segunda-feira, 22 de agosto de 2022

SOU PENTECOSTAL GRAÇAS A DEUS

SOU PENTECOSTAL GRAÇAS A DEUS

 

O que é ser Pentecostal? Porque sou pentecostal?

 

O movimento pentecostal no mundo moderno começou em 1906, em Los Angeles, quando William J. Seymour pregou, dando origem ao Avivamento da Rua Azuza. Os elementos da Igreja Pentecostal consideram o batismo com o Espírito Santo essencial no caminho da salvação e dos dons espirituais. O batismo com o Espírito Santo é um fenômeno caracterizado pela glossolalia, conhecido como dom de línguas. (1 Coríntios 12:10).

 

O termo pentecostal tem origem na palavra Pentecostes, que é uma festa cristã que ocorreu 50 dias depois da Páscoa, encerrando o ciclo das festas em Jerusalém. Comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, onde surgiram "línguas repartidas como que de fogo" sobre a cabeça dos apóstolos, sendo que as pessoas que receberam o Espírito Santo começaram a falar em outras línguas. Este episódio é descrito em Atos dos Apóstolos 2:1-13.

Os cristãos históricos acreditam que o batismo com o Espírito Santo acontece juntamente com a conversão (quando a pessoa aceita a Jesus como Senhor e Salvador de sua vida) e, segundo eles, não há manifestação exterior.

Outros religiosos independentes acreditam que a pessoa recebe o Espírito Santo no momento da conversão ou pouco depois e pode ser acompanhado com a manifestação de um dom espiritual como o dom de línguas.

Os pentecostais acreditam que o batismo com o Espírito Santo e a conversão são acontecimentos distintos que podem não acontecer em simultâneo, havendo sempre a manifestação pelo dom de línguas como caracterização de que a pessoa foi batizada com o Espírito Santo.

Por isso creio piamente na autoridade plena das Escrituras Sagradas. Creio na  inerrância da Palavra de Deus. Creio que Jesus Cristo é o Caminho a Verdade e a Vida Jo:8.32. Creio que Jesus Cristo morreu, mas ressuscitou dentre os mortos e vive e reina para sempre e eternamente junto ao trono da graça de Deus e nos enviou o Espírito Santo para que Ele esteja conosco até que o Senhor Jesus volte para arrebatar os seus.

Por isso defendo a atualidade da experiência bíblica dos dons espirituais para nossos dias, são experiências que vivemos nos nossos dias em nossa vida ministerial. Quem é cheio do Espírito Santo desde início de sua conversão também pode receber o batismo com o Espírito Santo com a evidência de transbordar em línguas, quer sejam conhecidas (dialectos) ou desconhecidas (glossolalia).

Eu particularmente tive essa experiência aos 14 anos de idade o que sedimentou minhas convicções a respeito dessa linha teológica que defendo como uma apologética eficiente e suficiente para nosso viver.

Eu nasci espiritualmente, ou seja eu aceitei Jesus no ano de 1965 numa igreja pentecostal chamada Assembléia de Deus, portanto, num ambiente absolutamente dominado pelo poder do Espírito Santo, onde os crentes amavam a oração, o ensino bíblico nos cultos de doutrina, o louvor genuíno, a cura divina e as pregações escatológicas sempre marcavam nossos corações. Também fui ensinado pelos meus pastores acerca da doutrina do Espírito Santo e tão logo a compreendi, desejei ardentemente esta experiência e a recebi no mesmo ano da minha conversão, também eu era batizado nas águas e participava constantemente da Santa Ceia do Senhor que é a Comunhão dos santos.

A igreja ministrava cursos bíblicos para todas as idades e escolas bíblicas para obreiros. Meus primeiros certificados e ou diplomas Teológicos foram todos acompanhados do reconhecimento das lideranças da igreja. Ali foi de onde sai ainda mais convencido da realidade dos dons espirituais até quando conquistei meu curso de Bacharel em Teologia, mas sempre me pautando por uma vida com compromisso com Deus do primeiro amor.

Desde a minha adolescência fui acompanhado de pessoas cheias do Espírito Santo o que me incutiram esse ensino do poder de Deus, dos dons espirituais, curas, libertações que o Espírito Santo nos proporciona todos os dias.

Mesmo sendo dividido e sub dividido este assunto e essa doutrina dos movimentos pentecostais, ele continua crescendo no Brasil, alcançando milhões de brasileiros que acreditam e aceitam o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador de sua vida.

O movimento pentecostal pode ser dividido em três ondas delineadas por suas características sócio-religiosas e contexto cronológico.

Além das grandes denominações pentecostais, existem hoje centenas de "ministérios independentes" e ou novas denominações surgindo anualmente no Brasil e no mundo.

 

Quando aconteceu a primeira onda pentecostal no mundo moderno?

A primeira onda, também conhecida como pentecostalismo clássico, abrangeu o período de 1910 a 1950 e iniciou-se com sua implantação no país, decorrente da fundação da CCB, Congregação Cristã no Brasil e da Assembleias de Deus até sua difusão pelo território nacional.

Desde o início, ambas igrejas caracterizam-se pelo anticatolicismo, pela ênfase na crença do batismo do Espírito Santo e por um ascetismo que rejeita os valores do mundo e defende a plenitude da vida moral e espiritual. Francescon, Berg e Vingren tiveram matriz pentecostal comum, ao receberem as novas doutrinas na Missão de Fé Apostólica conduzida pelo Pastor William H. Durham, ex-pastor batista, em Chicago, Illinois.

A primeira denominação desse movimento organizada no Brasil em 1910 com a vinda do missionário Louis Francescon, que atuou em colônias italianas no Sul e Sudeste do Brasil. Francescon realizou em 1910, o primeiro batismo de orientação pentecostal em solo brasileiro com a conversão de onze almas, originando a Congregação Cristã no Brasil em Santo Antônio da Platina - Paraná, e no mesmo ano inicia esta igreja no Bairro do Brás em São Paulo.

Em 1911, Daniel Berg e Gunnar Vingren, iniciaram suas missões no Pará e Nordeste, dando origem às Assembleias de Deus. O movimento das Assembleias de Deus cresceu do norte-nordeste para o sul, com apoio inicial do movimento pentecostal escandinavo e posteriormente transferência de aliança com as Assemblies of God americanas. Com os anos surgiram ministérios e convenções, dos quais muitos são independentes, ou seja, não afiliados à Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.

Além da Congregação Cristã no Brasil e da Assembleia de Deus surgiram outras denominações pentecostais menores nos primeiros quarenta anos do pentecostalismo brasileiro. Na década de 1930, nasceu a Igreja Adventista da Promessa à qual se referiu Duncan A. Reilyl, mencionando que no Recife do ano de 1932, ao lado do pentecostalismo proveniente dos Estados Unidos, nascia a Igreja Adventista da Promessa. Em dezembro daquele mesmo ano, foi organizada a Igreja de Cristo no Brasil em Mossoró (Rio Grande do Norte). A Igreja de Cristo divergiu das demais igrejas pentecostais da primeira onda ao seguir o dogma da "eterna segurança" mais conhecida como Perseverança dos santos. Esta também defende que o cristão recebe o batismo do Espírito Santo no momento da conversão e não como segunda bênção seguida de dons de línguas. Em Catalão, GO em 1935 foi fundada a Igreja Evangélica do Calvário Pentecostal. Esta igreja uniu-se à Igreja de Deus de Cleveland, EUA, e se tornou a Igreja de Deus no Brasil, hoje presente em todos os estados brasileiros. A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo foi fundada em São Paulo em 1936 por Marcos Batista. A Missão Evangélica Pentecostal do Brasil, fundada em Manaus em 1939, de origem americana, mas que atualmente atua de forma independente, com direção nacional e credo baseado no pentecostalismo clássico, de característica moderada quanto à questão de usos e costumes.

 

O calvário e o pentecostalismo.

Calvário e pentecoste são dois fatores na vida do cristão que jamais podem separar-se; não poderá haver o segundo sem o primeiro. Apesar de alguém pregar ou ensinar que pentecostes não se repete mais, continuamos a dizer, pregar e ensinar que ele existe e se repete cada dia. A promessa pertence a tantos quantos nosso Senhor chamar (At 2:39). O calvário, sim, esse não se repete mais, pois o sacrifício de Cristo é insubstituível (Hb 9:28; 10:12). Não existe sacrifício incruento.

Quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, como pecador aceitamos a Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador e como crentes em Jesus aceitamos o espirito Santo. Com o perdão dos nossos pecados começamos a sentir os efeitos benéficos do calvário, uma nova vida, um desejo ardente de servir a Deus. O calvário não vem a nós; nós é que vamos a ele quando recebemos a Cristo.

Calvário e Pentecoste são duas coi­sas distintas, mas homogêneas. Cal­vário é a causa, Pentecoste é o efeito. No Calvário há lágrimas, no Pentecoste alegria; no Calvário o pecador arrependido sente tristeza da sua vida velha, no Pentecoste ele regozija-se com a alegria da salvação. No Calvário o pecador deixa o pecado, no Pentecoste ele tem alegria e vitória sobre o pe­cado. No Calvário nascemos de novo, no Pentecoste somos reves­tidos de poder.

No Calvário somos batizados em Cristo (Mat. 20:22; I Cor. 12:13), no Pentecoste somos batizados com o Espirito Santo (At. 1:5). No Calvário recebemos o Espirito Santo (João 20:22), no Pentecoste somos cheios do Espírito Santo (At. 2:4). No Calvário ouvimos lín­guas estranhas (Mat. 27:46; Luc. 23:38), no Pentecoste falamos lín­guas dos anjos e dos homens (At. 2:6; I Cor. 14:2). No Calvário fica­mos em Jerusalém (Luc. 24:49), no Pentecoste vamos por todo o mun­do (At. 1:8). No Calvário os de­mônios obedecem-nos (Luc. 10:17), no Pentecoste expulsamo-los (Marc. 16:17).

O que tem acontecido ou está para acontecer, é que muitos crentes não passaram pela experiência do Calvário, não nasceram de novo, e sem estes requisitos não recebem o Pentecoste. Muitos ficam de longe e até batem no peito (Luc. 23:48), outros fogem temerosos da tribulação e da crítica, (At. 2:13), e para esses não existe Pentecoste. Só para aqueles que passaram pela experiência do Calvário existe Pen­tecoste. Muitos passam margeando o rio, tendo medo de entrar; outros contentam-se com água pelos artelhos, (Ez. 47:3-6) e dizem como a mulher samaritana “o poço é fundo”.

Pentecoste não é renovação, po­rém uma porta aberta para uma vida abundante e de triunfo. Pen­tecoste é a promissória que ga­rante aos filhos de Deus que a recebem, trabalharem com mais in­teresse nos bens do seu Senhor. É o caminho de renovação espiri­tual via batismo com o Espírito Santo. Pentecoste é a dinâmica para uma vida vitoriosa.

Para provarmos que o Pentecoste se repete nos nossos dias, não precisamos citar o caso de Cornélio, nem tão pouco o de Samaria ou de Éfeso (At. 19), e nem evocar os testemunhos dos grandes ho­mens de Deus através dos tempos. É bastante contemplar o grande Movimento Pentecostal em todo o mundo, e verificar como Deus tem usado homens desprovidos de homilética e sem nenhum preparo teológico, tão-somente cheios do Espírito Santo, aquecidos pelo fogo do altar, e o resultado aí está: a grande colheita de almas para Cristo.

Sem medo de errar podemos afir­mar que entre dez pentecostais, sete são batizados com o Espírito San­to, e outros três estão esperando. Dizer-se que a ocorrência da casa de Cornélio foi um suplemento do dia de Pentecoste para que Pedro soubesse haverem os gentios sido recebidos por Deus, são evasivas daqueles que olham o Calvário de longe.

Pedro, um dos primeiros a ser batizado com o Espírito Santo, não sabia acaso que as promessas de Deus são verdadeiras? Ele que dis­sera que “as promessas pertencem a vós, e a vossos filhos e a todos os que estão longe; a tantos quan­tos Deus nosso Senhor chamar” (At. 2:39), e que respondera com firmeza às perguntas: “Que quer isto dizer?” e “Que faremos nós?” (At. 2:12,37). É sem sombra de duvidas contrário ao dom de discernir os espíritos que ele possuía. (At. 5:3,9). O apóstolo Pedro, portanto, fala com toda convicção que os dons espirituais e o falar em línguas estranhas com o batismo com o Espírito Santo veio para ficar por todas as gerações até que o Senhor Jesus volte para arrebatar a sua igreja.  

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

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