segunda-feira, 27 de setembro de 2021

SERÁ QUE USOS E COSTUMES SALVAM ALGUÉM

SERÁ QUE USOS E COSTUMES SALVAM ALGUÉM

 

Usos e costumes podem salvar ou condenar alguém? Claro que não, mas fazem parte de um conjunto de coisas e situações comportamentais do ser humano que agradam ou desagradam a Deus. 

Vejamos algumas das respostas no último livro da Bíblia e no último capítulo de Apocalípse.

Apocalípse 22.10-21

10. E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque próximo está o tempo.

11. Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda.

12. E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra.

13. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro.

14. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.

15. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.

16. Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã.

17. E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.

18. Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;

19. e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro.

20. Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!

21. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém!

 

Será mesmo que usos e costumes podem salvar alguém? A pergunta que não quer calar nestes dias de pós modernidade e de grandes avanços das tecnologias com interferência ímpar na sociedade através das redes sociais é:

Os usos e costumes dos crentes atuais estão dentro do padrão bíblico ou não?

 

Partindo do princípio de que no céu todos estarão com vestes brancas, vestes decentes, e que no inferno ninguém terá roupas para se vestir, porque o fogo do inferno queima tudo, deduzimos que muitas das pessoas, inclusive crentes, estão mesmo se preparando é para ir para o inferno, por um motivo muito simples, vivem já quase sem roupas aqui e as que usam não tapam nada do corpo, são sempre sensuais para chamar a atenção do sexo opostos; isso tudo dentro das igrejas com templos lotados e pior ainda encima dos púlpitos. É hora dos pastores e líderes abrirem os olhos espirituais e voltar a ensinar sobre o devido respeito e reverência das pessoas para com as coisas santas e santificadas ao Senhor.

 

“Deus não quer só o coração para Ele, Ele quer todo o nosso espírito, alma e corpo quebrantados e servindo a Ele como deve ser: com alegria, com gratidão, com renúncia total do egoísmo, do egocentrismo e da egolatria”. 1Tessalonicenses 5.23.

 

Se nem as boas obras podem nos salvar, muito menos os usos e costumes.

Uma pequena enciclopédia Bíblica, (Orlando Boyer), define os usos e costumes em sua essência: “Usos e costumes são práticas geralmente observadas”, que chamam a atenção, regionalmente ou territorialmente.

As palavras gregas usadas para “usos e costumes são ethos (Lc 2.42; Hb 10.25) e synetheia (Jo 18.19; 1 Co 8.7; 11.16). A primeira, de onde vem a palavra “ética”, significa costume com sentido de “lei, uso”. (Lc 1.9).

Não é biblicamente correto usar doutrina e usos e costumes como se fossem a mesma coisa. Os usos e costumes são “práticas habituais, modo de proceder, vivência do dia a dia de acordo com o que se está na moda atual ou atualizada e doutrina é a Apologética, ou seja a defesa da nossa fé em Cristo Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas, conforme preceitua a Bíblia Sagrada.

Usos e costumes podem ser diversificados de acordo com a região e em cada lugar, mas, em ambos os casos,  a ética moral necessária para a doutrina sadia dos Cristãos é expressada mundialmente como base dos princípios exarados na Bíblia Sagrada, exigindo santificação interna e externa, inclusive com demonstração dessas atitudes até visualmente, pelos trajes e roupas que as pessoas usam. Deus não quer nenhum exagero, Deus quer que tenhamos um coração Cristocêntrico e uma vivência digna de respeito para com todos e não de desafiar a todos.

A Jurisprudência baseada em usos e costumes diz que é: um modo ou uma maneira vulgar; particularidade avançada; moda desafiadora; trajo característico individual ou coletivo de exagero, procedimento fora do padrão social; modo de viver desafiador e diferenciado”.

Os usos e costumes dos crentes atuais, visto pela ótica Cristã, são linhas recomendáveis de comportamento social que devem ser observados sobriamente para não causar escândalos.  

 

Estes estão ligados ao bom testemunho do crente perante o mundo.

Estão colocados no contexto temporal, não estão comprometidos diretamente com a salvação porém o exagero de um lado e o fanatismo do outro, não trazem edificação espiritual para ninguém.

Os usos e costumes em si são sociais, humanos, regionais e temporais, porque ocorrem na esfera humana, sendo inúmeros deles gerados e influenciados pelas etnias, etariedade ou faixas etárias, tradições, crendices, individualismo, humanismo, estrangeirismo e até por ignorância e desconhecimento.

Muitas igrejas e ministérios evangélicos, dizem atualmente que convém atualizar essa redação omitindo de seus estatutos e regimentos internos e a expressão “como doutrina” deve ser mudada, ficando assim a nova nomenclatura:

“sadios princípios estabelecidos na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada e conservados como costumes desde o início desta Obra de Deus”.

Quanto aos princípios de uma resolução sobre o assunto e uma maneira de colocar numa linguagem atualizada, estão adotando os seguintes princípios em seus estatutos e regimentos internos: “Não se deve ter ou usar”.

Vejam as expressões mais usadas.

1. Ter, os homens, cabelos crescidos (1 Co.11.14), bem como fazer cortes extravagantes;

2. Às mulheres ter ou usar, roupas que são peculiares aos homens e vestimentas indecentes e indecorosas, ou sem modéstias.  (1 Tm 2.9, 10);

3. Ter ou usar exagero de pinturas e maquiagens, unhas artificiais, tatuagens, pircens e cabelos com pinturas e cortes na nuca ou ala-homem. (Lv 19.28; 2 Rs 9.30);

4. Uso de cabelos curtos em detrimento da recomendação bíblica. (1 Co 11.6, 15);

5. Mal uso dos meios de comunicação: televisão, Internet, rádio, telefone, redes sociais. (1 Co 6.12; Fp 4.8); e

6.  Uso de bebidas alcoólicas e embriagantes. (Pv 20.1; 26.31; 1 Co 6.10; Ef. 5.18).

 

Os itens 2 e 6 foram colocados num mesmo item, pois se trata de um mesmo assunto.

Colocamos referências bíblicas porque os nossos costumes são norteados pela Palavra de Deus. Precisamos ter consciência de que os nossos usos e costumes não impedem o crescimento da Igreja.

Hoje em dia há igrejas para todos os gostos, mas nós temos compromisso com Deus, com sua Palavra e com o povo. O objetivo de conquistar as elites da sociedade em detrimento de nossos costumes e tradições não é bom negócio.

Isso tem causado muitos escândalos e divisões e não levam a resultados positivos. Somos o que somos, devemos aperfeiçoar as nossas estratégias de evangelismo e não mudar arbitrariamente os nossos costumes, pois isso choca a maioria dos crentes. Viemos do mundo e fomos lavados e remidos pelo sangue de Jesus, vivemos no mundo, mas não somos daqui, vamos em breve voltar para nosso lar celestial e viveremos com Cristo eternamente.

Devemos criar novos métodos para alcançar os pecadores, isso sim, para que o nosso crescimento possa continuar sem infringirmos e ou transgredirmos a palavra de Deus.

 

A falta de crescimento, principalmente financeiro e patrimonial, faz os lideres religiosos “afrouxarem” seus padrões de vivência e de aparência diante da sociedade.  

Convém ressaltar que a falta de crescimento de algumas igrejas não é pelo fator “usos e costumes”, como muitas vezes tem sido enfatizado nas igrejas como tem sido ressaltado nos seus encontros de pastores e líderes evangélicos, pois mais de 85% dos líderes desses ministérios, reconhecem a necessidade de preservação de suas tradições, usos e costumes e de sua identificação diante da sociedade. Por outro lado alguns dizem que o crescimento da igreja estagnou por falta de visão e de objetivos de seus líderes e cobram a liberação de uma atitude de usos e costumes mais aproximados da realidade do mundo moderno. Outros dizem que é melhor “liberar geral senão a obra vai acabar”.

 

“Sobre a vivência dos crentes nos dias atuais devemos lembrar que a igreja do Senhor Jesus sempre se atualiza, porém, nunca se moderniza; Jesus foi e sempre será o nosso exemplo, Ele fez e usou o que era normal no seu tempo”.

 

As deficiências das igrejas que estão se esvaziando.

Quanto mais se modernizam, mais o Espírito Santo se retira delas. Levaram para os púlpitos canhões de luzes de todas as cores, pintaram os púlpitos de cor preta, levaram cantores e pregadores “famosos” mas não adiantou, levaram grupos e cantores com roupas rasgadas mostrando o corpo, levaram grupos de danças de todos os tipos e músicas de todos os ritmos, mas não adiantou, o Espírito Santo se retirou para mais longe, infelizmente. Os cultos eram e continuam vazios, têm muito barulho da carne, muita alegria somente carnal, mas o Espírito Santo está longe dessas reuniões.  

O que falta e o que faltou para a igreja do Senhor Jesus nestes últimos dias? Falta a igreja se dobrar de joelhos e boca no pó em sinal de se humilhar debaixo da potente mão de Deus para que a alegria do Espírito Santo volte a ser predominante nos cultos. 

Falta os pastores e lideres religiosos lembrar que os diplomas e o conhecimento humano nada valem para a vida espiritual porque muitos destes transformaram a igreja em consultórios de psicologia e não em lugar de oração para libertação das pessoas. Qualquer tipo de ciência é válida para o conhecimento e aplicabilidade em suas áreas fora da igreja, na igreja o que vale para libertação do pecador é a palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.

  

Essa deficiência pode ser vista e comprovada dos dois lados, tantos dos favoráveis às mudanças como com os que querem manter o mesmo sistema histórico de um Cristianismo mais conservador. O crescimento da igreja, à luz da Bíblia, é consequência de evangelismo, discipulado e de muita oração; e o avivamento, fruto de jejum, oração e de arrependimento, e não resultado de usos, costumes e tradições.

 

Tudo que é extra bíblico é anti-bíblico? 

Nem tudo que nos interessa é condenado e pecado. Não podemos julgar ou condenar outros grupos porque adotaram liturgias estranhas e costumes diferentes dos nossos, e nem alcunhar nossos companheiros de ministério de liberais, pois “liberal” é uma palavra ofensiva para muitos.

Os liberais são os que não acreditam na inspiração e autoridade das Escrituras, os que negam o nascimento virginal de Jesus, não reconhecem a existência de verdades absolutas. Discordar deles é uma coisa, mas agredir é outra muito diferente, e fere o espírito cristão do amor fraternal.

 

Devemos, sim, preservar os nossos usos e costumes, desde de que sejam e sirvam como exemplo sadio para o meio que vivemos.


A salvação é um ato da graça de Deus pela fé em Jesus. A Bíblia ensina que somos salvos pela fé em Jesus (Rm 3.28; Gl 2.16; Ef 2.8-10; Tt 3.5). Todos os crentes são salvos porque um dia ouviram alguém falar de Jesus e creram nessa mensagem. Ninguém fez nada, absolutamente, para ser salva, a não ser a fé em Jesus. Como consequência da salvação temos o fruto do Espírito. (Gl 5.22).

A vida de santificação é resultado da nova vida em Cristo, e não um meio para a salvação. Cristianismo é religião de liberdade no Espírito e não um conjunto de regras e de ritos. Acrescentar algo mais que a fé em Jesus como condição para salvação é heresia e desvio da fé cristã (Gl 5.1-4). Mas, ir além da liberdade cristã, extrapolando os limites é libertinagem (Gl 5.13). A fé cristã requer compromissos e por isso vivemos uma vida diferente do mundo, do contrário essa fé seria superficial e não profunda, como encontramos no apóstolo Paulo (Gl 2.20). Não existe instituição sem normas, nós temos as nossas.

 

Quando os gentios de Antioquia se converteram à fé cristã, a igreja de Jerusalém enviou Barnabé para discipular aqueles novos crentes (At 11.20-22). Ele Entendia que os costumes só devem ser mantidos quando necessários, pois ensinar costumes, culturas e tradições como condição para salvação, é heresia e caracteriza seita. Barnabé sabia que a tradição judaica era mais uma forma de manter a identidade nacional e que isso em nada implicaria na salvação desses novos crentes, portanto, não seria necessário observar o ritual da lei de Moisés. (At 15.19, 20).

Os judeus não eram mais crentes do que os gentios por causa dos seus costumes e nem consideravam os gentios menos crentes do que eles. Pedro pregava aos judeus o “evangelho de circuncisão”, enquanto Paulo o da “incircuncisão”, ou seja, Pedro pregava aos judeus e Paulo aos gentios. (Gl 2.7-9).

Não se trata de dois evangelhos, mas de um só evangelho, apresentado de forma diferente. Isso é muito importante porque as convicções religiosas são pessoais e o apóstolo Paulo respeitava essas coisas. Havia os irmãos que achavam que devia guardar dias e se abster de certos alimentos, outros consideravam iguais todos os dias e comiam de tudo (Rm 14.1-8). Ele não procurou persuadir a ninguém dessa ou da outra maneira.

Diante disso, aprendemos que nenhum pastor deve persuadir o crente para deixar de observar os costumes da igreja. Isso é algo de foro íntimo. Da mesma forma, um não deve criticar o outro, porque o que ambos fazem é para Deus, além disso, o apóstolo via que se tratava de uma questão cultural. (Rm 14.6-10).

Proibições sem a devida fundamentação, principalmente bíblica, é fanatismo. Quem faz de sua religião o seu Deus não terá Deus para sua religião.

Isso nos mostra que o nossos costumes não são condição para a salvação, eles devem ser mantidos para a preservação de nossa identidade como denominação. Não devemos criticar os outros e nem forçar ninguém a crer contra suas próprias convicções religiosas. Há pastores que agridem o rebanho e desrespeitam seus companheiros porque querem demolir nosso patrimônio histórico-espiritual a todo custo. Deus quer a igreja conservadora como ela é, na sua maioria.

 As outras igrejas e denominações foram chamadas como elas são, é assim que Deus quis, Ele é soberano. O mesmo Jesus que chamou Mateus disse para outros que não o seguisse.

A vontade de Deus para a minha vida não é a mesma para a vida de outras pessoas. Embora todos nós estejamos na direção e vontade de Deus, porém com chamadas diferentes.

 

Muitas interpretações sobre o assunto. Estamos no tempo das igrejas que parecem com o vale de ossos secos. Deus certamente vai levantar seus servos os profetas destes últimos tempos para um renôvo espiritual.

Ouvi uma pregação sobre Ezequiel 37:1-10 (Vale de ossos secos) e mais uma vez pra mim está confirmado que o que Deus virá buscar não serão usos e costumes e que estas coisas só fazem afastar mais e mais pessoas da verdadeira palavra de Deus.

Partindo da visão que quando o profeta foi levado ao vale, ali só foi visto ossos sem vida ou pessoas que não tinham o Espirito de Deus, pessoas com a vida desgraçada, ou seja ali naquele vale não foi mostrado ao profeta pessoas de mini-saia, de calça jeans, mini blusa, barba mal feita, ou então de terno e gravata, camisa de manga comprida, saias longas, ali foi mostrado o interior. Não estou aqui querendo dizer que as pessoas devem ir mal vestidas para a igreja, quero dizer que o que convence o homem de mudar o seu jeito de vestir, de se trajar não é uma ordem do pastor ou uma norma da igreja e sim o Espirito Santo e quando fazemos imposições isso se torna um fardo muito pesado na vida de alguns que param, pensam e refletem que no mundo não existe imposição, que lá tudo é válido e assim se torna mais fácil “viver” no mundo. Então temos de ter o cuidado devido quando vamos nos referir sobre os usos e costumes na igreja.

 

Eu acho que se você fugir totalmente do assunto dos usos e costumes você estará sendo radical e poderá prejudicar a si mesmo e aos outros, temos que tomar muito cuidado com isso. Com respeito aos exageros temos que nos posicionar sim e procurar a dar exemplo aos que se rebelam e passam a usar inovações super avançadas e que envergonham os cristãos com usos e costumes abomináveis que incentivam atos pecaminosos e libidinosos, até dentro das igrejas.  


Vejam esses roqueiros rebeldes que querem ser diferentes e estão agindo dentro e nos púlpitos das igrejas em total falta de respeito e reverência, isso é abominação a Deus; roqueiras com vestes e cabelos de homem e vice-versa ou pessoas que acham que devem adotar o sexo oposto como regra para seu comportamento diante de Deus e da sociedade. Será que isso não é abominação ao Senhor?


Não vejo que a mulher seja obrigada a usar saia, mas sim, usar roupas diferentes dos homens, se na nossa sociedade o que representa roupa feminina é a saia, então a mulher para agradar a Deus deve se vestir assim, lembre-se que até pouco tempo atrás todas as mulheres vestiam saia, mas vieram os escândalos e com o tempo mulher com calça se tornou normal. (“mas ai daqueles que por eles vierem os escândalos”).

 

Mais algumas frases bíblicas sobre o assunto:


Apartai-vos de toda a aparência do mal. Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém.


O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo a prudência.
Sejamos simples como a pomba, mas prudentes como a serpente.


Abraão, Isaque, Jacó e José no Egito não possuíam uma Bíblia para consultar, mas possuíam fé e temor ao Senhor, isso que os Justificou.


Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca e isso o salvou.


Ló temeu e não olhou para trás, sua esposa não temeu e virou uma estátua de sal.


Já sei o que você vai dizer, Jesus é amor e não devemos ter temor, mas vamos citar algumas passagens do Novo Testamento aonde refere-se a crentes Tementes a Deus:

“Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação d’Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.”

“Ora nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve.”

“Piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus”.

 

Alguém disse: minha igreja, faz uso de usos e costumes, eu obedeço…, porém a maioria das irmãs usam calça comprida na rua, e na igreja não…não as critico, pois cada um deve saber se esta agradando ao Espirito Santo, ou não.

Tenho que cuidar de mim, pois primeiro devo tirar a trave do meu olho. Mas a minha filha usa calça comprida, e muitas pessoas da minha igreja falam que ela vai para o inferno por causa disso. Eu digo que muitos vão para o inferno por falta de estudo da palavra, pois muitos valorizam mais os usos e costumes do que os próprios irmãos(as), isto não é vida com Deus, Deus diz em sua palavra que o povo dele perece por falta de entendimento, de conhecimento. Vamos amar mais, e crucificar menos as pessoas.

 

Como deve ser nosso viver aqui neste mundo?

Assim diz o Apóstolo Paulo aos Romanos 12.1-2.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus que apresenteis o vossos corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

 

Em 2Timóteo 4.10, Paulo diz sobre um homem chamado Demas que o desamparou, amando o presente século.


Em Tito 2.12, Paulo diz que a graça de Deus nos ensina que, “renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente. Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”.

 

Estes textos acima nos ensinam como devemos viver nesse século, neste mundo. Embora algumas coisas tenham mudado, o que há no mundo ainda é e continua sendo “a concupiscência da carne,  a concupiscência dos olhos e a soberba da vida”.

 

Na carta de Tito, Paulo recomenda 7 coisas importantes que devemos observar e exorta para que os crentes vivam em novidade de vida. Tito 3.1-11. Ele ensina:

 

1.   Renunciem a impiedade: impiedade é o contrário de piedade. Piedade seria uma devoção, que é basicamente adoração e dedicação a Deus. Portanto, impiedade seria tudo aquilo que fazemos que não é uma adoração ou dedicação a Deus.

 

2.  Renunciem as concupiscências do mundo: concupiscência é um forte desejo de fazer ou ter o que Deus não quer que façamos ou tenhamos. A concupiscência do mundo é tudo aquilo que o mundo oferece (Banquete de Satanás), para que façamos ou tenhamos. Um exemplo disso está em Mateus 4, aonde Satanás oferece esse banquete a Jesus lhe oferecendo todos os reinos do mundo. O próprio Jesus afirma em Mateus 16.26 “pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma”?

 

3.  Renunciem o mundanismo e vivam sobriamente: sóbrio seria uma pessoa não embriagada. Essa exortação é para que sejamos sóbrios, não embriagados com as coisas que esse século nos oferece. Deve estar a parte daquilo que o mundo oferece para “embriagar” as pessoas. Devemos ser sóbrios, estarmos lúcidos. 

 

4. Renunciem as injustiças e  vivam justamente: Temos que entender que Deus é Justo. Ele ama a retidão e a justiça. Portanto, devemos viver justamente, procurando agradá-lo. É necessário entendermos que não seremos salvos por cumprimos a Lei de Deus, seremos salvos porque Jesus nos salvou na cruz. Mas todo aquele que é verdadeiramente salvo, vive segundo a Lei de Deus, observando seus mandamentos, porque o ama.

 

5. Renunciem à impiedade e vivam piamente: Piedade quer dizer devoção. Devoção, por sua vez, significa adoração. Deus deseja que seus filhos vivam uma devoção diária a Ele. Paulo exorta Timóteo e a Igreja para que se exerci-te na piedade. Devemos nos exercitar na piedade, na devoção, na adoração todos os dias para alcançarmos maturidade espiritual e conhecimento de Deus. Isso não acontece de uma vez. Requer tempo e disciplina. Mas a recompensa é maravilhosa, o conhecimento de Deus.

 

6.  Renunciem o viver regaladamente e vivam neste século humildemente aguardando a volta de Cristo: não nos apeguemos a este mundo. Jesus fez uma oração ao Pai e disse: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou”. (João 17.15-16). Nessa oração Jesus afirma que nós fomos salvos desse mundo.

 

7.     Renunciemos a nós mesmos porque  não pertencemos mais ao curso desse mundo como antes. Portanto, agora, vivemos para algo muito maior do que esse mundo.

Portanto, não devemos nos apegar a esse mundo, pois esse mundo passará, mas aquele que faz a vontade de Deus permanecerá para sempre. (1 João 2.17).

Antes gastávamos nossas energias nas coisas que esse mundo tinha para nos oferecer. Uma vez que fomos salvos, a Palavra de Deus nos exorta a buscar “as coisas que são de cima e pensar nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra.

“Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. (Cl. 3.1).

“Deus criou o ser humano com o livre arbítrio, portanto cada um faz o que quiser do seu corpo, dos seus atos, de suas ações, de seus sentimentos e de suas emoções, arcando com todas as responsabilidades de tudo aquilo que fizer em sã consciência, no corpo ou fora dele”. By Pr. Waldirpsouza.

“Eis que venho sem demora, guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa”. Apocalípse 3.11.

 

 

O apóstolo Paulo é  enfático ao se referir sobre os tempos modernos, sobre os tempos que viriam.

 

2 Timóteo 3.1-8.

 

1.     Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;

2. porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

3. sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

4. traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

5. tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

6. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências,

7. que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

8. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

9. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

JOÁS É COROADO REI DE JUDÁ AOS 7 ANOS DE IDADE

JOÁS É COROADO REI DE JUDÁ AOS 7 ANOS DE IDADE

 

Ele começou a reinar com 7 anos de idade por providência de Deus.

 

Joás significa  “Jeová é forte”, e “Fogo do Senhor”. A história de Joás, o menino rei que começou a reinar com apenas 7 anos de idade e num primeiro momento realizou grandes feitos que agradaram a Deus, inclusive restaurou o templo e o culto ao Senhor Deus no templo.  

 

A Bíblia menciona seis pessoas com este nome:

 

1.    Joás rei de Judá, cuja capital era Jerusalém. (Jerusalém era a capital do reino do norte).

Joás, rei de Judá, que foi coroado rei com 7 anos de idade, é o primeiro mencionado com este nome na Bíblia e o principal personagem que vamos estudar.    

Joás o filho do rei Acazias. Enquanto ainda criança muito nova, ele foi salvo do massacre geral da família por sua tia Jeoseba, e aparentemente foi o único descendente de Salomão que sobreviveu. (2Cr 21:4,17).

Seu tio, o sumo sacerdote Joiada, que o escondeu e cuidou dele, o levou ao conhecimento público quando ele tinha sete anos de idade, e o coroou e ungiu rei de Judá com as cerimônias habituais. Atalia foi surpreendida quando ouviu o grito do povo: “Vive o rei”; e quando ela apareceu no templo, Joiada ordenou que ela fosse morta, (2Rs 11:13-20).

Enquanto o sumo sacerdote vivia, Joás favoreceu a adoração de Deus e observou a lei; mas na sua morte ele caiu em idolatria.

Zacarias, filho e sucessor do sumo sacerdote, foi morto. Essas maldades trouxeram à terra o julgamento de Deus, que foi oprimida pelos invasores sírios. Ele é um dos três reis omitidos por Mateus (Mt 1:8) na genealogia de Cristo, sendo os outros dois Acazias e Amazias. Ele foi enterrado na cidade de Davi. (2Rs 12:21).

 

2.    Joás, rei de Israel, cuja capital era Samaria. (Samaria era a capital do reino do Sul).

O filho e sucessor de Jeoacaz, rei de Israel (2Rs 14:1; comp. 12:1; 13:10). Quando ele subiu ao trono, o reino estava sofrendo com a invasão dos Sírios. Joás tolerou a adoração dos bezerros de ouro, mas parece ter manifestado um caráter de devoção sincera ao Deus de seus pais.

Ele honrou o profeta Eliseu e chorou ao seu lado quando estava morrendo, dirigindo-se a ele com as palavras que o próprio Eliseu havia usado quando Elias foi levado ao céu: “Ó meu pai, meu pai, o carro de Israel e os seus cavaleiros”.

Em seguida, ele se envolveu na guerra com Amazias, o rei de Judá (2Cr 25:23-24), que ele derrotou totalmente em Bete-Semes, nas fronteiras de Dã e Filístia, e avançou sobre Jerusalém, derrubou uma parte do muro, e levou os tesouros do templo e do palácio.

Joás logo depois morreu (825 a.C.), e foi enterrado em Samaria (2Rs 14:1-17,19-20). Ele foi sucedido por seu filho.

 

Outras 4 pessoas com o nome de Joás.

3. Um dos arqueiros benjamitas que se juntou a Davi em Ziclague. (1Cr 12:3).

4. Um dos filhos do rei Acabe. (1Rs 22:26).

5. Um benjamita, filho de Bequer, pai de Gedeão. (Jz. 6.11).

6. Aquele que estava encarregado dos armazéns reais de azeite no reinado de Davi e Salomão. (1Cr 27:28).

 

O nome Joás significa: Jeová é forte, em hebraico Yow’ash (יואש) “o Senhor tem dado e Fogo do Senhor”.

 

Coroado rei quando ainda era menino de 7 anos, Joás era participante da dinastia do Rei Davi.

Ele era filho de Acazias e sua mãe era Zibia de Berseba. Começou a reinar com apenas sete anos de idade e reinou durante quarenta anos em Jerusalém sobre Judá.

Quando, em 884 a.C., seu pai Acazias foi morto por Jeú, Atalia, sua avó, mandou exterminar a família real e assumiu o poder em Judá. Antes que pudesse ser morto, Joás foi salvo por sua tia Jeoseba e foi escondido no templo e criado pelo sacerdote Joiada.

Em 878 a.C., quanto Joás tinha sete anos, Joiada, o sacerdote, ungiu Joás como rei. Atalia foi morta, assim como Mattan, sacerdote de Baal, e o templo de Baal foi destruído.

Depois disso, enquanto o sumo sacerdote Joiada vivia e agia como pai e conselheiro de Joás, o jovem monarca prosperou.

Em 864 a.C., nasceu Amasias, filho de Joás e Jeoadã. Em 857 a.C., Joás ordenou que o templo de Salomão fosse restaurado.

A casa de Deus precisava urgentemente de reparos, não apenas por causa da sua idade (nessa época tendo não mais de 150 anos), mas também devido à negligência e ao saque sofridos no reinado de Atalia.

Em consequência disso, Joás instou com os levitas a que levantassem o dinheiro para tal restauração por irem de cidade em cidade, por toda a Judá, mas a reação dos levitas não foi de todo o coração, e o serviço não estava sendo executado. Com o tempo, mudaram-se os arranjos para conseguir e administrar tais fundos. O povo mostrou bom acatamento, e os reparos continuaram até o término das obras.

Em 840 a.C., morre o sacerdote Joiada, e, logo depois, seu filho Zacarias é morto por apedrejamento por reprovar os israelitas de retornarem à idolatria.

No ano seguinte (839 a.C.), uma pequena força militar síria, chefiada por Hazael, rei da Síria, conseguiu invadir o território de Judá, obrigando Joás a entregar o ouro e os tesouros do santuário, bem como seus próprios bens, deixando-o um homem arrasado e doente. Dois de seus oficiais (Jozabade e Jeozabade) conspiraram contra ele e o assassinaram em Bete-Milo, no caminho que desce para Sila. Seu filho Amazias reinou em seu lugar, e executou os assassinos de seu pai, poupando seus filhos, de acordo com a lei de Deus ditada a Moisés.

 

Os enormes desafios do menino rei, Joás.

Depois da morte de Joiada, os líderes de Judá foram falar com o rei e lhe prestaram reverências, e ele aceitou o que disseram. Então abandonaram o templo do Senhor, o Deus dos seus antepassados, e prestaram culto aos postes sagrados e aos ídolos. Por culpa deles, a ira de Deus veio sobre Judá e Jerusalém. Embora o Senhor tivesse enviado profetas ao povo para trazê-los de volta para ele e os profetas tivessem testemunhado contra eles, o povo não quis ouvi-los. Então o Espírito de Deus apoderou-se de Zacarias, filho do sacerdote Joiada. Ele se colocou diante do povo e disse: “Isto é o que Deus diz: Por que vocês desobedecem aos mandamentos do Senhor? Vocês não prosperarão. Já que abandonaram o Senhor, Ele os abandonará”. Mas, alguns conspiraram contra ele e, por ordem do rei, apedrejaram-no até à morte no pátio do templo do Senhor. O rei Joás não levou em conta que Joiada, pai de Zacarias, tinha sido bondoso com ele, e matou o seu filho. Este, ao morrer, exclamou: “Veja isto o Senhor e faça justiça!” Na virada do ano, o exército arameu marchou contra Joás; invadiu Judá e Jerusalém, matou todos os líderes do povo, e enviou para Damasco, para o seu rei, tudo o que saqueou. Embora o exército arameu fosse pequeno, o Senhor entregou nas mãos dele um exército muito maior, por haver Judá abandonado o Senhor, o Deus dos seus antepassados. Assim o juízo foi executado sobre Joás. Quando os arameus foram embora, deixaram Joás seriamente ferido. Seus oficiais conspiraram contra ele, porque ele tinha assassinado o filho do sacerdote Joiada, e o mataram em sua cama. Assim ele morreu e foi sepultado na cidade de Davi, mas não nos túmulos dos reis. Os que conspiraram contra ele foram Zabade, filho da amonita Simeate, e Jeozabade, filho da moabita Sinrite. Quanto a seus filhos, às muitas profecias a seu respeito e ao relato da restauração do templo, tudo está escrito nas anotações dos livros dos reis. E seu filho Amazias foi o seu sucessor. 2Crônicas 24:17-27.

A história do rei Joás representa uma das mais ricas exposições sobre as guerras travadas num dos nossos maiores campos de batalha, a família. Filho de rei da linhagem profética do grande rei Davi, o único herdeiro que restou de Acazias, após todos serem assassinados por Atalia, sua avó, Joás surge em um cenário histórico de profundo valor para a nação de Israel e que traz luz sobre um padrão de experiência espiritual muito comum na vida daqueles que são despertados pelo Senhor para prevalecer sobre todas as guerras travadas nesse campo, de forma a alcançar a maior de suas conquistas: um lugar na Paternidade de Deus.

Nascido na terceira geração do rei Davi, após o profundo estreitamento de laço entre os reinos do Sul e do Norte, que compunham a nação de Israel, durante a fase mais crítica de sua história e produto direto dessa relação, Joás nasce num período que veio para retratar o fechamento de ciclo de destruição. O diabo havia trabalhado durante muito tempo para que o trono de Judá fosse destruído e, ao considerarmos a forma acelerada e evolutiva como seu avô Jeorão e seu pai Acazias terminaram seus reinados, é fácil acreditar que Joás morreria antes mesmo de saber que era herdeiro de um rei.

 

Tudo o que diabo planejou estava acontecendo no reino de Judá, mais especificamente em Jerusalém. Sem contar que no reino de Samaria a coisa estava pior ainda porque tanto os reis como os sacerdotes já estavam distantes de Deus à muito tempo e subjugavam o povo à adorar seus ídolos sob pena de morte a quem não lhes obedecessem.

 Após a morte precoce de seu pai, o rei  Acazias, sua mãe, a rainha Atalia, assume o governo de Judá, mandando matar todos os herdeiros do trono. Porém, o que nem ela e nem o diabo sabia era que Deus estava disposto a interferir naquela terrível situação, estabelecendo a estratégia que não só livraria o último herdeiro da morte, como também o transformaria na grande arma que venceria aquela guerra, definitivamente.

A estratégia era bem simples: resgatar Joás do comando de destruição e morte que passou a vigorar dentro de sua geração, conduzindo-o para um tempo de amadurecimento e fortalecimento que aconteceria sob os cuidados e proteção do sumo-sacerdote, Joiada, afinal, ele apenas um bebê. Após sete anos, quando Judá desfalecia sob o comando de miséria e escravidão promovido pela rainha Atalia, chegou o tempo do Senhor apresentar a todos, aquele que deveria estar morto, mas que, não só prevalecer contra os poderosos decretos de morte que mataram seus irmãos, como estava pronto para reinar, embora tivesse pouca idade. Joás começou a reinar com sete anos e durante muito tempo foi um rei que agradou o coração do Senhor.

 

As três gerações de famílias reais perderam o controle e o domínio espiritual por haverem se afastado da comunhão com Deus.

Em nossa busca por compreendermos os valores espirituais refletidos em toda a trajetória do rei Joás, (reino do norte, capital Jerusalém), devido à sua importância, um aspecto que merece ser considerado é o processo temporal instituído através de três gerações para que um padrão de domínio espiritual vigorasse sobre a terra.

De forma direta, após a queda do homem, um protocolo geracional foi instituído para definir a relação com o reino espiritual, onde todo padrão de influência e governo espiritual seria consolidado, por meio de um processo que deveria perdurar por, no mínimo, três gerações. A Bíblia descreve esse processo de forma bem clara, quando vemos o Senhor se apresentar como Deus de Abraão, Isaque e Jacó, determinando a três gerações que consolidaram o patriarcado espiritual que deu origem à nação de Israel. Como era de se esperar, o diabo foi obrigado a trabalhar da mesma forma.  Assim, a história de Joás foi, exatamente, o momento da conclusão de um processo que começou duas gerações anteriores à sua.

Quando mergulhamos no universo de ações, influências e governo, estabelecido por esse processo temporal, nos deparamos com um mundo totalmente dominado por essa realidade. Se por um lado vemos Deus agindo, constantemente, em prol das quebras dos legados de destruição, maldição e morte ativos sobre o homem em meio a ciclos geracionais, que começam, evoluem e são consolidados, dentro desse quadrante de três gerações, por outro, vemos o diabo trabalhando incessantemente para resistir e invalidar essas ações, produzindo um efeito contrário devastador.

 

Outra forma de compreendermos esses processos em suas causas e efeitos é que eles sempre irão apontar para um aspecto fundamental: o estabelecimento de governo.

Todas as vezes que testemunhamos Deus ou o diabo trabalhando nas gerações, significa que um nível de governo, seja da parte de Deus ou do diabo, está sendo estabelecido sobre a terra. E isso reflete diretamente sobre realidades e condições que, em nosso dia a dia, nem nos damos conta, como doenças hereditárias, condições extremas e comportamentos transformadores para o bem ou para o mal se repetem nas gerações, gerando transformações de lugares, de hábitos, de conceitos, de vivência, dentre outros.

Desde que o homem pecou, Deus tem trabalhado para trazê-lo de volta para debaixo de seu governo, através de princípios fundamentais como: dependência, submissão, proteção e bênção. Porém, como forma de resistir e deturpar suas ações, o diabo trouxe como bagagem geracional, elementos como: falência, exposição, orgulho e morte. Se para Deus o foco é conduzir o homem ao reconhecimento de suas limitações e incapacidades para que ele possa fazer dEle sua verdadeira fonte, para o diabo, a estratégia é fazê-lo camuflar suas feridas e mazelas através de um senso de vitimização alimentado por culpas e culpados, fazendo o homem refém de suas misérias e culpabilidade interna que causam transtornos sentimentais, emocionais e psíquicos.

Dentro de um contexto espiritual descrito pelas três gerações, podemos afirmar que Joás foi alcançado pelo Senhor no momento exato em que tudo estava perdido. Após um trabalho, que começou com o seu avô, alcançou o seu pai e já se mostrava ativo sobre seus irmãos, o diabo tinha por certo, acabar a com a vida de alguém que morreria antes mesmo de descobrir quem, de fato, era.

Se trouxermos isso para a vida que o Senhor nos concedeu, no dia em que abrimos o nosso coração e fomos alvo da maravilhosa Graça revelada naquela cruz do Calvário, percebermos que fomos alvos do mesmo padrão de experiência que vivenciou Joás. No dia em que o Senhor nos resgatou e nos conduziu para sua casa, a igreja, para que fôssemos criados sob os cuidados do sumo-sacerdote, que são os líderes e referenciais que nos conduziriam em nossa caminhada cristã, não tínhamos ideia de quem éramos, do que estava acontecendo e de que fomos chamados para fazer. No entanto, o mover profético do Pai nos conduziu para um poderoso recomeço que mudou tudo em nós e à nossa volta.

 

A morte do sacerdote Joiada fez cessar novamente o propósito de Deus para com a nação e o culto à Deus foi abandonado pelo rei e pelo povo.

Com sete anos de idade, Joás começou a reinar em Judá debaixo de uma perfeita sintonia com Joiada, o sumo-sacerdote, iniciando uma fase de restauração e crescimento sobre toda a nação, em todos os sentidos. Tudo caminhava em perfeita harmonia, afinal, o espiritual e o físico estavam alinhados, dando ao Senhor total liberdade de operar no meio daquele povo e produzir profundas transformações.

Tudo caminhou perfeitamente bem, até o dia da morte de Joiada. Com o óbito do sumo-sacerdote, não demorou até que Joás se deixasse levar por falsos conselheiros, desviando-se por completo do caminho de vida e restauração que um dia fora essencial para sua preservação e amadurecimento.

O ponto alto da rejeição de Joás para com Deus acontece no momento em que ele manda matar Zacarias, filho de Joiada, após ele profetizar o juízo do Senhor sobre aquela realidade, esquecendo-se definitivamente de tudo que seu pai havia feito a seu favor.

Como pode alguém que foi alvo de tão grande livramento, criado de forma zelosa e exclusiva, que vivenciou tantas conquistas, a ponto de se tornar o grande referencial de uma nação, se desviar dos caminhos do Senhor?

Antes de nos debruçarmos sobre essa questão tão relevante, vale a pena compreendermos que Joás representa uma imagem profética que se tornou muito comum em nossos dias, na realidade da Igreja do Senhor Jesus neste tempo de pós modernidade: a evidência de um padrão de cristão ou ex-cristão que, em função de algum nível de perda, trauma ou decepção ,como a morte do sumo-sacerdote Joiada, se propôs a abrir mão do Senhor Deus, fazendo questão de assumir uma vida contrária a tudo o que Ele representa. Essa realidade passou a dominar a sociedade em que vivemos hoje, dando ênfase a uma igreja envelhecida e de um Evangelho sem vigor.

Independentemente da resposta de Joás, um aspecto marcante para sua mudança de vida expressa com fidelidade um grande princípio em nossa caminhada cristã: Joiada um dia morre!

Por mais que não se espere, sempre chega o dia em que se é obrigado a lidar com situações extremas, que estão além do que se pode suportar e que interferem diretamente na comunhão com o Senhor.

São líderes que pecam, pessoas íntimas que traem, resultados inesperados que frustram e ferem, situações trágicas inesperadas, conluios, emboscadas, crimes de todos os tipos, etc, assim é a vida sem Deus.

Uma das maiores tragédias na vida daqueles que, perante a “morte do sumo-sacerdote” resolveram abdicar de sua posição em Deus rejeitando, assim, sua influência e governo, é que serão obrigados a descobrir que o mesmo Evangelho que um dia os protegeu em suas limitações, fraquezas e ignorância durante o tempo do resgate do Senhor, tende a se tornar a vara de acusação e apontamento que atrai os decretos de morte para sua vida. Joás é o símbolo de um cristianismo incapaz de prevalecer perante os prejuízos produzidos por situações que fogem do controle, descrito por uma geração que se preocupou em fazer de Deus aquele que a conduziria a tronos e glórias, mas se esqueceu de assumí-lo como o Senhor que a chama para vencer as dores e tragédias da cruz, tendo como resultado um final trágico.

 

Quando morre o sacerdote, há grandes mudanças na vida religiosa do rei e seus súditos.

A morte de Joiada foi adiada por Deus até o último instante. Não é à toa que o sacerdote que criou e preparou Joás para ser o grande rei de Judá viveu 130 anos. A disposição de Deus em preservar por tanto tempo esse homem, tão importante para o rei, reflete sua intenção do coração do Pai em preservá-lo até o limite de sua Justiça, na esperança de ver Joás assumir a posição que lhe era devida, perante uma guerra que ainda precisava ser vencida.

 

Em função dos efeitos tão expressivos dessa “preservação” do Senhor o rei de Judá foi conduzido a um verdadeiro estilo de vida abastecido de conquistas, vitórias e realizações. Todavia, o foco nunca foi afirmá-lo nem promovê-lo em sua posição de relevância, mas permiti-lo encontrar em cada experiência vivenciada dentro desse ambiente, os meios e oportunidades que o fariam amadurecer para vencer sua guerra.

Apesar de todo o investimento de Deus através do sumo sacerdote Joiada, em Joás, ele não amadureceu o suficiente e, quando chegou a hora de ter que enfrentar um velho inimigo, depois de tanto tempo, o que se viu foi um homem fácil de ser vencido, fragilizado por sua ganância, luxúria e libertinagens à vontade e idolatria.

Em nossa caminhada cristã, quando os efeitos extremados de nossas realizações e conquistas, ou mesmo traumas e decepções,  se tornam capazes de tirar a centralidade de Deus de nossas vidas, significa que estamos fadados a perder a guerra, por mais que tenhamos sido vencedores em tantas batalhas.

O testemunho de Joás nos ensina que muito mais que nos abastecer de benefícios, bens e prosperidade, o Senhor deseja nos fazer vencer os inimigos que resistem à nossa linhagem espiritual alcançada em Jesus Cristo, quebrando toda estrutura de maldição que nos resiste no tempo.

Ao analisarmos a vida de Joás, percebemos que quando temos uma vida com Jesus, alvos, conquistas e realizações não são fins em si mesmos, mas, meios de preparação e de capacitação para enfrentar nossos verdadeiros inimigos. A ausência de compreensão desse princípio fundamental poderá nos levar à condenação e, por fim, à morte.

 

A morte do rei Joás, rei de Judá.

O rei que passa a existir após a morte do sumo-sacerdote é uma expressão clássica dos efeitos de uma guerra que não suporta alienação e nem vaidades, a vaidade do trono falou mais alto em sua cabeça e o fez abandonar tudo o que viveu e aprendeu no templo do Senhor. O homem que outrora se mostrara envolvido com a Casa do Senhor, e que fez questão de virar as costas para ela, se tornando um dos mais idólatras de sua geração.

Depois de abandonar a Deus e ser conduzido pelos conselhos idólatras de uma classe perdida em suas vaidades, Joás viu o ciclo de restauração e cura ser substituído por um antigo ciclo de roubo e morte. De forma trágica, o homem que prevaleceu por tanto tempo sob os cuidados e livramentos do próprio Deus foi alvo de dois assassinos que tipificam com precisão sua derrota contra o grande inimigo de sua vida.

Os descendentes do incesto entre Ló e suas filhas, Amonitas e Moabitas, foram os agentes de morte que o diabo escolheu para assassinar o rei, decretando seu fim numa guerra que ele teve tudo para vencer. O homem que prevaleceu diante da destruição de sua família não foi capaz de vencer o inimigo que a destruiu, tornando-se, ao final de sua vida, um alvo fácil para um golpe fatal.

A morte de Joás nos faz compreender que se não entendermos, definitivamente, nossas guerras, inimigos e campos de batalhas, jamais seremos suficientes em nossos testemunhos como filhos de Deus. Não são as bênçãos e vitórias que nos promovem, mas a nossa capacidade de vencer inimigos, superar estruturas e prevalecer contra realidades que agem diretamente em nossa vida, casa e família.

O Senhor Jesus nos adverte: “Olhai, vigiai e orai porque não sabeis quando chegará o tempo". Marcos 13.33.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”. Mc 14.38.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.