segunda-feira, 12 de junho de 2023

A HISTÓRIA BÍBLICA DE ELIMELEQUE

A HISTÓRIA BÍBLICA DE ELIMELEQUE

 

Quem era Elimeleque na história bíblica?

Elimeleque pertencia à família hezronita, que habitava em Efrata de Belém no tempo dos juízes. Não só Elimeleque, mas também seus filhos Malom e Quiliom morreram em Moabe, voltando por isso Noemi e sua nora Rute para Belém, onde esta última casou-se com Boaz, seu parente mais próximo, 'da família de Elimeleque'. (Rute 1.2,3 - 2.1,3 - 4.3,9).

Rute 1.1-5.

1. E sucedeu que, nos dias em que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; por isso um homem de Belém de Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele e sua mulher, e seus dois filhos;2. E era o nome deste homem Elimeleque, e o de sua mulher Noemi, e os de seus dois filhos Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e chegaram aos campos de Moabe, e ficaram ali.3. E morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com os seus dois filhos.4. Os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o da outra Rute; e ficaram ali quase dez anos.5. E morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim a mulher desamparada dos seus dois filhos e de seu marido.

1. O que Elimeleque tentou fazer com a iniciativa de sair com sua família de um lugar difícil para um lugar aparentemente melhor?

2. O que deu errado?

3. Qual é a responsabilidade de um “pai de família”?

4. Até que ponto tenho direito de arriscar a vida da família para alcançar meus objetivos?

5. Quais cuidados percebemos que Elimeleque não tomou?

6. Quais cuidados você tomaria ao levar sua família para uma aventura de trabalho?

Podemos identificar algumas características que se relacionam a Moabe:

1. Moabe era uma fonte ilusória. Em momentos de crise alguns lugares parece “saltar aos nossos olhos” como melhor alternativa. Mas, na sede qualquer água suja parece ser melhor que a falta d’água. A terra de Moabe trouxe águas de morte.

2. Moabe era um atalho para conquistar e aquele momento pareceu a Elimeleque uma grande oportunidade de driblar a escassez e a fome onde ele morava com sua família. Há atalhos que nos fazem cortar caminhos, porém os problemas eram muitos maiores do que os vividos ali.

3. Moabe era fuga para as incertezas, era lugar de grande desafios. Há momentos que, sem perceber, o que buscamos é fugir de desafios, mas não podemos deixar a certeza do que temos de segurança para a família, por outros lugares com tantas incertezas e total insegurança para a família. Uma ilusão de que “fora do nosso campo de atuação” estaremos mais seguros permeia nossos pensamentos e nos sentimos mais seguros fugindo, mas, como no caso de Elimeleque, foi tantas surpresas desagradáveis que o levou à morte bem como dos seus dois filhos que já eram casados. À viúva Noemi sobrou só lamento e tristeza para ela e para suas duas noras.

4. Moabe era cemitério de sonhos. Observe que o lugar que buscava realizar sonhos foi o responsável pela morte deles. “Há caminho ao homem que parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. Pv.14.12.

5. Moabe é a terra que chama a atenção dos olhos por sua aparência, mas a realidade era outra. É interessante ver que, Elimeleque se guiou pelo “instinto”. Se guiou pelo que viu. Já vimos isso antes. O servo de Deus deve se guiar pela fé e sob as orientações de Deus  e não pela vista.

Ainda que a proposta seja muito tentadora; Ainda que você esteja sendo pressionado; Ainda que a responsabilidade seja dura; Ainda que o desafio seja grande. Nunca decida sozinho. Ore e peça a Deus a Sua direção através do Espírito Santo para guiar seus passos e suas decisões.

O retorno de Noemi de Moabe para Belém foi muito difícil, porque ela foi para Moabe com seu esposo Elimeleque e com seus dois filhos, agora retorna para Belém viúva e com uma nora que não a abandonou. Ela voltou para o seio de sua família onde poderia ter segurança para sobreviver.

Porque Elimeleque mudou de Belém para Moabe?

 O texto de Rt 1:1 mostra que a história do livro se passa no período históricos do Juízes. Esse período iniciou com a conquista da terra prometida ( cerca de 1400 a.C.) e terminou com o início do período Monárquico (1040 a.C.). O texto de Rt 4:17 mostra que Noemi foi Bisavó de Davi (1040 a 970 a.C.). Analisando as datas, percebemos que a História do livro de Rute se passa próximo do fim do Período dos Juízes, mais especificamente, entre o período que Sansão foi Juiz (1177 a 1157 a.C.; Jz 15:20) e o período que Eli foi Juiz (1157 a 1117 a.C.; 1 Sm 4:18). As tradições judaicas situam a história no início do período de Sansão como Juiz em Israel.

Embora o texto não faça menção a nenhum Juiz especificamente, Rt 4:17 deixa claro que a distância da história de Davi para a história de Noemi é de apenas duas gerações (Obede e Jessé). Se usarmos um pouco de lógica, um pouco de matemática básica e as informações que o livro dos juízes nos fornecem, sobre o tempo de ministério dos Juízes de Israel, chegamos à conclusão de que, de fato, a história de Rute se passou entre os ministérios de Sansão e Eli no intervalo de 1177 a 1117 a.C., aproximadamente.

Todas as datas citadas são baseadas nas datas chaves expostas por Samuel Schultz nos capítulos 6 e 7 de sua Obra “A história de Israel no Antigo Testamento”.  

Nesse período (1177 a 1117 a.C.), a ameaça dos filisteus foi terrível (Jz 13:1; 1 Sm 4). Devemos entender que o reino dos filisteus fazia divisa com o oeste de Judá. Já Moabe, lugar para onde Elimeleque migrou com sua família, fazia fronteira com o leste de Judá; ou seja, Elimeleque se afasta do Oeste, onde havia forte ameaça de invasão filistéia, e vai para o lado oposto, a leste, para as terras de Moabe, se afastando do perigo.      

A fome apontada no livro de Rute (Rt 1:1), com certeza, ocorreu devido a opressão dos filisteus que forçou os filhos de Judá a se afastarem das regiões fronteiriças a oeste. A morte precoce de Sansão (1157 a.C.) deve ter acelerado a invasão dos Filisteus a tribo de Judá conforme vemos em 1 Sm 4. Então, a decisão de Elimeleque em migrar para Moabe não foi uma decisão tão precipitada; com certeza, foi uma escolha que também visava proteger sua família da ameaça dos filisteus que vinha do Oeste, ao mesmo tempo que buscava fugir da escassez de alimentos (Rt 1.1) causada pela tomada dos filisteus da planície entre as tribos de Dã, Benjamim e Judá, que deveria ter sido protegida por Sansão (Jz 14.25), e havia ficado desprotegida.

Logo, afirmar que Elimeleque fez uma escolha precipitada, ou que lhe faltou fé para esperar no Senhor, ou mesmo que ele tomou a decisão mais fácil e racional, ao invés de esperar em Deus, é uma conclusão simplista diante de uma análise Bíblica mais acurada. Pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Quando os filisteus invadiram a região central de Israel (conforme 1 Sm 4), um pouco acima da cidade de Belém, encontraram uma resistência liderada pelos Juízes Samuel e Eli (1 Sm 4:1). Essa resistência fracassou miseravelmente (1 Sm 4:10), pois o Senhor queria despertar seu povo (1 Sm 7:3-6), ao mesmo tempo que estava trazendo juízo sobre a casa de Eli (1 Sm 2:27-36) e confirmando o ministério de Samuel como Juíz. (1 Sm 7:7-15).

A morte de Sansão e a derrota estrondosa de Israel sob o comando do sacerdote Juiz Eli, que culminou com o sequestro da arca do Senhor (1 Sm 4:11), assustaria qualquer morador de Belém de Judá, cidade bem próxima aos eventos. Não deve ter sido diferente com Elimeleque. É provável que a grande vitória que Deus concedeu a Israel, através do Ministério de Samuel, como narrado em 1 Sm 7:7-15, que culminou com a expulsão dos filisteus do território de Israel, pode ter ensejado a volta de Noemi e sua nora Rute para Belém de Judá, pois Rt 1:6 afirma que havia chegado até Moabe notícias que o Senhor havia visitado seu povo. Isso deve ter ocorrido por volta de 1107 a.C.

O socorro de Deus para uma mulher viúva que além de perder seu marido perdeu também seus dois filhos. Noemi foi terrivelmente amargurada mas as bênçãos de Deus alcançaram a sua posteridade. A Graça de Deus foi estendida a uma viúva Amargurada.

O apóstolo Paulo escreveu em Romanos 8.28: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”. O restante do livro de Rute se concentra no modo como Deus visitou a Noemi, tratando-a com doçura e bondade, a despeito da sua amargura dirigida contra ele.

Rute 1.6 introduz o conceito de que o Senhor “se lembra” do seu povo: “Então, se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o SENHOR se lembrara do seu povo, dando-lhe pão”. Literalmente, o texto fala de uma visitação do Senhor em benefício do povo de Israel. É interessante que a graça do Senhor se manifesta em meio a uma época turbulenta e a um povo obstinado e rebelde. Esta nota introduz a expectativa de que, apesar de a situação de Noemi ser de extrema dificuldade, Deus estava agindo, intervindo em seu beneficio e de seu povo, dando seguimento ao seu plano de redenção.

A amargurada Noemi, após seu retorno para Belém, começa a provar das doces manifestações da graça do Senhor. Primeiro, através do suprimento das suas necessidades. O capítulo 2 tem início com a narrativa da ida de Rute aos campos de Boaz: “Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores; por casualidade entrou na parte que pertencia a Boaz, o qual era da família de Elimeleque” (v. 3). Nada acontece por casualidade num mundo governado por Deus. A forma como as palavras aparecem no hebraico sugerem a existência de “algum plano subjacente ao acidental”. A intenção do autor é criar exatamente a impressão oposta. Ele deseja que o leitor perceba a mão invisível de Deus agindo providencialmente, guiando todos os passos de Rute. Deus guiou, conduziu cada passo de Rute ao campo de Boaz. Alguém disse que, “a mão de Deus está nos bastidores, guiando as vidas de Rute e Noemi, porque Ele gosta de cuidar daqueles que fazem dEle o seu refúgio”.

Isso mostra como a graça de Deus foi estendida também a Noemi, por ter ela sido participante de tudo o que Rute colheu ali: “Esteve ela apanhando naquele campo até à tarde; debulhou o que apanhara, e foi quase um efa de cevada. Tomou-o e veio à cidade; e viu sua sogra o que havia apanhado; também o que lhe sobejara depois de fartar-se tirou e deu a sua sogra” (2.17-18). Noemi começa, então, a reconhecer a boa mão de Deus naquele acontecimento: “Então, Noemi disse a sua nora: Bendito seja ele do SENHOR, que ainda não tem deixado a sua benevolência nem para com os vivos nem para com os mortos” (v. 20).

Segundo, no resgate da propriedade do seu falecido marido. Na continuação do versículo 20 do capítulo 2 aparece a figura do parente-resgatador: “…Disse-lhe mais Noemi: Esse homem é nosso parente chegado e um dentre nossos resgatadores”. Um go’el ou um resgatador era um parente próximo que possuía certas obrigações para com os membros do seu clã. No caso, Boaz era parente de Elimeleque (2.3). A lei do resgate aparece em Levítico 25.47-49: “Quando o estrangeiro ou peregrino que está contigo se tornar rico, e teu irmão junto dele empobrecer e vender-se ao estrangeiro, ou peregrino que está contigo, ou a alguém da família do estrangeiro, depois de haver-se vendido, haverá ainda resgate para ele; um de seus irmãos poderá resgatá-lo: seu tio ou primo o resgatará; ou um dos seus, parente da sua família, o resgatará; ou, se lograr meios, se resgatará a si mesmo”. O resgatador tinha o papel de comprar de volta a propriedade de algum parente, que a vendeu por falta de recursos. Ao comprar a terra de volta, o resgatador a restituía ao seu dono original: “Ao restaurar a terra a seu dono original, o go’el mantinha a herança do clã intacta”. Foi exatamente isso que Boaz fez. Ele comprou de volta, ou seja, resgatou a terra que pertencera a Elimeleque antes da sua ida para a terra de Moabe (4.1-9).

De que maneira a graça estendida sobre Noemi pode ser percebida? De acordo com Levítico 25.23, a terra e as propriedades nela, em última análise, pertenciam ao Senhor, não às famílias de Israel: “Aqueles que pertencem a Deus são, de fato, seus inquilinos, em vez de proprietários absolutos de suas propriedades e bens”. As famílias de Israel receberam a sua porção de terra quando entraram na terra de Canaã. Deus concedeu a cada tribo uma parte da terra. Ele deu. De graça. Pela graça. Isto posto, Deus se mostra gracioso para com Noemi, ao agir de forma providencial levantando Boaz para resgatar a terra com que ele, o Senhor, em sua graça, outrora abençoou Elimeleque e toda a sua família. A terra uma vez recebida pela graça, retorna também pela graça. Assim, a mulher que até pouco tempo não possuía nenhuma perspectiva de sustento é graciosamente sustentada pelo Senhor do Pacto.

Terceiro e último, a graça também se manifesta na suscitação de descendência. O resgatador também tinha a obrigação de casar com a viúva de um parente falecido, a fim de cuidar dela e de suscitar a sua descendência: “Se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, então, a mulher do que morreu não se casará com outro estranho, fora da família; seu cunhado a tomará, e a receberá por mulher, e exercerá para com ela a obrigação de cunhado. O primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o nome deste não se apague em Israel” (Deuteronômio 25.5-6; Gênesis 38). Rute fora casada com Malom (4.10). Quiliom, seu cunhado também era morto. O resgatador mais próximo que Boaz não pôde casar com Rute e, assim, resgatá-la (4.6). Assim, Boaz cumpriu a lei do levirato, casando-se com Rute e suscitando a descendência de Malom, filho de Noemi: “Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho”. (4.13).

A criança concebida por Rute foi considerada pelas vizinhas de Noemi como seu filho (4.17). Foram as vizinhas que ouviram a amarga resposta dela, em 1.20-21. Agora, com o nascimento daquela criança, elas oferecem uma alegre e feliz réplica ao lamento de Noemi. Diz Ulrich: “As mulheres de Belém, que anteriormente haviam encontrado uma Noemi derrotada e desanimada em retorno de Moabe, não puderam conter o louvor dela pelo nascimento do primeiro filho de Rute.

Imagine uma mulher viúva, sem filhos, completamente desamparada, sem perspectiva de sustento e, ainda por cima, com profundas raízes de amargura em seu coração. Imagine também que sua amargura não é dirigida a qualquer pessoa. Antes, é dirigida a Deus. Providencialmente, essa mulher tem a sua sorte transformada. Tem a propriedade do seu falecido marido resgatada, obtém o sustento das suas necessidades e, além disso, recupera a sua descendência através do nascimento de um neto. Isto é graça! Os nomes do seu esposo e de seu filho não seriam apagados de Israel

A graça se mostra mais fulgurante quando, na conclusão do livro, é dito que aquela criança não era uma criança qualquer. Tratava-se daquele que seria o avô do grande rei Davi (4.17). Os dias anárquicos e sombrios dos juízes não seriam a realidade última. Deus estava agindo. Ele estava trabalhando, através de todos os acontecimentos, na vida do seu povo. Começava a despontar no horizonte a época áurea quando Israel seria governada por alguém segundo o coração de Deus. Mais ainda, o nascimento de Obede apontava para o nascimento futuro do grande descendente de Davi. Uma mulher viúva e já sem os seus filhos seria a avó de alguém que pertenceria à linhagem do Messias.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 5 de junho de 2023

A DEPRAVAÇÃO TOTAL DO SER HUMANO

A DEPRAVAÇÃO TOTAL DO SER HUMANO.

A depravação total do ser humano causa inimizade contra Deus.

O apóstolo Paulo nos mostra que o pecado começou quando os homens, "Tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças". (Rm 1:21). Ele mesmo nos oferece a mais precisa análise do espírito do pecado contida na Bíblia, ao dizer que "O pendor da carne, a mente e o coração do pecador não regenerado, é inimizade contra Deus", (Rm 8:7), e o descontentamento para com o seu governo, ressentimento contra suas reivindicações e hostilidade para com sua Palavra; tudo expresso por meio da determinação fixa e inalterável de seguir a sua própria independência e a sua própria consciência em desafio velado ao Criador. O substantivo abstrato "inimizade" intensifica a ideia, como se Paulo houvesse dito "a essência da inimizade", ou então "a pura inimizade contra Deus".

O que é depravação moral do ser humano segundo as duas linhas teológicas mais seguidas pelos cristãos evangélicos. Arminianos e Calvinistas.

Nem Arminianos, Calvinistas e nenhuma linha Teológica são capazes de salvar alguém. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Todos os que estão em Cristo Jesus e obedecem seus ensinamentos, são, neste tempo presente, chamados de Cristocêntricos, nossa fé e nossos valores estão baseados em Jesus Cristo, autor e consumador da nossa fé.

Romanos 3.21-26.

21. Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas,

22. isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.

23. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,

24. sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,

25. ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;

26. para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

Em Romanos 1:18-21, o apóstolo Paulo diz: "Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”.

Deus não nos chamou para sermos escravos do pecado, Ele nos chamou para sermos livres em Cristo Jesus.

Romanos 6:14,18. Porquanto o pecado não poderá exercer domínio sobre vós, pois não estais debaixo da Lei, mas debaixo da Graça! Súditos da Justiça pela Graça.

Romanos 8:2. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.

João 8:32. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

2 Coríntios 3:17. O Senhor é o Espírito; e onde quer que o Espírito esteja, ali há liberdade.

Gálatas 5:13. Caros irmãos, fostes chamados para a liberdade. Todavia, não useis da liberdade como desculpa para vos franquear à carne; antes, sede servos uns dos outros mediante o amor.

A depravação total do ser humano vai se degradando cada dia mais. A depravação moral do ser humano gerou inimizade contra Deus. Romanos 1.18-32.

O apóstolo Paulo nos mostra que o pecado começou quando os homens, “Tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças”. Rm.1.21.

Ele mesmo nos oferece a mais precisa análise do espírito do pecado contida na Bíblia, ao dizer que "O pendor do pecado, a mente e o coração do pecador não regenerado, é inimizade contra Deus. (Rm 8:7), é descontentamento para com o seu governo, ressentimento contra suas reivindicações e hostilidade para com Sua Palavra; tudo expresso por meio da determinação fixa e inalterável de seguir a sua própria independência, em desafio ao Criador. O substantivo abstrato "inimizade" intensifica a ideia, como se Paulo houvesse dito “essência da inimizade", ou então "pura inimizade".

A degradação moral e social da raça humana. Romanos 1.18-32.

Quando os homens vão descendo na escalada da depravação, tornando-se contumazes e deliberadamente insensíveis à revelação divina e à sua graça, atingem um ponto crítico, em que acabam sendo entregues a si mesmos “para praticarem coisas inconvenientes”, (v.28) e eles “gozam para sempre da horrível liberdade que sempre pediram; e, portanto, estão escravizados por si mesmos”. Essas “coisas inconvenientes” incluem a idolatria (v. 23), as “paixões infames da carne” (que indicam todo tipo de desvio comportamental, vv. 24 a 27) e uma conduta social e religiosa desajustada. (vv.28-31).

O remédio contra a depravação moral do ser humano.

O texto fala sobre o tratamento radical aplicado por Deus contra o mal da depravação humana: “recebem em si mesmos a merecida punição do seu erro”, (v.27). É oportuno lembrar, porém, que essa é uma medida extrema, dispensada àqueles que se recusam a valer-se da graça de Deus para que sejam curados, transformados e santificados.

A graça de Deus, aplicada pelo Espírito Santo, é um poderoso remédio que santifica, ou seja, sara ao que está espiritualmente enfermo; purifica ao que está moralmente enlameado no pecado; restaura e transforma ao que está psicologicamente deformado. A depravação humana, portanto, tem cura em nome de Jesus. (1 Co 6.9-11).

Foi essa maravilhosa graça que nos alcançou e nos lavou e nos salvou, como escreve Paulo na Carta a Tito, (Tt 2.11-14).

Esse é o evangelho da graça que pregamos. Devemos crer que ele é capaz de confrontar e reverter o quadro de depravação que se acha estabelecido na sociedade. Com certeza, o evangelho da graça de Deus é o único remédio, a única esperança para este mundo miserável.

O Salmo 51.5 nos revela a origem da nossa natureza pecaminosa.

As Escrituras diagnosticam o pecado como uma deformidade universal da natureza humana, deformidade que se manifesta em cada pormenor da vida de cada pessoa, (1 Rs 8.46; Rm 3.9-23; 7.18; 1 Jo 1.8-10). Ambos os Testamentos descrevem o pecado como rebelião contra as normas de Deus, como deixar de atingir o alvo que Deus estabeleceu para nós, transgredir a lei de Deus, ofender a pureza de Deus pela nossa corrupção e incorrer em culpa diante de Deus, o justo Juiz. É uma mentalidade que luta contra Deus para “querer" fazer o papel de Deus. A raiz do pecado é o orgulho e a inimizade contra Deus, o espírito visto na primeira transgressão de Adão contra Deus. E os atos pecaminosos têm sempre, atrás de si, pensamentos e desejos que, de um modo ou de outro, expressam a deliberada oposição do coração às reivindicações de Deus sobre nossa vida.

O pecado pode ser definido como quebra da lei, dos mandamentos de Deus ou falta de conformidade com essa lei, em qualquer aspecto da vida, quer nos pensamentos, nas palavras ou nas ações e nos procedimentos. Entre as passagens das Escrituras que ilustram diferentes aspectos do pecado, encontram-se Jr 17.9; Mt 12.30-37; Mc 7.20-23; Rm 1.18-3.20; 7.7-25; 8.5-8; 14.23 (Lutero até afirmou que Paulo escreveu a Carta aos Romanos para "ampliar o pecado", mas, pecado é pecado, não adianta querermos tapar os olhos com uma peneira.); Gl 5.16-21; Ef 2.1-3; 4.17-19; Hb 13.2; Tg 2.10-11; 1 Jo 3.4; 5.17.

A expressão "pecado original", não significa que o pecado faça parte da natureza humana como tal desde quando Deus o fez, pois "Deus fez o homem reto, íntegro" e em estado de plena inocência, vivendo no jardim do Éden por muitas gerações na dispensação da inocência. (Ec 7.29). Nem significa que o processo de reprodução e nascimento seja pecaminoso, Deus deu ordem ao primeiro casal de crescer e multiplicar: Gênesis 3.16.

A impureza associada à sexualidade na Lei (Lv 12; 15) era típica e cerimonial e não moral. Mais exatamente, "pecado original" significa que a pecaminosidade marca a cada um desde o nascimento, na forma de um coração inclinado para o pecado, antes de quaisquer pecados de fato cometidos.

Essa pecaminosidade íntima é a raiz e a fonte desses pecados atuais. Ela nos foi transmitida por Adão, nosso primeiro representante diante de Deus. A doutrina de pecado original nos diz que nós não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque somos pecadores, nascidos com uma natureza escravizada pelo pecado.

A expressão "depravação total" é comumente usada para tornar explícitas as implicações do pecado original. Significa a corrupção de nossa natureza moral e espiritual, que é total em princípio, ainda que não em grau, porque ninguém é tão mau quanto poderia ser. Nenhuma parte de nosso ser está isenta de pecado, e nenhuma de nossas ações é tão boa quanto deveria ser. Em consequência, nada do que fazemos é meritório aos olhos de Deus. Não podemos ganhar o favor de Deus, pouco importando o que fazemos; se a graça salvadora de Jesus não nos salvar, então estamos perdidos.

A depravação total inclui incapacidade total de o homem regenerar-se a si mesmo, o que significa não ter poder para crer em Deus ou na Sua Palavra. (Jo 6.44; Rm 8.7-8). Paulo diz que essa incapacidade é uma forma de "morte espiritual", pois o coração decaído está "morto", foi concebido em pecado e está morto, porque o pecado gera a morte. (Ef 2.1,5; Cl 2.13).

Como diz a confissão de um teólogo famoso: "O homem, ao cair no estado de pecado, perdeu inteiramente todo o poder de vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação; de sorte que um homem natural, inteiramente avesso a esse bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo seu próprio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso”. Para essa escuridão só a Palavra de Deus traz a luz. (Lc 18.27; 2 Co 4.6). Salmo 119.105.

A Queda e a depravação total da raça humana.

Tudo isto significa que o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, com capacidade de governo e livre decisão, isto é, apto ao livre arbítrio, agora se encontra incapaz de decidir pelo bem em relação a Deus, pois não possui mais a bondade original com a qual foi criado. A imagem de Deus foi distorcida no pecador.

Com seu entendimento cegado, o homem é controlado em todos os aspectos pela perversidade. Naturalmente, agora ele vive em completa rebelião contra Deus.

Essa condição não significa que o homem é tão mal quanto possa ser; nem mesmo que o homem seja incapaz de pensar ou realizar alguma coisa boa. A imagem de Deus no homem não foi completamente perdida. Além disso, o próprio Deus, por sua infinita misericórdia, derrama sobre todos a Graça salvadora e redentora de Cristo Jesus.

O que aconteceu foi que, após a Queda, o homem passou a ser portador de uma natureza corrupta que impossibilita a realização de qualquer bem espiritual. Isto significa que em relação a Deus, o homem, por si só, é incapaz de fazer algo bom.

Este ponto enfatiza a verdade bíblica de que se não for pela Graça Salvadora de Jesus, o homem nunca escolherá Deus. A única maneira de o homem seguir os mandamentos do Senhor e ter uma conduta de vida que agrada a Deus, é se o próprio Deus intervir quando clamamos por socorro.

Os efeitos da Queda do Homem também atingiram a terra física e toda a criação. (Gênesis 3:17; Romanos 8:20-22).

O homem, a coroa da criação, caiu, e sua desobediência trouxe consequências terríveis para toda a terra. Tais consequências só serão aniquiladas no novo céu e nova terra.

A queda do Homem e a providência, o remédio, de Deus para a humanidade.

Por fim, diante desse evento tão triste e em meio às sentenças de Deus em relação à desobediência do homem, temos notícias de que a Queda não pegou Deus de surpresa. O próprio Deus revelou no episódio da Queda do Homem que ainda havia esperança; uma esperança decretada por Ele ainda antes da fundação do mundo, (Efésios 1:4) e anunciada em Gênesis 3:15.

Ali, o Evangelho foi anunciado pela primeira vez, apontando para o mistério revelado plenamente no Novo Testamento, onde a antiga serpente feriu o calcanhar do Filho de Deus, porém teve sua cabeça esmagada por Jesus Cristo na cruz do calvário e a antiga serpente foi derrotada de forma irreversível. Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo ofereceu-se a si mesmo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus para salvar a humanidade da condenação eterna. Só não é salvo quem não quiser. A porta da salvação está aberta para todos, e temos a liberdade de escolher se queremos ser salvos ou não. Cada um individualmente arca com sua decisão.

Sobre isto, o apóstolo Pedro escreveu que a redenção veio pelo “precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado; o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós”. (1 Pedro 1:19,20).

Agora fica mais fácil percebermos que no versículo 24 do capítulo 3 de Gênesis, a expulsão do homem do jardim do Édem e a proibição quanto a comer do fruto da árvore da vida foi, na verdade, uma benção para a humanidade. Isto porque sabemos que quando nossa vida terrena chegar ao fim, então, finalmente, mais uma vez estaremos com Deus. Portanto, nesse aspecto a morte é uma providência Divina para nos reconciliarmos com Deus.

As doutrinas sobre a Queda do Homem são várias e todas descrevem que o homem sem Deus é um réu, está condenado a morte eterna.

Ao longo da história do cristianismo, vemos ensinos contrários à verdade bíblica de que o pecado não atingiu todas as áreas do homem, foram introduzidos na Igreja. Dizem que nem tudo o que Deus disse que é pecado, possa ser considerado como pecado.

Geralmente tais doutrinas possuem raízes nos ensinos de Teólogos ultra liberalistas, que, de forma resumida, ensinavam e ensinam até hoje que o pecado de Adão e Eva atingiu somente a eles mesmo. Sendo assim, as demais pessoas pecam devido aos exemplos ruins e não pela natureza do pecado que está no ser humano, herdada dos nossos primeiros pais, Adão e Eva. Em outras palavras, nos ensinam que todos nascem sem pecado e aprendem a pecar por convivência ou por conveniência, mas não é bem assim: nós nascemos com a natureza do pecado, e ao nascer somos considerados inocentes até quando nos damos conta que tem coisas que não devemos fazer porque não são lícitas e tem coisas que devemos fazer porque são agradáveis aos olhos de Deus, daí entra a tendência e a tentação para fazermos o que é errado, então nossa escolha vai gerar o pecado consumado.

Quanto às doutrinas modernistas que liberam todas as coisas para o ser humano e dizem que uma vez salvo, salvo para sempre, essas novas doutrinas adquiriram novas roupagens e sofreram muitas modificações no decorrer dos tempos para que o ser humano estivesse dentro das igrejas e pudessem continuar em estado de total pecaminosidade sem ser molestado por isso, podendo até estar no altar ministrando suas falas carregadas de elogios aos presentes, para não perder o apoio dos mesmos, mas Jesus os chama de “sepulcros caiados”. Mateus 23.

Exemplo disto é o que infelizmente é defendido por muitos crentes que não conhecem as Escrituras, sabem das coisas que são pecados, porém cometem os mesmos tais pecados e às vezes até piores do que os seus líderes, porém ninguém reclama de ninguém, todos estão conluiados rumo ao caminho largo, o caminho da perdição. Querem viver o céu aqui na terra e não se importam em viver uma vida de santificação diante de Deus, renunciando as oferendas de Satanás que conduzem à perdição eterna  Todavia, todas as ramificações destas doutrinas heréticas que basicamente afirmam que o homem, mesmo sem ser regenerado, ainda possui capacidade de realizar obras ou escolhas que o façam alcançar a salvação, se não se converterem e mudar de vida, não alcançarão a salvação.

Depois da Queda do Homem, a Bíblia ensina muito claramente que o que se segue é um estado de depravação total da humanidade (João 5:42; Romanos 3:10-12, 23; 7:18,23; Efésios 4:18; 2 Timóteo 3:2-4; Tito 1:15).

Assim sendo não há qualquer chance de justificação do ser humano fora do sacrifício vicário de Jesus na cruz do calvário.

Só Jesus Cristo nos liberta da escravidão do pecado e da deturpação moral. Colossenses 1.13-20.

13 Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor,

14 no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.

15 Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.

17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.

18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia,

19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude

20 e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 29 de maio de 2023

O INFERNO EXISTE E ESTÁ NO FINAL DO CAMINHO DE UMA VIDA SEM DEUS

O INFERNO EXISTE E ESTÁ NO FINAL DO CAMINHO DE UMA VIDA SEM DEUS.   

O que é o inferno sob a ótica bíblica?

A realidade bíblica sobre a existência do inferno. As pessoas que já foram e as que vão para o inferno, vão reconhecer uns aos outros mesmo estando em condenação eterna. Vejam na parábola de Jesus sobre o “Rico e Lázaro”.

O Rico e Lázaro é um relato de Jesus registrado apenas no Evangelho de Lucas 16:19-31. Alguns consideram essa narrativa como sendo uma das parábolas de Jesus. Outros entendem que a história do rico e o mendigo é um relato verídico.

Neste texto lemos a explicação de Jesus da história do rico e Lázaro.

O resumo da Parábola do Rico e Lázaro

Em certa ocasião de seu ministério, Jesus contou a história de um rico e um mendigo. Essa história também é conhecida como a Parábola do Rico e Lázaro. O rico se vestia de púrpura e linho finíssimo, e vivia esplendidamente, com fartura e banquetes diários.

Havia também um mendigo, um homem que vivia de forma completamente oposta ao rico. Esse mendigo “desejava se alimentar das migalhas que caíam da mesa do rico”, (Lucas 19:21). Talvez por conta da condição precária em que vivia, ele era portador de uma doença de pele. Seu corpo era coberto de feridas, as quais os cães vinham lambê-las.

Num determinado momento, o rico e o mendigo morreram. A alma do mendigo foi amparada pelos anjos do Senhor e conduzida ao céu para estar junto de Abraão. Já o rico foi sepultado e sua alma foi para o Hades, (inferno), onde estava em constante tormento.

Então o rico clamou a Abraão pedindo que o mendigo molhasse pelo menos a ponta do dedo na água e lhe refrescasse a língua. No entanto, Abraão lhe advertiu que isso não seria possível. Ele lhe fez lembrar-se do tipo de vida que ele teve enquanto estava vivo na terra. Além do mais, Abraão também lhe informou que havia um grande abismo entre eles, de modo que o mendigo não podia ir até onde ele estava e vice e versa.

O rico também suplicou para que Abraão mandasse o mendigo à casa de seu pai. Ele queria que Lázaro avisasse seus irmãos sobre aquele lugar de tormento, a fim de que pudessem se arrepender e evitar ter o mesmo fim que ele estava experimentando.

Todavia, Abraão lhe respondeu que eles tinham acesso a Moisés e os profetas, ou seja, as Escrituras. Se eles não ouviam os mandamentos do Senhor claramente expressos em sua Palavra, também não iriam ouvir alguém que ressuscitasse dos mortos.

Em Mateus 7.13-27 Jesus nos ensina como devemos proceder na vida para alcançarmos o céu ou ser lançado no inferno.

13. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
14. E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

15. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

16. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?

17. Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.
18. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.

19. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.

20. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

22. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?

23. E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

24. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.

25. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

26. E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.

27. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

Também ao concluir o Sermão do Monte, Jesus contrasta o reino do céu com os horrores do inferno. (Mateus 7.13-27). Jesus avisa que o inferno é um lugar de destruição, descrito como o fim de um caminho largo. O inferno aguarda a cada um que não entra no reino dos céus, mesmo aqueles que professam conhecer Jesus mas continuam no pecado. Jesus é o justo Juiz e Rei que pessoalmente exclui os perversos de sua presença e do reino dos céus. (“Apartai-vos de mim”, 7.23). De fato, aqueles que falham em seguir a Jesus são como uma casa construída sobre a areia que, no fim, acaba desmoronando.

O debate sobre o inferno tem sido reacendido. Por diversas vezes, pregadores conhecidos e desconhecidos têm procurado dar suas visões acerca do inferno. Mais recentemente, um famoso preletor para jovens negou que o inferno seja real e ou eterno no mundo cristão ao afirmar: um Deus amoroso jamais sentenciaria almas humanas para o sofrimento eterno. Será?

Parece que tem sido moda, ou ressurgimento de antigas heresias, negar a existência e eternidade do inferno. Tudo em nome de anunciar uma mensagem seja transigente com o “bem-estar social” e, principalmente, com a filosofia pluralista e a pseudotolerância de nosso século. Em Romanos 12.1-2 o apóstolo Paulo também nos ensina que devemos prestar um culto racional a Deus e não conformarmos com as coisas do “deus" deste século, que é Satanás.

A fim de transmitir a imagem de “pastores e pregadores” contemporâneos, tolerantes e segundo eles: “de boa fé”, esses tais “reformulam” o amor de Deus, ensinando que “um Deus de tanto amor não lançará ninguém no inferno”. Será contraditório um Deus de Amor condenar homens ao inferno? Se Deus realmente é amor, então como ele pode mandar alguém para o inferno?

Devemos lembrar que só vai para o inferno quem quiser ir pra lá. Deus deixou todas as possibilidades para o ser humano escolher ir para o céu e não para o inferno.

Devemos lembrar também que nosso Deus é um Deus de amor, ele não manda ninguém para o inferno, as pessoas tem o livre arbítrio para escolher o que quiser fazer de suas vidas.

No texto que lemos encontramos a seriedade com que Jesus alertou sobre esse terrível lugar. Jesus não disse que era um estado de espírito, como querem alguns “pregadores modernos e adocicados” que, com espírito de engano tentam de todas as maneiras enganar até os escolhidos. Na verdade, nesta exposição temática, aprendemos que as Escrituras Sagradas nos ensinam sobre esse lugar terrível de tormentos e perdição. Algumas objeções levantadas por aqueles que negam o caráter eterno da punição e da perdição eterna, não ficarão impunes, serão lançados no fogo do inferno pelo próprio Senhor Jesus, Apocalipse 21.8. Rogamos a Deus que nos conceda estarmos em constante vigilância, tenha compaixão de nós e nos livre da perdição eterna.

Opções oferecidas por Deus para o destino final do ser humano. Será que são bíblicas ou não?

Só existem dois caminhos: céu e inferno. Qual é a sua situação? Qual e a sua escolha? Não existe uma terceira, quarta ou quinta opção, são somente dois caminhos, um que é estreito porém leva à salvação e o outro que é largo porém leva à perdição.

Não parece ser uma boa opção alguém passar a eternidade em sofrimentos e tormentos no inferno e ainda ser lançado no lago de fogo e enxofre. É isto que se deduz da palavra “inferno” e das expressões usadas por Jesus: tormento e sofrimento.

No entanto têm-se oferecido outras opções sobre o destino final e eterno dos seres humanos, e é claro que estas opções são apenas invenção dos homens para querer justificarem-se a si mesmos, mas não adianta, no final da vida aqui na terra quem foi fiel a Deus vai para as moradas eternas com Deus e quem não foi fiel a Deus e praticou o que Satanás lhes ofereceu aqui na terra, vão morar com ele no inferno e parecerão os tormentos e horrores eternamente.

O que acontece com o ser humano quando morre?

I.    Será que  vai ter Reencarnação: Essa tem sido a visão mais popular por grande parte das pessoas, principalmente os kardecista. Os que ensinam essa concepção nos dizem que temos múltiplas e sucessivas vidas. No túmulo de Alan Kardec tem o seguinte lema: “Nascer, morrer, renascer e progredir sempre; esta é a lei”. A Bíblia Sagrada, não nos ensina que tem reencarnação. Antes, ela diz: “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo”. (Hb 9. 27).

II.  Será que existe um lugar diferente para os Materialista e Naturalista? Este grupo de pessoas, embora menor, tem forte expressão. Eles nos dizem que não temos alma, que somos apenas corpo e que, ao morrer, deixamos de existir.  Tomando a Bíblia como autoridade máxima para o cristianismo, encontramos o Senhor Jesus dizendo: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”. (Mt 10.28).

III.  Será que existe um lugar especial para os Universalistas após a morte? Alguns contemporâneos têm adotado esta visão. Eles ensinam que no final de tudo e no final da existência de todos, os que estão no inferno serão salvos e o inferno será esvaziado. Por pensarem que todas as religiões conduzem a Deus, entendem então que todas as pessoas serão salvas não importando aquilo que fizeram aqui na terra. Porém, não é isso que Jesus Cristo ensinou. Na verdade, a própria morte de Jesus é sinal de que apenas aqueles que fizeram ou que fazem a Sua vontade, serão salvos. (Mt 20.28; Mc 10.45). Também disse Isaias e ecoado em Paulo: “Também Isaías clama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo”. (Rm 9.27).

IV.  Será que para ser salvo tem que ir primeiro para o purgatório? Esta é a doutrina mais forte, depois da idolatria, com relação à morte pelo Catolicismo Romano. De fato, a não ser no Livro Apócrifo de 2 Macabeus 12.46, as Escrituras, a Bíblia Sagrada não reconhecem tal doutrina, mesmo porque o livro de Macabeus não consta no cânon sagrado, ele é considerado um livro apócrifo. O que essa doutrina ensina? Ouçamos o que diz o Catecismo Católico: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após a sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu”.

V. Será que existe ou existirá o Aniquilacionismo? Essa é a crença de que os incrédulos não irão sofrer eternamente no inferno, mas que, após algum tempo, serão extintos e deixarão de existir. Embora homens de Deus como John Stott tenham crido nesta doutrina, à luz das Escrituras e da História da Igreja como registrada nas suas Confissões, a posição cristã biblicamente comprovada tem sido de que os ímpios sofrerão eternamente no inferno.

Vejamos o que diz a Bíblia: “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”. (Ap 20.10; 14.9-11; 19.20).

O ensino bíblico sobre o que é o inferno.

Por três vezes no texto de Mateus 18 Jesus adverte aos discípulos: “melhor é para ti entrares na vida ou no reino de Deus, aleijado, coxo e cego, do que ires para o inferno”, por isso, se tua mão ou teu pé te fazem cair em pecado, corta-os e lança-os longe de ti; é melhor para ti entrares na vida coxo ou manco que, tendo dois pés e duas mãos, seres lançado no fogo eterno. Mateus 18:8.

A cada advertência Jesus também acrescenta algo sobre o inferno. Jesus lembra a todos os pecadores inveterados que não se arrependerem dos seus maus caminhos que serão lançados, “para o fogo que nunca se apaga, ou seja, é inextinguível e seguida de outro qualificativo: onde o seu bicho não morre”.

Que descrição terrível vindo da doce voz do Senhor Jesus.

Precisamos lembrar que os discípulos não se impressionaram com a descrição. Por quê? Embora fosse uma nova revelação no ministério de Jesus, a descrição já era conhecida pelos discípulos na leitura dos Profetas: “e sairão, os eleitos, e verão os cadáveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo nunca se apagará; e serão um horror a toda a carne”. (Is 66. 24). Diante das palavras de Jesus e, agora, considerando o todo da revelação bíblica, vejamos qual é o ensino bíblico sobre esse lugar.

Primeiro, o inferno é um lugar real. Jesus diz que as pessoas “vão para o inferno”. O verbo (eiseltein) usado implica em “deslocar-se” ou “separar-se”. No nosso texto usa-se com a preposição (eis) e o substantivo tem geennan. Essa construção gramatical dá a noção espacial. Desse modo, o que Jesus quer dizer é que alguém é “separado para dentro da Geena”. Mas, o que era a Geena?

A palavra traduzida por “inferno” (geena) era uma referência a um lugar chamado de “Vale de Hinom”, (Js 15.  8; 16.18; 2 Rs 23. 10; 2 Cr 33.6). Ficava ao sul de Jerusalém e lá, os antigos judeus apóstatas, sacrificaram seus filhos ao deus pagão Moloque. (2 Cr 16.3; 21.6; Jr 7. 31; 19.5,6; 32.35). Foi o Rei Josias quem pôs fim a essa prática e transformou o lugar num lixão da cidade. Ali eram jogadas as carcaças de animais que eram queimadas dia e noite. Havia um fogo por baixo do monturo e, por não faltar carniças, nunca deixava de haver vermes.

Veio a ser, portanto, o designativo do lugar de juízo de Deus e se passaria a chamar “Vale da Matança”, (Jr 7.32;19. 6, 7).

Ao dizer, então, que os ímpios “vão para a Geena, inferno”, têm-se uma ideia acerca do horrível lugar. Decerto que não havia outra figura para demonstrar quão terrível e miserável é o inferno. Não havia descrição mais chocante para descrever sofrimento e tormento. Então, afirmamos à luz das Escrituras, o inferno é um lugar real.

Segundo, é um lugar de consciência. Ora, ao dizer que “é melhor isso do que aquilo”, Jesus Cristo revela que aqueles que vão para o inferno estão conscientes de suas escolhas. Poderiam ter escolhido “ficar sem uma mão, um pé ou um olho” e entrar no reino de Deus, mas preferiram perder a sua vida.

Semelhante imagem apresenta Marcos 9.32-50 “melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma pedra de moinho e que fosse lançado no mar”, em que aquele que fosse motivo de tropeço para um crente mais pequenino estava ciente do tropeço causado. Também o causador de tropeço estava consciente de sua pedra no pescoço e do lugar onde estava se lançando. De igual modo, aqueles que vão para o inferno saberão onde estão e por que estão ali.

Terceiro, é um lugar de permanente sofrimento. Quando Jesus diz que “o fogo nunca se apaga e o verme não morre”, aponta para uma realidade permanente. O que mantém o fogo aceso é a existência de material para combustão. No inferno não faltará material para combustão. Claro que, ao usar a referência de “fogo” pode-se muito mais falar do sofrimento sob o juízo divino do que sob “chamas literais”, de acordo com alguns comentaristas. “O objetivo das figuras, porém, é que o tormento e angústia internos, simbolizados pelo verme, nunca terão fim e os sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão. Se as figuras utilizadas nesta passagem não significam sofrimento sem fim, então elas não significarão coisa alguma”.

Por diversas vezes, Jesus usa figuras semelhantes para falar do sofrimento eterno. Por exemplo, Jesus disse que é um lugar descrito como uma “fornalha de fogo” onde “haverá choro e ranger de dentes”, (Mt 13.50; ); Jesus disse que os justos irão para vida eterna, mas os ímpios para “o tormento eterno”, (Mt 25.46). Ora, não faria sentido pensar que os justos estarão junto a Deus por toda eternidade e, no mesmo texto, Jesus pensar que o tormento é temporário. O inferno também é chamado de “trevas”, (Mt 25.30; 22.13). Em outra designação é que os que são destinados ao inferno “ira e indignação, tribulação e angústia”, (Rm 2. 6-9). De acordo com João, os ímpios serão “atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos”, (Ap 20.10). De acordo com Apocalipse 19.20, a Besta e o Falso Profeta foram lançados vivos no “lago de fogo e enxofre”. Porém, depois de Mil Anos eles ainda estavam lá, onde receberão a companhia do diabo. (Ap 20.10).

Quarto, o inferno é o lugar da Ira de Deus. Quando Jesus diz “fogo que nunca se apaga”, isso nos fala não apenas do sofrimento, mas também da ira de Deus. Em mais de 600 lugares, a Bíblia fala sobre a ira de Deus. No caso específico do inferno, o fogo não é purificador, mas o “fogo da ira de Deus”.

Alguns há que costumam colocar os atributos de Deus uns contra os outros, como se, porventura, algum atributo de Deus prevalecesse sobre os demais. Porém, a justiça de Deus, bem como seu amor e soberania, exigem a existência do inferno.

Porque Deus é justo, ele não pode contemplar os pecados, (Hb 1.13). Porque Deus é amor e amou ao mundo, aqueles que rejeitam esse grande amor, rejeitam tão grande salvação. (Hb 2.3).  Porque Deus é soberano, o mal precisa ser derrotado. Deus vencerá no final, (Ap 20). O inferno, portanto, é o efeito da Ira de Deus. Conclui-se daí que o inferno não é governado por Satanás, mas Deus destinou o inferno para o Diabo e seus anjos e todos os que se perderem no decorrer da vida sem Jesus.

Quinto, Jesus ensina que é possível livrar-se de ir para o inferno. Ao dizer “melhor é isso do que aquilo”, Jesus apresenta uma maneira de ser lançado no inferno. Diante do contexto maior, (Marcos 8.34), fica claro que os “seguidores de Jesus Cristo”, porque renunciaram aos seus pecados, negaram-se a si mesmo, tomaram a sua cruz e, até mesmo, perderam a sua vida “por amor de mim, Jesus Cristo, e do Evangelho”. (Marcos 8.35). Assim, ao fazer a comparação entre o que é “melhor”, estamos diante do teste do Senhor para saber quem é seu discípulo ou não. Aqueles que não renunciam seus pecados aqui terão de sofrer com eles longe da Glória de Deus, em eterno sofrimento. Jesus apresentou o preço a se evitar.

Outra coisa, por duas vezes Jesus diz “entrares na vida” (Marcos 8.43,45) e uma vez diz “entrares o reino de Deus”. Ficamos sabendo pelo interlocutor João que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo (Jo.3.7). Por “novo nascimento” o cristianismo ensina ser “a alegria sincera em Deus, por Cristo, (1) , e o forte desejo de viver conforme a vontade de Deus em todas as boas obras, (2). (Is 57:15; Rm 5:1,2; Rm 14:17. (2) Rm 6:10,11; Gl 2:19,20)”.

O próprio Senhor Jesus reconheceu que o inferno não foi preparado primeiramente para o homem, mas para o “Diabo e seus Anjos”. (Mt 25.41). E para livrar o homem de ir para o inferno, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, (Jo 3.16). Porém, porque o homem permanece indiferente a Jesus Cristo, ou seja, não crê no Filho Unigênito de Deus, então “não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”. (Jo 3.36). O inferno é para todos que não estão em Cristo. Hão de suportar o peso da ira de Deus. Foi João quem disse que Deus mesmo pelejará contra os que não se converteram ou que pensam que são convertidos, são mais “convencidos" do que convertidos. O Senhor Jesus Disse: “Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura”. (Is 63.3). Outra vez João, o Discípulo do Amor, viu a cena terrível: “E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”. (Ap 19.15).

Não há nada entre eles e o inferno a não ser a misericórdia de Deus. Mas lembrem-se: Ele está irado e quem pode lhe impedir de agir contra os seus pecados? Alguns supõem equivocadamente que está tudo bem com eles porque têm saúde, prosperidade, alegria, vão à igreja e desfrutam das bênçãos comuns de Deus. Mas isso não é garantia de que serão livres do inferno. A única garantia encontra-se no Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, que sofreu toda a Ira de Deus pelos homens, Isaías 53. Se isso não é amor de Deus, em entregar o seu Filho por pecadores, não sabemos, então, o que é amor.

Portanto, Deus está exortando-nos, em nome de Cristo, por essa palavra e rogando que o mundo se reconcilie com Ele. (2Co 5.11-20). Não há muitas opções. É estar em Cristo ou longe dEle. É céu ou inferno. Não brinque de ser cristão, não brinque de ser crente, não brinque de religioso ou mesmo de ser ateu.

O Senhor Jesus é o seu Deus e Salvador? De fato, você já o recebeu e, portanto, pode ser contado entre os Eleitos do Senhor? O machado já está posto à raiz e “toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo”, (Mt 7.19), disse o Senhor Jesus. Onde estão os frutos? O Senhor ainda disse: “Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem”, (Jo 15. 6). Se isso não for uma realidade em sua vida, então a ira de Deus permanece sobre você e você será lançado no inferno, no lugar que foi criado para o diabo e seus anjos. Rejeitando a presença de Deus, você estará em companhia do diabo e seus anjos. Fuja, venha correndo para os braços misericordiosos do Senhor Jesus enquanto é tempo.

Quem vai para o inferno tem condenação eterna e sofrerá, conscientemente, o tormento eterno.

Não é a minha ou sua opinião que importa, mas o que Deus diz em Sua Palavra. O céu é um lugar de eterna moradia com Cristo, e se você acha tedioso isso provavelmente não O conheceu ainda. Já o lago de fogo é um lugar de eterna separação de Deus e sofrimentos indizíveis, eterna perdição. Não fui eu quem inventou isso, mas é o que a Bíblia diz. Você diz que um castigo assim contraria a própria lei de Deus, mas se Deus levasse para o céu quem não quer morar lá, o céu seria um inferno para alguém assim. Curiosamente o maior número de citações do inferno encontradas na Bíblia são da boca do Senhor Jesus nos evangelhos.

Ele chama essa condenação de "fogo eterno", não fogo passageiro ou temporário, embora deixe claro que não é um lugar originalmente preparado para os homens, mas para os anjos. Os homens irão para lá por vontade própria, Mt 25:41, "Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos".
Jesus também não estipula uma data para esse fogo terminar, ao contrário ele diz que “nunca” apagará, Mt 3:12 "Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará".

Mc 9:43 diz: "...para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga”.
Jesus deixa claro que o tormento nesse fogo nunca se apaga e é igualmente eterno,
Mt 25:46, "E irão estes para o tormento eterno“, mas os justos, para a vida eterna".
O profeta Daniel mostra que o que espera os salvos é tão eterno quanto o que espera os perdidos. Negar a eternidade de uma realidade é negar a eternidade de ambas.
Dn 12:2 diz: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno".
O livro do Apocalipse confirma a eternidade dessa perdição.

Ap 14:10 diz: "também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre e não têm repouso, nem de dia nem de noite".

Portanto, você pode até ter a sua opinião, mas não pode dizer que ela seja baseada na Palavra de Deus, a qual é categórica a respeito da eternidade, tanto da salvação quanto da perdição. 

Enquanto é tempo aceite a Jesus Cristo como seu Único e suficiente Salvador e faça da sua parte para você ser salvo. João 14.6.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.