segunda-feira, 28 de setembro de 2020

A PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL CONTRA AS CRIANÇAS

A PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL CONTRA AS CRIANÇAS. 


A perseguição implacável contra as crianças começou em Gênesis 3.15 quando o próprio Deus proferiu as palavras proféticas de que da semente da mulher nasceria um que teria, como na verdade sempre teve, a solução para a salvação gratuitamente das pessoas que o aceitassem como Único e suficiente Salvador de suas vidas, libertando estas pessoas da escravidão dos seus pecados, inclusive do pecado originado em Adão e Eva. 

Não vamos analisar aqui sobre o infanticídio cometido e realizado por muitas tribos indígenas ou por religiões e povos tribais que teem esse costume e “sacrificam” crianças que nascem com algum defeito físico ou nascem gêmeos, dentre outros motivos, mas o principal deles é em nome de deuses pagãos e de diversas religiões e crenças pelo mundo afora.


No tempo da rainha Ester, vejam no livro de Ester capítulo 3, um alto comandante e primeiro ministro do Rei Assuero, chamado Hamã, arquitetou um plano macabro para num só dia exterminar não só as crianças Judias mas todos os Judeus de uma só vez; mas Deus interveio através da Rainha Ester. 


Se há no mundo um povo tão perseguido é o povo de Israel. Em toda a história da humanidade sempre aparece um que quer eliminar não só as crianças mas todos os Judeus e todos os Cristãos da face da terra. Num passado recente foi Hitler que exterminou milhões de Judeus e seus filhos em campos de concentração. Num futuro próximo será a vez do Anticristo cometer esse ato deplorável no tempo da grande tribulação.



Levíticos 18.21

21. E da tua semente não a darás para fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor. 


2 Reis 17.17

17. Fizeram passar pelo fogo seus próprios filhos e filhas, praticaram a adivinhação e a feitiçaria, e venderam-se para fazer o mal diante dos olhos do Senhor, provocando sua ira.


Moloque - O deus do sacrifício das crianças, principalmente as recém nascidas. 


“Aquele que não educa o seu filho segundo a Palavra de Deus, está condenando-o à destruição”. Autor desconhecido. 


 Levíticos 18.21; Levíticos 20.1-3; 1 Timóteo 5.8.

 

Quem era o deus Moloque.


Ele era um ídolo horrendo. Às vezes, davam-lhe a aparência de um ser híbrido (meio homem, meio boi), e estendiam-lhe desmesuradamente as mãos a fim de que nos grandes festivais e cultos, viesse a acolher pomposa e vorazmente os filhinhos de seus tolos adoradores para serem queimados num ritual desumano e abominável.

Esculpido todo em Bronze, seus sacerdotes recheavam-se de produtos inflamáveis. Em seguida, utilizando-se de uma tecnologia que vinha sendo aperfeiçoada de geração a geração, aqueciam-no até que se fizesse infernalmente rubro.

Com o deus já todo esbraseado e sob o sádico olhar de seus sacerdotes, vinham-lhe os adoradores como que hipnotizados por todos os demônios para lhe oferecerem o que de mais precioso haviam recebido do Único e Verdadeiro Deus. E, agora, sob o rufar dos tambores, colocavam seus filhinhos nas mãos enrubescidas (avermelhadas pelo calor ardente)  de Moloque.

Assassinavam as crianças covarde e barbaramente! Assim eram assassinadas milhares de crianças Amonitas.

Pensa você que isso ficou no passado? Infelizmente, neste exato momento, há muitos pais oferecendo seus filhos ao abominável Moloque, inconscientemente, talvez estejam depositando seus filhos no altar dos demônios. Vejamos em que pontos os pais e responsáveis pelas crianças estão falhando na criação de seus filhos.

 

I.    Como era o deus Moloque 

 

Moloque era representado de diversas maneiras. Às vezes suas mãos encontravam-se bem rentes ao chão para facilitar o acolhimento de suas vítimas. Noutras, achavam-se elas de tal forma postadas que, tão logo recebiam as oferendas, em sua maioria crianças recém-nascidas, deixavam-nas cair numa fornalha onde eram carbornizadas.

1.    Ele era o deus dos Amonitas: Moloque era o deus dos filhos de Amom. No Hebraico, o seu nome significa rei. Era conhecido também como Moleque, Malcã e Milcon. Os Amonitas que, como se sabe, descendiam de Bem-Ami, filho de Ló (Gn 19.38), dedicavam a essa abominação todas as suas reservas morais, sociais e nacionais. Seus sacerdotes eram reputados como mais nobres do que os próprios príncipes (Jr 49.3).

2.      O deus da vergonha: Era Moloque um ídolo de tal forma detestável, que os israelitas piedosos chamavam-no de bosete: vergonha e opróbrio.

3.    O deus do fogo: Assim também era conhecido, pois no fogo consumia Moloque as suas vítimas.

 

II. As vítimas de Moloque eram principalmente crianças. 

 

Diante de tanta barbárie, não podemos evitar a pergunta: Por que os Amonitas ofereciam seus filhos a um tão abominável ídolo num sacrifício mais abominável ainda? Pensavam eles estarem buscando o favor deste e a expiação de suas faltas. Imaginavam também que, por intermédio do fogo, Moloque purificava suas vítimas. Mas que pecados podia ter um recém-nascido?

Algumas religiões tribais ainda adoram seus deuses oferecendo-lhes as suas crianças. Tal prática, todavia, é condenada de forma enérgica pela Palavra de Deus.

 

III.  Deus condena o “culto” a Moloque que era uma verdadeira condenação à morte dos inocentes e indefesos. 

 

O Único e Verdadeiro Deus jamais admitiu, em seu culto, o envolvimento de vítimas humanas. Não se pode tomar o caso de Isaque, ou de Jefté, como argumento em favor de tais sacrifícios. No primeiro caso, tratava-se de uma prova, cuja finalidade era levar Abraão a reconhecer o absoluto senhorio de Deus sobre a sua vida (Gn 22.1-13). E no segundo, vemos a demonstração de um zelo extremado por parte de um homem, embora piedoso, não tinha um perfeito conhecimento das ordenanças divinas (Jz 11.29,31).

O Senhor não aceita vítimas humanas; sua ordem é clara e não admite dúvidas: “E da tua semente não darás para a fazer passar pelo fogo perante Moloque; e não profanarás o nome de teu Deus. Eu sou o Senhor”. (Lv 18.21).

Mas, vindo a apostasia, homens como Salomão e Manassés desafiaram a Deus, permitiram, ofereceram sacrifícios e  incenso a Moloque. O primeiro rei (Salomão), buscando globalizar o mundo de então, levanta um altar ao ídolo em plena Cidade Santa. (1 Rs 11.17). O segundo foi mais além; chegou a oferecer um de seus filhos a abominável imagem. (1 Rs 21.6).

Através de Jeremias, o Senhor repreende duramente os filhos de Judá por causa dessa sua sanguinária devoção: “E edificaram os altos de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para fazerem passar seus filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque, o que nunca lhes ordenei, nem subiu ao meu coração que fizessem tal abominação para fazerem pecar a Judá”. (Jr 32.35).

 

Quemos, era outro deus que a ele sacrificavam crianças. Ele consta na história secular sobre a história de Rute na Bíblia. Mas consta em outros livros da Bíblia conforme abaixo. 


Quemos, que significa o destruidor, subjugador ou deus-peixe, é o deus dos moabitas (Nm 21:29; Jr 48:7,13,46). A adoração à deus, “a abominação de Moabe”, foi introduzida em Jerusalém por Salomão (1Rs 11:7), mas foi abolida por Josias (2Rs 23:13). Na “Pedra Moabita”, Mesa (2Rs 3:5) atribui suas vitórias sobre o rei de Israel a este deus, “E Quemos o levou diante da minha vista”.


IV.   Os “Moloques” do mundo moderno.

 

Se no Antigo Testamento, apresentava-se Moloque como aquele ídolo que, com a sua sanguinosa carranca, assustava a seus tolos adoradores, hoje mostra-se ele mais sutil. Mas não podemos enganar-nos; continua tão medonho quanto antes. Vejam os de que forma ele é apresentado em nossos dias.

1.    O Moloque-aborto: Não são poucos os movimentos e ong’s que, dizendo-se defensores dos direitos humanos, acham-se a fazer apologia do aborto. Alegam eles que a mulher tem o direito de fazer o que bem entende com o seu corpo, inclusive assassinar o filhinho que traz no ventre. Os tais libertários incentivam e até custeiam o assassinato de milhões de crianças todos os anos. Em nada diferem de Hitler, Stálin ou Mao Tse-tung.

O que não sabem estes infanticidas é que o mandamento divino permanece inalterável: “Não matarás” (Ex 20.13). E se pensam que o Senhor está alheio ao seu crime, deveriam ler com vagar e temor o Salmo 139. Este cântico de Davi, conhecido como o Salmo da Mulher Grávida, descreve com que cuidado o Todo-Poderoso Deus acompanha o desenvolvimento do feto no ventre de sua mãe.

Deus julgará a todos os homicidas. Antigamente, os pais esperavam seus filhos nascerem para oferecê-los a Moloque. Hoje, antes mesmo que saíam eles da madre, já os oferecem ao demônio.

2.  Moloque-Televisão, internet, redes sociais e eletro eletrônicas. Quantas crianças estão sendo educadas hoje por esses meios de comunicação que encantam os adultos e crianças, levando à todos a se alimentar de notícias, jogos, etc, tão nojentas e que levam as pessoas e as crianças ao engano, ao ateísmo, ao socialismo, não oferecendo quase nada de bom e educativo para as crianças. Os pais deixam-nas expostas a todas as influências de uma programação violenta, erótica, pervertida, ateia, blasfema e satanista.

Em muitas casas, não mais se adora a Deus; incensa-se a um Moloque eletrônico, colorido e sedutor.

Atentemos ao mandato divino: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6). Somente assim estaremos livrando nossos filhos das garras de Satanás.

Você tem educado seus filhos nos caminhos do Senhor? (Dt 6.6,7). Tem lido a Bíblia com eles? Tem orado com eles? E por eles tem intercedido? Ou deixa-os para serem educados por homens e mulheres destituídos da glória de Deus?

3.   Moloque-educação-carente: Quantos pais não estão a agir exatamente como Eli! Apesar de conhecerem a Palavra de Deus e as suas justas e inegociáveis reivindicações, não se preocupam em conduzir os filhos no caminho do bem. Veja quão execráveis eram os filhos desse sacerdote: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não conheciam o Senhor. Era, pois, muito grande o pecado desses jovens perante o Senhor”. (1 Sm 2.12,17).

O destino desses jovens, conhecemo-lo todos. De tão ímpios que eram, não havia mais lugar de arrependimento em seu coração; perderam a vida e a alma.

Eduquemos nossos filhos a fim de que não tenham eles a mesma sorte. Se os instrumentos conforme recomenda a Palavra de Deus, temos uma família de homens e mulheres santos e piedosos e irrepreensíveis como os Recabitas. (Jr 35.1-19).

 

 

Nestes dias tão difíceis e trabalhosos urge que invistamos amorosa e sacrificialmente na formação de nossos filhos. Façamos o culto doméstico todos os dias. A devoção familiar é insubstituível. Se nossos filhos não forem piedosos na casa paterna, jamais serão reverentes na Casa de Deus.

Esteja vigilante! Em consequência de sua letargia e irresponsabilidade, não são poucos os pais que se acham a sacrificar seus filhos a Moloque. Os altares e nichos e templos desta abominação estão espalhados por toda a cidade e, não raro em nossas casas.

Você sabe quem são os amigos de seus filhos: Conhece os lugares que eles frequentam? Eles tem horário para voltar para casa? Ou você é do tipo moderninho que faz todos os caprichos de seus filhos? Cuidado! Se você não os educar, seus filhos irão para o inferno, e grande será a sua dor.

Não perca os seus filhos nem para as drogas, nem para a prostituição, nem para o homossexualismo, nem para a criminalidade, nem para o ateísmo, nem para as seitas que infestam nossas cidades, nem para a oferendas da internet e das redes sociais e nem para outros meios eletro eletrônicos de comunicação. 

Miremos no amor sacrificial de Abraão, e santifiquemos ao Senhor cada um dos filhos que Ele, bondosamente, nos concedeu.


Acaz é outro rei de Judá, portanto Judeu e que deveria adorar somente a Deus, no entanto não era reto aos olhos do Senhor, foi tão infiel a Deus e tão cruel, oferecendo seu próprio filho aos deuses pagãos.


2 Crônicas 28.1-27

Acaz o rei de Judá que não era reto aos olhos do Senhor. Ofereceu seus filhos em sacrifício a Baal.


2 Crônicas 28.1-27 -  Acaz tinha 20 anos de idade quando se tornou rei. Reinou durante 16 anos em Jerusalém. Ao contrário do seu antepassado Davi, Acaz não fez o que era reto aos olhos do Senhor. 2 Como os reis de Israel, prestou culto aos ídolos de Baal. 3 Chegou ao ponto de se deslocar ao vale de Ben-Hinom. E não foi só para queimar incenso aos ídolos, pois chegou a sacrificar os seus próprios filhos no fogo, à semelhança do que faziam os povos pagãos que o Senhor expulsara da terra que deu a Israel. 4 Fez sacrifícios e queimou incenso nos santuários pagãos sobre as colinas, e debaixo de cada árvore verde.

5 Por isso, o Senhor, seu Deus, permitiu que fosse vencido pelo rei de Aram, que o derrotou e expatriou para Damasco um grande número da sua população. Os exércitos de Israel também mataram muitas das suas tropas. 6 Num só dia, Peca, filho de Remalias, matou 120 000 dos seus melhores soldados. Tudo por terem deixado o Senhor, o Deus dos seus antepassados. 7 Foi igualmente nesse tempo que Zicri, um grande guerreiro de Efraim, matou o príncipe Maaseia, filho do rei, assim como Azricão, administrador-geral do palácio, e o comandante-geral do exército, Elcana, o segundo depois do rei. 8 Israel também levou cativas 200 000 mulheres e crianças de Judá, levando de igual modo uma enorme quantidade de despojos para Israel.

9 Havia em Samaria um profeta do Senhor, chamado Odede, que foi ao encontro do exército quando este regressava. “Vejam!”, exclamou ele. “O Senhor, o Deus dos vossos pais, irou-se contra Judá e permitiu que os conquistassem; mas vocês mataram-nos sem misericórdia e todo o céu ficou perturbado. 10 Irão agora fazer dessa gente de Judá e de Jerusalém escravos? Não têm vocês mesmos pecado tanto contra o Senhor, vosso Deus? 11 Prestem atenção às minhas palavras e mandem embora estes vossos irmãos; que regressem às suas casas, porque é convosco que o Senhor agora está irado!”

12 Alguns dos principais líderes de Efraim apoiaram as palavras do profeta; eram eles Azarias, filho de Jeoanã, Berequias, filho de Mesilemote, Ezequias, filho de Salum, e Amasa, filho de Hadlai, e fizeram a seguinte declaração: 13 “Não podem trazer para aqui esses prisioneiros! Se o fizerem, provocam a ira do Senhor. Não agravem ainda mais a nossa culpa, pois já é bastante o que fizemos para irritar a Deus.”

14 Os oficiais do exército entregaram os prisioneiros e o despojo aos líderes políticos do povo, para que decidissem sobre o que fazer. 15 Os quatro homens mencionados distribuíram pelas mulheres e meninos mais necessitados as roupas trazidas com o despojo; deram-lhes também calçado, alimento e bebidas. Puseram os doentes e os velhos sobre jumentos e mandaram-nos de volta para as suas famílias em Jericó, a cidade das Palmeiras. Depois voltaram para Samaria.

16 Por essa altura, o rei Acaz de Judá pediu ao rei da Assíria que fosse seu aliado na luta contra as tropas de Edom. 17 Estes estavam a invadir Judá e a levar muita gente cativa. 18 Entretanto, os filisteus tinham ocupado as povoações das planícies costeiras e do Negueve, nomeadamente as cidades de Bete-Semes, Aijalom, Gederote, Socó, Timna e Ginzo, assim como as localidades em redor. Instalaram lá alguma da sua gente, que ali passou a viver. 19 O Senhor humilhava Judá, por causa dos pecados de Acaz, pois levara o povo a pecar de modo desenfreado, e assim, entregou-se à transgressão contra o Senhor. 20 Contudo, quando Tiglate-Pileser, o rei da Assíria, chegou, foi muito mais o incómodo do que a ajuda que trouxe. 21 De nada serviu todo o ouro do templo e dos tesouros do palácio que Acaz lhe ofereceu.

22 Nessa ocasião de grande aperto, foi ainda maior a sua degradação espiritual. 23 Pôs-se a prestar culto e a oferecer sacrifícios aos deuses de Damasco, que o tinham derrotado, afirmando que, se esses ídolos tinham ajudado os reis de Aram, então haveriam de o ajudar a ele, se os adorasse. Mas foi o contrário, pois trouxeram a ruína, a ele e a todo o seu povo.

24 O próprio rei tirou os vasos do templo e fê-los em pedaços; mandou fechar a casa do Senhor e edificou altares aos ídolos em cada canto da cidade de Jerusalém. 25 Mandou igualmente erguer santuários pagãos em cada cidade de Judá, para oferecer incenso a outros deuses, acendendo assim a ira do Senhor, Deus dos seus antepassados.

26 O resto dos acontecimentos e outros factos referentes à sua vida estão relatados no Livro dos Reis de Judá e de Israel. 27 Quando Acaz morreu, foi enterrado em Jerusalém, mas não junto aos túmulos dos outros reis. O seu filho Ezequias reinou em seu lugar.

 

2 Reis 16.1-20  Sobre Acaz, o rei de Judá que tinha como um dos hábitos principais sacrificar crianças ao seu deus Moloque.


16.1-20 - O novo rei de Judá foi Acaz. O seu pai foi o rei Jotão. Começou a reinar aos 20 anos. O seu reinado durou 16 anos, com a capital em Jerusalém. Em Israel nessa altura reinava Peca, filho de Remalias, que foi rei durante 17 anos. Ao contrário do seu antepassado David, Acaz não fez o que era reto aos olhos do Senhor, seu Deus. 3 Foi tão mau como os reis de Israel. Chegou ao ponto de oferecer em sacrifício aos deuses o seu próprio filho, segundo o costume pagão das nações vizinhas de Judá; nações que o Senhor expulsara quando levou o seu povo Israel para a terra que lhe prometera. 4 Fez sacrifícios e queimou incenso nos santuários pagãos sobre as colinas, e debaixo de cada árvore verde.

5 O rei Rezim de Aram e o rei Peca de Israel, filho de Remalias, declararam guerra a Acaz e puseram cerco a Jerusalém, mas não puderam conquistá-la. 6 Contudo, por essa ocasião, o rei de Aram, Rezim, conseguiu recuperar a cidade de Elate, depois de ter expulsado os judeus que ali viviam. Os Edomitas regressaram a Elate, onde ficaram até ao dia de hoje.

7 Acaz enviou mensageiros a Tiglate-Pileser, rei da Assíria, dizendo: “Eu sou teu servo e teu filho! Rogo-te que venhas livrar-me dos reis de Aram e de Israel, que estão a atacar-me.” 8 Ao mesmo tempo, pegou na prata e no ouro do templo e dos cofres reais e mandou-o como presente ao rei da Assíria. 9 Desta forma, o rei da Assíria atacou Damasco, a capital de Aram, levou cativa a população, reinstalando-a em Quir, e matou Rezim, o rei de Aram.

10 Acaz foi até Damasco para se encontrar com Tiglate-Pileser. Enquanto ali se encontrava, reparou num altar invulgar, num templo pagão. Logo fez um desenho com as medidas exatas e enviou-o a Urias, o sacerdote, acompanhado de uma descrição detalhada. 11 Urias mandou construir um altar igual, segundo a descrição feita, e aprontou-o de forma que, 12 quando o rei regressou de Damasco, pôde inaugurá-lo, oferecendo ali um sacrifício. 13 O rei apresentou nele um holocausto e uma oferta de cereais, derramou sobre ele uma oferta de bebida e aspergiu-o com o sangue das ofertas de paz. 14 Depois mandou remover o antigo altar de bronze de diante do templo, que tinha ficado entre a entrada do templo e o novo altar, mandando colocá-lo a norte deste último.

15 Deu também instruções ao sacerdote Urias para usar o novo altar nos sacrifícios de holocaustos e de ofertas de cereais, assim como nas ofertas do povo, incluindo as ofertas de vinho. O sangue dos holocaustos e dos sacrifícios deveria ser igualmente aspergido sobre o novo altar. Desta forma, o antigo altar passaria a ser usado unicamente para inquirir de Deus daquilo que respeitava ao futuro. “O antigo altar”, disse ele, “será apenas para meu uso pessoal.”

16 O sacerdote Urias obedeceu às instruções dadas pelo rei Acaz. 17 Depois disso, o soberano mandou desmantelar as rodas das bases das bacias do templo, fez remover os suportes e os recipientes que estavam sobre eles, tal como o grande tanque que se apoiava sobre o dorso dos bois em bronze, colocando-o sobre o pavimento. 18 Por causa do rei da Assíria mandou também remover a passagem festiva que tinha sido construída entre a casa real e o templo.

19 O resto dos acontecimentos do reinado de Acaz está relatado no Livro das Crónicas dos Reis de Judá.


 20 Quando Acaz morreu, foi enterrado no cemitério real, no sector de Jerusalém chamado Cidade de David. O seu filho Ezequias reinou em seu lugar.



Sacrifícios de crianças a Baal, como vimos acima, era normal também em Israel, de acordo com o rei que estava no trono.  


O nome “Baal” tem origem hebraica e significa dono, proprietário, e apesar de não ser uma nomenclatura exclusiva do contexto religioso, é mais conhecido como referência a deuses estranhos, de povos adúlteros, que estão mencionados na bíblia.

Entre os livros do velho testamento que citam este nome como um deus estranho ou como nome de um demônio, estão: 1 e 2 Juízes, 1 e 2 Reis,  2 Crônicas, Jeremias, Oséias, Sofonias. E os feitos atribuídos aos adoradores de Baal estão altares estranhos ao Senhor, adoração a lua, adoração ao sol, furto, assassinato, loucura, juras, e sacrifícios de crianças.

Uma referencia feita no novo testamento diz “O que lhe diz porém a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens que não dobraram os joelhos diante de Baal”(Rm 11:4).

 Os adoradores de outros deuses que não o Senhor (também chamado “Deus de Abraão, Deus de Isaque Deus de Jacó”) era praticada por antigos povos da região mesopotâmica onde cada lugar servia uma mesma divindade com nomes diferentes. Por exemplo, o rei Acabe que servia ao deus Baal-Melkart em Israel. Houve ainda o Baal-Zebube, vulgo Belzebu - "senhor das moscas" ou "senhor do esterco", citado também no Novo Testamento para se referir a um príncipe dos demônios.

Igrejas cristãs de vários ministérios recebem criticas, às vezes, por mencionar durante os cultos a Deus, algum clamor, ou fazer oração de libertação. Não raro, há indivíduos que não frequentam alguma congregação cristã ou não lêem a bíblia e estranham estas práticas, entretanto, parecem desconhecer as várias manifestações de violência, doença, morte por motivo fútil, miséria, agressão, violência domestica, etc que continuam a surgir nos dias atuais, a todo o momento. Há quem simplesmente atribui (injustamente) tais ocorrências ao Deus cristão. Dessa forma, por exemplo ao assistirem uma notícia jornalística violenta exclamam: “Porque isso Deus?” ou “Será que Deus não vê isso?” ou blasfema sem perceber pensando que Deus quis assim, ou que para a vítima era uma espécie de destino ou sina.

O objetivo deste artigo está muito longe de enaltecer qualquer nome que não seja o de Deus, ou de convencer alguém sobre a grave interferência demoníaca que pode ocorrer na vida daqueles que não estão sobre o cuidado e a proteção de Deus.

Ocorre que no entendimento cristão, Deus é bom, justo, Pai de amor, que tem misericórdia e é tardio em irar-se, disciplina a quem ama; e não leva em conta o tempo da ignorância, cuidando daqueles que ainda não conhecem a Sua palavra mas que tem um coração segundo os Seus princípios. E as pessoas em geral são criaturas livres para escolherem ao Deus (ou deus) que crêem e querem servir. E é neste ponto que há uma espécie de separação entre os Filhos de Deus e os filhos das trevas. Uma referencia a este entendimento está no livro de 1 João, pouco antes do livro de Apocalipse.

Deus de Israel, o “Deus de Jesus Cristo” é o primeiro a ficar triste com os sofrimentos da humanidade, e é o maior interessado em trazer salvação para as almas, num mundo de Paz. Foi justamente por isso que enviou seu filho Jesus na terra para trazer a Paz, pregar o evangelho da salvação.

Não obstante as críticas, as igrejas cristãs continuarão clamando, pregando a boa nova, fazendo a obra, seguindo a orientação de Jesus para irem e pregarem o evangelho a toda a criatura, orando por cura e libertação, entre outros, até que Jesus volte para buscá-los.


Salmos 127.3 – Eis que os filhos são herança do Senhor. 


Marcos 9.19-24.

A história de um filho possesso que o pai levou-o a Jesus para que fosse liberto.


Deus tem um plano para cada criatura, principalmente pelas crianças. Por isso precisamos cuidar com muito carinho desses que são herança de Deus para os pais.  


Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


segunda-feira, 21 de setembro de 2020

ESPERANDO O ARREBATAMENTO DA IGREJA

 ESPERANDO O ARREBATAMENTO DA IGREJA

 

VOCÊ ESTÁ ESPERANDO O ARREBATAMENTO DA IGREJA OU A GRANDE TRIBULAÇÃO?

Estudaremos nesta postagem um pouco do ensino bíblico acerca do Arrebatamento da Igreja.


Depois disso, (depois dos mortos em Cristo ressuscitarem instantaneamente), os que estiverem vivos serão (transformados também instantaneamente, num abrir e fechar de olhos), arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. 1 Tessalonicenses 4:17.


Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança.

Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram.

Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem.

Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.

Depois disso, os que estivermos vivos serão arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre.

Consolem-se uns aos outros com estas palavras. 1 Tessalonicenses 4:13-18.


O Arrebatamento da Igreja é um tema de suma importância para todos os cristãos e deve ser o momento mais esperado pela Igreja de Cristo, quando nosso Senhor Jesus virá nos buscar. 

Como qualquer assunto dentro da Escatologia, existem diferentes interpretações acerca deste evento, porém nada que altere o fato de que Cristo voltará e que viveremos eternamente com Ele.

Todos os salvos serão arrebatados. Todos os que creram serão salvos. Antes do nascimento de Jesus, todos os que creram na palavra de Deus e na promessa de que nasceria o Salvador e depois do nascimento de Jesus, sua morte e ressurreição, Ele mesmo fez a promessa de que voltaria para buscar (arrebatar, resgatar) os seus para Suas moradas eternas. João 14.

Existem outras interpretações diferentes acerca do Arrebatamento da Igreja, porém vamos analisar somente na ótica mais voltada para o que acreditamos como Cristãos pentecostais.  

O arrebatamento será iminente. Logo após iniciará a segunda vinda de Cristo. Será quase que um único evento, porém a segunda vinda de Cristo iniciar-se-á em seguida ao arrebatamento. A grande tribulação será iniciada sendo um único evento dividido em duas fases de três anos e meio cada uma e distintas em suas funções e ações. Quando acontecer o arrebatamento da igreja, já terá instantaneamente acontecido o início da segunda vinda de Cristo. Este evento dará início também à septuagésima semana de anos descrita pelo profeta Daniel. Será o início da grande tribulação, como já disse, a grande tribulação será dividida em duas fases de três anos e meio cada uma.  Na primeira fase o Senhor Jesus virá nas nuvens com os anjos para arrebatar a Sua igreja. 

Será o rapto da igreja, não será visível aos olhos humanos. Todos os que estiverem vivos e em plena comunhão com Cristo serão transformados num abrir e fechar de olhos, pouco antes e quase no mesmo instante acontecerá a ressurreição dos mortos que dormem ou que morreram em Cristo. O arrebatamento será precedido da ressurreição dos que morreram em Cristo e num abrir e fechar de olhos também os que tiverem vivos serão transformados, todos receberão um corpo glorioso como Jesus recebeu quando ressuscitou, sendo Ele as primícias dos que dormem. 

Depois desse acontecimento haverá muitas convulsões sociais, políticas e religiosas na terra, quando o mundo inteiro já estará sob o domínio do anticristo, o qual estabelecerá um governo único, uma única religião e será o único mandatário mundial, e tudo, segundo ele, para estabelecer a paz mundial. Com isso ele, o Anticristo, conseguirá enganar o povo de Israel até que ele declare e exija publicamente e mundialmente a adoração somente à ele, o qual assumirá o trono do templo, chamado de o terceiro templo de Salomão, que já estará pronto para os Judeus adorarem a Deus, mas, o Anticristo com toda a sua astúcia e força maligna, exigirá a adoração mundial, inclusive dos Judeus, à sua pessoa. Então Israel descobrirá que foi enganado, não aceitando essa condição e desfazendo o pacto de paz realizado anteriormente.   

A segunda fase dos sete anos será também de três anos e meio e serão anos de grande tribulação, será dominada mais fortemente pelo Anticristo.

Jesus virá no final da grande tribulação (no final dos sete anos) e Sua vinda será visível a todos, quando todo olho o verá, momento em que Jesus virá com grande poder e glória e vencerá o Anticristo, libertando Israel e povo Judeu das garras malignas da trindade satânica cessando o derramamento de sangue dos que declararam sua fé em Deus.  

A segunda vinda de Cristo será, como já demonstramos acima, dividida em duas fases, sendo que logo imediatamente  ao Arrebatamento, começará a contagem da primeira fase da grande tribulação. O arrebatamento da igreja, então, será de surpresa e ocorrerá num momento, num abrir e fechar de olhos,  ou seja, não será um evento público, porém todos saberão que aconteceu porque um grande número, milhares, milhões, de pessoas de todas as idades, inclusive as crianças, sumirão literalmente, desaparecerão da face da terra, não levarão nada, todos os seus bens e todos os seus pertences ficarão intactos onde eles estiverem. Vai ser um alvoroço mundial à procura dos que sumiram.


Sobre o Arrebatamento podemos ainda considerar alguns pontos importantes. 

O que a Bíblia diz sobre o Arrebatamento?


A palavra traduzida como “arrebatamento”, vem do termo grego harpazo, que significa “pegar”, “levar pela força”, “agarrar”, “raptar” ou “arrebatar”. Esse não é o único termo utilizado para descrever o momento da volta de Cristo. 

Os termos gregos parousia (que significa vinda, presença), epiphaneia (aparecimento, manifestação) e o apokalypsis (revelação), são utilizados também de forma intercambiáveis nos originais da Bíblia  para se referir a esse evento.


Será um momento misterioso, porém glorioso. 

o Arrebatamento da Igreja será um evento invisível e glorioso, e o nosso Senhor virá nas nuvens com grande poder e glória. (Mt 24:30; 26:64; Mc 13:26; Lc 21:27; At 1:11; Hb 9:28; Ap 1:7).


Também será um dia de alegria para os que esperam Sua vinda e de pavor e desespero para os desviados, desigrejados, incrédulos, dentre outros que não creem e zombam das coisas de Deus.

Quando a Bíblia descreve esse dia, ela nos ensina que será um momento de grande alegria para os salvos e de terrível pavor para os ímpios. Os incrédulos serão surpreendidos por uma repentina destruição que virá sobre eles. 

Apenas os cristãos verdadeiros que permaneceram  e permanecerem fiéis  até o fim, reinarão eternamente com Cristo.

Discordamos de uma posição defendida por muitos cristãos que querem justificar sua falta de fé e com muita fraqueza espiritual acabam sendo vencidos pela carne, pelo mundo e por Satanás, que criticam quem está se preparando para a volta de Jesus. Se estes são vencidos é porque nunca foram salvos, nunca tiveram a verdadeira fé salvadora, ou seja, sempre foram cristãos nominais e exerceram apenas uma fé histórica. Para aqueles que verdadeiramente nasceram de novo o próprio Deus é quem os preserva e os justifica para esse dia tão glorioso.

Pois nele vocês foram enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento,

porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre vocês, de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado.

Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 1 Coríntios 1:5-8.


Como será o arrebatamento da igreja e como será a ressurreição dos mortos.

No início da igreja primitiva houve muita perseguição aos cristãos e diante de tantas mortes e sofrimento uma questão começou a preocupar as pessoas: o que seria dos mortos na volta de Cristo? Pelos ensinos do Apóstolo Paulo, podemos perceber que muitos irmãos tinham medo de que a morte os privasse desse grande momento. Porém Paulo os ensina que não havia motivos para se preocupar, pois de maneira alguma os que já partiram serão prejudicados na vinda do Senhor. Paulo ainda utiliza a explicação que eles poderiam ficar seguros quanto a isso, pois a garantia da ressurreição dos mortos está na ressurreição de Cristo. 1 Coríntios 15.

Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo as primícias dentre aqueles que dormem no Senhor.

Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem.

Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados.

Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem. 1 Coríntios 15:20-23.

Da mesma forma com que os mortos serão ressuscitados, os que estiverem vivos também serão transformados, em um processo incompreensível ao raciocínio humano, tanto que Paulo descreve esse momento como um “mistério”, que ocorrerá repentinamente como “num abrir e fechar de olhos”.

Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. 

Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. 1 Coríntios 15:51,52.


Como será a vida dos Cristãos antes do arrebatamento e depois dele.

A Bíblia nos ensina que devemos aguardar esse dia maravilhoso em que encontraremos com nosso Senhor com muita vigilância. 

O próprio Senhor Jesus nos alertou sobre a importância da vigilância. Algumas pessoas entendem tais exortações como uma espécie de ameaça porém são verdades incontestáveis e absolutas para nos capacitar a estarmos aptos ao arrebatamento. Este momento é verdadeiro e acontecerá num futuro bem próximo. O ensino a respeito desse assunto é desprezado nos dias atuais, mas extremamente necessário porque em breve Jesus voltará e Ele mesmo nos da um renovo diariamente para termos o azeite, a unção do Espírito Santo para que a verdadeira igreja que o aguarda esteja firme aguardando a Sua vinda de forma ativa e não relaxadamente. A parábola das dez virgens de Mateus 25 nos inspira a sermos vigilantes. 

Os verdadeiros cristãos almejam a volta de Cristo incansavelmente. Vigiar não significa esperar o dia da volta Jesus a qualquer momento, mas esperá-lo em todos os momentos. Embora pareça ser a mesma coisa, acredite, são coisas totalmente diferentes. Mais uma vez devemos meditar nas palavras da parábola das dez virgens que nos ensinam perfeitamente sobre isso.

Após esse dia a igreja viverá eternamente com Cristo, em uma satisfação indescritível, não haverá mais o pecado, a dor, a tristeza e nem a morte. Viveremos eternamente com nosso Deus, e O serviremos com uma natureza transformada e um coração libertado.

O dia da volta de Jesus deve ser, para nós, os verdadeiros Cristãos, o momento mais aguardado de nossas vidas. Esse momento será o clímax do plano soberano do nosso Deus, será a consumação da história, um dia de grande alegria para os santos e de assombroso terror e desespero para os ímpios.

Naquele dia, tanto os que já partiram para o Senhor quanto os que estiverem vivos, todos, serão transformados e o que é corruptível se revestirá de incorruptibilidade, seremos glorificados, isto é, será removido de nós todo o pecado e seremos colocados em um estado de perfeita comunhão com Deus, num corpo glorioso. Realmente será um momento sem precedentes na história do mundo, e nem mesmo se usássemos todas as palavras que conhecemos, ainda assim, não seriamos capazes de descrever esse momento.

Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, O veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. 1 Coríntios 13:12. 

Se você gosta de louvar ao Senhor, cante os hinos 401 e 442 da harpa cristã, vai ser um refrigério e um alento renovador para sua alma que aguarda ansiosamente pela volta de Jesus. 


Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 14 de setembro de 2020

0S CINCO PRINCIPAIS PILARES DO CRISTIANISMO

0S CINCO PRINCIPAIS PILARES DO CRISTIANISMO


Os cinco principais pilares do cristianismo ou as cinco Solas defendidas por Martinho Lutero. 


O que são os cinco pilares da fé Cristã?


Os Cinco Solas” que, traduzido literalmente, significa “Os Cinco Somentes”, aqueceram os corações dos reformadores do século XVI e foram os pilares da Reforma Protestante. 


No aniversário de 500 anos da Reforma em 2017 a Comunidade Cristã no Brasil e no mundo inteiro reafirmaram e reafirmam a importância desses pilares do cristianismo:


Sola Scriptura (Somente as Escrituras),


Solus Christus (Somente Cristo),


Sola Gratia (Somente a Graça),


Sola Fide (Somente a Fé),


Soli Deo Gloria (Somente a Deus a Glória).


O ponto de partida da reforma religiosa foi o ataque de Martinho Lutero, em 1517, à prática da Igreja católica de vender indulgências. Martinho Lutero era um monge da ordem católica dos agostinianos, nascido em Eisleben, em 1483, na Alemanha. Após os primeiros estudos, Lutero matriculou-se na Universidade de Erfurt, em 1501, onde se graduou em Artes. Após ter passado alguns anos no mosteiro, estudando o pensamento de Santo Agostinho, foi nomeado professor de teologia da Universidade de Wittenberg.


Lutero admirava os escritos e as ideias de John Huss sobre a liberdade cristã e a necessidade de reconduzir o mundo cristão à simplicidade da vida dos primeiros apóstolos. Através de exaustivo estudo, Lutero encontrou respostas para suas dúvidas e, a partir desse momento, começou a defender A doutrina da salvação pela fé. Ele elaborou 95 teses que criticavam duramente a compra de indulgências. Eis algumas delas:


Tese 21 - Estão errados os que pregam as indulgências e afirmam ao próximo que ele será liberto e salvo de todo castigo dos pecados cometidos mediante indulgência do papa.


Tese 36 - Todo cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado tem total perdão dos pecados e consequentemente de suas dívidas, mesmo sem a carta de indulgência.


Tese 43 - Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres ou empresta a quem necessita age melhor do que se comprasse indulgências.


Esses princípios foram considerados uma afronta à Igreja Católica. Em 1521, o monge agostiniano, já declarado herege, foi definitivamente excomungado pela Igreja Católica, refugiando-se na Saxônia. Lutero não tinha a pretensão de dividir o povo católico cristão, mas a repercussão de suas teses foi amplamente difundida; e suas ideias passadas adiante. Através da tradução da Bíblia para o idioma alemão, o número de adeptos às ideias de Lutero aumentou largamente; e, por outro lado, o poder da Igreja diminuiu consideravelmente.


Seus ideais  reformistas religiosos, porém  conservadores, desencadearam revoltas e assumiram dimensões politicas e socioeconômicas que fugiram do seu controle. A revolta social instalou-se e o descontentamento foi geral. Os príncipes tomaram as terras pertencentes à Igreja Católica e os camponeses revoltaram-se, em 1524, contra a exploração da Igreja e dos príncipes. Lutero, que era protegido pelos príncipes, condenou a revolta dos camponeses e do líder protestante radical, Thomaz Munzer. Munzer foi decapitado e um grande número de camponeses revoltados foi massacrado pelos exércitos organizados pelos príncipes locais apoiados por Lutero, que dizia “não há nada mais daninho que um homem revoltado...”.


A preocupação de Lutero em defender as aspirações feudais fez com que sua doutrina fosse considerada uma religião, a religião dos nobres. Esses nobres assumiram cargos importantes na Igreja, que foi chamada de Igreja Luterana. A reforma religiosa de Lutero chegou a outros países, como a Dinamarca, Suécia, Noruega, os quais foram rompendo os laços com a Igreja Católica, fomentando a reorganização das novas doutrinas religiosas.


Resumo histórico dos cinco pilares do cristianismo principalmente quanto a Martinho Lutero, quanto à reforma protestante, quanto à Igreja e outras informações das transformações religiosas do século XVI. 


Lutero foi um dos reformadores da Igreja Católica no século XVI, porém acabou culminando  o nome de reforma protestante. Mas, seu papel é “sui generis” pelo fato de que ele conseguiu fazer com que sua voz chegasse até Roma causando um estardalhaço político por conta de seu alinhamento com a nobreza do Norte da Alemanha que estava fatigada pelo domínio exagerado da Igreja na região. 


Compreendemos que o movimento reformista liderado por Lutero só aconteceu por conta de alguns elementos de sua biografia, sobretudo caracterizada por sua luta pessoal de pacificação na alma, e também pelo seu entorno histórico. O período denominado de “Renascimento” fez com que ressurgisse valores humanistas suficientes para levar a cabo uma série de inquietações intelectuais que, a partir dos mosteiros começou a chegar na casa das pessoas comuns. 


O impacto da Reforma Protestante precisa ser redimensionado como sendo algo que alcançou a mente europeia da época com uma mensagem libertária e emancipadora.


A Reforma Protestante de 1517 e a comemoração dos 500 anos.


O tema é relevante por ocasião das comemorações dos 500 anos da “Reforma Protestante” no ano de 2017. Embora possamos admitir que o marco da Reforma não foi em si o convite ao debate das famosas “95 teses” que Lutero formulou e teria afixado nas portas da igreja do Castelo em Wittenberg em 1517, mas sim a experiência mística que o reformador tivera em seu claustro ao fazer a leitura do texto bíblico de Romanos 1.16,17 (1515) temos de partir de uma data limite para analisar o contexto histórico que favorece que esse evento tivesse desdobramentos tão incríveis para a história da humanidade.


Partimos nossa pesquisa desse tema proposto para lançar alguma luz na literatura de Lutero em seu contexto histórico justamente para tentar entender que esse movimento reformista não foi obra de apenas um homem, mas sim de toda uma aspiração conjuntural por mudanças no sistema religioso de seu tempo, dando destaque obviamente ao segmento dominante na época, o catolicismo romano.


Quando nos lançamos aos estudos tínhamos em mente que um movimento dessa envergadura não poderia ser obra de um homem apenas, por que ninguém, mesmo que reunindo todas as habilidades de retórica e liderança poderia desenvolver elementos tão contundentes de discurso e prática para simplesmente desmoronar um sistema até então monolítico, onde a fé só se mantinha a partir do viés católico, e nada mais diferente do que isso vicejava. É fato que outros homens tentaram ao longo dos tempos passados desafiar a Igreja em suas práticas e doutrinas estranhas ao espírito do cristianismo, mas o fim de todos eles foi a morte e o desterro de suas memórias. Mas, algo acontece no tempo de Lutero que o faz não apenas sobreviver, mas ter a sua voz ainda mais amplificada e suas queixas ouvidas por quem de direito. Além disso tudo, em sua missão de pregador, Lutero em momento algum deixou de ter pessoas debaixo de seu ensino, e de sua influência pastoral.


Logo, tentaremos responder as seguintes questões nesse artigo: Quais aspectos da biografia de Lutero influenciaram para que sua fala reformista se efetivasse? Como era o entorno histórico do século XVI na Europa que fez com que ecoasse os reclamos por uma mudança na mentalidade católica? Como pode ser vista e observada a participação popular nesse processo?


Temos um interesse pessoal nessas respostas, pois entendemos a necessidade de contribuirmos para que mais pessoas tenham acesso às reais intenções da “Reforma Protestante” isso para não ficarem alheias a um processo de mudanças que ainda em nossos dias encontram desdobramentos.


Nossa análise terá como base resultados de estudos em livros de historiadores diversos ligados à fé protestante e outros não, bem como observações pessoais quando percebermos que tais posicionamentos fazem coro àquilo que preza as fontes primárias.


Aproveitamos para destacar a importância de se ater a temas históricos fundamentais: A destruição do passado ou melhor dos mecanismos que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas, é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem. Por isso os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no fim do segundo milênio.


Logo, é de fundamental importância pensar a história como sendo uma libertação da ignorância que nos paralisa a um presente sem perspectivas. Quem não analisa o seu presente com os óculos do passado compromete o seu futuro, pois tenta construir seus valores na areia movediça dos sentimentos desprovidos de reflexão racional.


E a “Reforma Protestante” a partir da análise do homem Lutero em seu contexto histórico irá propor um novo entendimento do que vem a ser a expressão de uma fé seguida por milhões em torno do mundo, mas compreendida apenas pelos que não desprezam o olhar historiográfico proposto nesse ensaio.


Como e porque aconteceu a Reforma Protestante.

 

Para entendermos estes fatos cabe aqui um relato o mais profundo possível da biografia de Lutero respeitando elementos que o farão despontar como um dos grandes nomes desse evento icônico na história do cristianismo mundial.


Comecemos com uma análise da biografia de Martinho Lutero. 


Lutero veio de uma estirpe de trabalhadores. Ele nasceu no pequeno vilarejo de Eisleben, Alemanha, em 10 de novembro de 1483. Seu pai, Hans, era um trabalhador nas minas de cobre que eventualmente ganhou alguma riqueza de participação de lucros das minas, fundidores e outras atividades comerciais. Sua mãe era piedosa, porém religiosamente supersticiosa. Lutero foi criado sob as estritas disciplinas da Igreja Católica e foi preparado por seu industrioso pai para ser um advogado bem-sucedido. Para este fim, buscou educação em Eisenach (1498-1501) e então em filosofia na Universidade de Erfurt. Nesta última, recebeu o grau de bacharelato em artes, em 1502, e o grau de mestre em artes, em 1505.


Mesmo convivendo em um ambiente fortemente acadêmico, Lutero agasalhava em sua alma conflitos espirituais extremados.  Era sempre destacada uma fala de Lutero que realçava essa luta que ele possuía em ter uma vida que de fato agradasse a Jesus, e lhe trouxesse o perdão de seus pecados, bem como a cura de sua angústia de alma. Lutero, que viveu dentro deste contexto, descreve-o dizendo: “Nunca era possível fazer penitências suficientes, nem cumprir as santas obras necessárias e por que, apesar de tudo, continuamos aterrorizados com a cólera de Deus, aconselhamos a virarmos para os santos que estão no céu e que se situam como mediadores entre Cristo e nós, ensinam-nos a rezar à amada mãe de Cristo, lembrando-nos que ela dera de mamar a seu filho e que ela poderia muito bem pedir-lhe para moderar sua cólera contra nós e assegurar sua graça”.


A alma de Lutero ansiava por uma libertação de suas amarras existenciais. Ele não vivia em paz consigo mesmo, e algo lhe aconteceu em uma certa tarde que mudou para radicalmente o rumo de sua vida. Contrariando o desejo de seu pai que o queria advogado, ele vai entrar em 1505 para a “Ordem dos Eremitas Agostinianos”. Certa tarde ele se viu assustado em meio a uma grande tempestade numa estrada perto de Erfurt e nessa ocasião ele promete a Santa Ana (padroeira dos mineiros, a profissão de seu pai) de que se fosse poupado, se tornaria monge. Seu pai durante muitos anos interpretou essa experiência de Lutero como uma “tramoia do diabo”. Mas o fato é que temos de dois anos (1507), estava Lutero celebrando a sua primeira missa.


Lutero era um homem das letras e dos estudos e com dedicação se pôs a estudar os textos bíblicos nos seus originais, nas fontes primárias, e logo já estava percebendo o quanto a igreja (clero católico) havia fugido e distanciado dos primeiros ideais divinos. 


Ainda segundo relatos históricos, Lutero então, passou a ensinar os livros da Bíblia no vernáculo e, para fazê-lo melhor, começou a estudar as línguas originais da Bíblia. Aos poucos desenvolveu pesquisas e estudos de que somente na Bíblia podia encontrar a verdadeira autoridade. De 1513 a 1515, deu aula sobre os Salmos; de 1515 a 1517 sobre os Romanos, e, depois, Gálatas e Hebreus. Entre 1512 e 1516, quando preparava suas aulas, encontrou a paz interior que não conseguia nos ritos, nos atos ascéticos ou na famosa teologia germânica dos místicos, por ele publicada em 1516. A leitura do verso 17 do capítulo 01 de Romanos convenceu-o de que somente pela fé em Cristo era possível a alguém tornar-se justo diante de Deus. A partir daí, a doutrina da justificação pela fé e a sola Scriptura, a ideia segundo a qual as Escrituras são a única autoridade para o pecador procurar a salvação, passaram a ser os pontos principais do seu sistema teológico.


Essa “experiência de torre” marcou o início de seu despertamento espiritual para enxergar de que algo em seu entorno não ia bem. Ele era um “homem da igreja”, mas que começa a questionar o quanto essa igreja estava longe dos seu Senhor. A bem da verdade, a despeito desse despertamento epistemológico não houve ainda por parte de Lutero nenhum movimento de distanciamento da igreja, mas apenas uma descoberta do que mais tarde, ele veio a dizer que lhe abriu as portas do paraíso.


Sua grande descoberta embora tivesse lhe trazido uma nova compreensão do evangelho, não lhe fazia protestar de imediato de modo que a igreja entendesse a sua fé. Pelo contrário, Lutero continuou dedicado aos seus labores como mestre e pastor, embora com vislumbres de uma nova teologia. E o que é mais notável é que ele não tinha percebido que sua grande descoberta se oponha a toda o sistema de penitências e, consequentemente, à teologia e às doutrinas comuns de sua época.


Mas não demorou para que Lutero se visse confrontado com doutrinas e práticas pagãs dentro da Igreja Católica. E o episódio da “venda das indulgências” veio para marcar esse início da ruptura de Lutero com a Igreja. Em 1515, sob os auspícios do papa Leão X foram permitidas a comercialização de indulgências (“perdão divino”) para financiar a construção da nova igreja de São Pedro, em Roma. O príncipe Alberto, também arcebispo contratou agentes para transitarem por toda a Europa oferecendo o livramento das almas do purgatório, e a quantia era estipulada de acordo com os ganhos do pagante.


Um dos mais competentes agentes (e justamente o que foi incumbido de propagandear seu “produto” na região onde Lutero era líder religioso) foi João Tetzel, um frade dominicano, que é saudado pela população alemã ao som de sinos e grande alvoroço. Lutero por sua vez, insiste em suas críticas e achava um absurdo o mote usado por Tetzel: “sempre que uma moeda no cofre soa, uma alma do purgatório voa”. Outros comentavam para deixar isso mais explicado: Tetzel e seus subalternos proclamavam que a indulgência que vendiam deixava o pecador “mais limpo do que saíra do batismo”, ou “mais limpo do que Adão antes de cair”, ainda que “a cruz do vendedor de indulgências tinha tanto poder como a cruz de Cristo”, e que no caso de alguém comprar uma indulgência para um parente já morto, “tão pronto a moeda caísse no cofre, a alma saia do purgatório”.


Incomodado com essa propaganda enganosa, uma vez que se estava oferecendo um “produto” que não estava sob o governo humano, mas que provinha do próprio Deus, Lutero sentou-se para elaborar sua contrapartida teórica e, como era costume em seu tempo chamou os mestres de sua região para um debate sobre a genuinidade dessa prática através de suas “95 teses”. Lutero esperava provocar uma discussão serena entre o corpo docente, não uma revolução popular. Mas uma cópia caiu nas mãos de um tipógrafo, o qual viu que as noventa e cinco teses impressas seriam “espalhadas pelas asas dos anjos” por toda a Alemanha e Europa em poucas semanas. Lutero se tornou um herói de um dia para o outro. Com isso, essencialmente, a Reforma nasceu.


Cabe aqui um testemunho de um dos historiadores mais clássicos no que tange à Lutero que registrou o seguinte comentário: Em 1º. De novembro de 1517, ninguém se apresentou para debater com o irmão Martinho. Em poucos dias, porém, as 95 teses, reimpressas, traduzidas em língua alemã, difundidas em todos os círculos, traziam até o monge, para sua imensa surpresa, o eco de uma voz cujo tom e vigor perturbaram-no profundamente. A voz de uma Alemanha inquieta, surdamente palpitante de paixões mal contidas, que esperava apenas um sinal, um homem, para revelar em público seus secretos anseios.


Lutero combatia com violência a prática da venda das indulgências, mas achava que quando e se as suas teses chegassem ao conhecimento do Papa (Leão X) o teor delas seriam compreendidos e algo seria feito para corrigir essa distorção. Mas, não foi isso que aconteceu e, diferentemente de outros escritos de Lutero essas teses foram suficientes para inflamar a ira da elite da Igreja contra os pressupostos dessa critica tão forte às tradições da Igreja. Lutero se viu duramente atacado e só não sucumbiu porque estava sob a proteção de um grande príncipe de sua região, a Saxônia, conhecido como Frederico, o Sábio. Durante todo esse período, Lutero havia contado com a proteção de Frederico, o Sábio, eleitor da Saxônia e, portanto, senhor de Wittenberg. Frederico, não protegia Lutero por estar convencido de suas doutrinas, mas sim porque lhe pareceu que a justiça exigia um julgamento correto. A principal preocupação de Frederico era ser um governante justo e sábio, como seu próprio nome já insinuava,  o sábio. Com esse propósito fundou a universidade de Wittenberg, muitos de cujos professores lhe diziam que Lutero tinha razão, e que se enganavam aqueles que o acusavam de heresia. Pelo menos, enquanto Lutero não fosse condenado oficialmente, Frederico estava disposto a evitar que se cometesse com ele uma injustiça semelhante a que havia acontecido no caso de João Huss.


Em 1520, o papa emitiu uma bula ordenando que Lutero se retratasse em 60 dias ou seria excomungado e banido. E como ninguém conseguia combate-lo por argumentos, tentaram calá-lo com esse libero acusatório. Mas, em contra-ataque Lutero chama o papa de “anticristo” e queima sua cópia da bula com as seguintes palavras: “Pelo fato de vocês confundirem a verdade de Deus, o Senhor hoje confunde vocês. Que sejam lançados ao fogo!”. Com a bula foram queimadas obras de teologia e livros da lei canônica, destruindo em sentido simbólico todo o sistema eclesiástico da igreja romana. Isto posto, Lutero foi convocado para expor seus pensamentos ainda mais uma vez, agora em Worms, e, não obstante não percebendo que era lhe posto uma “cilada”, ele foi raptado por cavaleiros, a mando de Frederico, e abrigado em seu castelo pelos próximos dez meses. Assim foi narrado o ocorrido: Enquanto viajava em regresso à sua cidade, Lutero foi cercado e levado por soldados do eleitor Frederico para o castelo de Wartburg, na Turíngia. Ali permaneceu guardado, em segurança e disfarçado, durante um ano, enquanto as tempestades de guerra e revoltas rugiam no império. Entretanto, durante este tempo, Lutero não permaneceu ocioso; nesse período, traduziu o Novo Testamento para a língua alemã, obra que por si só o teria imortalizado, pois essa versão é considerada o fundamento do idioma alemão escrito. Isso aconteceu no ano de 1521. O Antigo Testamento só foi completado alguns anos mais tarde.


Lutero já tinha acendido fogo em um pavio que iria custar terminar em seu fulgor. Foi sem dúvida, um incendiário de uma verdade que ele defendia com ardor: a fé cristã tinha de se libertar do fantasma do catolicismo medieval. Seu trabalho de cunho religioso atingiu mais do que ele mesmo poderia imaginar, mudou toda uma cultura, e permeou as lutas que fizeram com que a Europa no século XVI encontrasse respostas para muitas das suas inquietações.


O contexto histórico da Europa no século XVI quanto a reforma protestante de Martinho Lutero e outros reformadores. 


Durante a Idade Média, a Igreja Católica tinha o seu poder consolidado, em uma estrutura de poder bem rígida, e com seu poder de influência em praticamente todos os estados europeus. Era um verdadeiro monopólio da fé, onde ela mesmo arrogava para si o título de “única igreja de Cristo”. 


A sociedade medieval era caracterizada pelo poder do rei e sua nobreza, e da igreja e seus sacerdotes, sendo a população a parte excluída de todas as decisões e processos de emancipação social, que praticamente não existiam. 


Pontuaremos algo interessante para ilustrar ainda mais esse ponto: De fato, a Igreja se tornou poderosíssima nesta época, tanto no âmbito ideológico quanto na ótica política e econômica. Para se ter uma ideia, a própria divisão da sociedade da época era baseada na Santíssima Trindade: Clero, Nobreza e Servos. Com o pretexto da obtenção da salvação, a mentalidade do homem passou a ser totalmente embasada pela religião. A grande quantidade de doações monetárias de fiéis e os tributos cobrados pela Igreja fizeram com que a organização passasse a ter um grande poder econômico, levando-a a possuir cerca de um terço de todas as terras cultiváveis da Europa. Com tanto poder, a instituição passou a exercer certo monopólio intelectual, já que a grande maioria da população era analfabeta e, além disso, não tinha acesso às obras escritas.


Tanto poder absoluto fica fácil discernir que houve nesse tempo abusos incontáveis de poder, além de uma violência religiosa ostensiva que ficou conhecida como “Santa Inquisição”, que nada mais era do que uma força policial tutelada pela Igreja em busca (melhor seria, “caça”) aos hereges, isto é, aqueles que pensavam diferente da interpretação oficial da igreja. E com tudo isso, a igreja convivia com um clero corrupto e com uma fama terrível no que tange ao exercício da moral e dos bons costumes. Por isso diziam que “os abusos sempre crescentes, ligados à excessiva centralização romana e às preocupações demasiado temporais do clero, provocaram, por uma espécie de descontentamento, a revolta protestante”.


Fazendo uma análise mais próxima do campo da Filosofia, podemos afirmar que com o desenvolvimento das cidades na Europa meridional e ocidental, bem como com o estabelecimento das estacas do movimento renascentista, onde foi resgatada toda a arte, arquitetura e estrutura de pensamento mais próximos ao classicismo grego, era de se esperar que o pessimismo do sistema Agostiniano fosse substituído por um arcabouço ideológico mais próximo do humanismo secular. O novo sistema de crença cristalizou-se, por fim, durante os séculos XII e XIII, várias obras continham em seu bojo esses detalhes e sua premissa principal era em relação ao chamado “livre arbítrio”, pensamento em que o homem podia escolher entre o bem e o mal, e ele, através do batismo, penitência e a eucaristia poderia assegurar sua paz com Deus, por meio de um perdão de seu pecado original, uma culpa absolvida e a renovação à cada missa dos efeitos redentores do sacrifico de Cristo.


O ataque de Lutero aos abusos clericais também ecoavam uma série de atitudes que já prevaleciam na Europa de fins da Idade Média . Conforme vimos, ele concentrou sua atenção nas deficiências do papado, insistindo na necessidade de se retornar à autoridade das Escrituras e de restabelecer uma Igreja apostólica, mais simples e menos mundana. Essa linha de ataque já era adotada, com veemência pelo menos igual à sua, por um número crescente de pensadores anticlericais da geração imediatamente anterior à Reforma.


Por isso, cabe muito bem terminarmos essa análise de contexto histórico, salientando um trecho de um dos escritos de Lutero sobre a sua opinião do que alguém na posição de papa deveria fazer. Esse trecho faz parte das suas obras selecionadas e coletadas pela Editora Sinodal, que pertence a um dos ramos luteranos no Brasil. Deixemos o próprio Lutero falar acerca dos papas que ao invés de pastorearem o rebanho de Deus e pregarem a Palavra de Deus eram: 


“Nesse ponto, porém, são omissos e converteram-se em senhores seculares; governam com leis que concernem somente ao corpo e aos bens. Inverteram as coisas maravilhosamente para seus interesses particulares e materiais. Deveriam governar exteriormente castelos, cidades, países e pessoas, e torturam as almas com trucidações indizíveis. Existe um vício generalizado e uma falta de virtude considerada até como ação perniciosa, em todo o mundo e em todos os níveis. Em grego chama-se de “polypragmosyne”, estar muito ocupado com coisas que não nos foram ordenadas e deixar de lado as coisas que nos foram insistentemente ordenadas. Os latinos dizem “foris sapere, domi desipere”, sábio lá fora, tolo em casa. Prefiro chamar esse vício de “intromissão indevida”. Ela é um dos frutinhos do pecado original, inato e inerente. Todos se cansam rapidamente das coisas que lhe são ordenadas e passam a se intrometer em coisas alheias, que simplesmente deveriam deixar de lado”.


Fica óbvio que a crise de Lutero era com os excessos de Roma onde ao invés de promover o crescimento das pessoas em acessos ao conhecimento, em todos os níveis, uma vez que a própria imprensa estava sendo dinamizada a partir de 1546, e os principais estados europeus viviam um clima de forte nacionalismo, a Igreja se colocava de costas para o progresso e cerceando a liberdade que as pessoas tinham de se emanciparem como cidadãos do mundo. E esse movimento emancipatório do indivíduo, tendo como consequência o surgimento dos mais diversos nacionalismos europeus foram surgindo na Inglaterra, França e Espanha. 


Isto porque à medida que as cidades cresciam e o comércio se desenvolvia, surgia a classe média. E ela procurava participar na vida política e religiosa.


Logo podemos situar o movimento reformista do século XVI como sendo amparado na tradição humanista que fincou raízes no pensamento de uma classe média crescente na Europa. Sendo assim fecho questão que O “tempo curto” da Reforma protestante deve então ser recolocado no “tempo longo” da Reforma da Igreja, como bem defendeu outros historiadores sobre os tempos das Reformas (1250-1550)” vividos por outros reformadores antes, durante e depois de Martinho Lutero. 


 Esta sustentação das 95 teses de Martinho Lutero representa a ausência de uma Teologia solidificada na segurança do Evangelho conservador e verdadeiramente Cristão e espiritual pregado pelos apóstolos, causando uma ruptura entre as correntes teológicas do clero romano oficial anteriores a 1517 e a reprodução desta aparente perseguição. Foi uma tomada de posição séria que dali por diante e em dias posteriores até nossos dias, repercutiu a necessidade de um renôvo espiritual constante à todos os que passaram a defender e a viver a teologia ensinada por Martinho Lutero.


Concluímos que a Reforma Protestante de Martinho Lutero se espalhou como grãos de areia e chegou até nós no século XXI.


Questões levantadas que merecem uma visão melhor e esclarecimentos. Quanto mais estudamos a vida de Martinho Lutero, mais percebemos que estamos próximos das respostas às questões que vão edificar nossa fé no Senhor Jesus. 


A primeira questão foi: “Quais aspectos da biografia de Lutero influenciaram para que sua fala reformista se efetivasse?”. Salientamos aqui a pessoa de Lutero em seus dados de nascimento, família e chamado sacerdotal. Vemos um homem acostumado às reflexões interiores e com uma forte angústia de alma que o perseguiu durante muitos anos de seu tempo de clausura em Wittenberg. Ele era um homem inquieto, com a alma sedenta pela verdade da palavra de Deus e de um discurso inflamado e em alguns momentos parecendo até deseducado, só porque defendia as verdades bíblicas. Suas falas eram contundentes, polêmicas e que tinham conteúdo para enfurecer a cúria romana que se viu ameaçada por um rival que pleiteava ter do seu lado a própria Palavra de Deus.


Temos registros de a produção de Lutero era vertiginosa: por exemplo, em 1520, ele escreveu 133 obras; em 1522, 130; em 1523, 183 uma a cada dois dias e a mesma quantidade em 1524. O mesmo historiador que confirmou esses números escreve que: “Todos afluíam a ele, cercando sua porta de hora em hora, grupos de cidadãos, doutores, príncipes. Enigmas diplomáticos precisavam ser resolvidos, assuntos teológicos complicados precisavam ser postos em ordem e a ética da vida social necessitava de ser exposta e explicada”.


Uma outra questão foi: “Como era o entorno histórico do século XVI na Europa que fez com que ecoasse os reclamos por uma mudança na mentalidade católica?”. E vimos em nossa pesquisa e arrazoados que o contexto da denominada Baixa Idade Média na Europa era de um catolicismo arcaico e dominador, que acabou ruindo pelo crescimento de uma classe média ruidosa e que queria ocupar um espaço de destaque nas decisões relacionadas ao poder dos homens, e por que não dizer do entendimento do poder que vem de Deus também. Lutero não conseguiria sobreviver politicamente se não fosse o apoio incondicional dessa crescente classe média. E é sabido que o próprio pensamento protestante será considerado como de viés progressista e contribuirá para o soerguimento de uma visão que poderíamos chamar de proto-capitalismo.


Certo autor conjecturou na direção de desenvolver uma ligação entre, “A ética protestante e o espírito do capitalismo”. Em contraste com isso, conduta de vida monástica, o trabalho profissional mundano aparece como expressão exterior do amor ao próximo, o que de resto vem fundamentado de maneira extremamente ingênua e em oposição quase grotesca à algumas teses conhecidas e em particular quando aponta que a divisão de trabalho coage cada indivíduo a trabalhar para os outros. Trata-se, como se vê, de argumento essencialmente escolástico que logo é abandonado, cedendo o passo à referência cada vez mais enfática ao cumprimento dos deveres intramundanos como a única via de agradar a Deus em todas as situações, que esta e somente esta é a vontade de Deus, e por isso toda provisão lícita simplesmente vale muito e vale igual perante Deus”.


Em outras palavras, o mundo muda: e para servir a Deus não é mais preciso se enclausurar. O homem foi emancipado. Ai entra a resposta a última e derradeira questão apontada no início desse artigo: “Como pode ser vista e observada a participação popular nesse processo?”. Podemos encerrar alardeando que o povo se viu representado pelo pensamento de Lutero como alguém que procurou a partir de suas contradições desafiar o espírito totalitário de Roma.


O escopo de nosso trabalho não poderia abarcar todas as questões envolvendo a vida do homem Lutero. Apenas me ativa ao seu pensamento introspectivo e reflexivo na melhor acepção da palavra, para provocar um novo tempo de reflexões e pensamentos que culminaram numa emancipação do homem e por conseguinte de todo um povo que ansiava por mudanças reais neste tempo conturbado da história, a mudança de paradigmas filosóficos e sociais no século XVI.


Queremos terminar com a primeira das 95 teses que foram um chamado para um amplo debate que culminou na Reforma que até os nossos dias ainda precipitam discussões e busca por um significado relevante para o entendimento de valores que nos são tão caros e raros como a liberdade, a autonomia e o direito de nos achegarmos a Deus por nós mesmos, e não através de valores puramente monetários. 


“Quando nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo disse ‘Arrependei-vos’, ele estava dizendo que a vida inteira dos crentes fosse de arrependimento. Na verdade Deus nos libertou das trevas e nos transportou para Reino do Filho do Seu amor e da sua maravilhosa luz. Jesus nos libertou completamente da escravidão do pecado e da luxúria e loucura da religião. Religião,  boas obras e riquezas materiais não salvam ninguém, Jesus Cristo é o nosso redentor e Salvador que vive e reina para sempre e eternamente. Em breve, muito breve, Jesus virá para buscar os fiéis no dia do arrebatamento da igreja “. By. Waldirpsouza. 


A Deus seja a Glória para todo sempre e eternamente.


Deus abençoe você e sua família.



Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O QUE É A FÉ ?

 O QUE É A FÉ ? 


O que a bíblia quer dizer com o termo fé?


Fé significa reconhecer mais do que apenas crer que a bíblia é verdadeira, é ter certeza pela fé que ela é a verdade de Deus para a humanidade. É ter a certeza e crer, pela fé, que a Bíblia é o manual de Deus com todos os ensinamentos necessários para sermos bem protegidos e bem sucedidos aqui na terra.  


Se você realmente crê na bíblia, então esta vai te levar a ter ações. Fé não é um sentimento negativista e nem positivista  mas é a certeza e a convicção daquilo que há de ser mesmo não existindo ainda. 


Crer é mais do que um reconhecimento intelectual de que a bíblia é verdade. Crer significa mais do que também ter a certeza de que a bíblia é inspirada por Deus. Crer em verdade, significa ter a certeza que Deus vive hoje e que tem um interesse vivo para comigo e com você individualmente e coletivamente

.

Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe. Hebr.11,6. Aqui está escrito que Deus existe e não que existiu. Leia todo o capítulo de Hebreus 11, e assim você passa a ter uma impressão de como os heróis da fé no Velho Testamento, conseguiram vencer através da fé, enormes obstáculos e problemas difíceis. Eles serviam a um Deus vivo que os ajudou de uma maneira surpreendente.


A fé não é uma questão passiva, mas sim ativa.


A fé opera da seguinte maneira:


A gente tem que ter fé para que algo aconteça mesmo que isso seja impossível aos olhos do ser humano.  

As coisas não têm que acontecer para a gente ter fé.

A gente tem que ter fé para o impossível acontecer. 

A fé em Deus nos leva a ações, como está escrito na última parte de Hebreus 11, 6: …e que é galardoador dos que o buscam.  Os heróis da fé buscavam a Deus com muita diligência e nisso eram muito ativos em sua fé: Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca… Hebr.11,7. Também hoje temos que procurar a Deus com seriedade, quando lemos a bíblia, crer e simplesmente obedecer a palavra dele e ter a fé que ele vai recompensar nosso empenho.

Também hoje temos que procurar a Deus com seriedade, quando lemos a bíblia, crer e simplesmente obedecer a palavra dele e ter a fé que ele vai recompensar nosso empenho.

Como Deus recompensa quem procura e ele com diligência? Na bíblia existem muitos exemplos disto. Está escrito em 2 Pedro 1,4, por exemplo, e você vai ver que  …Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, e que através dessas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.


Pela fé cremos nas promessas preciosas do Senhor Jesus. 

Receber parte na natureza divina, isto é uma recompensa fenomenal, e não um assunto místico qualquer. Natureza divina é o fruto do Espírito: Amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, ternura e castidade, como podemos ler em Gálatas 22-23. Uma outra maneira de descrever natureza divina está escrita em 2 Coríntios 4,11: …para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos.

Empenho e obediência são necessários quando queremos ter parte nesses frutos do Espírito. Nós temos que crer como está escrito em 2 Pedro 1,4: havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo. Nós temos que ter sempre a morte de Jesus no nosso corpo. 2 Coríntios 4,10. 

O processo pelo qual escapamos da corrupção e do pecado que mora dentro de nós, e passamos a ser preenchidos pelos frutos do Espírito, é a essência do novo pacto, dessa nova aliança. 

Através de sua fé viva, os heróis da fé do antigo pacto experimentaram o colossal poder de Deus. Através desta eles venceram seus inimigos e opositores. Mas no novo pacto ou nova aliança, Deus realizou algo mais glorioso: Ele acabou com o pecado que mora na natureza humana através da carne de Jesus. Romanos 8,3. Deus não obrigou a Jesus, não, Jesus mesmo creu e obedeceu a Deus em todas as circunstâncias de sua vida, de livre arbítrio e por livre escolha. 

Jesus venceu e com isso tornou possível para você e para mim a vencer da mesma maneira. Apocalipse 3,11. Ele pode nos salvar até nos mínimos detalhes e nas dificuldades intransponíveis aos olhos humanos. 

E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. Marcos 9,23.


Em João 11.40 Jesus disse ....Não te hei dito que se creres verás a glória de Deus? 

Ou seja, se cremos pela fé, os milagres acontecerão em nossas vidas para a glória de Deus.


A prova de fé e o que é a vivência da fé  ou exercício da fé no dia a dia. 

Vamos ver aqui muitos exemplos de vivência da fé literalmente. 

Vamos abordar a “prova” de fé não no sentido de “provação“ mas de aprovação pela persistência em crer na realização do impossível pela fé. 

Fé é a firme opinião, com convicção, de que algo é verdade sem qualquer tipo de comprovação e ou de objeção; A fé não é passível de verificação daquilo que se crê que exista ou que vá existir. Pois a fé nos faz sentir pelo poder de Deus que Cristo Jesus vai fazer que as coisas existam e aconteçam sem que elas ainda tenham existido e acontecido naquela vida que tem fé. Como disse o escritor aos Hebreus 11.1: A  fé é  o firme fundamento das coisas que se esperam e a convicção daquilo que se não vêem. 

“Fé é acreditar no inacreditável, imaginar o inimaginável, ver o invisível, penetrar no impenetrável, mensurar o imensurável e sentir o insentível”. 

By Waldirpsouza. 


Quem tem fé se abstêm por completo da dúvida; a dúvida não combina com fé, a dúvida acaba com o prazer da fé, a dúvida acaba com a certeza da fé, não há possibilidades de se ter fé com dúvidas. A fé gera confiança, a fé gera no Cristão um comportamento totalmente confiável em Cristo Jesus como Salvador e Senhor de sua vida. 

A fé gera confiança inabalável nas promessas bíblicas de que os milagres possam acontecer na nossa vida em qualquer instante, porque milagre é milagre e quem tem fé para alcançar seus objetivos e ver seus sonhos serem realizados, certamente alcançarão o milagre e verão a vitória da sua fé. 

O apóstolo Paulo diz em Hebreus 10.33 que a fé nos leva a ser espetáculo para o mundo; por isso a nossa fé em Deus tem que ser inabalável, tem que crer de verdade nas realidades espirituais dos milagres de Jesus Cristo e na operosidade do Espírito Santo de Deus em nossas vidas que são alcançados somente pela fé. 

Em Hebreus 10.38 diz o seguinte: ‘Mas, o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer n’Ele’. Outras referências correlatas poderão serem verificadas, tais como: Romanos 1.17; Habacuque 2.4; Gálatas 3.11.

No capítulo 11 do livro aos Hebreus encontramos a natureza da fé  que é  aceita por Deus e o exemplo de grandes personagens da Bíblia que realizaram grandes feitos pela fé, são os chamados heróis da fé. Leia na sua Bíblia este capítulo e veja a galeria dos heróis da fé e que você seja também uma pessoa de fé para agradar a Deus, porque também diz a Bíblia em Hebreus 11.6: ‘De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus, creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam’.

Tenha sempre em sua mente que a nossa salvação é pela fé e que a Bíblia Sagrada que e a palavra de Deus é a nossa regra de fé. 

A Bíblia está repleta de pessoas que tiveram um relacionamento desejável com Deus, que nos incentiva a buscar mais e mais esse Deus gracioso.

A verdade é que precisamos nos cercar de pessoas que podem ter impacto na nossa vida, nos ajudando contra as distrações do dia a dia e em um apoio mútuo em busca do Reino de Deus. Pessoas que abrem mão dos seus próprios planos e projeto pelo reino estão cada vez mais raras.


Noé. A prova de fé de Noé. 

A História de Noé e sua arca é tão impressionante que até hoje sua veracidade é questionada pelos céticos, isso por sí só mostra o tamanho da fé desse homem o qual a Bíblia diz: Assim fez Noé; conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez. Gênesis 6:22.


Jó. A prova de fé de Jó. 

Se existe alguém que sabe o que é sofrer, esse homem é Jó, muito se diz sobre ele ter “ganho tudo em dobro” no fim, mas filhos não podem ser substituídos, todos os aspectos da situação que ele viveu mostra um homem de uma fé irretocável. Fruto de um coração extremamente grato por Deus. Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma. Jó 1:22.


Abraão. A prova de fé de Abraão. 

Se perder filhos para desastres naturais já é uma dor incalculável, imagina tirar a vida do seu filho único. Abraão já havia duvidado de Deus uma fez, é provável que esse fato o consumia, era necessário colocar a sua fé a prova novamente. Estar disposto a fazer o impensável é uma das características de um homem de fé. E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Gênesis 22:1.


José. A prova de fé de José. 

Se a traição dos próprios irmãos não é suficiente para provar uma fé, que tal ser preso e tentado pela mulher do homem mais poderoso. Quando sabemos exatamente contra quem estamos pecando, e quem de fato é o Senhor de nossas vidas podemos expressar como ele: Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? Gênesis 39:9.


Raabe. A prova de fé de Raabe.

Imagina uma cidade inteira prestes a ser destruída, quem se salvaria, os poderosos? os ricos? os religiosos? não, uma prostituta, ela de ouvir falar das histórias de um Deus que ela desconhecia, acreditou, sua fé era tamanha que arriscou a própria vida pelo intento dos Hebreus. O escritor de Hebreus dentro de tantos exemplos do Velho Testamento colocou Raabe no roll da fama: Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias. Hebreus 11:31.


Rute. A prova de fé de Rute.

Uma mulher Moabita, que deixou tudo o que tinha para algo maior do que qualquer coisa que ela já tinha imaginado. Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. Vendo Noemi, que de todo estava resolvida a ir com ela, deixou de lhe falar. Rute 1:16-18.


Ester. A prova de fé de Ester.

A história de Ester é fascinante, cheia de reviravoltas, o general do Rei Assuero estava determinado a destruir os judeus, que na época estava sob domínio dos persas. Mas a vida dessa grande mulher mudaria todos os planos. E disse: Se bem parecer ao rei, e se eu achei graça perante ele, e se este negócio é reto diante do rei, e se eu lhe agrado aos seus olhos, escreva-se que se revoguem as cartas concebidas por Hamã filho de Hamedata, o Agagita, as quais ele escreveu para aniquilar os judeus, que estão em todas as províncias do rei. Ester 8:5.


Daniel. A prova de fé de Daniel. 

Um homem cuja integridade e vida de oração o ajudou a ver milagres inacreditáveis e diversos mistérios proféticos. 

Mesmo estando no cativeiro babilônico conquistou a simpatia do Rei. Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. Daniel 6:10.


Elias. A prova de fé de Elias. 

Ressuscitou os mortos, fez chover fogo dos céus, e foi levado por um redemoinho (acompanhado por uma carruagem e cavalos), e ainda colocou a sua vida em risco quando enfrentava o Rei Acabe, contra o culto idólatra de Baal. Eis que fogo desceu do céu, e consumiu aqueles dois primeiros capitães de cinquenta, com os seus cinquenta; porém, agora seja preciosa aos teus olhos a minha vida. Então o anjo do Senhor disse a Elias: Desce com este, não temas. E levantou-se, e desceu com ele ao rei. 2 Reis 1:14,15.


Paulo. A prova de fé de Paulo.

Um homem tão apaixonado pelos perdidos, que ele literalmente teria pisado vidro quebrado apenas para alcançar a próxima pessoa. Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. Atos 21:13.


Os doze Apóstolos.  

A prova de fé dos doze Apóstolos segundo as tradições seculares, já que não constam na Bíblia. 


“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”(Mateus 16:24) “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome.”(Mateus 24:9).


Veja neste tópico abaixo como foi a morte de cada discípulo que serviu a Jesus Cristo. 

Cada um foi provado na fé até o último segundo de suas vidas, mas não perderam a fé, a esperança e a salvação em Jesus Cristo. 

Sofreram aqui na terra e foram promovidos para a vida eterna nas mansões celestiais.


André.

Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de Deus”. André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro: “Achamos “o Messias”, o Mestre.” (João 1.35-42; Mateus 10.2). O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.


Bartolomeu.

Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47) Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.


Filipe. 

Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael (João 1.43-46). Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.


João (o apóstolo do amor).

O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O foi o discípulo que Jesus amava”. (João 13.23). Pescador, filho de Zebedeu (Mateus 4.21) o único que permaneceu perto da cruz (João 19.26-27). O primeiro a crer na ressurreição de Cristo (João 20.1-10). A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse (Apocalipse 1.9). Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.


Judas Tadeu.

Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: “Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?” (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.


Judas Iscariotes. (o traidor).

Filho de Simão, traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida.(Mateus 26:14-16; 27:3-5). 


Mateus. ( ex cobrador de impostos).

Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13). Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.


Matias (substituto de Judas).

Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.


Paulo. (O maior missionário da igreja primitiva e de todos os tempos).

Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67 ou 70 (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).


Pedro. (estava sempre um passo a frente dos demais).

Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo”(Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração (Mateus 17.1-4). 

Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua crucificação verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero. 

Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.


Simão. (o Zelote)

Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado como outros apóstolos. 


Tiago. (o maior).

Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia, o pescador (Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e morto a espada em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.


Tiago. ( O menor).

Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62.


Tomé. (Que só acreditava no que via).

Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação (João 20.25). Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.


Observação: 

O único apóstolo cuja morte está registrada na Bíblia é Tiago (Atos 12:2). O rei Herodes “fez Tiago passar ao fio de espada”, aparentemente uma referência à decapitação. 

As circunstâncias das mortes dos outros apóstolos só podem ser conhecidas baseadas em tradições da igreja medieval, livros de estudos teológicos, livros apócrifos e outras literaturas seculares. 


A nossa constante prova de fé. 

E quanto à nossa prova de fé no dia a dia de nossas vidas? Vamos travar a luta espiritual com as armas espirituais à nossa disposição e quem nos ajuda a vencer é o Espírito Santo de Deus. Os mártires da prova de fé da igreja destes tempos do fim também são destemidos sem nomes na história,  seus nomes estão escritos no livro da vida.


Sem fé é impossível agradar a Deus.


A prova de fé desses e outros heróis estão registrados na Bíblia Sagrada, nos anais da historia da igreja e na história secular,  como quem venceram pela fé.


Seus exemplos nos impulsionam e nos incentivam a viver pela fé. Deus vos abençoe ricamente e pelos olhos da fé vocês possam ver as grandes e firmes revelações de vitórias e de sucesso que Deus tem reservado para vocês em sua trajetória de vida assim como os heróis da fé venceram todos os obstáculos ao passarem pela prova de fé. Maranata.


Deus abençoe você e a sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor