segunda-feira, 20 de setembro de 2021

JOÁS É COROADO REI DE JUDÁ AOS 7 ANOS DE IDADE

JOÁS É COROADO REI DE JUDÁ AOS 7 ANOS DE IDADE

 

Ele começou a reinar com 7 anos de idade por providência de Deus.

 

Joás significa  “Jeová é forte”, e “Fogo do Senhor”. A história de Joás, o menino rei que começou a reinar com apenas 7 anos de idade e num primeiro momento realizou grandes feitos que agradaram a Deus, inclusive restaurou o templo e o culto ao Senhor Deus no templo.  

 

A Bíblia menciona seis pessoas com este nome:

 

1.    Joás rei de Judá, cuja capital era Jerusalém. (Jerusalém era a capital do reino do norte).

Joás, rei de Judá, que foi coroado rei com 7 anos de idade, é o primeiro mencionado com este nome na Bíblia e o principal personagem que vamos estudar.    

Joás o filho do rei Acazias. Enquanto ainda criança muito nova, ele foi salvo do massacre geral da família por sua tia Jeoseba, e aparentemente foi o único descendente de Salomão que sobreviveu. (2Cr 21:4,17).

Seu tio, o sumo sacerdote Joiada, que o escondeu e cuidou dele, o levou ao conhecimento público quando ele tinha sete anos de idade, e o coroou e ungiu rei de Judá com as cerimônias habituais. Atalia foi surpreendida quando ouviu o grito do povo: “Vive o rei”; e quando ela apareceu no templo, Joiada ordenou que ela fosse morta, (2Rs 11:13-20).

Enquanto o sumo sacerdote vivia, Joás favoreceu a adoração de Deus e observou a lei; mas na sua morte ele caiu em idolatria.

Zacarias, filho e sucessor do sumo sacerdote, foi morto. Essas maldades trouxeram à terra o julgamento de Deus, que foi oprimida pelos invasores sírios. Ele é um dos três reis omitidos por Mateus (Mt 1:8) na genealogia de Cristo, sendo os outros dois Acazias e Amazias. Ele foi enterrado na cidade de Davi. (2Rs 12:21).

 

2.    Joás, rei de Israel, cuja capital era Samaria. (Samaria era a capital do reino do Sul).

O filho e sucessor de Jeoacaz, rei de Israel (2Rs 14:1; comp. 12:1; 13:10). Quando ele subiu ao trono, o reino estava sofrendo com a invasão dos Sírios. Joás tolerou a adoração dos bezerros de ouro, mas parece ter manifestado um caráter de devoção sincera ao Deus de seus pais.

Ele honrou o profeta Eliseu e chorou ao seu lado quando estava morrendo, dirigindo-se a ele com as palavras que o próprio Eliseu havia usado quando Elias foi levado ao céu: “Ó meu pai, meu pai, o carro de Israel e os seus cavaleiros”.

Em seguida, ele se envolveu na guerra com Amazias, o rei de Judá (2Cr 25:23-24), que ele derrotou totalmente em Bete-Semes, nas fronteiras de Dã e Filístia, e avançou sobre Jerusalém, derrubou uma parte do muro, e levou os tesouros do templo e do palácio.

Joás logo depois morreu (825 a.C.), e foi enterrado em Samaria (2Rs 14:1-17,19-20). Ele foi sucedido por seu filho.

 

Outras 4 pessoas com o nome de Joás.

3. Um dos arqueiros benjamitas que se juntou a Davi em Ziclague. (1Cr 12:3).

4. Um dos filhos do rei Acabe. (1Rs 22:26).

5. Um benjamita, filho de Bequer, pai de Gedeão. (Jz. 6.11).

6. Aquele que estava encarregado dos armazéns reais de azeite no reinado de Davi e Salomão. (1Cr 27:28).

 

O nome Joás significa: Jeová é forte, em hebraico Yow’ash (יואש) “o Senhor tem dado e Fogo do Senhor”.

 

Coroado rei quando ainda era menino de 7 anos, Joás era participante da dinastia do Rei Davi.

Ele era filho de Acazias e sua mãe era Zibia de Berseba. Começou a reinar com apenas sete anos de idade e reinou durante quarenta anos em Jerusalém sobre Judá.

Quando, em 884 a.C., seu pai Acazias foi morto por Jeú, Atalia, sua avó, mandou exterminar a família real e assumiu o poder em Judá. Antes que pudesse ser morto, Joás foi salvo por sua tia Jeoseba e foi escondido no templo e criado pelo sacerdote Joiada.

Em 878 a.C., quanto Joás tinha sete anos, Joiada, o sacerdote, ungiu Joás como rei. Atalia foi morta, assim como Mattan, sacerdote de Baal, e o templo de Baal foi destruído.

Depois disso, enquanto o sumo sacerdote Joiada vivia e agia como pai e conselheiro de Joás, o jovem monarca prosperou.

Em 864 a.C., nasceu Amasias, filho de Joás e Jeoadã. Em 857 a.C., Joás ordenou que o templo de Salomão fosse restaurado.

A casa de Deus precisava urgentemente de reparos, não apenas por causa da sua idade (nessa época tendo não mais de 150 anos), mas também devido à negligência e ao saque sofridos no reinado de Atalia.

Em consequência disso, Joás instou com os levitas a que levantassem o dinheiro para tal restauração por irem de cidade em cidade, por toda a Judá, mas a reação dos levitas não foi de todo o coração, e o serviço não estava sendo executado. Com o tempo, mudaram-se os arranjos para conseguir e administrar tais fundos. O povo mostrou bom acatamento, e os reparos continuaram até o término das obras.

Em 840 a.C., morre o sacerdote Joiada, e, logo depois, seu filho Zacarias é morto por apedrejamento por reprovar os israelitas de retornarem à idolatria.

No ano seguinte (839 a.C.), uma pequena força militar síria, chefiada por Hazael, rei da Síria, conseguiu invadir o território de Judá, obrigando Joás a entregar o ouro e os tesouros do santuário, bem como seus próprios bens, deixando-o um homem arrasado e doente. Dois de seus oficiais (Jozabade e Jeozabade) conspiraram contra ele e o assassinaram em Bete-Milo, no caminho que desce para Sila. Seu filho Amazias reinou em seu lugar, e executou os assassinos de seu pai, poupando seus filhos, de acordo com a lei de Deus ditada a Moisés.

 

Os enormes desafios do menino rei, Joás.

Depois da morte de Joiada, os líderes de Judá foram falar com o rei e lhe prestaram reverências, e ele aceitou o que disseram. Então abandonaram o templo do Senhor, o Deus dos seus antepassados, e prestaram culto aos postes sagrados e aos ídolos. Por culpa deles, a ira de Deus veio sobre Judá e Jerusalém. Embora o Senhor tivesse enviado profetas ao povo para trazê-los de volta para ele e os profetas tivessem testemunhado contra eles, o povo não quis ouvi-los. Então o Espírito de Deus apoderou-se de Zacarias, filho do sacerdote Joiada. Ele se colocou diante do povo e disse: “Isto é o que Deus diz: Por que vocês desobedecem aos mandamentos do Senhor? Vocês não prosperarão. Já que abandonaram o Senhor, Ele os abandonará”. Mas, alguns conspiraram contra ele e, por ordem do rei, apedrejaram-no até à morte no pátio do templo do Senhor. O rei Joás não levou em conta que Joiada, pai de Zacarias, tinha sido bondoso com ele, e matou o seu filho. Este, ao morrer, exclamou: “Veja isto o Senhor e faça justiça!” Na virada do ano, o exército arameu marchou contra Joás; invadiu Judá e Jerusalém, matou todos os líderes do povo, e enviou para Damasco, para o seu rei, tudo o que saqueou. Embora o exército arameu fosse pequeno, o Senhor entregou nas mãos dele um exército muito maior, por haver Judá abandonado o Senhor, o Deus dos seus antepassados. Assim o juízo foi executado sobre Joás. Quando os arameus foram embora, deixaram Joás seriamente ferido. Seus oficiais conspiraram contra ele, porque ele tinha assassinado o filho do sacerdote Joiada, e o mataram em sua cama. Assim ele morreu e foi sepultado na cidade de Davi, mas não nos túmulos dos reis. Os que conspiraram contra ele foram Zabade, filho da amonita Simeate, e Jeozabade, filho da moabita Sinrite. Quanto a seus filhos, às muitas profecias a seu respeito e ao relato da restauração do templo, tudo está escrito nas anotações dos livros dos reis. E seu filho Amazias foi o seu sucessor. 2Crônicas 24:17-27.

A história do rei Joás representa uma das mais ricas exposições sobre as guerras travadas num dos nossos maiores campos de batalha, a família. Filho de rei da linhagem profética do grande rei Davi, o único herdeiro que restou de Acazias, após todos serem assassinados por Atalia, sua avó, Joás surge em um cenário histórico de profundo valor para a nação de Israel e que traz luz sobre um padrão de experiência espiritual muito comum na vida daqueles que são despertados pelo Senhor para prevalecer sobre todas as guerras travadas nesse campo, de forma a alcançar a maior de suas conquistas: um lugar na Paternidade de Deus.

Nascido na terceira geração do rei Davi, após o profundo estreitamento de laço entre os reinos do Sul e do Norte, que compunham a nação de Israel, durante a fase mais crítica de sua história e produto direto dessa relação, Joás nasce num período que veio para retratar o fechamento de ciclo de destruição. O diabo havia trabalhado durante muito tempo para que o trono de Judá fosse destruído e, ao considerarmos a forma acelerada e evolutiva como seu avô Jeorão e seu pai Acazias terminaram seus reinados, é fácil acreditar que Joás morreria antes mesmo de saber que era herdeiro de um rei.

 

Tudo o que diabo planejou estava acontecendo no reino de Judá, mais especificamente em Jerusalém. Sem contar que no reino de Samaria a coisa estava pior ainda porque tanto os reis como os sacerdotes já estavam distantes de Deus à muito tempo e subjugavam o povo à adorar seus ídolos sob pena de morte a quem não lhes obedecessem.

 Após a morte precoce de seu pai, o rei  Acazias, sua mãe, a rainha Atalia, assume o governo de Judá, mandando matar todos os herdeiros do trono. Porém, o que nem ela e nem o diabo sabia era que Deus estava disposto a interferir naquela terrível situação, estabelecendo a estratégia que não só livraria o último herdeiro da morte, como também o transformaria na grande arma que venceria aquela guerra, definitivamente.

A estratégia era bem simples: resgatar Joás do comando de destruição e morte que passou a vigorar dentro de sua geração, conduzindo-o para um tempo de amadurecimento e fortalecimento que aconteceria sob os cuidados e proteção do sumo-sacerdote, Joiada, afinal, ele apenas um bebê. Após sete anos, quando Judá desfalecia sob o comando de miséria e escravidão promovido pela rainha Atalia, chegou o tempo do Senhor apresentar a todos, aquele que deveria estar morto, mas que, não só prevalecer contra os poderosos decretos de morte que mataram seus irmãos, como estava pronto para reinar, embora tivesse pouca idade. Joás começou a reinar com sete anos e durante muito tempo foi um rei que agradou o coração do Senhor.

 

As três gerações de famílias reais perderam o controle e o domínio espiritual por haverem se afastado da comunhão com Deus.

Em nossa busca por compreendermos os valores espirituais refletidos em toda a trajetória do rei Joás, (reino do norte, capital Jerusalém), devido à sua importância, um aspecto que merece ser considerado é o processo temporal instituído através de três gerações para que um padrão de domínio espiritual vigorasse sobre a terra.

De forma direta, após a queda do homem, um protocolo geracional foi instituído para definir a relação com o reino espiritual, onde todo padrão de influência e governo espiritual seria consolidado, por meio de um processo que deveria perdurar por, no mínimo, três gerações. A Bíblia descreve esse processo de forma bem clara, quando vemos o Senhor se apresentar como Deus de Abraão, Isaque e Jacó, determinando a três gerações que consolidaram o patriarcado espiritual que deu origem à nação de Israel. Como era de se esperar, o diabo foi obrigado a trabalhar da mesma forma.  Assim, a história de Joás foi, exatamente, o momento da conclusão de um processo que começou duas gerações anteriores à sua.

Quando mergulhamos no universo de ações, influências e governo, estabelecido por esse processo temporal, nos deparamos com um mundo totalmente dominado por essa realidade. Se por um lado vemos Deus agindo, constantemente, em prol das quebras dos legados de destruição, maldição e morte ativos sobre o homem em meio a ciclos geracionais, que começam, evoluem e são consolidados, dentro desse quadrante de três gerações, por outro, vemos o diabo trabalhando incessantemente para resistir e invalidar essas ações, produzindo um efeito contrário devastador.

 

Outra forma de compreendermos esses processos em suas causas e efeitos é que eles sempre irão apontar para um aspecto fundamental: o estabelecimento de governo.

Todas as vezes que testemunhamos Deus ou o diabo trabalhando nas gerações, significa que um nível de governo, seja da parte de Deus ou do diabo, está sendo estabelecido sobre a terra. E isso reflete diretamente sobre realidades e condições que, em nosso dia a dia, nem nos damos conta, como doenças hereditárias, condições extremas e comportamentos transformadores para o bem ou para o mal se repetem nas gerações, gerando transformações de lugares, de hábitos, de conceitos, de vivência, dentre outros.

Desde que o homem pecou, Deus tem trabalhado para trazê-lo de volta para debaixo de seu governo, através de princípios fundamentais como: dependência, submissão, proteção e bênção. Porém, como forma de resistir e deturpar suas ações, o diabo trouxe como bagagem geracional, elementos como: falência, exposição, orgulho e morte. Se para Deus o foco é conduzir o homem ao reconhecimento de suas limitações e incapacidades para que ele possa fazer dEle sua verdadeira fonte, para o diabo, a estratégia é fazê-lo camuflar suas feridas e mazelas através de um senso de vitimização alimentado por culpas e culpados, fazendo o homem refém de suas misérias e culpabilidade interna que causam transtornos sentimentais, emocionais e psíquicos.

Dentro de um contexto espiritual descrito pelas três gerações, podemos afirmar que Joás foi alcançado pelo Senhor no momento exato em que tudo estava perdido. Após um trabalho, que começou com o seu avô, alcançou o seu pai e já se mostrava ativo sobre seus irmãos, o diabo tinha por certo, acabar a com a vida de alguém que morreria antes mesmo de descobrir quem, de fato, era.

Se trouxermos isso para a vida que o Senhor nos concedeu, no dia em que abrimos o nosso coração e fomos alvo da maravilhosa Graça revelada naquela cruz do Calvário, percebermos que fomos alvos do mesmo padrão de experiência que vivenciou Joás. No dia em que o Senhor nos resgatou e nos conduziu para sua casa, a igreja, para que fôssemos criados sob os cuidados do sumo-sacerdote, que são os líderes e referenciais que nos conduziriam em nossa caminhada cristã, não tínhamos ideia de quem éramos, do que estava acontecendo e de que fomos chamados para fazer. No entanto, o mover profético do Pai nos conduziu para um poderoso recomeço que mudou tudo em nós e à nossa volta.

 

A morte do sacerdote Joiada fez cessar novamente o propósito de Deus para com a nação e o culto à Deus foi abandonado pelo rei e pelo povo.

Com sete anos de idade, Joás começou a reinar em Judá debaixo de uma perfeita sintonia com Joiada, o sumo-sacerdote, iniciando uma fase de restauração e crescimento sobre toda a nação, em todos os sentidos. Tudo caminhava em perfeita harmonia, afinal, o espiritual e o físico estavam alinhados, dando ao Senhor total liberdade de operar no meio daquele povo e produzir profundas transformações.

Tudo caminhou perfeitamente bem, até o dia da morte de Joiada. Com o óbito do sumo-sacerdote, não demorou até que Joás se deixasse levar por falsos conselheiros, desviando-se por completo do caminho de vida e restauração que um dia fora essencial para sua preservação e amadurecimento.

O ponto alto da rejeição de Joás para com Deus acontece no momento em que ele manda matar Zacarias, filho de Joiada, após ele profetizar o juízo do Senhor sobre aquela realidade, esquecendo-se definitivamente de tudo que seu pai havia feito a seu favor.

Como pode alguém que foi alvo de tão grande livramento, criado de forma zelosa e exclusiva, que vivenciou tantas conquistas, a ponto de se tornar o grande referencial de uma nação, se desviar dos caminhos do Senhor?

Antes de nos debruçarmos sobre essa questão tão relevante, vale a pena compreendermos que Joás representa uma imagem profética que se tornou muito comum em nossos dias, na realidade da Igreja do Senhor Jesus neste tempo de pós modernidade: a evidência de um padrão de cristão ou ex-cristão que, em função de algum nível de perda, trauma ou decepção ,como a morte do sumo-sacerdote Joiada, se propôs a abrir mão do Senhor Deus, fazendo questão de assumir uma vida contrária a tudo o que Ele representa. Essa realidade passou a dominar a sociedade em que vivemos hoje, dando ênfase a uma igreja envelhecida e de um Evangelho sem vigor.

Independentemente da resposta de Joás, um aspecto marcante para sua mudança de vida expressa com fidelidade um grande princípio em nossa caminhada cristã: Joiada um dia morre!

Por mais que não se espere, sempre chega o dia em que se é obrigado a lidar com situações extremas, que estão além do que se pode suportar e que interferem diretamente na comunhão com o Senhor.

São líderes que pecam, pessoas íntimas que traem, resultados inesperados que frustram e ferem, situações trágicas inesperadas, conluios, emboscadas, crimes de todos os tipos, etc, assim é a vida sem Deus.

Uma das maiores tragédias na vida daqueles que, perante a “morte do sumo-sacerdote” resolveram abdicar de sua posição em Deus rejeitando, assim, sua influência e governo, é que serão obrigados a descobrir que o mesmo Evangelho que um dia os protegeu em suas limitações, fraquezas e ignorância durante o tempo do resgate do Senhor, tende a se tornar a vara de acusação e apontamento que atrai os decretos de morte para sua vida. Joás é o símbolo de um cristianismo incapaz de prevalecer perante os prejuízos produzidos por situações que fogem do controle, descrito por uma geração que se preocupou em fazer de Deus aquele que a conduziria a tronos e glórias, mas se esqueceu de assumí-lo como o Senhor que a chama para vencer as dores e tragédias da cruz, tendo como resultado um final trágico.

 

Quando morre o sacerdote, há grandes mudanças na vida religiosa do rei e seus súditos.

A morte de Joiada foi adiada por Deus até o último instante. Não é à toa que o sacerdote que criou e preparou Joás para ser o grande rei de Judá viveu 130 anos. A disposição de Deus em preservar por tanto tempo esse homem, tão importante para o rei, reflete sua intenção do coração do Pai em preservá-lo até o limite de sua Justiça, na esperança de ver Joás assumir a posição que lhe era devida, perante uma guerra que ainda precisava ser vencida.

 

Em função dos efeitos tão expressivos dessa “preservação” do Senhor o rei de Judá foi conduzido a um verdadeiro estilo de vida abastecido de conquistas, vitórias e realizações. Todavia, o foco nunca foi afirmá-lo nem promovê-lo em sua posição de relevância, mas permiti-lo encontrar em cada experiência vivenciada dentro desse ambiente, os meios e oportunidades que o fariam amadurecer para vencer sua guerra.

Apesar de todo o investimento de Deus através do sumo sacerdote Joiada, em Joás, ele não amadureceu o suficiente e, quando chegou a hora de ter que enfrentar um velho inimigo, depois de tanto tempo, o que se viu foi um homem fácil de ser vencido, fragilizado por sua ganância, luxúria e libertinagens à vontade e idolatria.

Em nossa caminhada cristã, quando os efeitos extremados de nossas realizações e conquistas, ou mesmo traumas e decepções,  se tornam capazes de tirar a centralidade de Deus de nossas vidas, significa que estamos fadados a perder a guerra, por mais que tenhamos sido vencedores em tantas batalhas.

O testemunho de Joás nos ensina que muito mais que nos abastecer de benefícios, bens e prosperidade, o Senhor deseja nos fazer vencer os inimigos que resistem à nossa linhagem espiritual alcançada em Jesus Cristo, quebrando toda estrutura de maldição que nos resiste no tempo.

Ao analisarmos a vida de Joás, percebemos que quando temos uma vida com Jesus, alvos, conquistas e realizações não são fins em si mesmos, mas, meios de preparação e de capacitação para enfrentar nossos verdadeiros inimigos. A ausência de compreensão desse princípio fundamental poderá nos levar à condenação e, por fim, à morte.

 

A morte do rei Joás, rei de Judá.

O rei que passa a existir após a morte do sumo-sacerdote é uma expressão clássica dos efeitos de uma guerra que não suporta alienação e nem vaidades, a vaidade do trono falou mais alto em sua cabeça e o fez abandonar tudo o que viveu e aprendeu no templo do Senhor. O homem que outrora se mostrara envolvido com a Casa do Senhor, e que fez questão de virar as costas para ela, se tornando um dos mais idólatras de sua geração.

Depois de abandonar a Deus e ser conduzido pelos conselhos idólatras de uma classe perdida em suas vaidades, Joás viu o ciclo de restauração e cura ser substituído por um antigo ciclo de roubo e morte. De forma trágica, o homem que prevaleceu por tanto tempo sob os cuidados e livramentos do próprio Deus foi alvo de dois assassinos que tipificam com precisão sua derrota contra o grande inimigo de sua vida.

Os descendentes do incesto entre Ló e suas filhas, Amonitas e Moabitas, foram os agentes de morte que o diabo escolheu para assassinar o rei, decretando seu fim numa guerra que ele teve tudo para vencer. O homem que prevaleceu diante da destruição de sua família não foi capaz de vencer o inimigo que a destruiu, tornando-se, ao final de sua vida, um alvo fácil para um golpe fatal.

A morte de Joás nos faz compreender que se não entendermos, definitivamente, nossas guerras, inimigos e campos de batalhas, jamais seremos suficientes em nossos testemunhos como filhos de Deus. Não são as bênçãos e vitórias que nos promovem, mas a nossa capacidade de vencer inimigos, superar estruturas e prevalecer contra realidades que agem diretamente em nossa vida, casa e família.

O Senhor Jesus nos adverte: “Olhai, vigiai e orai porque não sabeis quando chegará o tempo". Marcos 13.33.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca”. Mc 14.38.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

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