segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO

OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO 


Quem são os inimigos, de sempre, da Cruz de Cristo?

Será que são os descrentes? Será que são os desviados dos caminhos do Senhor? Será que são os afastados do igreja? Será que são os excluídos da igreja e da comunhão dos santos? Será que são os que criticam e até matam os Cristão ou são crentes falsos ou falsos crentes que estão dentro das igrejas enganando e ou “querendo” enganar à todos, até a Deus?

Será que são os falsos profetas? Será que são os falsos mestres? Será que são os falsos pastores, falsos líderes, falsos obreiros e falsos doutores? Será que são os que sempre utilizam os púlpitos e os microfones das igrejas para, com falsidades, enganarem o povo?

Será que são os líderes religiosos e evangélicos formadores de opinião que sempre estão ligados às doutrinas político ideológicas das esquerdas comunistas que estão infiltrados dentro das igrejas e vivem confundindo e enganando a mente do povo com promessas que não vão cumprir e com falsos milagres, os quais são definidos pelo Apóstolo Paulo em 2 Ts. 2.1-12 como milagres e prodígios do engano e da mentira? 


Será que são os fariseus mercenários e mercadores de ovelhas que vendem os votos dos fiéis em troca de propinas e corrupções?

Por isso o apóstolo Paulo já nos advertia em tempos passados não muito distantes contra os inimigos da cruz de Cristo, que se fazem de “amigos” apenas para arrancar a lã das ovelhas, e matando-as, comem suas carnes.


Fp. 3.1-21. O apóstolo Paulo nos diz: “...guardai-vos dos maus obreiros...”.


1.  Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós.


2. Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão!


3. Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. 


4. Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: 

5. circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu, 

6. segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.

7. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.

8. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo

9. e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé;

10. para conhecê-lo, e a virtude da sua ressurreição, e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua morte;

11. para ver se, de alguma maneira, eu possa chegar à ressurreição dos mortos.

12. Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.

13. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, 

14. prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 

15. Pelo que todos quantos já somos perfeitos sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira, também Deus vo-lo revelará.

16. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo.

17. Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.

18. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.

19. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas. 


20. Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,


21. que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.


Após admoestar os crentes filipenses que o tinham como modelo a ser imitado, Paulo os adverte quanto aos perigos daqueles a quem Jesus, através de Paulo, denomina de “inimigos da cruz de Cristo”.

Vamos ver nesta postagem que esses inimigos da cruz de Cristo não apenas devem ser evitados, mas também confrontados, por comprometerem a veracidade do evangelho com muitas heresias, "cultos" profanos, invenções Teológicas modernistas e inversão total dos valores espirituais, éticos, morais e eclesiásticos, aceitando e defendendo dentro e fora da igreja, tudo aquilo que a Bíblia condena. Ao final destacaremos que a perdição deles está prevista nas Escrituras, e que nós, os crentes em Jesus, estamos fundamentados em uma viva esperança, eterna esperança que vem de próprio Senhor Deus.


O apóstolo Paulo nos trás ensinamentos preciosos sobre este assunto esclarecendo quem são os inimigos da cruz de Cristo.


Paulo, como pastor cuidadoso que foi, nos ensinou como proteger as ovelhas das ameaças dos inimigos, dos falsos mestres, daqueles que se infiltravam no meio do povo de Deus, somente para tirar proveito próprio e desestabilizar a igreja apostólica universal (a igreja dos apóstolos), que estava nascendo e já contava com um grande número de crentes convertidos ao evangelho do Senhor Jesus.  

Os inimigos da cruz de Cristo, a respeito dos quais o Apóstolo Paulo trata em suas Epístolas, mais especificamente Gálatas e Filipenses, são prioritariamente os judaizantes. Assim como nos tempos do apóstolo Paulo, hoje é grande o número de denominações judaizantes. Muito embora sejamos Cristãos e cremos plenamente no evangelho do Senhor Jesus, nossa tradição religiosa secular, é judaica Cristã. As tradições judaicas são para os judeus e não para os Cristãos. Os Cristãos tomam por base tradicional de suas doutrinas e modo de vida o que está nos evangelhos, em atos dos apóstolos, nas epístolas paulinas, nas epístolas universais dos apóstolos e no Apocalipse.

Esse movimento dos inimigos da cruz de Cristo se tornou serviçal dos caprichos religiosos das autoridades eclesiásticas do templo em Jerusalém e das sinagogas do início da igreja dos apóstolos; achavam que o povo, a nação Judaica, dependiam de suas dietas alimentares para serem salvos. Por isso “o deus deles era e é o ventre”, pois determinavam previamente o que deveriam ou não comer e quando comer, para serem santos. 

A circuncisão também era uma outra condição imposta por eles para os que quisessem pertencer à igreja do Senhor Jesus Cristo; enfim  eles,  os judaizantes, não abriam mão dos preceitos litúrgicos das leis do Pentateuco escrito por Moisés, queriam que a igreja e as igrejas fundadas pelos apóstolos fossem dirigidas por eles e seguissem suas ordenanças. Vejam em Atos 15 que houve muitas discussões entre Pedro e Paulo tratado dessas questões. 


Esses “da circuncisão” diferentemente de Paulo e dos crentes de todas as gerações, se gloriavam não na cruz, isto é, no sacrifício vicário de Jesus, mas em suas práticas legalistas do judaísmo, dente essas práticas não abriam mão de que todos os homens deveriam serem circuncidados e até os prosélitos vindos de outros países e que queriam adorar ao Deus vivo, o Deus de Israel também deveriam ser circuncidados e seguir todos os rituais do judaísmo.  (Gl. 6.12-15). 


Paulo destacou, assim como fez o autor da Epístola aos Hebreus, que o véu do templo foi rasgado, e que o homem agora tem livre acesso a Deus, por meio de Jesus Cristo é não mais por sacrifícios de animais ou outros sacrifícios como o da circuncisão. (Hb. 10.19-25). A circuncisão, como qualquer outra prática religiosa semelhante, é incapaz de conduzir o ser humano à salvação. (Ef. 2.8-16). Existem muitos evangélicos nestes dias que acham que são salvos por algo que façam ou deixem de fazer. Somos salvos pela fé no sacrifício vicário de Jesus Cristo o Filho unigênito do Pai celestial, na cruz do calvário. Jesus Cristo salva, cura, liberta o ser humano da escravidão do pecado. Batiza com o Espírito Santo e em breve voltará para arrebatar a sua igreja querida.


O Cristianismo ou o evangelho do Senhor Jesus não veio para escravizar ninguém e sim para libertar o povo da escravidão do pecado, da escravidão ideológica das religiões e dos dogmas eclesiásticos impostos por meros seres humanos que querem escravizar seus semelhantes e sugar-lhes o sangue até a ultima gota como fizeram com Jesus Cristo no calvário. Jesus Cristo liberta. Jesus Cristo salva. Jesus é o Senhor. 

A vaidade de alguns “ministros e ou ministérios de Deus” que se dizem “de Deus”, está no cumprimento dos cabelos ou de uma saia ou outros tipos de vestimentas e ou usos e costumes.  Suas restrições são comumente direcionadas à todos os membros de suas igrejas mas principalmente às mulheres. Mas havia outro grupo entre os crentes filipenses, esses se voltavam para o lado oposto, estavam no outro extremo, eram totalmente liberais, permissivos e não se importavam com o testemunho cristão para com a sociedade. Era o vale tudo das religiões e o que valia mais dentro dessas igrejas era os que mais bens materiais tinham e os que mais contribuíam. Era uma igreja elitizada. 

Esses não eram legalistas, mas libertinos, argumentavam que os crentes podiam pecar, pois o corpo, a parte negativa do ser humano, seria destruído na sepultura onde seus pecados seriam consumidos e apagados. Seriam semelhantes ao conceito do limbo? Seria o tal de purgatório, onde ficariam até pagarem seus pecados? Seria a reencarnação, para voltarem com outra vida para pagarem seus pecados? Quanta ilusão existia e ainda existe sobre estes assuntos. 

Esse pensamento foi influenciado pelo dualismo grego, a crença filosófica que a matéria, o corpo, era má, e por conseguinte, seria descartada no sepulcro. Se assim o fosse não haveria a ressurreição dos mortos em Cristo no arrebatamento da igreja onde esses mortos em Cristo serão ressurretos, ressuscitados em um novo corpo a saber: um corpo glorificado. (1 Co.15).

Essa cosmovisão helenista tem assumido muitas formas no cristianismo moderno. A mais perigosa é a do universalismo. Alguns líderes eclesiásticos estão defendendo que todas as pessoas serão salvas, pouco importando se receberam ou não a Cristo. É mais uma confusão teológica da predestinação e suas consequências nefastas. Mas Paulo, em suas epístolas, tanto confrontou o ascetismo legalista (I Co. 7.1) quanto à libertinagem anomista (I Co. 6.12), e defendeu que tenhamos o testemunho verdadeiro do fruto do Espírito Santo (Gl. 5.22) como demonstração clara de uma vida transformada pelo Cristianismo mundo afora. 

O fim deles, dos inimigos da cruz de Cristo é a condenação eterna. 

Esses falsos mestres estão investindo na destruição deles mesmos, pois mesmo insinuando que estão adorando a Deus, na verdade estão adorando a eles mesmos. (Fp. 3.19). Como o deus deles é o ventre, (koilia em grego), apenas se gloriam do próprio umbigo, ou seja, trabalham somente em proveito próprio e para seus deleites. A vida deles é centrada no “eu”, na “egolatria”, no “egocentrismo“, são incapazes de se submeterem à autoridade da Palavra de Deus. Não admitem qualquer disciplina espiritual tais como oração, jejum e meditação e leitura constante da Palavra de Deus.

Os púlpitos evangélicos estão repletos de pregadores que tratam de assuntos que nada têm a ver com o evangelho. Os supostos pastores, que na verdade querem ser chamados de bispos, e apóstolos ou serem adorados como semi deuses, pregam apenas a si mesmos e suas ideologias cheias de peçonha mortal, para seus seguidores.


Muitas igrejas, que não podem ser consideradas evangélicas no sentido próprio do termo, estão alicerçadas apenas no amor ao dinheiro, infelizmente muitas são chamadas de neopentecostais. Estes pseudoevangélicos usam a Bíblia apenas para cooptar as pessoas a satisfazerem seus interesses mesquinhos. Não existe qualquer procedimento exegético na exposição clara das virtudes salvadoras e libertadoras das Escrituras. Eles pincelam os textos a seu bel-prazer e de acordo com suas conveniências, sem atentar para o sentido gramatical e contextual do versículo. 


Paulo diz que “a glória deles está na sua infâmia” (Fp. 3.19), isto é, eles deveriam se envergonhar do que estavam fazendo, no entanto, fazem o contrário, incentivam seus ouvintes s fazer o mesmo é cometerem os mesmos erros que eles cometem. Eles apenas se entregavam e os de hoje também se entregam, dissolutamente ao pecado e ainda se vangloriavam e se vangloriam dos seus atos libertinos e libidinosos. Eles falavam a respeito de Deus, mas a preocupação central deles era com o terreno, “apenas para as coisas materiais”. O meio evangélico está cheio desse tipo de pregador que não sabe mais o que significa ser salvo e ir para o céu. Na verdade, eles não têm qualquer sentimento em relação ao céu, pois o foco está exclusivamente nos valores terrenos, o céu deles é nas riquezas terrenas e materiais. Eles pregam a ganância, travestida de prosperidade terrena através da “teologia da prosperidade”, como se fosse o único prêmio a ser buscado pelos crentes. 

Eles ficam apavorados diante da morte, negam-se a tratar desse assunto. Por isso, para eles, a saúde física é idolatrada, argumentam até que um cristão de fé não pode adoecer de jeito nenhum. Muitos pseudoevangélicos estão se deixando levar por essa ladainha antievangélica. Esses inimigos da cruz de Cristo receberão sua paga na eternidade, o engano proliferado por eles não ficará impune. O caminho deles os conduzirá à perdição, pois eles estão pregando heresias, o que conduz à punição e à perdição eterna. (II Ts. 1.9).


A nossa convicção de fé nos garante que Jesus foi preparar a nossa cidade celestial nos céus e virá outra vez para arrebatar os seus. 


Os crentes em Jesus não se apavoram diante da morte, pois sabem que ela é apenas uma passagem para uma eternidade com Cristo. Estamos na terra e devemos responder com responsabilidade a essa condição. Os cristãos, enquanto cidadãos da terra, têm direitos e deveres. Precisamos estar conscientes dessa situação, principalmente nos momentos de cobrar dos políticos. Há crentes que defendem uma obediência incondicional às autoridades, mas isso não é ensinado na Bíblia. (At. 5.29). A democracia pressupõe diversidade de poderes e fiscalização por parte do povo, para que os poderes governem a contento. 


O respeito às autoridades é bíblico (Rm. 13.1), e deve ser considerado, mas não irresponsavelmente. Devemos orar, e agir através do voto (Tt. 3.1), para evitar que tenhamos autoridades que apenas governam para elas próprias. Por outro lado, não podemos também perder o foco, há líderes evangélicos que apenas enfatizam a dimensão temporal. Eles se engajam politicamente, mas se esquecem de que são cidadãos dos céus e agem nos palanques e nas tribunas políticas como se não conhecessem nada do evangelho e da Bíblia Sagrada. Vivem na laicidade do estado mais do que os que não fizeram profissão de fé em algum templo religioso.   (Fp. 3.20).


 Para não incorrer no equívoco dos religiosos que apenas visualizam o terreno, devemos saber que “a nossa Pátria está nos céus”. O substantivo para pátria, em grego, é politeuma, e significa a conduta de alguém no mundo. O homem moderno está tão centrado no terreno, até mesmo entre aqueles que se dizem evangélicos, que não conseguem olhar para cima. Como cidadão do céu, o crente tem seu nome registrado naquele lugar e precisa zelar pelo registro de seus nomes no livro da vida. (Lc. 4.3; 10.20), ele aguarda com expectação o momento que entrará no país celestial (Ap. 20.15). Paulo diz que o crente tem uma bendita esperança, que é a segunda vinda de Jesus Cristo. (Ef. 3.20). 


Esse tema está desaparecendo dos púlpitos cristãos, são poucos o que têm interesse de pregar sobre o arrebatamento da igreja. Mas essa é uma das doutrinas fundamentais da fé cristã, não podemos perder a esperança na volta de Jesus para arrebatar os seus (I Ts. 4.13-18). Um dia a trombeta soará e Cristo virá com os Seus anjos, para ressuscitar aqueles que morreram em Cristo e para transformar os que estiverem vivos. (I Co. 15.43-53).

Os inimigos da cruz de Cristo pregam um evangelho que nada tem a ver com a Palavra de Deus. Eles estão centrados em satisfazer seus apetites e deleites carnais ou em cumprir suas tradições religiosas do mundo moderno. Mas os crentes em Jesus não perdem o foco, pois sabem que quando Cristo se manifestar serão semelhantes a Ele (I Jo. 3.2). Nesses dias tão difíceis, nos quais as pessoas estão se distraindo com as coisas terrenas, materiais, inclusive alguns denominados evangélicos até dizem não podemos perder o céu de vista. Jesus nos prometeu um lugar, o qual está preparado, para que estejamos para sempre com Ele (Jo. 14.1).

Em outras passagens do Novo Testamento a cruz mantém essa concepção do Antigo Testamento de extrema vergonha e humilhação com relação a quem ficasse exposto nela (cf. Atos 5:30; 10:39; 1 Pedro 2:24. Hebreus 12:2).

No Novo Testamento a cruz também é aplicada em algumas passagens de forma figurada. Assim ela aparece na condição de que todo seguidor genuíno de Cristo deve tomar a sua própria cruz, indicando um estado de completa renuncia diante da causa do reino de Deus (Mateus 16:24; Marcos 8:34; Lucas 9:23).

Mas sem dúvida o maior significado da cruz no Novo Testamento, é como uma expressão de todo o conceito da obra redentora de Cristo. Dessa forma a cruz aponta para a realidade da expiação substitutiva que o Filho de Deus realizou para redimir o seu povo, para salvar os que se achavam em trevas e escuridão.  (1 Coríntios 1:18; Gálatas 6:14; Filipenses 3:18). Foi na cruz que Cristo reconciliou o pecador com Deus. (Colossenses 1:20).

Consequentemente, a cruz também é utilizada no Novo Testamento como um símbolo da união do redimido com seu Salvador. É dessa forma que Paulo declara já estar crucificado com Cristo, de modo que é o próprio Cristo que vive nele. (Gálatas 2:20).

O apóstolo Paulo declara com convicção: “...já não vivo eu, mas Cristo vive em mim...”. 


Deus abençoe você e sua família 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

GEAZI UM SERVO INFIEL E DE DUPLA PERSONALIDADE

GEAZI UM SERVO INFIEL E DE DUPLA PERSONALIDADE


O significado do nome de Geazi

Geazi significa: "Vale da visão". Mas a visão  de Deus que tanto ele precisava ter, ele não tinha e fez questão de demonstrar a sua fraqueza e desvio de caráter no decorrer da vida. Elizeu trabalhou o caráter de Geazi em toda a sua trajetória junto com o profeta. Geazi só teve bons exemplos de Eliseu. Geazi só teve bons conselhos do profeta Elizeu, mas nada disso adiantou. 


Mesmo com os “qualitativos” acima, Geazi teve ótimas oportunidades. Foi servo de confiança de Eliseu. (2Rs 4:31; 2Rs 5:25 e 2Rs 8:4,5). Aparece ligado à história da Sunamita (2Rs 4:14,31) e de Naamã, o sírio. Nesta última ocasião, ele foi culpado de duplicidade e desonestidade de carácter, fazendo com que o profeta Elizeu denunciasse o seu crime com justa severidade e pronunciasse contra ele uma terrível condenação: "A lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre". (2Rs 5:20-27).

Mais tarde, Geazi vai contar ao rei Jorão os grandes feitos do seu mestre. (2Rs 8:1-6).

Geazi foi o servo do profeta Eliseu conhecido principalmente por ter sido amaldiçoado com lepra. Geazi é mencionado nominalmente na Bíblia em três ocasiões. A primeira delas é na narrativa da mulher Sunamita (2 Reis 4:12ss). A segunda envolve a história da cura de Naamã, general do exército da Síria. (2 Reis 5:20). A terceira e última passagem mostra Geazi diante do rei Jorão (2 Reis 5:4-6).
Alguns estudiosos também sugerem que é possível que Geazi tenha sido mencionado indiretamente pelo menos outras duas vezes. Ele pode ter sido o servo citado em 2 Reis 4:43, bem como o moço cujo nome não é mencionado no conhecido texto de 2 Reis 6:15.

Qual era o serviço de Geazi.

Geazi se dedicava a servir o profeta Eliseu, sendo seu assistente pessoal. Isso significa que certamente ele pôde acompanhar Eliseu em diversas ocasiões. Uma dessas ocasiões está registrada no capítulo 4 de 2 Reis. Esse capítulo relata a história da mulher Sunamita. Essa mulher havia demonstrado grande generosidade hospitaleira para com o profeta do Senhor.

Nesse contexto Geazi aparece como sendo aquele que sugeriu ao profeta Eliseu que a mulher Sunamita deveria ser recompensada com a promessa de um filho. Tão logo, segundo a profecia de Eliseu, a mulher deu à luz a um menino.

Mais tarde, esse menino acabou adoecendo. Quando a mulher Sunamita foi procurar Eliseu, o profeta ordenou que Geazi levasse o seu bordão e colocasse sobre o menino. Esse esforço foi em vão, porque nada aconteceu ao menino sem vida. Mas o profeta Eliseu foi pessoalmente até o menino e Deus restaurou-lhe a vida. (2 Reis 4:8-37).

O erro de Geazi

Se Geazi aparece em 2 Reis 4 como um servo prestativo, no capítulo seguinte ele aparece como um servo ganancioso.  Em 2 Reis 5 lemos sobre como Naamã, o leproso capitão sírio, foi até Israel procurar Eliseu. Seu objetivo era o de ser curado de sua lepra, e consigo ele levou presentes preciosos para oferecer ao homem de Deus. Conheça também história de Naamã na Bíblia.

Após ser instruído pelo mensageiro de Eliseu a se lavar, mergulhar, sete vezes no Rio Jordão como o profeta Elizeu tinha ordenado, Naamã ficou curado. Então ele voltou ao profeta Eliseu e lhe ofereceu uma grande quantidade de presentes. Mas Eliseu não aceitou nada que Naamã lhe ofereceu, apenas lhe despediu em paz. (2 Reis 5:16-19).

Logo depois da partida de Naamã, Geazi se apressou em alcançá-lo. Ele disse: “O meu senhor poupou este sírio Naamã, negando-se aceitar dele alguma gratificação do muito que trazia. Tão certo como vive o SENHOR, irei atrás dele e receberei dele alguma recompensa”. (2 Reis 5:20).

Quando Naamã percebeu a aproximação de Geazi, logo foi ter com ele. Então Geazi lhe pediu falsamente em nome de Eliseu um talento e duas peças de roupas finas. Seu propósito era obter para si aqueles presentes. Diante do pedido de Geazi, Naamã acabou lhe oferecendo não apenas um talento, mas dois. (2 Reis 5:23). Isso equivalia a aproximadamente 70 quilos de prata.

O castigo de Geazi

Quando retornou a Eliseu, Geazi ainda tentou enganá-lo. Esse falso pagamento exigido por Geazi lhe causou um severo castigo para ele e para sua posteridade. Por causa de seu pecado, o ambicioso Geazi foi amaldiçoado pelo homem de Deus. Ele recebeu sobre si e sobre sua descendência a mesma enfermidade da qual Naamã havia sofrido. No mesmo instante ele saiu da presença de Eliseu já leproso, com seu corpo parecendo estar coberto de neve. (2 Reis 5:27).

A palavra lepra traduz um termo genérico utilizado no Antigo Testamento para se referir a muitos tipos de doenças de pele. Hoje a lepra ou  Hanseníase tem cura. O processo de tratamento e longo, porém traz efeitos benéficos para o paciente, podendo ser até curado completamente.  

Provavelmente esse tipo de lepra que Naamã tinha, e que depois Geazi contraiu, não exigia o isolamento completo da pessoa. 

Depois desse evento Geazi é citado uma última vez testemunhando ao rei Jorão sobre as grandes obras realizadas por Deus através do ministério de Eliseu. Na ocasião ele enfatiza especialmente a ressurreição do filho da mulher Sunamita. (2 Reis 8:4-6).

Em outra ocasião ele se assustou com o cerco do exército inimigo em 2 Reis 6. Era o exército do rei da Síria que vinha em busca do profeta Elizeu com milhares e milhares de soldados. 

Segundo a oração de Eliseu, esse moço teve seus olhos abertos para contemplar a proteção divina, porque os exércitos celestiais estavam com anjos aos milhões para socorrer o profeta Elizeu.  (2 Reis 6:17). 

Geazi foi curado de sua lepra?

Curiosamente muitas pessoas acabam afirmando que Geazi foi curado de sua lepra. Não é raro encontrar pessoas pregando sobre uma suposta restauração de Geazi. Porém não há qualquer base bíblica para tal afirmação. Em primeiro lugar, Eliseu foi claro ao dizer que a lepra acometeria a ele e a sua descendência “para sempre”. (2 Reis 5:27). Se Geazi foi curado posteriormente, então a palavra de Eliseu não teve muita valia.

Em segundo lugar, o próprio Jesus falou sobre os leprosos que viviam em Israel no tempo de Eliseu. Em Lucas 4:27 nosso Senhor diz: “Assim também, no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel, mas nenhum deles foi purificado, a não ser Naamã, o sírio”.

A Ganância de Geazi.

(2 Reis 5:20b) ..porém, vive o SENHOR que hei de correr atrás dele, e receber dele alguma coisa.

O profeta Eliseu foi usado por Deus para curar o general Naamã de sua lepra. Após ser curado, Naamã foi até a presença de Eliseu levando ouro, prata e roupas finas a fim de “recompensá-lo” por sua cura, o que não aceitou o profeta. 

A recusa de Eliseu nos dá a visão do caráter desse servo de Deus. Ao recusar os “presentes” Eliseu deixa claro que a sua relação com Deus não era no princípio da barganha, mas no princípio da soberania de Deus.

Seu servo Geazi ao ver sua atitude, achou que poderia facilmente lucrar, externalizando o seu verdadeiro caráter e resolveu correr atrás de Naamã e através de uma mentira tomar para si os presentes que estavam com Naamã para oferece-los ao profeta Elizeu. 

Ao voltar à presença de Eliseu, o mesmo lhe perguntou onde ele esteve e mais uma vez ele mentiu. Só que dessa vez para o homem de Deus, tentando ocultar o que fizera, e trouxe para si uma consequência terrível e que alcançou toda a sua descendência.

A história de Geazi é um exemplo vivo de como podemos  nos comprometer se persistirmos naqueles erros.

Geazi tinha um futuro promissor.  Uma vida de compromisso com Deus. Uma vida de benção. 

Uma vida de grandes realizações junto ao profeta Elizeu, porém ele não tinha o compromisso sincero e honesto que o cargo exigia. Era extremamente descuidado e desleixado em suas responsabilidades para com as coisas de Deus e para com o profeta Elizeu  

Muitas vezes as oportunidades se apresentam para nós por um mover de Deus e não conseguimos enxergar a dimensão de tal oportunidade. Jogamos fora como um pedaço de papel lançado ao vento e que nunca mais retorna às nossas mãos. Assim, infelizmente, agiu Geazi.

Geazi estava ao lado de um grande profeta, de um homem que tinha compromisso com Deus, que tinha fidelidade e intimidade com Deus. Ele já tinha presenciado o que Deus fazia através da vida do profeta, como por exemplo, as águas de Jericó que eram más tornando a terra estéril e por uma palavra do profeta tornaram-se águas saudáveis; a multiplicação do azeite da viúva que impediu a escravidão de seus filhos, a ressurreição do filho da Sunamita e a morte na panela que foi tirada proveniente de ervas que eram desconhecidas e que foram retiradas pelo próprio Geazi ao preparar uma refeição.

Geazi tinha a oportunidade de realizar grandes coisas para Deus e de deixar o seu nome marcado para sempre na história com bons exemplos de fidelidade a Deus e ao profeta de Deus. 

Você também pode realizar grandes coisas para Deus. Você pode deixar o seu nome marcado para sempre na história, tanto para o bem como para o mal.

Mas Geazi teve algumas atitudes que o levaram a chegar a lugar nenhum e que podem também fazer o mesmo com você ou com qualquer outra pessoa se não vigiar.

Geazi pensou que “o ter" é melhor do que “o ser".

Hoje em dia vemos muitas distorções no meio evangélico levando as pessoas a pensarem que a questão de “ter” o máximo de benefícios materiais é sinal de uma vida de felicidade e de prosperidade. Somos todos instados e empurrados pela teologia da prosperidade para só corrermos atrás das coisas materiais. Acrescentando-se a isso um sincretismo religioso que desvia o foco dos chamados “eleitos e santos”, da visão do Reino de Deus como um todo. 

É um verdadeiro “vale tudo” para o “ter”:

(Mateus 6:19). Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 
(Mateus 6:20). Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.

Essas palavras são de Jesus após a oração do Pai Nosso. Agora como é que começa o Pai Nosso?

Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha a nós o Teu Reino,  seja feita a tu vontade, assim na terra como no céu, o pão nosso de cada dia nos dai hoje... Orando assim você poderá ser uma pessoa muito próspera, porque a honra e a glória nessa oração são transferidas à quem merece: ao Pai nosso que está no céu. 

Veja a escala de importância que devemos ter como prioridade em nossas vidas para sermos abençoados por Deus diariamente.

Devemos santificar nossas vidas todos os dias. 
Devemos honrar o Reino de Deus todos os dias. 
Devemos fazer a vontade De Deus todos os dias. 
Devemos praticar o que pregamos pois assim como é no céu nossa vida também deve ser na terra.

Devemos agradecer a Deus pelo pão nosso de cada dia todos os dias. 

Isso não significa que devemos abrir mão de todas as bênçãos materiais dessa vida porque elas são para todos aqueles que querem e obedecem a Deus.

Isaías 1:19 diz: “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra”.

O problema não está em querer ter, mas sim em colocar “o ter” como prioridade ao invés do “ser”.

Devemos ter equilíbrio em lidar com as bênçãos materiais para não colocá-las em primeiro lugar, para que elas não venham ocupar o lugar do “ser”.

Sejamos uma pessoa de caráter reto. Sejamos uma pessoa íntegra. Sejamos uma pessoa honesta. Sejamos uma pessoa respeitada. Sejamos uma pessoa confiável. Sejamos uma pessoa sincera. Sejamos uma pessoa amiga. Sejamos um adorador por excelência. Sejamos um intercessor.

Sejamos um (a) servo (a) fiel do Deus altíssimo.

Sejamos alguém compromissado com Deus em qualquer circunstância. Sejamos alguém fiel a Deus em tudo. Sejamos alguém com profunda intimidade com Deus. Sejamos alguém obediente a Deus em tudo. Sejamos alguém com a visão do Reino de Deus.

Corremos diariamente o risco de pensarmos como Geazi, que o mais importante é ter o ouro, a prata e as roupas finas, do que ser “irrepreensível e sincero no meio de uma geração corrompida e perversa” como está em Filipenses 2:15. Precisamos ter uma aliança firme com Deus.

Jesus lidou com esta tentação quando o satanás o levou ao alto de um monte e, mostrando-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, em (Mateus 4:8 e 9) disse-lhe: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares”.  E Jesus respondeu: “Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás”.

Não importa o prejuízo financeiro e material que isso possa trazer primeiro devemos buscar o Reino de Deus e a Sua justiça e as demais coisas nos serão acrescentadas. (Mateus 6:33).

A Bíblia diz que é o amor ao dinheiro que é a raiz de todos males e não “o dinheiro”. E é por isso que muitos cristãos trazem sofrimentos terríveis para suas próprias vidas. (1 Timóteo 6:10).

Geazi saiu do lado do homem de Deus. Saiu do lado de Eliseu o profeta de Deus. 

A atitude de Geazi de sair do lado do homem de Deus e ir em direção aos “presentes” do mundo comprometeram a sua trajetória. Nosso futuro pode ser comprometido não por Deus, mas por nós mesmos ao tomarmos atitudes contrárias aos propósitos de Deus para nossas vidas. 

Geazi demonstrou com isso que a sua prioridade não era de servir a Deus, não era de estar debaixo da autoridade espiritual de Deus e nem de Eliseu o homem de Deus,  não de estar aliançado com Deus, mas de algum benefício egoísta e individual para o seu deleite pessoal, para massagear o seu ego. 

Geazi decidiu correr atrás de Naamã e quem corre atrás de Naamã, nunca chegará à frente, no propósito de Deus para sua vida.

O que Geazi fez e que muitos hoje em dia fazem é correr na contramão da visão de Deus para suas vidas. 

Quem corre na contramão de Deus, corre:

Sem a direção de Deus. Corre para não chegar a lugar nenhum. Corre para não conquistar o prêmio da vitória. Corre simplesmente para se vitimizar.


Geazi quis tomar para si aquilo que não lhe pertencia.

Geazi correu atrás para tomar algo de Naamã e quem quer tomar, pegar algo de alguém dessa maneira na verdade quer ter algo que não é seu, mas de outrem. Isso é errado. 

Se o ouro, a prata e as roupas especiais fossem para pertencer a alguém seriam de  Eliseu que as rejeitaram para não caracterizar pagamento por sua oração ou pagamento pelo milagre operado na vida de Naamã.

Muitas pessoas estão correndo atrás de outras tentando tomar aquilo que não lhes pertence e usando o nome de Deus para suas más intenções, foi isso que caracterizou a derrota e o fracasso de Geazi. 

Cada um tem seus bens, tem uma unção a zelar, tem uma intimidade a zelar, tem uma fidelidade a zelar, tem um compromisso a zelar, tem uma revelação a zelar, tem um nome a zelar. E isso não é tomado de ninguém, isso é conquistado com suor e lágrimas no decorrer da vida. E essa conquista vem através de uma atitude de buscar e não de tomar as coisas dos outros ou forçar a barra para ficar o que não é seu. 

Há uma busca mais importante que as pessoas devem procurá-la. Mas que busca é essa?

(Mateus 6:33). Mas, buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Quando entendemos que a nossa primícia deve ser buscar a Deus acima de todas as coisas, todas as nossas necessidades são supridas. 

Porque quem vai buscar alguma coisa busca algo que já lhe pertence.

O Reino de Deus é para você e todos os que o buscam.

Geazi usou a mentira como ferramenta para alcançar os seus objetivos. 

Geazi utilizou a mentira com ferramenta para construir um sonho. Mas quem usa a mentira como ferramenta constrói apenas pesadelo.

Geazi mentiu para Naamã e podemos dizer que Naamã representava o mundo com sua materialidade. Geazi disse: “Hei de correr atrás dele e receberei dele alguma coisa”. (Vers.20).

Quem mente para o mundo pode até conseguir um pouco de ouro, prata e roupas finas, mas a conta do mundo chega. Isso é passageiro. No caso de Geazi tornou-se um pesadelo.

Podemos constatar isso através dos escândalos na sociedade em geral.

Só que Geazi cometeu um erro maior e que determinou o fim trágico da sua história. Geazi mentiu para Deus. Mentiu para o profeta Elizeu,  o homem de Deus. Mentiu para Naamã.

Eliseu perguntou: “Donde vens, Geazi?” E respondeu ele: “Teu servo não foi à parte alguma”. (Vers.25).

E Eliseu disse: “Por ventura não fui contigo em Espírito…”.

(Provérbios 15:3). Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons.

(Salmos 101:7). O que usa de engano não ficará dentro da minha casa; o que fala mentiras não estará firme perante os meus olhos. 

Geazi teve a oportunidade de arrepender-se, de reconhecer o seu erro e pedir perdão, mas ele escolheu o caminho mais fácil, ele escolheu um atalho, o da mentira e se deu mal. Jo.8.44.

Quem escolhe um atalho corre o risco de se perder no caminho original.

Antes de chegar a esse episódio, um episódio anterior já contrastava as atitudes de Geazi como, por exemplo, na passagem da Sunamita.

Veja as atitudes de Eliseu em comparação a de Geazi. 2 Reis 4.17:37.

Eliseu disse:
Vai tudo bem contigo, teu marido e com teu filho? ( Demonstração de amor ao próximo). 

A sua alma está em amargura e o Senhor não me revelou o que é. (Demonstração de humildade).

Toma o meu bordão (Compartilhou a sua autoridade).

Veja agora as atitudes erradas de Geazi:

Tentou arrancá-la dos pés do profeta.  (Insensibilidade).

Passou adiante deles. (Soberba).

Não houve no menino nem voz e nem sinal de vida. (Não tinha unção para tal).

Deus não permitiu que o milagre acontecesse por intermédio de Geazi porque conhecia o seu coração e sabia o que ele faria mais na frente. 

As atitudes de Geazi determinaram o seu fracasso. 

Geazi comprometeu toda sua vida por ir na contramão do propósito de Deus, na contramão da visão do Reino de Deus. Ele não comprometeu somente a sua vida, mas a vida de toda sua descendência porque todos os descendentes de Geazi nasceram leprosos. (2 Rs.5.27). 

Não torne a sua vida “leprosa” e nem de sua posteridade por conta de suas más escolhas.

Você tem o direito de fazer suas escolhas. Só não tem direito de escolher as suas consequências. As consequências dos pecados de alguém chegarão em algum dia da vida. Gl. 6.7 diz: De Deus não se zomba, tudo que o homem semear, isso também ceifará.

Geazi não chegou aonde Deus queria por sua inconsequência, por sua irresponsabilidade. 
Quem corre atrás nunca chegará à frente. Quem corre em segundo nunca chegará em primeiro. 
Prossiga para o alvo, prossiga para Cristo, com Cristo e por Cristo e você alcançará tudo o que deseja. (Filipenses 3:14). 

Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

Após a morte do profeta Elizeu Geazi foi morar no Palácio.

“Ora, o rei falava a Geazi, moço do homem de Deus, dizendo: conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito. E sucedeu que, contando ele ao rei como vivificara a um morto, eis que a mulher cujo filho vivificara clamou ao rei pela sua casa e pelas suas terras, então, disse Geazi: Ó rei, meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho, a quem Eliseu vivificou”. (2 Reis 8.4,5).

Após a morte de Eliseu, Geazi foi morar no palácio do rei e tudo indica que ele passou a ser uma referência para quem quisesse saber sobre o profeta Elizeu. Pois, passou a contar sobre os milagres e prodígios que o seu senhor realizou quando em vida. Quando Geazi andava com o profeta Eliseu, ele presenciou a maioria dos milagres que o homem de Deus realizou. Geazi teve os seus olhos abertos para ver o exército de anjos que vieram para socorrer o profeta do exército da Síria, cujo rei era Ben-Hadade. 

Veja o que diz a Bíblia: “E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos? E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu”. (2 Rs 6,15-17).

Diz um ditado popular que a mentira tem perna curta; a mentira de Geazi não colou. Geazi certa vez foi duramente repreendido por Eliseu por ter ele mentido ao General Naamã, chefe do Exército do rei da Síria. Por causa de sua fraqueza ele foi acometido de lepra: “Porém ele lhe disse: Porventura não foi contigo o meu coração, quando aquele homem voltou do seu carro a encontrar-te?

Era a ocasião para receberes prata, e para tomares roupas, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas? Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então saiu de diante dele leproso, branco como a neve”. (2 Rs 5.26,27). 

Geazi não foi escolhido para dar continuidade ao ministério profético de Eliseu, aliás ele não tinha uma vida de comunhão com Deus para tal e muito menos conhecia intimamente ao Deus do homem de Deus.

Geazi após a morte de seu senhor passou a testemunhar sobre o que Eliseu havia feito em vida. Geazi só conhecia o seu líder, mas não conhecia o Deus de Eliseu. E você sabe quem é o Deus do profeta Elizeu e de tantos outros profetas, apóstolos e servos que o servem fielmente até hoje?

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

TODO MUNDO QUER SER RICO, NINGUÉM QUER SER POBRE

TODO MUNDO QUER SER RICO, NINGUÉM QUER SER POBRE

Provérbios 13:7. Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e há quem se faça pobre, tendo grande riqueza.


2 Pedro 3.17,18

17. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza;

18. antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!


Jesus começa o seu sermão das bem aventuranças falando dos pobres de espírito. 

Você sabe o que é ser pobre de espírito?

A primeira das "bem-aventuranças" é: "Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus." (Mt 5.3).

O que seria um "pobre de espírito"? No conceito popular aplica-se aos mesquinhos, aos moralmente adoecidos, impregnados de um egoísmo arrogante e desafetuosos, como também os rejeitados, os viciados, os desequilibrados, os doentes mentais e etc. São também os carnais insensíveis, pulsantes em seu hedonismo cobiçoso, os imorais dentre outros. 

Mas na linguagem bíblica, Jesus nos apresenta um sentido diferente, oposto. O respectivo, é um felizardo, um abençoado e Seu Reino, a esses tais pertence.

Como assim? É que para o Mestre, o pobre em espírito ou o pobre de espírito é o indigente que vive na dependência absoluta do Espírito Santo de Deus. Não importa se essa pessoa tenha beleza ou seja desafeiçoada por fora, no exterior, mas para o Senhor Jesus o que importa é a beleza da alma, é a beleza interior. 

 É o de alma deliberadamente voltada para as coisas de Deus, para que tudo seja feito e ou refeito a partir da vontade de Deus; é o resignado de coração que leva sim desaforo para casa e os deposita aos pés da cruz; é o que amortece o mal e o neutraliza em intercessão aos céus devolvendo as maldições com bênçãos; é o que fez calar e sossegar seu coração aflito, inseguro e ansioso debruçando-se no Altar em confiança inominável a Deus; é o que não resiste ao perverso, entrega-lhe a capa, a túnica, o celular, o relógio, a carteira; é o que não reivindica direitos, nem estabelece juízos, muito menos deixa o sol se por sobre a sua ira; é o que anda em gratidão, cheio de contentamento, sabedor de que será sempre melhor dar do que receber. É o que, se receber um tapa na face, oferece a outra sem questionamentos. 

Você é ou não é  um pobre de espírito? Você quer ser ou não quer ser um pobre de espírito? Jesus disse Eu sou o Caminho, a Verdade e a vida e ninguém vem ao Pai senão por mim. Jo 14.6. Será que essas coisas te agradam mais do que as “maravilhas” ociosas e traiçoeiras que o mundo oferece, seduz e inspiram as pessoas para o mal? 

Façamos como os discípulos, como os apóstolos do Senhor Jesus e vivamos uma vida de renúncia do mundo. Vivamos uma vida plenamente para o serviço do Reino de Deus.


Pense nisso e como um pobre de espírito viva sua nessa terra fazendo o bem sem olhar a quem. Isso trará felicidade e regozijo para sua alma; isso é que é ser feliz de verdade. Você quer ser "feliz" (bem-aventurado) de verdade? Então viva sua vida de rico sendo pobre e ou sua vida de pobre sendo rico em Cristo Jesus que é  a maior riqueza em ambas as situações.

Ser rico em algumas coisas é melhor do que ser rico em outras coisas, mas todo mundo quer ser rico em tudo, em todas as coisas. Geralmente pagam o quanto for preciso para tornarem-se mais ricos do que os outros, sejam oponentes ou concorrentes. 

Você conhece a diferença?

Moisés trocou as riquezas e os prazeres pela aflição e pela repreensão. (Heb 11:24-26). Simplesmente porque preferiu a recompensa de Deus mais do que os tesouros do Egito. Ele escolheu o povo pobre que adoravam somente a Deus. Ele viu que era melhor agradar a Deus acima da riqueza da família de Faraó.

Consideremos este texto sobre Moisés: (At 7:20-23). Ele era bem inteligente desde o seu nascimento. Ele aprendeu toda a sabedoria dos Egípcios e era poderoso em palavras e em ações. Ele dispunha de todas as oportunidades de um membro da família real da maior nação da sua época. Mas no vigor dos seus quarenta anos ele tomou uma grande decisão para a sua vida. Ele escolheu o reino de Deus acima do mundo. Ele escolheu colocar em primeiro lugar na sua vida as riquezas do Reino de Deus em detrimento das riquezas do Reino das trevas e riquezas terrenas. Mt. 6.33.

Moisés gastou oitenta anos de sua vida andando com Deus e esperando a voz de Deus falar com ele sobre sua missão quando de repente ouviu o “Eu sou o que sou” de dentro de uma sarça ardente falar com ele; Moisés viu as costas de Deus, falou face a face com Deus, e dirigiu o Seu povo, o povo de Deus para fora do Egito. Suas riquezas aqui e na eternidade de longe excederam os corpos afogados do exército de Faraó no Mar Vermelho e de sua nação destruída e os tesouros esvaziados no Egito pela falta dos Hebreus. Deus comoveu os corações dos Egípcios por causa da última praga da morte dos primogênitos e deu aos Hebreus muitos animais, peças de ouro e grande quantidade de presentes para que os Hebreus liderados por Moisés fossem adorar a Deus no deserto.  Moisés escolheu as riquezas de Deus em primeiro lugar em sua vida e foi o maior legislador da história do povo de Deus.

Há um homem que se fez rico, não tendo ele coisa nenhuma, e há um homem que se fez pobre, tendo ele grande riqueza. Qual deles te representa?

O primeiro homem escolheu ser rico, mas não tinha nada. O segundo homem escolheu ser pobre, mas tinha grande riqueza. A lição diz respeito à diferença entre a riqueza mundana e a riqueza celestial, riquezas espirituais. Dois tipos de riquezas estão sendo considerados. O primeiro homem escolheu a riqueza mundana e o segundo a riqueza espiritual, celestial. O primeiro homem perde a sua riqueza terrena, não leva nada para a eternidade e o segundo homem ganha as riquezas espirituais da eternidade com Deus. 

Você vai escolher o quê para a sua vida?

Veja os comentários de Provérbios 10:15.

O que são riquezas espirituais ou celestiais? Jesus as chamou de “verdadeiras riquezas”. (Lc 16:11). 

Elas são a presença de Deus, o fruto do Espírito em sua alma e em todo tempo no decorrer de sua vida. A sabedoria e a verdade das ações do Espírito Santo de Deus se tornarão a bússola de sua direção. As revelações lhe hão de mostrar que  a vida eterna com Deus é melhor do que a perdição eterna sem Deus. Estas coisas teem algum significado para você? Elas são as coisas mais valiosas para você? Satanás não quer que você as conheça e muito menos que você as experimente.

Considere apenas algumas das comparações encontradas em Provérbios, onde Salomão ensinou o seu filho que algumas coisas são melhores do que as outras. Ele mostrou ao seu filho a verdadeira riqueza.

Saboreando a sabedoria do livro de Provérbios. 

A sabedoria é melhor do que o dinheiro. (Pv 3:14; 8:11,19; 16:16). 

Um pouco com o temor do Senhor é melhor do que tesouros com dificuldades. (Pv 15:16). 

Uma salada com amor é melhor que um churrasco de costela tenra com ódio. (Pv 15:17). 

Um pouco com retidão é melhor do que o muito com a injustiça. (Pv 16:8). 

Humildade com os humildes é melhor do que a riqueza com os orgulhosos. (Pv 16:19).

Uma bolachinha de água e sal com tranquilidade é melhor do que o filé mignon com conflitos. (Pv 17:1).

Consideremos outras comparações. 

Um peso eterno de glória excede em muito a nossa curta e leve aflição aqui. (2 Co 4:17). 

Os prazeres da vida podem facilmente serem vistos, ouvidos e considerados; mas Deus tem preparado coisas que ultrapassam os nossos sentidos. (1 Co 2:9).

Paulo, cuja estrela subia rapidamente em Jerusalém, abandonou tudo para seguir a Jesus Cristo. (Fp 3:4-11). 


Apesar de ter sofrido horrivelmente por escolher a Cristo (2 Co 11:22-28), ele, o Apóstolo Paulo, estava confiante de que seria coroado no céu. (2 Tm 4:7-8). Ele mal conseguia esperar o estar no céu.


Você deve escolher um só destino para o final de sua vida. Você não pode ter as riquezas mundanas e as celestiais juntas. Jesus disse, “Ninguém pode servir a dois senhores”, (Mt 6:24. Você não pode ser um amigo do mundo e de Deus ao mesmo tempo. (Tg 4:4). Se você ama o mundo, você não ama a Deus (1 Jo 2:15).

Não há homem algum que tenha abandonado as coisas desta vida, deste mundo, que não tenha recebido mais das riquezas e das coisas de Deus aqui e no futuro receberá vida eterna no céu. (Mc 10:28-31).

O nosso Pai celestial nos tem prometido tudo aquilo que os outros buscam. Mas isso só acontecerá se colocarmos o Seu reino, o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar. (Mt 6:33).

Salomão descreveu o homem que coloca a sua vista nas riquezas e as consegue. (Ec 5:10-17). Ele não está satisfeito; as despesas aumentam tão rápido quanto as receitas e, por isso, ele só consegue olhar para a receita (Para o que ganha), mas não desfruta dela; ele se preocupa a respeito dela continuamente; ele procura preservá-la, mas perde-a de qualquer forma; ele termina sem nada para deixar ao seus filhos, para seus herdeiros. Ele vai para a sepultura da mesma forma que aqui chegou, nu; na realidade, ele trabalhou para o vento; e toda a sua vida é trevas, tristezas e raiva. Sabe o nome que o Pregador no livro de Eclesiastes deu para isto? Doença mortal.

Se você procura salvar a sua vida mundana, você a perderá juntamente com a sua vida espiritual. (Mt 16:24-25). 

Se você perder a sua vida mundana, você obterá as duas. A escolha é simples. Mas a carne é fraca, O mundo é tentador e Satanás não deseja que você escolha a verdadeira riqueza das mansões celestiais. 

O que é que você já abandonou para obter a verdadeira riqueza?

Você deixa de lado os prazeres deste mundo e o tempo livre das noites de sábado para se preparar para as reuniões de domingo na igreja, para adorar a Deus? Você deixa de lado a diversão passiva e negativa da televisão para guardar os seus olhos de pecarem? A bíblia diz que não é para nós colocarmos coisas más diante de nossos olhos. Salmo 101.1-9.

Você abandona os seus amigos que roubam a sua alma do caminho da justiça e te conduzem por maus caminhos, maus conselhos? 

Você abandona os membros de sua família que se opõem à sua fé? Você desistiria de um emprego onde tivesse muitas oportunidades de crescimento e de ótimos salários para poder ser um cristão melhor, um cristão de verdade?

O Senhor Jesus deixou as suas riquezas em glória para se tornar pobre neste mundo. Por que Ele fez isto? Porque o Seu Pai pediu que Ele assim fizesse e Ele viu a enorme recompensa esperando por Ele no céu, de assentar-se à direita de Deus, o Pai. (Sl 16:8-11; Is 53:12; Lc 24:26; Fp 2:9-11; Hb 12:2)! Está chegando o dia em que todos os sacrifícios e a vida de santificação desta vida serão infinitamente recompensados.

Interações bíblicas sobre ficar rico ou ficar pobre.

Qual é a interpretação bíblica correta sobre os que só querem as riquezas da terra e sobre os outros que só querem as riquezas do céu? Há comentaristas que descrevem os homens pobres que fingem ter riquezas para obter popularidade e há homens ricos que fingem ser pobres para enganar. O texto não condena nem um nem o outro, mas por outro lado e de acordo com interpretações vis, condena os dois. 

O primeiro é culpado de ser orgulhoso e o segundo é culpado por ser ingrato, dizem eles. Em seguida eles fazem a aplicação espiritual disso. Alguns homens fingem ser espirituais, mas estão mortos; e alguns fingem pobreza, mas são ricos. Eles condenam o primeiro e criticam o segundo.

Nós não podemos chegar aonde eles se aventuram ir. Em primeiro lugar, o texto nem recomenda nem condena e, por esta razão, ficamos sem uma lição mais contundente sobre o assunto. Em segundo lugar, a explicação deles não contém nenhuma sabedoria. Em terceiro lugar, a explicação deles não tem nenhuma outra testemunha escritural. Em quarto lugar, Provérbios continuamente contrasta a riqueza material e a sabedoria. Em quinto lugar, a Bíblia repetidamente ensina a lição acima.

Nós cremos que o livro de Provérbios ensina as prioridades corretas, uma das principais lições de todo o livro, que é a aplicação da sabedoria, é o principal assunto do livro de Provérbios. 

Alguns homens, os que se fazem ricos,  colocam toda a sua ênfase no sucesso financeiro e profissional, mas não têm segurança nessas atitudes para as suas almas serem salvas da perdição. Eles têm almas vazias, corações vazios; são cheios de ansiedade mental, casamentos vazios de amor e não podem levar nada com eles para um futuro promissor. De fato, eles com essas decisões vazias, destroem as suas próprias almas. 

Por outro lado os que se fazem pobres  deixarão de aceitar promoções e ganhos mundanos, para exaltar a paz, para exaltar o amor de Deus e a necessária justiça em seus negócios e em suas vidas. Eles escolhem a pobreza relativa pela verdadeira riqueza da quietude, da solicitude, da alegria e da justiça. Qual dos dois homens é mais rico?

Homens sábios evitam as riquezas (Pv 30:7-9). Homens sábios sabem que o verdadeiro sucesso é a piedade ao invés do ganho fácil. (ITm 6:6). Homens sábios temem obter aquilo que desejam e ter uma alma angustiada pelo fracasso. (Sl 106:15). Geralmente aguardam o agir de Deus em suas vidas para alcançar todas as provisões e milagres de Deus no decorrer de suas vidas. 

Homens sábios procuram evitar a luxúria tola e danosa das riquezas (ITm 6:7-10). Homens sábios sabem que Jesus Cristo é o seu maior tesouro. (Sl 73:25-26; Is 66:1-2; Mt 6:19-21; 19:24; ITm 6:17-19; II Tim 4:10; Ap 3:17-18). Homens sábios sabem que um homem rico dificilmente entrará no reino dos céus. (Lc 18:24). Existem coisas mais valiosas e preciosas do que os ganhos financeiros, o patrimônio terreno, riquezas terrenas, diplomas e fama no mundo, um homem sábio faz deles não o seu objetivo de vida, mas aproveita suas riquezas para engrandecer ao Deus único e verdadeiro   mesmo que isso signifique a perda, perca ou espólio de seus bens. As riquezas que o mundo nos oferece são riquezas materiais são trabalhosas e devem ser adquiridas com honestidade e humildade e as riquezas que Deus nos contempla gratuitamente são para gerar em nós um gozo eterno quando chegarmos lá na glória. 

Sendo rico ou sendo pobre, viva sua vida para honrar e glorificar o nome de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 

Sendo rico ou sendo pobre devemos fazer o bem sem olhar a quem. Vejam a história marcante que o pregador (Sábio Salomão) narrou em suas histórias de sabedoria. 

Eclesiastes 9.10-18

10. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.


11. Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes, a peleja, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos. 


12. Que também o homem não conhece o seu tempo; como os peixes que se pescam com a rede maligna e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre eles.


13. Também vi sabedoria debaixo do sol, que foi para mim grande. 


14. Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou, e levantou contra ela grandes tranqueiras. 


15. E vivia nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem. 


16. Então, disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas. 


17. As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina sobre os tolos.


18. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitos bens.


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.