segunda-feira, 26 de junho de 2023

A TENDÊNCIA DA CARNE É PARA O PECADO

A TENDÊNCIA DA CARNE É PARA O PECADO.

 

Porventura quando o Senhor vier achará fé na terra? Lucas 18.8.

Aquele que perseverar até o fim, este será salvo. Mateus 24.13.

Como estará o mundo quando Jesus voltar?   Mateus 24.9-14.

9. Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome.

 10. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão.

11. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.

12. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará.

13. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

14. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.

A tendência da carne é para o pecado e o pendor da carne é inimizade contra Deus.

“Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”. (Rm. 8:5-6).

“Inclinar-se”, aqui, é usado no sentido de agir “de acordo com” (grego kata) alguma coisa. Cogitar significa fixar a mente em alguma coisa. Um grupo de pessoas deixa que sua mente siga os desejos naturais da carne; o outro deixa que a sua mente seja orientada nas coisas do Espírito Santo para seguir as Suas ordens. Porque a mente determina as ações, os dois grupos vivem e agem diferentemente em direções opostas.

“Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”. (Rm. 8:7-8).

“Ter a mente fixa em cumprir os desejos da carne, na realidade, é colocar-se em inimizade contra Deus. Alguém que tem a mente assim não tem interesse de fazer a vontade de Deus. Pode até estar em rebelião contra Ele, desconsiderando abertamente Sua lei”.

“Paulo deseja enfatizar especialmente isto, que separados de Cristo, é impossível guardar a lei de Deus. Novamente, Paulo volta a este tema, não importa quanto o indivíduo tente, separado de Cristo, ele não pode obedecer à lei”.

“O propósito especial de Paulo era persuadir os judeus de que eles precisavam de algo mais que sua Torah (lei). Por sua conduta, eles mostravam que, apesar de ter a revelação divina, eram culpados dos mesmos pecados dos quais os gentios eram culpados (Rm 2). A lição de tudo isso era que eles precisavam do Messias. Sem Ele, os gentios seriam escravos do pecado, incapazes de escapar de seu domínio”. A carne é escravizada pelo pecado e sua tendência é fazer a vontade  da carne.

Gálatas 5.19-21 nos fala sobre as obras as carne e o fruto do Espírito.

Vejamos quais são as obras da carne.

Inimizades (20), é uma palavra comum para descrever a separação entre inimigos. É a mesma palavra que Paulo usou em outro lugar para falar da separação de Deus (Romanos 8:7), ou a divisão entre os judeus e os gentios que foi removida pelo sacrifício de Cristo (Efésios 2:14-16). Os cristãos têm que amar seus inimigos, e não podem imitar ao ódio do mundo. (Mateus 5:43-48).

Porfias (20), são o comportamento que resulta da atitude de inimizade. Esta palavra descreve debates, disputas e lutas que frequentemente ocorrem quando pessoas estão preocupadas, de modo egoísta, em proteger seus próprios interesses.

Ciúmes (20), é uma palavra que fala do medo de perder alguma coisa, que leva a conflitos com outros e até mesmo a ressentimento e ódio a outras pessoas.

Iras (20), é uma palavra forte que descreve a fúria e o impulso violento contra coisas ou pessoas que nos ofendem. O termo ira é frequentemente visto na tendência de pessoas a reagirem quando se sentem lesadas, ou seja, ficam iradas. Em contraste a isso Paulo disse que não temos que procurar vingança, mas devemos deixar a Deus o exercício da justiça. (Romanos 12:19-21).

Discórdias (20), descrevem as dissensões que resultam de ambições egoístas. É uma palavra política que descreve a campanha partidária pela honra e posição. Tal política não tem lugar entre os servos de Cristo. Paulo disse que a solução para tais conflitos é imitar a atitude altruísta e sacrificial de Cristo. (Filipenses 2:1-8).

Dissensões (20), descrevem as divisões que resultam quando as pessoas satisfazem seus próprios desejos em vez de buscar agradar ao Senhor. Para evitá-las, precisamos basear nossa unidade na palavra de Deus (1 Coríntios 1:10) e no exemplo que Jesus nos deu (João 17:20-23).

Facções (20), são seitas ou partidos. Os primeiros três capítulos de 1 Coríntios mostram que tais seitas não deveriam existir na igreja do Senhor. Não devemos seguir as várias doutrinas humanas que dividem o mundo religioso, mas devemos nos unir a Cristo e com aqueles que o seguem fielmente.

Invejas (21), são similares aos ciúmes. Os ciúmes resultam do temor de perder algo que alguém já tem; as invejas são o ódio e o ressentimento que uma pessoa sente quando outros prosperam.

Pecados que demonstram a grande falta de domínio ou mais precisamente autodomínio.

Bebedices (21), ou embriaguez, é um problema que tem afligido as sociedades desde os tempos antigos. O abuso do álcool, com todos os seus feios resultados de mortes desnecessárias, lares desfeitos, esposas e filhos maltratados, etc., continua a ser uma das mais comuns obras da carne. Ela não tem lugar na vida de uma pessoa que está verdadeiramente sob o comando de Deus.

Glutonarias (21), é uma palavra que nos recorda que o excesso, mesmo em coisas que não são inerentemente más, pode ser errado. Não é errado comer, mas comer sem se conter é errado. A pessoa que não pode recusar comida não está mostrando o autodomínio que Deus exige de nós.

E, por fim, coisas semelhantes a estas. Esta não é uma lista completa de todos os pecados possíveis que uma pessoa pode cometer. Paulo está simplesmente dando exemplos para ilustrar a diferença entre a pessoa que é governada pelo Espírito Santo e aquela que é uma escrava das paixões carnais e do mundanismo, escrava do pecado. Ele está nos desafiando a retirar estas coisas de nossas vidas para que possamos viver e andar no Espírito.

O apóstolo Paulo nos explica sobre as consequência de vivermos servindo intensamente a vontade da carne.

Paulo não deixa dúvida em seu comentário final, no versículo 21, "a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam". Há uma ligação inegável entre nossa conduta e nossa salvação eterna. A pessoa que não permite ao Espírito Santo mudar totalmente sua vida e remover tal carnalidade não receberá o prêmio de um lar eterno com Deus. Devemos ser transformados de dentro para fora para melhor servirmos à Deus. (Romanos 12:1-2).

Somos salvos é pela graça de Deus e não por nossos próprios méritos. A graça de Jesus é o único meio de salvação. Efésios 2.1-11.

A salvação inclui a libertação da morte, da escravidão do pecado e da ira vindoura, bem como nos dá o privilégio de desfrutar de todas as bênçãos gratuitamente concedidas por Jesus porque Ele “nos amou”, (2.4c), “nos deu vida”, (2.5b), “nos ressuscitou”, (2.6a) e “nos fez assentar nos lugares celestiais”, (2.6b). A salvação, portanto, é o livramento do poder da maldição do pecado e da morte, bem como a restituição do homem à comunhão com Deus, (Hb 2.15). A salvação é estudada de modo sistemático sob três estágios fundamentais, a saber: a justificação, a santificação e a glorificação. A justificação é a libertação da punição, ou do castigo merecido pelo pecado.

A doutrina da justificação ensina, em termos gerais, que o pecador é justificado, absolvido da punição e da condenação do pecado, unicamente pela fé na graça divina, (Ef 2.8,9). Lutero afirmava que “a doutrina da justificação não é apenas mais uma doutrina; é o artigo fundamental da fé, pelo qual a igreja se firmará ou cairá e do qual depende toda a doutrina cristã”.

A doutrina da santificação é uma “obra progressiva da parte de Deus e do homem que nos torna cada vez mais livres do pecado e semelhantes a Cristo em nossa vida presente”. Esse processo de santificação dura até nossa glorificação final no dia de Cristo.

A doutrina da glorificação é a derradeira etapa de nossa salvação em Cristo Jesus, (Rm 8.30). Trata-se de uma promessa da futura transformação de nosso corpo mortal (Fp 3.21) e ocorrerá quando Cristo voltar. Em síntese, a salvação é-nos oferecida pela graça mediante a fé no sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz do Calvário. No ato da aceitação, o pecador é imediata e simultaneamente salvo e justificado; a partir daí, ele entra no processo de santificação até a sua glorificação. A salvação, portanto, começa com um ato jurídico (justificação), prossegue em processo vitalício de afastar-se do pecado (santificação) e culmina com nosso corpo transformado num corpo incorruptível e imortal e de glória. (glorificação). 

A palavra graça é tradução do termo grego “charis”, que, em sua mais completa definição, significa o “favor imerecido de Deus aos dar-nos o seu Filho”. ( Rm 3.24). O texto enfatiza que “Paulo é incisivo ao afirmar que absolutamente nada é de nossa autoria, nem a salvação, nem a graça, nem mesmo a fé exercida para receber a salvação. Pelo contrário, tudo é um presente de Deus”. É por meio da graça, por exemplo, que Deus ativa o livre-arbítrio e capacita o pecador para que responda com fé ao chamado do Evangelho. (Rm 11.6).

Esse também é o posicionamento bíblico e teológico da Declaração de Fé das Assembleias de Deus, que professa o seguinte: “Não há nada que o homem natural possua ou pratique que lhe faça merecida a graça de Deus; Deus derrama sua graça, sem a qual o homem não pode entender as coisas espirituais, ou seja, foi Deus quem tomou a iniciativa na salvação”. Esse entendimento opõe-se fortemente à afirmação de teólogos hereges de que “é possível que uma pessoa faça alguma coisa em direção à sua salvação sem a ajuda da graça de Deus”. Refutando a esses hereges  e a sua soteriologia, a Bíblia nos l ensina que o livre-arbítrio do homem é incapaz de iniciar qualquer bem verdadeiro e espiritual sem o auxílio da graça divina.

Ele ainda ratificou que “é esta graça que opera na mente, nos sentimentos e na vontade daqueles que amam a Deus; que infunde na mente do ser humano bons pensamentos e faz com que a vontade coloque em ação bons pensamentos. Esta graça inicia a salvação, promovendo-a, aperfeiçoando-a e consumando-a”. Dessa concepção bíblica exposta por Armínio, temos o conceito de “graça preveniente”, também chamada de “graça preventiva”, “graça precedente” e, ainda, “graça preparatória”.

O uso desses termos atrelados ao vocábulo “graça” é apenas para esclarecer que a “graça” é uma ação divina que antecede a conversão. Um comentarista comentando na sua obra sobre o Arminianismo disse que “A mecânica da salvação, faz uma exposição elucidativa: Graça preveniente nada mais é, portanto, do que o amor de Deus em ação; é Deus tomando a iniciativa em relação ao homem caído, e não apenas no sentido de propiciar a sua salvação, mas também no sentido de habilitá-lo a recebê-la e atraí-lo a Ele”. É ela que concede ao ser humano a possibilidade de corresponder livremente com arrependimento e fé quando Deus o atrai a si. É a graça preveniente que possibilita ao homem responder positivamente ao chamado divino.

A graça, todavia, não é “irresistível”. Sim, a graça é uma dádiva muito especial, mas não é uma força irresistível. Nesse sentido afirmam que “todas as pessoas não regeneradas têm liberdade de escolha, e uma capacidade de resistir ao Espírito Santo, de rejeitar a graça oferecida por Deus, ou de desprezar o conselho de Deus contra elas mesmas, de se recusar a aceitar o Evangelho da graça”. Ao sintetizar essa doutrina teólogos afirmam que “nem mesmo um ser onipotente é capaz de fazer aquilo que lhe é contraditório porque Deus não pode exercer a sua graça contra a vontade das pessoas, isso porque Ele decidiu soberanamente que o convite ao evangelho pode ser negado”. A escolha do pecador é livre. Ou ele escolhe ser salvo ou ele rejeita o plano de Deus para sua salvação.

Assim, ao ser auxiliado pela graça, o pecador pode consentir ou rejeitar o chamado divino. A graça, portanto, pode ser resistida e não elimina o livre-arbítrio do ser humano, (Jo 7.17). A fé deve ser considerada como a aceitação da obra realizada por Cristo em nosso favor. Essa fé é a “operação de Deus em nós”, ou seja, é o agir de Deus fazendo-nos voltar para Ele, atraindo-nos para aquilo que nos é oferecido por Ele e, assim, capacitando-nos para receber a Cristo, (Jo 1.12-13). Desse modo, a fé para a salvação é um dom de Deus (At 18.27; Fp 1.29). Essa fé é condicionante para a salvação e conduz o salvo à obediência. Nesse entendimento, a fé antecede a regeneração, e não o contrário, pois não é possível ocorrer regeneração sem fé, embora uma não ocorra sem a outra, (Mc 16.16; Rm 10.9).

A fé, portanto, é um dom gratuito de Deus, Hb.11.1. Ela é a condição para o nascer de novo e assim ser salvo, sendo a nossa resposta à graça de Deus, uma resposta que só é possível pela própria graça. 

As obras como evidência de salvação são compatíveis?

A segunda negação paulina ratifica que a salvação “não vem das obras”, o que indica não se tratar de recompensa de algum ato humano. Nenhuma medida de esforço próprio ou de devoção religiosa pode operar nossa salvação. Nesse sentido devemos considerar que, “As exortações bíblicas para as boas obras foram dadas para que nós pudéssemos ser produtivos, não para que pelas boas obras pudéssemos ter a certeza da nossa salvação”. Essas afirmações excluem qualquer possibilidade de alguém ser salvo por esforço pessoal. Como a salvação é uma realização divina, agora “somos feitura Sua, criados em Cristo para as boas obras” (Ef 2.10). Uma transformação ocorreu em nós e em Cristo somos uma nova criatura, e as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo, (2 Co 5.17). Por isso, o apóstolo torna a usar a metáfora do andar com Cristo ou não, e afirma “ noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo” (Ef 2.2-3), porém, doravante, devemos “andar fazendo boas obras” não como meio para ser salvo, mas como evidência de salvação pessoal. (2.10c).

Busquemos o que é do alto, pois o que é do mundo é passageiro.

Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

1 João 2:16,17

Quando você diz não ao desejo da carne e diz sim para caminhar em santidade com Jesus Cristo ao seu lado, é liberto da escravidão, das amarras do pecado, dos medos e das angústias. Quando não pensamos em nossos atos, sejam eles pequenos ou grandes, alguém sofrerá as consequências deles.

O jugo da carne leva ao pecado e o pecado leva à morte.  

Carnalidade não é sinônimo de vida abundante. Os que se atiram de corpo e alma aos desejos da carne não irão experimentar a vida plena que Cristo prometeu, quando disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (João 10:10).

A carne escraviza, e em lugar nenhum na Bíblia a escravidão é vista como algo bom e doce. O profeta Jeremias, ao escrever o livro de lamentos, retrata o jugo de escravidão que o pecado trouxe ao povo de Israel:

“O jugo das minhas transgressões está atado pela sua mão; elas estão entretecidas, subiram sobre o meu pescoço, e ele abateu a minha força”. Lamentações 1:14.

O jugo que a carne impõe sobre nós é terrível. Ela consome a nossa força e nos torna totalmente miseráveis. Os efeitos são devastadores e sufocantes, tal como uma morte por asfixia, quando falta o ar essencial para a manutenção da vida. Escravos não se sentem à vontade, porque são escravos. Da mesma forma, quando a carne toma as rédeas da nossa vida, nos tornamos seus escravos e então passamos a experimentar toda a miséria que esta escravidão acarreta. A satisfação imediata dos desejos da carne traz um alívio repentino, mas carnalidade debilita nossa alma e nos joga na sarjeta. Ficamos totalmente dependentes dos desejos da carne, propensos a fazer o possível para preencher o vazio dentro de nós. E a vida passa a ter um sabor amargo, a paixão de servir ao Senhor já não nos motiva mais, a mente se torna um depósito de lixo e perversão moral: um triste quadro do cativeiro da carne.

Além disso, a carnalidade em nossa vida tem um enorme poder de nos tornar indiferentes às coisas espirituais. Sutilmente, a carne direciona nosso pensamento para a satisfação de desejos que estão em conflito com a vontade de Deus, e assim, passo a passo, estabelece um padrão de conduta que não prioriza o reino de Deus e a Sua justiça. Quando a indiferença em relação ao reino de Deus se instala em nosso coração, é sinal de que a carne tomou as rédeas e está controlando nosso modo de pensar e agir. Esta apatia espiritual traz grandes prejuízos, que somados à escravidão já estabelecida pela carne, resultam em mal-testemunho e falta de ânimo para trabalhar na obra do Senhor.

Quando a carne toma as rédeas da nossa vida, podemos ter uma certeza absoluta: nunca iremos experimentar a vida que Cristo prometeu, de gozo, paz e plena comunhão com Ele. Carnalidade não se harmoniza com espiritualidade. Uma exclui a outra. Portanto, precisamos decidir quem vai ter as rédeas da nossa vida. Se as entregamos à carne, as consequências serão horríveis. Se as entregamos ao nosso Salvador, Cristo Jesus, teremos vida plena, abundante e feliz, conforme a Sua Palavra nos assegura. Então, sem mais demora, entreguemos hoje e sempre as rédeas do nosso viver nas mãos d’Aquele que sabe como nos conduzir para honra e louvor do Seu Maravilhoso Nome.

O apóstolo Paulo nos ensina como vencer a carnalidade. 1Coríntios 3:1-23.

Paulo tinha  repreendido aos coríntios por seguirem os homens e exaltarem a sabedoria mundana. O capítulo três declara a causa radical desses pecados: a carnalidade.

A carnalidade escraviza o ser humano.

1Corintios (3:1-4, 18-20): Paulo repreendeu os sintomas da espiritualidade infantil dos coríntios: 1. Sua alimentação. Eles não podiam tolerar carne forte (isto é, verdades espirituais profundas), somente leite (isto é, os fundamentos). 2. O ciúme e a discórdia. Os irmãos competem entre si tentando mostrar-se superiores uns dos outros. 3. Sua exaltação de pregadores. Os coríntios tentaram aliar-se com um pregador ou outro, criando partidos rivais. 4. Seu orgulho. Eles pensavam que eram sábios (3:18), cheios de conhecimento (8:2) e espiritualidade (14:37). Egoísmo e presunção cegavam-nos para suas verdadeiras necessidades espirituais.

Ensinamentos corretivos para vencer a carnalidade. 1Corintios  (3:5-9, 21-23). 

Paulo enfatiza a posição inferior dos pregadores. Eles eram meros servidores de Deus, mas é ele quem dá o crescimento e que recompensa os pregadores de acordo com seu trabalho (não de acordo com sua eloqüência ou inteligência). Além do mais, ciúme, rivalidade e jactância sinalizam sentimentos de inferioridade. Mas nenhum cristão precisa provar ou "reivindicar" nada porque Deus nos deu todas as coisas em Cristo.

O crente faz parte do edifício de Deus que é a igreja. 1Coríntios, (3:10-17): A igreja é o edifício de Deus, composto de Cristo como fundação e aqueles que são trazidos a Cristo como materiais de construção (veja Efésios 2:19-22; 1 Pedro 2:5) . Paulo instrui pessoas que fazem três tipos de coisas para o edifício de Deus: lançar a fundação, construir sobre a fundação e destruir o edifício. Àqueles que estão lançando a fundação , ele insiste que Cristo seja o material exclusivo. Desde que a filosofia e a sabedoria mundana são vazias, aqueles que pregam o evangelho precisam pregar aquelas coisas reveladas pelo Senhor. Àqueles que estão construindo sobre a fundação ele encoraja o cuidado. Os construtores trazem vários tipos de pessoas a Cristo. alguns são duráveis ​​como ouro, prata e pedras preciosas; outros são altamente inflamáveis ​​como madeira, feno e palha. No fogo (isto é, no tempo da tribulação e da tentação) a qualidade destes discípulos se manifesta. Alguns construtores encontram suas "obras" (isto é, convertidos) destruídas pelo fogo da aflição. Ainda que grandemente desapontados, esses mesmos construtores serão salvos desde que provavelmente resistiram ao fogo. 

Quatro motivos para pedirmos perdão. A confissão gera perdão. (Sl 32.3-6).

O apóstolo João diz que “se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós” (1Jo 1.8). Isto significa que apesar de estarmos perdoados e do pecado já não mais fazer parte do cotidiano da nossa vida, de momento somos traídos pela velha natureza e somos arrastados à prática de um pecado que gostaríamos ter evitado. Ler Rm 7.15; 1Jo 1.9.

1. A Confissão gera Saúde material e espiritual. Sl 32.3. O peso de uma consciência acusadora por causa de pecados encobertos, não confessados, constitui-se numa das principais causas de doenças psicossomáticas. Davi confessa o envelhecimento precoce de seus ossos, resultante do acobertamento de seus pecados. Noutras pessoas, o complexo de culpa gerado por pecados encobertos, causa problemas renais, hepáticos, psiquiátricos, de medo, insônia, enjôos, etc. Com este ponto de vista corrobora o testemunho de um psiquiatra cristão que disse que se pudesse comunicar perdão aos seus clientes, teria 70% deles curados em menos de 24 horas. Não estamos dizendo que todos os casos de enfermidades têm como sintoma pecado encoberto e por confessar. Concordamos, sim, que o nosso povo poderia gozar de saúde caso descobrisse o poder sanador da confissão. Tg 5.16.

2. A Confissão gera a Alegria de Cristo em nós. (Sl 32.4). Face os seus pecados não confessados, Davi se sentia dia e noite sob a mira do juízo de Deus. Em decorrência disso ele diz: “o meu humor se tornou em sequidão de estio” (Sl 32.4). A pessoa que usufrui do perdão divino é alguém que goza de paz com Deus e consigo mesmo; é uma pessoa bem-humorada. Seu rosto retrata o Novo Testamento. É uma pessoa que tem estima por si mesma e pelos outros. É alguém que pode cantar: “Já se foi, já se foi, já se foi; todo o peso da minha alma já se foi”.

3. A Confissão gera a paz incondicional. (Sl 32.5). Pecado confessado é pecado perdoado, e onde existe perdão, existe paz. Tão logo confessou o seu pecado ao Senhor, Davi pode dizer: “…tu perdoaste a maldade do meu pecado” (Sl 32.5). A tumultuada vida de então, dá lugar a bonança gerada pela certeza do perdão divino. “O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28.13).  Perdoados e justificados pela fé temos paz com Deus, (Rm 5.1).

4. A Confissão Requer Diligencia. (Sl 32.6). Apesar da possibilidade do crente vir a cometer pecado (1Jo 2.10, somos instados pelas Escrituras no sentido de não nos acostumarmos no estado de pecado, porque, segundo escreve o salmista, poderá chegar um momento em que Deus, por causa da nossa familiaridade com o pecado não estará disponível a nos perdoar (Sl 32.6; Is 55.6).

Cinco bênçãos decorrentes do perdão. (Sl 32.7-11). Muitas são as bênçãos alcançadas pelo crente, decorrentes do perdão divino. Dentre essas se destacam as seguintes:

1) Abrigo. (Sl 32.7). Perdoado dos seus pecados confessados, disse Davi acerca de Deus, o seu perdoador: “Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da angústia; tu me cinges de alegres canto de livramento”. Deus promete abrigo seguro, junto ao seu coração, àquele que anda em retidão na sua presença (Sl 24.3,4). Cf  Pv 18.10 com 2Sm 22.3,51).

2) Instrução. (Sl 32.8). Só o homem perdoado pode gozar do privilégio de ser entregue aos cuidados e instruções do Senhor para sua recuperação. Nascido do Espírito, ontem, hoje e sempre o crente perdoado sabe que pode confiar na direção de Deus para com a sua vida. (Jo 3.8).

3. Inteligência. (Sl 32.9). O cavalo e a mula precisam de cabresto para ser puxados; o crente, porém, é conduzido pela voz interior da mente de Cristo que nele habita (1Co 2.13). Ler 1 Jo 2.27.

4. Confiança. (Sl 32.10). É extremamente confortador saber que, numa época quando as instituições seculares estão a fracassar e as promessas humanas a falhar mais e mais, podemos exercer confiança no Deus eterno, pronto a cumprir a sua palavra fielmente. (Jr 1.12; compare com Pv 23.18).

5. Regozijo. (Sl 32.11). A alegria no Senhor, como um estado de alma, chama-se “regozijo” ou “gozo”. É um privilégio exclusivo do homem e da mulher perdoados. É um estado de alma só experimentado por “aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto…” (Sl 32.1). O crente deveria jamais esquecer do imerecido perdão divino. O perdão alcançado em Deus fecha as portas que ficam detrás de nós, enquanto abre de par em par as portas do porvir. (Sl 116.12-14).

Felizmente temos um Deus bondoso, um Pai bondoso e capaz de nos perdoar e nos limpar de nossos pecados quando verdadeiramente arrependidos. Por isso, devemos levar nossos pensamentos a Cristo e não sermos escravos da carne. Deixe-a sobre os pés de Jesus.

Lembre-se que o prazer carnal momentâneo leva à morte, quando não leva à morte física, leva à morte espiritual, emocional, social ou familiar. Então, escolha o domínio próprio, deseje ter uma vida em santidade, volte sua mente ao Espírito Santo e não se deixe dominar pelo pecado que tão de perto nos rodeia.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 19 de junho de 2023

O MODERNISMO RELIGIOSO DOS EVANGÉLICOS

O MODERNISMO RELIGIOSO DOS EVANGÉLICOS.

 

As sete igrejas da Ásia e as cartas aos seus pastores chamados de “ao anjo da igreja”, estão descritas no livro de Apocalipse capítulos 2 e 3 e nos dão uma demonstração clara daquilo que estamos vendo hoje dentro das igrejas evangélicas.

O modernismo religioso e os falsos evangélicos travestidos de moralistas, operadores de milagres e a enganação até dos escolhidos. Mateus 24.24.

A Igreja tem um papel insubstituível neste mundo, que é o de anunciar o Evangelho e edificar os santos. Mas constantemente modismos e ondas de eventos modernos adentram as portas dos templos, corroborando para a desvirtuação dos ensinamentos eclesiásticos e desviando os cristãos do cristianismo bíblico, daquilo que as Escrituras apresentam como verdade insubstituível.

Um dos exemplo destes modismos, é a famigerada “Teologia da Prosperidade”, que popularizou-se nas mais diversas denominações, manchando a reputação até mesmo de igrejas tradicionais, que em muitos casos se deixaram seduzir pelos falsos ensinamentos de fartura de riquezas terrenas e barganhas ou negócios com Deus.

Mas algo novo surge por aí e vem se popularizando cada vez mais, tomando os púlpitos em um ritmo acelerado e sendo aceito por todo o tipo de liderança. Falo desta onda da “Teologia Coaching”, que visa substituir a pregação do Evangelho, das sãs doutrinas de Cristo, por palestras de orientação profissional, motivacional e de autoajuda. Serve mais para treinamento profissional, psicológico, motivacional do que para o verdadeiro objetivo da palavra de Deus que é a salvação das pessoas.  

Reitero que nada tenho contra coaching ou contra qualquer tipo de orientação ou treinamento profissional ou motivacional, ainda que tenha algum receio com autoajuda que envolve a área psicológica e deve ser tratada exclusivamente por profissionais da área  o que não vem ao caso neste artigo. Minha real preocupação é com o uso dos púlpitos, que deveriam servir unicamente para a pregação, ensino, doutrina da Palavra de Deus, porém estão sendo tomados pela valorização deste tipo de palestras que enaltece somente a competência e as habilidades do ser humano. O púlpito e o templo devem ser usados exclusivamente para ministrações objetivas das ordens de Jesus para a salvação do pecador. E, que a primazia seja o louvor, a honra e a glória totalmente para o Senhor Jesus. Sem a direção do Espírito Santo as coisas só andam para os prazeres materiais onde os ministradores gozam dos deleites e prazeres da sua habilidade em convencer os seus ouvintes, enquanto que com o Espírito Santo na direção total do púlpito a honra e a glória são e vão cem por cento para Deus, independentemente de quem esteja com o microfone na mão. A Bíblia Sagrada não pode ser deixada para segundo plano, ela deve ser manuseada e exposta do início ao fim de tudo o que se ministra no púlpito da igreja.  

Faz-se necessário uma crítica sincera a estes e outros modismos. A Igreja jamais deve aceitar a substituição do ensino doutrinário da Bíblia por qualquer outra coisa. Sei que para muitos isso é ser saudosista, mas para mim trata-se apenas de valorizar a Palavra de Deus e o Santo Evangelho. Como disse Lutero: “Minha consciência é escrava da Palavra de Deus”.

É evidente que, como já disse, a Igreja tem o papel de edificação, e isso pode incluir o desenvolvimento pessoal, profissional e social, no entanto, existem lugares e espaços em outros locais  para o uso de ferramentas de coaching e outras matérias seculares de Faculdades de Ciências Sociais. Utilizá-las nos cultos e nos púlpitos das igrejas, abandonando as mensagens evangelísticas e doutrinárias de seus pastores, no entanto, é o mesmo que substituir a Palavra de Deus por qualquer outro evangelho.

Pregadores que abandonaram os honrosos títulos eclesiásticos, adotando agora o “coach” e “master coach” como forma de competência para utilizar os púlpitos, com o objetivo de falar de temáticas que nada tem a ver com o cristianismo, são no mínimo neófitos. Para nós, evangélicos, isso representa o abandono da fé.

A Igreja não deve se reunir em seus templos para ouvir palestrantes de orientação profissional, autoajuda ou motivacional, mas sim pastores e profetas que ministrem a Palavra revelada por Deus. Muitas vezes pessoas repetindo textos de livros de autoajuda e recitando frases desconexas sem citar o autor tomam os púlpitos com o objetivo de vender a imagem de vencedor para promover o comércio de produtos.

A Palavra de Deus adverte: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema”, (Gálatas 1:8). O que Paulo está afirmando, é que nada pode substituir os ensinamentos da Palavra de Deus.

Se já não bastasse a série de heresias que temos de enfrentar, ainda precisamos explicar sobre a importância de manter nossos púlpitos focados na Palavra de Deus. Todo o nosso esforço pastoral em conduzir aqueles sob nossa responsabilidade através de uma pregação genuína, hoje vem sendo confrontado com técnicas mirabolantes e milagrosas de autoafirmação.

O pastor da igreja, o anjo que guia o rebanho de Cristo, ele é a autoridade máxima e o maior pregador em nossos púlpitos. Tratando das questões espirituais, nenhum conhecimento acadêmico pode preparar alguém para a excelência do santo ministério. Tão pouco quando esse conhecimento tem a pretensão de substituir a Palavra de Deus.

Que a Igreja possa lembrar-se disso, e os líderes venham a se conscientizar de que a “Teologia” do Coching é apenas um modismo que pouca coisa acrescenta para o crescimento espiritual dos santos. Deus possa nos conduzir através de um caminho de santidade e referência a Sua Palavra.

Outra decadência da Igreja é a introdução da cruz nos seus púlpitos.

Já ouviu falar sobre o Dia da Santa Cruz? Com tantos elementos sagrados, cristãos e não cristãos, em diversas culturas, são ensinados a fazer uso e venerar, adorar adereços de idolatria como crucifixos, terços, imagens, ícones, contas, búzios, estrelas e luas, e até existe um dia só para a adoração da cruz dando assim bastante relevância à este símbolo do Catolicismo.

De acordo com o Catolicismo Romano, o Dia da Santa Cruz é “considerado uma celebração cristã, em que o símbolo da cruz é adorado, homenageado e lembrado como um instrumento de salvação, com o objetivo de reforçar o episódio da crucificação de Jesus.

Para os defensores desta tese a cruz é tida como um dos elementos centrais da fé cristã. Dizem: “Neste dia, os fiéis celebram a vitória de Jesus sobre a morte, o pecado e o Diabo, conquistada na cruz”.

Só que se esquecem que quem salva é Jesus, quem morreu por nós foi Jesus e nada deste mundo substitui o sacrifício de Jesus na cruz do calvário para nos livrar da condenação eterna. Quem salva é Jesus e quem deve ser adorado é Jesus e não a cruz.

A data da adoração da cruz é  14 de setembro, foi escolhida porque no ano de 335 a Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, foi inaugurada. Como já diz o nome, a igreja está localizada no lugar em que acreditam ser onde Jesus foi sepultado. No Brasil a data de sexta-feira da paixão é dedicada às cerimônias de adoração da cruz sem a imagem do senhor morto que é retirado dela para que ela seja adorada pelos fiéis católicos.

Constantino (272-337), ex-imperador romano, buscava encontrar relíquias de Cristo, incluindo a “Vera Cruz de Cristo”, ou seja, a verdadeira cruz em que Jesus foi crucificado. No meio de buscas e escavações, acreditou-se ter encontrado a tal cruz e o local do sepultamento e ressurreição de Cristo. Dessa maneira, construíram nesse território a basílica do Santo Sepulcro.

A cruz é um símbolo de maldição e de morte. Principalmente usada por romanos, era uma ferramenta de assassinato, exposição e vergonha. Se olharmos a história da simbologia do cristianismo, no início era usado o símbolo do peixe para distinguir os cristãos na época das perseguições do império. Não, não é porque os discípulos eram pescadores ou porque Jesus multiplicou peixes, junto com pães, quando alimentou a multidão. O símbolo foi escolhido pois, em grego, a palavra “peixe” (ICHTHUS ou ICHTHYS) pode ser também um acróstico para “Jesus Cristo Deus Filho Salvador”, (Iesus CHristus THeos Yios Soter).

Mais tarde, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e a cruz foi sacralizada e aceita como símbolo cristão de adoração. Com o passar do tempo, a cruz com o Cristo crucificado, o crucifixo, fica marcada como imagem católico-romana, e alguns protestantes, a fim de se distinguir da religião católica, começaram a usar a cruz vazia. Entretanto, no Brasil, tem-se uma aversão maior. Na colonização do nosso país, os protestantes negaram qualquer ponto de referência com a Igreja Católica Romana, de modo a realmente estabelecer uma distinção e um distanciamento. Vemos que as igrejas católicas são todas pintadas e cheias de símbolos e imagens de santos, enquanto as evangélicas não têm tais adereços. Já em outros países, mesmo em igrejas protestantes, vemos pinturas e vitrais decorativos.

Temos a convicção da importância do sacrifício substitutivo de Jesus na cruz e em nossas vidas. A Bíblia nos instiga a olhar para Cristo, autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12.2), e pregar o Cristo crucificado (1 Coríntios 1.23). Idolatrar objetos desfaz completamente o significado do Evangelho de Jesus. O modernismo religioso trouxe muitas outras inovações para o meio evangélico, inclusive trouxe a cruz para cima dos púlpitos.

Igrejas de preto, o quê é e porquê? O preto lembra o pecado, a tristeza, o velório e a dor.

Em contrapartida observo que alguns centros de umbanda estão usando o branco em seus salões envidraçados com muita luminosidade para que os transeuntes enxerguem do lado de fora o que passa no lado de dentro; no réveillon todos são incentivados a vestirem-se de branco, na maioria das celebrações espiritistas de qualquer linha branca ou de outras cores, as vestimentas e indumentárias são brancas. Enquanto isso nós, os evangélicos, nos escondemos na escuridão para que os de fora não enxerguem o que se passa no lado de dentro de nossas reuniões de cultos e louvores a Deus.

Será que os Cristãos estão com vergonha de serem identificados como cristãos ou estão com vergonha do seu comportamento diante da sociedade e não podem ser identificados como membros de uma igreja evangélica?

Fica aqui minha observação. Respeito a opinião de cada pastor, de cada líder religioso e proponho que sigam na direção que Deus lhes deu neste mundo de novas ideias sem que se dilua a mensagem do evangelho.

Não substitua a mensagem da verdade por outras mensagens que, por mais bonitas e mais bem preparadas que sejam, não vão levar as pessoas ao arrependimento e à conversão a Cristo Jesus.

Ficaria contente se nestes templos pretos e sem luminosidade, os pastores pregassem contra o pecado, falassem da necessidade de arrependimento, da necessidade da purificação pelo sangue de Jesus. Se os pastores levassem as pessoas a mudarem de vida para que sejam libertas dos demônios e batizadas no Espírito Santo, se houvesse manifestações demoníacas nos cultos o que é raridade hoje e se parassem de pregar sobre autoajuda e conclamassem seus ouvintes a uma mudança radical de vida, repito, se tudo isso ocorrer dentro de um ambiente preto e lúgubre, voltarei atrás no que escrevi, mas, de maneira geral e na maioria das vezes  muda-se a cor do templo e muda-se também a “cor” do evangelho, tudo para a glória do homem e não para a glória de Deus.

Um conhecido pregador e avivalista disse algo muito importante ao lembrar que o que transforma o homem não são as inovações teológicas e mudanças doutrinárias mais convenientes a si mesmo e aos seus ouvintes mas a verdadeira transformação vem de um coração quebrantado e arrependido diante de Deus.

O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças, políticos e púlpitos, corrupção e  santificação, usos, costumes e vaidade, céu e inferno, riquezas e luxúria  etc, tudo em nome da modernidade e da modernização da Igreja e do evangelho. Porém o evangelho de Jesus nunca mudou e nunca mudará, quem tem que mudar é o homem e se converter de verdade ao Senhor Jesus.

Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada de desrespeito à Deus, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela, pratiquem a palavra de Deus, preguem a palavra de Deus. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam prazer e satisfação, tudo em nome da felicidade. Na falta de pão, se alimentam com cinzas, rejeitando o caminho do Senhor e seguem avidamente pelo caminho da tolice.

O que é mentoria e o que você precisa saber antes de contratar uma sessão

O que é mentoria? É uma inovação de iniciativa avançada e comercial que adentra nas igrejas transformando-as em empresas lucrativas de cunho religioso para que aumente suas rendas e seus lucros como em qualquer empresa de qualquer ramo comercial, industrial, etc; teem que dar lucros, se não der lucros, troca-se os administradores.

Poderíamos resumir a mentoria da seguinte forma: alguém com mais experiência profissional em determinada área transmite conhecimento para alguém com menos experiência. A Mentoria é muito usada para aplicação em todos os ramos da área comercial, bancária, bolsa de valores e mais recentemente adentrou nas igrejas assim como o coaching, sendo concorrentes um do outro e às vezes funcionando dentro do mesmo conceito dentro das igrejas e ministérios.

Nesse processo, todo o aprendizado se dá por meio da relação mentor-mentorado. Geralmente a mentorial é realizada através de contratação por um tempo combinado entre as partes.

Quem ocupa a posição de mentor é sempre uma pessoa especialista em determinada área, com vasta experiência de mercado e resultados acumulados em sua carreira profissional. Ao assumir essa posição, se mostra disposto a repassar seus conhecimentos obtidos ao longo de sua trajetória de amplas experiências

Já o mentorado é um indivíduo que deseja aprender com a experiência do seu mentor para se fortalecer pessoal e profissionalmente e, enfim, alcançar maiores e maiores resultados.

Diferente de um curso ou treinamento, a mentoria é personalizada. Isso porque o papel do mentor, durante uma mentoria, não é discutir assuntos genéricos e abrangentes. Este deve se posicionar como um guia para questões específicas do mentorado, instruindo-o na resolução de um problema ou promovendo a aquisição de um aprendizado necessário.

Por ser alguém mais experiente, o mentor consegue entender a fundo a situação particular do mentorado. Partindo disso, compartilha vivências que se relacionem com essa situação e traz orientações relevantes e aplicáveis.

Como a mentoria funciona na prática?

O processo é conduzido por meio de questionamentos por parte do mentor, que também oferece sugestões, propõe provocações e compartilha experiências que possam contribuir com o andamento da mentoria.

Lembre-se: o mentor é um profissional que pode agregar muito valor com a sua própria experiência profissional, que envolve tanto os seus grandes acertos, quanto seus maiores erros.

O conhecimento que o mentor transmite, no intuito de impulsionar e acelerar a carreira do mentorado, foi resultado de anos em campo, errando, aprendendo e melhorando. Ele é aquele que um dia andou para que outros pudessem correr.

Em todo caso, a mentoria é uma conversa. Portanto, mesmo que o mentor seja a figura com mais experiência, o mentorado tem pleno espaço para tirar quaisquer dúvidas e os tópicos discutidos sempre serão referentes ao momento profissional específico desse mentorado.

Inclusive, vale ressaltar que uma mentoria pode acontecer em apenas uma conversa ou se estender para uma série de encontros. Tudo depende da demanda do mentorado.

Qual o papel da mentoria no sucesso de startups e grandes corporações?

Por que será que algumas empresas parecem ter profissionais mais qualificados que outras e, consequentemente, alcançam mais rápido as suas metas de crescimento? Será que é apenas uma questão de mau recrutamento?

Na verdade, não é bem assim.

Segundo pesquisas da Harvard Business Review, 75% dos colaboradores de empresas estão insatisfeitos com o programa de capacitação de onde trabalham, e apenas 12% conseguem realmente aplicar no dia a dia coisas que aprenderam em cursos ou treinamentos que a empresa disponibilizou.

Muitos empreendimentos bem-sucedidos já notaram a insuficiência dos programas de treinamento convencionais e, por isso, fogem da regra de aprimorar as habilidades dos times por meio de cursos e treinamento com pouca aplicabilidade no dia-a-dia.

A maioria esmagadora desses empreendimentos, desde startups até grandes corporações, passou a utilizar a mentoria como processo inovador de desenvolvimento de pessoas, visando preparar seus colaboradores no enfrentamento dos desafios do cotidiano empresarial.

Inclusive, uma pesquisa da Forbes apurou que mais de 71% das empresas da Fortune 500 possuem programas de mentoria para desenvolvimento organizacional.

Nesse mesmo sentido, um estudo da Endeavor mostra que 92% dos empreendedores acham que a presença de um mentor impactaria diretamente no crescimento das suas empresas.

Essa mudança é resultado da constatação de que a troca de experiências que a mentoria permite é uma das alternativas mais eficazes para instruir profissionais na resolução de problemas de forma estratégica, eficiente e humana.

Afinal, qual o grande diferencial das mentorias? 

Os cursos e treinamentos convencionais são feitos de maneira excessivamente técnica e com conteúdo extremamente abrangente, trazendo conceitos teóricos que nem sempre serão ou terão aplicabilidade prática imediata para o profissional.

Já a mentoria é um processo personalizado, que responde a dúvidas específicas do próprio mentorado e se preocupa em analisar a real situação profissional que este enfrenta, indo direto no seu ponto de dificuldade.

Além disso, as soluções trazidas na mentoria não vieram apenas do âmbito teórico, mas sim das experiências prévias do mentor, seus acertos e seus erros, o que enriquece muito o aprendizado.

Imagine, por exemplo, um curso de capacitação para gerente. Provavelmente, a carga horária das aulas será preenchida com discussões sobre recrutamento de pessoas, comunicação interna, e mais outros assuntos abrangentes da área.

A questão é: será que isso é suficiente e realmente eficaz para uma pessoa que domina os conceitos gerais de gestão, mas tem uma dificuldade específica em desenvolver liderança, por exemplo?

Se imagine na posição deste futuro gerente. Não seria melhor ter a liberdade de tirar dúvidas sobre o cargo baseado em suas próprias dificuldades e pedir conselhos para alguém que viveu algo semelhante e pode, de fato, ajudar?

Não nos entenda mal. É claro que os conceitos gerais devem ser seguidos e são de grande ajuda. Mas você concorda que de nada adianta se não puderem ser colocados em prática?

Algumas coisas vão além do papel e exigem conhecimentos mais palpáveis, com respostas melhor direcionadas. Por isso, a oportunidade de aprender com quem já sabe, que já errou e já acertou, deve ser levada em consideração.

Existem, inclusive, outras ferramentas de desenvolvimento pessoal e profissional no mercado, com algumas similaridades à Mentoria. É o caso do processo de coaching, consultoria e tutoria. Para sanar quaisquer dúvidas e permitir que você escolha a que melhor se encaixa ao seu momento, vamos explicar rapidamente a diferença entre elas.

Mentoria x Coaching

No processo de coaching, o foco está muito no emocional e no comportamento. A função do profissional desta área é trabalhar o psicológico da pessoa para que ela possa estar mentalmente preparada para dificuldades pessoais e profissionais. Por meio de metodologias, técnicas e ferramentas da própria modalidade coaching, busca-se apoiar a pessoa a ter reflexões de autoconhecimento e novos insights sobre sua vida e carreira.

Mentoria x Consultoria

Além do coaching, existe o consultor, que possui uma função relativamente parecida, mas com uma diferença: enquanto o coach trabalha o psicológico e o emocional para inspirar as pessoas a executar, o consultor busca executar junto.

Mentoria x Tutoria

O tutor é um profissional muito próximo a um professor. Ele sabe como executar e estudou para ter uma didática. Explica para as pessoas como fazer, mas sem se comprometer com o resultado final.

Então, por que escolher a mentoria?

A mentoria é uma ferramenta extremamente completa por unir todas essas três outras ferramentas de desenvolvimento: coaching, consultoria e tutoria.

O mentor é um especialista que estudou, executou e sabe ensinar. Sua didática envolve transformar todo esse conhecimento em informações práticas de aprendizagem para o seu mentorado.

Ao mesmo tempo, a figura do mentor inspira no mentorado um sentimento de liderança empática, estimulando-o a tomar melhores decisões em sua vida profissional.

O método que transforma o mentor em um verdadeiro guia.

Ninguém começa algo sem saber qual seu objetivo final. E isso não seria diferente com a mentoria.

Antes de entrar em contato com um potencial mentor, você precisa esclarecer ao máximo em sua mente qual o seu objetivo com essa mentoria, pois isso permitirá que as perguntas e respostas sejam mais direcionadas e que um plano de ação com metas específicas e assertivas seja criado.

Chamamos esse objetivo de GOAL e você pode defini-lo segundo um método chamado SMART. Isso significa que o seu objetivo precisa ser específico (Specific), mensurável (Measurable), preciso (Accurate), realista (Realistic) e com prazos claros (Timely).

Parece complicado, né? Mas, na verdade, é bem simples e tem tudo a ver com o que já explicamos sobre a mentoria ser um aprendizado individualizado.

O objetivo definido estabelece em qual lugar você quer chegar. O próximo passo é entender quais obstáculos estão no seu caminho. Portanto, algumas perguntas devem ser respondidas antes de iniciar seu processo de aprendizagem:

Quais são as minhas metas?

O que eu quero desenvolver? O que eu preciso desenvolver?

Onde eu quero focar neste momento?

Onde quero chegar com a mentoria?

Quais obstáculos me impedem de dar um passo na minha carreira?

O que eu busco de diferente?

Tenha em mente que, ao encontrar essas respostas é importante contextualizá-las para que o mentor consiga saber exatamente como te ajudar.

Durante a mentoria, um bom mentor te ajudará a chegar nesse objetivo e junto com você definirá o quão longe você pode ir baseado na experiência dele e na sua realidade.

Em alguns casos, essa relação pode ser feita de forma constante, com o mentor acompanhando o mentorado em mais de um só encontro, até que o mentorado se sinta seguro o suficiente para seguir com esse aprendizado por conta própria.

Vimos acima vários tópicos sobre coching, mentoria, tutorial, etc, nada disso substitui o evangelho pleno do Senhor Jesus que, através do Espírito Santo nos ensina, nos instrui e nos incentiva a realizar a obra de Deus. Ensinos doutrinários e capacitação para a obra de Deus são bem conhecidos dos obreiros nas escolas bíblicas para obreiros, reuniões ministeriais onde são ensinadas matérias de incentivo aos obreiros ávidos por ganhar almas para o Senhor Jesus como no início da Igreja dos apóstolos em Atos dos apóstolos.  

O evangelho do entretenimento só alegra a carne.

“Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”. (1 Coríntios 14:26).

Nunca o mundo esteve tão religioso, e as igrejas tão mundanas. Não se faz mais distinção entre shows e cultos de “adoração” a Deus. Em algumas reuniões, os jovens utilizam gritos característicos das torcidas de futebol, como “Ê-ô, ê-ô, Jesus Cristo é o Senhô ô ô ô ô ô ô ô rrr” ou “Eu já falei, vou repetir, é Jesus Cristo que comanda isso aqui!”, além de dançarem ao som de ritmos pra lá de “vibrantes” e extremamente extravagantes.

Há igrejas cujo púlpito é uma prancha de surf e outras que o púlpito é um ringue de luta livre e artes marciais, frequentadas por jovens que, nos “cultos”, vestem bermudas, calçam chinelos esotéricos além de exibirem tatuagens e piercing. Para arrecadar fundos extras, algumas denominações realizam festas similares às juninas, permitindo que seus membros dancem as tais quadrilha no “arraiá evangélico e no arraiá do jesusão ”. E há até igrejas que promovem uma espécie de “Halloween Evangélico”, dia das bruxas dos evangélicos, alterando o nome para “dia do Elohin”, fazem e participam do carnaval evangélico como se Jesus aceitasse estas orgias mundanas de profanação.

O que é o evangelho do entretenimento?

O evangelho do entretenimento tem transformado os cultos que deveriam ser dedicados única e exclusivamente a Deus em meros ajuntamentos para pular, gritar, dançar, assobiar, fazer “trenzinho”, cantar, cantar e cantar e cantarolar aos ritmos e aos gritos frenéticos. Trata-se de um evangelho “sem limites”, que pode ser comparado ao “fermento” dos Fariseus (Marcos 8:15), assim como os herodianos que eram liberalistas, modernistas, secularistas, irreverentes e fiéis às piores fases da tradição do Catolicismo Romano.

Nos “cultos-shows” não há espaço para a exposição da Palavra de Deus e muito menos para Deus, quem tem que ser honrado e adorado é o ministrador do show e o seu grupo ou banda de louvor. Em muitas dessas reuniões de “adoração extravagante”, expressão muito em voga na atualidade , a pregação, quando ocorre, é uma rápida palestra motivacional nos moldes já mencionados acima, voltada para o bem-estar dos espectadores, e não uma exposição da sã doutrina. Tudo é feito a fim de agradar e entreter a “galera” que masca chiclete o culto todo. Usam roupas, quer dizer, quanto menos roupas melhor ainda, e muitos nem percebem que estão com roupas indecentes, transparentes, rasgadas, apertadas ao extremo no corpo, para ficar bem sexy à vista do sexo oposto.

Imaginemos como o apóstolo Paulo reagiria em seu tempo se os crentes fossem aos cultos em busca de entretenimento e de prazer e felicidade unicamente material e pessoal.

O apóstolo Paulo, que sempre combateu a desordem, deu as seguintes instruções sobre a Ceia do Senhor: “…se algum tiver fome, coma em casa, para que não vos ajunteis para condenação”, (1 Coríntios 11:34). E, quanto aos dons espirituais, enfatizou: “…faça-se tudo decentemente e com ordem”. (1 Coríntios 14:40), ou seja com decência e com ordem é que a Igreja deve se apresentar ao Senhor no templo.

Jesus expulsou os mercadores, mercenários, que estavam comercializando dentro do templo.

Mateus 21:12-17 NVI

Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e lhes disse: “Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um ‘covil de ladrões’”. Os cegos e os mancos aproximaram-se dele no templo, e ele os curou. Mas, quando os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei viram as coisas maravilhosas que Jesus fazia e as crianças gritando no templo: “Hosana ao Filho de Davi”, ficaram indignados, e lhe perguntaram: “Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo?” Respondeu Jesus: “Sim, vocês nunca leram: “‘Dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor’”? E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde passou a noite.

Os vendilhões do templo continuam comprando e vendendo suas mercadorias, agora com outros nomes e idéias.

Uma das cenas bíblicas que quase nunca ganha destaque na fala dos religiosos é a dos "vendilhões do templo", (João 2,13-25). Trata-se da passagem em que Jesus Cristo expulsa os vendedores que ocupavam o templo, que é a Casa do Senhor. Na verdade, Ele fez isso duas vezes.

Na primeira vez, alguns meses depois de ser batizado, Jesus foi para Jerusalém, onde havia uma multidão para comemorar a Páscoa, quando o hábito era oferecer sacrifícios de animais, atraindo várias pessoas que aproveitavam a oportunidade para vender animais aos fiéis que chegavam a Jerusalém.

Então, quando Jesus chegou ao templo, logo observou vendedores de ovelhas, bois e pombas, pessoas que estavam lá apenas com o propósito de ganhar dinheiro. O Filho de Deus não deu conversa com ninguém, pegou umas cordas e fez um chicote, com o que colocou as ovelhas e os bois para fora do templo. Depois derrubou as mesas dos  vendedores e jogou as moedas deles no chão.

Visivelmente irritado, Jesus disse para os homens que vendiam pombas: "Tirem tudo isso daqui! A casa do meu Pai não é lugar pra ficar comprando e vendendo coisas!", deixando todos surpresos com o que estavam vendo. Três anos depois, a cena se repetiu. Jesus foi ao templo e expulsou os vendedores de novo, pedindo que todos respeitassem a Casa de seu Pai.

Dois mil anos depois, os vendilhões do templo não apenas seguem, bem como sofisticaram os modos e as “mercadorias”, agora vendem milagres, idéias para ficar rico, dentre outras coisas. Eles não vendem mais animais para sacrifícios, nem bugigangas e nem comidas. Nem cartela de bingos, em quermesses no fundo das igrejas  Agora os próprios pastores vendem a fé para pessoas desesperadas ou que foram doutrinadas, vendem danças e coisas nas barraquinhas de festas juninas dentre outras coisas, sem o menor temor de Deus .

Esses religiosos vendilhões adoram explorar  a fé do povo. Antes a Igreja Católica vendia indulgências, em que pessoas de posse compravam a remissão absoluta dos seus pecados e, por conseguinte, as penas temporais, tanto em vida quanto na morte, garantindo assim seu "pedaço de terra" na eternidade.

Agora a bandalheira está mais sofisticada. Jesus teria dificuldade para repetir a cena do chicoteamento, chutando o balde e derrubando as mesas. Ele teria que chicotear os próprios pastores vendilhões que enganam suas ovelhas temerosas por arderem no fogo eterno do inferno. E não se trata apenas de desviar os dízimos ou de tomar os bens dos mais miseráveis enganados pela promessa de uma prosperidade que só enchem os bolsos dos vendilhões.

Acabou o temor a Deus.

Muitos músicos, em nossos dias, orientados pelos propagadores desse falso evangelho, essencialmente comercial e também voltado para as preferências humanas, imitam os intérpretes mundanos, secularizando cada vez mais a liturgia do culto. Mas Deus não mudou, a Sua Palavra é a verdade. E nela está escrito: “Guarda o teu pé, quando entrares na Casa de Deus…”. (Eclesiastes 5:1).

Usam uma música incompreensível que é cantada repetidamente nestas reuniões.

É impossível imaginar o mundo sem a música. Ela está presente em todos os lugares, no rádio, televisão, cinema, discotecas, atividades políticas e cívicas, eventos sociais ou desportivos, comemorações, funerais, etc. A música, além de ser a linguagem universal da humanidade, é uma ciência e uma arte. Daí o salmista ter dito: “…tocai bem, técnica, e com júbilo, arte”, (Salmos 33:3).

O vocábulo latino “musica” vem da terminologia grega mousiké, que significa, “a arte das musas”. Na mitologia grega, há nove musas que patrocinam as ciências e as artes: 

Calíope (poesia épica), Clio (história), 

Euterpe (música), Melpômene (tragédia), 

Tália (comédia), Urânia (astronomia), 

Érato (poesia amorosa), Terpsícore (dança) e Polímnia (hinos).

Segundo o dicionário da língua portuguesa, a música é a arte e a técnica de combinar sons de maneira agradável ao ouvido. Agradável, não em relação ao gosto musical, mas no que diz respeito aos bons efeitos que ela deve causar ao ouvido humano. Para isso, a música precisa ser composta de emissões vibratórias com frequências bem definidas, que podem ser capturadas pelas limitações fisiológicas do ouvido. A limitação dos ouvidos humanos para não serem prejudicados é de até 80 (oitenta) decibéis.

Para o seguidor de Cristo, a música é muito mais que uma ciência, uma arte ou forma de expressão. É um meio pelo qual se adora ao Senhor, seja através dos cânticos, seja mediante a execução de instrumentos musicais, (Salmos 100, 150). Como servos de Deus, devemos cantar ao Senhor um cântico novo e adorá-Lo na beleza de Sua santidade. (Salmos 96:1,9).

Música profana na Casa de Deus? Pode isso?

Conquanto a música, uma das primeiras artes da civilização, seja atribuída a Jubal, filho de Lameque (Gênesis 4:21), ela teve origem no Criador, (Jó 38:7).

Os seres angelicais ocupam-se da verdadeira adoração a Deus por meio da música. (Lucas 2:13,14; Apocalipse 5:7-14).

Na terra, o cântico com música sacra é uma das tarefas mais sublimes dos servos do Senhor. (Salmos 149:1). E o louvor continuará sendo executado por toda a eternidade: “… o seu louvor permanece para sempre”. (Salmos 111:10). O louvor a Deus é considerado música sacra. Entretanto, nesses últimos dias, até a música secular está corrompida. Estilos românticos, sentimentais, artistas e folclóricos dão lugar a agressivos, frenéticos, lascivos e erotizantes ritmos, como o funk dos morros cariocas até o axé baiano, dentre outros. Essa deturpação diabólica, infelizmente, atinge as igrejas e os ministros de louvor devem pesquisas melhor para louvar a Deus em espírito e em verdade. Um amigo um dia passando em frente a uma “igreja evangélica” ouviu e viu os batuques  pulos e iluminação à base de velas, daí me perguntou de lá tinha mudado para terreiro de macumba; no entanto, lamentavelmente fui constatar que a igreja evangélica tinha se modernizado e adotado aquele padrão para seus fiéis.

Infelizmente a música sacra vem sendo submetida a uma dessacralização maciça e isso é uma forma de apostasia da fé. (1 Timóteo 4:1).

Dessacralização é o ato ou o efeito de subtrair, diminuir o caráter sagrado. É sinônimo de profanação, (2 Timóteo 3:2; Hebreus 12:6). No caso da música sacra, é desprovê-la dos elementos relacionados com o louvor a Deus, tornando-a vulgar, secular, mundana, como qualquer outra, chamando a atenção para os músicos e cantores, e não para Jesus, o único digno de louvor,  (Salmos 48:1). Lembre-se de que o Senhor habita entre os louvores, e não entre os cantores e músicos, muito embora Ele esteja presente onde há um verdadeiro louvor a Deus e um verdadeiro adorador que o adore em espírito e em verdade. (Salmos 22:3).

Embora Deus seja o autor da musica, isso não significa que todos os estilos musicais sejam dEle. A música é como o alfabeto. Por meio dele escrevem-se com as mesmas letras mensagens boas ou ruins; cristãs ou satânicas. Da mesma forma, compõe-se, com as mesmas notas, músicas próprias para o louvor ou impróprias; sacras ou profanas.

Hoje temos cultos afro nas igrejas evangélicas e carnaval de Jesus. A liberdade religiosa deve ser protegida sempre. Mas como podemos interpretar uma ação coletiva, que descaracteriza uma festa nacional, que tem raízes tradicionais afro-brasileiras sem perder o foco da adoração a Deus? Não tem jeito de Deus operar em lugares que o culto é deturpado.

Esta postura ataca o modo de ser e existir da parte da sociedade mais aviltada em seus costumes e em seu jeito de comemorar. O povo negro brasileiro assim como todos os outros de outras cores e etnias são todos bem vindos nas igrejas evangélicas. Cujo povo tem se mostrado tão fiel ao Senhor Jesus sempre realizando um louvor e adoração inigualável diante de Deus, não importando na cor das pessoas.

É sabido que o samba, o candomblé e outras manifestações populares negras têm a presença de pessoas brancas, indígenas e orientais, mesmo sendo de origem negra, e é salutar; o Brasil tem gente de quase todas as raças e cores do mundo inteiro, por isso é um povo abençoado por Deus, todos se respeitam mutuamente.

Mas indigno é desrespeitar os princípios destas manifestações cultural de origem e culto afro, aviltando e tentando apagar, de modo pervertido, usando dogma cristão evangélico que conflita com a liturgia do festejo. O louvor a Deus é incomparável em sua essência e não se mistura com nada deste mundo, Deus faz a diferença e se agrada do perfeito louvor de um coração puro diante do Senhor Jesus.

Pontos que afastaram as igrejas evangélicas do verdadeiro culto à Deus.

Tento não me concentrar tanto ou por muito tempo nas coisas desanimadoras que vejo, simplesmente porque penso que devo ser cuidadoso para não me tornar ressentido  quanto à estas tendências dentro das igrejas.

Nossas preferências musicais e nossa tendência nativa regional já é suficiente para sermos vigilantes quanto ao assunto. Mas, é verdade que há muitas coisas para causar preocupação. O apóstolo Paulo escreveu em 2 Coríntios 4:1-6 um texto bíblico que nos ensina muito e tem servido como um guia para quem quer agradar a Deus. Paulo diz que ele renunciou não somente os caminhos vergonhosos ou dissimulados, mas que ele também não “faz” algo simplesmente porque “funciona”. Em vez disso, ele expõe a verdade, e o faz de tal forma que a verdade do Evangelho e sua própria integridade estejam claras. Por outro lado, nós nos tornamos uma igreja muito pragmática; temos uma sede pelo tamanho, quando o maior é visto como o melhor.

Nós também temos semeado um culto à personalidade humana e ao presente século e não ao Senhor Jesus que nos redimiu. Temos visto materiais de indicação à vida ministerial declarando sem rodeios que eles, a congregação ou o ministério, precisam de um “comunicador extraordinário” para ser seu ministro, para “reinar", “para presidir”   sobre o rebanho. Esquecem-se que quem chama alguém para o episcopado é o Senhor Jesus que busca o melhor dentre os que desejam o episcopado. O apóstolo Paulo escreveu que “quem deseja o episcopado, excelente obra deseja”. Muita da nossa filosofia tem de fato se tornado muito mundana e as pessoas, com raras exceções escolhem sempre com os seus olhos e segundo seus interesses e não com o coração diante de Deus.

Uma evidência recente disto está na tranquilidade com que alguns cristãos hoje falam sobre “a qualidade do nosso culto”, ou seja querem impor limites ao Espírito Santo nos cultos. Mas ao contrário de seus antepassados que cultuavam a Deus diuturnamente, eles cultuam somente uma vez no domingo. Muitos pastores sabem que um culto noturno não teria muita presença por todos os tipos de razões que eu acho que não serviriam diante do Deus do universo que é digno de ser louvado e adorado, por toda eternidade. Você já se perguntou sobre o que Ele, Deus, pensa da qualidade dos nossos cultos?

Também é preocupante que estamos vivendo na era em que somos ministrados pelo líder de louvor, do líder dos jovens, da líder das irmãs, do líder dos varões ao invés de todos sermos ministrados pelo Pastor Presidente da Igreja onde congregamos e não pelo pregador convidado para algum evento.

Será que o quê fazemos e sobre o quê falamos, infelizmente e geralmente sobre nós mesmos, têm prioridade sobre Deus falar conosco? Aqui temos que aprender um princípio de autoridade, o cantor canta, os líderes de departamentos, lideram seus departamentos, os pregadores convidados, pregam, mas quem ministra a doutrina é o pastor da igreja ou do ministério.

Novamente vemos a falta da oração e da igreja que ora, como tem feito falta na obra de Deus a igreja que ora. Isto é o mais preocupante na realidade da vida da igreja, por esta razão temos construído templos luxuosos, igrejas aparentemente fortes em sua estrutura física, grandes, bem sucedidas e ativas, porém fracas espiritualmente, com grande relaxamento dos compromissos com Deus e com a doutrina sadia contida nas páginas da Bíblia Sagrada e no exemplo da Igreja dos tempos dos apóstolos. Hoje muitas das igrejas nunca se congregam para orar. Ressalto, nunca. Sempre as reuniões e cultos teem outros objetivos e não o de orar.  

Isso indica que se observarmos com cuidado sobre a vida da igreja, estamos em falta com Deus e com uma comunidade de crentes que às vezes gostariam de orar mais para ter mais comunhão com Deus.

Por outro lado, a marca do verdadeiro espírito apostólico na igreja é que nos entreguemos juntos à oração e à Palavra (Atos 6:4). Não me espanta que “crescia a palavra de Deus, e se multiplicava o número dos discípulos”, (Atos 6:7). Sendo assim, não deveria nos surpreender que enquanto muitas igrejas veem o crescimento, geralmente este crescimento é uma reposição de números, não de conversões. Desejo fortemente que nossas igrejas aprendam a manter as coisas principais no centro, que aprendamos a sermos verdadeiras igrejas, calorosos companheiros de oração, de ensino e ministração do Evangelho, e de amor mútuo genuíno. No final do dia, tal Igreja só precisa ser casa de oração para que visitantes sintam que essa é uma completa e sempre nova realidade para que o perdido pecador seja sempre bem vindo na casa do Senhor.

Tudo isso com muita gratidão e muita oração.

“muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder”.

A igreja do Senhor Jesus precisa orar mais para voltar ao primeiro amor e dar glórias a Deus para ser cheia do poder e da unção do Espírito Santo de Deus.

 Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.