, “batismo com o Espírito Santo” e “batismo pelo Espírito Santo” são definições similares. Mas para outros, existem diferenças nessas expressões. Neste último caso, o “batismo pelo Espírito Santo” seria a regeneração; enquanto que o “batismo com o Espírito Santo” ou “no Espírito Santo” seria a experiência posterior à regeneração que todos devem buscar como uma bênção adicional.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 11 de julho de 2022

AS BÊNÇÃOS DECORRENTES DA HUMILDADE

AS BÊNÇÃOS DECORRENTES DA HUMILDADE

 

Provérbios 16.18-19.

18. A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.

19. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos do que repartir o despojo com os soberbos.

 

O que é humildade?

De acordo com a doutrina cristã, a humildade, como característica de um indivíduo, é a consciência baseada no conhecimento de si mesma, da própria nulidade diante de Deus, a exemplo de Cristo. (Filipenses 2:2-8).

Humildade é o contrário da soberba e exclui a presunção, mas não exclui o reconhecimento dos dons espirituais recebidos de Deus.

Uma pessoa humilde (palavra que em inglês é traduzida como humble) também pode ser classificada dessa forma por não possuir riquezas ou por ser desfavorecido social e economicamente. Muitas vezes, o termo pode ser utilizado de maneira pejorativa para indicar que alguém possui poucos recursos financeiros.

Exemplo: "Fulana mora em uma casa bastante humilde, mas bastante acolhedora".

No entanto, a humildade pode ser um traço do caráter de uma pessoa, o que significa que até uma pessoa milionária pode ser humilde. O oposto da humildade é a arrogância, a soberba.

Humilde é uma palavra com origem no latim humilis, que significa “que fica no chão, que não se ergue”, o que mais uma vez explica o significado da palavra.

 

Sejamos humildes sempre diante de Deus.

Em 1 Pedro 5.5 o apóstolo afirma: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. Pedro explica claramente que Deus age apenas em favor dos humildes. Quem são os humildes? São aqueles que reconhecem suas fraquezas e debilidades e se achegam a Deus. 

 

Sejamos sempre humildes diante da sociedade. Boa parte da sociedade vive em sua própria força, capacidade e habilidade. Orgulhosamente ela não se achega a Deus, não lhe pede por orientação, sabedoria, força e discernimento. Na verdade, ela nem leva isso em conta, pois acha que depender de Deus é um sinal de fraqueza.

 

Sejamos sempre humildes porque somos limitados. Devemos ser humildes. Devemos nos dispor a reconhecer nossa limitação e buscar a Deus, pedindo por Sua ação e intervenção. Devemos focar nEle como nossa única esperança; esse é o nosso dever.

 

Sejamos sempre humildes para não sofrermos a derrota. Enquanto você decidir apoiar-se em si mesmo, você sofrerá. Provérbios 11.2 afirma: “Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”.

Todos aqueles que andam na soberba serão envergonhados, mas os que andam humildemente em Deus encontrarão nEle as soluções para a vida. O seu orgulho sempre lhe impedirá de experimentar a verdadeira vida que Deus tem planejado para você.

 

Sejamos sempre humildes porque nossa força e nossa capacitação vem de Deus. Deus trabalha apenas com os humildes. Não permita qualquer fagulha de insegurança, esperança, capacidade, força e habilidade em você mesmo. Deus sempre age naqueles que O buscam e dEle dependem.

 

Sejamos sempre humildes e não deixemos que o orgulho domine nossas vidas. Reconheça sua limitação. Entenda que seu orgulho não fará nada de bom, antes destruirá o pouco do bom que tem em sua vida.

 

A origem da humildade.

Humildade vem do latim “humilis”, que permanece na terra, não se eleva da terra, humilde, baixo. Humildade, segundo o dicionário Houaiss, é a “qualidade de humilde, virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações; modéstia, simplicidade; reverência ou respeito para com superiores; acatamento, deferência, submissão”. Humildade não é o que muitas pessoas imaginam. A qualidade de humilde não vem de uma pessoa que anda sem tomar banho, esmolando e os outros olham e dizem: “Fulano é tão humilde”. Não, isso é desleixo. Você verá o que a Palavra tem a dizer sobre humildade e perceberá que se trata de uma característica que o Senhor espera encontrar na minha e na sua vida. É uma bem-aventurança descrita em Mateus, capítulo 5, verso 3: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”.

Humildade é de dentro para fora e não simplesmente aquilo que mostramos exteriormente; vem da nossa história, de quem realmente somos. É na humildade que entendemos como o Senhor toca o nosso coração. Muitas vezes perdemos o que Deus tem preparado para nós por Ele não encontrar um coração humilde; um coração pronto para ouvir o Senhor quando olha as promessas dEle.


Provérbios é um livro riquíssimo de promessas, vejamos algumas delas: Provérbios 16, verso 19: “Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos”.
Humildade não tem nada a ver com a pessoa ser desleixada, malcheirosa, isso é outra coisa. Humildade é o que vemos em Provérbios 29, verso 23: “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra”. A soberba, a empáfia é um caminho que pode levar à ruína. Provérbios 18.12: “Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade”.

 

Provérbios 15.33: “O temor do Senhor é instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra”. Toda expressão da nossa fé é traduzida na palavra graça. E a graça chega para os humildes. A graça é quando reconhecemos que tudo o que precisamos, não recebemos por nossos méritos, mas vem pela vontade de Deus. Recebo, não por que mereço, mas por graça. A graça vem quando há humildade, pois recebemos não por que merecemos, ela é bondade do Senhor para conosco. Aquilo que precisamos, mas não merecemos, recebemos pela graça. Os humildes e aqueles que possuem essa atitude podem experimentar da graça de Deus.

Reconheça essa verdade que está em Provérbios 15.33: “O temor do Senhor é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra”. Provérbios 22.4: “O galardão da humildade”. A resposta, a bênção, o favor do Senhor. “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, e honra, e vida”.


Isaías 66.2: “Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é esse: o aflito e abatido de espírito e que treme na minha palavra”.


Deus quer olhar para você, o prazer dEle é encontrar um coração humilde, um coração de criança, um coração simples. “Naquela hora, aproximaram-se de Jesus os discípulos, perguntando: Quem é, porventura, o maior no reino dos céus?

E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles. E disse: ‘Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus’. Portanto, aquele que se humilhar como essa criança, esse é o maior no reino dos céus. E quem receber uma criança, tal como essa, em meu nome, a mim recebe”. (Mateus 18.1). Sejamos sempre humildes. Uma pessoa humilde não se vangloria de sua humildade.

 

A humildade é o oposto do orgulho.

Ser humilde significa ter uma atitude mental que jamais se deixa levar pela soberba e pela arrogância. Por toda a Bíblia a humildade é uma qualidade elogiada, e não raramente as bênçãos do Senhor são derramadas sobre os humildes.

O escritor de Provérbios diz que a humildade precede a honra. (Provérbios 15:33; 18:12). Na Bíblia a humildade aparece muitas vezes em conexão com a mansidão. Essa relação é tão profunda que em certas passagens bíblicas as palavras humildade e mansidão são usadas para traduzir os mesmos termos originais.

 

O significado de humildade analisado biblicamente.

A palavra “humildade” traduz um vocábulo bíblico que em sua derivação sugere uma intima ligação com a aflição; como sendo um resultado dela. Isso significa que muitas vezes a aflição faz parte do propósito de Deus com o intuito de produzir humildade de espírito.

A humildade é uma virtude tão fundamental que faz parte do próprio caráter de Deus. A Bíblia diz que Deus é incomparavelmente exaltado, majestoso e grandioso; mas ainda assim ele se inclina para observar a criação. (Salmo 113:5,6).

Somente o fato de o Deus Todo-Poderoso se relacionar com uma criatura tão falha e limitada quanto o homem, já demonstra tamanha humildade. Além disso, o salmista diz que a grandeza do servo de Deus é resultado da humildade que Deus demonstra para com ele. (Salmo 18:35).

Mas a humildade é uma virtude que também pode ser simulada por algumas pessoas. O apóstolo Paulo faz um alerta sobre isso e denuncia aqueles que fingem ser humildes por meio de falsas atitudes de auto-humilhação. (Colossenses 2:18,23).

 

Exemplos de humildade na Bíblia.

Há diversos exemplos de humildade na Bíblia, como também há exemplos de pessoas que padeceram pela falta de humildade. O rei Nabucodonosor foi alguém que abraçou a arrogância e desprezou a exortação divina acerca da necessidade da humildade. Por esse motivo ele foi castigado por Deus e no final teve de reconhecer a grandeza do Senhor e se humilhar debaixo da potente mão de Deus. (Daniel 5:18-21).

Mais tarde, Belsazar caiu num erro ainda pior. Ele não aprendeu nada com o exemplo de Nabucodonosor e foi repreendido pelo profeta Daniel que denunciou sua falta de humildade. (Daniel 5:22).

Por outro lado, homens como Abraão, Jó, Moisés, Jeremias, Paulo e tantos outros, refletem o que significa ter um espírito humilde. Mas sem dúvida encontramos em Jesus Cristo o exemplo supremo de humildade. Durante seu ministério terreno, Ele forneceu várias demonstrações visíveis de humildade, como por exemplo, sua atenção com as pessoas desprezadas e rejeitadas, ou quando Ele lavou os pés de seus discípulos. (João 13:3-16).

O apóstolo Paulo olhou para a própria encarnação de Cristo como o maior de todos os exemplos de humildade, e com o qual os cristãos devem aprender e imitar. O Filho de Deus deliberadamente pôs de lado sua prerrogativa divina e se esvaziou a si mesmo tomando a forma de servo. Sendo encontrado em forma humana, Ele humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte e morte de cruz na mais terrível e cruel condenação daquele tempo. Mas no tempo devido Ele foi exaltado soberanamente. (Filipenses 2:5-9).

 

O cristão deve ser humilde para ser exemplo dos fiéis.

Definitivamente a humildade é uma característica cristã necessária. Há diversas passagens bíblicas que enfatizam a necessidade de se ter um espírito humilde.

A verdadeira humildade é desenvolvida no crente pela ação e habitação do Espírito Santo em sua vida. A humildade não é um mero complexo de inferioridade. Ela é uma atitude sincera que não dá lugar para a arrogância e a autossuficiência; pois aquele que é verdadeiramente humilde reconhece sua total dependência de Deus; ele sabe que tudo o que tem vem do Senhor. A Bíblia diz que Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. (Provérbios 3:34).

Através do profeta Isaías, o próprio Deus que é sublime e grandioso, diz que se deleita em habitar com aquele que tem um espírito contrito e humilde. (Isaías 57:15). O Senhor Jesus também disse que os humildes são bem-aventurados. (Mateus 5:3-12). Além disso, Ele mesmo declarou: “Tomai sobre vós o meu julgo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”. (Mateus 11:29).

Uma das parábolas de Jesus também trata exatamente dessa questão. Na Parábola dos Primeiros Lugares, Jesus ensinou uma importante lição sobre a humildade e a auto-depreciação. Essa parábola se harmoniza ao ensino de que a humildade precede a honra. Por isso Jesus concluiu a parábola dizendo que qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Lucas 14:8-11).

Paulo exorta os cristãos a não fazerem nada por ambição egoísta ou por vaidade, mas por humildade. Os seguidores de Cristo devem considerar os outros superiores a si mesmos. (Filipenses 2:3).

O mesmo apóstolo aconselha os crentes a desenvolverem a verdadeira humildade, uma humildade que é acompanhada de outras virtudes como a misericórdia, a benignidade, a mansidão, a longanimidade, o perdão e, principalmente, o amor (Colossenses 3:12-14; 1 Coríntios 13). Esse amor, porém, não é qualquer tipo de amor, mas é o amor ágape, um amor desinteressado e verdadeiro.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.