AS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS NAS ADMINISTRAÇÕES DAS IGREJAS
Trago aqui minha manifestação sobre o perigo e
as consequências da administração eclesiástica em benefício próprio nas igrejas
evangélicas brasileiras, principalmente as chamadas conservadoras que teem visto
mudanças bruscas em suas administrações em favor e em benefícios próprios de
interesses familiares de seus líderes.
A Bíblia está cheia de péssimos exemplos no
Velho Testamento, onde os reis passavam a sua administração para seus parentes
mais próximos, às vezes para o filho mais velho, seguido de todos os outros
filhos que eram considerados príncipes e princesas. Os que eram considerados
como impedimentos para tais fins, eram eliminados sumariamente.
Aristóteles foi o primeiro a usar e definir
uma palavra que definiria esta situação, ele usou a palavra oligarquia como
sinônimo do governo pelos ricos dominadores e opressores dos povos daquela
época, embora o termo exato neste caso seja plutocracia, que era o poder e a
influência do dinheiro e das riquezas de determinadas classes da sociedade.
Numa oligarquia nem sempre é a riqueza que
governa, os oligarcas podem ser qualquer grupo privilegiado, que não precisa
estar conectado por laços de sangue como numa monarquia, mas estão ligados em gênero,
número e grau pelos laços do interesse de serem uma casta superior dominante em
seu “estatus quó”, ou seja, dominam pela força e pela ganância, não importando
os meios utilizados para alcançar seus objetivos.
O governo das oligarquias é a forma de
governo em que o poder político dominante está concentrado num pequeno número
de pessoas. Essas pessoas podem distinguir-se pela nobreza, pela riqueza, pelos
laços familiares, pelas empresas que são controladas por eles e principalmente
pelo poder militar que exercem ou que dominam através de compra da honra dessas
pessoas ou promoções à cargos de alto escalão naquelas forças. Os estados e ou
países em que tal acontece são muitas vezes controlados por poucas famílias
proeminentes que passam a sua influência de uns para os outros familiares ao
longo de gerações.
A igreja evangélica brasileira, de uma forma
em geral possui diversas formas de governo eclesiástico a depender de sua
vertente histórica e teológica. Contudo, em nossos dias atuais tem prevalecido
claramente uma forma predominante de governo, o da cleptocracia oligárquica, cleptocracia
oligárquica é um governo cujos líderes corruptos usam o poder político
eclesiástico para se apropriar da riqueza de sua igreja, ministério e ou nação,
geralmente com o desvio ou apropriação indevida de ofertas, dízimos e outras
dádivas e arrecadações do governo ou de seus membros às custas da população em
geral, que nada mais é que, o poder exercido por um único indivíduo ou por uma
única classe de pessoas, a clã dominadora daquela entidade social, religiosa e
ou política, quer seja da mesma linhagem eclesiástica, familiar, política ou
social.
Mas a questão a refletir nem é o fato do que
chamo de "o domínio da genealogia eclesiástica" na igreja, quando
descendentes substituem seus pais na liderança de uma igreja, até aqui a meu
ver nada demais, desde que aqueles convocados a assumir a presidência e ou
direção de igrejas e ou ministérios tenham o mesmo chamado divino em suas vidas
que seus antecessores tiveram e o mesmo amor pelos dons espirituais e pelas
almas sofridas, assim como Jesus Cristo nos ensinou. A tomada do poder,
presidência ou lideranças, é visivelmente praticada em várias denominações de
igrejas e ministérios conservadores ou não no Brasil afora e que mostram
líderes com poderes quase que absolutos na igreja. Líderes que não lideram mais
pelo amor e pela piedade, mas pelo autoritarismo e pela ambição. Líderes que
tratam a igreja não como a Noiva de Cristo, mas como uma espécie de "sua
concubina", “seus escravos serviçais”, “seus fiéis súditos e escravos”, “curral
eleitoral” tornando-se uma direção escravocrata que vendem até os votos dos
fiéis de suas igrejas de “porteira fechada”.
Jesus Cristo veio para nos libertar da
escravidão do pecado, mas também da escravidão perpetrada pelos homens. O pior
disso tudo é que fazem isso tudo abertamente e em nome de Deus, como se deuses
fossem na igreja destes tempos modernos.
O povo tem que se submeter aos seus caprichos
e regras, leis e ordens, tudo isso sob o medo patológico de punições severas e
excludentes. Numa análise crua e imparcial, em muitos lugares os termos
eclesiásticos de pastor, bispo, apóstolo ou profeta estão bastantes conectados
a este sistema feudal de nossos dias. Líderes que se impõem pela força do braço
e da ganância por dinheiro, bens e propriedades e não pelo amor de Cristo.
Líderes que, enquanto parte do rebanho sofre provações e privações, eles vivem
uma vida de luxúria nababesca, faraônica, escandalizante e sem o mínimo de
temor a Deus.
Nada, absolutamente, contra líderes viverem
bem com suas famílias em razão do belo trabalho que realizam, são merecedores;
todavia, o que presenciamos e o que nos referimos sobre este assunto é bem
visível hoje. As mesmas razões contra as quais Martinho Lutero e os líderes
reformistas lutaram, heresias e enriquecimento ilícito da igreja do passado e
de seus lideres, são as mesmas que vemos hoje no topo do poder da igreja
contemporânea.
A simplicidade e humildade passam longe
desses líderes. Dos exemplos das sete igrejas no livro de Apocalipse destacamos
a de Laodicéia pelo seu péssimo exemplo, vejamos em Apocalipse 3:14 Jesus se
apresenta como “o princípio da criação de Deus”, ou seja, “a origem da criação
de Deus”, “aquele que trouxe a criação à existência no princípio”.
Como era a cidade de Laodicéia? A cidade
ficava no entroncamento de três grandes estradas, e era um importante centro
financeiro e industrial e Comercial. Laodiceia possuía muitos bancos, e
produzia roupas (lã negra) e remédios (colírios).
Como era a igreja de Laodicéia? A igreja de Laodicéia
foi a única que não recebeu qualquer elogio. Os cristãos não eram incomodados
por perseguidores ou hereges, mas viviam na mornidão espiritual.
Apocalipse 3:15-17 Os laodicenses ficavam “em
cima do muro”. Estavam cegos quanto à sua real situação, ofuscados pela própria
prosperidade.
O que Jesus disse à igreja de Laodicéia? O
Senhor Jesus lembrou à igreja que Ele estava do lado de fora, batendo à porta.
Podia restaurar os cristãos e estava disposto a despertá-los e ou a vomitá-los.
A escolha era deles. Jesus lembrou ao “anjo da igreja” ao pastor daquela igreja
que os vencedores reinarão, assim como Jesus já reina.
Apocalipse 3:18 O que Jesus aconselhava os
laodicenses a fazer remetia a algumas características da cidade: ouro, vestes e
colírio. Muitos pastores e líderes evangélicos estão “vidrados” só olhando para
os resultados materiais, exigindo dos fiéis que a cada dia tragam mais e mais dinheiro,
ofertas, dízimos e outras dádivas para o “ seu ministério” ou seja para seu
deleite próprio.
Apocalipse 3:19 O castigo divino é uma
manifestação de amor. Havia esperança para a igreja de Laodiceia. Deus sempre
dá uma nova chance para quem queira se consertar com Ele.
Apocalipse 3:20 Jesus estava do lado de fora,
a igreja havia fechado a porta. A igreja precisa ter as portas do coração do
povo bem abertas para que o Senhor Jesus possa entrar e fazer nele morada.
Apocalipse 3:21 Jesus venceu e recebeu
autoridade e poder do Pai. Ele promete compartilhar essa autoridade com aqueles
que vencerem.
Os fatos e acontecimentos da igreja de
Laodicéia são apenas para relembrarmos que chegará a hora da intervenção de
Deus.
Vemos a igreja contemporânea repetir os
mesmos erros que a levaram no passado a sofrer duras perseguições por permissão
de Deus. Tivemos recentemente em nosso país também a demonstração do que
estamos tratando aqui. Por causa da ganância por dinheiro e fama muitos líderes
evangélicos se corromperam e apoiaram políticos esquerdistas e comunistas que
perseguem e matam cristãos pelo mundo afora e o resultado desastroso do
processo político em que se misturou além da conta, a igreja e a política, foi um
resultado amargo que se sente até agora com o que a igreja demonstrou ser,
através do apoio e do trabalho como cabos eleitorais do comunismo e suas
correntes ideológicas. Agora sofram as consequências. Os crentes que se
comportaram como currais eleitorais, agora devem cobrar de seus líderes o
porque de tais posições erradas.
A igreja atualmente nem é uma teocracia nem é
uma democracia, mas uma oligarquia, aliás e pior ainda: está se tornando um
sistema oligárquico político religioso nas mãos de famílias de dominadores e ditadores,
ou seja, a famosa familiocracia empresarial que só acredita no lucro pessoal personalizado
não importando se é a igreja, o corpo, a noiva do Cordeiro ou se é uma empresa
sua. Dão mais valor no que podem fazer e falar do que no que a Bíblia diz.
Igrejas viraram produtos e crentes viraram
clientes. A fé é explorada como mercadoria, os milagres são encomendados,
quanto mais se paga, maior e mais depressa é o resultado.
Isso sempre existiu de forma um tanto velada,
agora parece tomar as cores mais brilhantes das campanhas de marketing com as
quais já estamos familiarizados. Acostumados com a publicidade de pastas de
dente, sabonetes, carros, telefones e coisas assim, que agora nos acostumemos
com as campanhas publicitárias que aí estão para nos vender igrejas, milagres,
salvação, lotes de terrenos no céu, indulgências, etc, as igrejas viraram um
produto especial e não um chamado espiritual.
Já é possível encontrar, em algumas grandes
cidades do nosso país, peças publicitárias das mais diversas, criativas,
chamativas, convidando quem quiser a ser da igreja tal, a internet e as redes
sociais fazem o serviço brilhante em plataformas monetizadas. E quais as
vantagens? Ora, na igreja tal fazemos isso, fazemos aquilo, ajudamos
necessitados, recuperamos dependentes, somos mais isso, somos mais aquilo. Nada
de novo debaixo do sol, já dizia o bom e velho Salomão. Fazem um proselitismo
invejável para, “pescar em aquário alheio”, dê o nome que quiser, é coisa
antiga. Só que o que antes era restrito, meio que escondido, agora é
escancarado em praça pública. Ora, “e por que não?”, dizem os adeptos do
marketing, do coching, do mentorial, do etc, etc e tal.
Pensando na igreja-empresa, ou
empresa-igreja, sei lá, eles acham e agem como se estivessem certos mesmo. Pois
já nos ensinam nas igrejas os primeiros conceitos de marketing que o vendedor
de sapatos tem para ser vencedor, campeão de vendas do mês ou aqueles que cumpriu
a meta. Dois caminhos plausíveis são apresentados para que o vendedor de
sapatos ou outras mercadorias: vender sapatos para quem já os usa, e ou
vendê-los para quem ainda não os usa. O primeiro caminho é bem mais fácil,
oferece resultados mais rápidos, e só depende do tal sapato ter algum
diferencial que o favoreça na comparação com os concorrentes. O segundo caminho
é mais demorado, requer maior esforço, o que geralmente fica a cargo das
equipes de marketing e propagandas. É justamente por isso que as primeiras
perguntas dos bons marqueteiros são: “qual é o tamanho do mercado que você
alcançar?”, “qual é o perfil dos atuais compradores?”, “quais as necessidades
dos compradores que estão sendo alcançadas com os atuais fornecedores, quais
não?” Vender o produto para quem já os compra e usa é o caminho mais curto para
chegarmos ao sucesso.
O tamanho do “mercado evangélico brasileiro”
realmente anima qualquer um. Uns dizem que somos 17% da população (uns 30
milhões), outros 22% (40 milhões). A maior estimativa que achei em pesquisas
fala em algo perto dos 45 milhões de evangélicos no Brasil. Seja qual você
escolher, estamos falando de algo perto de “uma Argentina” (37 milhões de
habitantes), um pouco mais, um pouco menos. Cá entre nós, belo mercado, não é?
Qual o perfil dos atuais evangélicos? Quais
as necessidades deles que não vem sendo supridas “pelas atuais igrejas
fornecedoras de milagres, promessas de riquezas, cursos e escolas de couth para
abreviar o sucesso ”? Só para dar um exemplo e para estimar por baixo, deixando
um pouco de lado a maioria pentecostal e neo-pentecostal, basta analisar que em
geral os evangélicos das igrejas chamadas históricas ou tradicionais vem
costumeiramente procurando “um produto” mais contemporâneo, menos “engessado”,
menos tradicional, menos litúrgico. Não é necessário ser um “gênio de
marketing” para “bolar” um “produto” que atenda às necessidades destes
evangélicos. Uma grande parte dos evangélicos não querem mais ter compromissos
com a igreja, querem apenas sentir uma emoção que preencham o seu ego naquele
momento, depois vão embora mais vazios do que quando chegaram lá, vazios no
coração, vazios na alma e vazios no bolso ou na bolsa.
Portanto no dia a dia pesquisam por que não “vender”
uma nova maneira, uma nova ideia de ser igreja, porque para o crente que está insatisfeito com
o atual fornecedor, (de milagres e riquezas), logo vão atrás de outro local
mais inovador, com time de futebol, com academias e por aí vai. Muitos líderes
evangélicos hoje são verdadeiros marqueteiros e não pregoeiros do evangelho de
Cristo como o apóstolo Paulo. Não é isso que estão fazendo, muitos são ou não
são bons marqueteiros? Não é isso que faria um bom vendedor?
Alguns bons administradores de igrejas já
estão fazendo isso. Estão cobrando caro para realização de milagres que enchem
as igrejas, fora os shows gospel com cantores renomados do mundo da música que
não tem nada de música sacra.
Por que perder tempo evangelizando incrédulos,
dizem eles? Para que tanto esforço para convencer um descalço a calçar sapato?
Que vendamos sapato para quem não vive sem eles, para quem quer tê-los às
dúzias, aos montes. Vamos convencer os crentes de hoje que a nossa igreja é
mais forte, é a melhor, dizem: “nossa igreja é liberal”, ou seja “venha como
estás e continue do jeito que você achar melhor”; esquecem do principal motivo
de ser igreja que é a conversão, o arrependimento e a mudança de vida e até de
comportamento e compostura diante de Deus, diante da igreja e diante da
sociedade.
Infelizmente, vivemos numa época em que
igreja está virando um produto a ser oferecido e negociado a qualquer preço. A
igreja verdadeira do Senhor Jesus continua sua marcha lenta e devagar esperando
aquele glorioso dia do arrebatamento, quando o Senhor Jesus voltar como
prometeu para buscar a sua noiva.
Igreja não é “produto”. Ou pelo menos não
deveria ser. Deus chama de igreja o coletivo de pessoas alcançadas pela Sua
graça e transformadas pela Sua intervenção e conversão ao Senhor Jesus,
confessando seus pecados para serem perdoados.
Lamentavelmente, estamos na época em que os
evangélicos são considerados um mercado para quem se pode vender produtos e
serviços de toda e qualquer espécie. E tudo isso porque os evangélicos assumem
e gostam de ser tratados como mercado, como clientes, como consumidores dos
produtos e serviços pelos quais, direta ou indiretamente, “pagam” para serem
bem atendidos, buscam a melhor pregação, a melhor música, a melhor “unção”, a
melhor solução para os seus problemas, a melhor programação para os seus
filhos, e por aí vamos ladeira abaixo. Se o Espírito Santo de Deus não está lá
não adianta nada você se esforçar para também estar lá. Ser cristão não é ser
cliente. É ser discípulo de Cristo. É ter tomado a decisão de segui-Lo pela fé.
É ser de Cristo e viver para Ele. É ser igreja.
É triste ver que igreja virou produto e
crente virou cliente. Mais triste ainda é notar que a pregação do evangelho de
Cristo que salva, cura e liberta, vem virando apenas um acessório; algo que, na
hora oportuna, “alguém vai falar um pouco para explicar como alcançar sucesso
em pouco tempo, e dizem ”o importante é que a pessoa chegue até aqui”, ao invés
disso deveriam dizer “venha para os pés do Senhor Jesus porque Ele é quem pode
te salvar”. A pregação do evangelho de Jesus passa a ser tratada como algo
assim: “venha ver o que Deus tem para turbinar a sua vida”. “Temos muito
material motivacional que você pode adquirir para conseguir riquezas e sucesso
na vida”.
Pecado, arrependimento, inferno? “Ora, nem
fale assim, não fale disso porque pode assustar a quem chega na igreja eles não
voltarem mais”.
Os marqueteiros e vendedores de programação
de igrejas que me perdoem, mas não posso aplaudi-los. Por mais que reconheça
sua capacidade de mensurar e caracterizar um mercado tão promissor e criar um
produto atrativo, bem chamativo para o mercado da fé. Que vendam o que
quiserem, mas não o chamem de “igreja”. Não façam comércio da fé, um dia você
vai ter um acerto de contas com Deus. O dono da igreja é Deus, e Deus não nos
autoriza a fazer isso.
Os clientes, deveriam ser membros das igrejas,
porém são consumidores de atrações das igrejas modernas e liberais. Buscam seus
melhores pregadores, a melhor programação e a melhor atração, se não lhes
agradar e acharem que os pregadores e cantores não são aqueles que satisfaçam o
que querem, vão direto para outras igrejas.
Mas, chamar tudo isso de igreja ou de
evangelho é pecado, Deus só habita no meio dos louvores, desde que sejam para
honra e glória do nome d'Ele. A isso dou nomes como “clube”, “reunião social de
amigos”, “programas de entretenimento”, “alimentos de almas aflitas”, enfim,
outros são similares aos clubes de entretenimentos que podemos chamar de
“inferninhos" onde tudo é permitido e nada é proibido, o que importa é a
liberdade de pecar à vontade até junto com seus líderes, claro que com raras
exceções.
Conheço grandes ministérios evangélicos que
teem líderes realmente comprometidos com a obra de Deus, a estes líderes nosso
respeito e consideração. São verdadeiros baluartes da fé e dão a vida em favor
dos necessitados de salvação. Pregam a palavra de Deus, vivem a palavra de
Deus, honram a palavra de Deus. São verdadeiros ganhadores de almas para o
Senhor Jesus e as recompensas virão para os que são fiéis.
Os que forem fiéis receberão esta promessa de
Mateus 25.14-23, começando com estas palavras: “Entra no gozo do teu senhor”.
“O reino de Deus será como um homem que, ao
partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu
cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua
capacidade; e depois partiu. Aquele que recebeu cinco talentos negociou
com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois
ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco
na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou
o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco
talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me
cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’ O senhor
disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta,
muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, em seguida, o que
tinha recebido dois talentos: ‘Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos;
aqui estão outros dois que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo
bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no
gozo do teu senhor”.
Hoje desafio-te meditar na parábola dos
talentos duma forma diferente daquela a que habitualmente você tem o costume de
ler.
Deixe que o nosso Deus e Pai celestial e
também Criador do Universo, tenha a primazia em suas vidas; sejam gratos a Deus
por tudo e por todas as portas que Ele tem aberto para a pregação do evangelho através
de sua vida.
Seja grato a Deus por tudo o que já tens tido
a oportunidade de realizar em favor da obra de Deus e do Seu Reino celestial.
Não acredito que você não tenha realizado
durante a sua vida ministerial, inúmeros gestos de amor, de paz, de construção
de boas idéias em favor de terceiros para ajudá-los. Dirás que podias ter feito
muito mais, que falhaste muitas vezes “por atos, por palavras, por obras e por omissões
ou por ações”, mas não se trata disso. Repare que o servo que recebeu cinco
talentos rendeu outros cinco. Poderia ter rendido dez ou vinte talentos. Mas o
Senhor aplaude-o, mesmo assim, por ter multiplicado cem por cento. De igual
modo em relação ao que recebeu dois e rendeu outros dois. O elogio é igual. Percebamos
que, ao nosso Pai celestial, o que importa é o caminho que fazemos na arte de
amar e obedecer a Sua ordem, não a nossa aparente perfeição.
Então abra bem os ouvidos e os olhos receba a
palavra do Senhor Jesus para você.
“Muito bem, servo bom e fiel”. Precisamos que
nos elogiem, que nos valorizem tanto assim? Às vezes mendigamos mesmo o elogio,
ou zangamo-nos, quando não somos valorizados.
Então, aproveita agora. É o próprio Deus
através de Jesus Cristo que está dizendo estas palavras elogiosas para você que
lutou para ser fiel. Ele te ama mesmo com as tuas limitações, mas também as
tuas grandezas. “Muito bem, servo bom e fiel”.
Deixa que o Senhor faça passar diante de ti
todo o bem que tens feito e ouça mais uma vez: “Muito bem, servo bom e
fiel”.
Assim, valorizado e elogiado é natural que te
entusiasmes com o que Ele diz a seguir: “Foste fiel no pouco, sobre muito
te colocarei".
Que maravilha que Deus acredita em nós. Ele
confia em nossas vidas. Ele diz: “,muito te confiarei".
O que é que o nosso querido Pai celestial
deseja confiar a nós no dia de hoje? Já sabemos que não amamos perfeitamente,
como Ele e o Seu Filho Jesus Cristo nos amou. Finalmente, peço que deixes ecoar
em ti o convite do Pai celestial: “Entra no gozo do teu senhor”.
Em Mateus
25.41-45, encontramos a palavra final para os enganadores e trapaceiros que
atuam na obra de Deus.
41. Então dirá também aos que estiverem à sua
esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o
diabo e seus anjos;
42. Porque tive fome, e não me destes de comer; tive
sede, e não me destes de beber;
43. Sendo
estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na
prisão, não me visitastes.
44. Então
eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com
sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
45.
Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes
pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
46. E irão estes para o tormento eterno, mas
os justos, para a vida eterna.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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