segunda-feira, 31 de julho de 2023

AS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS NAS ADMINISTRAÇÕES DAS IGREJAS

AS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS NAS ADMINISTRAÇÕES DAS IGREJAS

 O perigo e as consequências das mudanças bruscas, porém bem planejadas e grande parte ou a maioria absoluta delas em benefício próprio, nas administrações eclesiásticas das igrejas evangélicas e  ministérios.

Trago aqui minha manifestação sobre o perigo e as consequências da administração eclesiástica em benefício próprio nas igrejas evangélicas brasileiras, principalmente as chamadas conservadoras que teem visto mudanças bruscas em suas administrações em favor e em benefícios próprios de interesses familiares de seus líderes. 

A Bíblia está cheia de péssimos exemplos no Velho Testamento, onde os reis passavam a sua administração para seus parentes mais próximos, às vezes para o filho mais velho, seguido de todos os outros filhos que eram considerados príncipes e princesas. Os que eram considerados como impedimentos para tais fins, eram eliminados sumariamente.   

Aristóteles foi o primeiro a usar e definir uma palavra que definiria esta situação, ele usou a palavra oligarquia como sinônimo do governo pelos ricos dominadores e opressores dos povos daquela época, embora o termo exato neste caso seja plutocracia, que era o poder e a influência do dinheiro e das riquezas de determinadas classes da sociedade.

Numa oligarquia nem sempre é a riqueza que governa, os oligarcas podem ser qualquer grupo privilegiado, que não precisa estar conectado por laços de sangue como numa monarquia, mas estão ligados em gênero, número e grau pelos laços do interesse de serem uma casta superior dominante em seu “estatus quó”, ou seja, dominam pela força e pela ganância, não importando os meios utilizados para alcançar seus objetivos.

O governo das oligarquias é a forma de governo em que o poder político dominante está concentrado num pequeno número de pessoas. Essas pessoas podem distinguir-se pela nobreza, pela riqueza, pelos laços familiares, pelas empresas que são controladas por eles e principalmente pelo poder militar que exercem ou que dominam através de compra da honra dessas pessoas ou promoções à cargos de alto escalão naquelas forças. Os estados e ou países em que tal acontece são muitas vezes controlados por poucas famílias proeminentes que passam a sua influência de uns para os outros familiares ao longo de gerações.

A igreja evangélica brasileira, de uma forma em geral possui diversas formas de governo eclesiástico a depender de sua vertente histórica e teológica. Contudo, em nossos dias atuais tem prevalecido claramente uma forma predominante de governo, o da cleptocracia oligárquica, cleptocracia oligárquica é um governo cujos líderes corruptos usam o poder político eclesiástico para se apropriar da riqueza de sua igreja, ministério e ou nação, geralmente com o desvio ou apropriação indevida de ofertas, dízimos e outras dádivas e arrecadações do governo ou de seus membros às custas da população em geral, que nada mais é que, o poder exercido por um único indivíduo ou por uma única classe de pessoas, a clã dominadora daquela entidade social, religiosa e ou política, quer seja da mesma linhagem eclesiástica, familiar, política ou social.

Mas a questão a refletir nem é o fato do que chamo de "o domínio da genealogia eclesiástica" na igreja, quando descendentes substituem seus pais na liderança de uma igreja, até aqui a meu ver nada demais, desde que aqueles convocados a assumir a presidência e ou direção de igrejas e ou ministérios tenham o mesmo chamado divino em suas vidas que seus antecessores tiveram e o mesmo amor pelos dons espirituais e pelas almas sofridas, assim como Jesus Cristo nos ensinou. A tomada do poder, presidência ou lideranças, é visivelmente praticada em várias denominações de igrejas e ministérios conservadores ou não no Brasil afora e que mostram líderes com poderes quase que absolutos na igreja. Líderes que não lideram mais pelo amor e pela piedade, mas pelo autoritarismo e pela ambição. Líderes que tratam a igreja não como a Noiva de Cristo, mas como uma espécie de "sua concubina", “seus escravos serviçais”,  “seus fiéis súditos e escravos”, “curral eleitoral” tornando-se uma direção escravocrata que vendem até os votos dos fiéis de suas igrejas de “porteira fechada”.

Jesus Cristo veio para nos libertar da escravidão do pecado, mas também da escravidão perpetrada pelos homens. O pior disso tudo é que fazem isso tudo abertamente e em nome de Deus, como se deuses fossem na igreja destes tempos modernos.

O povo tem que se submeter aos seus caprichos e regras, leis e ordens, tudo isso sob o medo patológico de punições severas e excludentes. Numa análise crua e imparcial, em muitos lugares os termos eclesiásticos de pastor, bispo, apóstolo ou profeta estão bastantes conectados a este sistema feudal de nossos dias. Líderes que se impõem pela força do braço e da ganância por dinheiro, bens e propriedades e não pelo amor de Cristo. Líderes que, enquanto parte do rebanho sofre provações e privações, eles vivem uma vida de luxúria nababesca, faraônica, escandalizante e sem o mínimo de temor a Deus.

Nada, absolutamente, contra líderes viverem bem com suas famílias em razão do belo trabalho que realizam, são merecedores; todavia, o que presenciamos e o que nos referimos sobre este assunto é bem visível hoje. As mesmas razões contra as quais Martinho Lutero e os líderes reformistas lutaram, heresias e enriquecimento ilícito da igreja do passado e de seus lideres, são as mesmas que vemos hoje no topo do poder da igreja contemporânea.

A simplicidade e humildade passam longe desses líderes. Dos exemplos das sete igrejas no livro de Apocalipse destacamos a de Laodicéia pelo seu péssimo exemplo, vejamos em Apocalipse 3:14 Jesus se apresenta como “o princípio da criação de Deus”, ou seja, “a origem da criação de Deus”, “aquele que trouxe a criação à existência no princípio”.

Como era a cidade de Laodicéia? A cidade ficava no entroncamento de três grandes estradas, e era um importante centro financeiro e industrial e Comercial. Laodiceia possuía muitos bancos, e produzia roupas (lã negra) e remédios (colírios).

Como era a igreja de Laodicéia? A igreja de Laodicéia foi a única que não recebeu qualquer elogio. Os cristãos não eram incomodados por perseguidores ou hereges, mas viviam na mornidão espiritual.

Apocalipse 3:15-17 Os laodicenses ficavam “em cima do muro”. Estavam cegos quanto à sua real situação, ofuscados pela própria prosperidade.

O que Jesus disse à igreja de Laodicéia? O Senhor Jesus lembrou à igreja que Ele estava do lado de fora, batendo à porta. Podia restaurar os cristãos e estava disposto a despertá-los e ou a vomitá-los. A escolha era deles. Jesus lembrou ao “anjo da igreja” ao pastor daquela igreja que os vencedores reinarão, assim como Jesus já reina.

Apocalipse 3:18 O que Jesus aconselhava os laodicenses a fazer remetia a algumas características da cidade: ouro, vestes e colírio. Muitos pastores e líderes evangélicos estão “vidrados” só olhando para os resultados materiais, exigindo dos fiéis que a cada dia tragam mais e mais dinheiro, ofertas, dízimos e outras dádivas para o “ seu ministério” ou seja para seu deleite próprio.

Apocalipse 3:19 O castigo divino é uma manifestação de amor. Havia esperança para a igreja de Laodiceia. Deus sempre dá uma nova chance para quem queira se consertar com Ele.

Apocalipse 3:20 Jesus estava do lado de fora, a igreja havia fechado a porta. A igreja precisa ter as portas do coração do povo bem abertas para que o Senhor Jesus possa entrar e fazer nele morada.

Apocalipse 3:21 Jesus venceu e recebeu autoridade e poder do Pai. Ele promete compartilhar essa autoridade com aqueles que vencerem.

Os fatos e acontecimentos da igreja de Laodicéia são apenas para relembrarmos que chegará a hora da intervenção de Deus.

Vemos a igreja contemporânea repetir os mesmos erros que a levaram no passado a sofrer duras perseguições por permissão de Deus. Tivemos recentemente em nosso país também a demonstração do que estamos tratando aqui. Por causa da ganância por dinheiro e fama muitos líderes evangélicos se corromperam e apoiaram políticos esquerdistas e comunistas que perseguem e matam cristãos pelo mundo afora e o resultado desastroso do processo político em que se misturou além da conta, a igreja e a política, foi um resultado amargo que se sente até agora com o que a igreja demonstrou ser, através do apoio e do trabalho como cabos eleitorais do comunismo e suas correntes ideológicas. Agora sofram as consequências. Os crentes que se comportaram como currais eleitorais, agora devem cobrar de seus líderes o porque de tais posições erradas.

A igreja atualmente nem é uma teocracia nem é uma democracia, mas uma oligarquia, aliás e pior ainda: está se tornando um sistema oligárquico político religioso nas mãos de famílias de dominadores e ditadores, ou seja, a famosa familiocracia  empresarial que só acredita no lucro pessoal personalizado não importando se é a igreja, o corpo, a noiva do Cordeiro ou se é uma empresa sua. Dão mais valor no que podem fazer e falar do que no que a Bíblia diz.

Igrejas viraram produtos e crentes viraram clientes. A fé é explorada como mercadoria, os milagres são encomendados, quanto mais se paga, maior e mais depressa é o resultado.

Isso sempre existiu de forma um tanto velada, agora parece tomar as cores mais brilhantes das campanhas de marketing com as quais já estamos familiarizados. Acostumados com a publicidade de pastas de dente, sabonetes, carros, telefones e coisas assim, que agora nos acostumemos com as campanhas publicitárias que aí estão para nos vender igrejas, milagres, salvação, lotes de terrenos no céu, indulgências, etc, as igrejas viraram um produto especial e não um chamado espiritual.

Já é possível encontrar, em algumas grandes cidades do nosso país, peças publicitárias das mais diversas, criativas, chamativas, convidando quem quiser a ser da igreja tal, a internet e as redes sociais fazem o serviço brilhante em plataformas monetizadas. E quais as vantagens? Ora, na igreja tal fazemos isso, fazemos aquilo, ajudamos necessitados, recuperamos dependentes, somos mais isso, somos mais aquilo. Nada de novo debaixo do sol, já dizia o bom e velho Salomão. Fazem um proselitismo invejável para, “pescar em aquário alheio”, dê o nome que quiser, é coisa antiga. Só que o que antes era restrito, meio que escondido, agora é escancarado em praça pública. Ora, “e por que não?”, dizem os adeptos do marketing, do coching, do mentorial, do etc, etc e tal.

Pensando na igreja-empresa, ou empresa-igreja, sei lá, eles acham e agem como se estivessem certos mesmo. Pois já nos ensinam nas igrejas os primeiros conceitos de marketing que o vendedor de sapatos tem para ser vencedor, campeão de vendas do mês ou aqueles que cumpriu a meta. Dois caminhos plausíveis são apresentados para que o vendedor de sapatos ou outras mercadorias: vender sapatos para quem já os usa, e ou vendê-los para quem ainda não os usa. O primeiro caminho é bem mais fácil, oferece resultados mais rápidos, e só depende do tal sapato ter algum diferencial que o favoreça na comparação com os concorrentes. O segundo caminho é mais demorado, requer maior esforço, o que geralmente fica a cargo das equipes de marketing e propagandas. É justamente por isso que as primeiras perguntas dos bons marqueteiros são: “qual é o tamanho do mercado que você alcançar?”, “qual é o perfil dos atuais compradores?”, “quais as necessidades dos compradores que estão sendo alcançadas com os atuais fornecedores, quais não?” Vender o produto para quem já os compra e usa é o caminho mais curto para chegarmos ao sucesso.

O tamanho do “mercado evangélico brasileiro” realmente anima qualquer um. Uns dizem que somos 17% da população (uns 30 milhões), outros 22% (40 milhões). A maior estimativa que achei em pesquisas fala em algo perto dos 45 milhões de evangélicos no Brasil. Seja qual você escolher, estamos falando de algo perto de “uma Argentina” (37 milhões de habitantes), um pouco mais, um pouco menos. Cá entre nós, belo mercado, não é?

Qual o perfil dos atuais evangélicos? Quais as necessidades deles que não vem sendo supridas “pelas atuais igrejas fornecedoras de milagres, promessas de riquezas, cursos e escolas de couth para abreviar o sucesso ”? Só para dar um exemplo e para estimar por baixo, deixando um pouco de lado a maioria pentecostal e neo-pentecostal, basta analisar que em geral os evangélicos das igrejas chamadas históricas ou tradicionais vem costumeiramente procurando “um produto” mais contemporâneo, menos “engessado”, menos tradicional, menos litúrgico. Não é necessário ser um “gênio de marketing” para “bolar” um “produto” que atenda às necessidades destes evangélicos. Uma grande parte dos evangélicos não querem mais ter compromissos com a igreja, querem apenas sentir uma emoção que preencham o seu ego naquele momento, depois vão embora mais vazios do que quando chegaram lá, vazios no coração, vazios na alma e vazios no bolso ou na bolsa.

Portanto no dia a dia pesquisam por que não “vender” uma nova maneira, uma nova ideia de ser igreja,  porque para o crente que está insatisfeito com o atual fornecedor, (de milagres e riquezas), logo vão atrás de outro local mais inovador, com time de futebol, com academias e por aí vai. Muitos líderes evangélicos hoje são verdadeiros marqueteiros e não pregoeiros do evangelho de Cristo como o apóstolo Paulo. Não é isso que estão fazendo, muitos são ou não são bons marqueteiros? Não é isso que faria um bom vendedor?

Alguns bons administradores de igrejas já estão fazendo isso. Estão cobrando caro para realização de milagres que enchem as igrejas, fora os shows gospel com cantores renomados do mundo da música que não tem nada de música sacra.

Por que perder tempo evangelizando incrédulos, dizem eles? Para que tanto esforço para convencer um descalço a calçar sapato? Que vendamos sapato para quem não vive sem eles, para quem quer tê-los às dúzias, aos montes. Vamos convencer os crentes de hoje que a nossa igreja é mais forte, é a melhor, dizem: “nossa igreja é liberal”, ou seja “venha como estás e continue do jeito que você achar melhor”; esquecem do principal motivo de ser igreja que é a conversão, o arrependimento e a mudança de vida e até de comportamento e compostura diante de Deus, diante da igreja e diante da sociedade.

Infelizmente, vivemos numa época em que igreja está virando um produto a ser oferecido e negociado a qualquer preço. A igreja verdadeira do Senhor Jesus continua sua marcha lenta e devagar esperando aquele glorioso dia do arrebatamento, quando o Senhor Jesus voltar como prometeu para buscar a sua noiva.

Igreja não é “produto”. Ou pelo menos não deveria ser. Deus chama de igreja o coletivo de pessoas alcançadas pela Sua graça e transformadas pela Sua intervenção e conversão ao Senhor Jesus, confessando seus pecados para serem perdoados.

Lamentavelmente, estamos na época em que os evangélicos são considerados um mercado para quem se pode vender produtos e serviços de toda e qualquer espécie. E tudo isso porque os evangélicos assumem e gostam de ser tratados como mercado, como clientes, como consumidores dos produtos e serviços pelos quais, direta ou indiretamente, “pagam” para serem bem atendidos, buscam a melhor pregação, a melhor música, a melhor “unção”, a melhor solução para os seus problemas, a melhor programação para os seus filhos, e por aí vamos ladeira abaixo. Se o Espírito Santo de Deus não está lá não adianta nada você se esforçar para também estar lá. Ser cristão não é ser cliente. É ser discípulo de Cristo. É ter tomado a decisão de segui-Lo pela fé. É ser de Cristo e viver para Ele. É ser igreja.

É triste ver que igreja virou produto e crente virou cliente. Mais triste ainda é notar que a pregação do evangelho de Cristo que salva, cura e liberta, vem virando apenas um acessório; algo que, na hora oportuna, “alguém vai falar um pouco para explicar como alcançar sucesso em pouco tempo, e dizem ”o importante é que a pessoa chegue até aqui”, ao invés disso deveriam dizer “venha para os pés do Senhor Jesus porque Ele é quem pode te salvar”. A pregação do evangelho de Jesus passa a ser tratada como algo assim: “venha ver o que Deus tem para turbinar a sua vida”. “Temos muito material motivacional que você pode adquirir para conseguir riquezas e sucesso na vida”.

Pecado, arrependimento, inferno? “Ora, nem fale assim, não fale disso porque pode assustar a quem chega na igreja eles não voltarem mais”.

Os marqueteiros e vendedores de programação de igrejas que me perdoem, mas não posso aplaudi-los. Por mais que reconheça sua capacidade de mensurar e caracterizar um mercado tão promissor e criar um produto atrativo, bem chamativo para o mercado da fé. Que vendam o que quiserem, mas não o chamem de “igreja”. Não façam comércio da fé, um dia você vai ter um acerto de contas com Deus. O dono da igreja é Deus, e Deus não nos autoriza a fazer isso.

Os clientes, deveriam ser membros das igrejas, porém são consumidores de atrações das igrejas modernas e liberais. Buscam seus melhores pregadores, a melhor programação e a melhor atração, se não lhes agradar e acharem que os pregadores e cantores não são aqueles que satisfaçam o que querem, vão direto para outras igrejas.  

Mas, chamar tudo isso de igreja ou de evangelho é pecado, Deus só habita no meio dos louvores, desde que sejam para honra e glória do nome d'Ele. A isso dou nomes como “clube”, “reunião social de amigos”, “programas de entretenimento”, “alimentos de almas aflitas”, enfim, outros são similares aos clubes de entretenimentos que podemos chamar de “inferninhos" onde tudo é permitido e nada é proibido, o que importa é a liberdade de pecar à vontade até junto com seus líderes, claro que com raras exceções.

Conheço grandes ministérios evangélicos que teem líderes realmente comprometidos com a obra de Deus, a estes líderes nosso respeito e consideração. São verdadeiros baluartes da fé e dão a vida em favor dos necessitados de salvação. Pregam a palavra de Deus, vivem a palavra de Deus, honram a palavra de Deus. São verdadeiros ganhadores de almas para o Senhor Jesus e as recompensas virão para os que são fiéis.

Os que forem fiéis receberão esta promessa de Mateus 25.14-23, começando com estas palavras: “Entra no gozo do teu senhor”.

“O reino de Deus será como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens.   A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu.  Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco.  Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois.  Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’  O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’  Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: ‘Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: ‘Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor”.

Hoje desafio-te meditar na parábola dos talentos duma forma diferente daquela a que habitualmente você tem o costume de ler.

Deixe que o nosso Deus e Pai celestial e também Criador do Universo, tenha a primazia em suas vidas; sejam gratos a Deus por tudo e por todas as portas que Ele tem aberto para a pregação do evangelho através de sua vida.

Seja grato a Deus por tudo o que já tens tido a oportunidade de realizar em favor da obra de Deus e do Seu Reino celestial.

Não acredito que você não tenha realizado durante a sua vida ministerial, inúmeros gestos de amor, de paz, de construção de boas idéias em favor de terceiros para ajudá-los. Dirás que podias ter feito muito mais, que falhaste muitas vezes “por atos, por palavras, por obras e por omissões ou por ações”, mas não se trata disso. Repare que o servo que recebeu cinco talentos rendeu outros cinco. Poderia ter rendido dez ou vinte talentos. Mas o Senhor aplaude-o, mesmo assim, por ter multiplicado cem por cento. De igual modo em relação ao que recebeu dois e rendeu outros dois. O elogio é igual. Percebamos que, ao nosso Pai celestial, o que importa é o caminho que fazemos na arte de amar e obedecer a Sua ordem, não a nossa aparente perfeição.

Então abra bem os ouvidos e os olhos receba a palavra do Senhor Jesus para você.

“Muito bem, servo bom e fiel”. Precisamos que nos elogiem, que nos valorizem tanto assim? Às vezes mendigamos mesmo o elogio, ou zangamo-nos, quando não somos valorizados.

Então, aproveita agora. É o próprio Deus através de Jesus Cristo que está dizendo estas palavras elogiosas para você que lutou para ser fiel. Ele te ama mesmo com as tuas limitações, mas também as tuas grandezas. “Muito bem, servo bom e fiel”.

Deixa que o Senhor faça passar diante de ti todo o bem que tens feito e ouça mais uma vez: “Muito bem, servo bom e fiel”.

Assim, valorizado e elogiado é natural que te entusiasmes com o que Ele diz a seguir: “Foste fiel no pouco, sobre muito te colocarei".

Que maravilha que Deus acredita em nós. Ele confia em nossas vidas. Ele diz: “,muito te confiarei".

O que é que o nosso querido Pai celestial deseja confiar a nós no dia de hoje? Já sabemos que não amamos perfeitamente, como Ele e o Seu Filho Jesus Cristo nos amou. Finalmente, peço que deixes ecoar em ti o convite do Pai celestial: “Entra no gozo do teu senhor”.

Em Mateus 25.41-45, encontramos a palavra final para os enganadores e trapaceiros que atuam na obra de Deus.

41.  Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;

42.  Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;

43.   Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.

44. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

45. Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.    
46. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

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