O ENGANO DO ÓSCULO SANTO NA CRUZ
O
engano do ósculo (beijo) santo na cruz, que é uma prática idólatra da liturgia
da igreja católica e que muitas igrejas evangélicas estão adotando como prática
eclesiástica, já que a cruz está sendo colocada nos púlpitos, no interior e no exterior
de muitos templos evangélicos.
É
uma incoerência muito grande a adoração da cruz, temos que adorar é a Jesus que
foi condenado a morrer pregado nela.
Vejam
a defesa, em forma de advertência, do ósculo (beijo) santo na “santa cruz”, no
dia da sexta feira da paixão, feita por um líder religioso da igreja católica.
Nas
celebrações das missas no dia da sexta feira da paixão nas igrejas católicas é
feita a cerimônia do beijo (ósculo santo) na cruz sem a presença da imagem do
Cristo crucificado, colocam somente a cruz e todos os fiéis têm que beijá-la.
A
adoração da cruz na sexta-feira santa, também chamada de “sexta-feira da
paixão”, não vem a ser homenagem prestada a um pedaço de madeira ou idolatria?
A
palavra “adoração” vem do termo latino “adoratio”, composto de “ad os” (à boca,
aos lábios). Significa etimologicamente o gesto de levar a mão aos lábios a fim
de a oscular e, em seguida, estender o ósculo a uma figura tida como divina.
Este gesto devia designar, conforme os antigos, a homenagem suprema que um
devoto possa prestar a Deus ou o reconhecimento da absoluta Majestade de Deus e
da total sujeição da criatura.
O
Cristianismo ensina que a adoração só pode ser tributada a Deus, ao único Deus,
do qual as Escrituras Sagradas nos falam.
Deus,
porém, pode ser considerado em Si mesmo, em Sua entidade puramente espiritual e
invisível, como também pode ser contemplado através de manifestações sensíveis
que Ele tenha concedido aos homens no decorrer da história. Ora uma das
manifestações mais puras de Deus e, em particular, do amor de Deus para com os
homens, é a Paixão de Cristo (verdadeiro Deus feito verdadeiro homem); a
Paixão, por sua vez, é manifestada ou simbolizada pela Cruz. Se, por
conseguinte, algum cristão quer adorar a Deus nesta sua prova suprema de amor
que é a Paixão redentora, pode voltar-se para a verdadeira Cruz de Cristo
(conservada em fragmentos ou relíquias espalhadas pelo mundo inteiro) ou para
uma reprodução da mesma (feita por carpinteiros ou escultores posteriores) e,
mediante a Cruz, tributar a Deus a sua adoração. Neste caso, fala-se de “adorar
a Cruz”, mas, como se vê, num sentido impróprio; a adoração é toda relativa,
isto é, refere-se toda ao próprio Deus, e de modo nenhum ao lenho como tal;
este vem a ser considerado apenas como símbolo de uma realidade invisível e
como estímulo sensível da devoção (a natureza humana foi feita de tal modo que
lhe é normal passar às coisas invisíveis mediante as visíveis).
A adoração
sendo, antes de mais nada uma atitude interior, é somente a pessoa que a
pratica que pode dizer se está adorando ou não. Um ósculo, uma prostração ou
uma genuflexão não significam necessariamente adoração. Caso a signifiquem,
podem significar adoração absoluta ou relativa; tudo depende da intenção de
quem realiza tais atos. Ora o católico professa que, quando ele se prostra
diante da santa Cruz e a oscula, ele entende adorar a Deus, e a Deus só,
mediante um dos símbolos do seu amor. E não há quem lhe possa contradizer.
O
que a Bíblia diz sobre adoração de objetos, deuses e símbolos das religiões?
A
Bíblia nos diz que essa idolatria implica no culto ou adoração a algo ou
alguém, tanto material como imaterial, real ou imaginário, que caracteriza a
atribuição de honra a falsos deuses, sobretudo pela materialização de tais
objetos de adoração em produtos fabricados pelo próprio homem.
O
que é um ídolo? É apenas uma imagem de escultura?
Apesar
da imagem de escultura ser a principal representação das práticas idólatras, a
idolatria vai muito além do que simplesmente adorar imagens. ´
Qualquer
coisa pode se tornar um ídolo para o homem caído no pecado, como por exemplo,
um estilo de vida, um emprego, um carro, uma marca comercial, o dinheiro,
filosofias humanas (como o naturalismo, o humanismo e o racionalismo), práticas
ocultas e espiritualistas, etc.
Assim,
devemos entender que um ídolo é tudo aquilo que obtém a lealdade e a honra que
pertencem exclusivamente a Deus. (Is 42:8).
Falando
especialmente sobre imagem de escultura, a Bíblia ensina que qualquer imagem é
uma simples obra humana, uma mera imitação formada a partir de matéria sem
vida, que não pode ouvir, falar, enxergar ou se mover (Sl 115; Am 5:26; Os
13:2; Is 2:8), e, portanto, sua adoração é uma loucura perante Deus.
A
adoração a ídolos reflete tamanha ignorância humana que, em Isaías 41:6, lemos
que as pessoas ajudam umas às outras na fabricação de ídolos em sua rebelião
contra Deus, porém tais ídolos são impotentes diante do Deus Soberano, e não podem
livrar tais pessoas do juízo divino.
No
Antigo Testamento, o povo de Israel, por exemplo, chegou a levantar imagens e
eleger símbolos como alvos de adoração em representação a Deus, mas tal prática
não foi aprovada pelo Senhor. (cf. 1Rs 12:26-33; 2Rs 18:4; Am 4:4,5; Os
10:5-8).
O
apóstolo Paulo escreveu dizendo que o ídolo “nada é no mundo”, mas que por traz
da adoração ao ídolos existe uma adoração demoníaca. (1Co 8:4; 10:19,20).
As
provas históricas e arqueológicas, de que a cruz da cristandade não é a
representação de um mero instrumento, mas sim o símbolo do culto imperial
romano, conhecido na antiguidade como "Troféu de Vitória" por tamanha
crueldade daqueles atos hediondos.
A
cruz nada mais é que a representação de um deus pagão de braços abertos como um
escudo, que “concede” (segundo a tradição católico Romana) proteção, bênçãos e
vitórias. Também era usada como um instrumento de tortura e morte, onde o
próprio deus que ela representava punia a vítima de uma forma extremamente
humilhante.
Será
que Jesus Cristo foi estuprado em público por um deus punidor? As diferentes
formas do uso da cruz se fundem numa implícita religiosidade aparentemente
vitoriosa, já que puniu com crueldade o Filho de Deus. Obviamente que o simples
uso deste símbolo, seria inapropriado para um cristão de acordo com a bíblia,
pois o mesmo representa um ídolo. Então a historicidade do assunto está errada,
porque não se pode adorar, nem venerar, nem beijar um símbolo ou réplica da
cruz, mesmo que faça parte da tradição católico Romana.
O
ósculo santo na cruz simboliza o ato de prestar culto a ídolos.
O
dicionário informal da língua portuguesa define idolatria como “dar atributos
de Divino a qualquer objeto, coisa ou pessoa como se fossem Deus e adorá-los.
Simbolizar o sagrado e divino não é o mesmo que ser sagrado e divino. Imagens
por exemplo podem ser símbolos ou ídolos dependendo da dimensão que ela assume
diante daquele que a tem. Posso ter uma imagem ( por exemplo: um retrato de
alguém de sua família que já faleceu) e não ser idólatra como também posso ter
e ser”.
Na
bíblia a palavra idolatria diz respeito à adoração de ídolos, de objetos,
chamados de sagrados, feitos pelas mãos
dos homens, numa prática que se opõe a adoração de um Deus monoteísta e ainda a
prática da adoração a outros deuses que não o único Senhor Deus criador dos
céus e da terra.
Diversos
povos pecaram adorando a outros deuses, chegando a sacrificar os próprios
filhos, ou saindo da presença de Deus e cometendo toda sorte de imoralidades,
como por exemplo, as cidades de Sodoma e Gomorra, que chegaram a ser destruídas
numa chuva de fogo e enxofre, porque seu pecado era tão abominável que Deus
puniu aquelas cidades com a destruição total delas.
Outro
ponto ainda de idolatria foi a adoração ao bezerro de ouro, quando o povo
israelita aguardava no deserto, a oportunidade de entrar na terra prometida.
Moisés havia subido ao monte para falar com o Senhor e neste tempo o povo
adulterou construindo um bezerro de ouro para adorar, o que desagradou a Deus.
O
Salmo 115.1-4 é uma declaração em forma de um hino de adoração a Deus e de
reprovação dos ídolos.
O
Salmo 115 todo é também um salmo comunitário, congregacional, de louvor e
adoração a Deus e concentra-se sobre a glória do Senhor na salvação do Seu
povo. Várias partes deste salmo são também usadas pelo Salmo 135 e possui
também cinco momentos especiais:
(1)
Glorificação do Senhor, o Único que merece ser adorado. (v. 1,2);
(2)
Comparação entre os deuses falsos e o Deus verdadeiro. (v. 3-8);
(3)
Liturgia de demonstração de convicção e atitude de fé no Senhor. (v. 9-11);
(4)
Liturgia de aprovação das bençãos do
Senhor. (v. 12-15);
(5)
Glorificação plena do Senhor, em detrimento dos ídolos que nada são. (v.
16-18).
Algumas
referências do próprio Salmo 115 nós dão a conhecer que o ídolo nada é.
Salmo
115.1,2 Não a nós, não a nós Senhor. As
pessoas têm a tendência natural de desviar para si mesmas a glória que pertence
a Deus. Este salmo redireciona a glória para o seu devido foco: Deus em pessoa.
As nações que não conhecem Deus são propensas a insultarem os crentes em tempos
de tribulação, quando a atividade de Deus parece falhar, por não ser tão
evidente. (Sl.42.3).
Salmo
115.3,4 Assim como os profetas (Is 40; Jr 10), os Salmos zombam dos ídolos das
nações. O salmista nega qualquer veracidade aos falsos deuses criados pelo povo
(SI 135.15-18). Enquanto outros povos adoravam esses deuses, que precisam ser
carregados de um lado para o outro, escorados e bajulados, Israel glorificava o
Deus vivo que está nos céus e em toda parte e que faz tudo 0 que lhe apraz. Ele
é o único Ser que merece nossa adoração.
Refletindo
sobre o verdadeiro significado desse tipo invertido de adoração.
Até
bem pouco tempo ouvíamos falar em pessoas que eram condenadas a pena de morte
nos Estados Unidos. A maioria eram executadas na cadeira elétrica. A bem pouco
tempo ouvimos falar na televisão que brasileiros estavam sendo executados por
fuzilamento em outro país por porte de drogas.
Voltando
a história dos condenados a morte na cadeira elétrica nós Estados Unidos. O
condenado à morte era colocado sentado e amarrado a uma cadeira especial.
Colocavam-se eletrodos em certas partes do corpo, normalmente uma parte do
crânio raspado e uma parte inferior do corpo. E assim se procedia esse ritual
macabro; muito embora fosse merecido ou não, às vezes se descobria que estavam
executando um inocente, bem na hora da execução ou logo depois de matar um
inocente.
Porque
estou lembrando vocês destes fatos vergonhosos neste nosso tempo tão evoluído?
Você
lembra do tema desta postagem?
Então
pense numa situação em que um pai ou uma família tem um filho ou ente querido
seu sendo condenado e sendo executado numa cadeira elétrica. Depois da execução
aquela família resolve adorar a cadeira elétrica ao ponto de beijá-la e
transformá-la num símbolo de adoração para todas as pessoas daí por diante e as
autoridades executoras exigir que daí em diante toda a humanidade adorasse
aquele símbolo de maldade para com o filho daquela família que descobriu-se
depois da execução que ele era inocente.
Bem,
eu estou mencionando aqui apenas uma situação verdadeira acontecida nos Estados
Unidos. Lá um inocente ficou cincoenta anos no corredor da morte e foi
executado. Depois da execução o verdadeiro merecedor de estar ali confessou
tudo, mas já era tarde demais.
Depois
do ocorrido aquela família passou a odiar aquela cadeira elétrica e a quem
condenou seu parente bem como seus algozes, seus executores.
A
situação é parecida com o que fizeram com Jesus, com uma agravante porque fizeram
muito pior com Jesus, condenando um inocente que só fez o bem para todos.
Agora
por causa daquela execução de um filho inocente ou merecedor daquele ato, é
lícito a família e a religião eleger a cadeira elétrica como símbolo de
adoração e de beatificação a ponto de considerar mundialmente um dia específico
só para beijar aquela cadeira elétrica? Claro que não. Com a cruz de Jesus
também foi assim e num gesto de adoração plena ao madeiro cruel em que Jesus
foi crucificado, tentam passar uma mensagem e uma prática idólatra para a
humanidade, fazendo com que as pessoas adorem e beijem um pedaço de madeira
como se aquilo fosse um símbolo sagrado.
Deus
abençoe você e sua família.
Pr.
Waldir Pedro de Souza
Bacharel
em Teologia, Pastor e Escritor.
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