segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

EU ESTOU AQUI MORRENDO DE FOME

EU ESTOU AQUI MORRENDO DE FOME


Já que o tal de “Fome zero" no Brasil era uma mentira e uma grande farsa,  vamos ver a realidade da fome no mundo inteiro nos levantamentos e relatórios da ONU do ano de 2019.


A fome aumenta no mundo e atinge mais de 820 milhões de pessoas, diz relatório da ONU.
 
15/07/2019

Cerca de 820 milhões de pessoas em todo o mundo não tiveram acesso suficiente a alimentos em 2018, frente a 811 milhões no ano anterior, no terceiro ano consecutivo de aumento. O dado representa um imenso desafio para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 2, que prevê fome zero até 2030, a nova edição do relatório anual “O estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo”.

O ritmo do progresso para reduzir para a metade o número de crianças com atraso no crescimento e de bebês nascidos abaixo do peso ideal é demasiado lento, o que também faz com que as metas de nutrição do ODS 2 estejam mais longe de serem alcançadas, segundo o estudo.

Ao mesmo tempo e além desses desafios, o sobrepeso e a obesidade continuam aumentando em todas as regiões, em especial entre crianças em idade escolar e adultos.

A probabilidade de sofrer insegurança alimentar são maiores para as mulheres do que para os homens em todos os continentes, com a maior diferença na América Latina.

“Nossas medidas para abordar essas tendências preocupantes terão que ser mais enérgicas, não apenas em escala, mas também em termos de colaboração multissetorial”, disseram oficiais de Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Programa Mundial de Alimentos (PMA) e Organização Mundial da Saúde (OMS) no prólogo do relatório.

A fome está aumentando em muitos países nos quais o crescimento econômico está estancado, particularmente nos países de renda média e naqueles que dependem em grande medida do comércio internacional de matérias-primas.

O relatório anual das Nações Unidas denuncia igualmente que a desigualdade de renda está crescendo em muitos dos países onde a fome está aumentando, o que torna a situação ainda mais difícil para os mais pobres, vulneráveis ou marginalizados, frente à desaceleração e à recessão econômica.

“Devemos fomentar uma transformação estrutural inclusiva e favorável aos pobres, centrada nas pessoas e nas comunidades, para reduzir a vulnerabilidade econômica e caminharmos para a erradicação da fome, da insegurança alimentar e de todas as formas de desnutrição”, disseram os oficiais das Nações Unidas.

América Latina e Caribe.

Apesar de ter se mantido estável em 2018 frente a 2017 (6,5%), a fome aumentou na América Latina e no Caribe na comparação com 2016 (6,3%), de acordo com o documento, atingindo 42,5 milhões de pessoas no ano passado.

A América do Sul concentra a maior parte (55%) das pessoas que sofrem de subnutrição na região, e o aumento observado nos últimos anos se deve à deterioração da segurança alimentar na Venezuela, onde a prevalência da subnutrição aumentou quase quatro vezes, de 6,4%, entre 2012-2014, para 21,2% no período de 2016-2018.

A elevação significativa da insegurança alimentar nos últimos anos coincide com o período de recessão do país, uma vez que a inflação subiu fortemente e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caiu, passando dos 3,9% negativos em 2014 para 25% negativos, aproximadamente, em 2018.

Em contraste, o percentual de subnutridos na América Central (6,1%) e no Caribe (18,4%) têm diminuído desde 2013, apesar de ainda apresentarem números superiores aos da América do Sul (5,5%).

“Durante os primeiros 15 anos deste século, a América Latina e o Caribe cortaram a subnutrição pela metade. Mas, desde 2014, a fome vêm aumentando”, disse o representante regional da FAO, Julio Berdegué.

“Temos que resgatar, em média, mais de 3,5 milhões de pessoas da fome, todos os anos, a partir de agora até 2030, se quisermos alcançar a meta de fome zero do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2”, acrescentou.

Avanços lentos na África e na Ásia.

A África apresenta situação mais alarmante, já que a região tem as taxas de fome mais altas do mundo, que continuam aumentando lenta, mas constantemente, em quase todas as sub-regiões.
Na África oriental em particular, cerca de um terço da população (30,8%) está subalimentada.

Além dos fenômenos climáticos e dos conflitos, a desaceleração e a crise econômica estão impulsionando esse aumento. Desde 2011, quase a metade dos países nos quais a fome aumentou devido à desaceleração ou estancamento da economia estão na África.

O maior número de pessoas sub-alimentadas (mais de 500 milhões) vive na Ásia, sobretudo nos países do sul do continente. Juntos, África e Ásia suportam a maior parte de todas as formas de má nutrição, já que contam com mais de nove em cada dez crianças com atraso no crescimento e mais de nove em cada dez crianças com crescimento atrofiado no mundo. Na Ásia meridional e na África subsahariana, uma em cada três crianças têm atraso no crescimento.

Além desses problemas, na Ásia e na África vivem quase três quartos de todas as crianças com sobrepeso do mundo, impulsionado em grande medida pelo consumo de dietas pouco saudáveis.

Além da fome
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O relatório deste ano introduz um novo indicador para medir a insegurança alimentar em diferentes níveis de gravidade e supervisionar os avanços para o ODS 2: a prevalência da insegurança alimentar moderada ou grave.

Esse indicador se baseia em dados obtidos diretamente das pessoas em pesquisas sobre seu acesso aos alimentos nos últimos 12 meses, utilizando a Escala de Experiência de Insegurança Alimentar (FIES, na sigla em inglês). As pessoas que experimentam uma insegurança alimentar moderada enfrentam a incerteza sobre sua capacidade de obter alimentos e tiveram que reduzir a qualidade e/ou a quantidade de alimentos que consomem para sobreviver.

O documento estima que mais de 2 bilhões de pessoas, a maioria em países de renda baixa e média, não têm acesso regular a alimentos inócuos, nutritivos e suficientes. Mas o acesso irregular é também um desafio para os países de renda alta, incluindo 8% da população da América do Norte e da Europa.

Isso exige uma profunda transformação dos sistemas alimentares para proporcionar dietas saudáveis produzidas de forma sustentável a uma população mundial em crescimento.

Cifras e dados-chave:

• Número de pessoas com fome no mundo em 2018: 821,6 milhões (1 em cada 9)
• Ásia: 513,9 milhões
• África: 256,1 milhões
• América Latina e Caribe: 42,5 milhões
• Número de pessoas com insegurança alimentar moderada ou grave: 2 bilhões (26,4%)
• Bebês com baixo peso ao nascer: 20,5 milhões (1 em cada 7)
• Crianças menores de 5 anos afetadas por atraso no crescimento (baixa estatura para a idade): 148,9 milhões (21,9%)
• Crianças menores de 5 anos afetadas por baixo peso para a estatura: 49,5 milhões (7,3%)
• Crianças menores de 5 anos com sobrepeso (peso elevado para a estatura): 40 milhões (5,9%)
• Crianças e adolescentes em idade escolar com sobrepeso: 338 milhões
• Adultos obesos: 672 milhões (13%, ou 1 em cada 8.

Como devemos agir para minimizar os avanços da fome em nosso meio social?

Se uma ou mais pessoas passam fome no mundo, o que pode ter acontecido? A culpa é de Deus? A culpa é do governo? A culpa é da família? A culpa é da própria pessoa? Quem é o culpado?

Nunca foi plano de Deus que houvesse fome, miséria e morte na face da terra, mas lamentavelmente a realidade do pecado trouxe muitas consequências desastrosas.

“Há muito tempo a humanidade sofre com a fome, muitos até morrem por falta de comida. Esse problema não escolhe pessoas de uma certa religião para afligir. Mas o Salmo 37:25 diz: “Fui moço e já, agora, sou velho, porem jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão”.

Então a pergunta que não quer calar é: se uma pessoa passa fome significa que ela não faz parte do povo de Deus?

Nunca foi plano de Deus que houvesse fome, miséria e morte, mas lamentavelmente a realidade do pecado trouxe muitas consequências desastrosas para a humanidade no decorrer dos séculos.

A condição natural do homem, do ser humano,  é egoísta, pecaminosa e individualista. Muitas vezes o ser humano não se incomoda com o que está acontecendo do seu lado com seu semelhante. 

A ganância, o orgulho, a vaidade a sêde de poder e a indiferença para com os pobres apenas refletem a realidade do mal e do pecado.

Quando Deus escolheu Israel como Seu povo, Ele o fez para que esta nação fosse uma bênção para toda a humanidade e para que o mundo tivesse uma revelação de Seus desígnios de salvar a humanidade. As leis dadas por Deus a esse povo eram justas e refletiam o Seu caráter santo, justo e amoroso. Se seus preceitos fossem seguidos, cumprir-se-ia a promessa divina: “Assim, não deverá haver pobre algum no meio de vós”. (Deuteronômio 15:4). Porém, o que se vê no mundo é muita desigualdade e indiferença em relação ao semelhante, em especial com aqueles que passam fome.

Poderíamos escrever muito sobre esse tema e empregar textos bíblicos como: “fomos criados à imagem e semelhança de Deus” (Gênesis 1:26); “se deixarmos de fazer o bem para um destes pequeninos , deixamos de fazer para o próprio Cristo”. (Mateus 25:45).

O problema da desigualdade reside na essência do pecado que é o egoísmo.

Com toda certeza Deus se entristece com as misérias do ser humano.

Nesse mundo não há respostas para todas as perguntas, mas pela Revelação  divina, sabemos que há um conflito cósmico e universal no mundo espiritual entre Deus e Satanás que tem um reflexo e muitas coisas negativas no mundo real para com todos nós.  Fica evidente que o mal e tudo o que presta um dia será eliminado da face da terra, conforme o ensinamento bíblico.

Agora, vamos analisar o texto mencionado.  “O verso 25 não significa que um homem bom nunca passe necessidade (cf. 1 Samuel 21:3; 25:8) mas sim, que nunca é abandonado pelo Senhor e, em última análise, em sua descendência, as condições se tornam melhores. Em todas as ocasiões, o único princípio correto é o da perseverança na prática do bem (27; cf. Salmo 34:14) porque a equidade no trato com os homens e a lealdade para com Deus sempre são aprovadas pelo Senhor e fomentadas por Sua cooperação. A meditação do salmista começa então a voltar-se do tema do cuidado providente do Senhor para as experiências reais de seus santos (28)”.

O verso é “o testemunho do próprio salmista de uma vida de cuidadosa observação e experiência. O versículo indica que o salmista escreveu o salmo em seus últimos dias de vida. Ele não declara que os justos não passam por privações, mas que eles não são abandonados por Deus quando enfrentam dificuldades. No final, eles prosperam, pois seus descendentes têm o que necessitam. O salmista expressa uma verdade: a verdadeira religião torna o ser humano ativo e independente, e o livra da necessidade de mendigar pela subsistência

Lucas, 15.11-32 nos trás a história do filho pródigo. Um filho que tinha tudo na casa do pai. Tudo indica que ele era o caçula pois a parábola nos informa que ele era o mais novo. 


11. E disse: Um certo homem tinha dois filhos.


12. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.


13. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.


14. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.


15. E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos.


16. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.


17. E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!


18. Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti.


19. Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores.


20. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou.


21. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti e já não sou digno de ser chamado teu filho.


22. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés,


23. e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos,


24. porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.


25. E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.


26. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.


27. E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.


28. Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele.


29. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos.


30. Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.


31. E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas.


32. Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado.


Lucas, 15.10

10. Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.


Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. Êxodo 20.12.

Esse é um mandamento com promessa.

Por que devemos honrar pai e mãe? Para podermos viver. Para não sermos sobrecarregados ou escravizados pela amargura. E não sermos destruídos. O Senhor está dizendo: “Você fará isso? Vai honrar o pai e a mãe que lhe dei? Se obedecer, vou honrar sua vida, vou abençoá-la e vou prolongá-la. Como Eu o amo, quero também adverti-lo: se violar este mandamento, isto irá afetar toda a estrutura da sua vida”.


Este mandamento se aplica a todos nós não importando o que nos tenha acontecido no passado. Deus está interessado no nosso agora, no momento que se chama hoje. Ele quer mudar o nosso coração agora e não amanhã ou depois de amanhã. Ele quer andar e ter comunhão conosco agora e espera de nossa parte a reciprocidade do Seu grande amor para conosco. Ele quer nos ensinar e nos abençoar agora e não em um dia mítico e futuro quando estivermos “mais preparados.


O filho ou filha que ama e honra sinceramente seus pais, podem ser uma espécie diferente de pais para seus próprios filhos. Filhos se querem ser uma benção na vida dos seus pais devem dar motivos para Deus abençoá-los, sendo exemplo e honrando seus pais.


Portanto qual é o significado da parábola do filho pródigo?

Significa que a parábola do filho pródigo mostra como Deus nos ama, apesar de nossos erros. Deus está sempre pronto a perdoar quem se arrepende e fica feliz quando Seus filhos voltam para Ele.

Uma parábola é uma pequena história que ajuda a entender uma verdade complexa. Jesus contou a parábola do filho pródigo para explicar o relacionamento de Deus com o pecador.

Na parábola do filho pródigo Jesus nos conta a história sobre um homem que tinha dois filhos. Um dia o filho mais novo pediu sua parte da herança e foi embora para “curtir a vida”. O jovem gastou tudo em seus prazeres e acabou na pobreza. Depois houve uma fome no lugar onde ele estava e o único emprego que ele conseguiu para sobreviver foi a cuidar de porcos, que eram animais considerados impuros pelos judeus. (Lucas 15:14-16).

O jovem ficou com tanta fome que até ficou com vontade de comer a comida dos porcos.

Então ele se lembrou da casa de seu pai, onde até os servos comiam bem. Ele se arrependeu e decidiu voltar para casa, pedir perdão a seu pai e pedir um emprego como um servo. (Lucas 15:17-19).

Quando o pai viu seu filho chegando de longe, ele correu ao seu encontro e o recebeu com alegria. O filho pediu perdão e tentou pedir um emprego mas o pai o interrompeu, chamando os servos para trazer roupa nova para o filho e preparar uma festa (Lucas 15:22-24). O pai não estava zangado nem desiludido; ele estava feliz porque seu filho tinha voltado em segurança para casa.

Quando o filho mais velho chegou do trabalho, a festa já tinha começado. Ele ouviu que seu irmão mais novo tinha voltado e, em vez de se alegrar, ele ficou zangado e muito furioso com o que estava acontecendo.

Seu pai veio falar com ele e o filho explicou que ele sempre trabalhou e fez tudo para agradar seu pai sem receber nada em troca.

Agora ele se sentia injustiçado porque seu pai tinha feito uma festa por seu irmão irresponsável, somente porque tinha voltado para casa. (Lucas 15:29-30).

O pai explicou que tudo que ele tinha pertencia ao filho mais velho. Mas a celebração era importante porque antes era como se o filho mais novo estivesse morto e agora tinha voltado à vida. O pai não estava celebrando os erros do filho mas sim sua mudança de vida. (Lucas 15:31-32).


Deus é nosso pai. Quando pecamos, somos como o filho pródigo, abandonando nosso pai para desperdiçar nossa vida no mundo de desilusões. O pecado destrói a vida e acaba com as bênçãos que Deus nos dá, destrói o caráter, destrói as esperanças. O filho pródigo voltando para casa representa quem se arrepende de seus pecados, pedindo perdão a Deus.

Deus fica muito feliz em perdoar quem se arrepende. Ele acolhe com amor e carinho, sem guardar rancor. Sempre que alguém se arrepende, Deus faz uma festa, há uma festa nos céus.  Ele restaura e transforma, dando uma segunda chance e uma nova oportunidade.


Também podemos ser como o irmão mais velho. Quando somos obedientes a Deus não podemos nos esquecer de Seu amor incondicional. Deus não nos ama por causa das coisas que fazemos por Ele. Deus nos ama porque somos Seus filhos, essa é a mais pura verdade e realidade.

Como é fácil nos sentirmos “injustiçados” (com inveja) quando outra pessoa “menos digna segundo nossos critérios” é abençoada por Deus. Mas o arrependimento deveria ser motivo de grande alegria para todos nós.

Quando largamos a inveja, vemos que Deus também nos dá muitas bênçãos que podemos aproveitar. Não temos motivo para sentir inveja de ninguém. Deus nos deu muitas bênçãos extraordinárias para podermos estender a mão amiga aos necessitados e oprimidos.

O que mais os seres humanos precisam é de amor de uns para com os outros. Sem amor e sem o Deus do impossível que é o Deus que nos criou, padeceremos. Mas Deus é amor e abrirá as portas para que todos os seus filhos tenham os alimentos do dia a dia para si e para os de sua família, principalmente seus filhos.

Deus abençoe você e sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.









segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O PROFETA OBADIAS E O ZELO DA CASA DO SENHOR

O PROFETA OBADIAS E O ZELO DA CASA DO SENHOR 

Quem foram os Obadias na Bíblia. Quem foi o profeta Obadias que tem um livro profético no Velho Testamento.

Quem foi o Obadias que serviu ao rei Acabe e Jezabel por todo o seu reinado. 

Geralmente a curiosidade acerca de quem foi Obadias na Bíblia ocorre quando lemos o livro que leva seu nome no Antigo Testamento e que tem apenas um capítulo. 

Primeiramente precisamos considerar que pelo menos doze personagens bíblicos são citados com o nome de Obadias.

Antes de falarmos sobre tais personagens, vamos conhecer o significado desse nome. 

Obadias significa: “Servo do Senhor”, “servo de Javé” ou “adorador de Javé”, do hebraico ‘ovadyahu’, ‘ovadyah”.

Os Obadias citados na Bíblia.

De todos os personagens bíblicos com o nome de Obadias, certamente apenas dois deles são os mais conhecidos entre os cristãos. 

O primeiro, claro, o profeta Obadias; o segundo um administrador do palácio no governo de Acabe e Jezabel. Deixaremos esses dois personagens que tiveram maior proeminência por último. Antes, faremos uma lista dos outros dez personagens com esse nome.

Vejam na Bíblia onde se encontram as passagens bíblicas com as citações desses Obadias. 

Um descendente de Davi. (1Cr 3:21).
Um dos chefes da tribo de Issacar. (1Cr 7:3).
Um capitão gadita que se juntou a Davi como aliado em Ziclague. (1Cr 8:38; 9:44).
Um benjamita, descendente de Jônatas filho de Saul. (1Cr 8:38; 9:44).
Um levita, possivelmente idêntico a Abda, pertencente a uma família de porteiros do Templo. (1Cr 9:16; Ne 11:17; 12:25).
Um zebulonita. (1Cr 27:19).
Um levita encarregado de supervisionar os reparos do Templo no governo do rei Josias. (2Cr 34:12).
Um dos príncipes comissionados pelo rei Josafá para ensinar a Lei nas cidades de Judá. (2Cr 17:17).
Um líder israelita, descendente de Joabe, que retornou da Babilônia para Jerusalém em companhia de Esdras. (Ed 8:9).
Um sacerdote que selou a aliança nos dias de Neemias. (Ne 10:5).


Portanto as passagens bíblicas acima nos dão  conhecimento dos dez homens chamados de Obadias na Bíblia. Sobre eles, praticamente não temos nenhuma informação além das passagens bíblicas que citam seus nomes. 

Abaixo, conheceremos os dois personagens restantes, dos quais temos um pouco mais de informação.

Quem era o Obadias do palácio de Acabe e Jezabel. 

Esse Obadias foi um mordomo chefe (ou administrador, governador) encarregado do palácio do rei Acabe e Jezabel. Tudo no Palácio passava por suas considerações e avaliações antes de chegar à sala do trono.  (1Rs 18:3-16).

Desde jovem esse Obadias era temente a Deus. Seu compromisso com o Senhor ficou evidente quando, durante a perseguição promovida por Jezabel aos profetas, ele escondeu cem profetas em duas cavernas.

Durante uma seca, ele foi enviado por Acabe para procurar pastagens para os cavalos e mulas reais, e acabou se encontrando com o profeta Elias. Depois desse encontro, Obadias conseguiu, por ordem do profeta Elias, arranjar um encontro entre Acabe e Elias no monte Carmelo, no episódio que ficou conhecido pela morte dos profetas de Baal e de Aserá ou Aserate. 

O Talmude Babilônico (Sanhedrin 39b), equivocadamente confunde esse Obadias com o Profeta Obadias. Um selo hebreu antigo encontrado com o texto “A Obadias, servo do rei“, talvez tenha pertencido a esse servo de Acabe.


Quem era o Profeta Obadias.

Sobre o profeta Obadias ainda podemos  informar que apesar de haver um livro no Antigo Testamento com seu nome, a Bíblia não nos fornece nenhuma informação acerca de sua vida. O que sabemos é que ele foi um profeta, muito provavelmente de Judá, segundo o que seu livro parece indicar (Ob 1).

Sobre o período em que o Profeta Obadias viveu, duas sugestões são defendidas entre os estudiosos. Alguns entendem que ele tenha vivido antes do exílio, enquanto outros defendem que ele tenha vivido por volta do século 5 a.C. Essa segunda hipótese é considerada a mais provável. Se caso, de fato, essa última posição estiver correta, é cronologicamente incompatível identificá-lo com o Obadias mordomo do rei Acabe citado anteriormente, nem mesmo com o capitão do rei Acazias (2Rs 1:13-15), conforme faz o pseudo Epifânio na obra “As Vidas dos Profetas”.
A tradição talmúdica de que o profeta Obadias tenha sido um prosélito de origem edomita é bastante improvável, principalmente considerando sua forte denúncia contra Edom.


Obadias 1

     
Capítulo 1. O livro do profeta (menor) Obadias só tem um capítulo.

1. Visão de Obadias: 


1.         Assim diz o Senhor Jeová a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do Senhor, e foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra.


2.     Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és mui desprezado. 


3.      A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?


4. Se te elevares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derribarei, diz o Senhor.


5. Se viessem a ti ladrões ou roubadores de noite (como estás destruído!), não furtariam o que lhes bastasse? Se a ti viessem os vindimadores, não deixariam alguns cachos?


6. Como foram buscados os bens de Esaú! Como foram esquadrinhados os seus esconderijos! 


7. Todos os teus confederados te levaram para fora dos teus limites; os que gozam da tua paz te enganaram, prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão puseram debaixo de ti uma armadilha; não há em Edom entendimento.


8. E não acontecerá, naquele dia, diz o Senhor, que farei perecer os sábios de Edom e o entendimento na montanha de Esaú? 


9. E os teus valentes, ó Temã, estarão atemorizados, para que da montanha de Esaú seja cada um exterminado pela matança. 


10. Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre.


11. No dia em que estiveste em frente dele, no dia em que os forasteiros levavam cativo o seu exército, e os estranhos entravam pelas suas portas, e lançavam sortes sobre Jerusalém, tu mesmo eras um deles. 


12. Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia;


13. nem entrar pela porta do meu povo, no dia da sua calamidade; sim, tu não devias olhar, satisfeito, para o seu mal, no dia da sua calamidade; nem estender as tuas mãos contra o seu exército, no dia da sua calamidade; 


14. nem parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem, nem entregar os que lhe restassem, no dia da angústia.


15. Porque o dia do Senhor está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça. 


16. Porque, como vós bebestes no monte da minha santidade, assim beberão de contínuo todas as nações; beberão, e engolirão, e serão como se nunca tivessem sido. 


17. Mas, no monte Sião, haverá livramento; e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.


18. E a casa de Jacó será fogo; e a casa de José, chama; e a casa de Esaú, palha; e se acenderão contra eles e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o Senhor o disse. 


19. E os do Sul possuirão a montanha de Esaú; e os das planícies, os filisteus; possuirão também os campos de Efraim e os campos de Samaria; e Benjamim, Gileade. 



20. E os cativos desse exército dos filhos de Israel, que estão entre os cananeus, possuirão até Zarefate; e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade, possuirão as cidades do Sul.


21. E levantar-se-ão salvadores no monte Sião, para julgarem a montanha de Esaú; e o reino será do Senhor.



Ainda sobre O profeta Obadias e seu livro na Bíblia Sagrada temos os seguintes registros. 


A data da profecia do livro deve estar em relação com a época da tomada de Jerusalém, a que se faz referência no vs. 11. E, pelas circunstâncias indicadas, deve tratar-se da conquista da Cidade Santa pelos babilônios, no tempo de Nabucodonosor. os Idumeus, contra quem é dirigida a profecia, eram antigos inimigos de Israel (Nm 20.14 a 21) e, embora subjugados, tinham adquirido alguma coisa do seu antigo poder. (2 Rs 16.6). 


Evidentemente se juntaram a Nabucodonosor para humilhar os seus antigos adversários. Obadias acusa os Idumeus desta ofensa, que provavelmente teve a sua efetuação nos anos 588 a 586 a.C. 


As predições com respeito a Edom foram completamente cumpridas. O que o livro contém pode resumir-se no seguinte: o maior inimigo dos israelitas eram então os Idumeus, que se achavam orgulhosos do seu saber (vers. 8), e da sua inexpugnável posição (vers. 3). O profeta anuncia que os tesouros deste povo hão de ser postos a descoberto, e ao mesmo tempo censura-os pelo seu ódio aos judeus, seus irmãos pelo sangue, pois se regozijavam com as suas calamidades, e incitavam Nabucodonosor a exterminá-los completamente. (Sl 137.7).


Por tudo isto estava próximo o dia da retribuição, ...como tu fizeste, assim se fará contigo... (vers. 15). Mas o próprio povo escolhido já tinha sido transportado para o cativeiro, a terra santa estava abandonada e o castigo anunciado contra os Idumeus podia parecer não ter diferença do que já tinha sido infligido à descendência de Jacó. O profeta então declara que Edom ainda seria como se nunca tivesse existido, desaparecendo completamente e para sempre (profecia que teve o seu cumprimento de um modo notável), mas Israel ainda haveria de levantar-se novamente daquela queda, reconquistando, não somente a sua própria terra, mas também a Filístia e Edom, e regozijando-se finalmente com o reinado santo do prometido Messias. Compare com a profecia de Obadias as palavras de Ez 35; Jl 3.19,20; Am 1.11,12 - 9. 11 a 15 e mais especialmente Jeremias 49.7-22. Não se encontram no Novo Testamento quaisquer referências a esta pequena profecia, porém tudo o que nela contém, se cumpriu ou se cumprirá, porque Deus zela por Sua palavra. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 







segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

A OMISSÃO DO SACERDOTE ELI FOI A CAUSA DA SUA DERROTA

A OMISSÃO DO SACERDOTE ELI FOI A CAUSA DA SUA DERROTA 

Eli foi sacerdote e juiz em Israel depois da morte de Sansão. Eli substituiu a Sansão. A omissão e a permissividade do sacerdote Eli foram as causas de sua derrota e de sua trágica morte logo depois da morte de seus filhos, cumprindo o que Deus mandou um profeta desconhecido lhe profetizar.

Eli também foi o sumo sacerdote no tempo da infância e juventude do profeta Samuel que cresceu no temor do Senhor assim como tinha aprendido com seus familiares, especialmente sua mãe que teve o carinho e o amor necessário para que seu filho não se contaminasse com os erros, imoralidades, desrespeito e idolatria dos filhos do sacerdote Eli. Além do sacerdócio, Eli também serviu como um juiz de Israel por quarenta anos. (1 Samuel 4:18).

A história de Eli na Bíblia ficou marcada não apenas pelo seu contato com o jovem Samuel, mas principalmente pela rebeldia de seus filhos e a sua aquiescência e acobertamento quanto aos terríveis atos que seus filhos praticavam. Seu pai, o sacerdote, fazia vistas grossas sobre o assunto deixando acontecer bem na sua frente, na sua casa e no seu sacerdócio, tudo aquilo que não agradava a Deus   

Eli era descendente de Arão através de Itamar (1 Samuel 22:20; 1 Reis 2:27; 1 Crônicas 24:3). Mas sua descendência não é citada na lista de 1 Crônicas 6 por causa do julgamento de Deus sobre sua família.

O sacerdote Eli e o futuro profeta Samuel. Deus já estava preparando o sucessor de Eli. 

Eli ministrava no Tabernáculo que havia sido levantado em Siló ( Siló Cidade de Efraim. Ficava 16 km a nordeste de Betel. Em Siló, Canaã foi dividida (Js 18.1-10), e ali o Tabernáculo e a Arca da aliança permaneceram durante 300 anos, até o tempo de Samuel (1Sm 1-4; ver também Js 21.2; 22.9; Jz 21; 1Rs 14.2) após o tempo de peregrinação no deserto. (Josué 18:1; Juízes 18:31). Ele aparece na narrativa bíblica no episódio em que Ana, esposa de Elcana, orou a Deus pedindo por um filho.

Inicialmente o sumo sacerdote Eli mostrou certa falta de sensibilidade espiritual ao interpretar de forma equivocada a atitude de Ana. Ele pensou que aquela mulher devotada estava embriagada (1 Samuel 1:14), mas depois que ela lhe explicou suas razões, Eli a despediu com uma bênção. (1 Samuel 1:17).

Deus atendeu ao pedido de Ana e abriu sua madre. Ana deu à luz a Samuel e tão logo cumpriu o voto que havia feito ao Senhor. Ela levou o menino a Siló para ter uma vida dedicada ao serviço da casa de Deus. Isso significa que o pequeno Samuel ficou aos cuidados do sumo sacerdote Eli (1 Samuel 3:1). Mais tarde, foi o próprio Eli quem instruiu Samuel quanto à percepção da voz do Senhor que lhe chamava (1 Samuel 3:9). Naquele tempo Eli já era um homem idoso. (1 Samuel 2:22).

Os pecados de Eli e de seus filhos. 

O grande problema de Eli foi seus filhos. Ele era pai de dois homens incrédulos, Hofni e Finéias. Como Eli já tinha a idade muito avançada, seus filhos passaram a ter cada vez mais responsabilidades no serviço do Tabernáculo.

Mas os dois filhos de Eli não tinham qualquer temor a Deus e nem respeito pelo próprio pai. Eles transgrediam a Lei de Deus de muitas maneiras. Eles violavam a regulamentação acerca das ofertas e sacrifícios ao Senhor, e se apropriavam daquilo que era consagrado a Deus (1 Samuel 2:12). Além disso, eles seduziam as mulheres que se ocupavam de forma voluntária de algum serviço relacionado ao funcionamento do Tabernáculo e cometiam atos abomináveis e libidinosos dentro do templo. 

A prática pecaminosa e imoral dos filhos de Eli era conhecida por todo o Israel e influenciava negativamente o povo (1 Samuel 2:22-24). A Bíblia mostra a tentativa patética de Eli de repreender seus filhos. Mas eles já estavam com suas mentes cauterizadas pelo pecado e tinham atingido um nível tão profundo que o juízo de Deus sobre eles era inevitável. (1 Samuel 2:25).

O juízo de Deus sobre casa de Eli.

Eli é sempre lembrado como uma figura trágica que não tinha controle sobre sua própria casa. Embora ele não apareça na Bíblia participando diretamente dos pecados de seus filhos, ele acabou participando deles por omissão. O erro fatal que Eli cometeu foi o de honrar mais os seus filhos do que ao Senhor. Além disso, ficou demonstrado  que ele acabava se beneficiando indiretamente do comportamento ganancioso e pecaminoso de seus filhos. (1 Samuel 2:29).

Por tudo isso Deus derramou seu juízo sobre à casa de Eli. Antes, Ele enviou um profeta, sobre quem nada sabemos, mas que anunciou o julgamento do Senhor à casa de Eli. O homem de Deus denunciou a forma com que Eli e seus filhos negligenciaram o serviço a Deus e desprezaram a grande dádiva do ofício sacerdotal que lhes fora confiado.

Em seguida, o profeta avisou que a linhagem sacerdotal em Israel não seria mais contada através de sua casa. Na prática, isso significou que a linhagem sacerdotal passou a ser considerada através da descendência de Eleazar, o outro filho de Arão. Essa mesma mensagem foi novamente confirmada através do jovem profeta Samuel (1 Samuel 3:1-21).

Deus também avisou a Eli que seus filhos morreriam no mesmo dia, e que ele seria o último homem idoso de sua casa. Todos os outros haveriam de morrer no auge da idade (1 Samuel 2:32,33).

Mais tarde, muitos descendentes de Eli foram dizimados durante o massacre promovido por Saul em Nobe. (1 Samuel 22:17-19). Nos dias de Davi, os descendentes dos sacerdotes através de Eleazar eram duas vezes mais numerosos do que aqueles que descendiam de Itamar, isto é, da casa de Eli (1 Crônicas 24:4). Por fim, durante o governo do rei Salomão, Abiatar, que descendia de Eli, foi retirado do sacerdócio e a casa de Eleazar prevaleceu definitivamente (1 Reis 2:26-27).

A trágica morte do sacerdote Eli.

A morte de Eli se deu num contexto de verdadeira tragédia. Os israelitas estavam em guerra contra os filisteus e os filhos de Eli levaram a Arca do Senhor à batalha como um tipo de talismã. Mas o exército israelita foi duramente derrotado. Os dois filhos de Eli que seguravam a Arca da Aliança foram mortos e a Arca foi capturada pelo exército inimigo.

Eli estava assentado numa cadeira ao pé do caminho com o coração apertado, especialmente por conta da Arca do Senhor que estava na batalha. Provavelmente ele sabia que o fato de seus filhos perversos estarem responsáveis pela Arca, não poderia resultar em boa coisa.

Naquela ocasião ele já tinha perdido a visão. Então um mensageiro da tribo de Benjamim foi até ele e lhe deu as más notícias. O mensageiro avisou que seus filhos estavam mortos e que a Arca tinha sido tomada.

Curiosamente o que realmente provocou a reação que matou Eli foi a informação da perda da Arca, e não a morte de seus filhos e a derrota do exército israelita. O homem que tinha vivido parte de sua vida dando mais importância aos filhos do que tendo zelo pelas coisas do Senhor, ironicamente acabou morrendo ao demonstrar maior preocupação pela Arca de Deus.

A Bíblia diz que quando Eli recebeu a notícia sobre a perda da Arca, ele caiu da cadeira para trás e quebrou o pescoço. Quando sua nora grávida, a esposa de Finéias, ouviu as más notícias, entrou em trabalho de parto. 

Ela deu à luz a um menino, e antes de morrer lhe chamou de Icabô, dizendo: “Foi-se a glória de Israel”. (1 Samuel 4:21). Ela disso isso porque sabia que seu marido e seu sogro foram responsáveis pela calamidade em Israel com a perda da Arca do Senhor. O sumo sacerdote Eli morreu aos noventa e oito anos.

Qual o legado que o sacerdote Eli deixou para a sua posteridade. 

A Bíblia diz que Eli julgou Israel durante quarenta anos. É possível que esse período de liderança de Eli não tenha coincidido, pelo menos em parte, com as ações de Sansão e com as atividades de outros juízes daquele mesmo período. (Vejam Juízes capítulos 12-16). Durante todo esse tempo de quarenta anos ele esteve em Siló.

Certamente Eli ficou marcado na Bíblia de forma negativa. Sua conduta nos ensina, principalmente, acerca do perigo de não zelar pela obra do Senhor. Em outras palavras, sua vida é um testemunho de que devemos sempre priorizar tudo aquilo que honra a Deus e não aquilo que trás glória para a satisfação pessoal, isso é ser omisso.  

Eli corretamente exortou Ana à santidade e a abençoou por sua fé. Além disso, certamente ele teve grande participação no crescimento de Samuel. Na verdade, obviamente ele fez melhor com Samuel do que com seus próprios filhos.

Eli, o sacerdote que fracassou como pai.

Nenhum ser humano chega ao ponto de não mais necessitar de disciplina. A disciplina treina-nos a agir de acordo com o que é correto, do modo mais benéfico. Ao encararmos a vida, defrontamo-nos com situações variadas, algumas delas novas para nós, e não poucas delas o são para nos provar quanto à nossa sinceridade, nossa honra e nossa honestidade para com Deus o nosso Pai Eterno. Somos desafiados constantemente para provarmos nossa fidelidade a Deus.


Uma vez que isso se dá mesmo quando já somos adultos, uma criança necessita muito mais de disciplina. Toda experiência é nova para ela. Além disso, devido à herança proveniente de pais imperfeitos, a recomendação sábia de Salomão é que  “a tolice está ligada ao coração do rapaz (homem); a vara da disciplina é a que a removerá para longe dele”. Prov. 22:15.

Por esta razão, Deus declara aos pais a grande importância de se ensinar os filhos a serem cumpridores da lei, cumpridores dos seus deveres e a se manterem moralmente limpos e a terem amor a Deus mais do que todas as coisas ou bens no decorrer da vida. Se não aprenderem estes princípios pelo ensino verbal dos pais, mas forem desobedientes e indisciplinados, terá de se aplicar alguma forma de disciplina. Falta de firmeza, ou falhar em fazer isso, resultará em crianças que, mais tarde, não darão nenhuma atenção aos pais, e isto pode resultar em grande calamidade tanto para as crianças como para os pais.

Criar os filhos sem a devida correção e disciplina acarretará no futuro em pessoas desordenadas e desobedientes aos pais. Esse tipo de pessoas sempre trarão muito desgosto aos seus pais. Vivemos hoje numa época em que é grande o número de pais abandonados pelos filhos. O afrouxamento e ou a falta da aplicação da disciplina, trará com certeza muito desgosto aos pais no futuro. 


Eli era pai no antigo Israel e isso implicava em aplicar uma educação mais severa para seus filhos segundo as leis de Deus no Pentateuco. Era também sacerdote, Eli era o sumo sacerdote da nação. Como tal, era bem versado na lei de Deus. Pessoalmente, deveria ter cumprido fielmente suas obrigações sacerdotais. Deveria ter até mesmo instruído cabalmente seus filhos na lei de Deus. Mas, evidentemente, ele foi fraco, negligente, tolerante demais com seus filhos, e não prosseguiu em administrar a necessária disciplina, resultando em incorrer no desagrado de Deus, e trazer desgosto a si mesmo. Mas, Eli fracassou completamente também num aspecto ainda maior, ele não se demonstrou zeloso pela verdade, pela adoração pura à Deus, quando seus dois filhos se envolveram em violar as leis de Deus. Eli deixou que seus filhos fizessem aquilo que era abominável a Deus, que era rejeitado por Deus, tudo o que desagradava a Deus eles faziam questão de praticar, numa afronta a Deus jamais vista em Israel. 

Os pecados dos filhos de Eli não eram observados pelo pai, não eram vistos por Eli o sacerdote e nem por Eli como pai. Eli fazia vistas grossas para com os pecados de seus filhos. 

Quando os filhos de Eli se tornaram adultos e se casaram, e Eli já era bem idoso, o relato da conduta chocante de seus filhos continuava chegando a ele. O registro declara: “Ora, os filhos de Eli eram homens imprestáveis; não reconheciam a Deus como o Deus único e verdadeiro, como o Deus de Israel, como o Deus dos seus antepassados, como o Deus de Abraão, de Isaque, de Jacó, enfim eles não queriam nem saber da existência de Deus. 

Quanto à prerrogativa legítima dos sacerdotes da parte do povo, sempre que um homem oferecia um sacrifício, vinha um ajudante do sacerdote com o garfo de três pontas na sua mão, justamente quando se cozinhava a carne, e metia-o na bacia, ou na caldeira de duas asas, ou no caldeirão, ou na caçarola. Tudo o que o garfo tirava, o sacerdote tomava para si. Era assim que faziam em Siló a todos os israelitas que vinham para lá”. 1 Sam. 2:12-14.


A lei provia o sustento para o sacerdócio da seguinte maneira: 

No sacrifício de participação em comum, quando o adorador apresentava seu sacrifício da manada ou do rebanho, os sacerdotes estavam autorizados a tirar o peito do animal como sua porção. O sacerdote que oficiava recebia como sua porção a perna direita. Mas Hofni e Finéias, filhos de Eli, faziam que seus ajudantes tirassem do caldeirão o que quer que seus garfos grandes apanhassem, desrespeitando assim a Deus por violar seus arranjos, e maltratando o israelita que trazia o sacrifício. 

Pior do que isso, eles roubavam a Deus por retirar sua porção do sacrifício antes de as partes gordas serem oferecidas no altar, uma violação da lei. 1 Sam. 2:15-17; Lev. 7:32-34; 3:3-5.

Em adição aos seus pecados, estes homens iníquos cometiam atos imorais com as mulheres que serviam no tabernáculo, de modo que todo o Israel veio a saber disso. E o relato da terrível profanação do santuário de Deus chegou aos ouvidos de Eli. 1 Sam. 2:22.

Nisto residia a maior falha de Eli. Como pai de Hofni e Finéias, e, mais seriamente, como sumo sacerdote de Israel ungido por Deus, Eli deveria ter tomado imediatamente medidas disciplinares para remover aqueles dois homens (seus filhos) de seus cargos sacerdotais, demitindo-os do serviço no santuário. Além disso, eles deviam ser punidos pelos seus crimes de acordo com a lei. Em vez disso, Eli simplesmente lhes disse:
“Por que continuais a fazer tais coisas? Pois são más as coisas que ouço acerca de vós de todo o povo. Não, meus filhos, porque não é boa a notícia que ouço, que o povo de Deus está fazendo circular sobre vós em Israel. Se um homem pecar contra um homem, Deus arbitrará por ele; mas se o homem pecar contra Deus, quem é que vai orar por ele”?1 Sam. 2:23-25.


Eli, o sacerdote que fracassou como líder religioso e juiz de Israel. 

O julgamento de Deus contra a casa do sacerdote Eli era necessário que acontecesse para servir de lição para a posteridade da linhagem sacerdotal em Israel. A cobrança de Deus foi para fazer justiça e não por maldade. Deus é bom em todo tempo e em todas as suas ações.

Contudo, Deus não estava desatento ou desinteressado pelo assunto, mas já havia julgado aqueles homens corrutos. “Deus se agradava agora de entregá-los à morte”, diz a Bíblia, e em harmonia com o seu julgamento, enviou “um homem de Deus” a Eli, com uma mensagem profética fulminante. (1 Sam. 2:25) O profeta lhe disse: (Vejam que o nome do profeta aqui não é mencionado, Deus usa os desconhecidos para realizar a Sua obra quando é necessário).

“Assim disse o Senhor: ‘Não me revelei deveras à casa de teu antepassado (Arão), enquanto vieram a estar no Egito como escravos da casa de Faraó? E fez-se escolha dele para mim dentre todas as tribos de Israel, a fim de que atuasse como sacerdote e subisse ao meu altar para fazer subir a fumaça sacrificial, para usar um éfode diante de mim, a fim de que Eu cesse à casa de teus antepassados todas as ofertas feitas por fogo dos filhos de Israel. Por que dais pontapés no meu sacrifício e na minha oferta que ordenei na minha habitação, e tu persistes em honrar mais a teus filhos do que a mim, cevando a vós mesmos com o melhor de toda oferta de Israel, meu povo?

“Por isso é assim a pronunciação de Deus, o Senhor, o Deus de Israel: “De fato, eu disse: Quanto à tua casa e à casa de teu antepassado (Arão e seus filhos), andarão diante do mim por tempo indefinido.” Mas agora a pronunciação do Senhor contra vós é: “É inconcebível, da minha parte, porque honrarei os que me honrarem, e os que me desprezarem serão tidos por desprezíveis“. 

A cobrança de Deus sobre a casa de Eli e sobre sua posteridade. 

Eis que vêm dias em que hei de cortar teu braço e o braço da casa de teu antepassado, de modo que não chegará a haver homem idoso na tua casa. E estarás realmente olhando para um adversário na minha habitação, no meio de todo o bem que se faz a Israel e nunca chegará a haver um homem idoso na tua casa. Contudo, há um homem teu que o separei de estar junto ao meu altar para fazer os teus olhos falhar e para fazer a tua alma consumir-se; mas o maior número da tua casa morrerão todos pela espada dos homens. E este é para ti o sinal que sobrevirá aos teus dois filhos, Hofni e Finéias: Ambos morrerão num só dia. E certamente suscitarei para mim um sacerdote fiel. Ele procederá em harmonia com o que está no meu coração e na minha alma; e hei de edificar-lhe uma casa duradoura, e ele há de andar perante o meu ungido para sempre. E tem de suceder que aquele que sobrar na teu casa virá e se curvará diante dele para obter pagamento de dinheiro e um pão redondo, e há de dizer: “Por favor, agrega-me a um dos cargos sacerdotais, para comer um pedaço de pão.”1 Sam. 2:27-36.
Esta profecia teve seu cumprimento parcial, pouco tempo depois, quando os dois filhos de Eli foram mortos em batalha contra os filisteus, e a arca, que haviam levado para a batalha, foi capturada. Eli ao ouvir o relato, caiu de costas de sua cadeira, ao lado do portão, e fraturou pescoço. 1 Sam. 4:10, 11, 18.


A posteridade de Eli foi amaldiçoada por Deus e não foi bem sucedida por várias gerações. 

A posteridade de Eli ocupou o cargo de sumo sacerdócio por anos depois disso, mas seus olhos viram muitas calamidades, tais como a matança dos sacerdotes por ordem de Saul. (1 Sam. 22:11, 16-18) Uma parte adicional do julgamento ocorreu anos depois, quando o Rei Salomão “expulsou a Abiatar, o sumo sacerdote, descendente de Eli, do serviço de sacerdote de Jeová, para cumprir a palavra de Jeová, que ele havia falado contra a casa de Eli, em Silo”. Salomão substituiu Abiatar, no cargo, por Zadoque. 1 Reis 2:27,35, Zadoque era descendente da linhagem de Eleazar, filho de Arão, ao passo que Eli era da linhagem de Itamar, outro filho de Arão. 1 Crônicas.6:50-53; 24.1; 1 Samuel. 14:3; 22.9.

Mesmo assim, Deus permitiu que alguns dos descendentes de Eli servissem como subsacerdotes. Mas eles sentiram o declínio da adoração no templo durante o reinado dos reis, quando o sacerdócio não recebia apoio adequado da parte do povo. 2 Crônicas. 29:3, 6.33:7. 

A narrativa sobre Eli enfatiza fortemente estes fatos, que não podemos desconsiderar: Nós, como servos de Deus, devemos seguir o conselho bíblico de ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos cada dia e, ao passo que lhes demonstramos amor e consideração, devemos “criá-los na disciplina e no amor de Deus  o Senhor”. Ef. 6:4; Deuteronômio 6:4-9) Se os pais tolerarem a má conduta de seus filhos, hão de perder o respeito deles. Tais pais, notarão mais tarde, que destruíram a linha de comunicação, e verão, para sua tristeza, seus filhos afastarem-se deles para os caminhos do mundo. Por isso temos hoje tantos idosos órfãos de filhos vivos.

Ainda mais importante, o exemplo dos filhos de Eli incute em nós o fato de que qualquer uso de nossa posição, como servos de Deus, para proveito egoísta, trará sobre nós julgamento adverso da parte de Deus. “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá”. 1 Cor. 3:17.

A profecia, que vamos relembrar aqui  foi feita ao sacerdote Eli.  “Veio um homem de Deus a Eli, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Não me manifestei, na verdade, à casa de teu pai, estando eles ainda no Egito, na casa da servidão? O que sobrevirá a teus dois filhos, a Hofni e a Finéias te será por sinal: ambos morrerão no mesmo dia”. (I Samuel 2:27,34).

O relato completo dessa profecia está em 1 Samuel 2:27-36. O profeta, enviado por Deus, faz duras criticas a forma como Eli dirigia a família dele, permitindo a imoralidade, a zombaria e a idolatria dos seus filhos abertamente, sem corrigi-los. As consequências foram trágicas ao atingir diretamente aqueles seus filhos que viviam de forma desordenada, desrespeitando o local sagrado de adoração a Deus. 

Vamos conhecer mais um pouco sobre Eli, a família dele e o trabalho que exercia. Eli era sumo sacerdote em Siló, Jerusalém) como já vimos, enquanto isso o jovem profeta Samuel crescia no temor do Senhor. Samuel era separado para servir a Deus desde seu nascimento e nos dias da sua juventude, Deus chama Samuel para o serviço profético. (I Samuel 4:18). Outro ponto sobre a vida desse homem, que podemos deduzir, segundo 1 Crônicas 24:3,6, é que Eli, foi o primeiro sumo sacerdote da linhagem de Itamar, o filho mais novo de Arão. Após a morte de Sansão, Eli atuou como juiz civil e religioso em Israel, por 40 anos.

Eli tinha 58 anos quando começou a exercer o ministério de sumo sacerdote e juiz. Como chegamos a esta conclusão? 1 Samuel 4:15 diz que “era da idade de noventa e oito anos e cujos olhos estavam tão escurecidos que não podia ver”. Se ele morreu com 98 anos e reinou 40, então começou o trabalho com 58 anos. Era pai de dois filhos, Hofni e Finéias, e sobre estes dois filhos Eli perdeu completamente a autoridade.

Eli foi colocado por Deus na função mais importante sobre o povo de Israel mas não deu o devido valor descuidando da sua casa e de sua família. Ele era tido como exemplo, como um referencial e a família dele também, porém exemplo nenhum procedia deles. Só que ao governar Israel, esqueceu de governar a própria casa. Foi um pai transigente, amava a paz e a comodidade e não exercia a autoridade para educar e corrigir os filhos. Não tratou da educação dos filhos como coisa importante.

Imaginamos que Eli recusou esse dever porque implicava em contrariar a vontade dos filhos. Eli não pensou nas consequências dessa conduta displicente. Esqueceu de educar os seus filhos no temor do Senhor, para Deus e para os deveres da vida.

Nós não podemos repetir o erro de Eli. A educação dos filhos foi confiada aos pais e não à igreja ou à escola. Muitos pais não têm coragem de dizer não aos filhos e esses crescem entendendo que tudo e todos devem estar à sua disposição. São discípulos de educadores, ditos modernos, que insistem com a idéia de que contrariar os filhos causa traumas e prejuízos e por isso não impõem limites na educação dos filhos. Os pais modernos não teem mais tempo para os filhos nessa sociedade moderna deixando essa idéia de educação de seus filhos o mundo. Isso contraria o que Deus diz sobre o assunto. Os pais devem criar seus filhos com amor, educa-los no temor do Senhor que é o princípio da sabedoria. 


Pais, os filhos precisam conhecer de forma bem clara quais são seus os limites. Quando acordar, quando comer, quando brincar, quando estudar, quando trabalhar, quando ficar em silêncio e quando falar. O pai que não estabelece limite para o filho não esta cumprindo a sua missão de educador. A tarefa de educar é da família; a igreja e a escola são apenas entidades que complementam essa educação trazendo o ensino secular profissionalizante e religioso da Igreja segundo a fé que professarem.  

Mas, vamos voltar a história de Eli e os filhos dele. Um profeta foi até Eli, lá pelo ano de 1.165 AC, e disse que Deus iria intervir na sua casa, pois ele não atuava como um pai responsável e muito menos como líder religioso e juiz para os israelitas.

Os filhos de Eli tratavam as ofertas no santuário de forma leviana e banal, não tinham nenhuma reverência e nem respeito para com os atos e sacrifícios determinados pela lei de Deus através de Moisés l. Aquilo que Deus havia orientado para ser solene e inspirador, estava sendo tratado como coisa comum, banal e sem valor. Agiam de forma vulgar e até com violência, quando alguém oferecia sacrifícios. Não respeitavam os símbolos que ali estavam. Além disso, cometiam adultério com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação. Às vezes com violência forcavam as mulheres a praticarem tais atos. O povo de Israel estava escandalizado com o comportamento profano e rebelde dos filhos do sumo sacerdote para com as coisas santas de Deus.

O sacerdote Eli sabia de tudo e como sumo sacerdote e juiz tinha o dever de impedir que seus filhos agissem desse jeito,  dessa maneira, sem o devido respeito para com as coisas de Deus. O Senhor, porém,  não pode tolerar por muito tempo a vulgaridade e o tratamento leviano para com as coisas sagradas. Se Eli se omitiu, Deus agiu. Deus é santo e todos os que cometeram e cometem até hoje tais atos de desrespeito para com o altar, para com o púlpito que representa o altar do sacrifício, certamente terão a cobrança de Deus sobre si conforme está em Galatas 6.7. “De Deus não se zomba. Tudo o que o homem semear isso também ceifará”. 

E a profecia se cumpriu. No ano de 1.141 AC houve guerra entre os filisteus e Israel, e nessa batalha foram mortos quatro mil soldados israelitas. A arca, símbolo da presença de Deus, foi tomada pelos filisteus como troféu de guerra. Nesta batalha, os filhos de Eli foram mortos. (1 Samuel 4:13).

Deus nunca teve ou tem pressa para agir. Deus é longânimo; Deus, as vezes,  retarda a sua ira; Deus sempre dá mais um tempo nesse tempo da graça para que haja arrependimento. Porém chegou o tempo da cobrança de Deus sobre a casa de Eli;  demorou de 23 a 24 anos para se cumprir a palavra profética e assim como foi dito pelo homem de Deus a Eli, tudo aconteceu como Deus havia lhe dito que aconteceria.

Hoje é tempo de arrependimento e concerto diante de Deus. 


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.