OS JUÍZES DE ISRAEL
Os juízes de Israel no decorrer da história em
que muitos foram obedientes e outros desobedientes à Deus.
Isaías 10.1 Ai dos juízes injustos e dos que
decretam leis injustas!
Isaías 10.2
Daqueles que não há justiça para os pobres, para as viúvas e para os
órfãos! Sim, porque a é que chegam até a verdade rouba as viúvas e órfãos!
Isaías 10.3 Que, você vai morrer, quando você
estiver na terra distante? Para quem hão de voltar-se para pedir
ajuda? Onde vão pôr os vossos tesouros de forma a serem em segurança?
Isaias 10.4 Nada eis de fazer,
senão andar aos tropeções por entre os prisioneiros e cair por entre os mortos.
Mesmo assim, a sua ira não desaparecerá. A sua mão continua sobre eles.
A geração dos Juízes durou um período
aproximadamente de 410 anos e além das personalidades de Moisés e Josué, fazem
parte da lista de nomes dos juízes que lideraram neste tempo: Otniel, Eúde,
Sangar, Débora, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli e
Samuel, sendo que estes dois últimos foram sacerdotes também.
Os juízes de Israel foram pessoas escolhidas
por Deus e especialmente dotadas para julgar e liderar o povo de Israel. (Jz
2:16-23; 3:9,10; 1Sm 12:9-11; 2Sm 7:11). O período em que essas pessoas
lideraram o povo de Deus ficou conhecido como “o período dos juízes“. Neste
estudo bíblico, conheceremos quem foram os juízes de Israel e os pontos mais
importantes desse período.
O período dos juízes de Israel
O período dos juízes foi o momento histórico
que constituiu a transição do governo de Moisés para o reinado dos reis de
Israel. Este período é descrito no livro de Juízes, no Antigo Testamento.
O período dos juízes começou com a opressão
de Cusã-Risataim após Josué e os anciãos terem morrido, e o povo de
Israel ter se entregado a uma profunda apostasia. Por fazer o que era mau aos
olhos do Senhor, e adorar deuses estranhos, Deus permitiu que Cusã-Risataim,
rei da Mesopotâmia, subjulgasse o povo de Israel durante oito anos. (Jz 2:7-11;
3:7,8).
Após este tempo, o Senhor levantou Otniel,
sobrinho ou talvez irmão de Calebe, para libertar o povo dando início ao
período dos juízes. O período dos juízes terminou quando Saul foi eleito rei de
Israel, em aproximadamente 1050. Logo, a maioria dos estudiosos entende
que o período dos juízes durou aproximadamente 320 anos.
Quem foram os juízes de Israel?
Como já dissemos, os juízes de Israel foram
pessoas levantas por Deus em tempos de crise, e eram capacitados pelo Espírito
Santo de Deus para julgar e liderar o povo. No livro de Juízes lemos: “E
levantou o Senhor juízes, que os livraram da mão dos que os despojaram”. (Jz
2:16; cf. 3:10; 13:25; 14:19; Sl 106:43-45; At 13:20).
As funções judiciais exercidas por eles
estavam diretamente ligadas à liderança espiritual sobre o povo (1Cr 17:6; 2Sm
7:7). Os juízes permaneciam em suas funções até morrerem (Jz 2:19; 1Sm 4:18;
7:15), e, diferente dos reis, eles não estabeleceram um governo hereditário em
Israel. (Jz 8:22,23).
Esses juízes eram heróis nacionais, e algumas
vezes são designados como “libertadores”. Uma lista com os juízes de Israel
geralmente sofre algumas discussões. Alguns consideram apenas a lista dos
juízes nos doze ciclos presente no livro de Juízes, com Sansão sendo o último
deles.
Outros também incluem Eli (1Sm 4:18) e Samuel
(1Sm 7:15) na lista oficial de juízes de Israel. Seja como for, obviamente Eli
e Samuel lideraram e julgaram Israel antes da instituição da monarquia, apesar
de não serem citados no livro dos Juízes e a atuação destes possuir algumas
diferenças pontuais com relação aos líderes citados no livro dos Juízes.
Mesmo dentro da lista fornecida pelo livro
dos Juízes, existe uma discussão entre os intérpretes acerca de Débora e
Baraque. Alguns consideram apenas a liderança de Débora, outros contam
separadamente Débora e Baraque, e, outros, unificam a atuação de ambos.
Também é importante citar que Eli e Samuel, muito
provavelmente, foram contemporâneos durante algum tempo de Sansão, o último juiz
mencionado no livro dos Juízes. A lista dos juízes apresentada nos doze ciclos
registrados no livro dos Juízes é a seguinte: Otniel (Jz 3:7-11). Eúde (Jz
3:7-11). Sangar (Jz 3:31). Débora (Jz 4:1-5:31). Gideão (Jz 6:1-8:32). Tola (Jz
10:1-2). Jair (Jz 10:3-5). Jefté (Jz 10:6-12:7). Ibsã (Jz 12:8-10). Elom (Jz
12:13-15). Ablom (Jz 12:13-15). Sansão (Jz 13:1-16:31).
Cronologia do período dos juízes de Israel.
É muito difícil conseguir estabelecer uma
cronologia para o período dos juízes, pois faltam informações fundamentais para
tal, como por exemplo, o período de tempo que decorreu entre o começo da
conquista de Canaã com Josué e o início da opressão de Cusã-Risataim.
Também existe uma grande dificuldade de
interpretação em relação à somatória dos números fornecidos pelo livro dos
Juízes, isto é, totalizando os períodos de opressão e de governo dos juízes,
chega-se a um resultado que excede significativamente o período de tempo total
aceitável para este momento histórico. Logo, devemos entender que alguns
períodos de opressão e de trégua sob a liderança dos juízes se sobrepuseram, de
forma que não é possível determinar por quanto tempo houve sobreposição em cada
caso específico.
Com base nas dificuldades apontadas, podemos
arriscar uma estimativa de como se deu a cronologia do tempo dos juízes de
Israel. Entre aproximadamente 1405 e 1364 a.C. houve o governo de Josué e dos
anciãos (Jz 2:7), e em 1356 a.C. a libertação, com Otniel, da opressão de
Cusã-Risataim (Jz 3:8). Depois houve uma trégua de quarenta anos, entre
aproximadamente 1356 e 1316 a.C. (Jz 3:11).
Em cerca de 1298 a.C., Eúde libertou o povo
dos dezoito anos de opressão moabita (Jz 3:14-15). Em aproximadamente 1258
a.C., houve a libertação do povo dos 20 anos de opressão do rei Jabim,
com Débora e Baraque (Jz 4:3), e seguiu-se quarenta anos de paz no
norte até 1218 a.C.
Após o período de trégua, registrou-se uma
opressão Midianita de sete anos, chegando ao fim com a libertação liderada por
Gideão em cerca de 1211 a.C. (Jz 6:1ss). A liderança de Gideão durou quarenta
anos (Jz 8:28), até aproximadamente 1171 a.C. Depois deste período, houve o
reinado perverso de Abimeleque, filho de Gideão, sobre Siquém, entre 1171 e
1168 a.C. (Jz 9:22).
Entre aproximadamente 1168 e 1123 a.C. houve
a liderança de Tola e Jair (Jz 10:1-3). Depois os povo Amonitas oprimiu os
israelitas por dezoito anos, até que surgiu Jefté em aproximadamente 1105 a.C.
(Jz 10:8-11,33). Depois de Jefté, temos o registro da liderança de Ibsã, Elom e
Abdom (Jz 12:7-9,11,13,14).
O capítulo 13 do livro dos Juízes relata um
período de quarenta anos sob opressão dos filisteus, seguindo um relato sobre
as proezas de Sansão entre aproximadamente 1101 e 1081 a.C., sendo este o
último dos líderes registrado no livro dos Juízes. (Jz 14:1-15:20; 16:31).
Se estendermos nossa cronologia até os relatos
do livro de Samuel, temos o registro da captura da Arca da Aliança e
a morte de Eli em aproximadamente 1099 a.C. (1Sm 4:18), depois a batalha de
Ebenézer (1Sm 7:2-12) e Samuel julgando o povo entre 1079 e 1050 a.C. (1Sm
7:15-17).
Eli e Samuel os últimos juízes de Israel. Eles acumularam os cargos de Juízes e sacerdotes atendendo e julgamento as causas do povo de Israel.
Análise de fatores importantes da história de
Eli. Os capítulos 1 a 4 do primeiro livro do profeta Samuel trás um relato de
como foi o trabalho do sacerdote Eli e sua família. Diga-se de passagem que foi
muito prejudicial ao povo de Israel e desagradou sobremaneira ao Senhor Deus.
Ao longo da época dos juízes, a degradação
moral se tornou cada vez pior e faltava uma liderança firme. (Juízes 21:25). O
sacerdote Eli liderou o povo por 40 anos mas ele deixou seus filhos cometerem
muitos pecados, que desagradaram a Deus. Por isso, a família de Eli ficou
debaixo de maldição e seus filhos morreram em batalha. Quando ouviu a notícia
da morte de seus filhos, Eli caiu de sua cadeira e morreu também.
Eli tinha criado um menino consagrado a Deus,
chamado Samuel, no templo. Quando cresceu, Samuel se tornou o novo juiz de
Israel e liderou o povo em grandes vitórias contra os filisteus. Quando
envelheceu, ele tentou passar a liderança para seus filhos mas eles eram ruins
e o povo não os aceitou.
Análise de mais fatos importantes sobre a
história de Samuel.
Diante da instabilidade política e social, os
israelitas exigiram um rei. Eles estavam rejeitando a Deus como seu verdadeiro
rei e agora queriam ser como os outros povos. Deus permitiu que tivessem um rei
mas avisou que isso não seria a solução para o país. (1 Samuel 8:7-9). Guiado
por Deus, o profeta Samuel ungiu Saul como o primeiro rei de Israel.
Samuel continuou como líder influente até sua
morte, mas a liderança política passou para os reis. Depois que Saul foi
rejeitado como rei, por desobedecer a Deus, Samuel ungiu o próximo rei de
Israel, Davi, que teria uma longa dinastia. Assim terminou a época dos juízes.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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