A IDOLATRIA E O CULTO DE DEMÔNIOS
A idolatria é um culto aos demônios.
A natureza real da idolatria reside em alguns
fatos que devemos analisar com cuidado e vigilância.
(1) A Bíblia diz que o ídolo em si nada é. É
um mero pedaço de madeira ou pedra, ouro e ou metais preciosos, esculpido por
mãos humanas, que nenhum poder têm;
(2) Por trás de toda idolatria, há demônios,
seres sobrenaturais controlados pelo diabo (Deut 32:17; Sl 106:36-37);
(3) A correlação entre a idolatria e os
demônios se vê entre práticas pagãs e magia negra, leitura da sorte,
feitiçaria, bruxaria e coisas afins.
(4) O Novo Testamento fala que a avareza é
também uma forma de idolatria. (Cl.3:5). Embora
os avarentos, não adorem ídolos de madeira, pedra e etc, adoram demônios
da cobiça e de desejos maus; são idólatras pois amam ao dinheiro e bens
materiais mais do que a Deus e não conseguem amar a Deus em primeiro lugar nem
ajudar, e nem amar o próximo como a si mesmo.
(5) Quando dedicamos nosso amor a outra coisa
ou ser que não seja Deus, como o emprego, cursos ou pessoas, tudo que tome o
centro de nossa vida torna-se um ídolo. (1 João 5:21). Alguns cristãos acham
que não são idólatras, mas estão tão apegados a umas coisas que são incapazes
de renunciar por amor ao Senhor Jesus e a Sua obra.
Os
pagãos nos dias de Paulo não sabiam quem era o verdadeiro Deus, (Atos 17:23).
Eles acreditavam em demônios ou espíritos criados, inferior ao Deus
desconhecido, (At 14:11-18), algumas
boas e outras ruins. Eles procuraram apaziguar o mal por meio do sacrifícios. Expressavam
sua ignorância da idolatria, cultuando as imagens de esculturas feitas por eles
mesmos. (Romanos 1:18-23, Atos. 14:15, 17:23, Jo. 04:22, 1 Ts. 1:9).
O Novo
Testamento descreve muito bem a atuação dos demônios que são espíritos malignos
e os anjos de Satanás, (2 Coríntios. 11:15).
O
apóstolo Paulo dizia, eu não quero que vocês sejam parceiros dos demônios.
Participar da adoração de ídolos é participar indiretamente com os próprios
demônios; porque por trás da adoração de ídolos está a realidade da adoração dos
demônios e de Satanás, o mesmo ser que inspirou a idolatria.
Embora
a intenção não seja cultos a demônios, como são o efeito e o significado dos ídolos
serem adorados? Tem alguma coisa por trás disso ou não tem?
Isto
prova que a pessoa pode estar em pecado, sem ter intenção de entrar no que é
pecaminoso. Os coríntios participando no culto dos ídolos tinha comunhão com os
demônios sem saber. Sua ignorância vai pedir desculpas, vai pedir perdão a Deus
pelo pecado da adoração aos demônios que estão por trás dos ídolos? É pecado
adorar imagens de ídolos religiosos?
É
pecado adorar ídolos mesmo sabendo que os ídolos não foram feitos com a
intenção de gerar pecado? Satanás escurece a mente dos homens para que não
vejam o pecado que tão de perto os rodeia. (Col. 1:13, Ef. 4:18, Ef. 6:12, Rm.
01:21, 11:10, 1 Jo. 2:11).
1
Coríntios 10:21 - Não podeis beber ao mesmo tempo uma taça (o cálice) do Senhor
e uma taça (o cálice) dos demônios; não podeis participar, ao mesmo tempo, da
mesa do Senhor e da dos demônios. Quanto ao "beber" verbo, o texto
grego usa o infinitivo beber, sendo continuamente presentes e participantes, é
ação habitual. É moralmente impossível estar em comunhão com o Senhor Jesus
Cristo e os demônios de Satanás de uma só vez, ao mesmo tempo. Pela simples
razão de que Deus e Satanás são dois grandes inimigos. (Ap 17:13,14). Jesus
disse a mesma coisa em Mt-6:24;12:30 e não há neutralidade. Veja 2 Coríntios.
06:14 e 07:01. O cristão é Cristão porque serve a Cristo, é servo do Senhor
Jesus Cristo, (3:23), e não vive pecando como um demônio, antes de sua
conversão, (Rm 6:16-18). Embora, naturalmente, você possa tentar servir a dois
senhores mas o resultado oposto é impossível de alcançar. Ou você serve a um e
despreza ou outro, ou vice-versa.
As
duas frases, "beber o cálice" e "participar da mesa",
declara a mesma verdade. O presente usual para "propor um brinde" ou
"bebida de saúde" de alguns, tem suas raízes na prática pagã de fazer
uma libação de vinho para a honra de um ídolo, às vezes seguido de uma oração a
Deus, e depois o vinho era tomado pelos adoradores. Entenda o quê é uma libação:
É uma oferta de líquidos, em
geral de vinho ou de azeite, derramados em sacrifício de dedicação a Deus; era derramada apenas uma
parte junto com a oferta de manjares, das ofertas regulares apresentadas todos
os dias (Êx 29.38-41). No NT, simboliza aquele que derrama a vida pela causa de
Cristo (Fp 2.17).
O Cristão
que não vigiava zombava de Deus e iria "beber o cálice dos demônios"
durante a semana, e depois "beber o cálice do Senhor no domingo na assembleia
da igreja, ou durante a semana para comer a carne trazida do altar do ídolo
para o banquete domingo e depois comer a Ceia do Senhor. Lembre-se de Deus não
se zomba, (Gálatas 6:7), tudo o que o homem semear isso mesmo colherá.
1
Coríntios 10:22 – Ou por acaso estaríamos querendo provocar o ciúme do
Senhor? O marido se irrita com ciúme quando sua esposa se junta com outro
homem. No Antigo Testamento foi usada esta figura no caso de Israel, quando se praticava
a idolatria, isto é, quando Israel participou de atos de adoração de falsos
deuses, dando aos outros a lealdade que devia ao seu marido, Deus. Dt-32:21.
Deus é zeloso, (Êxodo 20:5, 34:11-17) e zela por sua palavra e por seu povo.
Somos
nós mais fortes do que ele, para provocarmos ciúmes, Deus vai punir os
infiéis. Agora o homem que pensar que é mais forte do que Deus se esquece que
Deus é o criador de tudo e de todos.
O
ser humano pode pensar em ser mais forte e indestrutível para evitar qualquer
punição procedente de Deus?
Se
não, então é dever do cristão não incitar a ira e a cólera de Deus sobre sua
vida. Os Cristãos de Corinto estavam em desacordo com a fé cristã e correndo este
risco em matéria de comer coisas sacrificadas aos ídolos nos momentos de
adoração.
A
Bíblia proíbe o cristão de participar da mesa do Senhor e do cálice dos
demônios, (1Co 10.20,21). Tal duplicidade religiosa leva o seu praticante ao
pecado, à mentira, à falsidade, à idolatria, pois não há qualquer associação
entre luz e trevas, verdade e mentira, entre o Senhor e Satanás. Não há meio
termo na fé Cristã e na doutrina (Mt 5.3 7; 6.24; Sl 119.113). Não existe
verdade no erro, e nem erro na verdade, porque ambos se anulam mutuamente.
Assim também, não há nada de sagrado no profano e no profano não há nada de
sagrado.
Enquanto caminhamos em direção a Canaã
celestial onde nos é prometido “descanso eterno”, o escritor aos Hebreus
nos exorta: “temamos, portanto, que, sendo-nos deixados a promessa de entrar no
descanso de Deus, suceda parecer que alguns de vocês tenha falhado”. (Hebreus
4:1). Só porque desfrutamos ricas bênçãos em Cristo não garantimos que receberemos
o “descanso eterno” reservado aos fiéis na glória celestial.
Infelizmente, muitos cristãos ignoram as
lições do passado e cometem os mesmos pecados que levaram até nações e reis de
Israel à derrotas vergonhosas. Hoje,
apesar das bênçãos de Deus serem derramadas abundantemente, nós estamos vendo a
igreja do Senhor Jesus, através de seus líderes, tentamos fazer uma concessão
nos nossos esforços ao tentarmos andar junto com o mundo e aprovarmos as coisas
que são “socialmente” aceitáveis segundo um novo padrão teológico que criaram
para dar vazão à carnalidade e à pecaminosidade sem precedentes, onde o vale
tudo em nome da tal “felicidade” está imperando em detrimento da santificação
ao Senhor.
A fornicação, o adultério, a traição, a
rejeição, teem sido, com muita frequência, descobertos e tolerados na igreja, (veja 1 Coríntios 5:4-13; Gálatas 5:19). Será
que o que era pecado, deixou de ser pecado? Pecados são considerados como
pecado de acordo com quem pecou? De acordo com o que as pessoas possuem, de acordo com os diplomas de quem pecou, de
acordo com o quanto a pessoa contribui para a igreja? Já não se observa mais a
fidelidade e a intimidade das pessoas com o Espírito Santo de Deus, mas sim o
quanto as pessoas são “importantes financeira, politicamente e socialmente”
neste mundo moderno.
Nós tentamos a Deus quando colocamos em
questão a necessidade de ministrar a “doutrina de Cristo” de qualquer
jeito ou de simplesmente não ministrar as doutrinas de Cristo para termos uma
plena comunhão com Jesus. (2 João 9-11).
Tentamos torná-lo num deus que aceita tudo e
não condena nada, que ajunta-se com todo tipo de crença e aqueles que a
ensinam. Nós murmuramos e reclamamos quando sofremos, assim falhando em
dar lugar à disciplina de Deus, (Hebreus 12:4-13; Apocalipse
3:19). Pensamos que a única maneira de adorar a um ídolo é colocar uma
imagem de pedra ou metal precioso e nos inclinar diante dele. Mas na
verdade, idolatria é colocar em nossas vidas outras coisas antes de Deus,
(Mateus 6:33). Como são os pensamentos de um homem tolo (Isaías 55:8-9)
quando ele procura justificar sua idolatria. (2 Crônicas 25:15; 28:22-23).
Nós não temos que cair no erro porque outras
pessoas caíram. Paulo escreveu aos coríntios: “Aquele, pois, que
pensa estar em pé, veja que não caia. Não vos sobreveio tentação que não
fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das
vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentativa, vos proverá
livramento, de sorte que a possais suportar”. (1 Coríntios 10:12-13).
Nossas tentações sempre têm uma saída. A fidelidade
a Deus é necessária e é possível. “Por esta razão, importa que nos
apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos
desviemos”. (Hebreus 2:1). Vamos nos esforçar para não cair como
Israel, mas pela graça de Deus e pela força de Cristo, vamos aprender que
disciplina e domínio próprio podem ser usados para superar, com
sucesso, as investidas de Satanás e do o mundo contra nossas vidas.
Não abra as portas do seu coração para a
idolatria e, se abrir, consequentemente, estarás caindo no pecado da idolatria.
Quando Deus diz em Sua palavra que não devemos adorar imagens de escultura, por
mais que essas coisas tenham inspiração no céu, se é contrário à palavra de
Deus sabemos que quem está por detrás dos ídolos tangíveis e intangíveis é o
próprio Satanás.
Diz a
palavra de Deus: “Não terás outros deuses diante de Mim”. (Êxodo 20:3). Não é
só negando a existência de Deus, ou prostrando-se ante ídolos de madeira ou
pedra, de barro ou de metais preciosos que se pode transgredir esse primeiro
dos mandamentos. Por muitos que professam ser seguidores de Cristo, os
princípios desse mandamento são infringidos; mas o Senhor do Céu não os
reconhece como filhos Seus, aqueles que abrigam no coração qualquer objeto que
tome o lugar que unicamente a Deus deve pertencer. Em muitos domina a
satisfação do apetite, ao passo que outros dão o primeiro lugar ao vestuário e
ao amor do mundo.
“Deus nos deu nesta vida muitas coisas a que
dedicar nossas afeições; quando, porém, levamos ao excesso aquilo que em si
mesmo é legítimo, tornamo-nos idólatras.
Qualquer coisa que separe de Deus as nossas
afeições e diminua nosso interesse nas coisas de Deus, é um ídolo. Os que empregam
o precioso tempo concedido por Deus, tempo que foi adquirido por alto preço, em
embelezar seu lar para ostentação, ou em seguir as modas e costumes do mundo,
esses não só roubam de sua própria vida o alimento espiritual, como também
deixam de dar a Deus a glória que Lhe é devida. O tempo assim gasto na
satisfação de desejos egoístas, luxúrias, vaidades excessivas poderia ser
empregado na obtenção de conhecimentos da Palavra de Deus, no cultivo de
talentos e dons espirituais, para rendermos serviço inteligente ao nosso
Criador. Deus não participará de um coração dividido. Se o mundo absorve nossa
atenção mais do que as coisas de Deus,
então não pode Deus reinar em nós. Se isto diminui nossa devoção a Deus,
é então idolatria aos Seus olhos e devemos nos posicionar com amor para com as
coisas de Deus.
O Novo Testamento descreve de maneira bem
específica que o confronto com Satanás ou “diábolos” é frequente
no ministério de Jesus. Logo após o batismo, Jesus se retira para o deserto
para jejuar e orar, preparando-se para cumprir com seu ministério; ali Jesus
é tentado pelo diabo, (Mt.4.1-11). O objetivo da tentação era provocar
Jesus para que Ele atendesse aos apelos do tentador e assim abandonasse o
Plano de Deus.
Temos que levar em conta que Jesus não foi
tentado apenas neste seu momento no deserto. Durante sua vida e ministério
a tentação sempre esteve presente. Em João 6.15 a multidão quer aclamá-lo rei;
em Mateus 16.1 os fariseus e saduceus pedem um sinal; em Lucas 11.16 a
multidão também pedia um sinal; em Marcos 8.32 Pedro repreende Jesus
depois de ter anunciado sua morte na cruz; em João 18.10, por ocasião da prisão
de Jesus, Pedro usa a espada para impedir sua prisão; em Mateus 26.27-28
os soldados cuspiram em Jesus e bateram-no desafiando Jesus a descer da
cruz e em Mateus 27.40 um dos ladrões na cruz desafia Jesus. Estes que
tentavam a Jesus não tinham nenhum compromisso com sua mensagem e com o Reino
de Deus. As tentações de Jesus nos apontam as três principais áreas em que
os cristãos são tentados pelo diabo.
1) Necessidade física, de subsistência,
que todos têm. Ele sabia que Jesus, depois de tantos dias em jejum, tinha
fome. Então propôs que transformasse as pedras em pão. Jesus afirma que não só
de pão vivemos, mas da palavra que vem da boca de Deus;
2) Necessidade de sustento para nossa
alma, nossas carências emocionais internas. Jesus estava só. Muitos,
em solidão, necessitam de alguém que tenha interesse por eles, que cuide
deles; foi nisso que o diabo tentou e Jesus respondeu: "Não tentarás
o Senhor teu Deus". Em Deus podemos esperar, confiar, por mais solitários
que estejamos;
3) Necessidade de ter coisas para a
nossa vida, como roupa, casa, saúde, dinheiro suficiente para
a sobrevivência, emprego; então em cima disto vem a tentação da cobiça de
ter cada vez mais, não importando os meios. Na tentação Jesus ouviu esta
proposta: "Te darei todos os reinos e suas riquezas, se prostrado me
adorares". Jesus o repreendeu e o expulsou, dizendo: "Está escrito:
ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto”.
Jesus ensinou o caminho para que seus
discípulos resistissem a tais tentações.
1) "Vigiai e orai, para que não
entreis em tentação; o espírito na verdade está pronto, mas a carne é
fraca", (Mt). 26.41). Sem uma vida de oração e vigilância espiritual o
cristão se torna presa fácil nas mãos do tentador. Pedro advertiu: "O
diabo, nosso adversário, anda em derredor como leão que ruge,
procurando alguém para devorar" “ ou para tragar". (1Pe
5.8);
2) "Jesus foi guiado pelo Espírito
Santo ao deserto”. Não é possível vencer o adversário na força da carne. O
diabo é espírito e deve ser vencido pela força e discernimento do Espírito
Santo em nós; foi assim com Jesus e deve ser assim conosco;
3) "Jesus, porém, respondeu: Está
escrito". Jesus usou, sempre, neste confronto as Escrituras Sagradas,
a Bíblia. A Bíblia é uma arma do crente no seu confronto com a tentação
posta pelo diabo. Devemos ter cuidado e discernimento, pois uma das
estratégias de Satanás é trazer descrédito à autoridade da Bíblia, porque
ele sabe que dela vem conselho e força de Deus. Em todas as reformas em Israel,
a redescoberta da Palavra de Deus foi instrumento básico (2Cr 34.14-21); o
mesmo aconteceu com a reforma liderada por Martinho Lutero;
4) "esta casta (de demônios) não se
expele senão com oração e jejum". (Mc 9.29). Esta expressão aponta uma
ação de ataque às cidadelas do diabo na vida de pessoas. Neste tipo de
confronto, o cristão precisa de uma preparação espiritual, onde entra a
oração e o jejum e a disciplina espiritual.
Como vencer os ataques de Satanás.
1)
Não se vence os ataques do diabo com amuletos, ídolos e rezas. É muito frequente
a influência mística cristã, onde se pratica o exorcismo com objetos,
ídolos e rezas mágicas. Estas práticas são totalmente sem fundamento
bíblico, e procedem de religiões pagãs. Assim também, o uso da Bíblia na
cabeça do endemoniado, ou a Bíblia aberta nos cômodos da casa, por si só
não produzem efeito algum; o mesmo se dá em relação à cruz, tão usada
em filmes de vampiros e demônios, não possuem poder nenhum por si mesmas.
Rezas repetidas também carecem de eficácia em si mesmas. Esses ataques só
se vencem pela fé em Jesus Cristo.
2) A Bíblia recomenda que resistamos ao
diabo e ele fugirá de nós. (Tg 4.7). Esta resistência é um ato
de perseverar na fé redentora em Cristo Jesus, que veio com poder para
destruir as obras do maligno. O diabo é espírito maligno que não pode ser
vencido por nossa força carnal, mas sim pela força e poder do Espírito Santo de Deus
que opera em nós e através de nós. Nossa fé em Cristo, nossa vida verdadeira,
íntegra e santa é algo que o diabo não pode enfrentar. Basta fé, unção do
Espírito Santo de Deus, coragem para enfrentar o diabo, e ele fugirá de
nós. Devemos lembrar que Jesus conferiu essa mesma autoridade sobre espíritos
malignos aos seus discípulos. (Mt 10.1; Lc 10.17).
3) Nunca e sob hipótese alguma, podemos
permitir que o diabo, ao atormentar uma pessoa, interrompa nosso culto a
Deus. Havendo uma manifestação, não deixemos que isto vire um show e atrapalhe
o culto que é devido a Deus. Imediatamente, irmãos e irmãs fiéis e idôneos
devem retirar a pessoa oprimida ou possessa para um lugar reservado,
ajudá-la a libertar-se da opressão e tratá-la com todo amor e carinho.
Enquanto isso, o culto deve prosseguir normalmente, valorizando-se a ação
da Graça e do Espírito Santo de Deus e não a experiência de opressão
maligna.
4) Devemos distinguir, através do dom do
discernimento de espíritos, se a manifestação, realmente e de fato é uma possessão demoníaca,
pois há diversas enfermidades psíquicas que produzem reações que podem ser
confundidas como possessão demoníaca. Tal confusão pode ser altamente
danosa para a pessoa atingida. Devemos ser humildes e reconhecer que
algumas pessoas precisam de acompanhamento profissional de um psicólogo ou
psiquiatra. Nesses casos precisamos reconhecer também que existem
paralelamente necessidades espirituais, e estas devem ser tratadas pelo
pastor ou pastora em aconselhamento pastoral.
5) Devemos confirmar com todas as
pessoas que a vitória sobre as forças do diabo se dá através de
uma contínua confissão de pecados e compromisso com Jesus e o Evangelho do
Reino de Deus. Todos os espíritos malignos são expulsos em nome de Jesus. Jesus
foi quem venceu o maligno derramando seu sangue puro e carmesim até a gota na
cruz do calvário para nos salvar, para nos libertar de todos os males.
O apóstolo João nos dá esta orientação,
"Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a
justiça é justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do
diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se
manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo. Todo aquele
que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele
é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de
Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo, todo
aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama
a seu irmão". (1 Jo 3.7-10).
6) Textos para ler e meditar sobre estes
assuntos: Mt 8.28- 34; Mt 9.32-34; Mt 10.1; Mt 12.22-32; Mt 12.43-45; Mt
17.14-21; Mc 1.21- 28; Mc 1.32-34; Mc 3.7-12; Mc 9.24-29; At 13.4-12; At
19.13-17; 2Co 10.3-5; Ef 2.1-3; Ef 6.11-18.
Em que áreas da vida Jesus foi tentado
pelo diabo? Quais recursos Jesus utilizou para vencer as tentações do
diabo? Quais as maneiras pelas quais o diabo atua?
Queremos lembrar que a missão principal da
igreja é fazer discípulos de Jesus Cristo. O trabalho de libertação da
opressão e possessão demoníacas deve ser visto sempre a partir dessa
perspectiva. Devemos permitir que a pessoa possa fazer uma opção consciente
pela fé em Jesus Cristo e o aceite como Salvador e Senhor de sua vida, e
se envolva no projeto do Reino de Deus. Essa tarefa, ou qualquer outra que
fazemos em nome de Jesus, não pode ser realizada com nossa própria força
ou por nossas mãos ou sem discernimento espiritual, porque diz a palavra de
Deus que devemos fazer a Sua obra não por força e nem por violência.
Assim, oramos para que o Espírito Santo de
Deus continue capacitando os irmãos e irmãs para o exercício dos
ministérios que Deus tem confiado a cada um e cada uma.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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