segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O ENGANO DO ÓSCULO SANTO NA CRUZ

O ENGANO DO ÓSCULO SANTO NA CRUZ

 

O engano do ósculo (beijo) santo na cruz, que é uma prática idólatra da liturgia da igreja católica e que muitas igrejas evangélicas estão adotando como prática eclesiástica, já que a cruz está sendo colocada nos púlpitos, no interior e no exterior de muitos templos evangélicos.

 

É uma incoerência muito grande a adoração da cruz, temos que adorar é a Jesus que foi condenado a morrer pregado nela.

Vejam a defesa, em forma de advertência, do ósculo (beijo) santo na “santa cruz”, no dia da sexta feira da paixão, feita por um líder religioso da igreja católica.

Nas celebrações das missas no dia da sexta feira da paixão nas igrejas católicas é feita a cerimônia do beijo (ósculo santo) na cruz sem a presença da imagem do Cristo crucificado, colocam somente a cruz e todos os fiéis têm que beijá-la.

 

A adoração da cruz na sexta-feira santa, também chamada de “sexta-feira da paixão”, não vem a ser homenagem prestada a um pedaço de madeira ou idolatria?

A palavra “adoração” vem do termo latino “adoratio”, composto de “ad os” (à boca, aos lábios). Significa etimologicamente o gesto de levar a mão aos lábios a fim de a oscular e, em seguida, estender o ósculo a uma figura tida como divina. Este gesto devia designar, conforme os antigos, a homenagem suprema que um devoto possa prestar a Deus ou o reconhecimento da absoluta Majestade de Deus e da total sujeição da criatura.

O Cristianismo ensina que a adoração só pode ser tributada a Deus, ao único Deus, do qual as Escrituras Sagradas nos falam.

Deus, porém, pode ser considerado em Si mesmo, em Sua entidade puramente espiritual e invisível, como também pode ser contemplado através de manifestações sensíveis que Ele tenha concedido aos homens no decorrer da história. Ora uma das manifestações mais puras de Deus e, em particular, do amor de Deus para com os homens, é a Paixão de Cristo (verdadeiro Deus feito verdadeiro homem); a Paixão, por sua vez, é manifestada ou simbolizada pela Cruz. Se, por conseguinte, algum cristão quer adorar a Deus nesta sua prova suprema de amor que é a Paixão redentora, pode voltar-se para a verdadeira Cruz de Cristo (conservada em fragmentos ou relíquias espalhadas pelo mundo inteiro) ou para uma reprodução da mesma (feita por carpinteiros ou escultores posteriores) e, mediante a Cruz, tributar a Deus a sua adoração. Neste caso, fala-se de “adorar a Cruz”, mas, como se vê, num sentido impróprio; a adoração é toda relativa, isto é, refere-se toda ao próprio Deus, e de modo nenhum ao lenho como tal; este vem a ser considerado apenas como símbolo de uma realidade invisível e como estímulo sensível da devoção (a natureza humana foi feita de tal modo que lhe é normal passar às coisas invisíveis mediante as visíveis).

A adoração sendo, antes de mais nada uma atitude interior, é somente a pessoa que a pratica que pode dizer se está adorando ou não. Um ósculo, uma prostração ou uma genuflexão não significam necessariamente adoração. Caso a signifiquem, podem significar adoração absoluta ou relativa; tudo depende da intenção de quem realiza tais atos. Ora o católico professa que, quando ele se prostra diante da santa Cruz e a oscula, ele entende adorar a Deus, e a Deus só, mediante um dos símbolos do seu amor. E não há quem lhe possa contradizer.

 

O que a Bíblia diz sobre adoração de objetos, deuses e símbolos das religiões?

A Bíblia nos diz que essa idolatria implica no culto ou adoração a algo ou alguém, tanto material como imaterial, real ou imaginário, que caracteriza a atribuição de honra a falsos deuses, sobretudo pela materialização de tais objetos de adoração em produtos fabricados pelo próprio homem.

O que é um ídolo? É apenas uma imagem de escultura?

Apesar da imagem de escultura ser a principal representação das práticas idólatras, a idolatria vai muito além do que simplesmente adorar imagens. ´

Qualquer coisa pode se tornar um ídolo para o homem caído no pecado, como por exemplo, um estilo de vida, um emprego, um carro, uma marca comercial, o dinheiro, filosofias humanas (como o naturalismo, o humanismo e o racionalismo), práticas ocultas e espiritualistas, etc.

Assim, devemos entender que um ídolo é tudo aquilo que obtém a lealdade e a honra que pertencem exclusivamente a Deus. (Is 42:8).

Falando especialmente sobre imagem de escultura, a Bíblia ensina que qualquer imagem é uma simples obra humana, uma mera imitação formada a partir de matéria sem vida, que não pode ouvir, falar, enxergar ou se mover (Sl 115; Am 5:26; Os 13:2; Is 2:8), e, portanto, sua adoração é uma loucura perante Deus.

A adoração a ídolos reflete tamanha ignorância humana que, em Isaías 41:6, lemos que as pessoas ajudam umas às outras na fabricação de ídolos em sua rebelião contra Deus, porém tais ídolos são impotentes diante do Deus Soberano, e não podem livrar tais pessoas do juízo divino.

No Antigo Testamento, o povo de Israel, por exemplo, chegou a levantar imagens e eleger símbolos como alvos de adoração em representação a Deus, mas tal prática não foi aprovada pelo Senhor. (cf. 1Rs 12:26-33; 2Rs 18:4; Am 4:4,5; Os 10:5-8).

O apóstolo Paulo escreveu dizendo que o ídolo “nada é no mundo”, mas que por traz da adoração ao ídolos existe uma adoração demoníaca. (1Co 8:4; 10:19,20).

As provas históricas e arqueológicas, de que a cruz da cristandade não é a representação de um mero instrumento, mas sim o símbolo do culto imperial romano, conhecido na antiguidade como "Troféu de Vitória" por tamanha crueldade daqueles atos hediondos.

A cruz nada mais é que a representação de um deus pagão de braços abertos como um escudo, que “concede” (segundo a tradição católico Romana) proteção, bênçãos e vitórias. Também era usada como um instrumento de tortura e morte, onde o próprio deus que ela representava punia a vítima de uma forma extremamente humilhante.

Será que Jesus Cristo foi estuprado em público por um deus punidor? As diferentes formas do uso da cruz se fundem numa implícita religiosidade aparentemente vitoriosa, já que puniu com crueldade o Filho de Deus. Obviamente que o simples uso deste símbolo, seria inapropriado para um cristão de acordo com a bíblia, pois o mesmo representa um ídolo. Então a historicidade do assunto está errada, porque não se pode adorar, nem venerar, nem beijar um símbolo ou réplica da cruz, mesmo que faça parte da tradição católico Romana.

 

O ósculo santo na cruz simboliza o ato de prestar culto a ídolos.

O dicionário informal da língua portuguesa define idolatria como “dar atributos de Divino a qualquer objeto, coisa ou pessoa como se fossem Deus e adorá-los. Simbolizar o sagrado e divino não é o mesmo que ser sagrado e divino. Imagens por exemplo podem ser símbolos ou ídolos dependendo da dimensão que ela assume diante daquele que a tem. Posso ter uma imagem ( por exemplo: um retrato de alguém de sua família que já faleceu) e não ser idólatra como também posso ter e ser”.

Na bíblia a palavra idolatria diz respeito à adoração de ídolos, de objetos, chamados de sagrados,  feitos pelas mãos dos homens, numa prática que se opõe a adoração de um Deus monoteísta e ainda a prática da adoração a outros deuses que não o único Senhor Deus criador dos céus e da terra.

Diversos povos pecaram adorando a outros deuses, chegando a sacrificar os próprios filhos, ou saindo da presença de Deus e cometendo toda sorte de imoralidades, como por exemplo, as cidades de Sodoma e Gomorra, que chegaram a ser destruídas numa chuva de fogo e enxofre, porque seu pecado era tão abominável que Deus puniu aquelas cidades com a destruição total delas.

Outro ponto ainda de idolatria foi a adoração ao bezerro de ouro, quando o povo israelita aguardava no deserto, a oportunidade de entrar na terra prometida. Moisés havia subido ao monte para falar com o Senhor e neste tempo o povo adulterou construindo um bezerro de ouro para adorar, o que desagradou a Deus.

 

O Salmo 115.1-4 é uma declaração em forma de um hino de adoração a Deus e de reprovação dos ídolos.

O Salmo 115 todo é também um salmo comunitário, congregacional, de louvor e adoração a Deus e concentra-se sobre a glória do Senhor na salvação do Seu povo. Várias partes deste salmo são também usadas pelo Salmo 135 e possui também cinco momentos especiais:

(1) Glorificação do Senhor, o Único que merece ser adorado. (v. 1,2);

(2) Comparação entre os deuses falsos e o Deus verdadeiro. (v. 3-8);

(3) Liturgia de demonstração de convicção e atitude de fé no Senhor. (v. 9-11);

(4) Liturgia de aprovação das bençãos  do Senhor. (v. 12-15);

(5) Glorificação plena do Senhor, em detrimento dos ídolos que nada são. (v. 16-18).

 

Algumas referências do próprio Salmo 115 nós dão a conhecer que o ídolo nada é.

Salmo 115.1,2  Não a nós, não a nós Senhor. As pessoas têm a tendência natural de desviar para si mesmas a glória que pertence a Deus. Este salmo redireciona a glória para o seu devido foco: Deus em pessoa. As nações que não conhecem Deus são propensas a insultarem os crentes em tempos de tribulação, quando a atividade de Deus parece falhar, por não ser tão evidente. (Sl.42.3).

Salmo 115.3,4 Assim como os profetas (Is 40; Jr 10), os Salmos zombam dos ídolos das nações. O salmista nega qualquer veracidade aos falsos deuses criados pelo povo (SI 135.15-18). Enquanto outros povos adoravam esses deuses, que precisam ser carregados de um lado para o outro, escorados e bajulados, Israel glorificava o Deus vivo que está nos céus e em toda parte e que faz tudo 0 que lhe apraz. Ele é o único Ser que merece nossa adoração.

 

Refletindo sobre o verdadeiro significado desse tipo invertido de adoração.

Até bem pouco tempo ouvíamos falar em pessoas que eram condenadas a pena de morte nos Estados Unidos. A maioria eram executadas na cadeira elétrica. A bem pouco tempo ouvimos falar na televisão que brasileiros estavam sendo executados por fuzilamento em outro país por porte de drogas.

Voltando a história dos condenados a morte na cadeira elétrica nós Estados Unidos. O condenado à morte era colocado sentado e amarrado a uma cadeira especial. Colocavam-se eletrodos em certas partes do corpo, normalmente uma parte do crânio raspado e uma parte inferior do corpo. E assim se procedia esse ritual macabro; muito embora fosse merecido ou não, às vezes se descobria que estavam executando um inocente, bem na hora da execução ou logo depois de matar um inocente.

Porque estou lembrando vocês destes fatos vergonhosos neste nosso tempo tão evoluído?

Você lembra do tema desta postagem?

Então pense numa situação em que um pai ou uma família tem um filho ou ente querido seu sendo condenado e sendo executado numa cadeira elétrica. Depois da execução aquela família resolve adorar a cadeira elétrica ao ponto de beijá-la e transformá-la num símbolo de adoração para todas as pessoas daí por diante e as autoridades executoras exigir que daí em diante toda a humanidade adorasse aquele símbolo de maldade para com o filho daquela família que descobriu-se depois da execução que ele era inocente.

Bem, eu estou mencionando aqui apenas uma situação verdadeira acontecida nos Estados Unidos. Lá um inocente ficou cincoenta anos no corredor da morte e foi executado. Depois da execução o verdadeiro merecedor de estar ali confessou tudo, mas já era tarde demais.

Depois do ocorrido aquela família passou a odiar aquela cadeira elétrica e a quem condenou seu parente bem como seus algozes, seus executores.

A situação é parecida com o que fizeram com Jesus, com uma agravante porque fizeram muito pior com Jesus, condenando um inocente que só fez o bem para todos.

Agora por causa daquela execução de um filho inocente ou merecedor daquele ato, é lícito a família e a religião eleger a cadeira elétrica como símbolo de adoração e de beatificação a ponto de considerar mundialmente um dia específico só para beijar aquela cadeira elétrica? Claro que não. Com a cruz de Jesus também foi assim e num gesto de adoração plena ao madeiro cruel em que Jesus foi crucificado, tentam passar uma mensagem e uma prática idólatra para a humanidade, fazendo com que as pessoas adorem e beijem um pedaço de madeira como se aquilo fosse um símbolo sagrado.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

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