COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS
Os
livros da Bíblia foram escritos em três línguas: hebraico, aramaico (Antigo
Testamento) e grego (Novo Testamento).
O
primeiro idioma foi o Hebraico.
Na
própria Bíblia a língua hebraica é chamada de judaica, (Neemias 13:24) ou a
língua de Canaã. (Isaías 19:18).
O
alfabeto que é usado possui 22 letras, todas consoantes, sem qualquer sinal de
vocalização, pois os sons vocálicos eram supridos pelo leitor durante a
leitura, o que dava origem a constantes enganos, porque haviam palavras com as
mesmas consoantes, mas, com acepções diferentes.
Ou
seja, a pronúncia exata dependia da habilidade do leitor, levando em conta o
contexto e a tradição. É por causa disto que perdeu-se a pronúncia de muitas
palavras bíblicas.
Mais
tarde, após o século VII, um sistema de sinais foi inventado com pequenos
símbolos, para indicar as vogais corretas. Esses pontos são colocados em cima,
em baixo ou dentro das consoantes, perpetuando-se assim a pronúncia tradicional
da palavra. A esse sistema chama-se massorético, que deriva da palavra
massoretas, derivada de "massorah, que quer dizer tradição. Os massoritas
foram judeus habitantes de Tiberíades, que no século VI fixaram a pronúncia já
tradicional do hebraico.
O
segundo idioma foi o Aramaico.
O
aramaico era a língua falada pelos povos ao Norte e Nordeste de Canaã, da Síria
até o Alto Eufrates. O aramaico é um idioma semítico falado em Arã e Síria. A
influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro,
na Assíria, e continuando através do cativeiro do reino de Judá, na Babilônia.
No
tempo de Esdras, as escrituras ao serem lidas em hebraico, era preciso que o
seu significado fosse explicado para o aramaico, (Neemias 8:5,8).
O
aramaico tornou-se a língua popular dos Judeus e nações vizinhas, tendo estas
sido influenciadas pelo aramaico devido às transações comerciais dos Arameus na
Ásia Menor e litoral do Mediterrâneo, razão por que passou a ser uma língua
internacional do comércio nas regiões situadas ao longo das rotas comerciais do
Oriente. O aramaico é também chamado de "siríaco", (Daniel 2:4 e
Esdras 4:7) e "caldaico". (Daniel 1:4).
O
aramaico tinha o mesmo alfabeto que o hebraico, apenas diferindo nos sons
estruturais de certas partes gramaticais. Como o aramaico não tinha vogais, era
muito parecido com o hebraico.
O
terceiro idioma foi o Grego.
Quando
Alexandre, "o Grande" dominou o mundo com o Império Greco-Macedônico,
levou o "koine" (comum), que era o idioma falado pelo povo do seu
império, sendo esse idioma de clareza, qualidade definida, facilidade de
expressão e de comunicação. O Grego faz parte do grupo das línguas arianas. Vem
da fusão dos dialetos Dóricos e Áticos. Os Dóricos e os Áticos foram duas das
principais tribos que povoaram a Grécia. Das linguagens bíblicas, o grego é o
mais focalizado entre os povos atuais de línguas greco-latinas, devido à
semelhança.
O
grego do Novo Testamento não é o grego clássico dos filósofos, mas o dialeto
popular do homem comum, estudante, que todos podiam entender, o referido koine.
O alfabeto grego tem 24 letras, sendo a primeira o alfa e a última, o ômega.
A
tradução chamada Septuaginta.
A
tradução mais importante do Antigo Testamento, de hebraico para grego, chama-se
Septuaginta, sendo datada do século III a.C. O escritor Aristéia, da corte de
Ptolomeu Filadelfo, descreve que escreveu a seu irmão, monarca Egípcio
Filócrates, que por proposta de seu bibliotecário Demérito de Falero, solicitou
ao sumo-sacerdote judaico Eleazar, que lhe enviasse doutores versados nas
Sagradas Escrituras para preparar-lhe uma versão das mesmas em grego. Ele tinha
ouvido falar das Escrituras, e queria a referida versão para enriquecer sua
vasta biblioteca em Alexandria. Foi assim que nasceu a Septuaginta.
O
vocábulo "Septuaginta" quer dizer em latim "setenta", sendo
citado "LXX", na medida em que essa tradução foi efetuada por 72
sábios, sendo 6 de cada tribo de Israel, em 72 dias.
O
que é a Bíblia para nós segundo a própria Bíblia.
Hebreus 4.12 "porque a Palavra de
Deus é viva e eficaz, mais cortante que uma espada alguma de dois gumes; e
penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas; e é apta
para discernir os pensamentos e propósitos (ou intenções) do coração”.
O segundo domingo de dezembro foi escolhido
pela Sociedade Bíblica do Brasil para ser o Dia da Bíblia. Vale a pena celebrar
este dia em gratidão a Deus por nos enviar a sua Palavra.
Você já pensou se não tivéssemos a Bíblia? Vamos
aprender algumas coisas importantes sobre a Bíblia.
Sobre a inspiração da Bíblia temos total
segurança de que as escrituras sagradas, a Bíblia, tem a inspiração do Espírito
Santo de Deus.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. (2
Timóteo 3.16)
“sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma
profecia da Escritura provém de particular elucidação, (ou interpretação)”. (2
Pedro 1.20).
A bíblia não é uma obra literária qualquer.
Foi escrita por homens inspirados por Deus. Por isso ela é tão eficaz na vida
das pessoas. O mesmo Espírito Santo que inspirou as pessoas a escrever também
nos inspira na leitura revelando o sentido das palavras.
Você compreende a Bíblia quando lê? Peça ao
Autor da Bíblia, o Espírito Santo, para te dar a interpretação na leitura
daqueles textos ou versículos que você leu ou está lendo.
Como a Bíblia chegou até nós hoje? Escribas e Massoretas, estudiosos e
tradutores trabalharam muito para preservar e traduzir a Bíblia. Por séculos a
Bíblia era um livro difícil de ser encontrado. Era copiado manualmente e este
trabalho durava meses ou anos. Por amor à Palavra de Deus, pessoas preservaram
a Bíblia e chegavam a morrer por esta causa. Você tem se dedicado à Palavra de
Deus? Dedique totalmente a sua vida em amor à obra de Deus lendo, aprendendo,
pregando e ensinando a Bíblia.
A tradição oral de transmitir conhecimento da
Bíblia, no tempo do Velho Testamento e nos primeiros séculos do Cristianismo,
impactava a todos os seus ouvintes que, na maioria das vezes, eram familiares e
amigos reunidos costumeiramente nos dias de sábado para adorar ao Senhor Deus
conforme as instruções dadas por Deus através de Moisés.
Antes,
a Bíblia como livro não existia, era transmitida oralmente. Cada chefe de
família tinha a responsabilidade de ensinar seus filhos a palavra de Deus como
havia aprendido de seus pais. “Estas palavras que, hoje te ordeno estarão
no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em
tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”. (Deuteronômio
6.6,7). Quem escreveu isso foi Moisés o escritor do Pentateuco, que são os
cinco primeiros livros da Bíblia. O Pentateuco continua sendo até hoje nos
nossos dias a Bíblia dos Judeus ortodoxos.
Você tem falado sobre a Palavra de Deus para
alguém?
Em suas conversas, conte as histórias da
Bíblia para as pessoas, principalmente para as crianças, elas gostam das histórias bíblicas.
A Bíblia escrita começou a circular desde os tempos de Moisés e desde que
Moisés começou a escrever sobre o livro de Gênesis e daí por diante. Há uma corrente
teológica que diz ser o livro de Jó o mais antigo da Bíblia.
Quando surgiu a Bíblia escrita.
Os ensinos transmitidos nas famílias
começaram a ser escritos assim que surgiu a escrita. Foram escritos em madeira,
blocos de argila e principalmente em pedras, (Êxodo 34:1, 27,28). Moisés foi o
primeiro escritor da Bíblia.
Devido às dificuldades de carregar os
escritos em pedra, principalmente no êxodo, começou-se a escrever em peles de
animais e em papiro, (casca de uma planta). Eram guardados em vasos de barro
para durar mais tempo. Depois começaram a tratar o couro e costurá-lo,
enrolando com duas hastes de madeira para dar firmeza e assim puderam condensar
um livro inteiro em um só pergaminho.
Você tem carregado a sua Bíblia? Tenha sempre
a sua Bíblia na mão e no coração.
Quando surgiu a Bíblia completa?
A Bíblia não foi escrita em uma única edição
como os livros atuais. Foi um longo processo para ficar completa, sendo necessário:
Cerca de um mil e seiscentos anos para ser
escrita.
Cerca de 40 pessoas em lugares e épocas
diversas foram chamadas e usadas por Deus para escrever os livros da Bíblia,
num período de aproximadamente mil e seiscentos anos.
A Bíblia foi escrita com cerca de três idiomas (hebraico, aramaico e
grego) para se completar toda a escrita da Bíblia, assim como está hoje.
Foram escritos 66 ( sessenta e seis) livros
comprovados como inspirados por Deus para fazer parte do cânon sagrado.
Você já leu a Bíblia toda alguma vez? Faça um
propósito de ler toda a Bíblia pelo menos uma vez na vida.
A Bíblia contém dois testamentos, o Velho
Testamento e o Novo Testamento.
As duas maiores divisões da Bíblia são dois
testamentos, pactos, contratos ou alianças. A primeira aliança de Deus com o
homem foi através da Lei e nesta a humanidade fracassou sendo preciso a vinda
do Messias para cumprir este contrato e firmar novo pacto com a humanidade.
A Bíblia tem uma importante subdivisão:
O Antigo Testamento contém 39 livros e o Novo
Testamento contém 27 livros.
Se você tivesse uma herança para receber
leria o testamento? Deus deixou a Bíblia como testamento das promessas que tem
para nós, e as promessas de bênçãos são milhares, são mais de oito mil promessas.
A Bíblia está organizada como uma biblioteca para facilitar a sua leitura.
Os livros desta Biblioteca não estão
dispostos aleatoriamente, mas foram bem organizados e podem ser distinguidos em
grupos de acordo com o assunto, seu objetivo e forma de transmitir a mensagem
são bem caracterizados.
Assim estão organizados os livros da Bíblia.
O Pentateuco: São os cinco livros da lei,
escritos por Moisés;
Os livros Históricos: São os livros que
relatam histórias do povo de Deus ou da igreja;
Os livros Poéticos: São os livros escritos em
forma de poesia;
Os livros Proféticos: São os livros de
profecias escritos por profetas.
Os profetas maiores, são os que
escreveram mais e ou profetizaram por mais tempo.
E os
profetas menores, foram aqueles que escreveram menos ou profetizaram
por menos tempo.
Os Evangelhos: São os livros da Bíblia que
descrevem as palavras e os atos de Jesus;
O livro de Atos dos apóstolos: É o livro que
descreve os atos dos primeiros anos da igreja primitiva vivido pelos apóstolos
e o nascimento da igreja Cristã.
As epístolas pastorais de Paulo: São as
Cartas endereçadas às igrejas. O Apóstolo Paulo escreveu para igrejas
específicas (dando o nome da cidade onde está a igreja) e as epístolas Gerais
ou Universais foram escritas por outros
apóstolos também, (levam seus nomes), e foram endereçadas a todas as igrejas.
O livro da Revelação: Que é o livro do
Apocalipse e contém a Descrição de sonhos e visões proféticas do apóstolo João.
É importante saber desses grupos de livros na
Bíblia para melhorar o entendimento da leitura. Você não lê um livro de poesias
como se fosse um jornal, nem lê uma história como se fosse uma música. Deste
modo ao ler o Pentateuco você sabe que está lendo um livro de leis e normas, os
livros Históricos como experiências de vida do povo de Deus, os livros poéticos
como canções e os Proféticos como anúncios de Deus através dos profetas. Assim
também os Evangelhos devem ser lidos como uma notícia nova da vinda do Messias
ao mundo, o livro de Atos é um livro Histórico que deve ser lido como o início
da história da Igreja, as Epístolas ou Cartas são mensagens pastorais às
igrejas e o Apocalipse é um livro de Revelação sobre o futuro da humanidade.
Como você lê a Bíblia? Procure ter mais
conhecimento sobre a Bíblia e você será grandemente edificado.
A Bíblia impressa fez e continua fazendo toda
a diferença para a expansão do evangelho.
Por serem muitos os pergaminhos, era uma
verdadeira biblioteca, daí vem o nome Bíblia que é igual a Biblioteca. Surgiu
então a necessidade de juntar estes livros em um só volume. Isso só foi possível
quando Gutenberg inventou a imprensa no século XVI e o primeiro livro impresso
e encadernado foi o da Bíblia.
Já imaginou se tivéssemos que carregar pedras
para ler a Bíblia? Onde seriam colocadas tantas pedras?
Aproveite a Bíblia, agora e desde há muitos
anos ela é impressa para que você, eu e todos a tenhamos em mãos para poder ler
e anunciar o evangelho de Jesus Cristo o Filho de Deus que veio ao mundo para
nos salvar da perdição eterna.
Com o passar do tempo a Bíblia foi dividida e
colocada numa ordem para melhorar a
compreensão e a leitura. Com o tempo outra dificuldade foi encontrada: um
grande livro contendo 66 outros livros sendo difícil para encontrar uma passagem,
então a Bíblia foi dividida e coordenada da seguinte forma:
Capítulos: Os capítulos foram coordenados por
Stephen Langton em 1227;
Versículos: Os versículos foram muito bem
coordenados pelo impressor
francês Robert Satephanus em 1551.
Os números de capítulos e versículos foram, a
seguir, acrescentados por impressores que desejavam facilitar a leitura
bíblica. Você sabe encontrar um trecho na Bíblia? Aprenda a manusear a palavra
de Deus. É muito fácil hoje.
Os livros chamados de livros Apócrifos não
foram acrescentados na Bíblia porque não se tinha notícias e ou informações
seguras de sua inspiração de Deus nestes livros.
Os livros chamados apócrifos, palavra que
significa ocultos ou não inspirados, não são aceitos pelos protestantes porque
foram acrescentados no ano de 1546, mais de mil e duzentos anos depois que a
Bíblia já estava completa. Estes livros são históricos, mas têm sua origem e
conteúdo incertos.
Ninguém pode acrescentar ou retirar nada da
Bíblia. Isso está escrito no livro de Apocalipse 22.18,19. Você pode ler toda a
Bíblia confiando que seu conteúdo é original e inspirado por Deus.
Não estou me referindo aos comentários e
comentaristas que lançam suas versões segundo os seus pensamentos e seguindo
uma escola teológica de sua preferência.
A Bíblia, que é a palavra de Deus e sempre
foi muito perseguida. Sempre tentaram e tentam mudar o sentido das palavras da
Bíblia, e por isso recomendo que você e sua família, bem como sua igreja,
membros e corpo de obreiros façam opção de ter para leitura pessoal ou coletiva
das versões ARC (Que é a versão Almeida Revista e Corrigida) ou ARA (Almeida
Revista e Atualizada), estas duas versões são as mais usadas pela maioria
absoluta dos evangélicos e os maiores pregadores de nosso tempo.
As Escrituras Sagradas foram perseguidas por
muito tempo e até mesmo destruídas muitas vezes. Mas foi preservada por Deus e
hoje temos em mãos a Bíblia toda organizada e de fácil acesso.
Ainda hoje há lugares onde a Bíblia não é
aceita e muitos cristãos são perseguidos por causa do Evangelho. Países
mulçumanos geralmente proíbem a entrada da Bíblia e os crentes se arriscam para
ler um trecho das Escrituras. Além desses países, existem também outros com direcionamento
religioso fundamentalista bem diferente da realidade e outros países e povos
sem religião ou que são comunistas, socialistas, budistas, confucionistas,
kardecistas, e muitas outras nações e povos que perseguem a Bíblia, o Deus da
Bíblia e o povo de Deus.
Se houvesse uma perseguição você se
arriscaria por amor à Bíblia e por amor ao Deus da Bíblia e continuaria a não
negar o nome de Jesus como seu Único e suficiente Salvador?
Aproveite os tempos de liberdade que temos de
ler e proclamar a Palavra de Deus. Leia a Bíblia, pregue a palavra de Deus em
tempo e fora do tempo.
Quem traduziu a Bíblia para o português?
O tradutor da Bíblia em português
foi João Ferreira de Almeida, nascido em Portugal no ano 1628.
Converteu-se a Jesus aos 14 anos, sentiu o chamado de Deus para a tradução da
Bíblia e começou a se preparar ainda com 16 anos, terminando sua tradução do NT
em 1644. Por isso foi condenado pelo papa em 1661. Morreu em 1691 enquanto
traduzia o último capítulo de Ezequiel e seu amigo Jacobus Op Den
AKKer completou a tradução em 1694.
A Bíblia ainda não chegou a todos os povos e
nações da terra.
Ainda existem “2251 idiomas, representando
193 milhões de pessoas, precisando de uma tradução da Bíblia”.
Já imaginou se não houvesse a bíblia em
português?
Aproveite a Bíblia em seu idioma e leia.
A Bíblia precisa ser lida e pregada em tempo e fora do tempo em todos os cantos
do planeta terra.
Hoje a Bíblia pode ser lida e ouvida de
diversas formas: Pregação nas Igrejas, Bíblia em Braile para deficientes
visuais, Pregação na TV, Bíblia para celular, Bíblia pra computador, Bíblias
virtuais, Bíblia em áudio MP3 e diversos outros tipos são ofertados nas mídias
e nas redes sociais.
Não existe desculpa para não se ler e ouvir o
que está na Bíblia nos dias atuais.
Responda sinceramente: quantas bíblias e
quais tipos você tem guardadas em casa ou em outros lugares? Veja aí na sua
biblioteca se você tem uma Bíblia empoeirada e que há muito tempo não é aberta
para ser lida.
Use suas bíblias o máximo que puder e doe
para outras pessoas que não têm um exemplar da Bíblia. A Bíblia está cada vez
mais acessível. Nunca a Bíblia foi tão fácil de ser encontrada como nos dias
atuais.
A Bíblia nos diz: ”Não perguntes em teu
coração: Quem subirá até ao céu?”, “Porém que se diz? A palavra está perto de
ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos”, “E,
assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”. Romanos
10.6, 8 e 17. A fé vem pelo ouvir e ouvir pela palavra de Deus.
Hoje está tão fácil de se ter uma Bíblia.
Todos ou quase todos os meios de comunicação eletrônicos, de informática,
escritas, faladas na TV no rádio, nas redes sociais e outros, todos têm a
oportunidade de ter a palavra de Deus bem pertinho de você e sua família e na
palma da mão através de um celular.
Curiosidade: Você já viu uma Bíblia
assim? Antigamente a Bíblia sempre vinha em modelo tradicional com capa de
couro preto, bordas laterais em vermelho e páginas brancas. Veja o que significavam
as cores da Bíblia até bem pouco tempo:
Capa de couro preto: mundo em pecado. Laterais
em Vermelho: o sangue de Jesus. Páginas Brancas: a luz da Palavra de Deus. A
Bíblia fechada mostra a condição de trevas do pecador, mas quando se abre a
Bíblia, pelo sangue de Jesus Cristo você é lavado e remido pelo sangue de Jesus
e alcança a luz do Evangelho para perdão dos seus pecados e adquire
conhecimento suficiente para continuar sua jornada de vida com o renovo
espiritual que ela nos proporciona.
Em obediência ao mandado de Jesus,
precisamos “examinar as Escrituras”, João 5.39 e “manejar bem a
Palavra da Verdade”, 2 Timóteo 2.15. Por que a Bíblia é uma fonte
inesgotável de sabedoria. Leia a Bíblia todos os dias, ela é a Palavra de Deus
para você todos os dias de sua vida.
Qual é a melhor tradução da Bíblia.?
A melhor tradução da Bíblia é aquela que se
conserva fiel ao texto original, e ao mesmo tempo consegue transmitir o sentido
principal pretendido por ele. Em boa parte dos casos as diferentes versões
disponíveis do texto bíblico cumprem esse quesito de forma satisfatória.
Pelo fato de existir uma grande variedade de
versões, muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual a melhor tradução da
Bíblia disponível a qual devemos adotar. Para tentar responder a essa pergunta,
vamos considerar alguns pontos importantes sobre as traduções bíblicas.
As traduções da Bíblia são várias.
O texto bíblico foi traduzido desde muito
cedo. Ainda nos tempos do Antigo Testamento, alguns textos das Escrituras
já eram traduzidos para atender necessidades específicas da época. A primeira
grande e importante tradução bíblica foi a Septuaginta, que traduziu o
texto do Antigo Testamento do original hebraico (e alguns trechos em aramaico)
para o grego.
Pela predominância do idioma grego, e por ter
sido composta e compilada no período intertestamentário, que é um período
de 400 anos entre o velho e o novo testamento, a Septuaginta foi a principal tradução da
Bíblia utilizada pela Igreja Primitiva, inclusive tendo sido citada pelos
escritores neotestamentários em suas epístolas.
Depois, na era cristã, surgiram várias outras
traduções bíblicas para atender os idiomas em que o Evangelho se expandia.
Sem dúvida a tradução mais significativa desse período foi a Vulgata Latina,
que é a tradução da Bíblia para o latim feita por Jerônimo, e que com o tempo
se tornou a principal versão utilizada no Ocidente.
Já no período da idade média, algumas pessoas
também se dedicaram a traduzir os textos bíblicos para idiomas mais
específicos, como foi o caso de John Wycliffe, que a partir da Vulgata Latina
organizou um projeto de tradução para o inglês.
Martinho Lutero também traduziu a Bíblia para
o idioma alemão, começando pelo Novo Testamento e concluindo com a tradução do
Antigo Testamento num projeto bem mais complexo.
Para o idioma espanhol, foi feita a conhecida
versão Reina-Valera, assim como para o português surgiu a tradução de João Ferreira
de Almeida. Em 1611, surgiu também a importante versão da Bíblia em inglês,
a King James Version, que combinou alguns textos já traduzidos por
Wycliffe e Tyndale.
A tradução católica do Pe. Matos Soares e os
livros Apócrifos.
O principal trabalho de Pe. Matos Soares foi
a tradução comentada da Bíblia Sagrada da Vulgata para o português,
cuja primeira edição foi publicada em 1932, com o auxílio do Pe. Luiz Gonzaga
da Fonseca, Professor do Instituto Bíblico de Roma, tendo as outras
edições sido publicadas nos anos de 1934, 1940, 1946 e 1952. A edição de 1956
foi a primeira edição em que o autor traduziu diretamente dos manuscritos
bíblicos em grego e hebraico disponíveis em sua época, recorrendo à
Vulgata quando a tradução direta dos manuscritos tornava o texto obscuro.
As edições da Bíblia do Padre Matos Soares
receberam o “Imprimatur" de Dom António Barbosa Leão, bispo
de Porto, e grande apreço da Santa Sé, por parte do Papa Pio XI, cuja
mensagem de estima do Cardeal Pacelli, futuro Papa Pio XII, se
encontra logo no início das edições do tradutor.
Muito se questiona acerca dos 7 livros
apócrifos adicionais da “Bíblia Católica”, dentre outros que existem além
destes. Afinal de contas, eles são confiáveis ou não? Existem heresias neles ou
não? A “Bíblia evangélica”, com seus 66 livros, seria a correta? Teriam
aqueles livros, também chamados deuterocanônicos, alguma importância ou
valor histórico e teológico ou devem ser completamente rejeitados? Qual
realmente é a verdade sobre eles?
A verdade acerca destes livros
apócrifos, verdade esta que dificilmente se ouve nos templos religiosos e nas
salas de seminários teológicos, é que eles não são de propriedade da
Igreja Católica. Esses livros, muito menos a Bíblia, incluindo os escritos do
chamado “Novo Testamento” pelos cristãos, não são de propriedade de
qualquer Igreja para receberem sua aprovação, reprovação ou julgamento.
Porque, a totalidade dos 66 livros da Bíblia são obras do povo de Israel.
Tendo sidos inspirados por Deus, naturalmente e diretamente de Deus, (Dt 33:4; Sl 147:19-20; Rm
3:1-2; 9:4; 2 Pe 1:20-21). E quanto aos chamados “livros apócrifos”,
uma simples leitura de vários deles por si só mostrará que eles fazem parte
da literatura judaica, porque se tratam da história e ou poesias do povo
eleito.
Quais são os livros apócrifos produzidos na
época do segundo templo?
A época do segundo
templo compreende do período em que o templo de Jerusalém, erguido por
Salomão, filho de Davi, foi reconstruído no ano 516 AC, depois
do cativeiro babilônico, até o ano 70 AC, quando foi destruído
por forças imperiais romanas.
É dentro deste período que a maioria dessas
literaturas são escritas por judeus/israelitas, e outros, a fim de relatar a
história de seu povo, dentre outras finalidades.
O termo "apócrifo" foi criado
por Jerônimo, no quinto século, para designar basicamente antigos documentos
judaicos escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas, que
é o livro de Malaquias e o livro de Mateus que é a vinda de Jesus
Cristo. Este período entre os livros de Malaquias e Mateus é chamado de período
interbiblico e foi o período que Deus não falou mais com seu povo através dos
profetas, não houve mais nenhum profeta de Deus neste período.
Os livros Apócrifos são livros que, segundo a
religião em questão, a dos Hebreus, não foram inspirados por Deus e que não
fazem parte de nenhum cânon.
São considerados apócrifos os livros que não
fazem parte do cânon da religião Judaica Cristã. A consideração de um
livro como apócrifo varia de acordo com a religião. Por exemplo, alguns
livros considerados canônicos pelos católicos são considerados
apócrifos por judeus e ou por protestantes, mesmo sendo
ambas religiões abraâmicas. Especificamente, os católicos aceitaram os
livros de Tobias, Judite, Sabedoria de
Salomão, Eclesiástico, I Macabeus, II Macabeus e Baruque;
Sobre os livros deuterocanônicos: Alguns
destes livros são os inclusos na Septuaginta por razões históricas ou
religiosas. Destes fazem parte também as adições nos livros de Ester e
também de Daniel, nomeadamente os episódios da História de
Susana e de Bel e o dragão.
Os livros apócrifos, portanto, são cartas,
coletâneas de frases, narrativas da criação, “profecias e histórias
apocalípticas”, representados por fatos considerados não inspirados por Deus.
Podem até ser considerados como fatos históricos mas não são inspirados por
Deus.
Além disso tem outros livros Apócrifos dos
que abordam a vida de Jesus ou de seus seguidores que são cerca de 50 outros
que contêm narrativas ligadas ao Antigo Testamento.
As traduções da Bíblia e os textos originais.
Atualmente não se tem notícias da existência
dos originais da Bíblia. Segundo fontes de pesquisas, não existem mais os
textos originais escritos diretamente pelos escritores dos livros
bíblicos. No entanto, cópias fieis foram feitas ao longo do tempo para
replicar o próprio texto e também para preservá-los, visto que as próprias
cópias naturalmente se desgastavam com o uso.
Então, copistas fizeram copias dos originais,
e depois cópias foram feitas de cópias, e assim por diante. Com base nisso,
existe uma questão interessante relacionada ao texto grego do Novo Testamento e
que é fundamental para se entender melhor os detalhes que diferenciam as
traduções bíblicas disponíveis na atualidade. Na verdade, basicamente existem
dois textos gregos:
O texto crítico ou essencial: com base
nos manuscritos mais antigos que se tem conhecimento;
O texto majoritário ou principal: com
base na maioria dos manuscritos antigos, mas que datam de um período bem mais
recente.
A grande pergunta a ser respondida é: qual
desses dois textos é mais fiel aos originais? É bastante difícil responder a
essa questão, especialmente porque não se sabe o motivo exato pela qual os
manuscritos mais antigos foram preservados, e pode ter sido pela intervenção
direta de Deus e sob os diversos critérios exigidos daquela época, visto que
isso pode ter ocorrido ou porque eram muito fieis aos originais e por isso a
Igreja os preservou, ou então por que eram discrepantes, e por isso foram
guardados para que não fossem utilizados.
De qualquer forma, as diferenças entre o
texto crítico e o texto majoritário podem ser consideradas como sendo mínimas,
visto que tais diferenças não afetam de forma alguma os principais pontos da fé
cristã e da teologia bíblica.
Como exemplos de tais diferenças, podemos
citar: a frase final de Mateus 20:16, “porque muitos são chamados, mas
poucos escolhidos”, que não aparece nos manuscritos mais antigo; a parte final
do último capítulo do Evangelho de Marcos; a narrativa sobre a mulher adúltera
no Evangelho de João, e diferenças no capítulo 5 de 1 João.
As traduções da Bíblia e os métodos de
tradução.
Quando se fala na melhor tradução da Bíblia,
também é preciso saber que existem dois métodos de tradução utilizados para
traduzir a partir dos idiomas originais:
Equivalência formal: esse método traduz
palavra por palavra do texto original adotando seu equivalente exato no novo
idioma.
Equivalência dinâmica: esse método
traduz a frase original adotando a expressão equivalente de forma dinâmica no
novo idioma, ou seja, diferente do método de equivalência formal, esse método
traduz o sentido da frase e não palavra por palavra.
Ambos os métodos possuem seus pontos positivos,
e talvez a melhor solução seja uma combinação cuidadosa de ambos. O problema em
se adotar apenas a equivalência formal é que muitas vezes na tentativa de ser
fiel ao texto original acaba-se perdendo justamente sua fidelidade, pois não
traduz de forma correta o sentido real que o autor pretendia passar.
Um exemplo disso é Colossenses 3:12,
onde o apóstolo Paulo escreve: “Revesti-vos, pois, como eleitos de
Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade,
mansidão, longanimidade”.
A palavra grega traduzida como
“entranhas”, splagchnon, realmente significa “tripas”, “intestinos”, etc.,
e era muito utilizada, visto que naquela época as entranhas eram consideradas
como sendo a fonte das emoções mais profundas e extremas.
Todavia, em nosso idioma, a melhor tradução
para essa palavra seria algo como “profundos afetos de misericórdia” no sentido
de se ter um coração pleno de compaixão.
Por outro lado, quando se usa apenas a
equivalência dinâmica de forma excessiva, sem ser podada com a dos princípios
da equivalência formal, corre-se o risco de também se obter traduções que se
distanciam dos originais, ou mesmo de se perder o sentido principal de
determinadas palavras.
Por exemplo, o livro do
Apocalipse possui muita linguagem simbólica, e traduzir tudo de forma
dinâmica pode prejudicar terrivelmente o sentido principal do texto, visto que
é fundamental se preservar algumas designações do próprio texto a fim de
compreendê-lo.
Além disso, o uso maciço da equivalência
dinâmica dá origem não apenas a uma tradução, mas a uma paráfrase do texto
bíblico, que tenta expressar o conceito original na linguagem mais popular
possível.
Qual a melhor tradução da Bíblia em
português?
Considerando tudo o que foi apresentado
acima, pode-se dizer que isso dependerá do objetivo da leitura. Algumas
traduções bíblicas disponíveis em português se baseiam no texto crítico,
enquanto outras se baseiam no texto majoritário. Umas Casas Publicadoras,
tradutoras e impressoras de Bíblias, utilizam o método de equivalência formal e
outras o método de equivalência dinâmica.
De forma geral, em português, as traduções da
Bíblia mais conhecidas são: as várias Almeidas (Corrigida, Fiel, Atualizada,
Revisada), a Nova Versão Internacional (NVI), a versão da King James (rei
Thiago) em português, e as paráfrases Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH),
Viva e A Mensagem.
Tentando localizar onde essas versões da
Bíblia se encaixam nos parâmetros de tradução discutidos acima, pode-se dizer,
de forma bem simplificada, o seguinte: a Almeida Corrigida utiliza a
equivalência formal de forma bastante extrema, ao contrário da Almeida
Atualizada, que adota um método bem mais equilibrado.
Depois da Almeida Atualizada, podemos
posicionar a NVI, como sendo uma tradução que tenta combinar a equivalência
formal e a equivalência dinâmica. Já utilizando muito da equivalência dinâmica,
temos a NTLH, e de forma bastante extrema, as versões Viva e A Mensagem.
Com base nessa classificação, cada
leitor, cada igreja e ou cada ministério deve decidir qual a melhor tradução da
Bíblia deve ser adotada de acordo com os objetivos pretendidos. Por exemplo,
acredito ser muito complicado utilizar a tradução NTLH ou Viva para fazer a
exposição do texto bíblico num sermão.
Particularmente, prefiro uma tradução que
utiliza de forma equilibrada dos dois métodos de equivalência, como é o caso da
Almeida Atualizada. Com relação ao tipo de texto grego, também prefiro uma
tradução que se baseia no texto critico, embora não considero que esse seja um
ponto determinante.
Uma boa opção que também se aproxima dessas
condições é a NVI. No entanto, também acho interessante que se tenha uma
tradução da Bíblia numa linguagem mais popular, como a NTLH, especialmente para
compará-la com traduções mais formais, como a Almeida Corrigida e a Almeida
Fiel.
Quem foi João Ferreira de Almeida, tradutor
da bíblia mais usada pelos evangélicos.
Foi uma das raras figuras do protestantismo
português. Nasceu na cidade de Torres de Tavares, em Portugal e traduziu a
Bíblia para o português, começando essa tarefa com 16 anos de idade e
executando-a até o fim de sua vida. Traduziu o Novo Testamento completamente e
conseguiu traduzir o Velho Testamento até Ezequiel. A tradução foi completada
por seu amigo Jacob Op Den Akker.
João Ferreira de Almeida foi um missionário
calvinista, escritor e tradutor. Nasceu em Torre de Tavares, próximo de
Mangualde, em 1628, sendo filho de pais católicos.
Órfão de pai e mãe, foi para Lisboa para a
casa de um tio clérigo, de onde teria emigrado para a Holanda com apenas 14
anos. Daí partiu para Malaca, recentemente conquistada pelos holandeses em
1641, onde permaneceu por alguns anos, tendo casado com a filha de um pastor
calvinista.
Em Malaca, Almeida renunciou à religião
católica e abraçou a fé reformada depois de ter lido um panfleto espanhol
anticatólico que veio a traduzir para o português, intitulado “Differença
da Christandade”. Este livro apresentava a divergência entre o catolicismo
romano e o protestantismo.
Em 1644, com apenas 16 anos, Almeida traduziu
os Atos dos Apóstolos do espanhol para português, que eram copiados à
mão e distribuídos nas comunidades portuguesas. Em 1645 a tradução do Novo
Testamento foi concluída, mas somente publicada em 1681, em Amsterdã.
João Ferreira de Almeida visitava doentes em
Malaca e, mais tarde, em Batávia, percorrendo diariamente hospitais e casas de
doentes, dando apoio espiritual com orações e exortações. Parece ter sido
Batávia o centro das suas atividades religiosas. Ali ingressou na Igreja
Protestante Portuguesa (que existiu entre 1633 e 1808) e, em 1656, foi ordenado
ministro pregador.
De 1656 a 1663, Almeida pregou em várias
línguas na ilha de Ceilão (Colombo, Porto de Gale, etc) e nas costas
Indostânicas (Coromandel, Malabar), difundindo em especial a língua portuguesa.
Em 1663, voltou à Batávia, onde veio a falecer em 1691.
Almeida escreveu várias obras, mas o que mais
o notabilizou foi a tradução da Bíblia para a língua portuguesa. Começou a
traduzir a Bíblia pelo Novo Testamento, que foi publicado durante sua vida, em
Amsterdã, e impressa pela viúva de J. V. Someren. Esta edição apresentava
muitas incorreções devido à incompetência dos revisores, de que o próprio
Almeida se queixou numa Advertência, com um apêndice de mais de mil erros,
publicada em 1683.
Perante estas informações, os Diretores da
Companhia da Índia Oriental determinaram que fossem destruídos todos os
exemplares na Holanda e em Batávia, tendo, no entanto, sido poupadas algumas
cópias distribuídas às congregações de Batávia, Malaca e Ceilão, apresentando
correções a tinta. Para além do exemplar existente na Biblioteca Nacional,
temos conhecimento de outra espécie, na British Library.
Saiu do prelo a segunda edição do Novo
Testamento, impressa em Batávia por João de Vries, em 1693, dois anos após a
morte do tradutor. A Companhia das Índias Orientais, em colaboração com a
igreja estabelecida naquela ilha, diligenciou para que os missionários
Theodorus Zas e Jacobus op den Akker procedessem à revisão e conferissem a
tradução de João Ferreira de Almeida com a Vulgata.
Quanto ao Antigo Testamento, Almeida só
concluiu a tradução até Ezequiel, tendo o restante sido continuado por Jacobus
op den Akker, em 1694, que só veio a ser impresso em Batávia, em dois volumes,
em 1748 e 1753.
Seguiram-se muitas outras edições parciais e
totais, impressas em Batávia, Trangambar, Londres, Nova Iorque e Lisboa. As
traduções foram feitas com o auxílio da versão holandesa do Sínodo de Dort
(1618) e da castelhana de Cipriano de Valera (1602).
João Ferreira de Almeida teve o grande mérito
de passar toda a vida debruçado sobre a Bíblia, e só a morte o afastou dessa
notável missão. João Ferreira de Almeida zelou para manter as comunidades
evangélicas portuguesas nos lugares do Império Português das Índias, que os
holandeses iam ocupando, e defendeu que fossem divulgados livros em português para
essas comunidades.
A distribuição de Bíblias no Brasil é um
exemplo a ser seguido por outras nações.
Com sete Bíblias impressas por minuto,
Sociedade Bíblica do Brasil chega aos 75 anos e recebe homenagens.
Sete Bíblias por minuto, média de sete
milhões por ano e perto de chegar a 200 milhões de edições impressas. Das 157
sociedades bíblicas no mundo, a brasileira é a recordista de impressão. Além
dos números expressivos, é pelo papel social de propagar o evangelho há 75 anos
que igrejas ministérios e políticos de todo o Brasil homenagearam a Sociedade
Bíblica do Brasil (SBB) pelo trabalho incessante de reproduzir e distribuir
bíblias das mais diversas maneiras para a população brasileira.
Fundada em 10 de junho de 1948, a Sociedade
Bíblica do Brasil é uma entidade beneficente de assistência social, de
finalidade filantrópica e cultural e chega ao seu Jubileu de Diamante, 75 anos
imprimindo e distribuindo Bíblias no Brasil.
Não é só fazer a publicação e a distribuição
da Bíblia, mas a missão principal é levar a palavra de Deus e fazer diversas
ações sociais no país e no mundo todo. Estas homenagens é devido a este difícil,
porém gratificante, trabalho que tem sido precursor no Brasil. Esperamos que
por muitos anos eles continuem nas ações de ajuda humanitária semeando essa boa
semente que é a palavra de Deus e que tem trazido muitos frutos para o Reino de
Deus.
“Nós Cristãos temos uma obrigação impar que é
a de alimentar o mundo com a Palavra de Deus”. Pr.waldirpsouza.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.