segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

DESVENDANDO O MISTÉRIO DA IMAGEM DO CIÚME DE DEUS

DESVENDANDO O MISTÉRIO DA IMAGEM DO CIÚME DE DEUS  


Ezequiel 8.3,4 nos fala da imagem dos ciúmes que provoca o ciúme de Deus. As imagens de deuses de outros povos colocadas dentro do palácio real e no templo de adoração a Deus, trouxe uma grande revolta do próprio Deus contra os sacerdotes que se desviaram dos propósitos de Deus, servindo a outros Deuses. Os sacerdotes tentaram enganar a Deus e ao povo colocando essas imagens nas câmaras, (locais especiais que só pessoas autorizadas poderiam entrar) do palácio onde somente eles, o rei e seus ministros próximos e alguns familiares poderiam entrar. Era um local bem protegido e ninguém do povo poderia saber  o que acontecia lá dentro, aliás eram cômodos tão secretos que poucos sabiam da sua existência. Mas Deus deu uma visão bem clara para Ezequiel e este foi levado em espírito até lá para desvendar este mistério diante do povo. Vejamos como foi a visão de Ezequiel começando com a aparição de um ser que reluzia como chamas de fogo.  


8.1   No sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês. O sexto ano aqui corresponde a 593 a.C., a segunda data exata fornecida por Ezequiel, quando se dá o cerco contra Jerusalém. (Ez 1.1; 4.1-8).

8.2 A expressão traduzida como uma semelhança, como aparência de fogo no hebraico, corresponde a um vocábulo que significa homem, daí, na Nova Versão Internacional, a frase foi traduzida como uma figura, como a figura de um homem. E era como fogo dos seus lombos para cima, portanto a palavra fogo tem o significado mais usual para o tema. 

Em um sentido mais literal essa segunda sentença poderia ser traduzida como um ser que parecia feito de fogo. Essa descrição faz um paralelo com Ezequiel 1.26,27.

8.3,4    A entrada da porta do pátio de dentro, chamada de porta do altar no versículo 5, ficava próxima ao altar do sacrifício. (Lv 1.11). Ali, Ezequiel viu a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus. A idolatria era proibida, e a presença de qualquer ídolo dentro do templo representava uma afronta, uma violação da lealdade ao Deus de Israel e à sua glória manifestada ali. Para mais detalhes sobre a glória do Deus de Israel, vejamos Ezequiel 3.12 que diz:

“E levantou-me o Espírito, e ouvi por detrás de mim uma voz de grande estrondo, que dizia: Bendita seja a glória do SENHOR, desde o seu lugar”.

8.5,6 A expressão para que me afaste de Deus significava que os israelitas achavam que, pelo fato de o templo de Deus estar em Jerusalém, a cidade não seria destruída, porque Deus impediria isso. Eles pensavam que, independentemente do procedimento deles, a glória de Deus permaneceria ali; assim, o templo garantiria sua segurança. Eles não se deram conta de que o mal que haviam praticado na verdade fez com que a glória de Deus deixasse o templo; e o edifício não serviria como garantia de proteção para o povo conforme está registrado no capítulo 10.

8.7-9   Deus deu a Ezequiel uma visão do que os sacerdotes estavam fazendo dentro do templo. Por meio de um buraco na parede do templo, Ezequiel tomou conhecimento das malignas abominações que eles praticavam ali. As abominações (v. 6,9,10,13,15,17) não eram praticadas apenas pelas castas civis da sociedade, mas também pelos líderes espirituais e religiosos; aqueles que deveriam ser os primeiros a dar o exemplo de santidade, que eram os sacerdotes do templo. 

8.10 Na parede e em todo o redor tinham coisas e imagens que não agradavam a Deus. Em conformidade com as nações pagãs ao redor (principalmente o Egito), o povo de Deus adorava imagens de criaturas puras e impuras que, segundo eles, representavam vários deuses. A idolatria politeísta estava sendo praticada em Israel às escondidas e afrontavam diretamente a Deus porque essa prática partia de dentro do templo, pelos reis e sacerdotes de Deus em Jerusalém. 

8.11   Os setenta anciãos representavam os líderes religiosos da nação. (Nm 11.16-25). O incensário que cada homem carregava e o incenso queimado não eram ritualmente impuros, mas estavam sendo utilizados para adorar ídolos. Jazanias era da linhagem de Safã (Jr 26.24), cuja descendência era fiel a Yahweh (Deus); contudo, Jazanias apostatou e deu lugar à idolatria.

8.12    Então me disse o Senhor: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens. E eles dizem: O Senhor não nos vê, o Senhor abandonou a terra. A ênfase aqui está nas práticas idólatras dos anciãos, em seu comportamento nas trevas. Ironicamente, eles imaginavam Deus com base em conceitos humanos, limitando-o. Assim, equiparavam-no às divindades adoradas pelas nações idólatras. Os israelitas achavam que o Senhor não era onisciente nem onipresente e muito menos o consideravam  como Deus onipotente. 

8.13,14  Tamuz era uma divindade da fertilidade, adorada pelos babilônios. As mulheres clamavam a esse ídolo quando não conseguiam engravidar ou quando as colheitas haviam sido ruins. De acordo com a mitologia caldáica, no sexto mês, de agosto a setembro, Tamuz morria; por isso, os adoradores lamentavam a morte desse ídolo e choravam pedindo sua ressurreição.

8.15,16   O local onde o sol estava sendo adorado era no átrio interior, entre o pórtico e o altar ou seja, dentro do santuário. Esses 25 homens mencionados aqui, provavelmente eram levitas (caso as estipulações da Lei ainda estivessem sendo seguidas e observadas); pois, o acesso àquela área era proibida a outros. (Nm 3.7,8; 18.1-7; 2 Cr 4-9; J12.17). Quer eles fossem sacerdotes ou não, o fato é que tinham dado as costas a Deus e adoravam o sol; adoravam a coisa criada, em vez de adorar o criador de todas as coisas. 


Trazendo essa linguagem simbólica para o âmbito espiritual observemos que essa câmara no templo representava o lugar íntimo de comunhão com Deus, que estava sendo profanada quando, em lugar de adorar ao Senhor, estavam adorando os ídolos. Quanto a nós nos dias de hoje às vezes voltamo-nos para outras coisas de acordo com os nossos interesses pessoais e egoístas, os quais se configuram em ídolos mudos, escravizam  o nosso coração e nossa comunhão com Deus que deveria ser preservada a qualquer custo fica longe do ideal que Deus exige de cada um de nós.


8.17,18  Sobre a menção à coisa mais leviana. Há uma expressão semelhante na condenação de Deus para com o Rei Acabe. (1 Rs 16.31). Ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. Essa ação não é mencionada em nenhum outro trecho. No contexto, aparenta ser: (1) um gesto ritual utilizado na adoração a ídolos, ou (2) uma atitude que indicava a profunda violência que ocorria em Judá como resultado da idolatria. Nos nossos dias tem pessoas que fazem suas oferendas aos seus ídolos cheirando algum tipo de erva ou plantas preparadas para tais fins. 


A prostituição espiritual dos sacerdotes e as drásticas consequências para eles, para suas famílias, para a família real e para o povo em geral. O estrago era muito grande. Ezequiel diz: fazei chegar...(está palavra, esta visão) àqueles que estão com suas armas destruidoras nas mãos.  


Ezequiel 9

1.   Então, me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo: Fazei chegar os intendentes (os líderes políticos e religiosos) da cidade, cada um com as suas armas destruidoras na mão. 


2. E eis que vinham seis homens a caminho da porta alta, que olha para o norte, cada um com as suas armas destruidoras na mão, e entre eles, um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cinta; e entraram e se puseram junto ao altar de bronze.


3. E a glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, até à entrada da casa; e clamou ao homem vestido de linho, que tinha o tinteiro de escrivão à sua cinta. 


4. E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. 


5. E aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais.


6. Matai velhos, e jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.



7. E disse-lhes: Contaminai a casa, e enchei os átrios de mortos, e saí. E saíram e feriram na cidade. 


8. Sucedeu, pois, que, havendo-os eles ferido, e ficando eu de resto, caí sobre a minha face, e clamei, e disse: Ah! Senhor Jeová! Dar-se-á o caso que destruas todo o restante de Israel, derramando a tua indignação sobre Jerusalém?


9. Então, me disse: A maldade da casa de Israel e de Judá é grandíssima, e a terra se encheu de sangue, e a cidade se encheu de perversidade; eles dizem: O Senhor deixou a terra, o Senhor não vê. 


10. Pois também, quanto a mim, não poupará o meu olho, nem me compadecerei; sobre a cabeça deles farei recair o seu caminho. 


11. E eis que o homem que estava vestido de linho, a cuja cinta estava o tinteiro, tornou com a resposta, dizendo: Fiz como me mandaste.



Analisando Ezequiel 9.1-11. Vemos a sentença através das palavras ditas por Deus que os idólatras seriam mortos. E vemos uma visão sobre a destruição iminente de Jerusalém.

9.1   O Deus de Israel vinha falando desde que Ezequiel viu a glória do Senhor. (Ez 8.5).


 Agora o profeta deveria anunciar a destruição aos intendentes, às autoridades civis, militares e eclesiásticas da nação, a saber, o Rei, os sacerdotes e todas as autoridades do templo. O sentido literal desse termo é para aqueles que têm armas, que têm comando na cidade de Jerusalém e consequentemente todos aqueles que tinham poder ate os guardas da cidade. O termo também pode significar aqueles sobre os quais pesam acusação excessiva da maldição das idolatrias.  Esse tipo de sentença é utilizado com frequência para descrever uma atitude vingativa ou de cobrança de Deus em forma de juízo e justiça. (Is 10.3).

9.2    Entre eles, um homem. Provavelmente, ele era um além dos seis, somando seis homens escolhidos como algozes e mais outro representando a presença e a pureza do Deus Santo, que é digno de separar alguns para o julgamento e poupar outros da destruição. Somente Deus sabe fazer essa separação entre os que eram enganadores e os que eram sinceros diante de Deus. (v. 3-7; Ex 12.1-13; Rm 9.14-29; Ap 7.3; 9.4).

As armas destruidoras aqui mencionadas são literalmente instrumentos de destroçar, de destruição em massa. (compare com Jeremias 51.20). A porta alta pela qual esses sete homens vieram é equivalente à porta norte do pátio interno de templo. (Ez 8.3; 2 Rs 15.35). O altar de bronze era o altar do sacrifício.


9.3   E a glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava. Não se sabe ao certo se o querubim nesse trecho tem a ver com: (1) os querubins da arca do concerto localizada no Lugar Santíssimo, ou (2) com os querubins sobre as rodas vistos por Ezequiel (10.1-5,18). De qualquer maneira, o trecho descreve a glória de Deus abandonando o templo, depois partindo de Jerusalém, e em seguida de Judá, como visto nos capítulos 9 a 11.   

9.4   Marca com um sinal as testas. O verbo traduzido como marcar corresponde à última letra do alfabeto hebraico, que no tempo de Ezequiel se assemelhava a um x. Os marcados na testa seriam os homens que suspiram e que gemem por causa das abominações de idolatria mencionadas até então. As pessoas que demonstravam um genuíno arrependimento e aversão ao pecado foram separadas dos rebeldes de coração duro. Elas fariam parte do remanescente (v. 8), que continuaria a seguir as ordenanças de Deus do Deus altíssimo, criador dos céus e da terra. (Ap 7.2-4; 9.4; 14.1).

9.5.6  Passai pela cidade após ele. A abrangência desse julgamento nos deixa chocados; entretanto, isso está de acordo com os castigos divinos da época do Dilúvio, narrado em Gênesis, até o julgamento final, descrito em Apocalipse.

9.6.7  Meu santuário. Os líderes espirituais corruptos estavam praticando idolatria e imoralidades até dentro do templo (Ez 8.3-16). O juízo divino teria início por eles, porque haviam estimulado a nação a afastar-se de Deus. (1 Pe 4.17). Contaminai a casa, e enchei os átrios de mortos e saí; isso implicava realizar a execução de todos no templo, e deixar os corpos caídos ali. (Lv 21.1; Nm 19.11).

9.8   O profeta ficou horrorizado com o que viu. Um servo genuíno de Deus sempre se entristece com a destruição que o povo atrai para si por meio de sua rebeldia. A interjeição ah! foi utilizada de modo sarcástico em Ezequiel 6.11; aqui é uma expressão sincera de sofrimento (como em Ezequiel 11.13). 

O restante, o remanescente, um grupo escolhido que seria poupado da destruição pelo Deus soberano, é um tema recorrente na Bíblia. Sempre Deus poupou os fiéis da terra. (2 Rs 19.31; Ed 9.8; Is 1.9; 10.20-23; Am 5.15; Rm 9.27-29; 11.1-8).

9.9,10   São apresentados três motivos para a nação merecer esse terrível derramamento da ira de Deus: (1) a maldade grave e inegável da nação, e sua culpa pelo pecado (Ez 4-4-8); (2) a terra se encheu de sangue, ou violência (Ez 8.17); e (3) a perversidade, mais precisamente de injustiça. O povo, principalmente os governantes ricos, escolheu espontaneamente acreditar que Deus não enxergava ou não se importava com a injustiça.

9.11   Fiz como me mandaste. O relatório de julgamento foi levado a Deus por um homem que estava vestido de linho, em cuja cinta estava o tinteiro, (ver também os versículos 3,4), que surge como um justo prestador de contas.


Ao juízo de Deus caireis à espada. Essa foi a palavra de Deus para os líderes religiosos e políticos da época. 


Ezequiel 11


1.     Então, me levantou o Espírito, e me levou à porta oriental da Casa do Senhor, que olha para o oriente; e eis que estavam à entrada da porta vinte e cinco homens; e no meio deles vi a Jazanias, filho de Azur, e a Pelatias, filho de Benaías, príncipes do povo. 


2. E disse-me: Filho do homem, estes são os homens que pensam na perversidade e dão ímpio conselho nesta cidade,


3. os quais dizem: Não está próximo o tempo de edificar casas; esta cidade é a panela, e nós, a carne.


4. Portanto, profetiza contra eles; profetiza, ó filho do homem.


5. Caiu, pois, sobre mim o Espírito do Senhor e disse-me: Fala: Assim diz o Senhor: Assim tendes dito, ó casa de Israel; porque, quanto às coisas que vos sobem ao espírito, eu as conheço. 


6. Multiplicastes os vossos mortos nesta cidade e enchestes as suas ruas de mortos.


7. Portanto, assim diz o Senhor Jeová: Vossos mortos que deitastes no meio dela são a carne, e ela é a panela; a vós, porém, vos tirarei do meio dela.


8. Temestes a espada, e a espada trarei sobre vós, diz o Senhor Jeová.


9. E vos farei sair do meio dela, e vos entregarei na mão de estranhos, e exercerei os meus juízos entre vós. 

10. Caireis à espada; nos confins de Israel vos julgarei, e sabereis que eu sou o Senhor.


11. Esta cidade não vos servirá de panela, nem vós servireis de carne no meio dela; nos confins de Israel vos julgarei.


12. E sabereis que eu sou o Senhor, porque nos meus estatutos não andastes, nem executastes os meus juízos; antes, fizestes conforme os juízos das nações que estão em redor de vós.


13. E aconteceu que, profetizando eu, morreu Pelatias, filho de Benaías; então, caí sobre o meu rosto, e clamei com grande voz, e disse: Ah! Senhor Jeová! Darás tu fim ao resto de Israel?


14. Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 


15. Filho do homem, teus irmãos, os teus próprios irmãos, os homens de teu parentesco, e toda a casa de Israel, todos eles são aqueles a quem os habitantes de Jerusalém disseram: Apartai-vos para longe do Senhor; esta terra se nos deu em possessão. 


16. Portanto, dize: Assim diz o Senhor Jeová: Ainda que os lancei para longe entre as nações e ainda que os espalhei pelas terras, todavia, lhes servirei de santuário, por um pouco de tempo, nas terras para onde foram.


17. Portanto, dize: Assim diz o Senhor Jeová: Hei de ajuntar-vos do meio dos povos, e vos recolherei das terras para onde fostes lançados, e vos darei a terra de Israel.


18. E virão ali e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações. 


19. E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne;


20. para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.


21. Mas, quanto àqueles cujo coração andar conforme o coração das suas coisas detestáveis e das suas abominações, eu farei recair na sua cabeça o seu caminho, diz o Senhor Jeová.


22. Então, os querubins elevaram as suas asas, e as rodas as acompanhavam; e a glória do Deus de Israel estava no alto, sobre eles. 

23. E a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.


24. Depois, o Espírito me levantou e me levou em visão à Caldeia, para os do cativeiro; e se foi de mim a visão que eu tinha visto.


25. E falei aos do cativeiro todas as coisas que o Senhor me tinha mostrado.


Mesmo sofrendo o juízo de Deus os políticos e religiosos e militares de Israel, principalmente de Jerusalém,  não se consertaram e a mão de Deus pesou sobre eles. Deus preservou os fiéis servos dEle daquela grande angústia e aflição. 



11.1-13   Nesse trecho, os líderes políticos e religiosos, que deveriam ter sido um exemplo de retidão para a comunidade, tanto em seus lares como no trabalho, recebem uma profecia de que morreriam pela espada.


11.1,2   Ezequiel viu vinte e cinco líderes do povo no templo. Os príncipes do povo representam os oficiais que geralmente serviam em cargos judiciais, militares e reais (2 Sm 8,15-18; 20.23-26). Jazanias, filho de Azur, não é o mesmo Jazanias citado em Ezequiel 8.11 (filho de Safã). Esses 25 homens estavam oferecendo ímpio conselho, e chegaram ao ponto de agir com perversidade contra seu próprio povo. Pelo fato de tentarem combinar as religiões pagãs com a religião dos hebreus, sincretismo religioso, esses líderes enganaram a si próprios e ao seu rebanho, levando-os a pensar que falavam em nome do Deus verdadeiro. Para saber sobre Pelatias, que significa aquele que foi libertado pelo Senhor, veja o comentário sobre o versículo 13.


11.3    Não está próximo o tempo de edificar casas? Os oficiais declaravam que os habitantes de Jerusalém estavam perfeitamente seguros por trás dos muros da cidade, assim como julgavam que a carne estava garantida nas panelas. Não havia nenhum perigo iminente, afirmavam eles; por isso, estimulavam a construção de novas casas.


11.4   Profetiza, profetiza. A repetição serve para dar ênfase a uma técnica literária comum no idioma hebraico. Filho do homem aqui significa o profeta. Essa expressão aparece 93 vezes em Ezequiel e enfatiza a humanidade do profeta em sua função de porta-voz de Deus. No Antigo Testamento, essa expressão também é utilizada para Daniel (Dn 8.17) e para o Messias (Dn 7.13). No Novo Testamento, a expressão Filho do Homem é mencionada muitas vezes por Jesus quando Ele se refere a Si mesmo. (Ez 2.1).


11.5-12  A mensagem de Deus aos oficiais corruptos de Jerusalém e Judá é declarada, destacando as justificativas para a ira divina (v. 5,6,12) e predizendo um julgamento de morte. (v. 7-11).


11.6  Os líderes de Jerusalém tinham sido acusados de atividades malignas e de dar conselhos ímpios (v. 2); nesse trecho, descobrimos que eles haviam assassinado alguns de seus conterrâneos.


11.7-12   O veredicto de pena de morte é anunciado. Ao contrário da falsa crença dos líderes, aqueles que eles haviam matado [literal ou espiritualmente] eram pessoas justas, cuja presença poderia ter oferecido proteção à panela, ou seja, a Jerusalém. Aqueles que obtiveram o poder por meio da espada, conhecendo a sensação terrível causada por tal violência, seriam derrotados e morreriam da mesma maneira. Seriam arrastados para fora da cidade e mortos por estranhos; uma referência aos babilônios.


11.13   A reação de Ezequiel demonstrava que Pelatias, um dos líderes corruptos da cidade (v. 1), foi morto por Deus como prova inegável de que a mensagem do profeta se cumpriria. O próprio Ezequiel ficou surpreso e perguntou se isso significava que o Senhor não preservaria um remanescente. (Ez 9.8).


11.14-25   Nesse trecho, Deus responde à preocupação de Ezequiel de não haver um remanescente justo. O Senhor assegura ao profeta que alguns cidadãos estavam sendo preservados, sua descendência retornaria a Israel e receberia um novo derramamento do Espírito de Deus (v. 14- 21). Quando o Espírito do Senhor deixa Jerusalém (v. 22,23), a visão de Ezequiel finda, e ele está de volta à Babilônia, onde ele conta aos exilados o que acontecera (v. 24,25).


11.14-21 Deus fez promessas ao remanescente de Israel com menções sobre o presente (Ez 11.14-16) e o futuro. (Ez 11.17-20).


11.15   Teus irmãos, os teus próprios irmãos, os homens de teu parentesco. Os irmãos de Ezequiel eram os judeus exilados com ele. O povo em Jerusalém (representando Judá) considerava os exilados os pecadores, porque estes haviam sido deportados para a Babilônia.


11.16  Deus explica a Ezequiel que os que foram levados cativos e dispersados em terras estrangeiras na verdade eram o remanescente que o Senhor estava protegendo. O próprio Deus continuaria sendo seu santuário, uma palavra que no hebraico significa literalmente lugar santo ou lugar separado.


11.17   E vos darei a terra. Deus prometeu que os israelitas seriam restaurados e voltariam à Terra Prometida. Isso está de acordo com a natureza unilateral e incondicional da aliança feita com Abraão (Gn 12.1-3), e renovada com Davi (2 Sm 7.12-16) e com Jeremias. (Jr 31.31-34).


11.18-20 Quando o remanescente retornasse à sua terra, aboliria a idolatria. Naquela época, Deus estabeleceria uma nova aliança com Seu povo (Jr 31.31-34). Então o Senhor derramaria Seu Espírito (Ez 36.26, 27; J1 2.28, 29) para que Seu povo se tornasse unido em um propósito e fosse capacitado a caminhar com Deus em retidão, andar nos meus estatutos. Por fim, os israelitas se tomariam realmente povo de Deus (Êx 6.6-8).


11.21   Como aconteceu com Pelatias, Deus prometeu continuar julgando os idólatras, cujas afeições estavam voltadas para objetos detestáveis ou seja, ídolos. Tal destino era plenamente merecido, porque tais idólatras haviam recebido muitas advertências; eram responsáveis individualmente por suas escolhas. Desde a revelação da Lei em no monte Sinai, o Senhor havia declarado expressamente Sua rejeição e proibição à idolatria (Êx 20.1-6). Louvor e adoração pertencem apenas a Deus, o Criador e Redentor do Seu povo.


11.22, 23   A glória de Deus continuava afastando-se da cidade para o monte das Oliveiras, o monte. Veja Ezequiel 10.3,4,18,19.0 termo hebraico para glória significa literalmente peso ou importância, e refere-se à maravilha e à majestade do Deus vivo.


11.24, 25 Sobre o Espírito. As visões de Ezequiel não eram meros sonhos; eram inspiradas pelo próprio Deus e, portanto, proféticas. O termo caldéia é relativo à Babilônia. Sobre o “E falei”. Provavelmente o ato de Ezequiel proclamar várias vezes suas visões (Ez 8.2-11.23) levou ao registro permanente das mensagens em seu livro.

No nosso tempo agora, já estamos no século vinte e um, vivemos os tempos da multiforme graça de Deus, mas Deus continua sendo Deus. Deus continua sendo zeloso para com as coisas espirituais. O Espírito Santo está atento ao que os ministros de Deus estão fazendo no altar. Deus é amor, mas Deus é justiça também. Estejamos atentos para não darmos lugar ao inimigo.  

"O céu tem muros e rígidas regras de imigração. Quem tem política de portas abertas é o inferno". 
Donald Trump. Presidente dos EUA.


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

ELIZEU PEDIU PORÇÃO DOBRADA DO ESPÍRITO DE ELIAS

ELIZEU PEDIU PORÇÃO DOBRADA DO ESPÍRITO DE ELIAS.

A porção dobrada é para pessoas como o profeta Elizeu que estava trabalhando quando foi chamado. Pessoas que não são preguiçosas, pessoas que trabalham e produzem.


1 Reis 19.15-21, 2 Reis 2.1-14. 

“Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; ele estava com a duodécima”. (1 Reis 19.19).

Deus não chama ociosos, gente que não tem o que fazer. Seu olhar, o olhar de Deus,  procura fiéis da terra, os laboriosos, os ocupados, os que não aceitam viver sem produzir. São muitos os exemplos bíblicos: Davi e Moisés estavam cuidando de ovelhas. Neemias servia com alegria ao rei Artaxerxes no Palácio. Pedro vinha de uma noite dura de trabalho em alto mar. Mateus foi tirado da coletoria. Jesus era o carpinteiro de Nazaré. Provérbios 13:4, 14:23; II Tessalonicenses 3:8-10.


Vamos aprender um pouco com o profeta Eliseu como conquistar mais. Isso porque ele não se deu por satisfeito com o que já́ possuía. Ele queria mais, mas o mais para ele não era o bastante, ele queria o dobro.     

Eliseu tinha como exemplo de vida e comunhão com Deus o profeta do Senhor, o homem de Deus chamado e conhecido como profeta Elias. 

Elias foi um profeta tão seguro do seu chamado e dedicado em seu ministério profético que quando Jesus Cristo começou seu ministério Ele perguntou aos seus discípulos: “O que as pessoas dizem ao meu respeito? O que elas acham de mim?” E eles disseram: “Que tu és Elias”. Elias teve o privilegio de ter sido comparado com o próprio Senhor Jesus.        

Eliseu, porém, era um jovem desconhecido,  sem glória, porém muito seguro de sua comunhão com Deus e de suas decisões, por isso ele tinha grandes expectativas de ser alguém para fazer alguma coisa para o reino de Deus. Elias tinha uma convicção firme de que em breve seria levado para junto do trono da graça de Deus. No seu coração havia uma certeza de que iria partir em breve.        

E esta convicção era algo tão forte, que ele já estava buscando o seu sucessor. 1 Reis 19:15 e 16: “Disse-lhe o Senhor : Vai, volta ao teu caminho para o deserto de Damasco e, em chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. A Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei sobre Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar”. 

O Senhor disse a Elias para ungir a Eliseu profeta em seu lugar. No coração de Eliseu havia a confiança de que fora chamado para ser profeta. E para isso ele tinha Elias como exemplo de dedicação no ministério profético. Eliseu recebeu o chamado para ser o substituto de Elias, mas essa substituição não foi imediata, Elizeu ainda serviu o profeta Elias como um servo obediente por muitos anos para aprender mais e mais o ministério profético e o chamado  diferenciado do profeta Elias ao qual ele, Elizeu, iria substituir. Eliseu passou no teste e Deus através de Elias atendeu o seu pedido. 

Elias era o principal profeta daquela época. Sobre ele, repousava uma unção de tanta graça, de tanto poder de Deus que ele fez descer fogo dos céus na terrível batalha contra os profetas de Baal e de Aserate ou Aserá e enfrentou o rei Acabe e Jezabel sua mulher, que frequentemente o perseguiam e o juravam de morte.        

Eliseu podia ter dito que iria se contentar em ser como Elias, que iria glorificar a Deus como Elias glorificou, mas ele sabia que poderia glorificar ainda mais o nosso Deus, ele sabia que podia pedir mais de Deus sobre sua vida.        

Ele, pela fé, tomou posse daquilo que almejava fazer e que poderia ter um ministério com mais realizações do que Elias teve, com mais milagres do que os operados por Deus através do profeta Elias. 

Eliseu guardava um desejo dentro do coração, ele iria pedir o dobro da unção de Deus que repousava sobre Elias.          

Para Eliseu alcançar aquilo que ele ansiava e desejava, teria que percorrer um caminho longo e trabalhoso. Elias iria levar Eliseu por alguns lugares que Deus ordenou que ele fosse, para que Elizeu pudesse ouvir o que Deus mandou ele profetizar e fazer começando por um lugar chamado Gilgal, depois Betel, Jericó e o rio Jordão. Isso tudo durou alguns anos e Eliseu, depois do arrebatamento de Elias, voltava àqueles lugares para lembrar os reis sobre as palavras de Deus para aqueles reis ou nações.  

Quando ele, Elizeu, junto com o profeta Elias  atravessasse o rio Jordão estaria perto de completar a jornada do profeta Elias.  Esses lugares que eles passaram têm uma mensagem importante para nós.

Esses lugares nos desafiam exatamente a buscar o que Deus tem para nossa vida. Deus deseja transformar os nossos sonhos em realidade, Deus se agrada em nos abençoar. Por outro lado, é preciso oferecer a Ele condições para que Ele possa intervir na nossa história, para que as bênçãos dEle possa realmente chegar ao nosso coração e em nossas vidas.    

2 Reis 2:1. diz: “Quando estava o Senhor para tomar Elias ao céu por um redemoinho, Elias partiu de Gilgal em companhia de Eliseu”. Há um série de acontecimentos no qual Gilgal foi palco. Mas um dois acontecimentos mais importantes que aconteceram em Gilgal encontramos no livro de Josué capítulo 5, versos 1 a 9. Em Gilgal aconteceram dois fatos: o primeiro deles é que o povo de Israel que iria possuir a terra caminhou 40 anos no deserto. Todo o povo que saíra do Egito estava circuncidado, mas nenhum dos que nasceram no deserto foram circuncidados. 

Isso porque durante 40 anos caminhou o povo no deserto até morrer todos os que tinham saído do Egito, pois não ouviu a voz do Senhor e Ele jurou que não os deixaria entrar na Terra Prometida. Sendo assim, o povo foi circuncidado em Gilgal, e ali eles celebraram a páscoa pela primeira vez.   

A geração dos Hebreus nascida no deserto foi toda circuncidada em Gilgal. E em Gilgal o povo celebrou a páscoa pela primeira vez.      

Elias partiu de Gilgal com Eliseu para fazê-lo entender que Deus concede o dobro, que Deus concede porção dobrada, que Ele concede uma porção acima do comum para homens de mulheres que honram seu compromisso, seu chamado por Deus.          

Páscoa e a circuncisão eram ritos ordenados por Deus ao seu povo escolhido. A páscoa fala de libertação. Já́ a circuncisão significa propriedade exclusiva de Deus. Gilgal hoje constitui, para nós, sinônimo da palavra “aliança com Deus”.         

Para nós termos o dobro e o infinito do que o Senhor tem, temos, em primeiro lugar que passar por Gilgal. Tudo começa em Gilgal. Gilgal fala da aliança, Gilgal fala de compromisso. Gilgal fala exatamente de Páscoa, de libertação, de comunhão com Deus. 

E ali estava Elias com Eliseu começando uma caminhada, partindo de Gilgal. Quantas pessoas querem o dobro, mas não querem ter um compromisso muito sério com Deus, não querem ter e fazer uma caminhada aprovada e determinada por Deus. Outras vezes, não entendem o que é aliança com Deus; não entende o que é estar compromissado com Deus, estar comprometido com o reino de Deus. 

Deus investe naqueles que honram a aliança para com Ele. O Senhor não está disposto a liberar o seu melhor, sobre homens e mulheres que não se encontram devidamente comprometidos com Ele, com seu Reino, com a sua Palavra, com a sua obra, com seus planos, com seus propósitos. É preciso valorizar o reino de Deus, é preciso colocar o reino de Deus e a sua justiça em primeiríssimo lugar, Mateus 6.33. Estar compromissado com o Senhor Deus criador dos céus e da terra é viver para o reino de Deus, mesmo estando aqui na terra. 2 Reis 2:9. “Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito”. 

Hoje as pessoas vivem sem uma definição na vida. O que você quer na vida? O que você  almeja ser na vida? Elias perguntou: “Eliseu o que você quer? Por que você tem me acompanhado”? E Elizeu disse: “Eu quero porção dobrada do teu espírito”. Eliseu almejava o melhor, visionava a maior conquista da sua vida. Não era conquista material que ele almejava, ele já tinha deixado tudo para trás, tinha queimado a sua junta de bois, tinha matado os bois que lhe pertenciam, enfim ele se desligou das coisas materiais e queria ser cheio da unção de Deus como ou mais do que o profeta Elias.  


No tempo chamado hoje, Deus está levantando uma geração de homens e mulheres compromissados com Ele e com sua obra, servindo a Deus em espírito e em verdade. Estes são os que conservam a essência do evangelho que é o poder de Deus para salvar a todos os que nEle crer.  

Comprometidos com Ele, zelosos com a Palavra dele. Uma geração de homens e mulheres que irão impactar a terra neste tempo do fim. Uma geração que está voltando ao primeiro amor.  


Em 2 Reis 2:2. “Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Betel. Respondeu Eliseu: Tão certo como vive o Senhor e vive a tua alma, não te deixarei. E assim, desceram a Betel.” O que significa não te deixar? Significa não retroceder, é ter determinação. Antes de Eliseu receber o manto de Elias, ele saiu de Gilgal e foi para Betel. Betel significa Casa de Deus, o lugar onde o Senhor falou com Jacó́ (Genesis 28.10-19). Mas o que Betel tem a ver conosco, para a conquista da porção dobrada que Deus tem para os que o buscam e o adoram de verdade não importando as circunstâncias? 

Precisamos compreender que a unção e a porção dobrada que desejamos obter nunca virá para nossas mãos sem que estejamos arraigados, alicerçados enraizados em Betel, que representa ter sempre alegria por estar na casa do Senhor, como diz o Salmista: alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor. Salmo 122.1. Portanto devemos nos esforçar para estarmos plantados na Casa de Deus. O que estou afirmando é que o compromisso com a Igreja do Senhor Jesus  é um requisito inegociável, indispensável para aqueles que anelam ter o dobro de Deus. Betel hoje é a igreja, é a casa de oração, representa o altar da adoração. 


A Palavra diz: “Plantados na casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus”. Salmo 92, versos 12 e 13 diz: “O justo  florescerá como palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do Senhor,  florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha rocha, e nEle não há injustiça”.  Isso nos mostra a necessidade de estarmos enraizados, de estarmos em comunhão numa congregação, na casa de oração. Veja bem que é na casa de oração e não na casa de baderna gospel e da confusão doutrinária cheia de heresias e de coisas imorais. 


Por isso é necessário que estejamos enraizados, compromissados com a igreja, com a liturgia de respeito para com as coisas de Deus e não um compromisso verbal, superficial, mas de amor e temor a Deus.  

Jericó era conhecido como o lugar de destruição, a terra que cheira mal.

Em 2 Reis 2.4 diz: “Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor  me enviou a Jericó. Porém ele disse: Tão certo como vive o Senhor  e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, foram a Jericó.” Ele sai de Gilgal, vai para Betel, que significa Casa de Deus, igreja, e de lá́ partem para Jericó. Jericó é um nome confuso porque significa a cidade das palmeiras, mas ao mesmo tempo significa a terra que cheira mal. 

A terra de mau cheiro.  Etimologicamente é algo que cheira mal às narinas de Deus, algo repulsivo. Não adianta ser a cidade das palmeiras, bonito por fora e fétido por dentro. Se quisermos o dobro do que Deus tem, Jericó precisa ser destruído em nossas vidas. Jericó era uma cidade amaldiçoada. Você quer o dobro? passe por Jericó apenas. Na Casa do Senhor você habita, mas em Jericó você somente passa dizendo: “Eu não tenho nada com esta terra”. 

Transpondo as barreiras do Rio Jordão. 

O profeta Elias o atravessou para ser levado para a glória celestial. O profeta Elizeu o atravessou e viu Elias ser levado para os céus num redemoinho muito forte com carros de fogo, seus cavalos e seus cavaleiros. Depois o profeta Elizeu voltando bateu a capa de Elias nas águas do rio Jordão e elas se abriram para que ele atravessasse sem molhar os seus pés. 


Mas vamos analisar mais um pouco sobre a ida de Elias e Eliseu até ao Jordão. 

E saindo de Jericó: “Disse-lhe, pois Elias:  fica-te aqui, porque o Senhor  me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Tão certo como vive o Senhor, e vive a tua alma, não te deixarei. E, assim, ambos foram juntos”. (2 Reis 2.6).  

Elias sempre instigava Eliseu a ficar, mas ele sempre acompanhava Elias. Qual o significado do Jordão para nós hoje? Em Josué́ 22:25 nos diz o seguinte: “Pois o Senhor pôs o Jordão por limite entre nós e vos, ó  filhos de Rúben e  filhos de Gade; não tendes parte no Senhor; e, assim, bem poderiam os vossos  filhos apartar os nossos do temor do Senhor”. O Jordão foi colocado como limite. Para aqueles que querem o dobro na sua vida, precisam romper os limites. Precisam ir além dos limites. No Jordão não havia ponte nem barco para atravessá-lo, e nele estava o limite entre o deserto e a terra da promessa. 


E na sua vida, quais são os seus limites? Muitas vezes seus limites são as suas dificuldades, sua saúde, seu trabalho, alguma característica negativa na sua personalidade, no seu caráter.  Se você quer o dobro e existe um limite, você precisa atravessá-lo. Aqueles que querem o dobro são aqueles que rompem todos os limites em nome do Senhor dos exércitos. Marcos 9:23. “Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê”. O Jordão foi dado por limite, mas tudo é possível ao que crer. Uma enfermidade pode ser o seu limite, mas tudo é possível ao que crer. Romanos 8:37. “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou”. 2 Reis 2:8. diz: “Então Elias tomou o seu manto…” O que transforma, o que você tem em suas mãos é um objeto que faz o rio Jordão se abrir, é a unção, é a palavra de Deus. A unção divide os limites. Assim como as águas dos Jordão se dividiram quando Elias as tocou com seu manto, da mesma forma, também acontece com os nossos limites quando tocados por nós, quando estamos cheios da unção de Deus. E diz o versículo 9: “Havendo eles passado…”, que significa que eles já tinham vencido os obstáculos e já estavam do outro lado em segurança.


Primeiramente passaram por Gilgal, Betel, Jericó, e por  fim, o Jordão. Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: “Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. Disse Eliseu: Peço-te que me toque por herança porção dobrada do teu espírito”. Deus tem sonhos lindos para você. Escolha viver conforme a Palavra de Deus, pois Ele fará transbordar a sua vida de bênçãos sem medida.


Os que querem a porção dobrada são pessoas que priorizam em suas vidas o crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo  


A trajetória de renúncia de Elizeu começou bem antes de chegar ao Jordão. Mas ao chegar ao Jordão alguns anos depois ele ainda tinha o maior obstáculo na sua frente para vencer. Tinha que acompanhar Elias até o outro lado, presenciar o arrebatamento individual do profeta Elias, receber a capa de Elias, retornar com a capa de Elias, bater com ela no rio Jordão para que as águas se abrissem e ele atravessasse à pés enxutos e continuar o ministério profético que lhe foi confiado por Deus. 

Vejam os exemplos que o profeta Elizeu nos deixou desde sua chamada: “Então, deixou este os bois, correu após Elias”. (1 Reis19.20). Eliseu, diante de um momento especial, foi capaz de parar tudo para correr atrás de um profeta. Ele era trabalhador, mas não era escravo do trabalho. Seu coração sabia pesar bem as chances que Deus lhe dava e, diante delas, era capaz de interromper sua rotina e, não apenas isso, valorizar a possibilidade de aprender com seu líder. Quem não está disposto “correr atrás” do crescimento espiritual, fica na mediocridade. Mateus 6:33; Lucas 5:11-28.


Os que querem a porção dobrada são pessoas que honram suas famílias assim como fez Elizeu. 


“Correu após Elias mas precisava da bênção de sua família,  e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. Elias respondeu-lhe: Vai e volta; pois já sabes o que fiz contigo”.(1 Reis 20.20). 


Eliseu desejava ardentemente o ministério, sabia o que queria, mas também compreendia que a bênção para seu ministério nasceu em sua casa, no meio de uma família temente a Deus. Ele não ousaria partir sem a cobertura e a bênção de seus pais. Todo ministério intenso e cheio de vitórias de um servo (a) de Deus nasce no seio da família. Quem despreza esse princípio, terá que voltar um dia, como fez Jacó, atrasando o processo de Deus. 1 Timóteo 3:5, 5:8; Marcos 7:10-13.


Os que querem a porção dobrada são pessoas dispostas a renunciar tudo por amor a Cristo. 


“Voltou Eliseu de seguir a Elias, tomou a junta de bois, e os imolou”. (1 Reis 19.21).  Muitas pessoas olham para o ministério sob a expectativa de só crescer e prosperar materialmente na vida, mas, via de regra, ele significará renúncia de muitas coisas e bens. Quem não é capaz de imolar seus bois, de abrir mão de determinados lastros e comodidades, nunca será digno de usufruir das porções especiais do reino de Deus. Lucas 14:33; Filipenses 3:7-8; Marcos 10:28-30.


Os que querem a porção dobrada são pessoas que intercedem e abençoam seus parentes e amigos.   


“e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram”. (1 Reis 19.21). Antes de sair em busca de seu sonho ministerial, Eliseu tomou do que tinha e abençoou o seu povo. Deus é atraído por gente assim, que serve, que reparte o que tem, como fazia Davi e José com seus irmãos. Provérbios 11:24-25; Atos 4:36-37.


Os que querem a porção dobrada são pessoas que servem e seguem os verdadeiros profetas de Deus nos nossos dias.  


“Então, se dispôs, e seguiu a Elias, e o servia”.(1 Reis 19.21). Servir aos profetas é a melhor maneira de receber a unção dos profetas. A honra é o caminho para a herança. Quem descobre isso e investe em abençoar seus líderes espirituais, abre um portal de unção sobre suas próprias vidas. Hebreus 13:7,17; I Tessalonicenses 5:12.


As recomendações e orientações do Senhor Jesus sobre este assunto. Jesus disse que quem deixa tudo para segui-lo terá a oportunidade de receber centuplicadamente. 

Mateus 19.13-30


13. Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam.


14. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos céus.


15. E, tendo-lhes imposto as mãos, partiu dali.


16. E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei, para conseguir a vida eterna?


17. E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom, senão um só que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. 


18. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; 


19. honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.


20. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?


21. Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me. 


22. E o jovem, ouvindo essa palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.


23. Disse, então, Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no Reino dos céus. 


24. E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus.


25. Os seus discípulos, ouvindo isso, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá, pois, salvar-se? 


26. E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível. 


27. Então, Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos; que receberemos? 


28. E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vós assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. 


29. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna.


30. Porém muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros.


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 






segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

CLAMA A MIM

CLAMA A MIM


Vamos meditar na seguinte mensagem bíblica:

"Clama a mim e responder-te-ei, anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes". (Jr 33:3).


À luz das Escrituras podemos entender que a ação do Homem provoca a reação de Deus e que a fé não é apenas um sentimento de motivação ou simples emoção, mas ela pode mover o poder de Deus quando acompanhada pelas ações e orações de clamor de uma pessoa necessitada. 


Em 2 Crônicas 7.1-3 o rei Salomão agradece a Deus por ter ouvido suas orações. Deus ouviu o clamor de Salomão.  

1.   E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa.

2. E os sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor.

3. E todos os filhos de Israel, vendo descer o fogo e a glória do Senhor sobre a casa, encurvaram-se com o rosto em terra sobre o pavimento, e adoraram, e louvaram o Senhor, porque é bom, porque a sua benignidade dura para sempre.

No mesmo texto de 1 Crônicas capítulo 7
(1 Crônicas 7.11-18), Deus instrui Salomão como orar e os motivos pelos quais a nação toda deve orar e clamar pelo nome do Senhor criador dos céus e da terra. 


11. Assim, Salomão acabou a Casa do Senhor e a casa do rei; e tudo quanto Salomão intentou fazer na Casa do Senhor e na sua casa, prosperamente o efetuou.


12. E o Senhor apareceu de noite a Salomão e disse-lhe: Ouvi tua oração e escolhi para mim este lugar para casa de sacrifício.


13. Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; 


14. e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.


15. Agora, estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar. 


16. Porque, agora, escolhi e santifiquei esta casa, para que o meu nome esteja nela perpetuamente; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias.


17. Quanto a ti, se andares diante de mim, como andou Davi, teu pai, e fizeres conforme tudo o que te ordenei, e guardares os meus estatutos e os meus juízos, 


18. também confirmarei o trono do teu reino, conforme o concerto que fiz com Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará varão que domine em Israel.




Em Mateus capítulo 7 foi o próprio Senhor Jesus que nos ensinou a clamar à Ele dizendo em Mateus7:7-8 "Pedí, e dar-se- vos-á, buscai e achareis, batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede recebe, e quem busca acha e ao que bate, abrir-se-lhe-á".


Mas é hábito do Homem chorar e lamentar-se dos seus próprios problemas e necessidades mesmo sabendo que isso às vezes resultará em nada.


Mas como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do Homem, são as que Deus preparou para os que o amam. ( I Co 2:9).


Podemos contemplar as maravilhas do mundo, o nascer e o pôr do sol, o brilho das estrelas, a beleza da natureza, mas isso tudo não se compara com o que Deus preparou para os que o amam, Ele conhece as nossas necessidades, mas também exige que clamemos a Ele.


"... porque o vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes".


Será que seria realmente melhor, em algum momento de nossa vida, que o Senhor nos revelasse tudo aquilo que Ele tem reservado para o nosso futuro? Até que ponto não conhecer o futuro prejudica o planejamento adequado de nossa vida?


Na promessa de Deus a Jeremias, Ele garante “anunciar coisas grandes e firmes, que não sabes”. Só que a coisa não é automática. No início da promessa, Ele instrui o profeta: “clama a mim”.


Este verso concorda com todo o contexto bíblico, que afirma que nosso futuro somente está garantido por causa do amor e da providência do Senhor Deus. Em outras palavras, nossa parte não é a de manter somente a comunhão com o Senhor do futuro, mas com o Senhor de agora, o Senhor do presente momento em nossas vidas. 


Aos Seus discípulos Jesus disse: “há muita coisa que Eu ainda não lhes direi, porque vocês não estão preparados para receber”.


Porém, Ele garantiu: “o Espírito lhes dirá todas as coisas”. Fiquemos, pois, com o Senhor e no tempo próprio Ele nos mostrará coisas que não sabemos. Ele nos revelará os mistérios ocultos da Sua glória para que Seu nome seja engrandecido. 


Deus quer que nós O busquemos e clamemos por Ele. Ele quer nos responder e nos contar coisas além da compreensão humana. Ele anseia chegar mais perto de nós para que possamos conhecê-lo.


Como uma criança amedrontada chama um pai amoroso no quarto ao lado, nós também podemos chamá-lo, sabendo que nosso Pai nos responderá, nos protegerá e nos confortará, Ele é  onipresente, onisciente e  onipotente. 

Mais do que isso, nosso Pai nos revelará coisas que seriam impossíveis nós sabermos sem a graça dEle. Ó Deus Todo Poderoso e nosso querido papai eterno, eu quero Lhe conhecer e ser conhecido pelo Senhor.

Sim, há coisas no meu coração e na minha vida que gostaria que não existissem em mim. Mas eu conheço a Sua graça e estou confiante que o Senhor conhece meu coração e meu desejo de refletir a Sua glória, compartilhar a Sua graça e mostrar o Seu caráter.


Clama a mim, e responder-te-ei... (Jeremias 33:3)

Como Deus pode ouvir o clamor do mais vil pecador?

Você sabia que esse é um dos desejos mais fortes de Deus para a sua vida?            

Mas isso tem uma explicação, pois o seu clamor a Deus demonstra a sua incapacidade, dependência e fé em Deus, entre outras coisas.


A promessa de Deus descrita em Jeremias 33:3 é... Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes,... nada mais é do que: Que Ele te responderá e te mostrará coisas novas, para você ter experiências com Ele que você nunca teve antes.


O teu clamor pode mudar uma história, pois independente daquilo que você está vivendo, o teu clamor pode significar o arrependimento necessário, a fé necessária, para que você alcance aquilo que você tanto necessita.  É o exercício da fé que opera milagres. 


As respostas de Deus expressas através dos versículos abaixo, demostram o desejo dEle em te abençoar, tirar o teu cativeiro, sarar a sua alma, te dar paz e vitória, transformando aquilo que estava completamente destruído, em algo novo, consistente, que o teu inimigo (satanás) não poderá mais destruir.


Jeremias 33:6-12

6 Eis que eu farei vir sobre ela saúde e cura, e os sararei, e lhes manifestarei abundância de paz e de verdade.


7 E removerei o cativeiro de Judá e o cativeiro de Israel e os edificarei como no princípio;


8 e os purificarei de toda a sua maldade com que pecaram contra mim e perdoarei todas as suas iniquidades com que pecaram contra mim e com que transgrediram contra mim.


9 E esta cidade me servirá de nome de alegria, de louvor e de glória, entre todas as nações da terra que ouvirem todo o bem que eu lhe faço; e espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem e por causa de toda a paz que eu lhe dou.


10 Assim diz o SENHOR: Neste lugar de que vós dizeis que está deserto, sem homens nem animais , nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, que estão assoladas, sem homens, sem moradores e sem animais, ainda se ouvirá


11 a voz de gozo, e a voz de alegria, e a voz de noivo, e a voz de esposa, e a voz dos que dizem: Louvai ao SENHOR dos Exércitos, porque bom é o SENHOR, porque a sua benignidade é para sempre; e a voz dos que trazem louvor à Casa do SENHOR; pois farei que torne o cativeiro da terra como no princípio, diz o SENHOR.


12 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda neste lugar que está deserto, sem homens e sem animais e em todas as suas cidades haverá uma morada de pastores que façam repousar o gado.


Outros versículos sobre a vitória através da oração.


01. “Orai sem cessar”. (1 Tessalonicenses 5:17).

02. “Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos”. (Efésios 6:18).

03. “Antes de clamarem, eu responderei; ainda não estarão falando, e eu os ouvirei”. (Isaías 65:24).

04. “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus”. (Filipenses 4:6).

05. “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas o rosto do Senhor volta-se contra os que praticam o mal”. (1 Pedro 3:12).

06. “Saibam que o Senhor escolheu o piedoso; o Senhor ouvirá quando eu o invocar”. (Salmos 4:3).

07. “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz”. (Tiago 5:16).

08. “O fim de todas as coisas está próximo. Portanto, sejam criteriosos e estejam alertas; dediquem-se à oração”. (1 Pedro 4:7).

09. “Se eu acalentasse o pecado no coração, o Senhor não me ouviria”. (Salmos 66:18).

10. “E, quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos. Não sejam iguais a eles, porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem”. (Mateus 6:7-8).

11. “Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém”. (Mateus 6:9-13).

12. “Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e àquele que bate, a porta será aberta”. (Mateus 7:7-8).

13. “E tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão”. (Mateus 21:22).

14. “E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei”. (João 14:13-14).

15. “Portanto, eu digo: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim sucederá”. (Marcos 11:24).

16. “Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus”. (Romanos 8:26-27).

17. “Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós”. (Efésios 3:20).

18. “Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem discussões”. (1 Timóteo 2:8).

19. “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal pessoa que receberá coisa alguma do Senhor, pois tem mente dividida e é instável em tudo o que faz”. (Tiago 1:5-8).

20. “Na sua aflição, clamaram ao Senhor, e ele os tirou da tribulação em que se encontravam. Reduziu a tempestade a uma brisa e serenou as ondas. As ondas sossegaram, eles se alegraram, e Deus os guiou ao porto almejado”. (Salmos 107:28-30).

21. “Ele respondeu: Essa espécie só sai pela oração e pelo jejum”. (Marcos 9:29).

22. “Pedro mandou que todos saíssem do quarto; depois, ajoelhou-se e orou. Voltando-se para a mulher morta, disse: ‘Tabita, levante-se’. Ela abriu os olhos e, vendo Pedro, sentou-se”. (Atos 9:40).

23. “Ouve, Senhor, a minha oração, dá ouvidos à minha súplica; responde-me por tua fidelidade e por tua justiça”. (Salmos 143:1).

24. “O Senhor detesta o sacrifício dos ímpios, mas a oração do justo o agrada”. (Provérbios 15:8).

25. “Esta é a minha oração: Que o amor de vocês aumente cada vez mais em conhecimento e em toda a percepção”. (Filipenses 1:9).


Perseverai na oração e a vitória vai chegar de montão. 

“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”. (Romanos 12:12).

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. (Mateus 6:6).

“E será que antes que clamem eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei”. (Isaías 65:24).

“E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer, dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem. 

Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito. E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz”. (Lucas 18:1-6).

“E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 

O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado”. (Lucas 18:9-14).

Deus abençoe você e sua família 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor