O CONTROLE DE NOSSAS LÍNGUAS
“O estrago que uma língua maldosa pode causar
é muito grande em relação ao bem que ela pode trazer”.
By. Waldirpsouza.
Na carta de Thiago 3.5-12, encontramos ensinamentos
e lições importantes sobre o assunto.
5. Assim também a língua é um pequeno membro
e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo
incendeia.
6. A língua também é um fogo; como mundo de
iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o
corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.
7. Porque toda a natureza, tanto de
bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e
foi domada pela natureza humana;
8. mas nenhum homem pode domar a língua. É um
mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.
9. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela
amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus:
10. de uma mesma boca procede bênção e
maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.
11. Porventura, deita alguma fonte de um
mesmo manancial água doce e água amargosa?
12. Meus irmãos, pode também a figueira
produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água
salgada e doce.
O que é a língua?
A língua quando não é usada com vigilância é
um perigoso instrumento destruidor de reputações, a fofoca pode nascer no seio
familiar, atingir amigos, inimigos e até estranhos, porque ela traz no seu bojo
muita inveja. A palavra fofoca, coisa que a língua mais gosta de fazer, não
está na Bíblia, mas existem nela outras palavras que têm o mesmo
sentido. Fofoca é sinônimo de mexerico, bisbilhotice e outras
parecidas. (Pv 12.18; Sl 140.3; Tg 3.8).
Fofoqueiro não aparece na Bíblia, mas
seu sinônimo mexeriqueiro já era usado nos tempos antigos; está
registrado em Levítico 19.16 e Provérbios 11.13. Mexericar é o ato de
usar de maledicência, repetindo histórias e ou estórias sobre as pessoas. Diz o
dicionário que: “mexericar é narrar em segredo e astuciosamente, com o fim de
maldizer, intrigar ou enredar as pessoas”. “Mexerico é ato de mexericar, enredar, intrigar, bisbilhotar
e causar chocarrices contra seus semelhantes”.
O mexerico seria então alguém contar a alguém
o que um terceiro alguém lhe disse, com o intuito ou pelo menos uma previsão de
provocar contenda entre eles. Encontramos na Bíblia: “Não andarás como
mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu
sou o Senhor”. (Lv 19.16).
A Bíblia compara as palavras do mexeriqueiro
aos lábios do tolo: “Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca
brada por açoites. A boca do tolo é sua própria destruição, e seus lábios um
laço para sua alma” (Pv 18.6-7). E a Bíblia diz mais: “Sem lenha, o
fogo se apagará; e não havendo maldizente, cessará a contenda”. (Pv
26.20).
A pessoa que ouve mexericos e maledicências
contra outrem peca por essa atitude. Todos devemos evitar comentários
desairosos sobre terceiros, e a revelação de pecados e defeitos ocultos do
próximo. Sem dúvida que se peca ouvindo mexericos e difamações, e também
encorajando e favorecendo oportunidades para a pessoa que tem essa prática
continue assim procedendo. Infelizmente, em todas as épocas sempre houve
crentes que se tornam culpados do pecado do mexerico. (Sl 55.21; Pv 26.24-26).
O hábito de fofocar, que parecia
ser de exclusividade das mulheres, agora já pertence também aos homens, que
dele se utilizam, na maioria das vezes, por interesses pessoais, despeito e
inveja. Sempre se soube que as mulheres fofocavam (1 Tm 5.13) mais que os
homens, por uma razão muito simples: grande parte das mulheres, por
permanecerem muito tempo sem fazer nada, têm a cabeça fértil para pensar em
maldades, muitas delas destruidoras.
Jesus fez sérias advertências contra julgar
as pessoas pela aparência, dizendo “não julgueis, para que não sejais
julgados”, (Mt 7.1). Satanás é chamada nas Escrituras “o acusador de
nossos irmãos", o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”, (Ap
12.10). Quando fofocamos, julgamos, acusamos ou condenamos os outros estamos
fazendo a obra de Satanás, (Mt 7.3-5; Rm 14.4) e o apóstolo Paulo nos
adverte: “Assim, que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o
vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão”. (Rm 14.13) e Pedro
nos aconselha a seguir o exemplo de Cristo, (1 Pe 2.23). Geralmente as pessoas
que julgam os outros não deixam de também serem culpadas. (Lc 6.37; Rm 2.1).
Se existisse uma pessoa que não tropeça na
língua, seria uma pessoa perfeita. (Sl 15.1-3; Tg 1.26 e Tg 3.2). Devemos pedir
o que está no Salmo 141.3: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda
a porta dos meus lábios”. Davi fez um voto com relação à sua
língua: “Eu disse: guardarei os meus caminhos para não delinquir com a
minha língua; refrearei a minha boca, (a minha língua) enquanto o ímpio estiver
diante de mim”. (Sl 39.1). Paulo admoesta-nos: “Não saia da vossa
boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação,
para que dê graça aos que a ouvem”. (Ef 4.29).
Existem três critérios, conhecidos
como as três peneiras para sabermos se uma determinada história ou
fato deve ser divulgado:
A primeira é verdade. Devemos ter
absoluta certeza que o relato é verdadeiro.
A segunda é a utilidade. Tem alguma
utilidade nobre, traz algum benefício, ou é necessário dizer tal coisa?
A terceira é a bondade (ou
gentileza). É uma atitude bondosa ou gentil transmitir tal informação?
Somente depois de peneirar essas três vezes,
aquilo que vamos dizer, poderemos abrir nossa boca sem temor. (Sl 34.13; Cl
3.9; 1Pe 3.10).
O controle de nossas línguas também está
descrito em 1 Pedro 3.10.
10. Porque quem quer amar a vida e ver os
dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano.
A Palavra de Deus nos revela preciosos
ensinamentos acerca do nosso falar e de tudo que sai de nossas bocas através da
língua. “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias”.
(Provérbios 21.23).
O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar
vida ou de levar à morte: a língua.
Devemos abrir a boca para abençoar o nosso
irmão, para adorarmos ao Senhor. Mas, infelizmente, muitos têm sido destruídos
pela falta de sabedoria. Muitos não têm administrado seus lábios de modo a
abençoar. Por isso, amaldiçoam. Salomão afirmou: “Prata escolhida é a língua do
justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo
apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos”. (Provérbios
10.20-21).
Poderia citar inúmeros textos bíblicos que
nos revelam a necessidade de abrirmos a boca para abençoar e não amaldiçoar.
Mas quero resumir em apenas um que traduz, de maneira sublime, a força que há
nas palavras que proferimos: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que
bem a utiliza come do seu fruto”. (Provérbios 18.21). Consegue imaginar a
extensão e a gravidade disso? Com ela, você pode vivificar ou matar. Consegue
dimensionar o poder que há nesse tão pequeno órgão de seu corpo? Peça ao
Espírito Santo que lhe conceda sabedoria ao falar.
Não é conveniente que você abençoe e também
amaldiçoe. Quando Paulo escreveu aos Romanos, ele disse: “Abençoai os que vos
perseguem, abençoai e não amaldiçoeis”. (Romanos 12.14).
Há pessoas que já entenderam a importância de
se policiar, de vigiar ao falar e procuram não cometer o pecado da mentira.
Porém, acabam pecando justamente porque não abrem a boca para abençoar. A nossa
fé é um relacionamento com o Senhor, e este relacionamento nos faz com que nos
tornemos abençoadores. Há pessoas que aprenderam isto muito bem. Quando elas
chegam, parece que a luz chega; quando abrem a boca, algo começa a fluir.
Pessoas assim transmitem o amor de Cristo, fazem a diferença aonde quer que
estejam e perto de quem quer que seja.
Infelizmente, porém, há quem faça totalmente
o oposto: apenas reclamam, murmuram, maldizem os outros, levam uma vida
independente da Palavra. A Bíblia nos ensina a darmos graças em tudo. (1
Tessalonicenses 5.18). O que significa que, pela fé, podemos ministrar a
bênção, crendo que as circunstâncias serão mudadas, transformadas, pela graça
do Senhor.
Há um poder tremendo em nossas palavras. Em
Provérbios 18.21 está escrito que: “A morte e a vida estão no poder da língua;
o que bem a utiliza come do seu fruto”. Quando você diz: “Eu o abençoo, em nome
de Jesus; eu abençoo o seu dia, o trabalho das suas mãos”, você está passando
vida. É uma proclamação. A palavra fica, a bênção é a palavra. Você não tem a
palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam
tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo.
A Palavra nos revela de uma forma bem clara:
abençoar, abençoar e abençoar é o segredo de você ser abençoado. Comece
abençoando a sua vida e de sua família. “Eis que assim será abençoado o homem
que teme ao Senhor”. (Sl 128.4).
O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos
e abençoadores. Assim sendo, que Deus então te abençoe e que você seja sempre
uma bênção, porque a mesma língua que edifica também pode matar. Se tiver
alguma outra coisa pra fazer, deixa na vontade de Deus porque Ele disse a
Abraão: “Eu abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem".
Assim foi o chamado de Abraão: “Ora, disse o
SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa De teu pai e vai
para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e
te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da
terra”. (Gênesis 12:1-3).
Quer ser sábio e prudente? Então vigie a sua
língua.
Provérbios 11.12 afirma: “Quem fala mal do
seu próximo não tem juízo; o homem prudente se cala”. Salomão nos adverte neste
texto bíblico contra fofocas, calúnias ou insultos ao próximo. A sabedoria
bíblica ensina que ninguém deveria jamais desprezar orgulhosamente os outros,
seja em seus corações ou com palavras.
Pessoas sábias conterão suas palavras,
falarão na hora certa e abandonarão as palavras depreciativas. A fala é sempre
uma das evidências mais seguras de sabedoria ou a falta dela. A quantidade de
palavras pode provar sabedoria ou loucura. Eclesiastes 5.3 afirma: “Porque das
muitas preocupações vêm os sonhos, e do muito falar, palavras tolas.
Contar qualquer coisa sobre outra pessoa,
mesmo que seja verdade, mas que não seja necessária nem útil para sua
reputação, não só é uma insensatez pelo desgoverno da língua, mas é um pecado
muito comum.
O Senhor Jesus foi vítima de abuso verbal,
mas Ele não insultou nem ameaçou de volta. 1 Pedro 2.23: “Pois Ele, quando
insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas
se entregava àquele que julga retamente”.
Seguir a Jesus significa seguir Seus passos em tudo, dentre eles ser nobre, governando a língua, mesmo quando estiver sofrendo injustamente nas mãos de outros.
Assim, como você fala dos outros? É preciso
governar a língua, pois é sempre muito fácil pecar com as palavras.
Naturalmente você pode fofocar, debochar, desprezar, julgar e criticar aqueles
que estão ao seu redor. Na verdade o que você fala revela a você e a outros o
seu caráter e coração. Jesus afirmou em Lucas 6.45: “…porque a boca fala do que
está cheio o coração”.
A regra de ouro para você ser bem sucedido
(a) na vida.
Governe bem a sua língua. Uma regra simples
para fazê-lo é cortar suas palavras pela metade. Fale menos, mesmo que doa
muito em você mesmo e mesmo que você tenha que engolir seco.
Há um poder tremendo em nossas palavras.
Em Provérbios 18. 21 está escrito que: “A
morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu
fruto”. Quando você diz: “Eu o abençôo, em nome de Jesus; eu abençôo o seu dia,
o trabalho das suas mãos”, você está passando vida. É uma proclamação. A
palavra fica, a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem
a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o
casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo.
A Palavra de Deus nos revela de uma forma bem
clara que devemos: abençoar, abençoar, abençoar e não amaldiçoar.
Comece abençoando a sua vida. “Eis que será
abençoado o homem que teme ao Senhor”. (Sl 128.4).
O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos
e abençoadores. Assim sendo, que Deus então o abençoe. E mais: Sê tu uma bênção,
cumpra o que Deus nos ensina em Deuteronômio 28.1-14 e tudo te irá bem no
decorrer de sua trajetória na face da terra.
Enfim:
A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar. “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias”. (Provérbios 21.23). O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua. Vigiemos.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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