segunda-feira, 25 de julho de 2022

O CONTROLE DE NOSSAS LÍNGUAS

O CONTROLE DE NOSSAS LÍNGUAS


“O estrago que uma língua maldosa pode causar é muito grande em relação ao bem que ela pode trazer”.

By. Waldirpsouza.

 

Na carta de Thiago 3.5-12, encontramos ensinamentos e lições importantes sobre o assunto.

5. Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.

6. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.

7. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;

8. mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.

9. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus:

10. de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.

11. Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?

12. Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.

 

O que é a língua?

A língua quando não é usada com vigilância é um perigoso instrumento destruidor de reputações, a fofoca pode nascer no seio familiar, atingir amigos, inimigos e até estranhos, porque ela traz no seu bojo muita inveja. A palavra fofoca, coisa que a língua mais gosta de fazer, não está na Bíblia, mas existem nela outras palavras que têm o mesmo sentido. Fofoca é sinônimo de mexerico, bisbilhotice e outras parecidas. (Pv 12.18; Sl 140.3; Tg 3.8).

Fofoqueiro não aparece na Bíblia, mas seu sinônimo mexeriqueiro já era usado nos tempos antigos; está registrado em Levítico 19.16 e Provérbios 11.13. Mexericar é o ato de usar de maledicência, repetindo histórias e ou estórias sobre as pessoas. Diz o dicionário que: “mexericar é narrar em segredo e astuciosamente, com o fim de maldizer, intrigar ou enredar as pessoas”. “Mexerico é  ato de mexericar, enredar, intrigar, bisbilhotar e causar chocarrices contra seus semelhantes”.

O mexerico seria então alguém contar a alguém o que um terceiro alguém lhe disse, com o intuito ou pelo menos uma previsão de provocar contenda entre eles. Encontramos na Bíblia: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor”. (Lv 19.16).

A Bíblia compara as palavras do mexeriqueiro aos lábios do tolo: “Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites. A boca do tolo é sua própria destruição, e seus lábios um laço para sua alma” (Pv 18.6-7). E a Bíblia diz mais: “Sem lenha, o fogo se apagará; e não havendo maldizente, cessará a contenda”. (Pv 26.20).

A pessoa que ouve mexericos e maledicências contra outrem peca por essa atitude. Todos devemos evitar comentários desairosos sobre terceiros, e a revelação de pecados e defeitos ocultos do próximo. Sem dúvida que se peca ouvindo mexericos e difamações, e também encorajando e favorecendo oportunidades para a pessoa que tem essa prática continue assim procedendo. Infelizmente, em todas as épocas sempre houve crentes que se tornam culpados do pecado do mexerico. (Sl 55.21; Pv 26.24-26).

O hábito de fofocar, que parecia ser de exclusividade das mulheres, agora já pertence também aos homens, que dele se utilizam, na maioria das vezes, por interesses pessoais, despeito e inveja. Sempre se soube que as mulheres fofocavam (1 Tm 5.13) mais que os homens, por uma razão muito simples: grande parte das mulheres, por permanecerem muito tempo sem fazer nada, têm a cabeça fértil para pensar em maldades, muitas delas destruidoras.

Jesus fez sérias advertências contra julgar as pessoas pela aparência, dizendo “não julgueis, para que não sejais julgados”, (Mt 7.1). Satanás é chamada nas Escrituras “o acusador de nossos irmãos", o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”, (Ap 12.10). Quando fofocamos, julgamos, acusamos ou condenamos os outros estamos fazendo a obra de Satanás, (Mt 7.3-5; Rm 14.4) e o apóstolo Paulo nos adverte: “Assim, que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão”. (Rm 14.13) e Pedro nos aconselha a seguir o exemplo de Cristo, (1 Pe 2.23). Geralmente as pessoas que julgam os outros não deixam de também serem culpadas. (Lc 6.37; Rm 2.1).

Se existisse uma pessoa que não tropeça na língua, seria uma pessoa perfeita. (Sl 15.1-3; Tg 1.26 e Tg 3.2). Devemos pedir o que está no Salmo 141.3: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios”. Davi fez um voto com relação à sua língua: “Eu disse: guardarei os meus caminhos para não delinquir com a minha língua; refrearei a minha boca, (a minha língua) enquanto o ímpio estiver diante de mim”. (Sl 39.1). Paulo admoesta-nos: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”. (Ef 4.29).

Existem três critérios, conhecidos como as três peneiras para sabermos se uma determinada história ou fato deve ser divulgado:

A primeira é  verdade. Devemos ter absoluta certeza que o relato é verdadeiro.

A segunda é a utilidade. Tem alguma utilidade nobre, traz algum benefício, ou é necessário dizer tal coisa?

A terceira é a bondade (ou gentileza). É uma atitude bondosa ou gentil transmitir tal informação?

Somente depois de peneirar essas três vezes, aquilo que vamos dizer, poderemos abrir nossa boca sem temor. (Sl 34.13; Cl 3.9; 1Pe 3.10).

 

O controle de nossas línguas também está descrito em 1 Pedro 3.10.

10. Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano.

A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar e de tudo que sai de nossas bocas através da língua. “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias”. (Provérbios 21.23).

 

O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua.

Devemos abrir a boca para abençoar o nosso irmão, para adorarmos ao Senhor. Mas, infelizmente, muitos têm sido destruídos pela falta de sabedoria. Muitos não têm administrado seus lábios de modo a abençoar. Por isso, amaldiçoam. Salomão afirmou: “Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos”. (Provérbios 10.20-21).

Poderia citar inúmeros textos bíblicos que nos revelam a necessidade de abrirmos a boca para abençoar e não amaldiçoar. Mas quero resumir em apenas um que traduz, de maneira sublime, a força que há nas palavras que proferimos: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. (Provérbios 18.21). Consegue imaginar a extensão e a gravidade disso? Com ela, você pode vivificar ou matar. Consegue dimensionar o poder que há nesse tão pequeno órgão de seu corpo? Peça ao Espírito Santo que lhe conceda sabedoria ao falar.

Não é conveniente que você abençoe e também amaldiçoe. Quando Paulo escreveu aos Romanos, ele disse: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis”. (Romanos 12.14).

Há pessoas que já entenderam a importância de se policiar, de vigiar ao falar e procuram não cometer o pecado da mentira. Porém, acabam pecando justamente porque não abrem a boca para abençoar. A nossa fé é um relacionamento com o Senhor, e este relacionamento nos faz com que nos tornemos abençoadores. Há pessoas que aprenderam isto muito bem. Quando elas chegam, parece que a luz chega; quando abrem a boca, algo começa a fluir. Pessoas assim transmitem o amor de Cristo, fazem a diferença aonde quer que estejam e perto de quem quer que seja.

Infelizmente, porém, há quem faça totalmente o oposto: apenas reclamam, murmuram, maldizem os outros, levam uma vida independente da Palavra. A Bíblia nos ensina a darmos graças em tudo. (1 Tessalonicenses 5.18). O que significa que, pela fé, podemos ministrar a bênção, crendo que as circunstâncias serão mudadas, transformadas, pela graça do Senhor.

Há um poder tremendo em nossas palavras. Em Provérbios 18.21 está escrito que: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. Quando você diz: “Eu o abençoo, em nome de Jesus; eu abençoo o seu dia, o trabalho das suas mãos”, você está passando vida. É uma proclamação. A palavra fica, a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo.

A Palavra nos revela de uma forma bem clara: abençoar, abençoar e abençoar é o segredo de você ser abençoado. Comece abençoando a sua vida e de sua família. “Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor”. (Sl 128.4).

O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos e abençoadores. Assim sendo, que Deus então te abençoe e que você seja sempre uma bênção, porque a mesma língua que edifica também pode matar. Se tiver alguma outra coisa pra fazer, deixa na vontade de Deus porque Ele disse a Abraão: “Eu abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem".

Assim foi o chamado de Abraão: “Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa De teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gênesis 12:1-3).

 

Quer ser sábio e prudente? Então vigie a sua língua.

Provérbios 11.12 afirma: “Quem fala mal do seu próximo não tem juízo; o homem prudente se cala”. Salomão nos adverte neste texto bíblico contra fofocas, calúnias ou insultos ao próximo. A sabedoria bíblica ensina que ninguém deveria jamais desprezar orgulhosamente os outros, seja em seus corações ou com palavras.

Pessoas sábias conterão suas palavras, falarão na hora certa e abandonarão as palavras depreciativas. A fala é sempre uma das evidências mais seguras de sabedoria ou a falta dela. A quantidade de palavras pode provar sabedoria ou loucura. Eclesiastes 5.3 afirma: “Porque das muitas preocupações vêm os sonhos, e do muito falar, palavras tolas.

Contar qualquer coisa sobre outra pessoa, mesmo que seja verdade, mas que não seja necessária nem útil para sua reputação, não só é uma insensatez pelo desgoverno da língua, mas é um pecado muito comum.

O Senhor Jesus foi vítima de abuso verbal, mas Ele não insultou nem ameaçou de volta. 1 Pedro 2.23: “Pois Ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas se entregava àquele que julga retamente”.

Seguir a Jesus significa seguir Seus passos em tudo, dentre eles ser nobre, governando a língua, mesmo quando estiver sofrendo injustamente nas mãos de outros.

Assim, como você fala dos outros? É preciso governar a língua, pois é sempre muito fácil pecar com as palavras. Naturalmente você pode fofocar, debochar, desprezar, julgar e criticar aqueles que estão ao seu redor. Na verdade o que você fala revela a você e a outros o seu caráter e coração. Jesus afirmou em Lucas 6.45: “…porque a boca fala do que está cheio o coração”.

A regra de ouro para você ser bem sucedido (a) na vida.

Governe bem a sua língua. Uma regra simples para fazê-lo é cortar suas palavras pela metade. Fale menos, mesmo que doa muito em você mesmo e mesmo que você tenha que engolir seco.

 

Há um poder tremendo em nossas palavras.

Em Provérbios 18. 21 está escrito que: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. Quando você diz: “Eu o abençôo, em nome de Jesus; eu abençôo o seu dia, o trabalho das suas mãos”, você está passando vida. É uma proclamação. A palavra fica, a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo.

A Palavra de Deus nos revela de uma forma bem clara que devemos: abençoar, abençoar, abençoar e não amaldiçoar.

Comece abençoando a sua vida. “Eis que será abençoado o homem que teme ao Senhor”. (Sl 128.4).

O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos e abençoadores. Assim sendo, que Deus então o abençoe. E mais: Sê tu uma bênção, cumpra o que Deus nos ensina em Deuteronômio 28.1-14 e tudo te irá bem no decorrer de sua trajetória na face da terra.

 

Enfim:

A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar. “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias”. (Provérbios 21.23). O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua. Vigiemos.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

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