segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

O QUE É CONVERSÃO

O QUE É CONVERSÃO 

O Que É Conversão?

Jesus disse a Pedro que também era conhecido como Simão:

"Simão, Simão, Satanás vos pediu para vos peneirar como trigo. Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos”. Lucas 22:31-32

Segundo o dicionário Bíblico de Almeida, o termo conversão significa "Mudança de vida, mudança de rumo, uma virada completa na vida operada por Deus. Essa mudança tem dois aspectos. 

O primeiro, relacionado com o pecado, chama-se arrependimento. 

O segundo, relacionado com Cristo Jesus que é a fé".

Desta forma, a conversão está intimamente ligada com a mudança de rumo na vida de alguém. Quando uma pessoa se arrepende de seus erros, confessa a Jesus como Único e suficiente Senhor e Salvador de sua vida, demonstrando fé e decide direcionar seus passos de acordo com os ensinos da Palavra de Deus, a pessoa está principiando um processo chamado conversão.

A conversão não está relacionada com o tempo que um indivíduo passa na igreja, nem com a quantidade de "glória a Deus" ou "Aleluia" que ele fala. Vejam o caso de Pedro citado nos versículos acima: ele já andava há mais de três anos com Jesus, ouvindo seus ensinos, comendo com Ele, viajando com Ele e servindo ao Senhor em todo tempo, mas ainda não era convertido, pois o Senhor disse: "... E tu, quando te converteres, fortalece teus irmãos". Lucas 22:32b.

Existem muitas pessoas que estão há anos nas igrejas, ouvindo a Palavra, algumas até servindo a Deus como obreiros, mas que ainda não experimentaram a verdadeira conversão. Basta uma situação inesperada acontecer, ou alguém ofendê-los por algum motivo, e logo tiram a "capa" de crente, jogam a “máscara” de crente no chão e mostram realmente quem são. 

Misericórdia Jesus! Quantos há que estão em lugares de destaque nas igrejas,  nos púlpitos e que até oram pelos outros, porém ainda não se converteram de verdade. Isso parece que é próprio do ser humano. Mas os que assim agem serão revelados e se não se converterem de verdade perderão a salvação. Jesus é tão bom que dá a oportunidade a todos para serem salvos até na última hora. 

A verdadeira conversão é aquela que aplica a Palavra de Deus na vida prática do cotidiano. A verdadeira conversão é aquela que imita a Cristo, transformando o indivíduo em discípulo e Cristão verdadeiro. 

A pessoa torna-se um verdadeiro seguidor e imitador de Cristo. A verdadeira conversão não é vista em trajes sociais ou cabelos compridos, mas em trajes espirituais de mansidão, bondade e amor.

"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo" I Coríntios 11:1.

A verdadeira conversão não é medida por quantos bens a pessoa possui. 

Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo por serem possuidores de muitos bens. A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço (Mateus 19:16-22). A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus. (João 3:1-8).

Jesus pintava francamente as dificuldades em segui-lo e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada (Lucas 9:57-62).

Jesus pregou sobre o tema: "Não pode ser meu discípulo", discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de discípulo. (Lucas 14:25-33).

Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos (Lucas 19:10). Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão. (Mateus 9:35-38; Lucas 19:40-41). 

Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lo e que eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não o eram. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige de cada um.

Em duas ocasiões separadas Jesus retratou a cena apavorante do julgamento, quando os homens condenados estivessem esperando ser aceitos por Deus, mas não seriam. (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). 

Há muitos, que se consideram fiéis a Deus, que Ele não os aceita como fiéis. É essencial examinarmo-nos a nós mesmos. Talvez nos sintamos confiantes em nossa salvação, mas assim o fizeram aqueles de Mateus 7 e Lucas 13.

O que Jesus exige para sermos realmente convertidos? Em Mateus 23 Jesus trata duramente com os que se declaravam tão santos a ponto de declarar que somente eles seriam salvos; nem Jesus seria salvo segundo a concepção errada dos sacerdotes do templo. 

Jesus os chamou de sepulcros caiados. 

Nosso comportamento depois da conversão equipara-se ao comportamento de uma criança.

Em Mateus 18:1-5 Jesus usou uma criança para ensinar a lição que temos que humilharmo-nos para entrarmos no reino de Deus. 

Frequentemente, a humildade era a qualidade que distinguia os verdadeiros discípulos. (Marcos 2:13-17; Lucas 7:36-50; 18:9-14). 

O primeiro passo em direção à bem-aventurança é ser pobre em espírito, isto é, reconhecer o nosso próprio vazio espiritual e a indignidade; somos indignos do reino de Deus por nossos próprios méritos.  (Mateus 5:3). 

Os sermões do livro de Atos sempre destacaram a culpa do homem. A verdadeira conversão nunca ocorre, a menos que a pessoa se tenha humilhado primeiro debaixo da potente mão de Deus. 

A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos em João 3, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: "Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus, você tem que nascer de novo”.

Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus. Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza nada valem. 

As realizações do passado nada representam.

Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num novo e rico Caminho de um novo relacionamento com Deus.

Jesus ensinou que é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou com a ideia de um homem que começou a construir uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do convertido.

Observe em Lucas 14:26, 27,33: "Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo". Para servir a Deus fielmente, ele precisa ter o primeiro lugar em minha vida. 

Preciso servi-lo acima das considerações de família, do bem-estar material e de meus próprios desejos. Jesus ressaltou a necessidade de tomar-se a própria cruz. 

A cruz daquele tempo era um instrumento de morte, e não um objeto ornamental. Jesus estava dizendo que haveria dificuldades e lutas para quem o servisse. (Hebreus 11; Mateus 10:24-25).

Não seria fácil. O conceito atual de uma religião confortável, socialmente correta, é bem diferente do ensinamento de Cristo, que é preciso sacrificar os próprios desejos, a si mesmo e até a própria vida se for necessário.  Lucas 9:23-24; Mateus 10:34-39; 16:24.

A conversão é o primeiro passo para uma nova vida. 

Para nascer de novo é necessário arrependimento.

O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão. Atos 2:38; 17:30, envolve morte ao pecado e não ao pecador. Rm.6.23. Rm.6. Jesus abomina, rejeita e condena o pecado, mas ama e quer salvar o pecador. 

A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical, tem que haver um esforço total para mudança de comportamento. 

A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas. Haverá mudanças tais como nas seguintes referências bíblicas: Efésios 4:17-32; Colossenses 3. 

Os maus hábitos como embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, dentre outros que precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade que são o fruto do Espírito de que trata Gálatas 5.22,23.

Este é o resultado do arrependimento e o nascimento para uma nova vida em Cristo.

Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. 

Temos que lembrar dos dois caminhos. Um é espaçoso e largo, porém o outro é estreito e tem pedras (dificuldades, lutas, provações) no caminho que leva aos céus. 

Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. 

O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.

Dentre muitas coisas que nos aperfeiçoam pelo caminho estreito temos que passar prli batismo nas águas como Jesus foi batizado.

Quase todas as religiões dizem alguma coisa sobre o batismo, mas os procedimentos que são aceitos como batismo variam muito. Atos 19:1-7 mostra que nem todo “batismo” é aceitável pelo Senhor; aqueles que tinham sido imersos com o batismo de João tiveram que ser batizados novamente, porque o batismo anterior não era válido. É verdade que só há um único batismo bíblico, mas pode haver muitas outras coisas chamadas batismo, que Deus não aceita. Se a pessoa não foi batizada corretamente, então não recebeu o batismo das Escrituras, e tem que ser imersa novamente.

Algumas ilustrações nos esclarecem melhor.

Algumas coisas nas igrejas são chamadas de Ceia do Senhor, que o Senhor não reconhece. Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, tem que ser a pessoa certa e é  preciso executar o ato certo bem como pelo motivo certo. 

A pessoa precisa ser um discípulo fiel. Se um ateu comesse do pão e bebesse do fruto da vinha, ele não estaria participando da Ceia do Senhor. O ato exigido é para comer do pão e beber do suco da uva. Se alguém repartisse um cachorro quente e um refrigerante, isso não seria a Ceia do Senhor. 

O motivo tem que ser relembrar a morte do Senhor. Se alguém tomasse a Ceia do Senhor pensando se vai chover ou não, o Senhor não o aceitaria. Não é difícil entender esta ideia.

Mas agora, para que o batismo seja correto, ele precisa envolver a pessoa certa, que realiza o ato certo e pelo motivo certo. A pessoa tem que ser um crente que se arrependeu de verdade. (Marcos 16:16; Atos 2:38). 

O ato tem que ser acompanhado do sepultamento da velha natureza que é o  batismo nas águas. (Colossenses 2:12; Romanos 6:3-4). 

O motivo tem que ser o perdão dos pecados. (Atos 2:38; 22:16). Muitos "batismos" não incluem estes pontos. 

Quando recém-nascidos, ou adultos que nunca realmente se arrependeram, são batizados, o batismo é inválido. Quando alguém é aspergido e não é imerso, isso não é batismo verdadeiro. Quando alguém é batizado por outros motivos que não para receber a remissão dos pecados, seu batismo é inútil.

É importante analisar cuidadosamente este último ponto, em vista dos falsos ensinamentos prevalecentes, no que dizem respeito ao propósito do batismo. É ensinado comumente que se é salvo pela fé somente, por aceitar Jesus no coração, ou simplesmente por levantar a mão, em resposta a um apelo a identificar-se com Cristo. 

Aqueles que assim ensinam dizem que o batismo é um sinal exterior de que já se foi salvo. Eles ensinam que o batismo é uma maneira de identificar-se visualmente com a congregação de crentes, mas que isso nada tem a ver com Deus perdoar os pecados de alguém. Assim, muitas pessoas são batizadas com a noção errada de que Deus já os tinha perdoado. 

Biblicamente, o batismo é essencial para se receber a salvação. (Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16; Romanos 6:3-4; 1 Pedro 3:21). O batismo bíblico precisa ser para a remissão dos pecados. Portanto, aquele que cria que já estava salvo quando foi batizado, não foi batizado para a remissão dos pecados, e ainda precisa receber o batismo bíblico, para ser salvo pelo Senhor.

Não vou entrar aqui nas exceções de pessoas que foram,  são ou serão salvas sem passar pelo batismo nas águas como o foi o ladrão da cruz que estava ao lado de Jesus .

A tendência das pessoas religiosas do século vinte e um teem sido a de amenizar as exigências da conversão e inventar um plano mais fácil para ser salvo. 

A mensagem deles é muito diferente da de Jesus, que até repelia os candidatos a discípulos, dizendo-lhes as condições estritas e restritas que Ele impunha. 

Muitos se surpreenderão ao saber, no dia do julgamento, que o Senhor jamais os tinha conhecido. (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). 

Vamos reexaminar nossa própria conversão. 

Vamos ensinar aos outros sobre a verdadeira conversão nos certificando, com cuidado, que não tentamos passar por cima das exigências de Deus.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.








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