segunda-feira, 4 de julho de 2022

DEUS LIVRA O POVO DE ISRAEL DO EXTERMÍNIO TOTAL

DEUS LIVRA O POVO DE ISRAEL DO EXTERMÍNIO TOTAL


Desde a Antiguidade até a criação do Estado de Israel, no século XX, os judeus sempre percorreram e ocuparam diferentes regiões pelo mundo. Por onde passaram e se fixaram, acabaram exercendo grandes atividades intelectuais, comerciais ou foram perseguidos pelas populações locais.

Na Antiguidade Oriental (Oriente Médio), os hebreus, também chamados de judeus ou israelitas, habitavam Canaã (território do atual Estado de Israel). Essa civilização deixou como herança para o mundo ocidental sua conduta moral e ética, que influenciou o surgimento de duas das principais religiões da atualidade: o judaísmo e o cristianismo.


Os hebreus são de origem semita (povos que surgiram na Ásia, descendentes de Noé). Segundo a Bíblia, os hebreus, em razão da seca (fome), migraram para o Egito (ficando 400 anos), onde foram escravizados pelos egípcios. A civilização hebraica, liderada por Moisés, retornou à Canaã (Êxodo).

No ano de 935 a.C., com a morte do rei Salomão, filho de Davi, ocorreu a divisão entre as doze tribos de Israel, constituindo a formação de dois Estados: o Reino de Israel (dez tribos do norte) e o Reino de Judá (duas tribos do sul). Os habitantes do Reino de Israel ficaram conhecidos como israelitas; e os habitantes do Reino de Judá foram chamados de judeus.


Após a divisão das doze tribos de Israel, enormes crises sucederam no ano de 721 a. C. Os assírios submeteram o Reino de Israel ao seu domínio, fato que levou ao desaparecimento das dez tribos. No ano de 596 a.C., o rei babilônico Nabucodonosor conquistou o Reino de Judá, submetendo-o ao chamado ‘Cativeiro da Babilônia’ (judeus prisioneiros na cidade-estado da Babilônia).

Os judeus foram libertados da Babilônia no ano de 538 a.C., após a conquista persa. Posteriormente, a civilização judaica retornou à Canaã, região que passou a ser dominada, no ano de 332 a.C., por Alexandre, rei da Macedônia.

Em 63 a.C., os macedônicos e Canaã foram conquistados pelos romanos; e os judeus organizaram revoltas duramente repreendidas por Roma. Sendo expulsos da Palestina, saíram em diáspora (dispersão) pelo mundo.

Ocupando diferentes regiões pelo mundo, os judeus conviveram em pequenas comunidades. Apesar de não possuírem um Estado (território), eram considerados uma nação (povo) e procuravam conservar sua identidade cultural por meio da língua, religião, costumes e hábitos.

 Na Europa medieval, ocuparam principalmente a região da Península Ibérica (Portugal e Espanha). Antes do ano 1000 d.C, tinham liberdade religiosa e influenciaram o desenvolvimento cultural e científico. No ano de 1095 d.C começaram a ser perseguidos pelos cristãos, porque a Igreja Católica julgou os judeus como responsáveis pela morte de Jesus Cristo. A partir desse fato, a civilização judaica sofreu constantes ataques nas cidades europeias; enclausurando-se nos guetos, milhares de judeus foram vítimas da “Santa Inquisição”, (Tribunal da Igreja Católica que julgava os hereges).

A partir da Idade Moderna, os judeus foram expulsos da Península Ibérica. A grande maioria das comunidades judaicas teve que se instalar em regiões protestantes (norte da Europa). Após o advento dos Direitos Universais do Homem, durante a Revolução Francesa, os judeus passaram a gozar de certa liberdade religiosa e desenvolveram várias atividades no continente europeu, em diversos setores, tais como: bancos e indústrias; além de atividades intelectuais, como: ciências, artes e filosofia, (principalmente).

Com grande ascensão econômica e intelectual, no século XIX, vários países começaram a acusar a comunidade judaica de querer dominá-los, assim também aconteceu no passado no Egito, quando o povo Hebreu foi escravizado. Nesse contexto, começaram a surgir ideias de aversão e preconceito contra os judeus (o antissemitismo). Ainda no século XIX, surgiu entre a civilização judaica o desejo de retornar ao seu território de origem, a Palestina, e criar um Estado Judaico nesse território. Na era do ‘Sionismo’, milhares de judeus retornaram, fugindo do antissemitismo europeu.

No século XX, a comunidade judaica foi vítima de uma das maiores atrocidades da história, o chamado holocausto. Instituído pelo líder nazista Adolf Hitler, durante a II Guerra Mundial (1939-1945), seis milhões de judeus foram submetidos aos campos de concentração, sendo torturados e mortos.

Após o término da guerra, o movimento sionista reivindicou à Organização das Nações Unidas (ONU) a criação do Estado de Israel na Palestina. No ano de 1948, foi criado o Estado Judeu, contrariando os palestinos e árabes que viviam na região e milhares de judeus retornaram para suas terras em Israel. A partir da criação do Estado de Israel, vários conflitos étnicos e guerras passaram a ser constantes na região conhecida como faixa de Gaza.

 

Israel nos tempos modernos.

O conflito entre Israel e Palestina ( povos e nações Árabes) existe há muitos anos. Em 2021, uma nova escalada de violência foi motivada por ameaças de despejos de famílias palestinas. Você não compreende o que está acontecendo na região? Realmente, recapitular os muitos capítulos do conflito não é uma tarefa fácil. Destacamos a seguir os 4 principais pontos para a compreensão de um dos maiores dilemas da humanidade na historicidade moderna.

 

1 – Criação do Estado de Israel foi o estopim de grande beligerância entre Árabes e Judeus. O conflito entre os dois povos remonta à criação do Estado de Israel. Desde a década de 1940, um novo movimento sionista defendia a fundação de um Estado judeu na Palestina que, na ocasião estava sob domínio inglês. A criação de um Estado judeu seria uma resposta ao Holocausto nazista, que dizimou essa população e também ciganos, homossexuais e dissidentes políticos. 

Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprova a divisão da Palestina em dois estados: um judeu e outro árabe. Líderes judeus aceitam a resolução da ONU, mas os países árabes não. Na época, viviam na região 1,3 milhão de árabes e 600 mil judeus.

As tropas britânicas deixam a Palestina e grupos sionistas  começam a organizar o Estado judeu. Em 14 de maio de 1948, o presidente da Agência Judia para a Palestina, David Ben-Gurion, anuncia  a formação do Estado de Israel.

O diplomata e político brasileiro Oswaldo Aranha (1894-1960) presidiu a sessão da ONU que deliberou sobre quais porções de terra ficariam com a Palestina e quais com o novo estado, o de Israel.

2 – Origens históricas do conflito e a Diáspora judaica.

Essa história, porém, não tem início no século 20. É um conflito que remonta à Antiguidade. E é importante ter em mente que a história do povo judeu, como a de outros povos e religiões, inflexiona mitos e registros históricos mesmo porque, na Antiguidade a História não era uma ciência como hoje e nem tinha como função o apego aos fatos, mas, sim, a construção ou destruição de reputações, de povos e de civilizações.

A nossa explicação aqui não pretende ser a definitiva nem tampouco esgotar a história.

Ainda na Antiguidade, os grupos judeus dividiram-se em dois reinos: o de Israel e o de Judá. A cisão se deu em decorrência dos diferentes conflitos entre esses povos, que, por sua vez, os tornou mais vulneráveis às invasões estrangeiras, estamos falando da Antiguidade, não se esqueça disso.

Israel foi dominada pelos assírios, submetendo os povos judeus da região à sua cultura. O Reino de Judá conseguiu manter-se independente até que no 596 a.C., veio a dominação pela Mesopotâmia.

A libertação dos judeus após meio século e a retomada das terras na região da Palestina, no entanto, não significou paz e liberdade. Houve ainda outros processos de dominação pelos macedônicos, liderados por Alexandre, O Grande e pelo Império Romano, em 63 a.C., que tornou a Judeia um reino associado. 

Apesar de viver sob domínio romano, a Judeia pôde preservar sua cultura até a ascensão do Cristianismo, no ano 70 d.C., quando ocorre, então, a diáspora judaica. Os judeus que não viviam exclusivamente na Judeia ao longo dos séculos, espalharam-se pela Europa, formando dois ramos: o sefardita, na Península Ibérica, na Holanda e na Turquia e asquenazi, a maioria deles no Leste Europeu. 

A vida no Velho Mundo, no entanto, não seria fácil. Os judeus foram expulsos da Península Ibérica no século 16, por causa da Inquisição, e da Inglaterra. Parte dos judeus sefarditas, imigrou para o Brasil, ajudando a constituir parte da identidade cultural dos estados da região Nordeste. 

O antissemitismo e as guerras europeias levam a uma nova onda de imigrações na primeira metade do século 20 para todo o continente americano, em especial os Estados Unidos, a Argentina, país que também sofre forte influência judaica, e o Brasil. 

3 – Guerras e conflitos mais recentes entre Árabes e Israel.

A criação do Estado de Israel, todavia, muda o eixo da imigração judaica. Judeus de vários países europeus adotam o novo país como sua pátria. O aumento da população judaica em uma nova nação num território que há séculos era de maioria árabe leva a guerras imediatas.

Os povos árabes do Oriente Médio iniciaram uma ofensiva contra o Estado de Israel no mesmo ano de sua criação. A Primeira Guerra Árabe-Israelense foi liderada por Egito, Líbano, Síria e Transjordânia (hoje, Jordânia) contra o Estado de Israel que contou com o apoio militar dos Estados Unidos. Após o armistício na região, Israel ocupou novas áreas pertencentes aos palestinos.

Depois, vieram outras guerras, como a de Suez (1956), dos seis dias  (1967) e do Yom Kippur (1973). A ascensão de forças radicais e fundamentalistas religiosos no mundo árabe e da direita nacionalista em Israel foi levando a uma crescente tensão.  

4 – Questão Palestina.

Do mesmo modo que o movimento sionista advogava um Estado israelense, a Palestina luta por seu reconhecimento como estado independente. Isso, no entanto, passa pela disputa em torno da cidade de Jerusalém, que o Estado palestino, composto formalmente pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia e reconhecido por 138 dos 193 membros da ONU advoga como sua capital. 

No entanto, Jerusalém é um ponto turístico religioso sagrado para as três grandes religiões monoteístas:  o islamismo,  o judaísmo e o cristianismo.

A expansão de Israel e seu poderio bélico tem levado a críticas mais severas ao estado israelense algumas das quais chegam a considerar a ação de Israel como incompreensível.

 

5 - A perseguição ao povo Judeu e o desejo de extermina-los da face da terra, vem desde os tempos antigos.

Depois de vencer várias guerras eis que o povo Judeu estava na escravidão novamente no tempo da Rainha Ester. O povo Judeu foi ameaçado de extermínio por Hamã, primeiro ministro do rei Assuero. Vamos analisar sobre estes fatos, porém veja como Deus trata o seu povo que é chamado de “a menina dos olhos de Deus”.

O Salmo 124 nos fala de um grande livramento.

1. Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora, diga Israel:

2. Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós,

3. eles, então, nos teriam engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós;

4. então, as águas teriam trasbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma;

5. então, as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma.

6. Bendito seja o Senhor, que não nos deu por presa aos seus dentes.

7. A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.

8. O nosso socorro está em o nome do Senhor, que fez o céu e a terra.

 

O Salmo 121 nos fala da proteção constante de Deus para com Seu povo. Salmos 121.1-8.

1.    Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro?

2. O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.

3. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.

4. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.

5. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.

6. O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite.

7. O Senhor te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma.

8. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.

 

Na atualidade o povo mais perseguido do planeta terra são os Cristãos, os Judeus e seu país de origem, Israel.

Nunca se esqueça que o inimigo do povo de Deus é astuto e peleja em todo tempo para destruir aqueles que amam a Deus. Desde o início da humanidade tem sido assim, porém a derrota final de Satanás acontecerá e isto será pelo próprio Senhor Jesus no final da grande tribulação. 

 

No tempo da rainha Ester Deus livrou o povo Judeu do extermínio total

 O livro de Ester nos relata sobre o plano oficial de Hamã, primeiro ministro do rei Assuero, esse plano era para exterminar o povo Judeu da face da terra.

Vamos ver a história do Rei Xerxes conhecido como Assuero no livro de Ester. O seu principal oficial e político da dinastia Medo Persa no reinado de Assuero era o maldoso e cruel Hamã, que se tornou seu primeiro ministro. Veremos como este elemento projetou a maior traição ao povo Judeu que naquela época estava sob domínio do Rei Assuero (Xerxes).

O rei Assuero foi o governante da Pérsia (Atual Irã) entre 486 e 465 a.C. Ele é mais conhecido como Xerxes, seu nome grego, pelo qual aparece em relatos extrabíblicos, sendo que é apenas no livro de Ester que ele é mencionado como Assuero.

Alguns estudiosos consideram que o nome “Assuero” poderia ter sido um tipo de título real que os monarcas persas recebiam, mas não há consenso sobre isso. O rei Assuero foi filho de Dario I, neto de Ciro e o pai de Artaxerxes I, o mesmo Artaxerxes que aparece no contexto de Esdras e Neemias (Ed 7:1; Ne 2:1).

 

O reinado de Xerxes (Assuero).

Segundo os relatos bíblicos, o rei Assuero governou um império grande e imponente que compreendia um território desde a Índia até a Etiópia, com 127 províncias. Ele ascendeu ao trono por designação do pai, já que não era o filho primogênito. Quando comparado os relatos bíblicos com possíveis fontes históricas extrabíblicas, o rei Assuero era uma pessoa vaidosa, excêntrica e volúvel; gostava de muitas bebidas e de suas longas festas de até seis meses para agradar os líderes de outros povos vizinhos.

Em 482 a.C. ele precisou enfrentar uma rebelião na Babilônia, na qual a cidade foi parcialmente comprometida. A partir de 480 a.C., Xerxes empreendeu várias campanhas militares contra a Grécia. Um dos embates mais conhecidos de Xerxes foi contra Leónidas de Esparta.

O rei Assuero também enfrentou uma derrota difícil quando suas tropas perderam a batalha em Salamina e em Samos. Alguns estudiosos consideram que o evento citado no capítulo 1 do livro de Ester teve a finalidade de planejar as campanhas do Império da Pérsia contra os gregos.

Na sequência de seu reinado houve uma dedicação em relação à construção do novo palácio de Persépolis, além de também ocorrerem várias intrigas em sua corte. O rei Assuero foi assassinado em seus próprios aposentos, muito provavelmente em agosto de 465 a.C.

 

O Rei Assuero (Xerxes) na Bíblia.

O rei Assuero aparece em citações diretas e indiretas em livros do Antigo Testamento. Em Esdras 4:6-23, Xerxes é mencionado quando o autor do livro descreve um contexto de oposição à reconstrução dos muros da cidade de Jerusalém.

Alguns estudiosos sugerem que o rei mencionado nessa passagem bíblica fosse Cambises, sucessor de Ciro, porém essa hipótese é bastante improvável.

Já a referência no livro de Ester é a mais conhecida e detalhada sobre o rei Assuero em toda a Bíblia. Na Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento), Assuero é chamado de Artaxerxes, porém o personagem em questão é o próprio Xerxes.

No livro de Daniel o rei Assuero também é mencionado, apesar de não aparecer seu nome. Ele é o quarto rei da revelação dada ao profeta Daniel registrada no capítulo 11 de seu livro. (Dn 11:2).

Em Daniel 9:1, no capítulo famoso por conter a profecia das setenta semanas, o nome Assuero também é citado, porém não se trata do mesmo Assuero de Ester. Nesse caso, o profeta se refere ao pai de Dario. Essa é uma das referências que apontam para a possibilidade de Assuero ter sido um título e não um nome pessoal.

 

A história do rei Assuero e da rainha Ester.

Assuero, o rei da Pérsia, certo dia realizou um banquete a todo povo na fortaleza de Susã, um palácio fortificado que se elevava em cerca de quarenta metros acima da cidade de Susã. Essa era uma das três capitais persas e servia de residência real de inverno.

Na ocasião estavam presentes os poderosos da Pérsia e Média e seus servos. Após sete dias de festividades, Assuero mandou chamar a rainha Vasti, que também dava um banquete às mulheres na casa real.

A convocação do rei Assuero era para que Vasti entrasse em sua presença usando a coroa real, para que pudesse mostrar aos povos e aos príncipes a sua beleza, porque era muito formosa. (Et 1:11).

Muito tem sido especulado sobre os motivos que fizeram com que a rainha Vasti se recusasse a atender ao pedido do rei, porém o texto hebraico não fornece nenhuma explicação. Alguns estudiosos sugerem que ela poderia ter alguma deformação, mas isso parece improvável visto que o texto aponta a sua beleza.

Antigos intérpretes judeus acreditam que é possível que a ordem de Assuero fosse para que ela comparecesse totalmente despida, usando apenas a sua coroa. Apesar de o texto dizer que o rei Assuero já estava alterado por conta de já haver ingerido muito vinho (Et 1:10) e tal atitude parecer possível diante das circunstâncias e de seu característico comportamento, não há nenhum indício no texto bíblico sobre essa possibilidade.

De qualquer forma, somente o fato de ter que comparecer em uma festa só de homens já seria motivo suficiente para a rainha Vasti ter entendido o pedido como um tipo de humilhação. Tudo o que sabemos é que a rainha Vasti não compareceu e o rei Assuero a destituiu em aproximadamente 483 a.C. Também é possível que mais tarde Assuero tenha se arrependido do que fez. (Et 2:1).


Quando a rainha Ester começou a reinar.

Foi muito provavelmente em 478 a.C. que o rei Assuero colocou Ester no lugar de Vasti como sua rainha. Esse relato do texto bíblico parece se encaixar com a descrição do historiador grego Heródoto de que Xerxes manifestou grande interesse em seu harém logo após a desastrosa campanha contra os gregos.

O mesmo Heródoto identifica a esposa de Xerxes como sendo Amestris. Alguns tentam identificar essa Amestris como sendo a Vasti citada no livro de Ester, ou a própria Ester, porém é muito improvável que Amestris tenha sido qualquer uma delas. Talvez Amestris tenha sucedido Ester mais tarde.

A importante posição de Ester foi muito significativa para que o plano de Hamã em aniquilar os judeus não tivesse sucesso. Na ocasião, Mardoqueu  reconheceu que o fato de Ester ter sido aceita como rainha poderia ser uma providencia divina para que ela pudesse agir em favor dos judeus. (Et 4:14).

 

Outras informações importantes sobre a história de Ester.

O rei Assuero (Xerxes) honrou a Hamã, filho de Hamedata, descendente de Agague, promovendo-o e dando-lhe uma posição mais elevada do que a de todos os demais nobres. Todos os oficiais do palácio real curvavam-se e prostravam-se diante de Hamã, conforme as ordens do rei.

Mardoqueu (ou Mordecai), porém, não se curvava nem se prostrava diante dele.

Então os oficiais do palácio real perguntaram a Mardoqueu: "Por que você desobedece à ordem do rei? " Dia após dia eles lhe falavam, mas ele não lhes dava atenção e dizia que era Judeu. Então contaram tudo a Hamã para ver se o comportamento de Mardoqueu seria tolerado.

Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava diante dele como era o costume da época, ficou muito irado. Contudo, sabendo quem era o povo de Mardoqueu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes.

No primeiro mês do décimo segundo ano do reinado do rei Xerxes, no mês de nisã, lançaram o pur (de purim), isto é a sorte, na presença de Hamã para escolher um dia e um mês para executar o plano, e foi sorteado o décimo segundo mês, o mês de adar, mais precisamente, 7 de março.

Então Hamã disse ao rei Xerxes: "Existe certo povo disperso e espalhado entre os povos de todas as províncias de teu império, cujos costumes são diferentes dos de todos os outros povos e que não obedecem às leis do rei; não convém ao rei tolerá-los.

Se for do agrado do rei, que se decrete a destruição deles; e colocarei trezentas e cinquenta toneladas de prata na tesouraria real à disposição para que se execute esse trabalho".

Então o rei tirou seu anel-selo do dedo ou anel de selar, deu-o a Hamã, o inimigo dos judeus, filho de Hamedata, descendente de Agague, e lhe disse: "Fique com a prata e faça com o povo o que você achar melhor".

Assim, no décimo terceiro dia do primeiro mês os secretários do rei foram convocados. Hamã ordenou que escrevessem cartas na língua e na escrita de cada povo aos sátrapas do rei, aos governadores das várias províncias e aos chefes de cada povo. Tudo foi escrito em nome do rei Xerxes e selado com o seu anel real.

As cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a ordem de exterminar e aniquilar completamente todos os judeus, jovens e idosos, mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo mês, o mês de Adar, e de saquear os seus bens.

Uma cópia do decreto deveria ser publicada como lei em cada província e levada ao conhecimento do povo de cada nação, a fim de que estivessem prontos para aquele dia. Por ordem do rei, os mensageiros saíram às pressas, e o decreto foi publicado na cidadela de Susã. O rei e Hamã assentaram-se para beber, mas a cidade de Susã estava confusa.

Quando Mardoqueu (ou Mordecai) soube de tudo o que tinha acontecido, rasgou as vestes, vestiu-se de pano de saco e cinza, e saiu pela cidade, chorando amargamente em alta voz. Foi até a porta do palácio real, mas não entrou, porque ninguém vestido de pano de saco tinha permissão de entrar. Em cada província onde chegou o decreto com a ordem do rei, houve grande pranto entre os judeus, com jejum, choro e lamento. Muitos se deitavam em pano de saco e em cinza.

Quando as criadas de Ester e os oficiais responsáveis pelo harém lhe contaram sobre Mardoqueu, ela ficou muito aflita e mandou-lhe roupas para que ele as vestisse e tirasse o pano de saco; mas ele não quis aceitá-las. Então Ester convocou Hatá, um dos oficiais do rei, nomeado para ajudá-la, e deu-lhe ordens para descobrir o que estava perturbando Mardoqueu e porque ele estava agindo assim. Hatá foi a Mardoqueu na praça da cidade, em frente à porta do palácio real.

Mardoqueu contou-lhe tudo o que lhe tinha acontecido e quanta prata Hamã tinha prometido depositar na tesouraria real para a destruição dos judeus. Deu-lhe também uma cópia do decreto que falava do extermínio, que tinha sido anunciado em Susã, para que ele o mostrasse a Ester e insistisse com ela para que fosse à presença do rei implorar misericórdia e interceder em favor do seu povo. Hatá retornou e relatou a Ester tudo o que Mardoqueu tinha dito.

Então ela o instruiu que dissesse o seguinte a Mardoqueu: "Todos os oficiais do rei e o povo das províncias do império sabem que existe somente uma lei para qualquer homem ou mulher que se aproxime do rei no pátio interno sem por ele ser chamado: será morto, a não ser que o rei estenda o cetro de ouro para a pessoa e lhe poupe a vida. E eu não sou chamada à presença do rei há mais de trinta dias".

Quando Mardoqueu recebeu a resposta de Ester, mandou dizer-lhe: "Não pense que pelo fato de estar no palácio do rei, de todos os judeus só você escapará, pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas você e a família de seu pai morrerão. Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha”?

Então, Ester mandou esta resposta a Mardoqueu: "Vá reunir todos os judeus que estão em Susã, e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas criadas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei”.


A posição da Rainha Ester diante da possibilidade iminente de ser morta.

Disse ela: “Se eu tiver que morrer, morrerei".

Mardoqueu retirou-se e cumpriu todas as instruções de Ester para livrar os Judeus de uma iminente destruição.

As providências de Deus em favor do seu povo. O rei manda executar o traidor Hamã.

Então o rei e Hamã foram ao banquete com a rainha Ester, e, enquanto estavam bebendo vinho no segundo dia, o rei perguntou de novo: "Rainha Ester, qual é o seu pedido? Você será atendida. Qual o seu desejo? Mesmo que seja até a metade do reino, isso lhe será concedido".

Então a rainha Ester respondeu: "Se posso contar com o favor do rei, e se isto lhe agrada, poupe a minha vida e a vida do meu povo; este é o meu pedido e o meu desejo. Pois eu e meu povo fomos vendidos para destruição, morte e aniquilação. Se apenas tivéssemos sido vendidos como escravos e escravas, eu teria ficado em silêncio, porque nenhuma aflição como essa justificaria perturbar o rei".


A rainha Ester dá a conhecer ao rei quem era o traidor.

O rei Assuero (Xerxes) perguntou à rainha Ester: Quem se atreveu a uma coisa dessas? Onde está ele?

Respondeu Ester: "O adversário e inimigo é Hamã, esse perverso". Diante disso, Hamã ficou apavorado na presença do rei e da rainha. Furioso, o rei levantou-se, deixou o vinho, saiu dali e foi para o jardim do palácio.

E percebendo Hamã que o rei já tinha decidido condená-lo, ficou ali para implorar por sua vida à rainha Ester. E voltando o rei do jardim do palácio ao salão do banquete, viu Hamã caído sobre o assento onde Ester estava reclinada.

E então exclamou: "Chegaria ele ao cúmulo de violentar a rainha na minha presença e em minha própria casa? "Mal o rei terminou de dizer isso, alguns oficiais cobriram o rosto de Hamã.

E um deles, chamado Harbona, que estava a serviço do rei, disse: "Há uma forca de mais de vinte metros de altura junto à casa de Hamã, que ele fez para Mardoqueu, que intercedeu pela vida do rei".


A sentença do rei Assuero contra o traidor Hamã.

Então o rei ordenou: "Enforquem-no nela". Assim Hamã morreu na forca que tinha preparado para Mardoqueu; e a ira do rei se acalmou.

Ester 7:9-12 registra os momentos finais da derrota de Hamã e da vitória de Ester, Mordecai e do povo Judeu. A mão de Deus e o poder de Deus entraram em ação para salvar o povo Judeu das garras do destruidor.

"Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o (Hamã) nela. Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou”.

É óbvio que os papéis de Mardoqueu e Hamã eram reversos. Hamã, o segundo homem no comando e o homem que planejou destruir toda a nação judaica e enforcar Mardoqueu, terminou enforcado na forca que ele mesmo tinha preparado para Mardoqueu (ou Mordecai). Mais ainda, como está no último versículo do livro de Ester, (Ester 10:1-3) nos diz, Mardoqueu, o homem que confiou em Deus, foi feito o segundo no comando, tomando o lugar de Hamã. Finalmente, como o décimo terceiro dia do décimo segundo mês foi definido como a total destruição dos judeus, o rei não apenas cancelou essa ordem mas também inverteu a situação.

Foi feito um novo decreto para livrar o povo Hebreu da morte decretada por Hamã em nome do rei.

As novas ordens ou novos decretos que o novo ministro Mardoqueu enviou para o povo Judeu em nome do rei e da Rainha Ester: Ester 8:11-12.

"Nelas o rei concedia aos judeus, que havia em cada cidade, que se reunissem, e se dispusessem para defenderem as suas vidas, de suas famílias, e para destruírem, matarem e aniquilarem todas as forças do povo e da província que viessem contra eles, crianças e mulheres, e que se saqueassem os seus bens. Num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar”.

Foi realmente uma grande libertação de Deus que tivemos! Mardoqueu o homem que confiou em Deus, começou lamentando e sob a ameaça de ser enforcado por Hamã, mas terminou glorificado por seus inimigos, e assumindo a posição do segundo no comando. De maneira similar, os judeus começaram “chorando e lamentando” e terminaram festejando (Ester 8:17) e seus inimigos destruídos. (Ester 9:1).

Ao contrário, Hamã o que confiou em seu próprio poder, começou como segundo no comando, alegre e preparando o enforcamento de Mardoqueu, mas terminou lamentando e por consequência enforcado na forca que ele tinha preparado para Mardoqueu.

Terminando este breve relato do livro de Ester, poderíamos dizer que esta lição é a mesma lição que é oferecida em muitas outras partes da Palavra de Deus, isto é, a Palavra de Deus é verdadeira Palavra, uma Palavra que não pode ser quebrada apesar das forças contrárias exercidas pelo poder humano e maligno. De fato, aqueles que, como Mardoqueu, confiam nEle, “não serão confundidos”, (Isaías, 49:23) mas eles serão como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar seus frutos". (Jeremias 17:8).

Para concluir vejamos o que nos diz o Salmista com relação aos que confiam no Senhor como fez a Rainha Ester: Salmo 37:3-7,9,11.

"Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Descansa no Senhor, e espera nele, porque aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra, os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz".

Que Deus possa abençoar nossa nação e que Ele possa usar homens e mulheres tementes a Ele para libertar o povo brasileiro das tramas diabólicas que sempre tentam se impor para destruir nosso país e querem a qualquer custo destruir principalmente aqueles que são tementes a Deus. Deus dará o escape; Deus dará livramento; Deus dará a vitória para o Seu povo como no tempo da rainha Ester.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 27 de junho de 2022

ALIMENTANDO DO FRUTO DO ESPÍRITO

ALIMENTANDO DO FRUTO DO ESPÍRITO

 

Alimentando do fruto do Espírito Santo e desprezando as obras da carne.

 

O fruto do Espírito só produz coisas boas para o nosso bem. E será que as obras da nossa carne são para o nosso bem ou para o nosso mal?

 

Os frutos mostram se a árvore é boa ou ruim.

Da mesma forma, nossas vidas são refletidas naquilo que plantamos e nos frutos que produzimos. Uma vida de comunhão e crescimento com Deus colhe amor, alegria, paz, felicidades, riquezas e muitas outras bênçãos materiais e espirituais. Por outro lado, uma vida de pecados colhe frutos ruins e que trazem castigos. 

Quem não se dedica a crescer no seu relacionamento com Deus, não colherá muitos e bons frutos.                                                           

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, paciência, bondade, fidelidade, mansidão, temperança e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”. (Gálatas 5:22-23).

“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis”. (Gálatas 5:16-17).

Desde que Deus criou o mundo, a carne milita contra o espírito e, muitas vezes, o ser humano se deixa dominar pelas obras da carne. Várias guerras dizimaram países inteiros e milhões de pessoas. Inclusive temos visto muitas guerras e conflitos entre as nações em nosso tempo presente. O mundo jaz em trevas e, por isso, precisamos do Espírito Santo e de seu direcionamento para seguirmos em frente e cheios do fruto do Espírito e da graça de Deus. O Espírito de Deus se manifesta desde o início dos tempos sobre toda a criação, inclusive no ser humano. (Gn 1: 2). A promessa do Senhor é de que Ele derramaria o seu Espírito sobre toda carne.

Joel 2.28-32 nos fala do derramamento abundante do Espírito Santo.

28. E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.

29. E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.

30. E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça.

31. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.

32. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar.

É imperativo que escolhamos viver no Espírito e produzamos o que representam para nós o fruto do Espírito Santo em nossas vidas, porque somente por meio dEle podemos ter santidade e honrar o nome de Jesus.

O Espírito Santo não é um sentimento, mas a terceira pessoa da Trindade de Deus. Ele é o Consolador prometido a nós, por Jesus. (João 16: 7).

Muitas são as obras da carne, como prostituição, impureza, idolatria, feitiçaria, ciúmes, discórdias, inimizades. Todas essas obras são letais, porque destroem famílias, amizades, relacionamentos e a intimidade com o Senhor. Portanto, se as escolhemos, não há outra recompensa senão a corrupção e a morte.

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, temperança e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”. (Gl 5: 22-23).

O amor é o primeiro e o mais importante fruto do Espírito, porque sem amor não se pode agradar a ninguém nem ao Criador. (1 Coríntios 13). O amor não se constrói, pois tem que vir do coração de Deus para nós quando o buscamos com sinceridade e sem amor não se pode produzir fruto bom. O amor é a ferramenta primordial para uma vida plena. É a força mais irresistível da terra, pois mobiliza corações e mentes, unindo pessoas e nações. O amor é o cerne do Cristianismo e o próprio Senhor Jesus disse que toda a lei se resume no amor.

Todo Cristão genuíno tem o fruto do Espírito e o coloca em prática. É necessário que vivamos em paz, com alegria, mansidão e domínio próprio, para que a vida fique menos amarga. A árvore da qual pertencem os Cristãos só pode produzir bons frutos. Se temos a boa semente plantada em nós por Jesus Cristo, só podemos produzir coisas boas, que edificam e trazem amor, paz e alegria.

Fomos escolhidos para darmos bons frutos.

“Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, de vide estranha”?

“Jeremias 2.21”.

Se o coração humano é um solo fértil, o Cristão certamente produzirá os frutos de uma vida transformada porque a semente caiu em boa terra conforme está escrito na parábola do semeador.

Mateus 13.3-8 nos alerta sobre como recebemos a palavra de Deus em nossas vidas e como nós a tratamos ou qual o tamanho da importância que ela tem em nossas vidas.

A parábola do semeador trata da vida cotidiana e da reação do ser humano após receber a Palavra de Deus. Esta parábola é a alma de todas as outras parábolas. (Mc 4.13). Por esta razão, Jesus fez questão de esclarecê-la.

A parábola do semeador descreve como começa o Reino de Deus em nossas vidas. A semente é a Palavra de Deus; os vários tipos de solo representam os diferentes tipos de coração e os resultados diversos refletem respostas diferentes à Palavra de Deus.

A Palavra de Deus apresentada em forma de semente.

O que Jesus descreve aqui não é um período de grandes colheitas, mas sim, um tempo em que a Palavra de Deus seria rejeitada. Ele ilustrou cada reação humana de acordo com o lugar onde a semente foi semeada. Por que comparar a Palavra de Deus a sementes? Porque a Palavra é “viva e eficaz”. (Hb 4.12).

Ao contrário das palavras dos homens, a Palavra de Deus tem vida, que pode ser concedida àqueles que creem. A verdade de Deus deve se arraigar no coração, ser cultivada e estimulada a produzir frutos. O fruto é o que comprova a verdadeira salvação. (Mt 7.16; Lc 6.43).

Nem toda semente germinará. Existem pessoas que fazem parte do rol de membros das igrejas, que são batizadas nas águas, participam da Santa Ceia do Senhor, mas nunca tiveram um encontro real com Jesus. Essa parábola indica que nem todas as sementes irão germinar e, se não podemos entendê-la, como foi o caso dos discípulos, não poderemos discernir que existem verdadeiras e falsas conversões por toda a extremidade do planeta. E isso sempre irá ocorrer em qualquer lugar que o Evangelho for pregado. Jesus apresentou várias situações, nas quais podemos identificar até mesmo que tipo de solo somos nós.

Primeiro, o que ouve a Palavra e não entende.

Segundo, o que não tem raiz em si mesmo e abandona o Evangelho por causa das provações e decepções.

Terceiro, o que ouve, mas os cuidados do mundo e a sedução das riquezas abafam a Palavra.

Quarto e último lugar, o que produz fruto porque é lançada em boa terra. (Mt 13.19-23; Jo 5.39; Os 6.3).

 

Então, como posso dar bons frutos?

O fruto do Espírito só pode surgir em mim pelo poder do Espírito Santo a não ser nos humilharmos diuturnamente debaixo das mãos de Deus. Se isto não acontecer nenhuma quantidade de esforço próprio produzirá frutos espirituais. Isso requer uma entrega total de minha vontade própria a Deus, para que eu possa obedecer às palavras de Jesus nas situações cotidianas da vida, para que o fruto do Espírito surja em vez de minha própria natureza. Tal rendição total ocorre quando Jesus é meu primeiro amor e reina em meu coração e mente. Então é a Sua vontade, a Sua Palavra, que é feita na minha vida e não a minha própria vontade. Então o manancial de frutos, o fruto do Espírito, o fruto da obediência às palavras de Jesus, surgirá naturalmente.

 

O que significa ser podado, cortado.

Os ramos que dão fruto são podados para que possam dar ainda mais frutos. Se os ramos tivessem sentimentos e um perguntasse ao ramo como se sente durante o processo de poda, o ramo responderia, sem dúvida é “Bastante doloroso”.

Às vezes, podemos sentir o mesmo, nós que estamos vivendo de todo o coração para Deus e andando no Espírito com o melhor de nossas habilidades e conhecimentos. O fruto do Espírito está surgindo, mas pode haver áreas onde o fruto é imaturo ou atrofiado. O agricultor vem para podar e cortar parte do galho, na esperança de que o galho dê ainda mais frutos, frutos que se tornam mais perfeitas e abundantes com o tempo e a poda. Isso também é conhecido como correção de Deus, ou o tratamento dEle para conosco. (Hebreus 12: 5-11).

O Pai é o agricultor, e Ele faz a poda. Ele às vezes permite que circunstâncias e situações difíceis nos atinjam: finanças precárias, problemas de saúde, oposição, incompreensão, um relacionamento difícil, etc. Tais provações nos levam ao fim de nossa própria força em área após área, em áreas onde não sabemos que estávamos operando em nossa própria força e não no poder do Espírito. Vemos nossa falta do fruto do Espírito e desperta em nós a necessidade de uma entrega mais profunda a Jesus e uma obediência mais profunda à Sua Palavra. Está escrito: “… o Espírito Santo que Deus deu àqueles que lhe obedecem”. Atos 5:32.

Uma obediência cada vez maior à Palavra de Deus nos faz andar no Espírito e traz um poder sempre crescente do Espírito, e então o fruto do Espírito pode se manifestar em nossas vidas a um grau cada vez maior.

 

Devemos dar muitos frutos e ter a alegria do Senhor Jesus permanentemente em nossas vidas.

A alegria do Senhor a nossa força é. A satisfação dos que andam de mãos dadas com a produção de frutos mais perfeitos e abundantes não são reservadas apenas para o agricultor, mas são compartilhadas pelo ramo também. O ramo compartilha a alegria do agricultor, porque é o desejo do ramo produzir frutos mais perfeitos e abundantes, que o agricultor possa ser glorificado. É por isso que o ramo pode suportar a dor da poda, assim como Jesus suportou a dor da cruz: “…pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz…”. Hebreus 12:2.

Produzir frutos abundantes, o fruto do Espírito, é o chamado de todo crente e a promessa de Deus para eles! E pela graça de Deus é possível para você também! Por isso, o Pai é glorificado e, por essa definição, Jesus disse: “… então vocês serão meus discípulos”.

“A árvore que não dá fruto é cortada, é lançada no fogo”.

E a Bíblia nos adverte em muitas passagens sobre os frutos bons de nossa árvore.

João 15:8: “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto”.

João 15:1-2: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda”.

O Pai se alegra quando seus filhos dão frutos. Veja que Ele tem o cuidado de podar, limpar aqueles que dão frutos para que deem mais frutos ainda. O Pai não quer que sejamos apenas ramos da videira. Ele quer que sejamos ramos que dão frutos abundantemente, ramos que dão frutos em sua total potencialidade. Mas para isto devemos estar ligados na videira que é Cristo, João 15:4-5, 8: “Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.

E nós não somos a Videira. A Videira verdadeira é Cristo. Nós somos os ramos. É impossível para um ramo dar frutos, exceto se estiver ligado à videira.

Gostaria de alertar para estarmos atentos para seguir a Deus com todo nosso coração, seguir crescendo em uma relação apaixonante com nosso Deus vivo e Jesus Cristo o nosso intercessor, para sermos dignos de ser chamados filhos, e ocuparmos o lugar que ele preparou para nós. Mas para isto, temos que permanecer Nele e Ele em nós, pois só assim daremos muitos frutos e nunca seremos cortados da videira.

Para isso, devemos buscar primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas nos serão acrescentadas. No fim do dia, todos temos que decidir o que queremos para a nossa vida. O que queremos fazer de nossas vidas? Queremos ser mornos, infrutíferos, caminhando nas coisas que o mundo busca, ou queremos dar muito frutos  para a glória de Deus?

O quê é ser morno, quente ou frio?

“E ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente. Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”. Ap 3:14-16.

Este texto fala sobre a sétima carta do Apocalipse, escrita à igreja de Laodicéia. Para esta igreja, Jesus se apresenta como “o Amém”. “Amém” porque essa igreja viveria o tempo do fim, onde a volta de Jesus está prestes a acontecer. Para esta igreja o Senhor requer uma definição.

O Senhor Jesus falou uma palavra séria à Igreja desta última hora: “Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente”. O Senhor conhecia, como em todas as demais igrejas, a postura, a condição de cada um ali.

O crente frio é uma lástima na igreja. Além de não fazer nada ainda atrapalha os que querem fazer.

O frio fala daquele que é insensível, indiferente, pois a frieza espiritual tomou conta de sua vida. Ele tem a consciência da sua escolha de viver longe do projeto de Deus, mas Jesus disse que é melhor ser frio do que morno, pois o frio está no mundo e ainda tem uma chance de conhecer o Projeto maravilhoso da Salvação.

O crente quente é proficiente, é eficiente no que faz e no que se envolve na fé e na igreja.

O quente nos fala do servo fiel, que busca ao Senhor, que permite que o fogo do Espírito Santo aqueça seu coração. É aquele que está em comunhão com o Senhor e com a igreja. A sua alegria é servir ao Senhor. O seu maior desejo é falar que Jesus é o Seu Salvador.


O  que vem a ser um crente morno?

O morno é o resultado da mistura do frio com o quente. É um mescla. Ele é indefinido, inconstante: nem é quente, nem é frio. Hora está na igreja louvando, hora está envolvido com coisas que não agradam a Deus. Hora está falando do amor do Senhor, hora não tem testemunho de servo. Hora está feliz na igreja, hora está fazendo fofoca. O morno também costuma pular de igreja em igreja pois ele não quer ser apascentado.


A carta de Judas diz no “versículo quatro” que estes homens ímpios se introduziram em nosso meio (Judas 1:4), e no versículo 12 mostra que eles não gostam de ser apascentados, pelo contrário, apascentam-se a si mesmo. “Estes são manchas em vossas festas de amor (nos cultos), banqueteando-se convosco (até nas ceias), e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas”.
O morno mistura a sã doutrina, pura, estabelecida pelo Senhor, com o pecado, com heresias, com as coisas do mundo. Para ele: “A salvação é só o novo nascimento, mas não é bem assim, pois ele quer continuar fazendo muitas coisas do velho homem”. Quando as pessoas olham para o morno, elas dizem: “Fulano é crente, mas não é tão crente assim…”. O morno valoriza mais o material do que o espiritual, ama mais o mundo do que a Salvação.


Vivemos em um tempo de indefinição e precisamos decidir entrar pela porta estreita para chegarmos nas moradas eternas.

O nosso Deus sempre mostrou ao homem que há apenas dois caminhos, duas portas, dois senhores. Ou vivemos em obediência ou não. Ou somos servos fiéis ou não. (Lc 16:13). Com Deus não tem meio termo e não adianta alguém “querer” ficar encima do muro.


Por isso, o Senhor diz: “Oxalá (quem dera), foras frio ou quente”, pois a consequência daquele que se encontra morno espiritualmente é triste: “Porque és morno”, ou seja, porque és indefinido, inconstante, estás encima do muro, “vomitar-te-ei da minha boca”. Ap.3:17.

17. Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca diz o Senhor.

Só o Espírito Santo tira o morno da igreja.

O morno e o frio continuam na igreja tentando enganar assim como o joio continua no meio do trigo e não pode ser arrancado bruscamente porque pode prejudica o trigo, assim também estes não podem e não devem ser arrancados bruscamente da igreja, isso é obra para o Espírito Santo, só Ele pode agir.

O vômito nada mais é que uma ação natural do organismo para retirar aquilo que está fazendo mal para o corpo. É uma ação de proteção para o corpo. O indefinido será tirado para fora do Corpo. Esta ação é feita pelo Espírito Santo no tempo certo, que age para retirar do corpo aquilo que lhe faz mal.

O Senhor não quer que estejamos mornos espiritualmente. O desejo do Pai é que tenhamos uma vida definida em Sua presença, cheios do Espírito Santo, vivendo uma vida de santificação e comunhão com Deus e com os irmãos. É hora de olharmos para nós mesmos e avaliarmos como está nossa vida espiritual. Não podemos viver insensíveis ao momento profético que vivemos. Não podemos estar desatentos no momento dos cultos, não crendo nos dons espirituais, nas revelações para esta última hora. Busque o renovo espiritual, para que o calor do Espírito Santo seja abundante nas nossas vidas.

O Espírito Santo é quem preserva a nossa comunhão com o Senhor nesta última hora. O Senhor nos alerta para que tenhamos uma vida de definição. Não podemos andar coxeando entre dois pensamentos, entre dois senhores. Faça uma avaliação se você é frio, morno ou quente. Coloque sua vida diante do Senhor, pois hoje Ele quer te aquecer com o fogo do Seu Espírito Santo.

 

Recomendações finais para sermos cheios do Espírito Santo o tempo todo e em todo o tempo.

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Ap 3:22.

"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem".
Eclesiastes 12:13.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

OS FALSÁRIOS DA FÉ FARÃO NEGÓCIO DE VÓS

OS FALSÁRIOS DA FÉ  FARÃO NEGÓCIO DE VÓS

 

“E por avareza farão negócio (comércio) de vós”. 2.Pedro 2.9.

 

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.

E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita". (2 Pedro 2:1-3).

Falsos profetas nunca vão dizer que são falsos profetas. Vão sempre focalizar no que poderão fazer para que as pessoas sejam impactadas com suas posições "teológicas avançadas" nos momentos de crise emocional das pessoas em diversas áreas da vida e do cotidiano.

Há também de se considerar que falsos doutores só são descobertos depois de causar muitos traumas e frustrações e estragos emocionais para as pessoas que acreditaram neles, e ainda acrescentamos que esses falsos profetas, falsos doutores, sempre agem com palavras fortes no que diz respeito ao dinheiro, prometendo soluções rápidas na vida financeira, na vida sentimental, enfim na saúde, etc.

Prometem muito sucesso, bom emprego,  muitas propriedades, desde que dêem tudo que têm para suas "obras".

Os incautos infelizmente são levados, são enganados, são levados pela correnteza do espirito de engano. Serão negociados como se mercadoria fossem.  Serão vendidos e até prometidos como garantia de "altos negócios" ou de "negócios lucrativos".

A única coisa que não prometem e nem fazem é pregar a Jesus Cristo como único e suficiente salvador, porque isso não gera mais lucros, rendimentos e dividendos em suas contas bancárias.

A igreja de Jesus Cristo nestes tempos modernos precisa voltar para a era dos reformadores, para a época da igreja primitiva; a igreja precisa voltar ao início de tudo. A igreja precisa voltar ao primeiro amor antes que seja tarde demais.

 

O alerta de Deus sobre este assunto é bem antigo. Vem lá do Velho Testamento.

Jeremias 23.1-8 Os reis de Judá haviam fracassado em viver de acordo com os padrões divinos e da linhagem davídica, portanto, libertação e restauração só poderiam vir por meio da intervenção divina. A primeira seção (Jr 23.1-4) apresenta uma transição a partir da condenação aos reis (pastores) de Judá (Jr 22.11-30), para a proclamação da vinda do Rei justo e reto (Jr 23.5,6), e então para a restauração do remanescente na terra prometida. (Jr 23.7,8).

Jeremias 23.1,2 A expressão ai geralmente introduz uma mensagem de julgamento. Pastores: no Oriente Médio antigo, o reinado ideal geralmente era apresentado com a ilustração de pastor. Para Israel, o ideal do Bom Pastor estava presente em seu Grande Rei (SL 23) refletido por meio do reinado de Davi, o rei pastor. Entretanto, em vez de proteger e cuidar da nação, os reis pastores de Israel haviam dispersado e deixado de visitar ou cuidar do povo.

Jeremias 23.3 Os reis de Israel haviam causado a dispersão da nação; entretanto o Senhor seria misericordioso para trazer a restauração do resto. O conceito de um remanescente estabelecido novamente na terra tem destaque nos livros dos profetas (Is 1.9; 10.20-23; 11.16; 46.3). A bênção de restauração e de prosperidade como consequência do arrependimento é descrita em Deuteronômio 30.1-10.

Jeremias 23.4 Deus levantaria uma nova geração de reis que defenderia o bem-estar do povo e a vontade do Senhor acima de seus próprios desejos.

Jeremias 23.5 Sobre o Renovo. Começando com Isaías 4.2, esse termo é usado para falar do Messias prometido. (Jr 33.15; Zc 3.8; 6.12). Esse grande rei governaria com juízo e justiça. Esse ideal está baseado na promessa de Deus a Davi. (2 Sm 7.16). A necessidade de que o Senhor enviasse Seu próprio rei (seu filho Jesus) estava baseada no fracasso dos monarcas de Israel de viverem de acordo com os padrões esperados de um rei (Jr 21.11, 12; 22.1-4).

Jeremias 23.6. Os dias do reinado do Messias iriam trazer salvação. Tanto Judá como Israel seriam restaurados. O nome que caracteriza esse rei ideal é O Senhor, Justiça Nossa. Ele faz um contraste com o nome Zedequias, que significa o Senhor é minha justiça (Jr 21.1). O nome de Zedequias era totalmente errôneo se comparado Àquele que estabelecia o governo verdadeiro e justo, o Rei designado por Deus. (Is 9.7; 11.1-10). Esse é um dos trechos da bíblia hebraica que falam especificamente a respeito da vinda do Salvador e Rei glorioso.

Jeremias 23.7,8. Eis que vêm dias. A restauração futura de Israel seria muito maior do que as que ocorreram no passado; iria suplantar até mesmo o primeiro êxodo, a libertação do Egito. Um texto semelhante encontra-se em Jeremias 16.14,15, após um oráculo de julgamento.

Jeremias 23.9-40. A mensagem temática de Jeremias para os líderes de Judá volta-se agora para os profetas que abusavam de seu ofício divino e proclamavam a falsa esperança de paz e libertação. Pelo fato de esses falsos profetas terem se associado a seitas estrangeiras, não conheciam o conselho de Deus. A comparação com os oráculos contra os falsos profetas, em Jeremias 26.1-29.32 sugere que essa profecia foi proclamada durante o reinado de Zedequias.

 A seção dos versículos 9 até o 40 têm quatro partes: 

Há uma adulteração dos líderes e da terra. (Jr 23.9-15);

Há uma falsa mensagem de paz. (Jr 23.16-24);

Há muitos sonhos inúteis. (Jr 23.25-32); e 

Há muitos oráculos de repreensão. (Jr 23.33-40).

 

Ai de vós pastores infiéis.

Quem disse que Deus dorme no ponto? Ele tem uma mensagem toda especial para os pastores que andam em uma vida irregular diante dele, cometendo vários erros ministeriais, prejudicando a sua noiva, a igreja. O noivo vem, com toda a sua glória, e irá punir aqueles que afligiram e se aproveitaram de sua noiva. Estudemos as palavras do Senhor, através do profeta Ezequiel, em Ez. 34.1-10:

1) Pastores que apascentam a si mesmos:

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” (v. 2). O primeiro alerta do Senhor é contra aqueles pastores que pastoreiam apenas a si mesmos. Estão à frente de um ministério, mas não se preocupam com suas ovelhas. Dizem não ter tempo pra aconselhamento. Não participam de um evangelismo. Não visitam os pobres e necessitados. Não visitam os membros de sua igreja. Somente se preocupam consigo mesmos. Ai de vós, pastores egoístas. O Senhor te pergunta: Não deveriam estar apascentando as suas ovelhas?

2) A avareza é tamanha que se enchem do dinheiro e dos benefícios materiais da casa de Deus:

“Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas”. (v.3). Estes pastores, são raças más. Ou se consertam ou vão para o inferno. Eles engordam (ficam ricos) com os bens da igreja. Vestem-se de lã, ou seja, dos melhores ternos, dos mais caros. Compram bens para si mesmo com o dinheiro da igreja, com o alto salário oferecido pelos humildes membros, mas não apascentam as ovelhas. Observe como Deus está preocupado com sua noiva. Ele mais uma vez repetiu, o pastor deve priorizar apascentar a igreja. Muitos pensam apenas no crescimento financeiro da igreja, que é importante concordo. A igreja se torna uma igreja rica, com poltronas confortáveis, ótimos instrumentos musicais, perfeita infra-estrutura. Mas não apascentam as ovelhas.

3) Tipos de ovelhas carentes, que os pastores devem estar atenciosos para o atendimento mais urgentemente:

“As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza”. (v. 4).

Ovelhas fracas: “as fracas não fortalecestes”. Muitas vezes alguns crentes se enfraquecem na fé, precisam de uma ajuda do mais forte, precisam de uma injeção de ânimo. O pastor tem unção e força para ministrar renovo, e até carregar no colo a ovelha enfraquecida. No versículo acima Deus fala que os pastores infiéis esqueceram as ovelhas fracas, não as fortalecendo.

Ovelhas doentes: “a doente não curastes” O crente doente precisa de cura; a cura espiritual e a cura física. O pastor deve estar atencioso e voltado para esse tipo de ovelhas. O doente espiritual precisa ser esclarecido, e liberto das chagas do mal. O doente físico, precisa ser ajudado pela igreja, até muitas vezes com remédios, se necessário. Não sejamos hipócritas. Precisamos cuidar das ovelhas doentes, conforme disse o profeta.

Ovelhas quebradas: “A quebrada não ligastes:” Isso é profundo. Penso que o Espírito Santo pode usar de meios tremendos para quebrar (quebrantar) o coração da ovelha, mas é necessário uma ministração especial do pastor, para fazer essa pessoa apresentar o seu pecado, e arrependimento, diante de Deus. Quando o pastor deixa a ovelha de lado, muitas vezes ela se quebranta, mas não encontra coragem e força para prosseguir na caminhada, se consertando na presença de Deus.

Ovelhas desgarradas: “a desgarrada não tornaste a trazer”. Ao deixar as ovelhas abandonadas, muitas se chateiam, se escandalizam, e se afastam da casa de Deus, e até da presença de Deus. Se tornam ovelhas desgarradas, soltas; presas fáceis para Satanás. O pastor fiel deve trazê-la de volta, mas o pastor infiel, citado pelo profeta, não as trouxe de volta. Eu vi isso pessoalmente, e conheço muitas ovelhas desgarradas. Ai de vós pastores infiéis; descuidaram com a noiva do Cristo. Ele virá, com justiça e amor, porém punirá aos infiéis.

Ovelhas perdidas: “e a ovelha perdida não buscastes”. A ovelha abandonada, maltratada ou ignorada, se perde. Fica sem direção. Conhecemos a parábola bíblica, das 100 ovelhas. O pastor fiel deixa as 99 em lugar seguro, e corre em busca da única ovelha que está perdida. Deus é individualista, e quer salvar um por um. O pastor infiel não buscou a ovelha perdida, mas Deus nos dá um bom exemplo. Ovelha perdida, para Ele, é prioridade.

 

Em João 21.15-19 encontramos o próprio Senhor Jesus ensinando a Pedro que o ministério de apascentar as ovelhas do Senhor é feito com amor para trazer benefícios para as ovelhas e para quem as apascenta.

15. E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.

16. Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.

17. Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.

18. Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias: mas, quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras.

19. E disse isso significando com que morte havia ele de glorificar a Deus. E, dito isso, disse-lhe: Segue-me.

 

Existem dois tipos de pastores: O Bom Pastor e o mercenário.

Disse Jesus: Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. 

Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. João 10.11,12.

Jesus Cristo é o nosso Supremo pastor.
Jesus o bom pastor é mencionado no livro de João, capítulo 10. Em Suas próprias palavras, Jesus nos diz no verso 11: "Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas." E nos versículos 14-15 diz: "Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas ovelhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas”.


Jesus é o bom pastor dos Seus servos, assim como os pastores eram de seu gado e de suas ovelhas no campo ou no deserto. Um pastor de ovelhas cuidava de seu rebanho dia e noite. Ele reunia as ovelhas em um curral durante a noite para a sua proteção. O curral era um redil, uma caverna ou uma área cercada por muros de pedra. Como não havia portas, o pastor costumava dormir ou se sentar na abertura, pronto para defender as suas ovelhas do perigo.


Sendo diferente de um ajudante contratado que talvez fugisse em face do perigo, o rebanho pertencia ao pastor que ficaria em alerta para defendê-las. Ele tinha uma verdadeira preocupação e afeto pelo que lhe pertencia. No capítulo 10, Jesus ilustra como o pastor cuida de seu rebanho ao protegê-las do mau tempo, dos ladrões e de animais predadores. Ele as amava, protegia e, se necessário, daria a sua vida no processo.
Jesus é esse cuidador e protetor amoroso do Seu rebanho. Ezequiel 34 predisse do Messias que, como um verdadeiro pastor, viria para carinhosamente guardar o povo de Deus. Era uma mensagem amorosa da vinda de Cristo, o bom pastor.


João 10 nos diz como ladrões e lobos vêm para destruir as ovelhas. No entanto, o bom pastor está lá para salvá-las. Estes versículos nos dizem que, embora Satanás venha para roubar, matar e destruir o povo de Deus (v. 10), Jesus está lá para proteger, amar e nos salvar da destruição ao nos proporcionar a vida eterna. Jesus não veio para ser apenas o guardião contratado, mas veio como aquele (o único) que foi e é completamente comprometido conosco até mesmo à Sua própria morte e ressurreição. Jesus é o bom pastor que entregou a Sua vida física por você e por mim.

 

Os mercenários são quase ilusionistas e as vezes usam técnicas de parapsicologia e hipnotismo para entreter e enganar os seus seguidores. 

Maus líderes existem aos montes dentro das igrejas. O joio está espalhado dentro das igrejas como nos dizem  as Escrituras. (Mt 13.26). Isso não é novidade para ninguém. Apesar de designar aqui o termo “pastores” a essas pessoas que citarei abaixo, não tenho a intenção de diminuir aqueles que fazem jus a esse termo tão lindo mostrado nas Escrituras, e que realmente pastoreiam de coração as ovelhas do Senhor. Usei esse termo somente para facilitar a identificação dessas pessoas.

 

Tipos de pastores (mercenários) que não respeitam a ninguém e que também não são admirados por quase ninguém:


01 – O que faz do púlpito um palco de shows.
A exposição da Palavra é esquecida e substituída pelo talento hollywoodiano desse pastor, que explora as mais diversas técnicas para cativar os seus expectadores, fazendo do show o protagonista do culto. Ele é a estrela e não Jesus Cristo e Sua palavra. Seu púlpito é lugar de entretenimento, de shows, e não de pregação, de transmissão da voz de Deus.

02 – O que explora financeiramente as ovelhas.
Esse pastor é muito ambicioso e tem planos de crescimento. Porém, para a realização dos seus planos, precisa de muito dinheiro. E esse dinheiro é retirado das ovelhas, através das mais diversas técnicas de extorsão (legais). Ele não liga para o que a Bíblia ensina e inventa formas de arrecadação para realizar seus sonhos megalomaníacos. As ovelhas são iludidas, exploradas e sugadas até a última gota que podem dar.

03 – O que insiste em querer fazer a agenda de Deus.

Um pastor que quer determinar lugar, dia e hora para Deus agir não merece meu respeito. Segunda: Deus age na família; terça: nas finanças; quarta: Deus dá o Espírito Santo; quinta: Deus faz conversões e sexta: Deus liberta as pessoas de demônios. Deus agora está preso em uma agenda criada pelo homem?


04 – O que ilude as pessoas com amuletos, objetos ungidos e unções que não vem de Deus.

Esse pastor escraviza pessoas em crendices e superstições que não são encontradas e ordenadas na Bíblia. Desvia a fé que deveria ser unicamente no Deus soberano para objetos e unções (falsas) e extravagantes. Trabalha com a ilusão, com a ambição, com a falta de conhecimento de muitas das ovelhas que lhe ouvem.


05 – O que “profetiza” o que Deus não mandou profetizar.


Usa sua influência sobre as pessoas para “profetizar” e “revelar”. Porém, não usa a Bíblia, que é a revelação e é onde se encontram as profecias de Deus para a vida de seus servos.


06 – O que faz com que seus fiéis o adorem.

Ele é visto como um semideus pelos seus fiéis. O pior de tudo é que não faz nada para mudar essa situação, pois adora ser paparicado, adora status, adora demonstrar seu grande “poder” e ser ovacionado pela multidão. Seu prazer é ver multidões afluindo em sua direção com desejo de glorificá-lo.

07 – O que usa o dinheiro dos dízimos e ofertas para seu próprio enriquecimento.

Esse pastor-empresário é formado e pós-graduado em enriquecimento usando a igreja. Tem fortuna e bens luxuosos, tudo adquirido com a ajuda das ofertas da igreja que, segundo diz ele, é usado para a obra de Deus. Ele engana multidões que bancam sua vida de ostentação.


08 – O que prega erroneamente sobre a teologia da prosperidade.


Um pastor que diz que pobreza é maldição, que o crente verdadeiro será reconhecido pela sua prosperidade material, e outras abobrinhas sem embasamento bíblico, não merece admiração. Se a teologia da prosperidade é um câncer, esse pastor é um espalhador de doenças no meio do povo.


09 – O que usa versículos isolados da Bíblia para fundamentar doutrinas e heresias destruidoras.

Esse pastor adora inventar doutrinas usando versos bíblicos isolados, cuja interpretação isolada, sem considerar contextos e outras boas regras de interpretação, favoreça seus pensamentos e desejos.

 

10 – O que usa da mentira para enganar suas ovelhas e até a sociedade. 

 

O pai da Verdade é o nosso Deus, Pai do nosso Senhor Jesus Cristo. Mas o pai da mentira é o diabo. Como um filho de Deus pode viver com mentiras? No livro de Atos, capítulo 5, vemos a passagem de Ananias e Safira, quando mentiram ao Espírito Santo e morreram.

Posso te afirmar com toda a certeza que todo mentiroso é falso e enganador. A “falsidade consciente e intencional, de preceitos perversos, ímpios e enganador” são a tônica de suas palavras. São a maioria das palavras do mentiroso.

O mentiroso sabe criar uma rebelião contra um líder, manipulando pessoas pela mentira e ainda mentir depois de tudo dizendo “eu não tive nada a ver com isso”.

Em Efésios 4:25, o apóstolo Paulo diz: “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo…” O apóstolo João também afirma em 1 João 2:21 “Não vos escrevi porque não saibais a verdade; antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma jamais procede da verdade”.

Jesus revela de onde procede as mentiras em João 8:44: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”.

Ou seja, a mentira é filha do diabo. Os Cristãos precisam se despir do velho homem, da velha maneira de viver, dos velhos hábitos, renovando as suas mentes pela palavra de Deus. Todo cristão deve viver, ou andar como Cristo Jesus. Cristo andava mentindo? Não. Ele sempre falou a verdade, Glória a Deus. Temos que falar sempre a verdade, custe o que custar. Por isso, tenham muito cuidado com o que você fala pois, um dia você estará diante do Senhor e prestará contas de cada palavra que saiu da sua boca.

As pessoas acostumadas a mentir acham que mentira não é tão pecado assim. Mas quando se convertem de verdade começam a ver a mentira como pecado e brotará temor em seus corações.

“Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos”. Colossenses 3:9.

A falsa testemunha não fica impune, e o que profere mentiras não escapa. Provérbios 19:5.

11 -        O que “acha” que pode determinar a ação de Deus na sua vida e na de outras  pessoas.


É uma piada dizer que um homem determina algo ao Deus Todo-Poderoso criador de tudo e de todos, mas essa ousadia infame acontece. Palavras ousadas saem da boca desses pastores e líderes evangélicos que não vigiam e saem “determinando”, “ordenando” e exigindo que Deus faça as coisas que, segundo eles, Deus tem de fazer, que Deus é obrigado a fazer. Coitados, não têm nem noção da besteira que fazem e que falam. E o pior é que ensinam as pessoas a agirem também assim. Você já leu Mateus 23? Deus tenha misericórdia do seu povo e levante, ainda, um remanescente conservador para pregar, ensinar e viver as verdades da palavra de Deus ao povo.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.