segunda-feira, 27 de julho de 2020

O SOFRIMENTO E A VITÓRIA DE JÓ

O SOFRIMENTO E A VITÓRIA DE JÓ

Jó foi um exemplo de perseverança no sofrimento e nas provações. Venceu pela fé e pela plena confiança em Deus. 

Jó estava assentado no meio do monturo da cidade, coçando as feridas, suportando o mal cheiro do seu próprio corpo, os "amigos" acusando-o de pecados.

No Salmo 113:5-8 encontramos a seguinte informação que Deus “levanta do pó o desvalido”.

5. Quem é como o Senhor, nosso Deus, que habita nas alturas;

6. que se curva para ver o que está nos céus e na terra;

7. que do pó levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado,

8. para o fazer assentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo; 

Jó só descobriu que Deus estava no controle de sua vida e de tudo à sua volta quando aparece um redemoinho depois de uma grande tempestade, ou seja, a tempestade era tudo o que Jó estava vivendo e vivenciando, mas logo a seguir veio o redemoinho, que vem limpando tudo ao seu redor e tirando todos os impedimentos da vida de Jó. O áureo esplendor é a certeza de que todos os que confiam plenamente no Senhor, um dia resplandecerão nos átrios do nosso Deus.


Vale lembrar que foi em um redemoinho que Deus escolheu aparecer para Jó (38:1; 40:6). Um pouco antes, houve uma tempestade e depois, um áureo resplendor. Aquele evento simbolizou a experiência de Jó. Então, Deus falou com Jó por meio de um redemoinho. Sabemos que quando um redemoinho ataca e sopra fortemente, ele varre tudo, destruindo tudo que está em seu caminho. Ele levanta tudo da terra consigo e, por um tempo, gira incessantemente sem direção, fazendo uma confusão, varrendo tudo o que está diante dele.



Jó  percebe um redemoinho, que talvez para ele tal redemoinho fosse um poder de destruição, contudo no meio do redemoinho surgi uma voz dizendo: "Levanta-te Jó,  cinge da tua força, pois eu o Senhor teu Deus quero falar com você". 

E Deus começa a fazer perguntas a Jó. Podem ter a certeza que foram muitas e Jó não teve argumentos para responder nenhuma.  

Onde você estava quando eu lancei as colunas de sustentação da terra? 

Onde você estava quando os anjos cantavam e celebravam o meu nome enquanto eu desenrolava os céus? 

Qual o peso do vento?

Deus faz dezenas de perguntas á Jó, e nenhuma resposta. Mas porque Deus faz estas perguntas a Jó, se Deus sabe das resposta e também sabe que Jó não teria como respondê-las?

Em meio a dor de Jó, Deus estava querendo dizer a ele o seguinte: saiba que Eu, o Senhor, controlo tudo, e que nada está fora  do meu comando. E tudo está sobre o meu controle.

Então vejamos a história e todas as particularidades da vida de Jó na Bíblia, mas atentemos para a fidelidade ímpar de Jó para com Deus. 


A história de Jó é uma das mais conhecidas da Bíblia, e está registrada no livro do Antigo Testamento que traz seu nome. Algumas questões sobre quem foi Jó causam muita curiosidade nas pessoas, especialmente com relação à data em que ele viveu e a cidade onde morava. Neste texto, conheceremos o que a Bíblia nos informa sobre a biografia de Jó.

Quem foi Jó?

Jó foi um homem muito rico que viveu na terra de Uz. A localização dessa cidade é incerta, porém uma das possibilidades mais aceitas entre os estudiosos é a de que Uz ficava em uma região a leste de Judá e, talvez, fronteiriça com o deserto, porém era uma terra propícia para a criação de gado e agricultura. (Jó 1:3,14).

A Bíblia nos diz que Jó era íntegro, reto e temente a Deus. A prova da fidelidade de Jó pode ser vista na afirmação de que ele “desviava-se do mal” (Jó 1:1). 

O próprio Deus testemunhou que Jó era o homem mais piedoso e correto que viveu na terra em sua geração.

Jó, inicialmente, tinha sete filhos e três filhas, porém no total ele foi pai de vinte filhos, pois os primeiros dez filhos morreram durante o período de intenso sofrimento ao qual ele foi submetido, mas depois Deus lhe concedeu que fosse pai de outros dez filhos.

Jó era casado, apesar da Bíblia não revelar o nome de sua esposa. Segundo o texto bíblico, a família de Jó provavelmente era bastante unida, pois seus filhos visitavam uns aos outros em suas casas e faziam banquetes onde se confraternizavam uns com os outros. (Jó 1:4).

Jó era um pai que se preocupava com o bem estar de sua família, mas especialmente dos seus filhos e continuamente buscava e orava a Deus de madrugada, consagrando seus filhos ao Senhor e oferecendo sacrifícios em nome deles. (Jó 1:5).

Em que época ocorreu a história de Jó?

Essa pergunta é muito pertinente porém muito difícil de ser respondida, pois não há como determinar com certeza quem foi o autor do livro que traz seu nome, nem mesmo a data em que foi escrito. Existe uma referência a Jó no livro do profeta Ezequiel, onde ele o menciona ao lado de Daniel e Noé.

Existe alguma possibilidade do Daniel mencionado por Ezequiel não ser o profeta Daniel, mas sim um heroico rei mencionado num texto ugarítico que viveu numa época muito remota. Se for este o caso, então Jó viveu em uma data tão recuada quanto os outros dois personagens.

A melhor probabilidade é a de que Jó tenha vivido na era patriarcal, pelo menos é isto o que alguns detalhes biográficos sobre ele parecem sugerir, como por exemplo, o fato d’ele ter vivido cerca de dois séculos (Jó 42:16) e o papel que desempenhava semelhante ao de Abraão como sacerdote da família. (Jó 1:5; cf. Gn 15:9,10).

A riqueza de Jó era muito grande. 

Jó possuía grande riqueza, e desfrutava de alta posição social. Algumas lendas antigas sugerem que Jó tenha sido um rei, porém não existe qualquer fundamentação para tal sugestão e devemos rejeitá-la. Além do mais, se Jó fosse um rei provavelmente o relato bíblico nos informaria, visto que o texto se preocupou em fornecer detalhes acerca da riqueza que Jó possuía.

A Bíblia nos diz que Jó era proprietário de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas. Uma quantidade tão grande de gado na época em Jó viveu, certamente representava um imponente patrimônio.

Para cuidar de tantas propriedades, Jó contava com um número muito grande de servos a seu serviço, de modo que, somando tudo, Jó era o homem mais rico do oriente (Jó 1:3).

O sofrimento e a paciência de Jó.

Segundo o texto bíblico, num certo dia houve uma reunião nas regiões celestiais, e os filhos de Deus foram se apresentar perante o Senhor. A melhor interpretação sobre a expressão “filhos de Deus” nesse texto é a de que se trata dos anjos.

No entanto, no meio deles também estava Satanás, que havia vindo “de rodear a terra e passear por ela” (Jó 1:7). Então Deus perguntou se Satanás havia observado Jó. Perceba que foi Deus quem iniciou a conversa sobre Jó, ou seja, não foi Satanás que escolheu Jó para o teste de sofrimento a qual foi submetido, mas o próprio Deus.

Diante do testemunho dado por Deus da fidelidade de Jó, Satanás sugere que toda sua integridade se devia ao fato de Jó ser abençoado por Deus e possuir tantos bens quanto desejava.

Em outras palavras, Satanás estava acusando Jó de ser uma pessoa interesseira, de modo que sua fidelidade estava condicionada aos bens que Deus havia lhe concedido possuir, e que se caso tudo aquilo lhe fosse tirado, certamente Jó blasfemaria contra Deus.

Então o Senhor permitiu que Satanás submetesse Jó a um teste, podendo tocar em tudo o que possuía, exceto em sua vida. (Jó 1:12).

Com a permissão de Deus, Jó perdeu todos os seus semoventes ou animais como gado, camelôs, e seus servos foram mortos a fio de espada. (Jó 1:13-17). 

Como se não bastasse tudo isso, seus filhos que estavam todos reunidos na casa de seu primogênito morreram, quando um grande vento soprou sobre a casa em que estavam e a casa caiu sobre eles.

Diante de tanto sofrimento, Jó rasgou suas vestes, rapou sua cabeça, lançou-se sobre a terra e adorou (a Deus). É nessa hora que ele diz as conhecidas palavras “Nu sai do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor”. (Jó 1:21).

A terrível doença de Jó

Mais uma vez os filhos de Deus se apresentaram perante Deus, e no meio deles estava Satanás. Novamente o Senhor perguntou a ele sobre Jó, e dessa vez ele afirmou que Jó não havia blasfemado contra Deus, pois ainda desfrutava de saúde. 

Então, Deus permitiu que Satanás tocasse na saúde de Jó, de forma que só não poderia matá-lo. (Jó 2:1-6).

Assim, Jó foi acometido de uma terrível enfermidade. Não é possível sabermos que tipo de doença castigou Jó. Alguns estudiosos sugerem a elefantíase, eritema e varíola. Há uma doença conhecida hoje como “fogo selvagem” que tem também as características daquilo que Jó sofreu, porque coçava suas feridas com cacos de telhas.

A grande dificuldade em determinar o tipo da doença se dá pelo fato de que a descrição dos sintomas é apresentada em um texto poético.

Seja como for, o que sabemos é que Jó foi ferido com “feridas malignas desde a planta dos pés até o alto da cabeça”. (Jó 2:7), apesar de essa descrição poder representar apenas um estágio da doença. A Bíblia também nos diz que Jó usava algo parecido com cacos de telhas para poder se raspar.

O comportamento negativo e acusador da mulher de Jó.

Ao ver o marido imerso em tanto sofrimento, a mulher de Jó o aconselhou a apressar o fim inevitável e a amaldiçoar a Deus, fazendo a seguinte sugestão: “amaldiçoa o teu Deus e morre". Obviamente ela não sabia que a vida de Jó estava preservada por Deus, e fatalmente compartilhava da opinião comum de que tudo aquilo era um castigo divino.

A resposta de Jó para sua mulher foi que a de que ela estava falando como “qualquer doida”. O termo hebraico traduzido como “doida” possui um sentido de infidelidade e apostasia, ou seja, Jó lhe disse que ela estava falando como uma pessoa infiel diante de um Deus que, assim como derramou sobre eles o bem, também poderia derramar aquele mal temporal sem com isto ser injusto.

Os “mui” amigos de Jó

Segundo o texto bíblico, Jó foi visitado por três amigos, Elifaz, Bildade e Zofar. Estes amigos também eram sábios e ricos, e pertenciam a uma posição social semelhante à de Jó. Os três homens foram ter com Jó para consolá-lo.

A situação de Jó era tão complicada que num primeiro momento seus amigos não o reconheceram de longe. Então eles se compadeceram e choraram, rasgaram cada um o seu manto, e lançaram pó sobre a cabeça. Eles ficaram com Jó durante sete dias e sete noites sem dizer uma única palavra, tamanho era aquele sofrimento.

Depois que o silêncio foi rompido por Jó (Jó 3), iniciou-se uma longa e formal discussão entre ele seus amigos. Com base nessa discussão, podemos perceber que os amigos de Jó começaram a estabelecer uma sequência de discursos com o raciocínio de causa e efeito, onde basicamente acusaram a Jó de ser o único culpado por todo aquele sofrimento.

Assim, em poucas palavras, podemos dizer que os amigos de Jó o acusaram ser um adúltero, ladrão, alguém sem hospitalidade e louco. Por fim, eles o exortaram a se arrepender. Nos discursos dos amigos de Jó podemos perceber toda a insensatez da sabedoria humana. (Jó 4-31). Acusaram Jó de tudo o que eles eram e de tudo de errado que eles faziam e praticavam. Porém Jó continuou em sua integridade moral e em sua intimidade com Deus. 

Após as acusações dos amigos de Jó e de sua tentativa de justificar-se, um jovem chamado Eliú, nome comum aos hebreus, chamou a atenção para o papel disciplinador do sofrimento (Jó 32-37), de modo que o homem não é capaz de compreender tudo o que Deus faz.

Deus responde a Jó.

Depois da grande discussão de Jó com seus amigos, o Senhor, do meio de um redemoinho, falou com Jó. Deus não respondeu as indagações feitas por Jó enquanto debatia com seus amigos, ao contrário, Deus lhe fez cerca de setenta perguntas retóricas, onde toda Sua sabedoria e soberania fizeram com que Jó percebesse sua ignorância.

Jó então entendeu que lhe bastava apenas confiar em Deus, pois Ele tudo pode, e “nenhum de Seus planos pode ser frustrado” (Jó 42:2). Deus é o Senhor de tudo, Ele governa o universo e não necessita que ninguém lhe aconselhe de nada. Tudo o que Ele faz é mediante a Sua soberana vontade.

Deus também repreendeu os três amigos de Jó, dizendo que eles agiram com loucura, e o que tinham falado durante a discussão com Jó não havia sido reto. Então o Senhor ordenou que eles fossem ter com Jó e oferecessem holocaustos e que pela oração de Jó eles não seriam castigados pela loucura que demonstraram diante da situação calamitosa de Jó. (Jó 42:7-9).

Deus restaura a Jó quando este da fraqueza e da luta ainda encontra forças para orar pelos seus amigos, que agora estavam arrependidos do que acusaram ao seu amigo Jó.

A Bíblia diz que quando Jó orava por seus amigos, o Senhor mudou a sua sorte, e lhe deu o dobro de tudo o que antes havia possuído. Assim, Jó veio a ter quatorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas.

Jó também teve outros dez filhos, sendo sete homens e três mulheres. As filhas de Jó se chamavam Jemima, Quezia e Quéren-Hapuque, e foram as mais formosas mulheres em todo o Oriente.

Depois de tudo o que ocorreu, Jó viveu 140 anos, e viu a sua posteridade até a quarta geração. (Jó 42:16). Muito abençoado por Deus, Jó morreu com uma idade muito avançada. Tiago, em sua epístola, se referiu a Jó como um exemplo de paciência em suportar as aflições que lhe atingiram. (Tg 5:11).

A vida de Jó e o final vitorioso que Deus lhe deu.

O livro inicia com uma cena no céu onde Satanás aparece diante de Deus para acusar Jó. Ele insiste que Jó apenas serve a Deus porque o Senhor o protege. Satanás pede então pela permissão de Deus para testar a fé e lealdade de Jó. Deus concede a Sua permissão, mas apenas dentro de certos limites. Por que os justos sofrem? Esta é a pergunta feita depois que Jó perde sua família, sua riqueza e sua saúde. Os três amigos de Jó (Elifaz, Bildade e Zofar) aparecem para “confortá-lo” e discutir a sua enorme série de tragédias. Eles insistem que seu sofrimento é em castigo pelo pecado em sua vida. Jó, no entanto, continua a ser dedicado a Deus por tudo isso e afirma que sua vida não tem sido uma de pecado. Um quarto homem, Eliú, diz a Jó que ele precisa se humilhar e submeter ao uso de dificuldades por parte de Deus para purificar a sua vida. Finalmente, Jó questiona o próprio Deus e aprende lições valiosas sobre a Sua soberania e a sua necessidade de confiar totalmente no Senhor. Deus então restabelece a saúde, felicidade e prosperidade para muito além do seu estado anterior.


À medida que Jó pondera a causa de sua miséria, três perguntas vieram à sua mente, todas as quais são respondidas apenas em nosso Senhor Jesus Cristo. Essas questões ocorrem no capítulo 14. 


Primeiro, no versículo 4, Jó pergunta: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!?” A pergunta de Jó vem de um coração que reconhece que não pode agradar a Deus ou se justificar diante dEle. Deus é santo, nós não. Portanto, existe um grande abismo entre Deus e o homem que foi causado pelo pecado. Mas a resposta à pergunta angustiada de Jó é encontrada em Jesus Cristo. Ele pagou pela penalidade dos nossos pecados e trocou-a por Sua justiça, tornando-nos assim aceitáveis aos olhos de Deus (Hebreus 10:14, Colossenses 1:21-23, 2 Coríntios 5:17).


A segunda pergunta de Jó: “O homem, porém, morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" (Versículo 10) é uma outra pergunta sobre a eternidade, vida e morte que é respondida apenas em Cristo. 

Com Cristo, a resposta a “expira o homem e onde está?” é vida eterna no céu. Sem Cristo, a resposta é uma eternidade nas “trevas” onde há “choro e ranger de dentes”. (Mateus 25:30).


A terceira pergunta de Jó, encontrada no versículo 14, é: “Se um homem morre, viverá outra vez?” Mais uma vez, a resposta é encontrada em Cristo. Nós realmente viveremos de novo se estamos nEle. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:54-55).


Então o Livro de Jó nos lembra que existe um aparente conflito acontecendo por trás das cenas sobre a qual normalmente não sabemos nada a respeito, tudo é no mundo espiritual. 

Muitas vezes nos perguntamos por que Deus permite algo, e acabamos questionando e ou duvidando da bondade de Deus sem ver a imagem completa. O Livro de Jó nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias. 


Devemos confiar no Senhor não apenas quando não entendemos, mas porque não entendemos. O salmista nos diz: “O caminho de Deus é perfeito”. (Salmo 18:30). 

Se os caminhos de Deus são “perfeitos”, então podemos confiar que tudo o que Ele faz e tudo o que Ele permite também é perfeito. 

Isso pode não nos parecer possível, mas nossas mentes não são a mente de Deus. É verdade que não devemos antecipar que entenderemos a sua mente perfeitamente, pois Ele nos lembra “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”. (Isaías 55:8-9). No entanto, a nossa responsabilidade para com Deus é obedecer e confiar nEle, submetendo-nos à sua vontade, quer entendamos ou não.


O final vitorioso da vida de Jó é alcançado diante de Deus por sua perseverança. (42.10-17).

42.10   Mudou o Senhor a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra. 42.11   Então, vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o Senhor lhe havia enviado; cada um lhe deu dinheiro e um anel de ouro. 42.12   Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro; porque veio a ter catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de bois e mil jumentas. 42.13   Também teve outros sete filhos e três filhas. 42.14   Chamou o nome da primeira Jemima, o da outra, Quezia, e o da terceira, Quéren-Hapuque. 42.15   Em toda aquela terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos. 42.16   Depois disto, viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. 42.17   Então, morreu Jó, velho e farto de dias.

De repente os tumores sumiram sem deixar cicatrizes. A febre se vai quando uma brisa suave o refresca. Os amigos sorriem e aplaudem. Ele pode voltar para casa, e a propriedade que constrói tem o dobro do tamanho da outra. Certa manhã, algum tempo depois, na mesa do café, sua esposa inclina-se sobre o ombro dele e sussurra com um sorriso: “Estou grávida". Daí viriam outros sete filhos e outras três filhas. 

Sabe o que mais é maravilhoso? O silêncio de Satanás. O acusador teve que fechar a boca. O adversário teve que permanecer silencioso na derrota e vendo o quanto Deus  amava Jó e o quanto Jó amava a Deus. 

Os bens de Jó foram duplicados. O Senhor restaurou a prosperidade de Jó quando ele orou pelos seus amigos. A última parte do versículo explica o que isto significa: “E o Senhor deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra”. (Jó 42:10). Ficamos também sabendo da multiplicação entre os animais com o passar do tempo: “Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro”. (Jó 42:12).

Se voltarmos para Jó 1:3, vamos ver o que Jó possuía originalmente. Ele tinha 7.000 ovelhas e acaba com 14.000. Seus rebanhos então crescem enquanto ele os alimenta e cria. O número deles aumenta até o dobro do tamanho. Há fartura de alimento. Há também muito pasto, e as ovelhas chegam a 14.000. Ele não tem mais 3.000 camelos, mas 6.000. Todos os filhos de Jó são substituídos. “Também teve outros sete filhos e três filhas”. (Jó 42:13). Tudo isso aconteceu com Jó porque Deus é fiel e sabe quem é fiel a Ele. 


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 









segunda-feira, 20 de julho de 2020

ASSIM DIZ O SENHOR EU SARAREI A VOSSA TERRA

ASSIM DIZ O SENHOR EU SARAREI A VOSSA TERRA 


II Crônicas 7-14.

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar (converter) dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.

 Temos a certeza que Deus nos ama e nos chama de: “o seu povo”.

É uma demonstração do grande amor de Deus para conosco, mesmo que esse povo muitas vezes encontrando-se rebelde, o Senhor Deus classifica-os como Seu povo. 

O amor de Deus  é imensurável. O amor imensurável é tão grande e é também  aquele que não pode ser medido.

O amor de Deus excede todas as coisas, e a cada momento, cada minuto, cada segundo, o Senhor Deus nos mostra o seu amor para conosco através dos livramentos constantes em nossas vidas, livramentos estes que muitas vezes vimos e livramentos que Deus não nos permite nem ver.
         

Deus deu várias vitórias à Israel através do Rei Davi conforme está escrito em I Crônicas Cap. 18:1-17, demonstrando seu grande amor para com o seu povo, Israel.
         
Após o reinado de Davi, Deus levantou a Salomão, seu filho, para reinar sobre Israel, I Crônicas 29:1. A primeira coisa que Salomão fez quando assumiu o trono que, era de Davi seu pai, foi oferecer holocaustos e sacrifícios ao Deus de Israel.
         
A segunda coisa foi pedir sabedoria a Deus, para reinar sobre o povo.
         
A terceira coisa foi edificar um templo (a casa do Senhor) para oferecer sacrifícios e holocaustos à Deus. Esse templo ficou conhecido como o templo de Salomão até hoje.
         
Essa casa de adoração a Deus foi edificada de ouro, prata, linho finíssimo e pedras preciosas. II Crônicas Cap. 2.
Representativamente hoje esta casa somos nós. O apóstolo Paulo diz que nós somos o templo do Espírito Santo.
         
Tudo Deus fez pelo seu povo e isso é  o incomparável amor de Deus para com o seu povo que Ele tanto ama.

Deus diz que esse povo é aquele que “se chama pelo meu nome”, ou seja pelo Seu nome.
         
O Senhor Deus houve as petições, quando chamamos pelo Seu nome, porque sabemos que no nome dEle há poder. E não existe outro nome em quem podemos chamar se não ao Senhor Deus e por Jesus Cristo seu filho através da pessoa bendita do Espírito Santo.

Porém, a benção do Senhor é condicional, há uma condicionante para recebê-la e logo então temos que fazer da nossa parte que é nos humilhar, temos que orar, temos que buscar à face do Senhor, temos que nos desviar dos maus caminhos, temos que nos prostrar diante do Senhor e nos arrepender de todo mal.
       
Aqui a palavra humilhar significa tornar-se humilde e reconhecer a soberania de Deus. Em uma pessoa humilde haverá uma demonstração de boas obras por suas palavras, atos e ações que evidenciam que nela há humildade.

Então a humildade significa:   

1º - Virtude que nos dá o sentimento da nossa fraqueza.
                                   
2º - Teremos um comportamento com modéstia.   

a) Teremos ausência de vaidade.
                                                                
b) Seremos pessoas simples, em toda simplicidade de forma natural de viver, falar e agir.
                                                                
c) Seremos sempre despretensiosos e sem arrogâncias.
                                   
3º - Viveremos em submissão plena ao Senhor.

a)  E este ato ou efeito de submeter-nos à  uma autoridade plena e às leis que o Senhor nos deu através de Sua palavra que é a bíblia sagrada, é voluntário.

                                                               
b) Aceitação de um estado de dependência total e exclusiva de Deus.

O Senhor Deus nos deu o maior exemplo de humilhação através de seu Único filho, morrendo na cruz do calvário para nossa salvação.

“Isaias 7: 14: Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel, que é Deus conosco”.

“Joao 1: 14: E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai”.

Ou seja: O Senhor Deus se despiu de sua glória, e veio habitar em nós, humilhou-se a si mesmo, nos dando o exemplo de que é necessário nos esvaziarmos do nosso “eu” do nosso egocentrismo, do nosso egolatrismo e nos revestirmos de nossa dependência total de Deus, para verdadeiramente sermos vencedores.


Temos que orar e orar significa dizer ou fazer súplicas a Deus com fé e com humildade. 

Suplicar significa:           

1º - Pedir com insistência e com confiança em Deus.
                                     
2º - suplicar significa que temos que pedir e pedir com confiança. É como se fizéssemos aquilo que a viúva pobre fez na porta da casa do juiz iníquo. Lucas 18 1-8. Ou uma solicitação a um juiz ou tribunal de outro país para que determine o cumprimento de certos atos que fogem à jurisdição ou à capacidade de quem solicita.
                                     
3º - Temos que suplicar com veemência e com insistência.  A palavra suplicar é buscar com muita  determinação e significa prostrar-se pedindo, insistindo com fervor e clamor até com lágrimas.

Jesus, o verbo que se fez carne e habitou entre nós, tinha uma vida de oração, nos deixando o exemplo que neste mundo que vivemos precisamos orar e seguir seu exemplo de oração.

Mateus 14: 23: Tendo-as despedido, subiu ao monte para orar à parte. Ao anoitecer, estava ali sozinho.

Mateus 26: 36: Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.

Mateus 26: 44: Deixando-os novamente, foi orar terceira vez, repetindo as mesmas palavras.



Orar é buscar a Face do Senhor e buscar significa:
                                   
1º - Descobrir: tirar a cobertura que ocultava, descortinar.
                                     
2º - Encontrar: se deparar com alguém ou se encontrar com alguém.
                                     
3º - Conhecer:

a) ter conhecimento de algo ou alguém.
                                                               
b) saber muito bem sobre algo ou alguém.

Em Genesis 32:28 a Bíblia ensina que Jacó (aquele que segura pelo calcanhar) lutou com Deus e com os homens e prevaleceu, e passou a chamar-se Israel (que reina com Deus).

Isso quer dizer que vivendo desordenadamente não conseguiremos prevalecer diante de Deus, mas, se procurarmos viver em santidade prevaleceremos; foi o que aconteceu com o Jacó que recebeu ali o nome de Israel. Esta promessa é para nós aqui na terra, e também para quando formos morar com Ele no céu, quando reinaremos com Ele.

Se Desviar (ou se converter) dos maus caminhos.
         
Desviar (converter) vem a ser:
                                     
1º - Mudar de direção, mudar de destino.
                                       
2º - Afastar-se do lugar onde se encontrava.


O Senhor Deus conhece os que se desviam dos caminhos tortuosos:

“Jó 1: 8: Disse o Senhor a Satanás: Notaste porventura o meu servo Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal?”

“Jó 2: 3: Disse o Senhor a Satanás: Notaste porventura o meu servo Jó, que ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, que teme a Deus e se desvia do mal?
Ele ainda retém a sua integridade, embora me incitasses contra ele, para o consumir sem causa.”

Jó foi um homem vitorioso em Deus e tinha o nome comentado no céu, por se desviar dos maus caminhos aqui na terra.

Nós também poderemos desfrutar da mesma benção que Jó desfrutou, se procurarmos seguir este exemplo de Jó na presença de Deus.

Então eu Ouvirei dos Céus.

         
Deus ouve quando falamos com Ele.

Ouvir significa:

a) Escutar ou estar atento para ouvir.
                       
b) Prestar atenção para ouvir alguma coisa.

“João 9: 31 sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém for temente a Deus, e fizer a sua vontade, a esse ele ouve.”

A melhor coisa que existe é podermos abrir o coração para alguém e lhe falar o que estamos sentindo, sejam alegrias, sejam tristezas, etc. O Senhor Deus está sempre aberto a ouvir quem é temente a Ele.

Perdoarei os seu pecados.

Possuímos uma natureza pecaminosa infelizmente, e quando passamos da lei da inocência (criança, pré-adolescente, adolescente) para a lei da consciência (adolescentes, jovem, adulto), nos deparamos com este conhecimento. E o único que pode perdoar e nos livrar dos nossos pecados é Jesus Cristo.

Romanos 3:23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

Romanos 5:12 Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.

Romanos 8:
1. Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
 2. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.

Eu Sararei a sua terra, diz o Senhor Deus.
         
Sarar: Significa curar, restituir a saúde de quem estava doente física, emocional ou espiritualmente.

O Senhor Deus nunca nos deixará à nossa própria sorte, se procurarmos sempre buscar a Ele, e termos uma vida de renúncia, e colocarmos a nossa Fé em prática sempre.

Hebreus 11:1-3.

1 “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem”.

2 “Porque por ela os antigos alcançaram bom testemunho”.

3 “Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê”.

Deus abençoe você e sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

QUANDO DEUS OUVE O CHORO DE ALGUÉM

QUANDO DEUS OUVE O CHORO DE ALGUÉM?

Quando será que Deus houve o nosso choro, o nosso clamor com rios de lágrimas nos olhos?

Quais são os efeitos do choro na vida dos seres humanos?

Queremos iniciar esta postagem com a história de Agar, serva de Abrahão,  registrada no livro de Genesis capítulo 21.

Uma história bíblica e verdadeira do choro de uma mãe e de uma criança que tocou profundamente o coração de Deus. A resposta foi imediata. Deus ouviu a oração, a voz, do menino.


Em Gênesis 21, após ser despedida por Abraão, Agar saiu sem rumo para o deserto de Berseba. Tendo acabado a água, ela colocou seu filho debaixo de uma pequena árvore. Os versículos 16 e 17 afirmam que “...afastando-se, foi sentar-se defronte, à distância de um tiro de arco; porque dizia: Assim, não verei morrer o menino; e, sentando-se em frente dele, levantou a voz e chorou. Deus, porém, ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está”.

Como Agar e seu filho, por vezes, sua dor talvez seja imensa, a tal ponto que não aja nem palavras para expressá-la. As lágrimas podem ser identificadas como um  “pedido de ajuda”; uma oração. O choro pode se tornar, não só um meio de comunicação, mas uma forma aceitável de oração diante do Senhor. Na verdade, Ele sempre vê a dor, ouve, entende e age por aqueles que O buscam em espírito e em verdade.

Em João 11.35 a bíblia afirma que “Jesus chorou”. Ao ver a dor de suas amigas Marta e Maria, pelo fato de seu irmão Lázaro ter morrido, Ele chora. Jesus chora por causa do estrago que o pecado e a morte causaram na criação. Ele chora porque revela seu lado humano, empático, cordial e amoroso para com as pessoas. Jesus chora porque sente a dor.

Hoje, em Jesus, Deus ouve o seu choro. Ele ouve seu choro porque é capaz de não só entender seu sofrimento e chorar com você, mas porque Ele é extremamente capaz de lhe dar consolo, conforto e trazer a solução que você precisa.

Acheguemo-nos a Deus agora! Não precisa nem usar palavras. Apenas creia como Hagar e seu filho que Ele também ouve seu choro.


O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. (Salmos 30:5b).

Não é fácil ser grato por alguma coisa nos dias de hoje. Num mundo egocêntrico e ingrato como de nossos dias é difícil encontrar pessoas altruístas e gratas. O salmista Davi em agradecimento ao Senhor pelo livramento da morte escreveu um salmo muito conhecido. Este salmo mostra a gratidão que tinha pelo Senhor o homem que era segundo o seu coração.

Neste salmo 30, no versículo 5 diz que o favor de Deus dura a vida inteira. Na versão da Bíblia Viva diz que “Seu interesse” e “cuidado” por nós duram a vida toda. (Sl 30:5a). O interessante de tudo isso é saber que o Senhor tem um interesse pessoal e especial com nossa vida.

Saber que o “choro” dura só um tempo me conforta, mas o fato mais marcante desta postagem é o retorno da alegria. É o retorno da alegria que me enche de ânimo e me dá esperança para prosseguir. Quando uma pessoa tem um problema, ela não busca apenas o alívio para a tribulação, mas a solução para este mal. Se o Salmo disse que o choro dura por pouco tempo, poderíamos ter o sentimento de alívio, mas quando declara que a alegria vem pela manhã, temos o sentimento de que a solução é que algo mais completo está por vir em nossa vida.


Pela manhã, significa que a “cada novo dia o Senhor renova nossas forças e transforma nossa tristezas em alegria”.

No livro de lamentações (de Jeremias) encontramos a afirmação de que:
A benignidade do Senhor jamais acaba e que as suas misericórdias não têm fim;
renovam-se a cada manhã. Grande é a tua fidelidade. (Lamentações 3:22-23).

Sobre as misericórdias do Senhor diz também o profeta Isaías:

Ó Senhor, tem misericórdia de nós; por ti temos esperado. Sê tu o nosso braço cada manhã, como também a nossa salvação no tempo da tribulação. (Isaías 33:2).

Outra palavra ministrada neste tempo está no Salmo 111:4 que diz: ninguém pode esquecer das maravilhadas operadas pelo Senhor, pois Ele é misericordioso e compassivo.

Conta as Escrituras que quem O ama, lhe obedece, o Senhor dá tudo que é necessário para viver. O Senhor dá sustento aos que o temem. Sl 111:5.

Por tudo isso devemos entender que nossas tristezas e tribulações por mais difíceis e dolorosas que sejam duram só um tempo. A “hora da angústia” é apenas um tempo, mas o Senhor é “socorro bem presente” e um alto refúgio nessas horas. (Sl 9:9,Sl 37:39; Sl 46:1).

O tempo da angústia é um tempo curto se comparado a alegria plena que Deus pode nos dar a “cada manhã”. É claro que mesmo sendo um tempo curto, essa hora, ou seja, este tempo é suficiente para tentar nos abalar. É no tempo da “noite”, das tribulações e aflições que nossa fé é sacudida e a tristeza do momento tenta nos entristecer.

Mas é pela manhã, onde o sol se impõe, alumia brilhantemente, é que vemos seu poder e suas misericórdias se renovando em nossas vidas.

O profeta Jeremias depois diz das misericórdias de Deus que se renovam e nos dá a dica de como agir em momentos como esses:

E a dica principal é esperar em Deus.

Esperar significa confiar, ter fé, ter confiança. É entregar-se totalmente aos cuidados Deus; é confiar plenamente na fidelidade de Deus.
É entregar-se inteiramente aos cuidados do Rei dos reis e Senhor dos senhores.


de à fidelidade de alguém , ou seja, depositar o crédito todo em Deus

Diz o profeta Jeremias em suas Lamentações:

A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele.

Bom é o Senhor para os que esperam por Ele, para a alma que o busca.


Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. (Lamentações 3:24-26).

Também diz as Escrituras:

Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece. (Salmos 125:1).


Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre: não estão elas inscritas no teu livro?” Salmos 56:8.

A alma está abatida, o mundo se fechou, não consigo enxergar nada a minha volta. Lágrimas quentes saem dos meus olhos. Elas que insistem em não me obedecer e caem.

 Não tem como segurar. É mais forte que eu.
Estou sufocado em meio a tantos sentimentos, meu coração sente-se apertado.


Só me resta deixar a lagrima rolar para aliviar minha dor e lavar minha alma.

As lágrimas verdadeiras expressam o mais puro sentimento de dor. Elas expõem meu interior ferido e abatido. Nelas também encontro alivio e retorno a ver uma luz ao fim do túnel quando aparece a solução.

Choramos de vergonha, de alegria e de tristeza. Não importa o motivo, precisamos chorar para sermos consolados. O Rei e Salmista Davi disse que sofreu e por isso chorou, mas suas lágrimas não caíram ao chão simplesmente, Deus as recolheu e trouxe a solução.

Ele inicia o texto pedindo misericórdia a Deus, ele havia experimentado o melhor de Deus e sabia que Ele o ajudaria neste momento.

Suas lágrimas vieram do fato que o salmista sabia em quem confiava, sabia que Deus estava atento a sua vida.  Assim como está atento a nós hoje. Ele não descansa e nem dormi.

A vida só pode vivida se envolver sentimento e possibilidade de sofrimento. Aquele que não enfrenta a possibilidade de perda não sabe o que é ganhar.  Deus vê e Deus guarda e recolhe cada uma de nossas lágrimas. Elas demonstram nossa fragilidade em meio a uma situação. Faz com que reconheçamos que não somos tão independentes do criador como imaginamos.

O que não chora é covarde consigo mesmo, não é feliz, pois não conhece o que é sentimento real, íntimo. Muitos choram escondido para que ninguém saiba que fracassou. Acovardam-se em meio às lutas e não conseguem pedir ajuda.

O que chora é aquele que reconhece sua fragilidade de alma. Depende de Deus vir ao seu auxilio.


Lágrimas sem valor, são aquelas egoístas, pelas perdas somente pessoais, que não leva em conta o outro. Perdas por ambição é choro sem consolo. Não há quem ajude. Devemos sim chorar de arrependimento, que evoca consolo divino, aquele que sai da alma, do mais íntimo do seu ser. Só você e Deus sabem o quanto dói.


Quando choramos descobrimos a mansidão, a bondade de Deus “mesmo quando a alma vive imersa no sofrimento e não vê razão para isso.” Deus vê, Deus sabe, Deus te conhece.

“A Mansidão é uma atitude interna de quem é rico de espírito e de quem chora”.


Ao chorarmos crescemos nos conhecemos e deixamos Deus agir por nós. Somente os que choram serão consolados.

”Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados.” (Mateus 5:4). O choro nos aquieta nos faz pensar e entender boa parte dos nossos dramas do cotidiano e até de sentimentos passados. Sempre nos sentiremos renovados após as lágrimas.


Olharei o mundo através das lágrimas.

Talvez eu veja coisas que eu não veria com os olhos altivos. As lágrimas nos fazem entender o perdão, mesmo que leve tempo para isso.

Qual o valor das lágrimas? Está no valor que você da à vida, no sentido em que deixa sua vida caminhar.

Se você deixar seu coração quebrantado, ele deixará lágrimas valiosas rolarem, mas se endurecer seu coração colherá lágrimas de amargura e sofrimento. Deus resiste aos soberbos, mas aos mansos concebe graça e sabedoria.


“Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite; pela manhã, porém, vem o cântico de júbilo.” (Salmos 30:5).

Não deixe de chorar, que seja de raiva, para alivio, que seja de alegria para expressar sentimentos, que seja de vergonha para que transpareça seu desagrado. Não viva a vida toda chorando, mas chore quando for necessário e expresse sempre o seu sorriso de alegria. Diga sempre a Deus porque você está chorando, só Ele pode recolher suas lágrimas e trazer alegria pela manhã. Que Deus em Cristo Jesus possa a cada manhã renovar suas forças e enxugar suas lágrimas.


Vamos analisar os que significa o choro no século XXI. Será que mudou alguma coisa no decorrer dos anos com relação ao choro ou continua tendo os mesmos efeitos em todo tempo?


Por que choramos? Cientistas tentam descobrir os efeitos psicológicos do choro.


Dizem os Psicólogos que chorar é humano. O ser humano foi dotado dessa capacidade de chorar expressando o momento e as emoções que está passando. É choro de tristeza, é choro de alegria, é chororô até para enganar os outros. 

Independente de sexo, cor da pele, identidade de gênero ou crenças, chorar é uma necessidade fisiológica do nosso corpo.

Inclusive, desde que, literalmente, saímos do útero de nossas mães, aderimos a essa prática que pode significar muita coisa. As lágrimas podem surgir a qualquer momento, não apenas em situações de tristeza, e isso vem sendo estudado por cientistas até hoje. Há choro por motivos de tristeza e choro por motivos de alegria.

No entanto, na fase adulta, nem todo mundo chora. Além de existirem pessoas extremamente choronas, há outras que não choram de jeito nenhum independentemente da emoção sentida. 

Isso fez com que renomados psicólogos pelo mundo afora fossem mais a fundo nos estudos para desvendar esse mistério tão antigo e milenar que são as lágrimas.

Antes de descobrir, é preciso entender que o ser humano é o único ser capaz de chorar expressando suas emoções. (No entanto tem animais que também choram, como por exemplo o gado quando vai para o abate, os animais domésticos por vários motivos, etc, mas não com o sentimento de suas emoções, como é o caso do ser humano).

Animais, sem dúvidas, têm lágrimas, mas elas funcionam apenas como uma característica normal do funcionamento ocular, uma forma de lubrificação. E para entender o propósito do choro, seguimos a premissa de que se trata de uma forma social não verbal que busca pela assistência, conforto e amparo social de outras pessoas, tendo isso surgido em uma formação da espécie em meio a diversos comportamentos sociais.

Cientistas já buscaram ainda pela explicação não-social do choro, como uma reação à tristeza e emoções negativas, fazendo com que as pessoas se sintam melhor após uma crise. Porém, quando pedirem pra você "liberar" o choro para se sentir melhor, por exemplo, isso não significa que, necessariamente, você vai se sentir aliviado, pois também existem estudos apontando o choro como algo capaz de piorar o sofrimento, bem como também é capaz de melhorar a alegria das pessoas em casos de vitórias em suas questões de busca pela satisfação de vencer na vida.


Com base nesses dois resultados, chorar fazer bem e faz mal também, chegou-se à conclusão que a explicação está em algo traduzido literalmente como "preconceito de memória". Os cientistas explicam que as pesquisas que mostraram que chorar faz bem utilizaram memórias boas em vez de ruins, ou talvez retrospectivas que, na atualidade, possam ter passado uma sensação de melhoria em comparação com o futuro.


Os pesquisadores citam como exemplo um parto, que consiste em um trauma físico e que raramente não leva ao choro, e que no futuro as mulheres tendem a repetir todo o processo, esquecendo-se de como foi a primeira vez. Acredita-se, então, que o choro pós-traumático funciona como uma reformulação da angústia. Outra pesquisa feita mostra que retrospectivas tristes acabam fazendo com que as memórias fiquem mais suaves após o choro, comprovando que houve uma mudança de vida ou do sentimento.


Já para entender as pessoas que não choram, pesquisadores se uniram, chegando à conclusão que essas pessoas se sentem menos comovidas com estímulos emocionais positivos e ou negativo, tendo experimentado na vida menos conexão e apoio de outras pessoas.

Grande parte desses indivíduos acredita que a falta de vontade de chorar acaba impactando negativamente em suas vidas.


Em relação ao choro e a saúde mental, os pesquisadores concluíram que tudo ainda segue como um mistério, com os estudos sendo dificultados por limitações metodológicas.

Os cientistas explicam que os estudos existentes trazem visões muito limitadas de estímulos, mas que em sua maioria validam a intuição popular de que as lágrimas fazem as pessoas se sentirem melhor. Ou seja, não houve nenhuma resposta surpreendente.


Filosoficamente, de acordo com os gregos antigos, o choro faz parte de um processo de reparação que ajuda a pessoa a focar na tristeza e ou na alegria que estão sentindo de uma forma mais visceral, tanto física quanto psicológica. Sendo assim, as lágrimas abrem espaço para se concentrar nos motivos que estão fazendo a pessoa chorar, e depois se lembrar que todo o processo levou a um sentimento melhor no final.

“Porque a sua ira dura só um momento, no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer”. Salmos 30.5.


E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas. Apocalipse 21:4.


Deus abençoe você e sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.