segunda-feira, 6 de julho de 2020

A INFINITA GRACA DE DEUS PODE TE ALCANÇAR AINDA HOJE

A INFINITA GRACA DE DEUS PODE TE ALCANÇAR AINDA HOJE.  


Vejamos o quanto a graça de Jesus é maravilhosa. Tudo depende de você; você tem que romper com a velha natureza do pecado e aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador de sua alma, passando a viver como uma nova criatura em Cristo Jesus. 


Sendo assim, todo aquele que aceitar Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas serão declarados justos e capacitados a viver em novidade de vida. 

A Salvação é recebida pela graça, é um dom de Deus, por meio da fé, não há nada que o homem possa fazer por si mesmo para usufruí-la ou possuí-la. O Senhor Jesus já fez um sacrifício perfeito para salvar àqueles que o aceitem e o adorem segundo a palavra de Deus. 

E, se é pela graça, já não é mais pelas obras, se fosse, a graça já não seria graça. (Romanos: 11.6).

Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo. (1 Coríntios: 1.4).

Mas pela graça de Deus sou o que sou e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles, todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. (1 Coríntios: 15.10).

Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. (2 Coríntios: 4.15).

Não anulo a graça de Deus, pois, se a justiça vem pela lei, Cristo morreu inutilmente! (Gálatas: 2.21).

Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo, (pela graça sois salvos). (Efésios: 2.5).

Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 
(1Tessalonicenses: 5.18).

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé e isto não vem de vós, é dom de Deus. (Efésios: 2.8).

Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. (Efésios: 3.7).

Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. (Romanos: 5.2).

Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. Pois se muitos morreram por causa da transgressão de um só, muito mais a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para muitos! (Romanos: 5.15).

Para que o nome de nosso Senhor Jesus Cristo seja em vós glorificado, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. (2Tessalonicenses: 1.12).

E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo e nosso Deus e Pai, que nos amou, e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança. (2Tessalonicenses: 2.16).

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé e isto não vem de vocês, é dom de Deus, não por obras, para que ninguém se glorie. (Ef.2.8).

O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com propósito de coração. (Atos: 11.23).

Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas. (1 Pedro 4.10).

Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. (Hebreus: 12.15).

A graça (do latim “gratia”), como a palavra já diz, é o que adquirimos gratuitamente de Deus. Paulo defendeu-a. E ela significa também ação de agradecimentos a Deus.

A graça procedente de Deus é infinita. E entre os teólogos, ela é inseparável da fé. 

Mas elas não devem ser entendidas, como acontece muito, com a ideia de se ficar na preguiça, não tendo as pessoas que fazer nada para a sua salvação ou libertação. Se fosse assim, Jesus teria vindo ao nosso mundo perder seu tempo para nos trazer a boa nova? Claro que não. 


É que a salvação ou libertação não se consegue de modo fácil. Pelo contrário, a porta estreita do evangelho, a qual simboliza a salvação, é uma porta em que a passagem por ela é difícil, porem necessária, até porque temos que demonstrar o nosso interesse e máximo empenho para alcançar a salvação. 

O Senhor Jesus até disse que muitos querem passar por ela, mas não conseguem. E nós a isso acrescentamos que muitos, por enquanto, nem querem passar por ela. Porém, ainda vai chegar o dia em que eles vão querer também passar por ela, mas será que, de imediato, vão conseguir ultrapassá-la?


O apóstolo Paulo ensina que, onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos 5: 20). O que quer dizer que a graça não falta nunca para ninguém. Porém, de um modo geral, nós é que não nos predispomos a recebê-la. 

Isso porque, geralmente, somos mais voltados para as coisas materiais de nossos interesses pessoais. Jesus, já sabendo disso, nos aconselha a buscarmos, primeiramente, as coisas do reino dos céus.



Ainda Paulo nos ensina que somos salvos pela graça mediante a fé, e que elas não vêm de nós mesmos, pois são dons de Deus. Ele ensinou também que a salvação não vem de obras, para que ninguém se envaideça disso ou ninguém se glorie de fazer boas obras no intuito de querer comprar a salvação ou de ter direito à salvação gratuitamente por realizá-las. (Efésios 2: 8-9). 


As obras a que Paulo se refere são as das leis mosaica e não as de Deus (do Decálogo). Já as prescritas pelo evangelho salvam-nos, sim.


Vejamos o que diz o próprio Paulo: “Eu posso ter uma fé que remove montanhas, posso falar a língua dos homens e dos anjos, mas se eu não tiver amor, eu nada seria”. (1 Coríntios: 13: 1 e 2).


E as palavras “pistis” e “fides”, grega e latina, significam também fidelidade. Conforme o caso, o sentido delas é mesmo de fidelidade e não de fé ou crença. Por exemplo: Quem tem fé em Jesus Cristo se salva. Nessa frase, o significado das citadas palavras é mesmo fidelidade. E poderemos até construir a frase assim: Quem é fiel a Jesus alcançará a salvação.


“A graça é como o sol e como as estrelas que  são reluzentes e que brilham gratuitamente sobre nós. Nós podemos receber em abundância e totalmente de graça esta luz do sol e este brilho das estrelas, mas muitos só querem estar numa rede ao sol ou desfrutando de sombra e água fresca sem se preocupar em agradecer ao Criador por esta graça imerecida". By Waldirpsouza. 


Há muitas pessoas que sofrem as dores dos diversos problemas da vida por não conhecerem o alcance da graça de Deus, sua eficácia e a sua manifestação. Ao discorrer sobre este assunto vamos mostrar quando se manifesta a Graça de Deus, como ela se manifesta e como nós podemos desfrutar dessa infinita, maravilhosa e abundante graça do Senhor Jesus. 

Quando nós descobrimos a graça infinita de Deus aprendemos a lidar com os mais diversos problemas, superando-os pela graça de Deus e resolvemos o maior de todos os problemas, a falta de comunhão com Deus.


Qual a origem da graça de Deus?


A graça de Deus é um dos temas predominantes em toda Bíblia; cerca de 300 vezes ocorre no texto sagrado. Sendo 100 vezes no AT e 200 vezes no NT, além de palavras sinônimas, como amor divino, misericórdia e bondade. Isto retrata a vontade de Deus em revelar a sua graça que quer dizer, "Favor imerecido, favor de Deus que os seres humanos não merecem mesmo, mas que Deus livremente lhes concede". É portanto um ato da vontade divina, que tem origem no amor de Deus pelas suas criaturas.

Graça sobre graça é demonstrada.

A graça de Deus não pode ser confundida com uma "obrigação" de Deus em resgatar a humanidade perdida. Ninguém pode exigir nada de Deus neste sentido. Deus é simplesmente constrangido pelo seu amor a buscar e salvar o homem de seus pecados e males e a abençoá-lo. Este é o conceito bíblico "por que todos nós temos recebido de sua plenitude, e graça sobre graça Jo 1.16".


Graça comum é a multiforme graça de Deus. 


A graça comum é vista de várias formas: Ela é manifestada na natureza: "para que vos torneis filhos de vosso pai celeste, porque Ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e vir a chuva sobre justos e injustos Mt 5.45".

Na restrição do mal no mundo: "E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém". 1Ts 2. 6,7.


Na consciência do pecado dentro do coração do homem: "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; por quanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do criador, o qual é bendito eternamente. Amém. Rm 1. 18-25".

"Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” Rm 2.4.


Graça especial do céu para a humanidade. 

À medida que o homem responde afirmativamente à "graça comum" Deus concede a ele uma "graça especial" que o ajuda a crer e se aproximar mais de Deus.

"Ninguém pode vir a min se o pai que me enviou não o trouxer Jo 6.44". Essa "graça especial" não garante a salvação do homem ou o seu livramento total, sem que o homem tenha participação por meio da fé; pois a salvação ou libertação do homem depende não somente do esforço de Deus em alcançá-lo mas a participação do homem faz parte do plano de Deus para a cura total da alma e do corpo. "Quando ele vier(o Espírito Santo), convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: Jo 16.8".


Como são conhecidas as manifestações da graça de Deus. 


Deus manifestou a sua graça em tempo oportuno, ou seja , na plenitude dos tempos; "vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sobre a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. Gl 4.4" Cristo era a própria expressão da graça salvadora de Deus, "porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade." Cl 2.9.

Observando estes textos bíblicos podemos deduzir que, Jesus é a manifestação da graça de Deus. O texto registrado a seguir mostra mais claramente essa verdade. "Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.

Jo 1.17" Portanto toda vez que o ser humano precisar da graça de Deus, na verdade ele precisa de Jesus Cristo.


Qual é o principal alvo da infinita graça de Deus. 


Quem precisa da graça de Deus?

Mesmo que o homem não procure ou faça por merecer o amor de Deus, mesmo assim, a garça de Deus deixa sempre o caminho aberto para o homem se arrepender e se voltar para Deus. Sendo assim fica fácil perceber que, o homem é o alvo da maravilhosa graça de Deus. "Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, deu-nos vida juntamente com Cristo,


Pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; isto não vem de vós; é Dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. Ef 2. 4-10".

Paulo refere-se nesse texto à morte espiritual; isto é, quando nosso espírito se afasta de Deus. O homem é portanto o alvo da graça de Deus por ser um pecador por natureza. "pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Rm 3.23"; "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

1Jo 1.8-10"; "porque o salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Rm 6.23. Esses fatos registrados na Bíblia provam que todo ser humano precisa da graça de Deus, e que, somos nós que nos afastamos de Deus e não Deus de nós, conforme registra o texto a seguir "Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entra vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vós não ouçais. Is 59.1,2". 

Devemos nos preocupar em encontrar a graça de Deus enquanto ainda somos merecedores dela, em um dia que nós não sabemos ela vai se acabar. "... e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta." Mt 25.10b. Aproveite e desfrute da graça imensurável de Deus e seja feliz com Jesus.


Como alcançar a maravilhosa graça de Deus 


Buscando a infinita graça de Deus. 

Além de crermos sem reservas na graça de Deus, devemos buscá-la. Buscar aqui tem sentido de ação. O homem se mobilizando, lutando, esforçando-se para alcançar. Como alguém que está com sede,(Sensação da necessidade de beber.) "A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus. Sl 42.2"; "No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em min, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Jo 7.37,38", ou cansado (Sentir fadiga ou cansaço. Empenhar-se. Esmerar-se.), "Vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. Mt 11.28-30". Essa é a parte ativa no alcançar a graça de Deus. É o homem agindo (indo a Cristo) para receber a graça de Deus.

Recebendo a poderosa graça de Deus. 

Muitas pessoas buscam a graça de Deus com muita intensidade, mas encontram dificuldades quando ao receber a graça divina. Esta a parte passiva para alcançar a graça de Deus. A vida cristã, do início até o fim, baseia-se no princípio de nossa total dependência do Senhor Jesus. Não há limites para a graça que Deus quer derramar sobre nós. Ele quer dar-nos tudo, mas nada poderemos receber , a não ser que descansemos nele. "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará. Sl 37.5"; "e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Ef 2.6". Assentar é uma atitude de descanso. Algo foi terminado; o trabalho é paralisado, e nós nos assentamos. É paradoxal, mas verdadeiro: nós só avançamos na vida cristã se aprendermos em primeiro lugar a assentar-nos.


Quais são os resultados da graça de Deus. 


Somos libertos das acusações


Quem recebe a graça de Deus é livre no sentido mais amplo da palavra. A graça de Deus nos traz perdão e alívio para a nossa alma. Muitas pessoas, apesar de serem cristãs, não conseguiram ainda, usufruir da graça de Deus e seus benefícios, os quais só trazem refrigério para nossa alma, proporcionando-nos, paz, alegria, amor e os demais frutos do Espírito. Pelo contrário, a cada dia o número de cristãos ansiosos é crescente. Pessoas cheias de complexos, culpas, recalques e outros sentimentos de ordem emocional que produzem angústia, sentimentos de inferioridade, falta de perdão e outros que acabam sufocando e até destruindo a fé.


Vamos aprender a desfrutar dos resultados que a graça de Deus nos proporciona, livrando-nos de acusações, conforme a seguir.

As acusações espirituais são queimadas em nome de Jesus. 

São acusações vindo da parte do inimigo da alma humana, satanás. Que é o nosso grande acusador (... foi expulso o acusador de nossos irmãos, , o mesmo que os acusava de dia e de noite, diante do nosso Deus. Ap 12.10b). Esse audacioso inimigo, tenta, nos fazer descrer do Amor de Deus, do amor próprio, tentando colocar-nos diante de Deus em posição de derrota. A graça de Deus nos garante a vitória sobre essa acusação, basta tomarmos posse dessa maravilhosa graça.


As acusações interiores são apagadas. 


"...e acusados pela própria consciência... Jo 8.9". Há um dispositivo dentro da Alma humana, chamado consciência. Esse dispositivo dispara, assim que, nossas atitudes são erradas; Deus quem fez isso em nós. A graça de Deus deixa a nossa consciência Livre de toda culpa. "muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? Hb 9.14".

As acusações exteriores são exterminadas pelo sangue de Jesus. 

São acusações de pessoas que, querendo ver o nosso mal, acusam-nos falsamente, a esse tipo de acusação a graça de Deus responde: "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direta de Deus e também intercede por nós. Rm 8.33,34".


Seja feliz e nunca despreze a graça de Deus. 


É ela que nos garante o livre acesso a Deus. Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus, nosso pai, a comunhão e a consolação do Espírito Santo seja com todos, Amém.


Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 









segunda-feira, 29 de junho de 2020

DEVO TOMAR A SANTA CEIA DO SENHOR OU NÃO

A SANTA CEIA DO SENHOR É UMA ORDENANÇA.

A Santa Ceia do Senhor é uma ordenança do Senhor Jesus e deve ser levado muito a sério pelos ministros e líderes evangélicos bem como dos crentes convertidos e comprometidos com a fidelidade à palavra de Deus e à sua igreja 

Uma análise simplificada sobre a Santa Ceia do Senhor.


A Santa Ceia do Senhor é uma ordenança do próprio Senhor Jesus à sua Igreja. Essa ordenança é observada pela maioria das tradições cristãs. Apesar de ser conhecida de todos os cristãos, muitos não entendem plenamente o seu significado.

Nesta postagem conheceremos os pontos principais acerca da Santa Ceia do Senhor.

Qual a Origem da Santa Ceia do Senhor na Bíblia?

A Bíblia nos mostra claramente a origem da Santa Ceia do Senhor. Os Evangelhos Sinóticos descrevem em detalhes a celebração da primeira Ceia (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:14-20). Na sequência, o Novo Testamento também mostra a observância da Santa Ceia do Senhor nos primeiros anos da Igreja Cristã (Atos 2:42; 20:7; 1 Coríntios 10:16; 11:23).

A Santa Ceia do Senhor foi instituída na noite em que Jesus Cristo foi traído. Vejamos:

E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste.

E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.

E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos;
Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, (da nova aliança) que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. (Mateus 26:25-28).

Qual o significado da Santa Ceia?

A Santa Ceia é a recordação do sacrifício vicário de Cristo. Ao participarmos da Santa Ceia, lembramo-nos do indescritível amor de Deus por nós, ao entregar seu Filho como sacrifício vivo e perfeito, em nosso lugar. 

Jesus deu sua própria vida em favor de seu povo, para redimi-lo de seus pecados. Mas a Santa Ceia do Senhor é muito mais do que uma simples lembrança. Ela representa a realidade da obra da redenção, e é assim um meio da operosidade da abundante graça de Deus em nossas vidas. 

A Santa Ceia do Senhor também é um momento especial de comunhão da Igreja, onde fica evidente a participação dos crentes como membros do corpo de Cristo, e proporciona a manutenção do crescimento espiritual de cada Cristão. 

Na Santa Ceia do Senhor o redimido se alimenta espiritualmente de Cristo com o pão e o vinho (o suco de uva) representando simbolicamente o corpo e o sangue do Senhor Jesus. 

Mas muitas pessoas interpretam a Santa Ceia do Senhor de forma errada. Elas defendem que a cada realização da Santa Ceia o sacrifício de Jesus é repetido o que não é verdade. 

Esse tipo de entendimento é chamado de transubstanciação pela igreja católica, pois diz que (supostamente) o pão e o vinho se transubstanciam (se transformam) literalmente no corpo e no sangue de Jesus, porém, essa ideia não encontra base bíblica alguma, é apenas um dogma defendido pelo Clero  Romano. 

A interpretação bíblica correta diz que a Santa Ceia é uma recordação do sacrifício redentivo de Jesus na cruz, e não uma repetição dele. A santa Ceia representa simbolicamente o sacrifício vicário de Cristo na cruz do calvário para a comunhão dos santos.

Sobre essa questão, vale a pena ressaltar que não é necessário nenhum novo sacrifício. O sacrifício de Jesus, uma vez realizado, foi suficiente para o perdão dos pecados. 

O sacrifício de Cristo não perde a validade com o tempo e não necessita de repetições ou de complementos como na antiga aliança do Velho Testamento, que precisava do sacrifício constante de animais. 

Os elementos da Santa Ceia do Senhor.

Jesus apresentou os elementos que simbolizariam o seu sacrifício: o pão e o vinho. O pão simboliza seu corpo partido, e o cálice simboliza seu sangue derramado como nova aliança.

Como já foi dito, algumas tradições cristãs interpretam os elementos da Santa Ceia de forma equivocada. A Igreja Reformada não aceita tal interpretação, pois não existe base bíblica para defendê-la, segundo eles. Assim, na celebração da Santa Ceia do Senhor o pão continua sendo pão e o vinho continua sendo vinho, como realmente o são, porém com uma diferença. 

São apresentados ao Senhor pelo ministrante  para representar simbolicamente o pão e o vinho. Então esses elementos representam o corpo e o sangue de Cristo ao receber a oração do ministro oficiante da reunião, culto, para a celebração daquela cerimônia que é um memorial daquilo que realmente aconteceu. Ao comer do pão e tomar do cálice, pela fé o cristão participa da comunhão em Jesus e se alimenta espiritualmente d’Ele.

O que deve ser usado na Santa Ceia, o suco de uva ou o vinho?

Esta é uma discussão que ocorre entre alguns cristãos. Algumas pessoas acreditam que é um erro utilizar suco de uva na Santa Ceia, enquanto outras acreditam ser um erro a utilização do vinho. Tanto no Evangelho de Mateus quanto nos Evangelhos de Marcos e Lucas, Jesus se refere ao cálice discriminando seu conteúdo, mas sem dar maiores detalhes que respondam essa questão. 


Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus. (Lucas 22:18).

Note que o texto não específica se era suco de uva ou vinho. Jesus disse apenas que dentro do cálice havia o “fruto da vide”. Logo, é bem difícil determinar se o que foi utilizado por Jesus era o suco fermentado ou não, muito embora o  costume dos Judeus em épocas de festa religiosa era de utilizar o suco fresco in natura. 

Alguns interpretes, considerando os aspectos da cultura da época de Jesus , afirmam que se tratava de vinho fermentado. Outros interpretes acreditam que por se tratar do período da Páscoa, qualquer fermentação era proibida. Assim, defendem que o elemento utilizado foi o suco de uva “in natura” como já afirmei anteriormente. 

A dificuldade aumenta diante do fato de que a palavra grega "oinos", é utilizada para descrever tanto o vinho quanto o suco de uva. Apesar dos esforços de estudiosos de ambos os lados, é impossível concluir com exatidão se o cálice da Santa Ceia era de suco de uva fermentado ou não. O texto de 1 Coríntios 11, parece indicar que a Igreja Primitiva utilizada vinho nas celebrações que ocorriam em conexão com a Santa Ceia do Senhor. Se os Judeus não utilizavam o pão fermentado na Páscoa,  eles também, certamente, não utilizariam o vinho fermentado (cheio de mosto, alcoolizado).

O importante é que o suco de uva, fermentado ou não, não deixa de ser o “fruto da vide”. Com relação ao suco, diferentemente do vinho, ele apenas não passa pelo processo de fermentação. Esse processo com certeza não acrescenta importância alguma na finalidade da Santa Ceia do Senhor. Se fosse esse o caso, a Bíblia teria descrito sua importância. Sendo assim, tanto o suco de uva quanto o vinho podem ser utilizados.

Pão asmo (ou pão sem fermento) ou o pão normal com fermento na Santa Ceia?

A mesma discussão que acontece acerca do cálice também acontece acerca do pão. A diferença é que o texto bíblico diz claramente que o pão utilizado por Jesus era o pão asmo (ou ázimo). Essa certeza se dá pelo fato de que quando Jesus celebrou a primeira Ceia, Ele estava em uma refeição pascal. Portanto, além do pão asmos, do vinho na mesa, também havia o cordeiro e as ervas amargas como de costume desde a primeira Páscoa lá no Egito, quando Deus lhes deu a libertação da escravidão através de Moisés e Arão.

Infelizmente responder as questões acerca do que deve ser utilizado, se pão fermentado ou asmo, se vinho ou suco de uva sem fermentação, gera constantemente um problema maior do que a discussão em si. Conheço igrejas evangélicas e ministérios que utilizam o vinho normal e não o suco de uva.

Essas questões acabam levando ao desentendimento e até mesmo ao preconceito entre os cristãos. Mas os elementos da Santa Ceia foram regionalizados no decorrer dos séculos e há várias maneiras de se realizar essas cerimônias com a igreja. 


Existem casos em que membros de uma determinada igreja ou denominação que celebrava a Santa Ceia utilizando o pão com fermento, foram proibidos de participar da Santa Ceia do Senhor quando visitaram outra igreja que utilizava o pão asmo. O pior é que eles ainda foram praticamente expostos como profanadores da Ceia do Senhor.

Normalmente esse tipo de radicalismo surge de uma interpretação inflexível e equivocada acerca da figura do fermento na Bíblia. É verdade que nas Escrituras, o fermento aparece frequentemente como símbolo do pecado. Porém, esse padrão não pode ser generalizado. Isso significa que há situações em que o fermento possui outro significado a depender do contexto. Um exemplo disto é a Parábola do Fermento.


Certo é que não existe nenhuma especificação bíblica sobre as características dos elementos que devem ser utilizados na celebração da Santa Ceia do Senhor. Também é preciso considerar que a Santa Ceia do Senhor não é a celebração da Páscoa, apesar de tê-la substituído. Se fosse para os elementos da Santa Ceia ser uma repetição dos elementos pascais, então precisaríamos incluir o cordeiro, as ervas amargas e o recital dos salmos pertinentes.

Exageros na espiritualização dos elementos da Santa Ceia do Senhor.

Há casos em que numa determinada igreja até mesmo os padeiros que preparam o pão precisam ser “designados” por Deus. Essas pessoas então eram submetidas a um período de consagração para que pudessem ser dignas de preparar o pão. 

Certamente são estas e outras coisas que acabam sendo muito mais graves do que a discussão sobre o tipo de pão e vinho. 

Nesses casos pode-se ver uma idolatria tão grave quando o erro da doutrina e do costume da igreja católica quanto à consubstanciação e da transubstanciação, desviando o foco do que realmente é sagrado.

Devemos lembrar do que o apóstolo Paulo tratou na igreja de Corinto. Sabemos que ele era um profundo conhecedor das escrituras e das tradições judaicas, como também do propósito do Evangelho de Cristo, para o qual ele foi chamado para ser o apóstolo dos gentios. Em suas recomendações sobre a Santa Ceia do Senhor, o apóstolo não se apegou em discutir se o suco de uva era fermentado, ou o que tipo de pão deveria ser utilizado. Ele se concentrou em repreender os falsos entendimentos sobre o ato tão importante que é a Santa Ceia do Senhor. Tanto é que houve muitos enfrentamentos de palavras entre ele e os Saduseus, os Escribas e os Fariseus. 

Então quando Paulo exortou sobre o fermento presente naquela igreja, não se tratava do fermento do pão ou do suco de uva. 

Ele se referiu ao fermento do pecado que comprometia a pregação do Evangelho ali.

Qual o nome correto: Santa Ceia ou Ceia do Senhor?

Muitas pessoas também discutem sobre a forma correta de se referir a essa ordenança do Senhor Jesus. Geralmente tal discussão está relacionada a seguinte pergunta: É correto usar o termo “Santa Ceia”?

Para responder esta pergunta, precisamos entender que a palavra “santo” traduz os termos hebraicos "kadosh e hasid" e o termo grego "hagios". De forma geral esses termos significam no contexto bíblico “separado” ou “consagrado a Deus”.

O problema é que muita gente relaciona a palavra “santo” com a prática da idolatria. 

Então algumas pessoas dizem que a expressão “Santa Ceia” implica num tipo de idolatria da Ceia do Senhor. Mas é claro que esse tipo de interpretação não faz sentido algum biblicamente.

É verdade que o termo “Santa Ceia” não pode ser encontrado no texto bíblico. Na Bíblia, as expressões utilizadas para se referir à Ceia do Senhor são: “Ceia”, “Ceia do Senhor” ou simplesmente “partir do pão”. 

Porém, conforme podemos notar, o real significado da palavra “santo” em nada contradiz o que é proposto pela Bíblia.

Quem deve servir a Santa Ceia?

Na tradição Reformada, a ministração dos sacramentos (Ceia do Senhor e Batismo) fica a cargo dos ministros devidamente ordenados ao ministério e aptos a exercer tal oficio ou função. 

Mas com relação ao auxílio na distribuição dos elementos da Santa Ceia do Senhor, a Bíblia não fornece nenhuma recomendação específica, podendo ser auxiliares, diáconos, diaconisas ou mesmo membros em plena comunhão com Deus e com a igreja. 

No geral, presbíteros e diáconos se ocupam dessa tarefa de distribuição, auxiliando assim o ministro na administração da Santa Ceia do Senhor. Na falta de presbíteros e diáconos, o ministro poderá solicitar que outros membros da igreja local auxiliem na distribuição dos elementos da Ceia.

Infelizmente por pura ignorância alguns casos lamentáveis acontecem. Já houve ocasiões em que pastores se recusaram a participar da Santa Ceia do Senhor por serem servidos por diáconos. Uma atitude assim é tão infeliz que despreza o significado da comunhão do corpo de Cristo.

Quem pode participar da Santa Ceia? Só quem é batizado?

Sobre esse assunto existem duas escolas de interpretação. A primeira diz que apenas os batizados podem participar da Santa Ceia do Senhor. Já a segunda afirma que qualquer pessoa pode participar.

Quem defende que qualquer pessoa pode participar da Santa Ceia do Senhor, argumenta que na Bíblia não existe a recomendação de que a pessoa precisa ser batizada para se juntar à Ceia. Normalmente os defensores dessa posição afirmam que a participação na Santa Ceia do Senhor pode servir de um ato acolhedor e evangelístico para com as pessoas não batizadas ou incrédulas. 

Dizem também que a participação física na Santa Ceia do Senhor não garante a alimentação espiritual. 

Em outras palavras, uma pessoa não batizada não estaria tomando indignamente a Santa Ceia do Senhor simplesmente porque ela não conhece seu significado.

É verdade que não existe na Bíblia uma frase assim: “Só participará da Ceia do Senhor quem for batizado”. Porém, de forma implícita, a Bíblia não deixa dúvida de que a participação na Santa Ceia do Senhor reserva-se aos Cristãos batizados nas águas e aptos a participar dela, isto é, aqueles que compreendem seu significado e a importância de 1 Coríntios 11.23-30.

O Novo Testamento registra de forma clara uma sequência de acontecimentos relacionados a pregação do Evangelho. Em primeiro lugar, a pessoa precisa crer em Jesus e ser batizada. Consequentemente, ela deve ser instruída nos mandamentos da Palavra de Deus. (Mateus 28:19).

Essa sequência fica bem evidente em Atos 2:38, após o sermão pregado pelo apóstolo Pedro. As pessoas se arrependeram e creram em Jesus, e imediatamente foram batizada. Naquele dia quase três mil pessoas receberam o Evangelho e foram batizados.

Na sequência do mesmo texto, o escritor do livro de Atos informa o que aconteceu com as pessoas que foram convertidas a Cristo. Ele diz que elas “perseveraram na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações”. (Atos 2:42).

Desta maneira, fica muito claro que a Ceia do Senhor é reservada para a comunhão dos que estão em Cristo e formam seu corpo. A Santa Ceia não é apenas um ritual litúrgico, mas um ato de discernimento e de muita importância. Se não houver esse significado, não será a Santa Ceia do Senhor. Sendo assim, só está apto a participar da Ceia aquele que consegue discernir o seu significado. Se não for assim, o propósito da Santa Ceia é desvirtuado.

Com qual frequência a Santa Ceia do Senhor deve ser servida?

A Bíblia não traz uma regulamentação sobre a frequência com que a Santa Ceia do Senhor deve ser ministrada na comunidade cristã local. Cada igreja tem sua própria organização quanto à periodicidade em que a Santa Ceia é servida. Enquanto umas realizam poucas vezes por ano, outras realizam todas as semanas ou todos os meses.

A maioria das igrejas servem a Santa Ceia uma vez por mês. O mais importante de tudo isso é que todos os membros tenham a oportunidade de participar.

Quando não tomar a Santa Ceia do Senhor? O que é participar indignamente?

Essa pergunta é um pouco difícil de responder por que cada um deve examinar a si mesmo. Paulo exorta a igreja de Corinto a não participar da Ceia do Senhor indignamente. Muitas pessoas interpretam este texto como sendo uma exortação a respeito de pecados ocasionais ou contumazes, mas na verdade a exortação de Paulo é não só em relação à esses pecados, mas também à perda do significado da Santa Ceia do Senhor para algumas pessoas.

O problema de encarar essa exortação de Paulo como sendo especificamente acerca de um pecado ocasional ou não confessado, por exemplo, traz alguns problemas. Quem pensa assim geralmente entender que esse pecado afasta a pessoa apenas da participação da Santa Ceia do Senhor. Mas na verdade, o pecado age de uma forma muita mais perigosa e pode se tornar a causa principal de muitas pessoas não serem salvas. 

Portanto, participar da Ceia do Senhor esquecendo-se do seu real significado, é participar indignamente. Por banalizar o significado do sacrifício e da comunhão com Cristo, tal pessoa acaba participando da Santa Ceia do Senhor para a sua própria condenação.

Disciplinado, afastado ou excluído da membresia da igreja pode participar da Santa Ceia do Senhor?

Apesar do redimido ter nascido de novo em algum dia anteriormente, ele ainda está sujeito à presença do pecado. Isto significa que mesmo não estando mais debaixo do domínio do pecado, ele ainda peca, pois sua velha natureza não foi aniquilada. Mas ao pecar, o verdadeiro cristão confessa a Deus o seu pecado e alcança misericórdia.

Porém, em alguns casos, é necessária uma correção ou disciplina de Deus ou através da igreja. Sim, a administração da disciplina é bíblica (Mateus 18:15-17, 1 Coríntios 5, 1 Timóteo 5:19-21, Hebreus 12). 

Tal correção tem o objetivo principal de recuperar a pessoa, proporcionando um tempo de reflexão. Além disso, ela também serve como exemplo para que outros que tiveram conhecimento do ocorrido, saibam qual é a conduta que Deus espera dos seus filhos. Dessa forma eles são encorajados a não repetirem estes e outros erros. 

Consequentemente, fica claro que o corpo de Cristo não concorda com tal comportamento.

Existem disciplinas em que durante o período a pessoa não participa da Santa Ceia do Senhor. Há outras, porém, que a pessoa continua participando. O importante é não haver abuso em relação a isto. Jamais a pessoa também deve ser exposta ao ridículo, como infelizmente acontece muitas vezes. Nesses casos, ao invés de restaurar a pessoa, esse tipo de atitude acaba piorando seu estado.

Por fim, cabe ao ministro responsável pela igreja local avaliar se a pessoa deve ou não ser afastada da participação da Santa Ceia do Senhor no período de disciplina. Nesse caso, esse ponto deve ser esclarecido à própria pessoa num aconselhamento pastoral particular.

Criança pode participar da Santa Ceia?

Esta pergunta também pode ser respondida com o mesmo texto de 1 Coríntios 11. A pessoa que participa da Santa Ceia do Senhor deve estar apta a realizar um alto exame. Sendo assim, não é possível ou previsível que as crianças tenham esse discernimento e compreendam da forma correta o significado da Santa Ceia do Senhor.

Quanto aos pais, muitos acabam deixando os filhos de fora do momento da Santa Ceia, e isso não é o ideal. 

O correto é que os filhos estejam presentes e sejam ensinados gradativamente, conforme vão amadurecendo e adquirindo entendimento. Os pais devem instruir os filhos sobre o significado da Santa Ceia do Senhor, para que tão logo alcancem uma certa maturidade também participem.

É permitido tomar a Santa Ceia do Senhor em casa?

Em algumas situações geralmente é permitido participar da Santa Ceia do Senhor fora do local de reunião costumeiro da comunidade cristã. Hoje com o advento da Pandemia do Coronavírus, quando grupos de risco estão confinados em casa, muitas igrejas estão fazendo atendimento online, aconselhamento, orações, ministração da Santa Ceia, etc.  Essas situações são as mais variadas. Podem ser citados como exemplo, casos de enfermos ou de idosos que não conseguem ir até o local onde a igreja se reúne normalmente. Então a Santa Ceia do Senhor é servida em suas casas ou hospitais de outras formas das mais variadas. 

Porém, muita gente advoga poder realizar a sua própria Santa Ceia do Senhor em casa sem o conhecimento e sem o consentimento da sua igreja, do seu pastor, do seu ministério o que não é conveniente.  Sem o conhecimento e o consentimento da liderança da igreja não o faça. Deus quer que as pessoas ou famílias que fazem parte dos grupos de risco e são membro de alguma igreja evangélica, sejam assistidos em suas necessidades. 

Na maioria das vezes esse tipo de comportamento é comum à pessoas que não querem mais fazer parte de uma comunidade cristã. Outras dizem administrar uma versão própria da Santa Ceia do Senhor em casa como uma forma de santificação ou um tipo de ato profético.

No entanto, em casos assim não existe base bíblica que defenda tal atitude. A verdadeira essência da Santa Ceia do Senhor é a comunhão do corpo de Cristo. Os redimidos se assentam à mesa do Senhor para juntos se lembrarem da obra redentora de Jesus no Calvário. Participar da Santa Ceia do Senhor com uma intenção individualista é completamente errado. Isto de certa forma faz repetir os erros da igreja de Corinto, e acaba provendo uma participação indigna, onde não há discernimento do significado e propósito da Ceia.

A Santa Ceia e a Páscoa.

Claramente podemos traçar um paralelo entre a Ceia do Senhor e a Páscoa. Porém não devemos cometer o erro de confundir a Santa Ceia com a Páscoa judaica.

O paralelo que podemos estabelecer é principalmente pelo fato de que Cristo é a nossa Páscoa. Ele foi sacrificado por nós como um cordeiro pascal. (1 Corintios 5:7). 

Por isto Ele é o verdadeiro Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Seu corpo partido e seu sangue derramado, proveram a redenção de seu povo.

A Nova Aliança entre Cristo e a Igreja foi evidenciada na Ceia antes da morte de Jesus Cristo. Ali Jesus celebrou a última Páscoa, e estabeleceu a primeira Ceia. Ele também deu as recomendações necessárias para que seu povo observasse essa ordenança até o dia de sua volta.

Enquanto os judeus comemoram a Páscoa esperando um novo livramento como o Êxodo, os cristãos participam da Santa Ceia do Senhor lembrando do seu sacrifício. O Salvador que deu sua vida em resgate de seu povo, em breve voltará e juntos cearemos com Ele.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


segunda-feira, 22 de junho de 2020

O DEUS DESCONHECIDO DOS ATENIENSES

O DEUS DESCONHECIDO DOS ATENIENSES 


Porque passando...encontrei também um altar no qual está escrito:

AO DEUS DESCONHECIDO (Atos 17.22,23).

O apóstolo Paulo acabara de chegar em Atenas, a capital intelectual do mundo. 

Ao percorrer a cidade, ficou revoltado com a idolatria reinante ali. Atenas tinha mais de trinta mil estátuas dedicadas aos deuses. 

Como esses deuses eram vingativos, na concepção dos atenienses, ergueram, também, um altar ao Deus desconhecido, com medo de que alguma divindade tivesse sido esquecida.

Paulo utiliza essa conexão para anunciar aos atenienses o Deus Verdadeiro que eles não conheciam.

O Deus Verdadeiro é o Deus que enviou seu Unigênito filho que se fez carne, viveu entre nós, morreu por nós e ressuscitou para a nossa justificação e para nos salvar.

O Deus Verdadeiro é o Deus da providência, pois Ele é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais, uma vez que nEle vivemos, nos movemos e existimos.

O Deus Verdadeiro é o Senhor dos céus e da terra.

O Deus Verdadeiro não pode ser representado por um ídolo nem por imagens de escultura.

O Deus Verdadeiro é o Deus que exige arrependimento do pecador para que possa alcançar a salvação gratuitamente.

Ele julgará o mundo com justiça.

Paulo estava em sua segunda viagem missionária. Ele e alguns irmãos haviam deixado Tessalônica, passando por  Beréia e vindo até Atenas, fugindo de uma grande perseguição.

Em Atenas, eles deveriam esperar aqueles que haviam ficado para trás, no caso aqui Silas e Timóteo, seus companheiros de viagem.

“E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram”. Atos 17:15.

Enquanto Paulo esperava a vinda de seus companheiros em Atenas, teve em seu espírito uma grande comoção, por ser a cidade tão entregue a idolatria.

“E enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue a idolatria”. Atos 17:16.

Diante disso começou a discutir com os judeus, alguns religiosos, filósofos epicureus e estoicos que achavam um tanto estranho a mensagem e o conduziram a um lugar apropriado chamado Areópago.

“De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam. E alguns dos filósofos Epicureus e estoicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhe anunciava a Jesus e a ressureição. E tomando –o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa que falas?”. Atos 17: 17- 19.

O nosso estudo tem como base a mensagem de Paulo aos atenienses no Areópago, por isso é importante saber igual Paulo, as regras altamente eficaz para uma excelente interpretação bíblica.

“E estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos, porque passando eu vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: ao deus desconhecido. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo é o que eu vos anuncio”. Atos 17:22-23.

Paulo observou seus altares, notou um altar ao Deus desconhecido, com certeza teve a revelação do Santo Espírito e a partir deste altar apregoou a palavra de Deus. Pregar a Bíblia é um dever de todos, por isso desenvolva um esboço sobre o assunto e peça a unção e a sabedoria do Espírito Santo para pregar o evangelho e ganhar almas para o Senhor Jesus. 

Vamos meditar nesta postagem sobre os predicados desse Deus maravilhoso, mas antes vamos voltar um pouquinho e nos aprofundarmos na história para que possamos compreender o tamanho da obra realizada pelo nosso Senhor Jesus que é Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Fatos históricos de Atenas e a história do “Deus desconhecido”.

Conta-se que no ano de 600 a.C. uma praga letal caiu sobre Atenas. Corpos insepultos estavam por todo lado. O povo estava enlutado e atônito. Os sacrifícios expiatórios dedicados a muitos deuses gregos eram inúteis.

Os principais sábios atenienses que buscavam explicações para a realidade do mundo estavam confusos. Apenas diziam que algum deus ficou enfurecido com o crime praticado pelo rei Megacles e decidiu puni-los com a praga.

O rei obtivera a rendição dos seguidores de Cilon.

(Cilón era um ambicioso nobre Ateniense, genro do tirano de Mégara, Teágenes, que veio a ser nomeado arconte e pensou que poderia aplicar o mesmo sistema político em sua cidade Atenas).

Com uma promessa de anistia, depois violou sua própria palavra e os matou.

Esta era então a resposta mais apropriada para justificar a mortandade que acometeu a lendária cidade dos deuses.

Sem mais opção mandaram um navio a Cnossos, na ilha de Creta, para buscar um homem chamado Epimênides. Alguns acreditavam que ele conhecia a divindade ofendida, saberia como apaziguá-la e, portanto, poderia livrar Atenas do caos da morte.

Então comissionaram um grupo para ir à procura do profeta de Creta. O possível salvador não recusou o apelo dos gregos. E logo partiu, quando aquele homem chegou a cidade, admirou-se com o vasto número de deuses.

Alguém lhe disse que em Atenas era mais fácil encontrar um deus do que um homem.

Entre tantos destacavam-se Zeus, Poseidon, Deméter, Héstia, e tantos outros. Tantos deuses e todos totalmente impotentes diante de tamanho problema que devastava a cidade.

Epimênides, após acercar-se dos fatos, no momento e local determinado, exigiu um rebanho de ovelhas saudáveis, um grupo de pedreiros e matérias necessários para edificar um altar. As ovelhas precisavam ficar em jejum para que na manhã do sacrifício estivessem totalmente famintas.

Seu Deus escolheria os animais para o sacrifício. Esse seria o sinal de sua escolha e aprovação: as ovelhas seriam soltas no pasto verdejante e aquelas que, mesmo famintas, se deitassem sobre a grama em vez de comerem-na, teriam a preferência para o holocausto.

Dito e feito. O Deus do referido profeta fez a escolha deixando os expectadores atônitos, perplexos.

Quando os altares foram edificados, um ancião perguntou qual seria o nome da divindade que ficaria neles gravado. Afinal, a população de Atenas ficara famosa por sua diversidade de deuses; era uma colecionadora de deuses.

Mas no passado nomear um deus equivalia de certo modo atrai-lo ou a possui-lo.

Epimênides, profeta monoteísta, explicou que não conhecia o nome do Deus a quem servia, Isto é curioso: o profeta servia apenas um único Deus e sequer sabia o nome dele.

Mas de uma coisa tinha certeza: aquele Deus não é um ser qualquer nem estava representado por qualquer ídolo de Atenas.

E ainda acrescentou que o ser divino que decidiu auxilia-los, mesmo não tendo no momento e naquele lugar um nome pelo qual pudesse ser chamado, entendia a ignorância da população e que, por não o conhecer, seria incapaz de lhe dar um nome condizente.

Decidiram anotar a palavra “agnosto Theo”, a um deus desconhecido, em cada altar. O “Deus desconhecido” que fossem gravadas tais palavras, pois após o holocausto a praga cessou.

Bastaram apenas poucos dias para que ficasse evidente o milagre.

Os doentes sararam, não haviam mais contaminações, e Atenas, como nunca dantes encheu-se de louvor e gratidão ao Deus desconhecido.

Colocaram flores nos altares, declararam sua manifestação de agradecimento, mas o milagre pode empolgar pessoas durante algum tempo, todavia não produz devoção duradoura. 

Bartimeu foi diferente, ele provou do milagre de Jesus e ainda foi salvo.

Atenas se esqueceu da benção do Deus desconhecido, deixou que vândalos irreverentes demolissem os altares usados para o sacrifício. Restou apenas uma estátua esculpida de Epimênides que foi colocada diante de seus vários templos.

O povo ingrato voltou a cultuar seus deuses que, na tragédia, que não fizeram nada para ajuda-los.

A história do Deus desconhecido não desapareceu por completo porque dois anciãos piedosos contrataram pedreiros para restaurar e polir um dos altares que continham a antiga inscrição: “agnosto Theo”.

Na esperança de que um dia o Deus desconhecido se manifestaria novamente, deixaram um registro autêntico do milagre que possivelmente salvou a “religiosa” Atenas do extermínio.

Conhecendo o Deus desconhecido

Podemos fazer em princípio uma observação, que Deus usou de Epimênides (que não era judeu) para fazer a libertação nos enfermos atenienses (que também não eram judeus) provando que os seus dons e a salvação se estende a todo ser humano pela misericórdia de Deus.

Outra prova disso foi o apreço que Deus tinha por Jó, que viveu na terra de Uz que veio a ser território de Edom, localizado ao norte da Arábia, assim sendo Jó era mais árabe do que judeu.

Será como anda a situação dos Cristãos na atualidade? 

Será que todo o crente conhece o proceder, a vontade, e o senso de justiça de Deus ou apenas estão crendo em um Deus desconhecido como foi em Atenas?

Conhecer a Deus está intimamente ligado a guardar os mandamentos. O conhecer a Deus deve vir por meio de revelação pessoal direta de Deus quando um pecador se arrepende e aceita a Jesus como Senhor e Salvador. 

Porém, muitos preferem o caminho largo e a porta larga, mas, não compreendem que isso só leva para a morte eterna.

O Senhor Jesus disse que os poderes do inferno não poderiam prevalecer contra a palavra de Deus, contra a igreja, que é a comunicação entre Ele e cada um de Seus filhos. Aqueles que verdadeiramente desejam conhece-lo, serão abençoados pelo Espírito Santo. Assim estarão mais próximos do Deus vivo e de seu filho Jesus Cristo.

Podemos conhecer Deus o Pai Eterno somente e através de Jesus Cristo, aceitando-o como seu único e suficiente Salvador. 

Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6).

Para que possamos conhecê-Lo, devemos receber conhecimento através dos meios estabelecidos pela palavra de Deus e através de Jesus Cristo, que é o Mediador entre Deus e os homens. O Espírito Santo foi enviado para estar com a igreja até que o Senhor Jesus volte para arrebatar a sua noiva, a igreja. 

1 João 2:3-6 Diz que: “E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”. (1 João 2:3-6).

Alguns atributos de Deus que fazem a diferença entre Ele e os outros que são apresentados à humanidade como deuses.

Deus é imutável: A imutabilidade de divina é atributo exclusivo do Deus verdadeiro; esse atributo nos assegura que não há mudança em Deus, Ele é  imutável. 
(Salmos 102:26,27).

Deus é perfeito: Deus é infinito em perfeição. Só Deus tem a perfeição total em si mesmo. (Mateus 5 :48).

Deus é eterno: Deus não teve começo e não teve e nem terá fim. (Isaías 40:28).

Deus é onipresente: Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo e dá toda assistência à sua criação. (Mateus 6 :25,29).

Deus é onipotente: Todo poder pertence s Deus. Deus é todo poderoso. (Gênesis 17:1).

Deus é onisciente: Deus tem todo conhecimento. Todos nós somos descobertos e patentes a seus olhos. (Hebreus 4:13).


Devemos buscar a face do senhor, sempre que podemos em oração, jejum e estudo da Sua palavra para que cada dia possamos conhece-lo e sermos servos instruídos no proceder e no agir de Deus.


Continuando nossa jornada em Atenas com o apóstolo Paulo, ele disse para o povo e seus maiorais:   

Vos Apresento o Deus Desconhecido.


Nas narrativas do apóstolo Paulo encontramos o que é uma das mais lindas histórias desse grande apóstolo dos gentios. 

Não foi a primeira vez que Paulo estava na famosa Acrópole Ateniense, lugar esse, que mais reuniu gênios pensadores por metro quadrado no planeta Terra. foi ali, que os nomes de Sócrates, Platão e Aristóteles, de Péricles e de Demóstenes e tantos outros grandes pensadores surgiram.

Foi ali também, que criou-se a democracia, conceitos de expressões, e acima de tudo a essência da filosofia humana. 

Dessa importante cidade grega chamada Atenas,  havia saído generais, estadistas, historiadores, oradores, poetas e filósofos.

Há de se convir, que não era um lugar muito fácil de se anunciar uma nova religião ou uma nova divindade, já que nessa “Universidade do Mundo”, adorava-se também a muitos deuses, e além disso, disputava-se espaço com muitos outros discursantes, como por exemplo os epicureus e os estoicos, entre tantos outros.

Os estoicos, defendiam que o mal deveria ser vencido pelo controle do próprio corpo, transformado em orgulho, desespero e panteísmo. Os epicureus eram ateus, egoístas, frívolos, e sua crença era baseada no amor e no prazer. 

E essa gente toda, munida de suas teorias e discursos, gostavam muito quando chegavam visitantes novos no areópago, para assim ter novos ouvintes e quem sabe novos adeptos para suas vans filosofias.


Imaginemos a loucura que era toda aquela gente falando, grupos aqui, outros acolá e nesse cenário nosso apóstolo chegando em silêncio, olhando cada pessoa ali presente, os altares arrumados, e uma diversidade de deuses que causavam espanto a quem conhecia a história de um Judeu chamado Jesus que fora morto e ressuscitou três dias depois, dono de toda verdade e autoridade entre os homens.

Foi nesse ambiente que Paulo usando de autoridade espiritual e escolhendo um lugar que lhe dava um boa projeção, começou a anunciar para aqueles homens que ele conhecia uma novidade de vida que poderia mudar o que imaginava-se imutável, erguer o caído, dar esperança as desgraças humanas e vida abundante a toda aquela gente.

Paulo era um Embaixador de Cristo naquele lugar, e com autoridade, mostrou a todos aqueles sábios atenienses que não se tratava de mais um “paroleiro” berrando nas ruas de Atenas, Ele conhecia a necessidade dos corações daqueles homens, e por certo, caminhando pela Acrópole antes de começar a pregar, ele percebeu um detalhe que fez toda a diferença naquele dia:

Um altar com a descrição “Ao deus desconhecido”. Daí surgiu o grande discurso de Paulo: Senhores atenienses, esse Deus que pra vocês é desconhecido, é o Deus que eu vos anuncio.

Vos anuncio o Deus desconhecido? Quem poderia dizer isso ao povo e em especial aos sábios atenienses? E ainda dizia: logo vocês que tanto conhecem, que tanto explicam, que tanto entendem, não sabem quem é este Deus desconhecido? Vocês vivem numa pluralidade de deuses e acabaram desconhecendo o Verdadeiro e Único Deus?  adoraram a tantos pedaços de madeira e gesso, de pedra, de barro  de ouro, de prata e de pedras preciosas e esqueceram-se de render louvores ao Eterno e único Deus? 

Hoje estamos envolvidos a tantos discursos, tantos “paroleiros” nos púlpitos das igrejas evangélicas que causam estranheza. São “grandes" pregadores, são “grandes” cantores, são grandes “igrejas”, são grandes “autoridades” políticas, eclesiásticas, são grandes “doutores na palavra”, que não sobra lugar para o Espírito Santo operar com a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo que é boas novas de alegria para o sedento pecador. Mateus 11.38-30.


Será que realmente você conhece o Deus verdadeiro?  talvez você estranhe minha pergunta, mas insisto:

Qual Deus que você tem pregado e ouvido pregar por esses dias?

Por acaso é aquele que causa reteté como dizem por aí? É aquele que o dono do microfone aponta pra igreja e diz; Hei você ai!! de camisa vermelha, deus manda te dizer que você tem que dar tudo o que você tem para a igreja e depois Deus vai te dar o dobro e etc, e blá... blá... blá... 

 Quando você diz: hoje Deus falou comigo, tenha certeza que Ele quando fala é para te levantar, para te abençoar e não para te explorar. Deus tem prazer em ver em você uma atitude de amor e liberalidade nas dádivas para a obra do Senhor, mas com o coração aberto e sem pressões externas. 

Quem sabe, você está adorando ao deus que estão anunciando e dizem que ele te ama assim como você está e que ele te aceita desse jeitinho, sem precisar mudar teus hábitos que a igreja tanto condena.

Eu tenho pena dessas pessoas que se dizem mal tratadas pelos homens ou pela igreja e continuam como escravos daquela religiosidade. Teem discursos bonitos e até convincentes, porém vivem fora dos planos de Deus. 

“Tentaram mudar o que está intrínseco na natureza do ser humano e até na sexualidade que faz parte do comportamento humano desde quando uma pessoa nasce. É uma questão da criação desde o nascimento quando se percebe que há uma identificação do sexo para que se faça o registro de nascimento da criança que nasceu. Deus não está interessado em fazer mudanças nas áreas que a pessoa já nasceu. Nascemos com a natureza do pecado e precisamos ser libertos e perdoados, essa natureza do pecado, sim, precisa ser tratada para wue venhamos a ser novas criaturas em Cristo Jesus. 

A fase atual que a igreja do Senhor Jesus vive na terra, chama-se época da apostasia. E com esse pecado chamado apostasia, com adoração de tudo o que é material e carnal criou-se muitas facetas no evangelho e até milagres e prodígios do engano.

Existem doutrinas pra todo tipo de gente, se você não gosta da pregação do fulano, você escuta a do ciclano, se você não concorda com a igreja “A”, você frequenta a igreja “B”, e assim por diante.

São muitas diversidades teológicas de doutrinas e conceitos. E isso tudo além de criar confusão, criou-se também muitos deuses.

Existe deus que tem como adepto o gay, mas não serve para o hetero, um deus que serve para o sabatista, mas não serve para o pentecostal, um deus que serve para o reformista, mas não serve para o tradicional, um deus que os famosos seguem, mas o lugar que se frequenta para servi-lo, pobre não vai. Existe a igreja elitizada e a igreja que não presta pra nada porque a pobreza e a miséria imperam naquelas pessoas que normalmente são super necessitadas e segundo os adeptos da teologia da prosperidade, na grande maioria, a pessoa pobre não é abençoada por Deus e sim amaldiçoada.

É deus para todos os tipos de gente e gosto, tal qual a Acrópole Ateniense nos dias de Paulo. São vozes e cores diferentes por toda parte, paroleiros tentam de tudo com todos, afim de reunir o maior volume de seguidores com um único objetivo, o de explora-las.

Não quero que me tenham como um crente ou um pastor rancoroso, que é contra tudo e contra todos, não sou isso. Apenas lembro do que aprendi nas escrituras, Deus escolhe homens que o amam acima de qualquer coisa, e isso é de uma profundeza muito grande,  Amar a Deus é ser o menor entre todos, é abrir mão de vaidades que o poder oferece ao homem, amar a Deus, é estar interessado absolutamente na obra dEle, sem carreira pessoal ou projeções financeiras, construindo fortunas em cima do que é santo, no caso, a Igreja de cristo.

Busque em seu íntimo um contato com esse Deus verdadeiro. Não se conforme com os padrões da moda, não diga sim para as novidades do modernismo teológico gospel. Deus nunca disse que esse evangelho iria perder a consistência e que precisaríamos inventar formas com o passar do tempo para ajudá-lo. Deus não precisa da ajuda de ninguém. 

O Deus verdadeiro que Paulo anunciou aos atenienses não sentiu medo de pseudoconcorrência divina, Ele é Deus e ponto final  Ele quer se mostrar a você como um Deus Santo, puro, verdadeiro e exige que você faça o mesmo, não tente mudar o imutável, ele quer mudança de Espirito, Alma e Corpo. Ele quer te libertar da escravidão do pecado. Diga não a essa vertente diabólica que quer mudar a imagem e a palavra desse Deus santo, que foi revelado a nós desde os tempos antigos.

Ou nos entregamos à verdade do Deus verdadeiro, ou aceitamos as mazelas de deuses anões que são anunciados por paroleiros e enganadores. Salmos 115.


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.