segunda-feira, 2 de outubro de 2023

COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS

COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS

 

Os livros da Bíblia foram escritos em três línguas: hebraico, aramaico (Antigo Testamento) e grego (Novo Testamento).

O primeiro idioma foi o Hebraico.

Na própria Bíblia a língua hebraica é chamada de judaica, (Neemias 13:24) ou a língua de Canaã. (Isaías 19:18).

O alfabeto que é usado possui 22 letras, todas consoantes, sem qualquer sinal de vocalização, pois os sons vocálicos eram supridos pelo leitor durante a leitura, o que dava origem a constantes enganos, porque haviam palavras com as mesmas consoantes, mas, com acepções diferentes.

Ou seja, a pronúncia exata dependia da habilidade do leitor, levando em conta o contexto e a tradição. É por causa disto que perdeu-se a pronúncia de muitas palavras bíblicas.

Mais tarde, após o século VII, um sistema de sinais foi inventado com pequenos símbolos, para indicar as vogais corretas. Esses pontos são colocados em cima, em baixo ou dentro das consoantes, perpetuando-se assim a pronúncia tradicional da palavra. A esse sistema chama-se massorético, que deriva da palavra massoretas, derivada de "massorah, que quer dizer tradição. Os massoritas foram judeus habitantes de Tiberíades, que no século VI fixaram a pronúncia já tradicional do hebraico.

O segundo idioma foi o Aramaico.

O aramaico era a língua falada pelos povos ao Norte e Nordeste de Canaã, da Síria até o Alto Eufrates. O aramaico é um idioma semítico falado em Arã e Síria. A influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro, na Assíria, e continuando através do cativeiro do reino de Judá, na Babilônia.

No tempo de Esdras, as escrituras ao serem lidas em hebraico, era preciso que o seu significado fosse explicado para o aramaico, (Neemias 8:5,8).

O aramaico tornou-se a língua popular dos Judeus e nações vizinhas, tendo estas sido influenciadas pelo aramaico devido às transações comerciais dos Arameus na Ásia Menor e litoral do Mediterrâneo, razão por que passou a ser uma língua internacional do comércio nas regiões situadas ao longo das rotas comerciais do Oriente. O aramaico é também chamado de "siríaco", (Daniel 2:4 e Esdras 4:7) e "caldaico". (Daniel 1:4).

O aramaico tinha o mesmo alfabeto que o hebraico, apenas diferindo nos sons estruturais de certas partes gramaticais. Como o aramaico não tinha vogais, era muito parecido com o hebraico.

O terceiro idioma foi o Grego.

Quando Alexandre, "o Grande" dominou o mundo com o Império Greco-Macedônico, levou o "koine" (comum), que era o idioma falado pelo povo do seu império, sendo esse idioma de clareza, qualidade definida, facilidade de expressão e de comunicação. O Grego faz parte do grupo das línguas arianas. Vem da fusão dos dialetos Dóricos e Áticos. Os Dóricos e os Áticos foram duas das principais tribos que povoaram a Grécia. Das linguagens bíblicas, o grego é o mais focalizado entre os povos atuais de línguas greco-latinas, devido à semelhança.

O grego do Novo Testamento não é o grego clássico dos filósofos, mas o dialeto popular do homem comum, estudante, que todos podiam entender, o referido koine. O alfabeto grego tem 24 letras, sendo a primeira o alfa e a última, o ômega.

 A tradução chamada Septuaginta.

A tradução mais importante do Antigo Testamento, de hebraico para grego, chama-se Septuaginta, sendo datada do século III a.C. O escritor Aristéia, da corte de Ptolomeu Filadelfo, descreve que escreveu a seu irmão, monarca Egípcio Filócrates, que por proposta de seu bibliotecário Demérito de Falero, solicitou ao sumo-sacerdote judaico Eleazar, que lhe enviasse doutores versados nas Sagradas Escrituras para preparar-lhe uma versão das mesmas em grego. Ele tinha ouvido falar das Escrituras, e queria a referida versão para enriquecer sua vasta biblioteca em Alexandria. Foi assim que nasceu a Septuaginta.

O vocábulo "Septuaginta" quer dizer em latim "setenta", sendo citado "LXX", na medida em que essa tradução foi efetuada por 72 sábios, sendo 6 de cada tribo de Israel, em 72 dias.

O que é a Bíblia para nós segundo a própria Bíblia.

Hebreus 4.12 "porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que uma espada alguma de dois gumes; e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas; e é apta para discernir os pensamentos e propósitos (ou intenções) do coração”.

O segundo domingo de dezembro foi escolhido pela Sociedade Bíblica do Brasil para ser o Dia da Bíblia. Vale a pena celebrar este dia em gratidão a Deus por nos enviar a sua Palavra.

Você já pensou se não tivéssemos a Bíblia? Vamos aprender algumas coisas importantes sobre a Bíblia.

Sobre a inspiração da Bíblia temos total segurança de que as escrituras sagradas, a Bíblia, tem a inspiração do Espírito Santo de Deus.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. (2 Timóteo 3.16)

“sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação, (ou interpretação)”. (2 Pedro 1.20).

A bíblia não é uma obra literária qualquer. Foi escrita por homens inspirados por Deus. Por isso ela é tão eficaz na vida das pessoas. O mesmo Espírito Santo que inspirou as pessoas a escrever também nos inspira na leitura revelando o sentido das palavras.

Você compreende a Bíblia quando lê? Peça ao Autor da Bíblia, o Espírito Santo, para te dar a interpretação na leitura daqueles textos ou versículos que você leu ou está lendo.

Como a Bíblia chegou até nós hoje? Escribas e Massoretas, estudiosos e tradutores trabalharam muito para preservar e traduzir a Bíblia. Por séculos a Bíblia era um livro difícil de ser encontrado. Era copiado manualmente e este trabalho durava meses ou anos. Por amor à Palavra de Deus, pessoas preservaram a Bíblia e chegavam a morrer por esta causa. Você tem se dedicado à Palavra de Deus? Dedique totalmente a sua vida em amor à obra de Deus lendo, aprendendo, pregando e ensinando a Bíblia.

A tradição oral de transmitir conhecimento da Bíblia, no tempo do Velho Testamento e nos primeiros séculos do Cristianismo, impactava a todos os seus ouvintes que, na maioria das vezes, eram familiares e amigos reunidos costumeiramente nos dias de sábado para adorar ao Senhor Deus conforme as instruções dadas por Deus através de Moisés.

 Antes, a Bíblia como livro não existia, era transmitida oralmente. Cada chefe de família tinha a responsabilidade de ensinar seus filhos a palavra de Deus como havia aprendido de seus pais. “Estas palavras que, hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”. (Deuteronômio 6.6,7). Quem escreveu isso foi Moisés o escritor do Pentateuco, que são os cinco primeiros livros da Bíblia. O Pentateuco continua sendo até hoje nos nossos dias a Bíblia dos Judeus ortodoxos.

Você tem falado sobre a Palavra de Deus para alguém?

Em suas conversas, conte as histórias da Bíblia para as pessoas, principalmente para as crianças,  elas gostam das histórias bíblicas.
A Bíblia escrita começou a circular desde os tempos de Moisés e desde que Moisés começou a escrever sobre o livro de Gênesis e daí por diante. Há uma corrente teológica que diz ser o livro de Jó o mais antigo da Bíblia.

Quando surgiu a Bíblia escrita.

Os ensinos transmitidos nas famílias começaram a ser escritos assim que surgiu a escrita. Foram escritos em madeira, blocos de argila e principalmente em pedras, (Êxodo 34:1, 27,28). Moisés foi o primeiro escritor da Bíblia.

Devido às dificuldades de carregar os escritos em pedra, principalmente no êxodo, começou-se a escrever em peles de animais e em papiro, (casca de uma planta). Eram guardados em vasos de barro para durar mais tempo. Depois começaram a tratar o couro e costurá-lo, enrolando com duas hastes de madeira para dar firmeza e assim puderam condensar um livro inteiro em um só pergaminho.

Você tem carregado a sua Bíblia? Tenha sempre a sua Bíblia na mão e no coração.

Quando surgiu a Bíblia completa?

A Bíblia não foi escrita em uma única edição como os livros atuais. Foi um longo processo para ficar completa, sendo necessário:

Cerca de um mil e seiscentos anos para ser escrita.

Cerca de 40 pessoas em lugares e épocas diversas foram chamadas e usadas por Deus para escrever os livros da Bíblia, num período de aproximadamente mil e seiscentos anos.

A Bíblia foi escrita com  cerca de três idiomas (hebraico, aramaico e grego) para se completar toda a escrita da Bíblia, assim como está hoje.

Foram escritos 66 ( sessenta e seis) livros comprovados como inspirados por Deus para fazer parte do cânon sagrado. 

Você já leu a Bíblia toda alguma vez? Faça um propósito de ler toda a Bíblia pelo menos uma vez na vida.

A Bíblia contém dois testamentos, o Velho Testamento e o Novo Testamento.

As duas maiores divisões da Bíblia são dois testamentos, pactos, contratos ou alianças. A primeira aliança de Deus com o homem foi através da Lei e nesta a humanidade fracassou sendo preciso a vinda do Messias para cumprir este contrato e firmar novo pacto com a humanidade.

A Bíblia tem uma importante subdivisão:

O Antigo Testamento contém 39 livros e o Novo Testamento contém 27 livros.

Se você tivesse uma herança para receber leria o testamento? Deus deixou a Bíblia como testamento das promessas que tem para nós, e as promessas de bênçãos são milhares, são  mais de oito mil promessas.
A Bíblia está organizada como uma biblioteca para facilitar a sua leitura.

Os livros desta Biblioteca não estão dispostos aleatoriamente, mas foram bem organizados e podem ser distinguidos em grupos de acordo com o assunto, seu objetivo e forma de transmitir a mensagem são bem caracterizados. 

Assim estão organizados os livros da Bíblia.

O Pentateuco: São os cinco livros da lei, escritos por Moisés;

Os livros Históricos: São os livros que relatam histórias do povo de Deus ou da igreja;

Os livros Poéticos: São os livros escritos em forma de poesia;

Os livros Proféticos: São os livros de profecias escritos por profetas.

Os profetas maiores, são os que escreveram mais e ou profetizaram por mais tempo.

 E os profetas menores, foram aqueles que escreveram menos ou profetizaram por menos tempo.

Os Evangelhos: São os livros da Bíblia que descrevem as palavras e os atos de Jesus;

O livro de Atos dos apóstolos: É o livro que descreve os atos dos primeiros anos da igreja primitiva vivido pelos apóstolos e o nascimento da igreja Cristã.

As epístolas pastorais de Paulo: São as Cartas endereçadas às igrejas. O Apóstolo Paulo escreveu para igrejas específicas (dando o nome da cidade onde está a igreja) e as epístolas Gerais ou Universais  foram escritas por outros apóstolos também, (levam seus nomes), e foram endereçadas a todas as igrejas.

O livro da Revelação: Que é o livro do Apocalipse e contém a Descrição de sonhos e visões proféticas do apóstolo João.

É importante saber desses grupos de livros na Bíblia para melhorar o entendimento da leitura. Você não lê um livro de poesias como se fosse um jornal, nem lê uma história como se fosse uma música. Deste modo ao ler o Pentateuco você sabe que está lendo um livro de leis e normas, os livros Históricos como experiências de vida do povo de Deus, os livros poéticos como canções e os Proféticos como anúncios de Deus através dos profetas. Assim também os Evangelhos devem ser lidos como uma notícia nova da vinda do Messias ao mundo, o livro de Atos é um livro Histórico que deve ser lido como o início da história da Igreja, as Epístolas ou Cartas são mensagens pastorais às igrejas e o Apocalipse é um livro de Revelação sobre o futuro da humanidade.

Como você lê a Bíblia? Procure ter mais conhecimento sobre a Bíblia e você será grandemente edificado.

A Bíblia impressa fez e continua fazendo toda a diferença para a expansão do evangelho.

Por serem muitos os pergaminhos, era uma verdadeira biblioteca, daí vem o nome Bíblia que é igual a Biblioteca. Surgiu então a necessidade de juntar estes livros em um só volume. Isso só foi possível quando Gutenberg inventou a imprensa no século XVI e o primeiro livro impresso e encadernado foi o da Bíblia.

Já imaginou se tivéssemos que carregar pedras para ler a Bíblia? Onde seriam colocadas tantas pedras?

Aproveite a Bíblia, agora e desde há muitos anos ela é impressa para que você, eu e todos a tenhamos em mãos para poder ler e anunciar o evangelho de Jesus Cristo o Filho de Deus que veio ao mundo para nos salvar da perdição eterna.

Com o passar do tempo a Bíblia foi dividida e colocada numa ordem para  melhorar a compreensão e a leitura. Com o tempo outra dificuldade foi encontrada: um grande livro contendo 66 outros livros sendo difícil para encontrar uma passagem, então a Bíblia foi dividida e coordenada da seguinte forma:

Capítulos: Os capítulos foram coordenados por Stephen Langton em 1227;

Versículos: Os versículos foram muito bem coordenados pelo  impressor francês Robert Satephanus em 1551.

Os números de capítulos e versículos foram, a seguir, acrescentados por impressores que desejavam facilitar a leitura bíblica. Você sabe encontrar um trecho na Bíblia? Aprenda a manusear a palavra de Deus. É muito fácil hoje.

Os livros chamados de livros Apócrifos não foram acrescentados na Bíblia porque não se tinha notícias e ou informações seguras de sua inspiração de Deus nestes livros.

Os livros chamados apócrifos, palavra que significa ocultos ou não inspirados, não são aceitos pelos protestantes porque foram acrescentados no ano de 1546, mais de mil e duzentos anos depois que a Bíblia já estava completa. Estes livros são históricos, mas têm sua origem e conteúdo incertos.

Ninguém pode acrescentar ou retirar nada da Bíblia. Isso está escrito no livro de Apocalipse 22.18,19. Você pode ler toda a Bíblia confiando que seu conteúdo é original e inspirado por Deus.

Não estou me referindo aos comentários e comentaristas que lançam suas versões segundo os seus pensamentos e seguindo uma escola teológica de sua preferência.

A Bíblia, que é a palavra de Deus e sempre foi muito perseguida. Sempre tentaram e tentam mudar o sentido das palavras da Bíblia, e por isso recomendo que você e sua família, bem como sua igreja, membros e corpo de obreiros façam opção de ter para leitura pessoal ou coletiva das versões ARC (Que é a versão Almeida Revista e Corrigida) ou ARA (Almeida Revista e Atualizada), estas duas versões são as mais usadas pela maioria absoluta dos evangélicos e os maiores pregadores de nosso tempo.

As Escrituras Sagradas foram perseguidas por muito tempo e até mesmo destruídas muitas vezes. Mas foi preservada por Deus e hoje temos em mãos a Bíblia toda organizada e de fácil acesso.

Ainda hoje há lugares onde a Bíblia não é aceita e muitos cristãos são perseguidos por causa do Evangelho. Países mulçumanos geralmente proíbem a entrada da Bíblia e os crentes se arriscam para ler um trecho das Escrituras. Além desses países, existem também outros com direcionamento religioso fundamentalista bem diferente da realidade e outros países e povos sem religião ou que são comunistas, socialistas, budistas, confucionistas, kardecistas, e muitas outras nações e povos que perseguem a Bíblia, o Deus da Bíblia e o povo de Deus.

Se houvesse uma perseguição você se arriscaria por amor à Bíblia e por amor ao Deus da Bíblia e continuaria a não negar o nome de Jesus como seu Único e suficiente Salvador?

Aproveite os tempos de liberdade que temos de ler e proclamar a Palavra de Deus. Leia a Bíblia, pregue a palavra de Deus em tempo e fora do tempo.

Quem traduziu a Bíblia para o português?

O tradutor da Bíblia em português foi João Ferreira de Almeida, nascido em Portugal no ano 1628. Converteu-se a Jesus aos 14 anos, sentiu o chamado de Deus para a tradução da Bíblia e começou a se preparar ainda com 16 anos, terminando sua tradução do NT em 1644. Por isso foi condenado pelo papa em 1661. Morreu em 1691 enquanto traduzia o último capítulo de Ezequiel e seu amigo Jacobus Op Den AKKer completou a tradução em 1694.

A Bíblia ainda não chegou a todos os povos e nações da terra.

Ainda existem “2251 idiomas, representando 193 milhões de pessoas, precisando de uma tradução da Bíblia”.

Já imaginou se não houvesse a bíblia em português?

Aproveite a Bíblia em seu idioma e leia.
A Bíblia precisa ser lida e pregada em tempo e fora do tempo em todos os cantos do planeta terra.

Hoje a Bíblia pode ser lida e ouvida de diversas formas: Pregação nas Igrejas, Bíblia em Braile para deficientes visuais, Pregação na TV, Bíblia para celular, Bíblia pra computador, Bíblias virtuais, Bíblia em áudio MP3 e diversos outros tipos são ofertados nas mídias e nas redes sociais.

Não existe desculpa para não se ler e ouvir o que está na Bíblia nos dias atuais.

Responda sinceramente: quantas bíblias e quais tipos você tem guardadas em casa ou em outros lugares? Veja aí na sua biblioteca se você tem uma Bíblia empoeirada e que há muito tempo não é aberta para ser lida.

Use suas bíblias o máximo que puder e doe para outras pessoas que não têm um exemplar da Bíblia. A Bíblia está cada vez mais acessível. Nunca a Bíblia foi tão fácil de ser encontrada como nos dias atuais.

A Bíblia nos diz: ”Não perguntes em teu coração: Quem subirá até ao céu?”, “Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos”, “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”. Romanos 10.6, 8 e 17. A fé vem pelo ouvir e ouvir pela palavra de Deus.

Hoje está tão fácil de se ter uma Bíblia. Todos ou quase todos os meios de comunicação eletrônicos, de informática, escritas, faladas na TV no rádio, nas redes sociais e outros, todos têm a oportunidade de ter a palavra de Deus bem pertinho de você e sua família e na palma da mão através de um celular.

Curiosidade: Você já viu uma Bíblia assim? Antigamente a Bíblia sempre vinha em modelo tradicional com capa de couro preto, bordas laterais em vermelho e páginas brancas. Veja o que significavam as cores da Bíblia até bem pouco tempo:

Capa de couro preto: mundo em pecado. Laterais em Vermelho: o sangue de Jesus. Páginas Brancas: a luz da Palavra de Deus. A Bíblia fechada mostra a condição de trevas do pecador, mas quando se abre a Bíblia, pelo sangue de Jesus Cristo você é lavado e remido pelo sangue de Jesus e alcança a luz do Evangelho para perdão dos seus pecados e adquire conhecimento suficiente para continuar sua jornada de vida com o renovo espiritual que ela nos proporciona.  

Em obediência ao mandado de Jesus, precisamos “examinar as Escrituras”, João 5.39 e “manejar bem a Palavra da Verdade”, 2 Timóteo 2.15. Por que a Bíblia é uma fonte inesgotável de sabedoria. Leia a Bíblia todos os dias, ela é a Palavra de Deus para você todos os dias de sua vida.

Qual é a melhor tradução da Bíblia.?

A melhor tradução da Bíblia é aquela que se conserva fiel ao texto original, e ao mesmo tempo consegue transmitir o sentido principal pretendido por ele. Em boa parte dos casos as diferentes versões disponíveis do texto bíblico cumprem esse quesito de forma satisfatória.

Pelo fato de existir uma grande variedade de versões, muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual a melhor tradução da Bíblia disponível a qual devemos adotar. Para tentar responder a essa pergunta, vamos considerar alguns pontos importantes sobre as traduções bíblicas.

As traduções da Bíblia são várias.

O texto bíblico foi traduzido desde muito cedo. Ainda nos tempos do Antigo Testamento, alguns textos das Escrituras já eram traduzidos para atender necessidades específicas da época. A primeira grande e importante tradução bíblica foi a Septuaginta, que traduziu o texto do Antigo Testamento do original hebraico (e alguns trechos em aramaico) para o grego.

Pela predominância do idioma grego, e por ter sido composta e compilada no período intertestamentário, que é um período de 400 anos entre o velho e o novo testamento,  a Septuaginta foi a principal tradução da Bíblia utilizada pela Igreja Primitiva, inclusive tendo sido citada pelos escritores neotestamentários em suas epístolas.

Depois, na era cristã, surgiram várias outras traduções bíblicas para atender os idiomas em que o Evangelho se expandia. Sem dúvida a tradução mais significativa desse período foi a Vulgata Latina, que é a tradução da Bíblia para o latim feita por Jerônimo, e que com o tempo se tornou a principal versão utilizada no Ocidente.

Já no período da idade média, algumas pessoas também se dedicaram a traduzir os textos bíblicos para idiomas mais específicos, como foi o caso de John Wycliffe, que a partir da Vulgata Latina organizou um projeto de tradução para o inglês.

Martinho Lutero também traduziu a Bíblia para o idioma alemão, começando pelo Novo Testamento e concluindo com a tradução do Antigo Testamento num projeto bem mais complexo.

Para o idioma espanhol, foi feita a conhecida versão Reina-Valera, assim como para o português surgiu a tradução de João Ferreira de Almeida. Em 1611, surgiu também a importante versão da Bíblia em inglês, a King James Version, que combinou alguns textos já traduzidos por Wycliffe e Tyndale.

A tradução católica do Pe. Matos Soares e os livros Apócrifos.

O principal trabalho de Pe. Matos Soares foi a tradução comentada da Bíblia Sagrada da Vulgata para o português, cuja primeira edição foi publicada em 1932, com o auxílio do Pe. Luiz Gonzaga da Fonseca, Professor do Instituto Bíblico de Roma, tendo as outras edições sido publicadas nos anos de 1934, 1940, 1946 e 1952. A edição de 1956 foi a primeira edição em que o autor traduziu diretamente dos manuscritos bíblicos em grego e hebraico disponíveis em sua época, recorrendo à Vulgata quando a tradução direta dos manuscritos tornava o texto obscuro.

As edições da Bíblia do Padre Matos Soares receberam o “Imprimatur" de Dom António Barbosa Leão, bispo de Porto, e grande apreço da Santa Sé, por parte do Papa Pio XI, cuja mensagem de estima do Cardeal Pacelli, futuro Papa Pio XII, se encontra logo no início das edições do tradutor.

Muito se questiona acerca dos 7 livros apócrifos adicionais da “Bíblia Católica”, dentre outros que existem além destes. Afinal de contas, eles são confiáveis ou não? Existem heresias neles ou não? A “Bíblia evangélica”, com seus 66 livros, seria a correta? Teriam aqueles livros, também chamados deuterocanônicos, alguma importância ou valor histórico e teológico ou devem ser completamente rejeitados? Qual realmente é a verdade sobre eles?

A verdade acerca destes livros apócrifos, verdade esta que dificilmente se ouve nos templos religiosos e nas salas de seminários teológicos, é que eles não são de propriedade da Igreja Católica. Esses livros, muito menos a Bíblia, incluindo os escritos do chamado “Novo Testamento” pelos cristãos, não são de propriedade de qualquer Igreja para receberem sua aprovação, reprovação ou julgamento. Porque, a totalidade dos 66 livros da Bíblia são obras do povo de Israel. Tendo sidos inspirados por Deus, naturalmente e diretamente de Deus,  (Dt 33:4; Sl 147:19-20; Rm 3:1-2; 9:4; 2 Pe 1:20-21). E quanto aos chamados “livros apócrifos”, uma simples leitura de vários deles por si só mostrará que eles fazem parte da literatura judaica, porque se tratam da história e ou poesias do povo eleito.

Quais são os livros apócrifos produzidos na época do segundo templo?

A época do segundo templo compreende do período em que o templo de Jerusalém, erguido por Salomão, filho de Davi, foi reconstruído no ano 516 AC, depois do cativeiro babilônico, até o ano 70 AC, quando foi destruído por forças imperiais romanas.

É dentro deste período que a maioria dessas literaturas são escritas por judeus/israelitas, e outros, a fim de relatar a história de seu povo, dentre outras finalidades.

O termo "apócrifo" foi criado por Jerônimo, no quinto século, para designar basicamente antigos documentos judaicos escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas, que é o livro de Malaquias e o livro de Mateus que é a vinda de Jesus Cristo. Este período entre os livros de Malaquias e Mateus é chamado de período interbiblico e foi o período que Deus não falou mais com seu povo através dos profetas, não houve mais nenhum profeta de Deus neste período.

Os livros Apócrifos são livros que, segundo a religião em questão, a dos Hebreus, não foram inspirados por Deus e que não fazem parte de nenhum cânon.

São considerados apócrifos os livros que não fazem parte do cânon da religião Judaica Cristã. A consideração de um livro como apócrifo varia de acordo com a religião. Por exemplo, alguns livros considerados canônicos pelos católicos são considerados apócrifos por judeus e ou por protestantes, mesmo sendo ambas religiões abraâmicas. Especificamente, os católicos aceitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, I Macabeus,  II Macabeus e Baruque;

Sobre os livros deuterocanônicos: Alguns destes livros são os inclusos na Septuaginta por razões históricas ou religiosas. Destes fazem parte também as adições nos livros de Ester e também de Daniel, nomeadamente os episódios da História de Susana e de Bel e o dragão.

Os livros apócrifos, portanto, são cartas, coletâneas de frases, narrativas da criação, “profecias e histórias apocalípticas”, representados por fatos considerados não inspirados por Deus. Podem até ser considerados como fatos históricos mas não são inspirados por Deus.

Além disso tem outros livros Apócrifos dos que abordam a vida de Jesus ou de seus seguidores que são cerca de 50 outros que contêm narrativas ligadas ao Antigo Testamento.

As traduções da Bíblia e os textos originais.

Atualmente não se tem notícias da existência dos originais da Bíblia. Segundo fontes de pesquisas, não existem mais os textos originais escritos diretamente pelos escritores dos livros bíblicos. No entanto, cópias fieis foram feitas ao longo do tempo para replicar o próprio texto e também para preservá-los, visto que as próprias cópias naturalmente se desgastavam com o uso.

Então, copistas fizeram copias dos originais, e depois cópias foram feitas de cópias, e assim por diante. Com base nisso, existe uma questão interessante relacionada ao texto grego do Novo Testamento e que é fundamental para se entender melhor os detalhes que diferenciam as traduções bíblicas disponíveis na atualidade. Na verdade, basicamente existem dois textos gregos:

O texto crítico ou essencial: com base nos manuscritos mais antigos que se tem conhecimento;

O texto majoritário ou principal: com base na maioria dos manuscritos antigos, mas que datam de um período bem mais recente.

A grande pergunta a ser respondida é: qual desses dois textos é mais fiel aos originais? É bastante difícil responder a essa questão, especialmente porque não se sabe o motivo exato pela qual os manuscritos mais antigos foram preservados, e pode ter sido pela intervenção direta de Deus e sob os diversos critérios exigidos daquela época, visto que isso pode ter ocorrido ou porque eram muito fieis aos originais e por isso a Igreja os preservou, ou então por que eram discrepantes, e por isso foram guardados para que não fossem utilizados.

De qualquer forma, as diferenças entre o texto crítico e o texto majoritário podem ser consideradas como sendo mínimas, visto que tais diferenças não afetam de forma alguma os principais pontos da fé cristã e da teologia bíblica.

Como exemplos de tais diferenças, podemos citar: a frase final de Mateus 20:16, “porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”, que não aparece nos manuscritos mais antigo; a parte final do último capítulo do Evangelho de Marcos; a narrativa sobre a mulher adúltera no Evangelho de João, e diferenças no capítulo 5 de 1 João.

As traduções da Bíblia e os métodos de tradução.

Quando se fala na melhor tradução da Bíblia, também é preciso saber que existem dois métodos de tradução utilizados para traduzir a partir dos idiomas originais:

Equivalência formal: esse método traduz palavra por palavra do texto original adotando seu equivalente exato no novo idioma.

Equivalência dinâmica: esse método traduz a frase original adotando a expressão equivalente de forma dinâmica no novo idioma, ou seja, diferente do método de equivalência formal, esse método traduz o sentido da frase e não palavra por palavra.

Ambos os métodos possuem seus pontos positivos, e talvez a melhor solução seja uma combinação cuidadosa de ambos. O problema em se adotar apenas a equivalência formal é que muitas vezes na tentativa de ser fiel ao texto original acaba-se perdendo justamente sua fidelidade, pois não traduz de forma correta o sentido real que o autor pretendia passar.

Um exemplo disso é Colossenses 3:12, onde o apóstolo Paulo escreve: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”.

A palavra grega traduzida como “entranhas”, splagchnon, realmente significa “tripas”, “intestinos”, etc., e era muito utilizada, visto que naquela época as entranhas eram consideradas como sendo a fonte das emoções mais profundas e extremas.

Todavia, em nosso idioma, a melhor tradução para essa palavra seria algo como “profundos afetos de misericórdia” no sentido de se ter um coração pleno de compaixão.

Por outro lado, quando se usa apenas a equivalência dinâmica de forma excessiva, sem ser podada com a dos princípios da equivalência formal, corre-se o risco de também se obter traduções que se distanciam dos originais, ou mesmo de se perder o sentido principal de determinadas palavras.

Por exemplo, o livro do Apocalipse possui muita linguagem simbólica, e traduzir tudo de forma dinâmica pode prejudicar terrivelmente o sentido principal do texto, visto que é fundamental se preservar algumas designações do próprio texto a fim de compreendê-lo.

Além disso, o uso maciço da equivalência dinâmica dá origem não apenas a uma tradução, mas a uma paráfrase do texto bíblico, que tenta expressar o conceito original na linguagem mais popular possível.

Qual a melhor tradução da Bíblia em português?

Considerando tudo o que foi apresentado acima, pode-se dizer que isso dependerá do objetivo da leitura. Algumas traduções bíblicas disponíveis em português se baseiam no texto crítico, enquanto outras se baseiam no texto majoritário. Umas Casas Publicadoras, tradutoras e impressoras de Bíblias, utilizam o método de equivalência formal e outras o método de equivalência dinâmica.

De forma geral, em português, as traduções da Bíblia mais conhecidas são: as várias Almeidas (Corrigida, Fiel, Atualizada, Revisada), a Nova Versão Internacional (NVI), a versão da King James (rei Thiago) em português, e as paráfrases Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), Viva e A Mensagem.

Tentando localizar onde essas versões da Bíblia se encaixam nos parâmetros de tradução discutidos acima, pode-se dizer, de forma bem simplificada, o seguinte: a Almeida Corrigida utiliza a equivalência formal de forma bastante extrema, ao contrário da Almeida Atualizada, que adota um método bem mais equilibrado.

Depois da Almeida Atualizada, podemos posicionar a NVI, como sendo uma tradução que tenta combinar a equivalência formal e a equivalência dinâmica. Já utilizando muito da equivalência dinâmica, temos a NTLH, e de forma bastante extrema, as versões Viva e A Mensagem.

Com base nessa classificação, cada leitor, cada igreja e ou cada ministério deve decidir qual a melhor tradução da Bíblia deve ser adotada de acordo com os objetivos pretendidos. Por exemplo, acredito ser muito complicado utilizar a tradução NTLH ou Viva para fazer a exposição do texto bíblico num sermão.

Particularmente, prefiro uma tradução que utiliza de forma equilibrada dos dois métodos de equivalência, como é o caso da Almeida Atualizada. Com relação ao tipo de texto grego, também prefiro uma tradução que se baseia no texto critico, embora não considero que esse seja um ponto determinante.

Uma boa opção que também se aproxima dessas condições é a NVI. No entanto, também acho interessante que se tenha uma tradução da Bíblia numa linguagem mais popular, como a NTLH, especialmente para compará-la com traduções mais formais, como a Almeida Corrigida e a Almeida Fiel.

Quem foi João Ferreira de Almeida, tradutor da bíblia mais usada pelos evangélicos.

Foi uma das raras figuras do protestantismo português. Nasceu na cidade de Torres de Tavares, em Portugal e traduziu a Bíblia para o português, começando essa tarefa com 16 anos de idade e executando-a até o fim de sua vida. Traduziu o Novo Testamento completamente e conseguiu traduzir o Velho Testamento até Ezequiel. A tradução foi completada por seu amigo Jacob Op Den Akker.

João Ferreira de Almeida foi um missionário calvinista, escritor e tradutor. Nasceu em Torre de Tavares, próximo de Mangualde, em 1628, sendo filho de pais católicos.

Órfão de pai e mãe, foi para Lisboa para a casa de um tio clérigo, de onde teria emigrado para a Holanda com apenas 14 anos. Daí partiu para Malaca, recentemente conquistada pelos holandeses em 1641, onde permaneceu por alguns anos, tendo casado com a filha de um pastor calvinista.

Em Malaca, Almeida renunciou à religião católica e abraçou a fé reformada depois de ter lido um panfleto espanhol anticatólico que veio a traduzir para o português, intitulado “Differença da Christandade”. Este livro apresentava a divergência entre o catolicismo romano e o protestantismo.

Em 1644, com apenas 16 anos, Almeida traduziu os Atos dos Apóstolos do espanhol para português, que eram copiados à mão e distribuídos nas comunidades portuguesas. Em 1645 a tradução do Novo Testamento foi concluída, mas somente publicada em 1681, em Amsterdã.

João Ferreira de Almeida visitava doentes em Malaca e, mais tarde, em Batávia, percorrendo diariamente hospitais e casas de doentes, dando apoio espiritual com orações e exortações. Parece ter sido Batávia o centro das suas atividades religiosas. Ali ingressou na Igreja Protestante Portuguesa (que existiu entre 1633 e 1808) e, em 1656, foi ordenado ministro pregador.

De 1656 a 1663, Almeida pregou em várias línguas na ilha de Ceilão (Colombo, Porto de Gale, etc) e nas costas Indostânicas (Coromandel, Malabar), difundindo em especial a língua portuguesa. Em 1663, voltou à Batávia, onde veio a falecer em 1691.

Almeida escreveu várias obras, mas o que mais o notabilizou foi a tradução da Bíblia para a língua portuguesa. Começou a traduzir a Bíblia pelo Novo Testamento, que foi publicado durante sua vida, em Amsterdã, e impressa pela viúva de J. V. Someren. Esta edição apresentava muitas incorreções devido à incompetência dos revisores, de que o próprio Almeida se queixou numa Advertência, com um apêndice de mais de mil erros, publicada em 1683.

Perante estas informações, os Diretores da Companhia da Índia Oriental determinaram que fossem destruídos todos os exemplares na Holanda e em Batávia, tendo, no entanto, sido poupadas algumas cópias distribuídas às congregações de Batávia, Malaca e Ceilão, apresentando correções a tinta. Para além do exemplar existente na Biblioteca Nacional, temos conhecimento de outra espécie, na British Library.

Saiu do prelo a segunda edição do Novo Testamento, impressa em Batávia por João de Vries, em 1693, dois anos após a morte do tradutor. A Companhia das Índias Orientais, em colaboração com a igreja estabelecida naquela ilha, diligenciou para que os missionários Theodorus Zas e Jacobus op den Akker procedessem à revisão e conferissem a tradução de João Ferreira de Almeida com a Vulgata.

Quanto ao Antigo Testamento, Almeida só concluiu a tradução até Ezequiel, tendo o restante sido continuado por Jacobus op den Akker, em 1694, que só veio a ser impresso em Batávia, em dois volumes, em 1748 e 1753.

Seguiram-se muitas outras edições parciais e totais, impressas em Batávia, Trangambar, Londres, Nova Iorque e Lisboa. As traduções foram feitas com o auxílio da versão holandesa do Sínodo de Dort (1618) e da castelhana de Cipriano de Valera (1602).

João Ferreira de Almeida teve o grande mérito de passar toda a vida debruçado sobre a Bíblia, e só a morte o afastou dessa notável missão. João Ferreira de Almeida zelou para manter as comunidades evangélicas portuguesas nos lugares do Império Português das Índias, que os holandeses iam ocupando, e defendeu que fossem divulgados livros em português para essas comunidades.

A distribuição de Bíblias no Brasil é um exemplo a ser seguido por outras nações.

Com sete Bíblias impressas por minuto, Sociedade Bíblica do Brasil chega aos 75 anos e recebe homenagens.

Sete Bíblias por minuto, média de sete milhões por ano e perto de chegar a 200 milhões de edições impressas. Das 157 sociedades bíblicas no mundo, a brasileira é a recordista de impressão. Além dos números expressivos, é pelo papel social de propagar o evangelho há 75 anos que igrejas ministérios e políticos de todo o Brasil homenagearam a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) pelo trabalho incessante de reproduzir e distribuir bíblias das mais diversas maneiras para a população brasileira.

Fundada em 10 de junho de 1948, a Sociedade Bíblica do Brasil é uma entidade beneficente de assistência social, de finalidade filantrópica e cultural e chega ao seu Jubileu de Diamante, 75 anos imprimindo e distribuindo Bíblias no Brasil.

Não é só fazer a publicação e a distribuição da Bíblia, mas a missão principal é levar a palavra de Deus e fazer diversas ações sociais no país e no mundo todo. Estas homenagens é devido a este difícil, porém gratificante, trabalho que tem sido precursor no Brasil. Esperamos que por muitos anos eles continuem nas ações de ajuda humanitária semeando essa boa semente que é a palavra de Deus e que tem trazido muitos frutos para o Reino de Deus.

“Nós Cristãos temos uma obrigação impar que é a de alimentar o mundo com a Palavra de Deus”. Pr.waldirpsouza.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

O QUE É APOSTASIA NOS TEMPOS MODERNOS

O QUE É APOSTASIA NOS TEMPOS MODERNOS

 

Apostasias, Heresias e Hipocrisias estão tão intrinsecamente ligadas entre si que são quase imperceptíveis na vida e nas ações dos enganadores.

A palavra apostasia está presente na bíblia em várias situações.

Em uma passagem na carta de Paulo aos Tessalonicenses, na bíblia, existe uma menção ao ato da apostasia. Ela se refere a renúncia do "falso cristão" à fé, ou seja, aqueles que realmente tiverem Deus no coração nunca cometerão a apostasia. Geralmente a apostasia vem acompanhada de heresia.

Então, "Não deixem que ninguém os engane de modo algum, diz o Apóstolo Paulo. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado o filho da perdição”. (2 Tessalonicenses, 2:3).

Apostasia e heresia são diferentes?

Na religião, apostasia e heresia possuem significados semelhantes.

Heresia significa “opção” ou “escolha”, e consiste no afrontamento de dogmas ou princípios da igreja.

O herege, normalmente, executa ações que contradizem com os valores de determinada doutrina, sendo considerado, por consequência, um indivíduo impuro e merecedor dos castigos previstos na Palavra de Deus, de acordo com a bíblia.

Significado de Apostasia. O que é Apostasia?

Apostasia significa a ação de renegar algo, normalmente relacionado com a renúncia de uma religião ou da fé religiosa.

Consiste na condição de afastamento total e definitivo de alguma coisa, como uma doutrina, ideologia, dentre outras coisas, sem a permissão ou autorização de terceiros.

O apóstata, indivíduo que pratica a apostasia, em alguns casos pode sofrer consequências negativas por seu ato de renúncia.

A marca de um apóstata é que uma pessoa que “se tornou participante da Obra de Deus e conhece a liberdade que o Espírito Santo proporciona ao ser humano”, e ainda assim, rejeitou a Jesus; aqui o autor de Hebreus faz referência a pessoas que participaram no ministério de milagres de Jesus realizados pelo poder do Espírito Santo, como em Lc. 4:14,18.

A referência também diz respeito a pessoas que participaram no ministério de convencimento do Espírito Santo, que obviamente, pode ter desistido sem que haja a experiência de salvação, (At 7:51).

Outra marca de um apóstata está em 2 Tessalonicenses 2.4-10, porque o anticristo trabalha incessantemente para enganar os que são salvos e, às vezes, caem em pecado e tornam-se apóstatas ou hereges.  “Provaram a boa palavra de Deus e os poderes no mundo vindouro, e caíram…” (a melhor tradução para “caíram” é “apostataram”, porque “caíram” dá a entender que alguém pode “cair da salvação”, ou “perder a salvação”. Isso seria um contrassenso.

De acordo com Hebreus 6:6, é impossível o arrependimento para quem se apostatou. Referente à Hebreus 6:4-8 também é impossível o arrependimento para quem se apostatou da fé”. Um apostata geralmente não se arrepende de ter se afastado da comunhão dos santos.

Em Hebreus 6:4-6 lemos: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia”. Isso seria o mesmo que dizer que a mão de Jesus não é forte o bastante para nos manter seguros nele? Jo 10:28-29. Quanto aos apóstatas, de quem o autor de Hebreus está falando, são os que apesar de terem ouvido e visto Jesus agir em pleno poder, ainda assim, o rejeitaram como salvador. (Jo 6:60-66).

2 Tm 2:17 dá um exemplo de dois homens que apostaram da fé. Aqui, Paulo alerta para o prejuízo que eles podem causar, não só a eles mesmos, como aos outros. Escute o que Paulo diz: “Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns”.

Himeneu e Fileto, são contemporâneos do apóstolo Paulo e são categorizados por ele como apóstatas, blasfemadores falastrões. Ensinavam que a ressurreição é simbólica, e que não vai haver ressureição literal no futuro. Com essa conversa mole eles enganaram alguns cristãos.

Os apóstatas continuam a pleno vapor hoje em dia. Quem começa a caminhar com Jesus, e, em algum ponto da caminhada, escolhe (conscientemente) se sujeitar às ideias de qualquer um que ensine uma vírgula contrária ao que a Bíblia diz, prova ser outro apóstata. Ou seja, nunca foi, de fato, convertido a Jesus.

Eu quero reforçar neste estudo duas citações bíblicas: primeiro, uma citação de Paulo em 1Tm 4:1 (à qual me referi no início deste artigo): “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios”. E uma citação de Jesus, em Jo 10:27, onde ele deixa uma promessa que nos faz suspirar de alívio: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem”.

Será que nestes tempos de modernidade Teológica a apostasia é diferente do que nos tempos dos apóstolos?

Na Bíblia apostasia significa abandono da verdade de Deus. Apostasia é negar verdades fundamentais da Bíblia. O apóstata passa a acreditar em uma mentira sobre a Bíblia ou então rejeita a Bíblia por completo.

Essa pessoa, o apóstata da fé, rejeita a verdade que aprendeu e segue ensinos errados, que vêm do diabo para desviar do bom caminho, (Gálatas 1:6-8). A apostasia surge quando a pessoa não tem seu coração voltado para Deus. Apesar de conhecer a verdade, o apóstata rejeita-a e prefere acreditar em uma mentira, em uma heresia. Seu coração fica cego e passa a acreditar em mentiras, (Romanos 1:21-22).

As mentiras do diabo muitas vezes são misturadas com um pouco de aparente verdade. Isso torna a mentira mais convincente. Se uma pessoa fala bem, com confiança e parece estar falando a verdade, pode convencer muitas pessoas a acreditar em uma mentira, promovendo a apostasia. Pessoas assim se infiltram até nas igrejas e são um perigo para a comunidade de Cristãos, especialmente para os mais novos na fé, chamados de neófitos na fé, (2 Pedro 2:1-3).

A apostasia normalmente leva a muitos outros pecados. A vida do apóstata se degenera e ele não se arrepende. Isso acontece porque ele rejeita a Deus. A Bíblia avisa que a apostasia traz à pessoa que entra nestas mentiras a condenação de Deus. (Hebreus 6:4-6).

Como evitar a apostasia?

Para evitar a apostasia, você precisa dedicar sua vida a Deus e conhecer a verdade. Quem conhece a verdade também consegue reconhecer uma mentira.

Leia a Bíblia, a Bíblia é a palavra de Deus e Deus não mente; a Bíblia nos ensina a verdade e como reconhecer a mentira, João 8:31-32.

Ore e aprofunde seu relacionamento com Deus; quanto mais você convive com o Pai da Verdade, mais afinado ficará seu “detector de mentiras”. 2 Pedro 3:17-18

Analise e não aceite tudo que uma pessoa diz só porque sim; confira se está em conformidade com a Bíblia, para dar crédito àquilo que foi passado para você como situação verdadeira. Tessalonicenses 5:21.

Confie totalmente em Deus. Não desista de segui-lo quando as coisas ficam difíceis, mas procure se aproximar cada vez mais dEle e procure conhecer melhor a verdade da Bíblia. Quem mantém seu coração dedicado a Deus não cairá em apostasia.

2 Tessalonicenses Cap. 2.3 nos diz assim: “3 Ninguém vos engane de modo algum, pois isso não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição”.

O apóstolo Paulo afirma  que alguns sinais marcam a nossa conversão íntima e definitiva com Jesus, portanto guerras, rumores de guerras, terremotos,  violência e outras coisas ruins sempre existiram e não deve nos abalar.

A apostasia é  um fato que ocorreu antes e depois da vinda de Jesus, mas o que de fato ainda não ocorreu, mas ocorrerá em breve é o domínio total do anticristo no tempo da grande tribulação.

Quando você vê  alguém sendo tratado com violência ou praticando violência contra outras pessoas, logo se percebe claramente que aquela pessoa está fora dos planos de salvação que Jesus nos deu gratuitamente morrendo por nós na cruz do calvário. Percebemos, portanto que o espírito do anticristo já opera e está presente no mundo, e muitas pessoas estão lhe obedecendo realizando seus maus intentos contra os fiéis que não se entregaram aos encantos da apostasia e das heresias que só enganam aqueles que são fracos na fé.

Sintomas da apostasia profetizados pelo profeta Jeremias. Jeremias 2.13.

O Profeta Jeremias foi separado por Deus para profetizar e trazer uma mensagem de Deus muito severa contra uma nação inteira.

Uma nação chamada Israel, nação que abandonou a adoração, a obediência a Deus e levantaram altares para deuses, eles estavam cheios de si mesmos. Apostataram de sua fé.

Provérbio 14.14 diz: Dos seus próprios caminhos se fartaram o infiel coração.

Essa ação de encher a si mesmo do espírito de engano é uma das explicações sobre uma pessoa que se apostata da fé.

O povo de Israel vivia na vaidade de sua mente e no engano do coração e determinaram que Deus não era mais tão importante para eles como havia sido no principio. Jeremias 2.5.

Eles convenientemente esqueceram-se do que Deus havia feito por eles na antiguidade.

Veremos alguns sintomas desta apostasia da nação de Israel no tempo do profeta Jeremias.

1 - “Quando as grandes misericórdias de Deus são esquecidas, o louvor e a gratidão são postos de lado”. E isso estava acontecendo com Israel no tempo do profeta Jeremias.

Israel já havia bebido da fonte de aguas vivas, mas agora que havia se afastado Deus, fizeram cisternas rachadas, incapazes de reter agua.  Jeremias. 2.3.

2 -   Quando a oração deixa de ser parte vital da vida Cristã, o crente perece no engano da apostasia. A oração do apostata se torna superficial e sem honestidade, sem a verdade e sem intimidade com Deus. Se o coração não tem comunhão sincera com Deus, a oração não é genuína.

3 -   Quando a busca da verdade Bíblica cessa e a pessoa satisfaz com o conhecimento já adquirido das coisas eternas.

Quando os apostatas, que não têm presença de Deus, mostram-se satisfeitos com o nível de verdade adquirido.

4 - Quando as atividades da Igreja não geram mais prazer:

O recém-convertido considera a participação nos cultos da Igreja um desafio de uma falsa alegria quando a apostasia reina naquele ambiente.

Os apostatas, os sem a unção de Deus no altar sempre questionam tudo e não fazem nada.

5 - Quando pecados do corpo e da mente são praticados sem perturbação da consciência:

O apostata, o sem unção de Deus no altar é caracterizado pela insensibilidade ao pecado particular.

6 -  Quando o desejo de ser santo como Jesus deixa de predominar em sua vida e em seus pensamentos.

Para o apostata, o sem unção de Deus, santidade é desnecessária. Não sente dificuldade em se misturar com o profano, com o esclarecedor. Sua linguagem imunda não lhe pesa a alma.

O Profeta Jeremias foi separado por Deus para profetizar e trazer uma mensagem de profética muito severa contra uma nação inteira que caminhava a passos largos para a apostasia. Jeremias 2.13.

Uma nação amada por Deus chamada Israel, nação que abandonou a adoração, a obediência a Deus e levantaram, construíram altares para deuses de barro, de pedras e feito pelos homens, eles estavam cheios de si mesmos, perderam o temor de Deus e perderam também as bênçãos e a proteção de Deus. Apostataram-se de sua fé para servirem a deuses estranhos de outras nações.

Provérbio 14.14 diz: Dos seus próprios caminhos se fartaram o infiel coração.

Esta ação de encher a si mesmo é uma das explicações sobre uma pessoa que apostata da fé. Assim aconteceu com o Israel de Deus.

O povo de Israel na vaidade de sua mente e coração determinaram que Deus não era mais tão importante para eles como havia sido no princípio. Jeremias 2.5.

Convenientemente os apostatas esqueceram-se do que Deus havia feito por eles no decorrer dos séculos. Vejamos aqui mais alguns outros sintomas desta apostasia, deste afastamento da comunhão com Deus:

Quando as grandes misericórdias de Deus são esquecidas, o louvor e a gratidão são postos de lado, e é isso que os fracassados apostatas da fé fizeram e fazem até hoje. Para estas pessoas tem que ter algo para dar valor à carne e toda a carnalidade e imoralidade “permitida” na igreja, inclusive a idolatria, e é isso que estamos vendo em nossos dias.

Israel já havia bebido da fonte de aguas vivas, mas agora que havia afastado Deus de suas vidas, fizeram cisternas rachadas, incapazes de reter agua.  Jeremias. 2.3.

Deixaram de orar e de adorar a Deus para dar valor às vaidades e às luxúrias pertinentes. Orar e consagrar suas vidas é coisa arcaica do passado e dos saudosistas.   Quando a oração deixa de ser parte vital da vida Cristã, a vida espiritual se torna superficial e sem honestidade para com Deus. Se o coração não tem comunhão sincera com Deus, a oração não é genuína. Um coração puro e quebrantado sempre terá intimidade com Deus a ponto de ter temor que é o princípio da sabedoria.

Quando a busca das verdades Bíblicas cessa e a pessoa se satisfaz apenas com o conhecimento material e secular adquirido nos tempos de faculdades, então as coisas eternas e espirituais ficaram em segundo plano e não teem mais serventia nenhuma, porque os diplomas, os anéis de formação superior falam mais alto nos corações apostatados da fé. Estão longe de ter comunhão com Deus.

Para o que se apostatou da fé, a santidade e a santificação já não é mais necessária, ele está seguro em seus conhecimentos e em seus talentos, diferentemente os que não se apostataram da fé buscam em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça para que as demais coisas lhe sejam acrescentadas.

Geralmente quando alguém parte para a apostasia, ele não tem e nem sente dificuldades em se misturar com o profano na roda dos escarnecedores e até aceitam as heresias com muita facilidade. Salmo 1.

Sua linguagem imunda não lhe pesa na alma e nem na sua consciência. Fala e faz coisas estranhas que nenhum servo de Deus, que tem temor de Deus, faria.

Devemos lembrar que o Cristão de verdade não se aparta da lei do Senhor, tornando cada palavra escrita na Bíblia em ações no nosso cotidiano. Não abandonemos o Evangelho de Cristo, pois a cada momento, situações e adversidades têm nos provocado para abandonarmos a nossa fé em Jesus Cristo. Mas a nossa perseverança nos dá segurança de vitórias no nosso dia a dia em nome de Jesus.

O distanciamento do crente da comunhão dos santos e da igreja é, ou deveria ser, preocupante. Quando alguém se afasta da igreja é porque está com algum tipo de problema e deve ser procurado pela direção da igreja que frequenta para buscar socorro espiritual. Quando isso não acontece a pessoa vai se tornando rejeitada e não quer mais ser crente, abrindo a porta para a apostasia. Mas quando aquela ovelha perdida é buscada e encontrada, há um regozijo no Céu por mais uma alma salva. Os crentes em Cristo Jesus se alegram quando uma ovelha perdida é encontrada e volta ao seu redil. Há alegria dos anjos no céu  por uma vida resgatada. Não faça parte do grupo que preferiram viver sem Cristo. Faça parte da família de Deus.

1 Timóteo 4:1-3 nos diz:

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; Proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças.” 1 Timóteo 4:1-3.

Em 2 Timóteo 3:1-7 também nos ajuda a compreensão do assunto abordado nesta postagem.

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus.

Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.” 2 Timóteo 3:1-7.

Você perguntou: "Se todos os que creem em Cristo são salvos, então apóstatas também irão para o céu?". Bem, antes de responder é preciso definir o que é apostasia e quem é o apóstata.

O "Concise Bible Dictionary" assim define a "apostasia".

"Embora a palavra “apostasy” não ocorra na Bíblia King James, a palavra grega da qual deriva a palavra inglesa pode ser encontrada. Em Atos 21:21 foi dito a Paulo que ele era acusado de ensinar os judeus que estavam entre os gentios a apostatarem de Moisés. Paulo ensinava a liberação da lei pela morte de Cristo e isso parecia aos judeus mais rigorosos como apostasia. A mesma palavra é usada em 2 Tessalonicenses 2:3, onde é ensinado que o dia do Senhor não poderia vir até que viesse 'a apostasia', ou o desvio do cristianismo em conexão com a manifestação do homem de pecado ou 'anticristo'. Apesar de a apostasia generalizada mencionada ali não possa ocorrer antes que os santos sejam levados para o céu, pode ocorrer, como tem ocorrido, desvios individuais.

Veja, por exemplo, Hebreus 3:12, 10:26-29 e a epístola de Judas. “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer um de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo”. (Hb 3:12). 

“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas”. (Hb 10:26-29).
"Há também avisos solenes de que esse tipo de apostasia estaria cada vez mais generalizada conforme se aproximasse o final da presente dispensação, (1 Timóteo 4:1-3). Ora, para que ocorra um desvio é necessário que uma posição, da qual se possa cair, ou uma profissão de fé que possa ser deliberadamente abandonada. Isso é, como exemplifica as Escrituras, semelhante ao cão que retorna ao seu vômito, e a porca ao lamaçal. Não se trata de um cristão caindo em algum pecado, do qual a graça possa recuperá-lo, mas sim de uma renúncia definitiva ao cristianismo. As Escrituras não dão qualquer esperança para o caso de alguém em deliberada apostasia, apesar de nada ser impossível ao Senhor".

Portanto, um apóstata não é necessariamente alguém que creu em Jesus como Salvador, mas um que conheceu a mensagem do evangelho e as doutrinas cristãs e apenas adotou exteriormente uma profissão de fé, passando a conviver como um cristão entre cristãos. Judas usa o termo "e introduziram" e mostra que eram homens que "já antes estavam escritos para este mesmo juízo", (Jd 1:4). Dois apóstatas notórios são Judas Iscariotes e o anticristo.

Ambos são chamados de "filhos da perdição" porque este era já o seu destino, mas aparentavam ser "religiosos" o suficiente para enganarem a muitos, até mostrarem suas garras. "Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse”. (Jo 17:12). "Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição”. (2 Ts 2:3).

Simão, o mago, também se qualificaria para o posto de apóstata, pois logo demonstrou que seu interesse no evangelho era apenas monetário.

Existe realmente um verdadeiro mistério em Atos 8, Enquanto o evangelista Filipe pregava o Evangelho por toda a Samaria, ele encontrou um homem chamado Simão, que praticava suas obscuras artes mágicas. Esse mágico impressionava a muitos e, assim, garantiu uma ampla audiência. Quando Filipe anunciou a Jesus Cristo, os seguidores de Simão o deixaram, creram no Salvador e passaram a ser batizados. Lucas, o autor de Atos, observa: “O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados”. (At 8.13).

Porém, a história não termina assim. Depois de observar a poderosa e sobrenatural habilidade dos apóstolos de conceder o Espírito Santo aos crentes em Samaria, através da imposição das mãos, Simão começou a cobiçar o mesmo poder, (At 8.18-19). Quando tentou comprá-lo do apóstolo Pedro, recebeu uma das mais severas repreensões encontradas no Novo Testamento, (At 8.20-23). A descrição bíblica termina com Simão implorando a Pedro para rogar ao Senhor em seu nome, esperando escapar das consequências da condenação que Pedro lançou sobre ele. (At 8.24).

Então, eis o mistério: esse antigo mágico creu em Cristo verdadeiramente? O que aconteceu com ele depois do versículo 24?

Vejamos mais algumas informações sobre este Simão, o mágico:   "E estava ali um certo homem, chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria, dizendo que era uma grande personagem; ao qual todos atendiam, desde o menor até ao maior, dizendo: Este é a grande virtude de Deus. E atendiam-no, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas. Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito. Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo, (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados nas águas conforte o batismo e em nome do Senhor Jesus). Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo. E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração; pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniquidade”. (At 8:9-23). Simão o mágico revelou-se um verdadeiro apóstata e não um verdadeiro apóstolo de Cristo.

Isso nos leva a outra passagem bíblica que fala da família de Deus e dos Cristãos, essa casa de Deus que havia, através dos discípulos e dos apóstolos,  se transformado em uma grande casa onde havia vasos de todos os tipos, uns para honra, outros para desonra. Você pode ver isso em sua Bíblia em 2 Timóteo 2, e depois no capítulo 3 da mesma carta você pode ver uma descrição dos apóstatas vivendo nessa grande casa (vivendo na igreja e no meio dos crentes, parecendo que é crente), caracterizados como homens "amantes de si mesmos, avarentos, que adoram dinheiro, são presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade mas negando a eficácia dela, os quais seduzem mulheres carregadas de desejos extremos por coisas e sensações, e também imitam os milagres de Deus, como fizeram os magos de Faraó no Antigo Testamento. Estes são verdadeiramente apóstatas, traiçoeiros, enganados e hereges.
O trecho termina mostrando o fim da carreira de um apóstata, que nunca creu realmente no Senhor Jesus, o nosso Salvador: "Estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles". (2 Tm 3:1-9).

Por "aqueles" Paulo está ser referindo aos falsos operadores de sinais e milagres energizados pelo diabo, cujas pessoas trabalhavam para Faraó, para com mentiras e enganos ganhar o apoio das pessoas.

Sem vigilância constante o crente é facilmente enganado pelos que vivem na hipocrisia.

Jesus falou sobre a hipocrisia em Mateus 23. Ele deu todas as características dos hipócritas, principalmente porque os que Ele se refere são os líderes religiosos daquele tempo.

Qual é o significado bíblico de hipocrisia.

Hipocrisia é fingimento, quando uma pessoa esconde sua verdadeira identidade atrás de uma máscara. A hipocrisia leva as pessoas a terem atitudes contraditórias, não praticando o que ensinam. Jesus condenou a hipocrisia.

A pessoa hipócrita vive no engano. Sua vida está cheia de contradições entre aquilo que ensina e aquilo que faz. Suas ações exteriores e seu coração falam e fazem algumas coisas só para dar uma aparência do sentido daquilo que é perfeito, mas no fundo suas atitudes negam o que eles afirmam ser. Seu julgamento de si mesmo e seu julgamento dos outros não condizem com a verdade.

Entre amar a Lei de Deus e suas próprias regras, os hipócritas sempre vão agir de acordo com as suas próprias regras.

Jesus condenou os líderes religiosos de sua época, os fariseus e os mestres da lei por serem hipócritas. Por fora, eles pareciam ser pessoas muito espirituais, porque seguiam todas as regras do judaísmo à risca mas, por dentro, eles não eram verdadeiramente dedicados a Deus, (Mateus 23:27-28). Eles seguiam as regras, mas não por amor a Deus. Por isso, sua religiosidade era oca, eram como sepulcros caiados.

Jesus disse: "Ai de vocês, mestres da lei, (escribas) e fariseus, hipócritas! Vocês são como sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície. Assim são vocês: por fora parecem justos ao povo, mas por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade. Mateus 23:27-28.

Os fariseus tinham criado várias regras desnecessárias ou que contradiziam a palavra de Deus. Ao seguirem essas regras, eles achavam que estavam obedecendo a Deus mas na verdade estavam ignorando Seus mandamentos, (Mateus 23:23-24). Eles enganavam a si mesmos.

Vimos nesta postagem três temas que podem ser estudados independente, mas como eles estão ligados umbilicalmente entre si e seguem quase os mesmos critérios para enganar, para influenciar negativamente a igreja, então demos uma pincelada nos três temas que são: apostasia, heresia e hipocrisia. Cuidado para não cair nos mesmos erros deles.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.