segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

QUEM ERAM ANÁS E CAIFÁZ

QUEM ERAM ANÁS E CAIFÁZ

Você sabe quem foram Anás e Caifáz e como atuaram no tempo de Jesus com relação ao Messias e a religião oficial(?) daquele tempo?  

É um fato curioso a história desses dois personagens da História Bíblica, que eram tão desacreditados diante de Pilatos, muito embora fossem indicados para os seus cargos equiparados a cargos políticos, pelo governador de Roma em Israel. 

Segundo a Bíblia quem eram Anás e  Caifáz?

O que a Bíblia e a história bíblico secular  nos informam sobre estes personagens.

Quem  foi Anás.

Anás foi um personagem do Novo Testamento citado nos Evangelhos como o sogro de Caifáz, o qual era o sumo sacerdote na época do julgamento de Jesus. Segundo o texto bíblico, Anás teria sido sumo sacerdote em Jerusalém e tinha grande influência na época do ministério de seu genro.

Quem na verdade era Anás o sumo sacerdote? 

Seu nome é a forma contraída de Ananias (no hebraico, “protegido por Yahweh”). Foi sumo sacerdote dos judeus (ver Luc. 3:2; João 18:13,24; Atos 4:6). Em Lucas ele é mencionado como sumo sacerdote juntamente com Caifáz, seu genro.

No tempo de Cristo, o ofício sumo sacerdotal tornara-se extremamente instável, extremamente improdutivo e quase desacreditado por estar sob domínio dos Romanos, a quem se submetiam, porquanto eram nomeados e destituídos sumos sacerdotes ao sabor do capricho das autoridades romanas, sendo Pôncio Pilatos o contemporâneo deles, governador em Jerusalém. 

Assim sucedeu que, embora removido do ofício, Anás reteve grande autoridade, quando seus filhos e seu genro, Caifáz tornaram-se sumos sacerdotes. Anos após haver sido deposto, continuava grande a sua autoridade, pois em Atos 4:6 ele é o primeiro nome a aparecer na lista de líderes sacerdotais.

No trecho de João 18:19,22, ele é o sumo sacerdote em questão, embora Caifáz esteja em foco nos vs. 13 e 24. Anás era filho de Sete, nomeado sumo sacerdote por Quirínio, governador da Síria, mas deposto por Valério Gratus. No Antigo Testamento, esse ofício era vitalício, e um novo sumo sacerdote só podia ser nomeado em face da morte do anterior. Porém, a ocupação romana alterou essa norma. 

Como sumo sacerdote oficial, Anás governou de 6 a 25 D.C. Ele é referido em conexão com o ministério de João Batista (ver Luc. 3:2). Quando Jesus foi aprisionado, foi levado diante desse homem (ver João 18:13). Foi ele quem interrogou Jesus acerca de seus discípulos e de Seu ensino, e quem também deu ordem a um dos soldados que batesse em Jesus com a mão. (ver João 18:19-22). Após ter sido interrogado, Jesus foi enviado amarrado para Caifás.

Semanas mais tarde, esteve presente à reunião do Sinédrio quando Pedro e João defenderam-se acerca da pregação da nova fé. (ver Atos 4:6). O fato de ser ele chamado de sumo sacerdote tem deixado alguns comentadores perplexos, posto que Caifáz, seu genro, nos evangelhos, é apresentado como o sumo sacerdote. Com base no trecho de Luc. 3:2, ficamos sabendo que Anás e Caifáz eram reputados, ambos, como sumos sacerdotes que atuavam ao mesmo tempo; e este versículo do livro de Atos (4:6), informa-nos que Anás ainda era considerado pelos judeus como o líder inconteste, embora deposto pelos romanos, tendo sido substituído no ofício por seu próprio genro, Caifáz.

Todavia, os judeus não reconheceram como legítima essa substituição vitalícia, isto é, o cargo era ocupado pelo mesmo indivíduo enquanto vivesse. No ano em que o Senhor Jesus foi crucificado no entanto, José Caifáz ou simplesmente Caifáz já era o presidente oficial do sinédrio, bem como o sumo sacerdote legal, por nomeação dos romanos. 

O historiador judeu Flavio Josefo (Antiq.  xviii. 2,1) revela-nos como o ofício sumo sacerdotal caíra em desordem. E esse mesmo escritor presta-nos a seguinte informação: Anás foi nomeado como sumo sacerdote com a idade de trinta e sete anos, no ano 7 D.C., por Quirínio, governador da Síria. Tendo sido deposto, foi substituído por Ismael, em 14 D.C.

Seguiram-se mais duas modificações antes que seu genro, José Caifáz, tivesse subido a essa posição. Caifáz permaneceu no ofício até o ano 37 D .C., ao passo que Anás continuou a ser uma espécie de sumo sacerdote “de jure” (por direito, segundo a opinião e a lei do povo judeu), embora Caifáz fosse o sumo sacerdote “de facto” ainda que, segundo o ponto de vista dos romanos, Caifáz fosse o sumo sacerdote “de jure”. A verdade, entretanto, é que para todos os efeitos práticos, Anás ainda retinha grande dose de autoridade, e Caifáz sempre pareceu relutante em tomar qualquer decisão importante, sem primeiramente consultá-lo.

No devido tempo, diversos dos filhos de Anás ocuparam, sucessivamente, o ofício sumo sacerdotal. O ofício sumo sacerdotal propriamente dito se tornara corrupto, por ter-se transformado em motivo de jogo político corrupto daquela época, sendo comprado e vendido a dinheiro. 

Caifáz sucedera a Simeão bem Camhith no ofício, mas sua permanência no posto sumo sacerdotal foi de curta duração. Simeão bem Camhith substituíra Ismael bem Phabi. Todos esses sumos sacerdotes foram nomeados por Valério Grato, governador romano. Josefo (ver Antiq.  xx.10) mostra-nos que, além de Caifáz, houve um total de vinte e oito sacerdotes, em um período de cento e sete anos.

Quem foi Caifáz?

Caifáz foi o sumo sacerdote durante a época em que Jesus foi julgado e crucificado. Seu nome era José Caifás, e ele era genro de Anás, com quem aparentemente esteve fortemente associado.
Acredita-se que Caifáz exerceu o cargo de sumo sacerdote durante cerca de dezoito anos, entre aproximadamente 18 a 36 d.C.


A história de Caifáz, o sumo sacerdote.

José Caifáz foi um sucessor de Anás, seu sogro, deposto do cargo de sumo sacerdote em aproximadamente 15 d.C. Caifáz foi nomeado pelo procurador romano Valério Grato, o homem que precedeu Pôncio Pilatos.

Caifáz ainda era o sumo sacerdote quando ocorreram as primeiras perseguições contra os cristãos registradas no começo do livro de Atos dos Apóstolos. Ele acabou sendo deposto por Vitélio.

Cronologicamente, Caifáz aparece pela primeira vez na Bíblia em Lucas 3:2. Nesse texto o evangelista fala sobre o início do ministério de João Batista, e faz uma citação incomum. Ele escreve: “Sendo Anás e Caifáz sumo sacerdotes”. Obviamente este não foi um erro do escritor bíblico.

Esta frase simplesmente reflete a realidade da época. Anás tinha sido deposto anos antes, mas “permanecia” sumo sacerdote ao lado de Caifáz. Essa permanência, no entanto, não era oficial, mas era real.

Enquanto Caifáz ocupava a posição de sumo sacerdote, seu sogro continuava a exercer autoridade equiparável a dele, talvez até maior. Alguns acreditam que Caifáz era o sumo sacerdote, mas Anás o dirigia nos bastidores.

Caifáz e o plano para matar Jesus.

Nas passagens bíblicas em que é mencionado, é possível ver quem foi Caifáz realmente. Caifáz era uma pessoa perversa e manipuladora. Ele não media esforços para obter o que queria. Ele não se importava em faltar com a justiça e derramar sangue inocente, desde que seus interesses estivessem protegidos. (Mateus 26:3,57; 18:13-28; Atos 4:6).

O comportamento astuto, oportunista, e pavoroso de Caifáz, fica claro na forma com que ele defendeu a condenação de Jesus. Ele afirmou que Jesus deveria ser sacrificado para o bem da nação.  (João 11:49,50). Mas Caifáz não pensava no bem-estar do povo, suas artimanhas tinham um propósito extremamente egoísta.

É possível que ele tivesse medo de que Jesus Cristo pudesse precipitar uma revolução em que Roma se voltaria contra Jerusalém e ameaçasse o seu conforto. Diante da discussão do Sinédrio, basicamente Caifáz afirmou que se Jesus continuasse vivo, a nação pereceria. Porém, se Ele fosse morto, então a nação seria salva.

Mas o apóstolo João afirma que as palavras de Caifáz tinham um significado que nem mesmo ele sabia. W. Hendriksen diz que Caifáz deu um significado às suas palavras, mas Deus deu outro.

Nos lábios de Caifáz suas palavras foram ditas com um tom perverso, e ele não foi absolvido da culpa de ser um daqueles responsáveis diretamente por crucificar o Filho de Deus.

Mas na providência divina essas mesmas palavras expressavam a essência do glorioso plano de redenção. Por isto o apóstolo escreve que mesmo sem saber, Caifáz  “profetizou que Jesus devia morrer pela nação. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam dispersos”.  (João 11:52).

O que ocorreu com Caifáz retrata muito bem a relação entre a soberania divina e a responsabilidade humana. Ele disse o que realmente queria dizer. Ele agiu livremente conforme sua natureza pecaminosa. Não obstante, através de suas palavras Deus estava cumprindo seus decretos eternos.

Caifáz  e o julgamento de Jesus.

O conselho de Caifáz surtiu efeito e foi seguido pelos líderes judeus. Eles começaram a conspirar contra a vida de Jesus. O desejo deles era conseguir prendê-lo e finalmente matá-lo. De certa forma eles temiam a reação popular diante de uma eventual prisão de Jesus. Mas nesse aspecto, Judas Iscariotes se encaixou como uma luva, quando propôs traí-lo secretamente.

Depois de ter comparecido preliminarmente diante de Anás, Jesus foi levado até Caifáz. (João 18:24). 

Caifáz presidia o Sinédrio que naquela ocasião e buscou qualquer tipo de motivo para acusar Jesus. Não encontrou.

Então o Sinédrio baseou seu julgamento em falsos testemunhos armados com a finalidade de levar Cristo à morte. (Mates 26:59).

Jesus se recusou a responder as falsas acusações dos líderes judeus. Então Caifáz lhe interrogou acerca de sua posição como Messias. Jesus respondeu Caifáz aplicando a si mesmo uma passagem do livro do profeta Daniel. (Daniel 7:13). Então sem perder tempo, Caifáz o acusou de blasfêmia. 

Toda a hipocrisia de Caifáz foi revelada quando no final do julgamento ele rasgou suas vestes como se estivesse profundamente triste, quando na verdade estava muito satisfeito por ter conseguindo a base para a condenação de Jesus.

Tendo sido considerado merecedor de pena de morte perante o Sinédrio, Jesus foi conduzido a Pilatos, o governador romano da província. 

Naquela ocasião ficou claro que Caifáz e os demais líderes judeus tinham inveja de Jesus. (Mateus 27:18).

O sumo sacerdote Caifáz é citado uma última vez na Bíblia no livro de Atos dos Apóstolos. 

Ele estava envolvido na perseguição aos apóstolos, e aparece no interrogatório de João e Pedro perante o Sinédrio. (Atos 4:6).

Conclusão 

Que lições Caifáz deixou para sua posteridade?

Certo erudito descreveu os sumos sacerdotes como “severos, astutos e experientes, e muito provavelmente arrogantes”. 

A arrogância fez com que Caifáz rejeitasse o Messias. Portanto, não devemos desanimar quando as pessoas rejeitam a mensagem da Bíblia. Alguns não têm suficiente interesse na verdade bíblica para abandonar crenças muito estimadas pelos seus antepassados. 

Outros talvez achem que pregar humildemente as boas novas os rebaixaria.

Os padrões cristãos repelem os desonestos e os gananciosos.

Na qualidade de sumo sacerdote, Caifáz poderia ter ajudado seus companheiros judeus a aceitar o Messias, mas sua avidez pelo poder fez com que rejeitasse Jesus. 

Essa oposição provavelmente continuou até a morte de Caifáz.

O registro de seu comportamento mostra que não são só os ossos que ficam depois da morte. 

Por meio das nossas ações, estabelecemos uma reputação duradoura aos olhos de Deus e dos homens quer seja para o bem quer seja para o mal.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O QUE É CONVERSÃO

O QUE É CONVERSÃO 

O Que É Conversão?

Jesus disse a Pedro que também era conhecido como Simão:

"Simão, Simão, Satanás vos pediu para vos peneirar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos”. Lucas 22:31-32

Segundo o dicionário Bíblico de Almeida, o termo conversão significa "Mudança de vida, mudança de rumo, uma virada completa na vida operada por Deus. Essa mudança tem dois aspectos. 

O primeiro, relacionado com o pecado, chama-se arrependimento. 

O segundo, relacionado com Cristo Jesus que é a fé".

Desta forma, a conversão está intimamente ligada com a mudança de rumo na vida de alguém. Quando uma pessoa se arrepende de seus erros, confessa a Jesus como Único e suficiente Senhor e Salvador de sua vida, demonstrando fé e decide direcionar seus passos de acordo com os ensinos da Palavra de Deus, a pessoa está principiando um processo chamado conversão.

A conversão não está relacionada com o tempo que um indivíduo passa na igreja, nem com a quantidade de "glória a Deus" ou "Aleluia" que ele fala. Vejam o caso de Pedro citado nos versículos acima: ele já andava há mais de três anos com Jesus, ouvindo seus ensinos, comendo com Ele, viajando com Ele e servindo ao Senhor em todo tempo, mas ainda não era convertido, pois o Senhor disse: "... E tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos". Lucas 22:32b.

Existem muitas pessoas que estão há anos nas igrejas, ouvindo a Palavra, algumas até servindo a Deus como obreiros, mas que ainda não experimentaram a verdadeira conversão. Basta uma situação inesperada acontecer, ou alguém ofendê-los por algum motivo, e logo tiram a "capa" de crente, jogam a “máscara” de crente no chão e mostram realmente quem são. 

Misericórdia Jesus! Quantos há que estão em lugares de destaque nas igrejas,  nos púlpitos e que até oram pelos outros, porém ainda não se converteram de verdade. Isso parece que é próprio do ser humano. Mas os que assim agem serão revelados e se não se converterem de verdade perderão a salvação. Jesus é tão bom que dá a oportunidade a todos para serem salvos até na última hora. 

A verdadeira conversão é aquela que aplica a Palavra de Deus na vida prática do cotidiano. A verdadeira conversão é aquela que imita a Cristo, transformando o indivíduo em discípulo e Cristão verdadeiro. 

A pessoa torna-se um verdadeiro seguidor e imitador de Cristo. A verdadeira conversão não é vista em trajes sociais ou cabelos compridos, mas em trajes espirituais de mansidão, bondade e amor.

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" I Coríntios 11:1.

A verdadeira conversão não é medida por quantos bens a pessoa possui. 

Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo por serem possuidores de muitos bens. A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço (Mateus 19:16-22). A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus. (João 3:1-8).

Jesus pintava francamente as dificuldades em segui-lo e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada (Lucas 9:57-62).

Jesus pregou sobre o tema: "Não pode ser meu discípulo", discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de discípulo. (Lucas 14:25-33).

Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos (Lucas 19:10). Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão. (Mateus 9:35-38; Lucas 19:40-41). 

Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lo e que eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não o eram. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige de cada um.

Em duas ocasiões separadas Jesus retratou a cena apavorante do julgamento, quando os homens condenados estivessem esperando ser aceitos por Deus, mas não seriam. (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). 

Há muitos, que se consideram fiéis a Deus, que Ele não os aceita como fiéis. É essencial examinarmo-nos a nós mesmos. Talvez nos sintamos confiantes em nossa salvação, mas assim o fizeram aqueles de Mateus 7 e Lucas 13.

O que Jesus exige para sermos realmente convertidos? Em Mateus 23 Jesus trata duramente com os que se declaravam tão santos a ponto de declarar que somente eles seriam salvos; nem Jesus seria salvo segundo a concepção errada dos sacerdotes do templo. 

Jesus os chamou de sepulcros caiados. 

Nosso comportamento depois da conversão equipara-se ao comportamento de uma criança.

Em Mateus 18:1-5 Jesus usou uma criança para ensinar a lição que temos que humilharmo-nos para entrarmos no reino de Deus. 

Frequentemente, a humildade era a qualidade que distinguia os verdadeiros discípulos. (Marcos 2:13-17; Lucas 7:36-50; 18:9-14). 

O primeiro passo em direção à bem-aventurança é ser pobre em espírito, isto é, reconhecer o nosso próprio vazio espiritual e a indignidade; somos indignos do reino de Deus por nossos próprios méritos.  (Mateus 5:3). 

Os sermões do livro de Atos sempre destacaram a culpa do homem. A verdadeira conversão nunca ocorre, a menos que a pessoa se tenha humilhado primeiro debaixo da potente mão de Deus. 

A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos em João 3, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: "Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus, você tem que nascer de novo”.

Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus. Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza nada valem. 

As realizações do passado nada representam.

Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num novo e rico Caminho de um novo relacionamento com Deus.

Jesus ensinou que é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou com a ideia de um homem que começou a construir uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do convertido.

Observe em Lucas 14:26, 27,33: "Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo". Para servir a Deus fielmente, ele precisa ter o primeiro lugar em minha vida. 

Preciso servi-lo acima das considerações de família, do bem-estar material e de meus próprios desejos. Jesus ressaltou a necessidade de tomar-se a própria cruz. 

A cruz daquele tempo era um instrumento de morte, e não um objeto ornamental. Jesus estava dizendo que haveria dificuldades e lutas para quem o servisse. (Hebreus 11; Mateus 10:24-25).

Não seria fácil. O conceito atual de uma religião confortável, socialmente correta, é bem diferente do ensinamento de Cristo, que é preciso sacrificar os próprios desejos, a si mesmo e até a própria vida se for necessário.  Lucas 9:23-24; Mateus 10:34-39; 16:24.

A conversão é o primeiro passo para uma nova vida. 

Para nascer de novo é necessário arrependimento.

O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão. Atos 2:38; 17:30, envolve morte ao pecado e não ao pecador. Rm.6.23. Rm.6. Jesus abomina, rejeita e condena o pecado, mas ama e quer salvar o pecador. 

A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical, tem que haver um esforço total para mudança de comportamento. 

A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas. Haverá mudanças tais como nas seguintes referências bíblicas: Efésios 4:17-32; Colossenses 3. 

Os maus hábitos como embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, dentre outros que precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade que são o fruto do Espírito de que trata Gálatas 5.22,23.

Este é o resultado do arrependimento e o nascimento para uma nova vida em Cristo.

Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. 

Temos que lembrar dos dois caminhos. Um é espaçoso e largo, porém o outro é estreito e tem pedras (dificuldades, lutas, provações) no caminho que leva aos céus. 

Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. 

O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.

Dentre muitas coisas que nos aperfeiçoam pelo caminho estreito temos que passar prli batismo nas águas como Jesus foi batizado.

Quase todas as religiões dizem alguma coisa sobre o batismo, mas os procedimentos que são aceitos como batismo variam muito. Atos 19:1-7 mostra que nem todo “batismo” é aceitável pelo Senhor; aqueles que tinham sido imersos com o batismo de João tiveram que ser batizados novamente, porque o batismo anterior não era válido. É verdade que só há um único batismo bíblico, mas pode haver muitas outras coisas chamadas batismo, que Deus não aceita. Se a pessoa não foi batizada corretamente, então não recebeu o batismo das Escrituras, e tem que ser imersa novamente.

Algumas ilustrações nos esclarecem melhor.

Algumas coisas nas igrejas são chamadas de Ceia do Senhor, que o Senhor não reconhece. Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, tem que ser a pessoa certa e é  preciso executar o ato certo bem como pelo motivo certo. 

A pessoa precisa ser um discípulo fiel. Se um ateu comesse do pão e bebesse do fruto da vinha, ele não estaria participando da Ceia do Senhor. O ato exigido é para comer do pão e beber do suco da uva. Se alguém repartisse um cachorro quente e um refrigerante, isso não seria a Ceia do Senhor. 

O motivo tem que ser relembrar a morte do Senhor. Se alguém tomasse a Ceia do Senhor pensando se vai chover ou não, o Senhor não o aceitaria. Não é difícil entender esta ideia.

Mas agora, para que o batismo seja correto, ele precisa envolver a pessoa certa, que realiza o ato certo e pelo motivo certo. A pessoa tem que ser um crente que se arrependeu de verdade. (Marcos 16:16; Atos 2:38). 

O ato tem que ser acompanhado do sepultamento da velha natureza que é o  batismo nas águas. (Colossenses 2:12; Romanos 6:3-4). 

O motivo tem que ser o perdão dos pecados. (Atos 2:38; 22:16). Muitos "batismos" não incluem estes pontos. 

Quando recém-nascidos, ou adultos que nunca realmente se arrependeram, são batizados, o batismo é inválido. Quando alguém é aspergido e não é imerso, isso não é batismo verdadeiro. Quando alguém é batizado por outros motivos que não para receber a remissão dos pecados, seu batismo é inútil.

É importante analisar cuidadosamente este último ponto, em vista dos falsos ensinamentos prevalecentes, no que dizem respeito ao propósito do batismo. É ensinado comumente que se é salvo pela fé somente, por aceitar Jesus no coração, ou simplesmente por levantar a mão, em resposta a um apelo a identificar-se com Cristo. 

Aqueles que assim ensinam dizem que o batismo é um sinal exterior de que já se foi salvo. Eles ensinam que o batismo é uma maneira de identificar-se visualmente com a congregação de crentes, mas que isso nada tem a ver com Deus perdoar os pecados de alguém. Assim, muitas pessoas são batizadas com a noção errada de que Deus já os tinha perdoado. 

Biblicamente, o batismo é essencial para se receber a salvação. (Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16; Romanos 6:3-4; 1 Pedro 3:21). O batismo bíblico precisa ser para a remissão dos pecados. Portanto, aquele que cria que já estava salvo quando foi batizado, não foi batizado para a remissão dos pecados, e ainda precisa receber o batismo bíblico, para ser salvo pelo Senhor.

Não vou entrar aqui nas exceções de pessoas que foram,  são ou serão salvas sem passar pelo batismo nas águas como o foi o ladrão da cruz que estava ao lado de Jesus .

A tendência das pessoas religiosas do século vinte e um teem sido a de amenizar as exigências da conversão e inventar um plano mais fácil para ser salvo. 

A mensagem deles é muito diferente da de Jesus, que até repelia os candidatos a discípulos, dizendo-lhes as condições estritas e restritas que Ele impunha. 

Muitos se surpreenderão ao saber, no dia do julgamento, que o Senhor jamais os tinha conhecido. (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). 

Vamos reexaminar nossa própria conversão. 

Vamos ensinar aos outros sobre a verdadeira conversão nos certificando, com cuidado, que não tentamos passar por cima das exigências de Deus.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.








segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

CALEBE O AMIGO INSEPARÁVEL DE JOSUÉ

CALEBE O AMIGO INSEPARÁVEL DE JOSUÉ 

Como é bom ter bons amigos. O melhor amigo de Moisés foi Josué muito embora Moisés fosse muito amado e respeito por todos os hebreus. 

O melhor amigo de Josué foi seu grande amigo desde os tempos de Moisés chamado Calebe. 

Quem era essa figura importante da história dos Hebreus que foi contemporâneo de Moisés, de Josué e fez um sucessor depois dele chamado Otniel, que tornou-se seu genro e foi o primeiro juiz de Israel. Ninguém pode, com precisão, informar a data da morte de Josué. Nem em seu livro isso é informado. Calebe foi o sucessor natural de Josué depois da morte deste.

Calebe - O quenezeu de nascença.

 Seu nome significa = “ferocidade de cão”.

Calebe era filho de Jefoné, o quenezeu. O termo “quenezeu” ocorre pela primeira vez na Bíblia em Gn 15:19. Era um clã cujo patriarca foi Quenaz, um dos príncipes dos filhos de Esaú. (Gn 36:15, 42).

Calebe foi uns dos mais notáveis assessores de Josué após a travessia de Israel pelo deserto. Sabe-se que Josué lutou e venceu 31 reis e sem o apoio e fidelidade de um assessor como Calebe, a jornada não seria bem sucedida. A bem da verdade Josué não conseguiu expulsar todo o povo da terra prometida conforme o Senhor ordenara.

O nome Calebe não tem um significado preciso, mas é algo próximo de: “Ferocidade de cão”. Calebe era descendente de Abrão; portanto, de língua semita, mas não pertencia a descendência de Israel. Ele veio da descendência de Esaú, irmão de Jacó. (Israel).

Assim foram as gerações de Abraão até Calebe.

Abraão => Isaque.

Esaú / Elifaz / Quenaz / . . . / Jefoné / Calebe. (Ver Gn 36:15,35,36,42; 1Cr 4:15).

Jacó / Efraim / Berias / . . . / Taã / Ladã / Amiúde / Elisama / Num / Josué (1 Cr 7:23 a 27).

Calebe, o quenezeu, foi incorporado a tribo de Judá (Nm 13:6). Não se sabe como se deu esta associação porém muitos estrangeiros saíram do Egito misturados com Israel em direção ao deserto (Êx 12:38).

De todos os que foram enviados para espiar a terra prometida, somente JOSUÉ e CALEBE trouxeram relatório satisfatório e animador, pois demonstraram confiança no Deus de Israel.

Calebe recebeu o território de Hebrom por herança durante a liderança de Josué (Js 14:13-14) porquanto perseverara em seguir ao Senhor, o Deus de Israel.

Como vimos acima a origem de Calebe não é mencionada em detalhes na bíblia, mas foi um homem que fez parte da geração de escravos libertos do Egito conduzidos por Moisés. Era filho de Jefoné, um hebreu da família de Quenaz, (daí o nome quenezeu).

Trajetória no deserto

Calebe era um homem diferenciado e muito importante em sua tribo, pois foi levantado por Moisés como príncipe (chefe) da tribo de Judá e um dos 12 espias da Terra Prometida.

Passou por duas gerações da tribo de Judá como chefe, a primeira geração mencionada em Números 1.1 a 46, na entrada do ciclo do deserto, com 74.600 homens (Números 1.26 a 27), e a segunda geração, já próximo à terra prometida, com 76.500 homens (Números 26.19 a 21). O ciclo do deserto durou 40 anos, e todos os homens da primeira geração morreram prostrados no deserto, com exceção de Calebe em sua tribo (Hebreus 3.14 a 19). Imagine: Calebe viu quase 75 mil homens da sua tribo e 603.500 de todo o Israel morrerem no deserto. A maioria morreu por haver murmurando contra o Senhor, o Deus dos Hebreus. O motivo de morrer toda uma geração foi uma série de pecados e rebeliões cometida pelo próprio povo, narrada no livro de Números e resumida em 1Coríntios 10.1 a 13.

A geração que nasceu no deserto, sem dúvida, estava mais preparada para a conquista da Terra Prometida do que a geração de escravos que saiu do Egito. 

No Egito eles aprenderam a ser escravos e acostumaram com a servidão de tal forma que não queriam lutar pela sua libertação. 

Calebe e Josué foram a única exceção, porque estavam com disposição e sentimentos ajustados à palavra liberada pela boca de Moisés, que é notável na narração de Números 13 e 14, texto que expõe o conflito entre 10 espias que viam impossibilidades para conquista da Terra Prometida, por causa dos povos inimigos, em antítese ao posicionamento de Calebe e Josué (Números 26.64 e 65); Josué e Calebe acreditavam que era viável a vitória pela palavra de promessas de Deus. A bíblia ainda dá o detalhe que o sentimento de Calebe era diferenciado e que Deus o conduziria a conquista da Terra da Promessa:

"Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar na terra que espiou, e a sua descendência a possuirá”. (Números 14.24).

Calebe era forte, valente e posicionado diante da palavra da promessa (Números 13.30; 14.6 a 9); não se assustou com a ameaça de apedrejamento por parte do povo (Números 13.10) e foi protegido pelo Senhor no deserto. 

(Números 14.37 a 38; Deuteronômio 1.36).

Toda a trajetória da vida de Calebe foram marcadas de desafios e conquistas. 

Após toda a conquista da Terra Prometida, 33 reinos canaanitas ao todo, liderando a tribo de Judá, Calebe conquistou território tão grande quanto Manassés e Efraim, filhos de José. Judá ocupou boa parte da região sul de Canaã e os deserto mais íngremes, como a Judéia e o Neguebe. O auge da conquista de Calebe foi o monte Hebrom, lugar que pedira a Josué como herança particular de sua família. Vigoroso em sua velhice, aos oitenta e cinco anos (Josué 14.6 a 15), Calebe ainda dominou todo o monte, derrubando Sesai, Aimã e Talmai, os três posseiros anaquins (família de gigantes, exatamente o povo que colocou medo nos 10 espias – Juízes 1.10).

A excelência de Calebe é vista na expulsão de todos os posseiros da terra, diferente dos benjamitas que permitiram os jebuseus viverem conjuntamente com em Jerusalém, o que se tornou uma "dor de cabeça" até a conquista de Davi. (Juízes 1.16 a 21). Único povo que resistiu ao povo de Judá foi do litoral ao sul, possivelmente filisteus, (A Filistéia é hoje a conhecida Faixa de Gaza) que tinham armas de ferro, tecnologicamente avançados para aquela época, pois eram povos que vinham das ilhas gregas.

Calebe teve/fez ainda um sucessor, seu sobrinho, um juiz e guerreiro chamado Otniel, que além de se casar com a filha de Calebe ao conquistar Debir e o monte Quiriate Sefer (Juízes 1.11 a 15), liderou todo povo de Israel contra investida do rei da Mesopotâmia (Juízes 3.7 a 11). Calebe formou um líder sucessor, diferentemente de Josué, que apenas se despediu do povo. A bíblia não menciona a morte de Calebe, apenas que teve paz após suas conquistas.

Curiosidades sobre Calebe 

O nome de Calebe volta a aparecer 400 anos depois de sua morte: Um descendente distante, Nabal, foi um homem insensato do Monte Carmelo que se levantou contra Davi (1Sm 25). Nabal morreu e Davi casou com sua mulher, Abigail. Com ela e mais duas mulheres, Davi refugia-se em Hebrom (1 Samuel 2:2). Ou seja, Davi casa-se com a mulher do descendente de Calebe, refugia-se e é ungido no monte de Calebe.

Em Hebrom, o monte de Calebe, também moravam os descendente de Levi, da família de Coate (Josué 21.10 a 11) e havia ainda uma cidade-refúgio para os homicidas. (Josué 21.13).

Outros fatos importantes do Monte Hebrom que merece menção aqui:

O monte Hebrom foi chamado de Morada de Abraão. (Gênesis 13.18).

Ali foi o local da morte de Sara. (Gênesis 23.2).

Local do túmulo de Abraão, Isaque e Jacó. (Gênesis 23.14 a 20).

A unção de Davi como rei também se deu  ali no monte Hebrom. (1 Samuel 5.1 a 5).

Hoje, Hebrom é uma cidade da Cisjordânia (de domínio árabe), que está sob ocupação de Israel desde 1976, com população majoritariamente árabe.

Calebe é um referencial bíblico de perseverança nas promessas de Deus, de disposição nas batalhas e conquistas da vida. 

Saiu da escravidão egípcia, cruzou 40 anos de deserto, viveu sinais poderosos, venceu 33 reinos em Canaã e conquistou o monte Hebrom, o monte de sua herança. Que tenhamos, nestes dias de modernidade do século XXI a coragem e a perseverança de Calebe para alcançar grandes e completas conquistas em nome de Jesus. 

Devemos lutar com garra e determinação como Calebe para alcançarmos as vitórias do dia a dia.

1)  Nós vamos conquistar pela fé o inimaginável. Calebe andou contra todas as expectativas de frustrações. O segredo de Calebe foi crer, esperar em Deus e lutar as batalhas do Senhor. Calebe esperou mais de 45 anos para alcançar suas vitórias e não desistiu dos seus objetivos.

2)      Vitalidade, força e unção de conquista não lhe faltaram. Se você não desanimar, irá colher o que planeja colher do que você plantou. Calebe tinha uma aliança com Deus e celebrou com sua família as suas conquistas que ficaram para sua posteridade.

É hora de revermos nossos conceitos e confiar pela fé que vamos alcançar nossas tão almejadas vitórias. 

3) Precisamos buscar a nossa capacitação espiritual para adentrar no desconhecido do deserto até a terra prometida para lá lutarmos até atingirmos nossos objetivos e nossos sonhos. Se ficarmos na mesmice do dia a dia conformados com o conforto do sofá de nossa casa, nunca seremos vitoriosos como Calebe. Vejam que todas as conquistas de Calebe foram através de batalhas sangrentas que ele teve que enfrentar e vencer uma a uma de cada vez. Planejou suad estratégias de guerra para vencer em o nome do Senhor Deus de Israel. (Tiago 1.12). 

Depois de provado, você poderá ser aprovado.

Alegre-se pelas provações, porque essa momentânea tribulação produzirá um peso de glória. Só espera quem tem uma promessa e o que prometeu é fiel para completa-la. Deus nos capacita para a vitória mesmo a gente achando que não é capaz de conquista-la. (Hebreus 10.35).
Não abandone sua confiança no Senhor, tenha fé e suas bênçãos Deus vai te dar. Entrega seu caminha ao Senhor, confia nEle e o mais ele fará.

Do livro de Josué Capítulo 14 tiramos as seguintes lições sobre a trajetória da vida de Calebe. 

Calebe é um personagem que não pode ser ignorado nas escrituras. 

Sua vida, tem muito a nos ensinar. No hebraico seu nome significa simplesmente escravo. As lições que o capítulo 14 de Josué pode nos ensinar são;

1)  Nosso corpo pode deteriorar, pode envelhecer, adoecer, mas as promessas de Deus não. Jo.14.6.
É preciso guardar as promessas de Deus, apesar dos anos passarem tão velozmente.

2)   Não é o tempo que diz que você está velho demais, mas quando seus olhos já não  vislumbram mais a luz do horizonte, é o sinal de  que a velhice chegou. João 14.7 8.

Não permita que o envelhecimento do corpo   roube a luz de Deus em sua alma, em sua vida. Creia apesar das lutas , creia apesar dos anos.  Sempre creia no poder de Deus.

3) O fato de você estar vivo é uma demonstração de que Deus está te dando uma nova oportunidade para que você veja as realizações das promessas de Deus em sua vida. João 14.10.

O tempo não pode roubar de nós o desejo de novas conquistas, o tempo não pode nos fazer esquecer das promessas de Deus. João 10.6.

4)   Não usem as fragilidades do seu corpo como um obstáculo ou como um impedimento, mas creia na força e no poder que vem de Deus para te capacitar e você receberá a vitória em sua trajetória de vida. João 14.11,12.

Mesmo aos 85 anos Calebe acreditava no cumprimento das promessas de Deus; mesmo que ele já tinha 85 anos, ainda restava forças para  ir aos campos de batalhas e lutar para vencer. 

A lição aqui é que podemos ser velhos em corpos de trinta anos, ou podemos ser novos em corpos de setenta anos; no caso de Calebe era 85 anos. Deus é capaz de cumprir as promessas que Ele nos fez. Que Deus lhe abençoe grandemente e te fortaleça. Que você tenha bons amigos e muita vitalidade; que você seja fortalecido no Senhor e na força do seu poder.

Vamos batalhar as guerras espirituais do Senhor Jesus e teremos vitórias. 


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

É PRECISO BATIZAR NAS ÁGUAS PARA SER SALVO

É PRECISO BATIZAR NAS ÁGUAS PARA SER SALVO?

Será que é preciso batizar nas águas para ser salvo?

Vamos analisar sobre batismo e Salvação nesta postagem para termos um direcionamento e posicionamento melhor sobre estes assuntos.

Sobre o batismo nas águas e Salvação, Jesus tem uma palavra firme sobre o assunto.

Jesus disse: “Quem crer e for batizado será salvo”.

Marcos 16.15-20

15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.

16 Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.

17 Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas;

18 pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.

19 De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus.

20 E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.

Jesus deixa claro, que ninguém vai ao pai a não ser por Ele, ou ainda, quem crer nEle tem vida eterna, ou quem negar Ele não será salvo, etc.


João 15:6

Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.


Será que Jesus foi incoerente com está afirmação? De maneira alguma, antes, porém,  podemos afirmar que a interpretação teológica da palavra “crer” pode ser compreendida equivocadamente se não prestarmos atenção.

Alguns teólogos confundiram ou confundem o significado e o contexto da palavra, “crer”.

O contexto de “crer” aqui significa crer na mensagem e não simplesmente na sua existência como propõe alguns, ou seja, temos que abraçar a mensagem de Jesus fielmente. Temos que viver a mensagem de Jesus no dia a dia fielmente. Temos que tratar deste assunto com as pessoas fielmente e sem complicações. Temos que tratar as pessoas como Jesus tratava; Ele não fazia acepção de pessoas.  

Ele sempre agiu em favor dos pobres e necessitados; o que Ele fazia, como Ele vivia demonstram o seu ministério e ainda Ele sempre fez um convite aos seus discípulos e apóstolos para viver desse modo, pois o pai lhe ensinou a viver a vida daquele jeito é incentivar a todos a viver em novidade de vida.

Ninguém pregou o evangelho melhor que Jesus, vivendo o evangelho na sua vida, e se fizermos isso, veremos, que somos seus discípulos, não em letras formais e informais, mas, no dia a dia, enquanto vida tiver. É um novo conceito de vida. (Hb 8:8-11).

Amando uns aos outros, se compadecendo, perdoando, andando em piedade, humildade, mansidão, como Ele o fez. (Gl 5:22). Se andarmos nEle, também estaremos nEle. (1 Jo 2:29); isso é o evangelho o resto é doutrinações institucionais.


Em Efésios 2:8-9 encontramos uma passagem bíblica que diz:

Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.

Não vem das obras, para que ninguém se glorie;

Então somos salvos pela fé e não por obras, muito embora as obras também são necessárias e testificam com a nossa fé e modo de vida.

Paulo deixou claro que a fé vale pelas obras (Ef 2:8-9). Então é só acreditar em Jesus de forma mística e pronto? Tiago explica: "Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma". (Tg 2:17).

As obras não são a causa, mas sim o efeito da fé viva, da fé que salva; mas a ausência de obras refletem uma fé morta. Agora isso não são obras de Religiosidade e ritualística, mas sim do exercício do Amor ao próximo, da caridade e do amor empregado no exercício de um Cristianismo vivo.

Nós não merecemos ser salvos. Mas ser salvo pela fé significa "tentar" e muito mais praticar o que Jesus ensinou no seu dia a dia; se não conseguirmos, não valeu a pena o nosso sacrifício.  O que aconteceu foi apenas uma tentativa de fazer alguma coisa que não nos interessamos verdadeiramente por ela.

Afinal ninguém é bom o suficiente para alcançar o Reino de Deus. Portanto, Deus salva quem Ele quiser salvar sem dar satisfação para ninguém como explica através de várias parábolas: dos trabalhadores da vinha (Mt 20:7) ou dos publicamos e meretrizes que alcançarão o Reino de Deus (Mt 21:31), misericordiosos que alcançam misericórdia, (Tg 2:13) (Mt5:7), puros de coração que verão a Deus,  (Mateus 5:8), etc.

Observe que nenhum dos textos se referem a “crer” na existência da pessoa de Jesus, porque quem o aceitar é porque já creu.

Mas todos os que creem são bem aventurados por realizar as obras de Jesus e viver pela fé; os frutos os acompanham.

As pessoas que ouviram pessoalmente a Jesus, ainda que não soubessem quem era verdadeiramente a pessoa de Jesus, acreditaram nEle. É por isso que Cristo disse, que quem “crer” nas palavras de dEle (que é  o exercício do amor ao próximo), passa longe do Juízo, e tem a garantia da vida eterna. (João 5:24-29). 

Agora, quem não “crer” não será justificado pela fé, será julgado pelo bem ou mal que fez na vida. Assim como foi dito também na parábola de João 15.

Deus deixou bem claro, a decisão é dEle para que ninguém se glorie de nada. Ele vai nos salvar por misericórdia, dó, graça imerecida, porque não merecemos a salvação nem por um milhão de boas obras. 

Todavia ausência de boas obras significa falta de amor, e quem não ama não conhece a Deus, não exercitou o amor ao próximo e automaticamente nega a Cristo no coração, logo se há a ausência de boas obras não  pode haver crença, não há fé nem amor e nem Deus na vida da pessoa.

Toda fé viva tem que produzir boas obras. Imaginem se Deus, fosse “deus” apenas dos que não possuem equívocos, erros, e heresias doutrinárias e teológicas a seu respeito? De fato, um Deus que se apresente do tamanho dessa mediocridade não serve nem pra ser homem, quanto mais para ser Deus.

Então surge mais um questionamento:

Existem pessoas que amam o próximo sem precisar de nenhum Deus? Certamente elas não conhecem o Deus das escrituras, mas conhecem o Deus que fez os céus e a terra. 

O espírito do homem que habita em seus corpos crê que o Deus do universo é o mesmo das escrituras e onde há amor ali há Deus.

Esclarecimentos sobre o batismo nas águas


Marcos 16:16

Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

Paulo nos explica:


Rm 6:3

Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?


1 Cor 12:13

Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um mesmo Espírito.


1 Cor 1:17

Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã.


Atos 1:5

Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.

Mateus 20:23

E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado.

Ou seja, João batizava em águas, Jesus em espírito, todos fomos batizados com a morte dEle na cruz, o pacto perfeito, no espírito, todavia o ritual simbólico continuou, apesar de ser desnecessário, assim como Paulo circuncidou, e guardou o sábado algumas vezes, por causa da pressão que os judeus convertidos exerciam com relação à essa questão e depois demonstrou que não havia a necessidade de Guarda-los. (Col 2:16).

Lembrem-se dos princípios que Paulo adotou: "Se for para não escandalizar a fé de um irmão fraco, até deixo de comer carne".(Romanos 14).

Quem conhece Cristo e os Evangelhos, sabe que todas essas práticas ritualísticas não são proveitosas em Cristo pela Cruz.

Agora se estiver inseguro, pode ir num rio, e assim como fez João, leia João 1, você será batizado nas águas. Batismo é literalmente mergulho no rio ou o que o represente. Façam como o batismo de Jesus no rio Jordão; façam igual, como João Batista batizou Jesus e pronto, vejam Mateus capítulo 3.

O batismo é um ato pelo qual demonstramos publicamente que cremos no Salvador.

De acordo com a Bíblia, os únicos requisitos para que o pecador seja perdoado são os seguintes:

1. Arrepender-se do pecado: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (Atos 3:19).

2. Confessar o pecado a Deus: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).

3. Perdoar o próximo: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as nossas ofensas” (Mateus 6:14 e 15).

O batismo é:

1. Um símbolo de nossa morte para o pecado e da ressurreição para uma nova vida, novo nascimento (Romanos 6:4-9).

2. Um ato pelo qual demonstramos publicamente que cremos no Salvador (em seu sacrifício, morte e ressurreição) e que nosso coração realmente O aceitou.

Vemos, portanto que o perdão para os pecados é concedido a todo aquele que se arrepende, confessa seu pecado a Deus, e perdoa o próximo, e o batismo é também símbolo do novo nascimento, mas não significa que só após o batismo a pessoa é perdoada. 

Na Bíblia encontramos a história do ladrão na cruz que não tinha a possibilidade de ser batizado no momento em que evidenciou sua crença no Senhor. Se ele tivesse a chance, certamente teria aceitado o batismo. Como ele não podia descer do madeiro onde estava pendurado, mas creu em Jesus e O aceitou, o Senhor concedeu-lhe o perdão e deu-lhe a salvação (Lucas 23:43). Isto não quer dizer que nós não precisamos do batismo. O ladrão na cruz estava impossibilitado. Se a pessoa tem a possibilidade de ir a um tanque batismal ou rio e ser batizada, assim deve fazê-lo, pois isto é uma demonstração pública de que ela aceitou Cristo como seu único Salvador (Marcos 16:16 e Mateus 10:32 e 33). Negar o batismo seria o mesmo que um noivo dizer à sua noiva: “eu amo você, mas casamento não!” Que amor seria esse?

O batismo é uma demonstração de fé no Salvador, e a fé é evidenciada pelas obras (Tiago 2:26). 

Quando não há nenhum empecilho do tipo que o do ladrão teve na cruz, é essencial evidenciar o amor pelo Salvador, submetendo-se ao batismo. Deve ser ressaltado que o batismo em si mesmo não salva ninguém, pois a salvação é pela graça, mediante a fé em Jesus (Efésios 2:8).

Sendo assim, o batismo deve ser precedido de arrependimento, confissão e entrega da vontade ao Senhor. O batismo é uma declaração pública de um compromisso assumido com Jesus.

Mateus 28

16. E os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado.
17. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.
18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20. ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!



Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.