segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

ADORAR A DEUS EM ESPÍRITO E EM VERDADE

ADORAR A DEUS EM ESPÍRITO E EM VERDADE

 

O Que é Adorar a Deus em Espírito e em Verdade? 

Quem São os Verdadeiros Adoradores?

 

O que a Bíblia nos ensina sobre adoração?

A Bíblia ensina que só devemos adorar a Deus. A verdadeira adoração vem do coração, não é só um ato exterior. Quem adora outro que não seja Deus, rejeita a Deus.

O que é adoração?

Adoração é mostrar amor e respeito, se dedicando totalmente a Deus. Só Deus merece tanta dedicação e reverência, porque Ele nos criou e é soberano sobre tudo. Mais ninguém merece adoração (Lucas 4:8).

A adoração vem de dentro e é mostrado em atos que fazemos. Podemos adorar individualmente ou em grupo, com outras pessoas que amam a Deus. Mas atos de adoração que não são sinceros não são adoração, só ritual sem valor (João 4:23).

 

Algumas formas de adoração são:

Louvar. Louvar é agradecer a Deus, lembrando como Ele é bom e por tudo que Ele fez e faz por nós. Podemos louvar cantando, orando, escrevendo, até dançando como fez Davi. Davi dançou individualmente e cheio de gratidão a Deus por resgatar a arca do Senhor.

Estudar a Bíblia. Estudar a Bíblia é essencial na vida do cristão. Quem adora a Deus quer conhecer mais sobre Ele e o que O agrada, por isso lê a Sua Palavra.

Obedecer a Deus. Obedecendo a Deus e aprendendo a guardar seus mandamentos e aplicá-los à vida diária. Isso significa submeter-se à vontade de Deus (Romanos 12:1-2).

Rejeitar o pecado. Rejeitar o pecado e uma forma de agradar a Deus. Deus odeia o pecado porém ama o pecador. Quem O adora não O quer entristecer, por isso lutará contra o pecado, com a ajuda de Jesus.

Amar os outros como a si mesmo. Quando ajudamos uns aos outros em amor, adoramos a Deus, que ama a todos indistintamente. (1 João 4:11-12).

Ir à igreja que é a casa do Senhor. Ir à igreja requer um esforço de cada um para individualmente agradar a Deus. Na igreja adoramos a Deus todos juntos coletivamente e de várias maneiras. Mostramos nossa atitude de adoração tirando tempo só para o Senhor Jesus, demonstrando nossa vontade de honrar e servir ao Senhor.

 

Adorar a Deus em espírito e em verdade significa honrar a Deus sobre todas as coisas e render-lhe graças de uma maneira tão profunda que envolve todo nosso ser. Essa adoração genuína sempre estará fundamentada na verdade de Deus conforme Sua determinação revelada nas Escrituras e alcançada somente pelos verdadeiros adoradores.

 

Os verdadeiros adoradores são conhecidos de Deus.

Jesus falou sobre a importância de adorar a Deus em espírito e em verdade durante a conversa que teve com uma mulher samaritana quando parou em um poço na região de Samaria. Essa mulher lhe interrogou sobre qual a maneira correta de adorar a Deus, ou seja, basicamente ela queria saber quem eram os verdadeiros adoradores.

 

Esta pergunta  do diálogo da mulher Samaritana de João 4.1-29, tinha como base a comparação entre a adoração dos judeus e a adoração dos samaritanos. Depois da morte de Salomão, quando o reino de Israel se dividiu em dois, as tribos do norte e as tribos do sul, a capital do reino do norte ficou sendo Samaria, enquanto que a capital do reino do sul permaneceu em Jerusalém.

 

A adoração no reino do sul era concentrada no Templo de Jerusalém, construído segundo a ordem do próprio Deus. Já adoração no reino do norte era concentrada na própria região de Samaria, especialmente na cidade de Betel. Inclusive, foi nessa cidade que o rei Jeroboão I mandou erguer um dos dois bezerros de ouro que mandou construir em seu território para servir de objeto de adoração.


A história de Jeroboão 1° e o culto idólatra em Samaria. Os dois bezerros de ouro.

Jeroboão foi um dos reis de Israel, o primeiro deles. Ele era filho de Zeruá e Nebate, e havia nascido na tribo de Efraim e durante a juventude conviveu e se revoltou contra Salomão (filho e sucessor de Davi, rei de grande sabedoria que escreveu provérbios). Ele agiu a favor da idolatria, o que desagradou a Deus, e seu reinado havia começado pouco depois da divisão em novos dois reinos.

Jeroboão teve problemas na convivência com Salomão, inclusive provocou uma revolta contra o reinado dele, foi derrotado e por isso fugiu para o Egito. Uma década depois que Salomão morreu, ele retornou para sua terra. Foi quando as dez tribos de Israel chamaram Jeroboão, para sucedê-lo no trono.

Eles, as dez tribos, haviam recusado Roboão como novo rei. Dessa forma houve uma divisão: Roboão reinaria sobre duas tribos, a de Judá e a de Benjamim, que passou a chamar-se “Reino de Judá”. E Jeroboão assumiu as dez tribos que passou a ter mais de um nome “Tribo de Israel”, “Tribo de Efraim”, “Reino das dez tribos” e até mesmo “Reino de Samaria”. Além da mudança de nomes, foi escolhida uma capital Siquém, e depois mudou para Penuel.

Jeroboão teve oportunidade de fazer um reinado agradável a Deus. Quando o Senhor mandou o profeta Aías falar com ele sobre o plano divino de lhe entregar as dez tribos de Israel, ele prometeu a permanência da família de Jeroboão no trono desde que se mantivesse fiel: “Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel” (1 Reis 11:38)

Mesmo tendo recebido uma promessa de Deus, Jeroboão fraquejou, e se sentiu ameaçado com a influência dos irmãos da tribo de Judá, com medo de que se o povo voltasse a Jerusalém para celebrar as festas anuais (como Deus mandou na lei de Moisés) poderiam mudar de idéia e se revoltarem contra ele. Com isso, pecou. Impedia que os seus súbditos fossem até o Templo de Jerusalém, capital do Reino de Judá, para adoração ao Senhor. E ainda levantou dois santuários com bezerros de ouro no norte e no sul do país.


O Salmista denunciou severamente essa prática da idolatria, que é uma abominação ao Senhor.  (Salmo 115).

Apesar da marcante idolatria entre os samaritanos, eles, assim como os judeus, afirmavam adorar o Deus verdadeiro, o Criador de todas as coisas que tirou o povo de Israel do Egito, mas o culto dos judeus e dos samaritanos não se misturavam, e ambos os grupos condenavam um ao outro por praticarem falsa adoração.

 

A mulher samaritana fez a seguinte observação: “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar” (João 4:20). Com isso, ela estava fazendo a seguinte pergunta implícita: Quem são os verdadeiros adoradores?

 

Muito provavelmente ao dizer “nossos pais adoraram neste monte”, ela estava se referindo ao Monte Gerizim, e ao fato de que Abraão e Jacó tinham construído altares nas encostas desse monte em Siquém (Gênesis 12:7; 33:20). Apesar de ela ter ouvido durante toda a vida que Deus deveria ser adorado ali, os judeus afirmavam veementemente que Jerusalém era o único local legítimo para a adoração.

 

Então Jesus lhe respondeu: “Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai”. (João 4:21). Foi exatamente nesse ponto que Ele afirmou: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. (João 4:23).

 

Com isso, Jesus estava dizendo que o povo escolhido de Deus não estaria restrito a Samaria ou Jerusalém, mas seria proveniente de todas as tribos, línguas e nações, servindo-lhe com sinceridade, prestando-lhe o verdadeiro culto.

 

O que é adorar a Deus em espírito e em verdade?

É possível entender o que é adorar em espírito e em verdade nas próprias palavras de Jesus. Perceba que Ele removeu qualquer limitação física, ou seja, a adoração verdadeira não estaria ligada a este ou aquele local. (João 4:21).

 

Além disso, Jesus também sinaliza o erro dos samaritanos como gravíssimo ao dizer que eles adoravam “porém não sabiam o que adoravam”. (João 4:22). Aqui vale saber que os samaritanos tinham rejeitado os livros poéticos e proféticos do Antigo Testamento, ou seja, eles tinham ignorado a própria revelação especial de Deus nas Escrituras.

 

Isso significa que a verdadeira adoração, além de não estar restrita a um determinado lugar considerado sagrado, ela também está completamente fundamentada na verdade sobre Deus conforme revelada em sua Palavra.

 

Nesse ensino Jesus também já estava contrastando o verdadeiro culto com o culto segundo as disposições regulamentadoras da Lei, isto é, o caráter temporário do sistema cerimonial e sacrifical do Antigo Testamento daria lugar ao verdadeiro culto definitivo a Deus, por meio de Jesus Cristo, o qual a Igreja santa adora ao Pai verdadeiramente.

 

O Pai procura os verdadeiros adoradores.

Jesus claramente diz que Deus procura os verdadeiros adoradores, ou seja, aqueles que o adorem em espírito e em verdade (João 4:23). Aqui mais uma vez fica muito clara a lição de que não podemos adorar a Deus de qualquer maneira, ao contrário, os verdadeiros adoradores adoram a Deus de acordo com os padrões que Ele mesmo estabeleceu em sua Palavra.

 

Em outras palavras, jamais Deus aceitará algum tipo de adoração que não esteja em conformidade com a sua vontade. Não importa o quanto o homem tente inovar, imaginar ou criar supostas “adorações”, pois todas elas serão vistas por Deus como falsas e reprováveis. É por isso que Ele procura quem o adore em espírito e em verdade.

 

O fato de Deus “procurar” quem o adore em espírito e em verdade, não significa que Ele esteja procurando pessoas que cumpram certos requisitos e sejam adoradores aceitáveis, ao contrário, essa “procura” é uma busca salvadora, na qual Ele vivifica pecadores desprezíveis, justifica-os pelos méritos de Cristo, e recebe-os como verdadeiros adoradores pela ação do Espírito Santo.

 

A necessidade de adorar a Deus em espírito e em verdade.

Jesus ainda explicou a importância de adorar a Deus em espírito e em verdade. Ele disse: “Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade” (João 4:24). Ao dizer que “Deus é Espírito”, Jesus estava ensinando que Deus é infinitamente mais elevado do que qualquer tipo de divindade construída por mãos humanas (como fizeram os samaritanos com seus bezerros de ouro), e sua presença jamais estará restrita a um único território, seja uma montanha considerada sagrada como Gerizim, seja o próprio Templo em Jerusalém.

O Deus vivo é o Todo-Poderoso, Criador do Universo, o Deus de toda a terra, diferente dos deuses tribais dos pagãos. Portanto, adorar a Deus em espírito é adorá-lo sabendo que nenhuma imagem pode representá-lo, e que sua presença não está limitada a um suposto lugar sagrado. Deus é Espírito e revela-se a si mesmo em Jesus Cristo, a única imagem do Deus invisível. (Colossenses 1:15).

 

É por isso que os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito e em verdade, pois essa “verdade” refere-se à pessoa de Jesus Cristo da qual as Escrituras testificam, o mesmo que disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6); bem como: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8:32).

 

A genuína adoração só é possível através da pessoa de Jesus Cristo, de uma intimidade ímpar, de um relacionamento vital com Ele e de um compromisso com a verdade que Ele revela.

 

Adorar a Deus em espírito e em verdade é um dever de todo Cristão.

Ainda em João 4:24, Jesus afirma que aqueles que adoram a Deus “devem adorá-lo em espírito e em verdade”. Isso significa que não existe outra opção, ou seja, os verdadeiros adoradores não apenas adoram o Pai em espírito e em verdade, mas naturalmente eles têm o dever de fazer isso, pois essa realidade é parte fundamental de sua nova vida em Cristo.

 

Todos os que verdadeiramente nasceram de novo sendo regenerados pelo Espírito Santo, necessariamente adorarão a Deus em espírito e em verdade, e estes verdadeiros adoradores sempre almejaram e almejam por toda sua vida terrena, o grande dia vindouro da consumação de todas as coisas que é o dia do arrebatamento da igreja.

Todos os salvos o aguardam ansiosamente.   Quando todo povo que o próprio Deus separou para si redimindo-os de seus pecados forem arrebatados, eles estarão reunidos por toda a eternidade na mais perfeita e plena adoração ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo do Senhor. Sejamos adoradores em espírito e em verdade.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

AMULETOS, INOVAÇÕES E MODISMOS NAS IGREJAS EVANGÉLICAS

AMULETOS, INOVAÇÕES E MODISMOS NAS IGREJAS EVANGÉLICAS

 

 

Sobre o sal na Bíblia. É bíblico consagrar o sal para dar para o povo?

 

Você com certeza já comeu sal. Na verdade, o sal é uma destas coisas que está tão presente em nossas vidas que acabamos por não perceber. De tão comum, não nos damos conta de quantas vezes por dia o consumimos e, na verdade, só vamos percebê-lo quando falta ou quando vem em excesso. O sal faz parte da vida do homem desde tempos longínquos. Sua descoberta abriu um leque de novas possibilidades para os agrupamentos humanos primitivos. Bem, se você não sabe, eles não tinham geladeiras algumas centenas de anos atrás. No tempo de Jesus, o sal era a substância que conservava os alimentos. Por isso, quando Jesus busca algo para simbolizar seus discípulos, ele acha no sal o exemplo perfeito:

“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” (Mateus 5.13)

Ele coloca sobre os ombros do cristão a responsabilidade de salgar a terra. Falando a mesma coisa de uma forma diferente: Jesus diz que devemos fazer a diferença. O Mestre ainda pergunta o uso que faríamos de um sal que perdeu a sua força conservadora. A conclusão é simples: Lançar Fora! Quando Jesus nos chama de Sal da terra, ele quer deixar claro que devemos ser diferentes, conservantes de uma matéria sujeita a rápida decomposição e apodrecimento. Ele coloca sobre nós o chamado para sermos um povo que conserva os caminhos da verdade, justiça e compaixão.

Experimente ir à cozinha agora mesmo e colocar um pouco de sal na sua boca. Acabei de fazer isto, antes mesmo de sentar para escrever. Queria provar mais uma vez da força que o sal tem, mesmo quando em pequenas quantidades. E assim somos nós, cristãos, quando resolvemos ser sal. Não são muitos os que querem fazer a diferença e salgar um mundo perdido e em processo de destruição. É mais fácil adequar-se aos tempos. Mas, mesmo em pequenas quantidades, um povo que resolve ser Sal não tem outra opção senão marcar o mundo onde vive. Por isso, o principio do sal é tão forte. Assim como os profetas não eram muitos, mas deixaram seus nomes e influência marcada no coração de gerações, alguém que resolve ser sal, mesmo sozinho, deixará sua marca e conservará a verdade de uma vida com Deus, na alma de todos que cruzarem seu caminho. Não me diga que você tem sal e nada acontece.

“Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal. Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.” (Marcos 9.49-50)

 

O sal que precisamos ter em nós é o fogo. A única coisa que vai nos capacitar a fazer a diferença e impedir que, juntamente com o mundo, acabemos por apodrecer é o fogo de Deus em nós. Precisamos ter sal e ele é a presença do Espírito Santo queimando e purificando nossos estilos de vida. Se não for assim, não teremos energia, nem vontade efetiva, de fazer alguma coisa em nome de Jesus. O Espírito Santo, quando em sua plenitude, nos capacita com sal. As pessoas sabem quando você tem sal e quando não. A presença dele é demonstrada quando nos levantamos contra a mentira, quando amamos a justiça e odiamos o pecado. Alguém que tem uma vida de comunhão com Deus, mesmo calada, fará a diferença no lugar onde vive. Deus precisa urgentemente de vasos para encher de Sal.

No livro de 2 Reis, a Palavra de Deus nos conta uma historia bem ilustrativa sobre a importância do sal. Eu convido você a ler com o coração os versículos abaixo:

“E os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é boa a situação desta cidade, como o meu senhor vê; porém as águas são más, e a terra é estéril. E ele disse: Trazei-me um prato novo, e ponde nele sal. E lho trouxeram. Então saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Sararei a estas águas; e não haverá mais nelas morte nem esterilidade. Ficaram, pois, sãs aquelas águas, até ao dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha falado.” (2 Reis 2.19-22)

A Bíblia nos fala de homens que moravam em uma boa cidade. Eles só tinham um problema: as águas eram estéreis. Elas causavam infertilidade e frutos não nasciam ali. Talvez esta seja a sua situação. Seu ministério é bom, mas não frutífero. Sua cidade é boa, está colocada em um ótimo lugar mas, as estatísticas mostram que o pecado avança mais que o Reino de Deus. Talvez isto acontece na sua própria vida, que tem tudo para dar certo mais ainda não rompeu. Este era o drama daqueles homens quando foram buscar o profeta. A solução de Deus foi bem simples. Diferente de nós, o Senhor não recorre a grandes coisas complexas. Tudo o que os céus precisam para curar as águas de um lugar é: Um vaso e Sal.

O profeta pede um vaso novo. Um recipiente disponível para ser cheio. Por acaso você já foi chamado de “vaso” por alguém depois que se converteu? Eu já. Sabe por quê? A palavra de Deus ensina que: “temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. (2 Co 4.7). Ou seja, o profeta estava usando de símbolos. A mensagem de Deus para nós é a de que ele precisa de Homens. De uma forma ou de outra, a presença de Deus sempre vem sobre a vida de um homem. No entanto, não se engane, Deus não usará qualquer homem. Somente um vaso cheio de sal sarará as águas inférteis. Alguém precisa ter sua vida cheia de sal, cheia de fogo, para então curar as águas de um lugar.

Quando o profeta deita o sal sobre as águas, a bíblia diz que elas são curadas. Talvez tudo o que sua cidade, família, ministério, ou mesmo, nação precisem seja de um homem cheio de sal. Quando o fogo de Deus estiver sobre você, não perca tempo, corra até o manancial de águas, a sua comunidade, e seja sal. Não há duvida: As águas serão curadas, frutos virão abundantemente e o mundo verá que a verdade ainda se conserva viva e atuante, como nos dias de Jesus e dos profetas. Um homem cheio de sal nem o inferno todo poderá parar.

 

A fé naquilo que não vemos e a fé naquilo que é palpável ou que estamos vendo. Hebreus 11.1

 

Qual é a correta interpretação daquilo que é  a fé?

 

Acreditamos que a fé das pessoas deva e tem que ser estimulada, mas da maneira bíblica (Rm 10.17). Infelizmente, vemos que nessa tentativa muitos líderes religiosos estão usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Estão forçando a barra para dizer que as pessoas não alcançam seu objetivo porque lhes faltou a fé mesmo depois da oração deles e depois de haver atendido os apelos deles para contribuições de muitas ofertas, dízimos, trízimos, etc. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos cristãos, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável. (Jo 20.29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre, pedaços da cruz de Jesus, mini tijolos, réplicas em miniatura da arca da aliança, etc e tal   e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Cristo Jesus, invisível, mas real. (1 Tm 1.17).



“…fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé…”. (Hb 12.2).

Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas dessas igrejas precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione. Um Certo dia um pregador encontrou um irmão que congregava numa dessas igrejas. Nesse encontro ele mostrou para aquele pregador uma corneta e tocou bem forte. Após isso perguntou: “Você sentiu?” Respondeu o pregador: “Senti o quê?”. “O poder”  disse aquele irmão.

Então demonstrou com sua fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou da seguinte forma:

“É uma corneta ungida e o pastor que me deu nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios”.


Chocado, o pregador lhe explicou que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc.16:17) e que ele não sabia que a igreja daquele irmão estava dando aquilo para seus membros. O irmãozinho (coitado) sem saber que tinha sido enganado ficou um tanto chateado e disse:


“Dando não, eu paguei cem reais”.

Depois dessa conversa o pregador lhe explicou mais uma vez que só se expulsa demônios com e pelo nome de Jesus. Depois disse até logo e foi embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa. Uma vez ou outra nos deparamos com estes e outros amuletos dependurados nas casas dos membros dessas igrejas que se auto denominam evangélicas, mas se parecem mais com centros de macumba.


Na macumbaria, na maçonaria, etc, estes materiais de trabalho são do diabo e nessas ditas igrejas evangélicas esses materiais de trabalho são de quem? São de Deus ou do diabo?

 

Estes próprios “líderes evangélicos” condenam os macumbeiros por utilizarem esses ritos e objetos em seus cultos, dizem eles: “O diabo, confundindo as pessoas, age com misticismo em rituais e com as oferendas que exige. Costuma usar o número sete, usado por Deus na Bíblia, sete charutos, sete galinhas; pede trabalhos em sete encruzilhadas, durante sete dias (olha a campanha aqui) usam flores, cachaça, animais, velas, alimentos, galinha morta” e fazem pactos de sangue com frequência para “fechar o corpo” deles nessas oferendas macabras.  

A questão então seria: também não usar flores, enxofre, sal, sabonete, pão do descarrego, fita de pulso? Quer dizer que, quando a Macumba usa, é o diabo que está confundindo as pessoas, mas e quando os líderes religiosos das igrejas “evangélicas”  manda que os mesmos objetos sejam utilizados, pode, é de Deus? Vejam a contradição desses movimentos que criticam outros, mas fazem identicamente o mesmo! É o axioma, tornaram-se iguais a quem antes criticavam.

O Senhor Jesus nos deu autoridade em seu nome contra todo o mal, e não ensinou ninguém a ficar usando amuletos mágicos e milagrosos. Você lembra de Atos dos apóstolos capítulo 19.11-20? Lá tem a história de uma moça que fazia milagres e até elogiou Paulo e Silas, mas era usada pelos demônios e Paulo os expulsou libertando aquela moça da escravidão de Satanás. Não nos esquecendo que tais amuletos que são apresentados ao povo não são de graça, mas custam caros aos pobres coitados, vítimas do seu intrínseco misticismo.

 

Os mercenários da fé estão por todos os lados tentando enganar as pessoas e lhes tirando até o suficiente para sua sobrevivência.

 

Em 31 de outubro de 1517 realizada por Martinho Lutero, ocorria na Alemanha a Reforma protestante, que, entre outras coisas, combateu a comercialização de bênçãos e a supersticiosidade religiosa, as chamadas indulgências. Hoje, algumas igrejas ditas evangélicas se veem ameaçadas por inovações, modismos e crendices que solapam a genuína doutrina bíblica porque cometem as mesmas torpezas como àquelas de séculos passados, vendendo até a alma das pessoas para o diabo, nesse vale tudo pra ver qual igreja opera mais milagres. Esquecem-se que quem verdadeiramente opera os verdadeiros milagres e Jesus Cristo o Unigênito Filho de Deus.

 

A comercialização da fé aumentou muito nos últimos tempos.

Muitas igrejas evangélicas estão reeditando as práticas da igreja medieval, quando aquelas vendiam a salvação por meio das indulgências, hoje se vende de tudo no mercado da fé. Tem até o mercado negro da fé, quem paga mais, segundo os mercenários, recebe as maiores “bênçãos” e os maiores “milagres” tudo girando em torno do dinheiro. O apóstolo Pedro já fazia séria advertência neste particular, (1Pd 5.2,3; 2 Pd 2.1-3).

A Bíblia denomina de mercenário aquele que usa das coisas sagradas em benefício próprio, visando tão somente tirar vantagem e lucro para si. (Jo 10.11-13; Fp 3. 17-19).

Um exemplo do exposto anteriormente é o caso de Demas, ele era companheiro de Paulo na obra, mas abandonou o apóstolo e foi para Tessalônica, possivelmente em busca de maiores ganhos financeiro, pois Tessalônica era uma cidade próspera onde corria muito dinheiro. (2Tm 4.10).

Os mercadores da fé oferecem de tudo como forma de atrair as pessoas, tais como: anéis, rosas, medalhas imantadas, sabonete ungido, sal do Mar Morto, entre outros. Ainda pedem as ofertas de sacrifício, que pode ser: relógios, bicicleta, rádio, TV, carro, casa, etc.

O apóstolo Paulo adverte que nos afastemos de homens fraudulentos que se infiltram na igreja com aparência de piedade, mas trazem ensinamentos contrários para tirar proveito da igreja. (1Tm 6.3-5; 2Tm 3.5).

 

Os modismos nas igrejas evangélicas modernistas.

A obra de Deus precisa de dinamismo, criatividade, estratégia e fervor, mas é preciso cuidado com as práticas sem respaldo bíblico. Deus não aceita fogo estranho no culto, no altar. Deus exige reverência e sacrifício. (Lv 10.1-3).

Para colocar ordem na realização dos cultos da igreja em Corinto, Paulo foi muito específico ao ensinar que os Dons, ministérios e operações, são dados pelo Espírito Santo a cada um para o que for útil (1Co 12.4-7); Quando no ajuntamento dos crentes  para cultuar a Deus, cada um tem salmos, hinos, doutrinas, revelações, línguas, interpretação, e que tudo seja feito para consolo e edificação da igreja. Paulo observa que Deus não é de confusão, e que, portanto, faça-se tudo com decência e ordem. (1 Co 14.26,33,40).

 

Não seria esse o padrão a ser seguido pelas igrejas ditas evangélicas em nossos dias?

O temor de Paulo, já em seu tempo, era que a igreja se afastasse da simplicidade que há em Cristo, levada por uma pregação que nada tem a ver com o genuíno Evangelho (2Co 11.3,4). Paulo repreendeu os gálatas pelo fato destes terem passado para outro evangelho o qual transtorna o Evangelho de Cristo. (Gl 1.6-8).

 

Superstição entre os crentes. Muitos crentes são incentivados a serem supersticiosos e não homens e mulheres de uma fé viva em Cristo.

Superstição é um sentimento religioso excessivo que leva à pratica de atos indevidos e absurdos. A Bíblia faz referência à superstição religiosa nas palavras de Paulo aos atenienses em Atos 17.22: “E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos”.

Há muitos crentes com comportamento e atitudes supersticiosos, como os que se seguem abaixo:

Apagar pecado queimando papeis. Acreditam que precisam escrever todos os seus pecados em pedaços de papel e jogá-los em uma fogueira para eliminá-los por completo. Mas, e o sangue de Jesus? Já não mais nos purifica de todos os pecados? (1 Jo 1.7);

Deixar a Bíblia aberta no Salmo 91. Devemos confiar no Deus do Salmo, não no Salmo em si. Tal prática é um sentimento supersticioso. Esteja a Bíblia aberta ou fechada, Deus sempre guarda aquele que O teme e os livra.

A crença exacerbada em anjo da guarda.  É verdade que os anjos do senhor são enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14), mas não podermos supervalorizar os anjos chegando a tornar-se uma angelolatria. (Cl 2.18).

Em algumas igrejas, há práticas que chega a imitar as práticas espíritas tais como: Caminhar sobre sal grosso; Usar roupa branca em determinado dia; Campanha do descarrego; Oração forte contra olho gordo; Oração forte para tirar o encosto; Regressão espiritual, etc.

Ouve-se expressão no meio evangélico que nada tem que ver com a terminologia bíblica como: Crente ou Pastor Canela de fogo; Sapato de fogo; Vassoura de fogo. Só falta criar a figura da “bruxa de fogo” para voar em sua “vassoura poderosa” para ir nas casas desses enganadores montada na sua vassoura para fazer a limpeza nas casas dos tais “pastores poderosos”.

A orientação paulina é que não devemos ir além dos limites impostos pela Palavra de Deus, mas deve ser conforme o que nela está escrito, (1Co 4.6).

 

O uso de objetos e símbolos.

O Antigo Testamento é rico em tipologia, no sentido de tornar mais compreensível a comunicação de Deus com Seu povo, Israel (Hb 10.1). Mas ainda que a Bíblia apresente figuras materiais para ilustrar a fé, especialmente no A.T, temos no Novo Testamento a  regra que diz: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. (Rm 10.17). Nada pode mudar essa regra básica da vivência do Evangelho.

Os objetos usados em muitas igrejas evangélicas como parte do culto, não passam de verdadeiros amuletos. Tudo o que é colocado no lugar de destaque para que você possa receber um milagre, na verdade não representa a operosidade do Espírito Santo  pois nenhum objetivo ou figura estranha é mais importante para Deus realizar um milagre do que aquilo que de mais importante Ele criou: você.

 

“Deus abençoa o nosso pão e a nossa água e tira do meio de nós todas as enfermidades”.

 

O seu copo com água não precisa ser colocado em cima do aparelho receptor para ser um canal de milagres entre você e Deus e nem para realizar milagres em sua vida, quem opera tudo em todos é Jesus.

A rosa ungida não realiza milagres em sua vida, quem realiza milagres é Jesus.

 

A unção coletiva ou individual que pode e deve ser usada, mas  não realiza milagres em sua vida, quem realiza milagres é Jesus.

Unção de carteira de trabalho, fotos, roupas, etc, não realiza milagres em sua vida. Quem realiza milagres em sua vida é Jesus.

Orar por uma pessoa através de sua foto não vai levar a pessoa a receber o milagre se Jesus não tiver a primazia da oração. Quem realiza o milagre na sua vida ou de outras pessoas através da oração intercessória é  Jesus.

Os casos de objetos usados na Bíblia como ato simbólico de fé, é a exceção, não a regra, que ocorriam espontaneamente, como no caso dos lenços e aventais de Paulo que foram usados por terceiros para a cura de enfermos. (At 19.12).

Paulo não confeccionou lenços e aventais para utilizá-los na realização de curas e milagres, era de seu uso pessoal. Muitas igrejas vendem toalhas ungidas, feijão ungido, sementes ungidas, etc.

Paulo usava o método ensinado por Cristo: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias”. (At 19.11).

Os modismos não edificam a igreja, mas tem grande facilidade de entrar nela. A igreja evangélica hodierna se vê ameaçada pelos mesmos modismos que foram denunciados e rejeitados pelos reformadores. Oremos pela igreja evangélica brasileira e apregoemos a sã doutrina da Palavra de Deus, quer ouçam, quer deixem de ouvir.

 

Deus abençoe você e sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O DESTINO FINAL DOS DESVIADOS

O DESTINO FINAL DOS DESVIADOS

 

Filipenses 3.18-21.

 

18. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.

19. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.

20. Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

21. que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

 

A punição será justa, terrível e eterna. Haverá, será aplicada a justiça de Deus para os perdidos pecadores que, por livre arbítrio, rejeitaram a oportunidade de serem salvos.

 

O inferno é um lugar de punição final eterna e sem retorno. Existe alguma ideia mais impopular do que essa em nossos dias? Infelizmente lá é o destino final dos que morrem sem Cristo e dos que conheceram a Cristo mas abandonaram a fé Cristã e se desviaram dos caminhos do Senhor Jesus. Alguns até se tornaram ímpios por vontade própria e não só se distanciaram da fé, não só se desviaram ou se afastaram da igreja, mas se tornaram inimigos as cruz de Cristo.

Nem todo tipo de punição é inaceitável, mas essa de punição eterna, é sim inaceitável pela sociedade que não respeita e nem teme a Deus.

A punição corretiva é destinada  a  tornar o ofensor uma pessoa melhor, é bastante aceitável. Os movimentos “politicamente corretos” sempre se empenharam por convencer os governos a tirar dos pais o direito de disciplinar os próprios filhos. O propósito da disciplina é ensiná-los a não fazer o que é errado, porém os movimentos esquerdista no Brasil teem lutado para impor leis proibitivas no sentido dos pais não exercerem mais os direitos paternos sobre seus filhos.

Dizem eles: Nossa esperança é que nossos filhos aprenderão com as experiências desagradáveis e agradáveis livremente e não tenhamos de puni-los sempre e novamente.


Os cristãos pecam (1 João 1:8), mas a vida cristã não deve ser caracterizada por uma vida de pecado. Os fiéis são novas criaturas (2 Coríntios 5:17). Temos o Espírito Santo que produz bons frutos vivendo dentro de nós (Gálatas 5:22-23). A vida cristã deve ser uma vida transformada. Os cristãos são perdoados independentemente de quantas vezes pequem, mas ao mesmo tempo devem viver uma vida cada vez mais santa na medida em que crescem mais perto de Deus e mais como Cristo. Devemos ter sérias dúvidas sobre uma pessoa que afirma ser um crente, mas continua a viver uma vida que diz o contrário. Sim, um verdadeiro cristão que cai em pecado temporariamente ainda é salvo, mas, por outro lado, uma pessoa que vive uma vida controlada pelo pecado não é um cristão verdadeiro.



O que dizer de uma pessoa que nega a Cristo? A Bíblia nos diz que se uma pessoa nega a Cristo, então ela nunca verdadeiramente o conheceu. "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós" (1 João 2:19). Uma pessoa que rejeita a Cristo e vira as costas para a fé está demonstrando que nunca pertenceu a Cristo. Aqueles que pertencem a Cristo permanecem com Cristo. Aqueles que renunciam a sua fé nunca tiveram fé verdadeira. "Esta palavra é digna de confiança: Se morremos com ele, com ele também viveremos; se perseveramos, com ele também reinaremos. Se o negamos, ele também nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2:11-13).

 

Você sabe quem vai para o inferno segundo a Bíblia?

Na Bíblia vemos os seguintes versículos de pessoas que irão para o inferno segundo a palavra de Deus.

Os que adoram a outros deuses. (Êxodo 20:4-5).

Os que falam o Nome de Deus em vão. (Êxodo 20:7).

Os que não guardam um dia para adorar ao Senhor. (Êxodo 20:9-11). 

Os que não honram e não respeitam aos seus pais. (Êxodo 20:12). 

Os assassinos. (Êxodo 20:13) 

Os adúlteros. (Êxodo 20:14).

Os ladrões. (Êxodo 20:15). 

Os que dão falsos testemunhos. (Êxodo 20:16). 

Os invejosos. (Êxodo 20:17). 

Os rudes, ríspidos, indelicados, grosseiros, estúpidos, mal-educados, os ofensivo. (Mateus 5).

Os que não praticam a justiça. (Mateus 5).

Os que não são misericordiosos. (Mateus 5).

Os que não são pacificadores. (Mateus 5).

Os que chamam seu próximo de “louco”. (Mateus 5).

Os que olham para o seu próximo desejando sexualmente. (Mateus 5).

Os que amam e praticam a mentira. (Mateus 5).

 

É melhor voltar para a casa do Pai enquanto é tempo.

 

Temos que nos sentir felizes quando estamos convictos que estamos nos esforçando para andar no caminho do Senhor, pois é maravilhosa a sensação feliz de agradarmos a Deus.

Mas o inimigo é tão hábil que muitas vezes aproveita esta situação para nos influenciar a nos sentirmos aptos a condenadores dos outros. A ira de Deus contra o pecado é muito clara e as consequências disso sobre o pecador é óbvia, pois Deus é justo diante do livre arbítrio que Ele nos deu por amor e então nós somos direcionados a colher o que plantamos.

 

Deus jamais fica feliz com nossa derrota e nossa perdição, pois Seu amor por nós é tão impressionante que não entender o quanto Ele ama os pecadores é o mesmo que ler a Bíblia e não perceber a função dela. A vaidade Cristã de minimizar os próprios pecados e condenar os dos outros faz vermos a Bíblia apenas com a ótica da ira de Deus ou com a ótica da Sua misericórdia, mas o amor de Deus é a base da Sua misericórdia para com o pecador. Daí podemos chegar à conclusão que a ira de Deus não é um simples castigo mas a consequência de nossa própria escolha.

 

Mas é sempre mais fácil julgar os outros ampliando a dimensão do pecado alheio pois isso faz com que o pecado alheio, pois isso faz com que o próprio pecado de quem julga pareça menor para os outros e para mim mesmo. Alguns dos que apontam o cisco no olho dos outros são os mesmos que escondem os seus pecados.

 

“Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão” (Mateus 7:5).

Será que depois de tanto tempo ainda é necessário ouvir o eco da voz de Cristo perguntando quem vai atirar a primeira pedra por não ter nenhum pecado?

Tenhamos equilíbrio entre o entendimento do reconhecimento do pecado e ao mesmo tempo da orientação de não julgarmos para não sermos julgados, conforme expressa a palavra de Deus em 1 Coríntios 11.23 em diante.  

 

Sejamos convictos ao enfatizarmos a palavra de Deus e o quão terrível é o pecado no mundo. Mas não ocupemos o lugar de Deus no julgamento. Pensemos duas vezes antes de chamarmos alguém de socialmente mal caráter por praticar um determinado pecado.

Tem pecadores com caráter e pecadores sem caráter. Pois caráter bom ou mal, do ponto de vista social, é medido a partir da ética como ato de interação benéfica ou nociva a outras pessoas. Um pecado quando não prejudica o direito de outrem não é uma falta de caráter social. Quanto ao caráter individual cristão, desde que não desrespeite a vontade e o direito de terceiros, é só entre cada um e Deus, pois apesar do plano da salvação ser coletivo, a salvação é individual.

 

E quem usa a religião para falar de todos deve saber que:

“Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião é vã e não tem valor algum”. (Tiago 1:26).

E acaba alimentando também as fofocas e nunca esqueçamos que fofoca é pecado.

 Ninguém é perfeito. Buscar a perfeição é certo, é correto e é bíblico. “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença”. (Efésio 1:4). 

Mas afirmar que é possível sermos plenamente perfeitos aqui na terra ao ponto de não pecarmos e ou de nos sustentarmos sozinhos, isso não é possível, pois como vimos no início desta postagem não há ninguém justo o suficiente para ser chamado de “pessoa sem pecado". (Romanos 3:10).

Todo ser humano é pecador e estão destituídos da graça de Deus. (Romanos 3:23). Perfeitos só os salvos, após a Salvação.

Buscar a perfeição significa lutar contra o pecado e a favor do fortalecimento da fé, caminhando na direção da perfeição, mas conscientes de que o caminho até lá só se completa com a infinita graça de Deus. Não há base bíblica para quem afirma que pode ser perfeito antes da volta de Cristo. Ser perfeito antes da volta de Cristo significaria ser glorificado sozinho. Mas só existirá a glorificação na ocasião da volta de Jesus conforme está escrito em 1 Coríntios 15.51-55.

 

A ira de Deus virá para se manifestar a justiça do próprio Deus.

 

Quando mencionamos os pontos que a Bíblia fala da ira de Deus, inclusive quando citadas coisas que Deus abomina, há de se examinar o seguinte: a ira de Deus sobre atos é ódio . Mas a ira de Deus sobre criaturas é justiça. Justiça jamais pode ser confundida com ódio quando nos referimos ao nosso criador.  

Por isso repetimos que quem não for salvo não o será por que Deus o odeia, e sim  porque Deus é justo.

 

Notemos então que a ira de Deus não tem o significado da ira dos homens em relação a outros homens. A ira humana que se traduz em ódio por outro ser humano  é um processo que inicia com uma indignação descontrolada. Mas não há indignação em Deus quando Ele se ira. “Não há indignação em mim. Quem me dera espinheiros e abrolhos diante de mim. Em guerra, eu iria contra eles e juntamente os queimaria". Isaías 27.4.

 

Quando a Bíblia fala da ira de Deus ela nos deseja ensinar que Ele é justo e tem aversão ao pecado. Ira de Deus é uma expressão bíblica que significa o castigo dos ímpios no Juízo Final. Ira de Deus é outra expressão para a justiça divina.

 

Deus não ama de forma forçada, então Ele não apenas suporta como obrigação, mesmo nós todos sabendo que Deus não é obrigado a nada, pois Ele é Deus, e por isso Ele nos ama. E quando nos tolera é justamente porque nos ama ao ponto de nos tolerar.

 

“As intenções são visíveis apenas aos olhos de Deus, para que só Ele as julgue. Mas o homem insiste em usar os óculos da intolerância na vã tentativa de imitar os olhos de Deus”.

Deus não é obrigado a nos amar. Mas Ele amou ao mundo inteiro e deu o seu unigênito filho para morrer em nosso lugar e nos salvar da condenação eterna.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho Unigênito para que todo aquele que n’Ele crêr não pereça mas tenha a vida eterna”. João 3.16.

A decisão é sua. Aceite a Jesus Cristo agora mesmo como seu único e suficiente salvador. Se você está desviado ou afastado dos caminhos do Senhor, volte agora e reconcilie-se com Jesus o mais rapidamente possível; breve Jesus voltará e você é muito importante e não pode ficar para trás.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

O PLANO DE HAMÃ PARA EXTERMINAR UM POVO

O PLANO DE HAMÃ PARA EXTERMINAR UM POVO DA TERRA 


O Salmo 121 nos fala da proteção constante de Deus para com Seu povo.

 

Salmos 121.1-8

1.    Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro?

2. O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.

3. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.

4. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.

5. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.

6. O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite.

7. O Senhor te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma.

8. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.

 

Na atualidade o povo mais perseguido do planeta terra são os Cristãos e os Judeus e seu país de origem, Israel.


Nunca se esqueça que o inimigo do povo de Deus é astuto e peleja em todo tempo para destruir aqueles que amam a Deus. Desde o início da humanidade tem sido assim, porém a derrota final de Satanás acontecerá e isto será pelo próprio Senhor Jesus no final da grande tribulação.  


O plano oficial de Hamã, primeiro ministro do rei Assuero, para exterminar o povo Judeu da face da terra.


Vamos ver história de Xerxes conhecido como Assuero no livro de Ester. O principal oficial e político da dinastia Medo Persa no reinado de Assuero era Hamã e veremos como este elemento projetou a maior traição ao povo Judeu que naquela época estava sob domínio do Rei Assuero (Xerxes).


O rei Assuero foi o governante da Pérsia (Atual Irã) entre 486 e 465 a.C. Ele é mais conhecido como Xerxes, seu nome grego, pelo qual aparece em relatos extrabíblicos, sendo que é apenas no livro de Ester que ele é mencionado como Assuero.


Alguns estudiosos consideram que “Assuero” poderia ter sido um tipo de título real que os monarcas persas recebiam, mas não há consenso sobre isso. O rei Assuero foi filho de Dario I, neto de Ciro e o pai de Artaxerxes I, o mesmo Artaxerxes que aparece no contexto de Esdras e Neemias (Ed 7:1; Ne 2:1).

 

O reinado de Xerxes (Assuero).

 

Segundo os relatos bíblicos, o rei Assuero governou um império grande e imponente que compreendia um território desde a Índia até a Etiópia, com 127 províncias. Ele ascendeu ao trono por designação do pai, já que não era o filho primogênito. Quando comparado os relatos bíblicos com possíveis fontes históricas extrabíblicas, o rei Assuero era uma pessoa vaidosa, excêntrica e volúvel.


Em 482 a.C. ele precisou enfrentar uma rebelião na Babilônia, na qual a cidade foi parcialmente comprometida. A partir de 480 a.C., Xerxes empreendeu várias campanhas militares contra a Grécia. Um dos embates mais conhecidos de Xerxes foi contra Leónidas de Esparta.


O rei Assuero também enfrentou uma derrota difícil quando suas tropas perderam a batalha em Salamina e em Samos. Alguns estudiosos consideram que o evento citado no capítulo 1 do livro de Ester teve a finalidade de planejar as campanhas do Império da Pérsia contra os gregos.


Na sequência de seu reinado houve uma dedicação em relação à construção do novo palácio de Persépolis, além de também ocorrerem várias intrigas em sua corte. O rei Assuero foi assassinado em seus próprios aposentos, muito provavelmente em agosto de 465 a.C.

 

O Rei Assuero (Xerxes) na Bíblia.


O rei Assuero aparece em citações diretas e indiretas em livros do Antigo Testamento. Em Esdras 4:6-23, Xerxes é mencionado quando o autor do livro descreve um contexto de oposição à reconstrução dos muros da cidade de Jerusalém.


Alguns estudiosos sugerem que o rei mencionado nessa passagem bíblica fosse Cambises, sucessor de Ciro, porém essa hipótese é bastante improvável.


Já a referência no livro de Ester é a mais conhecida e detalhada sobre o rei Assuero em toda a Bíblia. Na Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento), Assuero é chamado de Artaxerxes, porém o personagem em questão é o próprio Xerxes.


No livro de Daniel o rei Assuero também é mencionado, apesar de não aparecer seu nome. Ele é o quarto rei da revelação dada ao profeta Daniel registrada no capítulo 11 de seu livro (Dn 11:2).


Em Daniel 9:1, no capítulo famoso por conter a profecia das setenta semanas, o nome Assuero também é citado, porém não se trata do mesmo Assuero de Ester. Nesse caso, o profeta se refere ao pai de Dario. Essa é uma das referências que apontam para a possibilidade de Assuero ter sido um título e não um nome pessoal.

 

O Rei Assuero e a rainha Ester.

 

Assuero, o rei da Pérsia, certo dia realizou um banquete a todo povo na fortaleza de Susã, um palácio fortificado que se elevava em cerca de quarenta metros acima da cidade de Susã. Essa era uma das três capitais persas e servia de residência real de inverno.


Na ocasião estavam presentes os poderosos da Pérsia e Média e seus servos. Após sete dias de festividades, Assuero mandou chamar a rainha Vasti, que também dava um banquete às mulheres na casa real.


A convocação do rei Assuero era para que Vasti entrasse em sua presença usando a coroa real, para que pudesse mostrar aos povos e aos príncipes a sua beleza, porque era muito formosa (Et 1:11).


Muito tem sido especulado sobre os motivos que fizeram com que a rainha Vasti se recusasse a atender ao pedido do rei, porém o texto hebraico não fornece nenhuma explicação. Alguns estudiosos sugerem que ela poderia ter alguma deformação, mas isso parece improvável visto que o texto aponta a sua beleza.


Antigos intérpretes judeus acreditam que é possível que a ordem de Assuero fosse para que ela comparecesse totalmente despida, usando apenas a sua coroa. Apesar de o texto dizer que o rei Assuero já estava alterado por conta do vinho (Et 1:10) e tal atitude parecer possível diante das circunstâncias e de seu característico comportamento, não há nenhum indício no texto bíblico sobre essa possibilidade.


De qualquer forma, somente o fato de ter que comparecer em uma festa de homens já seria motivo suficiente para a rainha Vasti ter entendido o pedido como um tipo de humilhação. Tudo o que sabemos é que a rainha Vasti não compareceu e o rei Assuero a destituiu em aproximadamente 483 a.C. Também é possível que mais tarde Assuero tenha se arrependido do que fez (Et 2:1).


Foi muito provavelmente em 478 a.C. que o rei Assuero colocou Ester no lugar de Vasti como sua rainha. Esse relato do texto bíblico parece se encaixar com a descrição do historiador grego Heródoto de que Xerxes manifestou grande interesse em seu harém logo após a desastrosa campanha contra os gregos.


O mesmo Heródoto identifica a esposa de Xerxes como sendo Amestris. Alguns tentam identificar essa Amestris como sendo a Vasti citada no livro de Ester, ou a própria Ester, porém é muito improvável que Amestris tenha sido qualquer uma delas. Talvez Amestris tenha sucedido Ester mais tarde.


A importante posição de Ester foi muito significativa para que o plano de Hamã em aniquilar os judeus não tivesse sucesso. Na ocasião, Mardoqueu  reconheceu que o fato de Ester ter sido aceita como rainha poderia ser uma providencia divina para que ela pudesse agir em favor dos judeus (Et 4:14).

 

Outras informações sobre a história de Ester.


O rei Assuero (Xerxes) honrou a Hamã, filho de Hamedata, descendente de Agague, promovendo-o e dando-lhe uma posição mais elevada do que a de todos os demais nobres. Todos os oficiais do palácio real curvavam-se e prostravam-se diante de Hamã, conforme as ordens do rei. Mardoqueu, porém, não se curvava nem se prostrava diante dele.


Então os oficiais do palácio real perguntaram a Mardoqueu: "Por que você desobedece à ordem do rei? " Dia após dia eles lhe falavam, mas ele não lhes dava atenção e dizia que era judeu. Então contaram tudo a Hamã para ver se o comportamento de Mardoqueu seria tolerado.


Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava, ficou muito irado. Contudo, sabendo quem era o povo de Mardoqueu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes.


No primeiro mês do décimo segundo ano do reinado do rei Xerxes, no mês de nisã, lançaram o pur (de purim), isto é a sorte, na presença de Hamã para escolher um dia e um mês para executar o plano, e foi sorteado o décimo segundo mês, o mês de adar, mais precisamente, 7 de março.


Então Hamã disse ao rei Xerxes: "Existe certo povo disperso e espalhado entre os povos de todas as províncias de teu império, cujos costumes são diferentes dos de todos os outros povos e que não obedecem às leis do rei; não convém ao rei tolerá-los.


Se for do agrado do rei, que se decrete a destruição deles; e colocarei trezentas e cinquenta toneladas de prata na tesouraria real à disposição para que se execute esse trabalho".


Então o rei tirou seu anel-selo do dedo ou anel de selar, deu-o a Hamã, o inimigo dos judeus, filho de Hamedata, descendente de Agague, e lhe disse: "Fique com a prata e faça com o povo o que você achar melhor".


Assim, no décimo terceiro dia do primeiro mês os secretários do rei foram convocados. Hamã ordenou que escrevessem cartas na língua e na escrita de cada povo aos sátrapas do rei, aos governadores das várias províncias e aos chefes de cada povo. Tudo foi escrito em nome do rei Xerxes e selado com o seu anel real.


As cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a ordem de exterminar e aniquilar completamente todos os judeus, jovens e idosos, mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de adar, e de saquear os seus bens.


Uma cópia do decreto deveria ser publicada como lei em cada província e levada ao conhecimento do povo de cada nação, a fim de que estivessem prontos para aquele dia. Por ordem do rei, os mensageiros saíram às pressas, e o decreto foi publicado na cidadela de Susã. O rei e Hamã assentaram-se para beber, mas a cidade de Susã estava confusa.


Quando Mardoqueu (ou Mordecai) soube de tudo o que tinha acontecido, rasgou as vestes, vestiu-se de pano de saco e cinza, e saiu pela cidade, chorando amargamente em alta voz. Foi até a porta do palácio real, mas não entrou, porque ninguém vestido de pano de saco tinha permissão de entrar. Em cada província onde chegou o decreto com a ordem do rei, houve grande pranto entre os judeus, com jejum, choro e lamento. Muitos se deitavam em pano de saco e em cinza.


Quando as criadas de Ester e os oficiais responsáveis pelo harém lhe contaram sobre Mardoqueu, ela ficou muito aflita e mandou-lhe roupas para que ele as vestisse e tirasse o pano de saco; mas ele não quis aceitá-las. Então Ester convocou Hatá, um dos oficiais do rei, nomeado para ajudá-la, e deu-lhe ordens para descobrir o que estava perturbando Mardoqueu e porque ele estava agindo assim. Hatá foi a Mardoqueu na praça da cidade, em frente à porta do palácio real.


Mardoqueu contou-lhe tudo o que lhe tinha acontecido e quanta prata Hamã tinha prometido depositar na tesouraria real para a destruição dos judeus. Deu-lhe também uma cópia do decreto que falava do extermínio, que tinha sido anunciado em Susã, para que ele o mostrasse a Ester e insistisse com ela para que fosse à presença do rei implorar misericórdia e interceder em favor do seu povo. Hatá retornou e relatou a Ester tudo o que Mardoqueu tinha dito.


Então ela o instruiu que dissesse o seguinte a Mardoqueu: "Todos os oficiais do rei e o povo das províncias do império sabem que existe somente uma lei para qualquer homem ou mulher que se aproxime do rei no pátio interno sem por ele ser chamado: será morto, a não ser que o rei estenda o cetro de ouro para a pessoa e lhe poupe a vida. E eu não sou chamada à presença do rei há mais de trinta dias".


Quando Mardoqueu recebeu a resposta de Ester, mandou dizer-lhe: "Não pense que pelo fato de estar no palácio do rei, de todos os judeus só você escapará, pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família de seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha”?


Então, Ester mandou esta resposta a Mardoqueu: "Vá reunir todos os judeus que estão em Susã, e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas criadas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei”.


Disse ela:“Se eu tiver que morrer, morrerei".


Mardoqueu retirou-se e cumpriu todas as instruções de Ester para livrar os Judeus de uma iminente destruição.


As providências de Deus em favor do seu povo. O rei manda executar o traidor Hamã.


Então o rei e Hamã foram ao banquete com a rainha Ester, e, enquanto estavam bebendo vinho no segundo dia, o rei perguntou de novo: "Rainha Ester, qual é o seu pedido? Você será atendida. Qual o seu desejo? Mesmo que seja até a metade do reino, isso lhe será concedido".


Então a rainha Ester respondeu: "Se posso contar com o favor do rei, e se isto lhe agrada, poupe a minha vida e a vida do meu povo; este é o meu pedido e o meu desejo. Pois eu e meu povo fomos vendidos para destruição, morte e aniquilação. Se apenas tivéssemos sido vendidos como escravos e escravas, eu teria ficado em silêncio, porque nenhuma aflição como essa justificaria perturbar o rei".


O rei Assuero (Xerxes) perguntou à rainha Ester: Quem se atreveu a uma coisa dessas? Onde está ele?


Respondeu Ester: "O adversário e inimigo é Hamã, esse perverso". Diante disso, Hamã ficou apavorado na presença do rei e da rainha. Furioso, o rei levantou-se, deixou o vinho, saiu dali e foi para o jardim do palácio.


E percebendo Hamã que o rei já tinha decidido condená-lo, ficou ali para implorar por sua vida à rainha Ester. E voltando o rei do jardim do palácio ao salão do banquete, viu Hamã caído sobre o assento onde Ester estava reclinada.


E então exclamou: "Chegaria ele ao cúmulo de violentar a rainha na minha presença e em minha própria casa? "Mal o rei terminou de dizer isso, alguns oficiais cobriram o rosto de Hamã.


E um deles, chamado Harbona, que estava a serviço do rei, disse: "Há uma forca de mais de vinte metros de altura junto à casa de Hamã, que ele fez para Mardoqueu, que intercedeu pela vida do rei".


Então o rei ordenou: "Enforquem-no nela".


Assim Hamã morreu na forca que tinha preparado para Mardoqueu; e a ira do rei se acalmou.


Ester 7:9-12 registra os momentos finais da derrota de Hamã e da vitória de Ester, Mordecai e do povo Judeu. A mão de Deus e o poder de Deus entraram em ação para salvar o povo Judeu das garras do destruidor.



"Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o (Hamã) nela. Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou”.


É óbvio que os papéis de Mardoqueu e Hamã eram reversos. Hamã, o segundo homem no comando e o homem que planejou destruir toda a nação judaica e enforcar Mardoqueu, terminou enforcado na forca que ele mesmo tinha preparado para Mardoqueu (ou Mordecai). Mais ainda, como está no último versículo do livro de Ester (Ester 10:1-3) nos diz, Mardoqueu, o homem que confiou em Deus, foi feito o segundo no comando, tomando o lugar de Hamã. Finalmente, como o décimo terceiro dia do décimo segundo mês foi definido como a total destruição dos judeus, o rei não apenas cancelou essa ordem mas também inverteu a situação.

 

A nova ordem ou novo decreto que Mardoqueu enviou para o povo Judeu: Ester 8:11-12.



"Nelas o rei concedia aos judeus, que havia em cada cidade, que se reunissem, e se dispusessem para defenderem as suas vidas, e para destruírem, matarem e aniquilarem todas as forças do povo e da província que viessem contra eles, crianças e mulheres, e que se saqueassem os seus bens. Num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar”.


Foi realmente uma grande libertação de Deus que tivemos! Mardoqueu o homem que confiou em Deus, começou lamentando e sob a ameaça de ser enforcado por Hamã, mas terminou glorificado por seus inimigos, e assumindo a posição do segundo no comando. De maneira similar, os judeus começaram “chorando e lamentando” e terminaram festejando (Ester 8:17) e seus inimigos destruídos. (Ester 9:1)


Ao contrário, Hamã o que confiou em seu próprio poder, começou como segundo no comando, alegre e preparando o enforcamento de Mardoqueu, mas terminou lamentando e por consequência enforcado na forca que ele tinha preparado para Mardoqueu.


Terminando este breve relato do livro de Ester, poderíamos dizer que esta lição é a mesma lição que é oferecida em muitas outras partes da Palavra de Deus, isto é, a Palavra de Deus é verdadeira Palavra, uma Palavra que não pode ser quebrada apesar das forças contrárias exercidas pelo poder humano e maligno. De fato, aqueles que, como Mardoqueu, confiam nEle, “não serão confundidos”(Isaías, 49:23) mas eles serão como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto". (Jeremias 17:8).


Para concluir vejamos o que nos diz o Salmista com relação aos que confiam no Senhor como fez a Rainha Ester: Salmo 37:3-7,9,11.



"Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele, porque aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra, os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz".


Que Deus possa abençoar nossa nação e que Ele possa usar homens e mulheres tementes a Ele para libertar o povo brasileiro das tramas diabólicas que sempre tentam impor para destruir nosso país e querem a qualquer custo destruir principalmente aqueles que são tementes a Deus. Deus dará o escape; Deus dará livramento; Deus dará a vitória para o Seu povo como no tempo da rainha Ester.


Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.