segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

O ANTIGO IMPÉRIO BABILÔNICO NÃO ACABOU

O ANTIGO IMPÉRIO BABILÔNICO NÃO ACABOU

 

O antigo Império Babilônico ainda não acabou.

A importância, para o estudante da Bíblia, do que foi o império da Babilônia, vê-se no fato de haver nas Escrituras Sagradas cerca de trezentas referências ao país e ao seu povo. No Antigo Testamento a palavra hebraica Babel pode significar tanto o império como a cidade, embora algumas vezes se empregue o nome de Sinear para definir todo o país. Com efeito, Sinear era o mais antigo nome daquele grande território, (Gn 10.10 e 11.2). Nas Escrituras dos tempos posteriores, já depois do exílio, chamava-se Caldéia àquela região, ou a terra dos caldeus (Jr 21.4 e Ez 12.13). os babilônios não tinham nome para o seu país no seu todo, mas falavam de Acade ou de Sumer, quando queriam referir-se à parte norte ou à parte sul. Tinham recebido estes nomes dos habitantes anteriores. Descrição física. Babilônia é uma planície de 650 km. de comprimento mais ou menos, por 160 km. de largura. É limitada ao sul pelo golfo Pérsico, e a oeste pelo deserto da Arábia. Ao oriente estava o rio Tigre, e ao norte a Assíria; mas este limite setentrional foi várias vezes modificado segundo a maior ou menor grandeza da nação dos assírios. Devido a um sábio sistema de irrigação por meio de uma rede de canais, os campos da Babilônia eram notavelmente férteis. E a fertilidade era de tal ordem que o próprio trigo crescia sem auxilio do lavrador, fazendo-se cada ano, nas terras cultivadas, duas e três vezes a ceifa. E havia então pastagens em abundância. Às grandes colheitas de cereais e de tâmaras deve-se acrescentar o grande número de cavalos, camelos, bois, carneiros e cabras, que os babilônios possuíam. Havia uma grande quantidade de aves de muitas espécies, e os rios estavam cheios de peixe. Vê-se hoje, nas tristes condições daquela terra outrora muito fértil, como se cumpriram as profecias das Escrituras. Hoje é um deserto, com pântanos, povoado de hienas, linces, panteras e javalis. os seus grandes templos e cidades, outrora moradas de poderosos conquistadores, são atualmente montões de entulho. Como foi espantosa a queda da Babilônia, ‘a jóia dos reinos’ (Is 13.19)! Hoje não há ali habitantes, exceto algumas tribos errantes de beduínos (Is:14.Z2). Babilônia era ‘o deserto’, de que fala o profeta Isaías (Is 21.1); e as palavras de Jeremias, ‘habitas sobre muitas águas’ (Jr 51.13), eram uma alusão ao transbordamento do Eufrates, bem como aos numerosos canais abertos a fim de desviar para outros lugares as águas das cheias e também para transportar mercadorias. Eram estes os rios da Babilônia, junto dos quais se sentavam e choravam os filhos de Israel (Sl 137.1). Era a capital babilônia uma ‘terra de negociantes; cidade de mercadores’ (Ez 17.4), o reino era um dos quatro ‘tronos’, descritos por Daniel, e acha-se realçado pelo símbolo de um leão com asas de águia. Além da cidade de Babilônia, outras havia de consideração. E destas, uma das mais importantes era Eridu (a moderna Abu-Sahrein). Este porto estava no golfo Pérsico, que naqueles tempos se estendia mais para o norte do que hoje, à distância de 210 km. isto se deve à quantidade de terra e de destroços levados pelas águas do Eufrates. Um pouco ao ocidente desta povoação Abu-Sahrein, há uma barreira marcando o lugar de Ur, o qual invariavelmente se designa na Bíblia pelo nome de ‘Ur dos Caldeus’ (Gn 11.28). Em tempos primitivos, não posteriores ao reinado de Gudea, que nas suas conquistas rumo ao ocidente foi até à Palestina, os reis de Ur tinham supremo domínio sobre Babilônia. Um dos reis de Ur, de nome Ur-gur, era muito zeloso em matéria de religião, e por isso mandou edificar templos na maior parte das cidades da Babilônia. Seu filho, Dungi (cerca de 2600 a.C.), conhecido pelo nome de ‘rei dos quatro quartos’, foi, também, entusiasta construtor de templos, como se vê pelas inscrições das lâminas que estão no Museu Britânico. Foi Dungi que erigiu um templo ao deus Nergal em Cuta, a moderna Tell-ibrahim, (2 Rs 17.24),  povoação próxima da Babilônia, e foi habitada por uma tribo guerreira, proveniente da Pérsia, que por fim foi subjugada por Alexandre Magno. Por certo tempo perdeu Ur a sua importância enquanto os reis de Isin sustentaram o seu domínio sobre Babilônia; mas dentro de pouco tempo achamo-la conservando a sua antiga supremacia sobre toda a Babilônia. Todavia, a mais importante cidade do império babilônico estava ao norte. Conservando o seu caráter de independência durante a segunda dinastia de Ur, a cidade da Babilônia atingiu, pouco a pouco, uma importância que durou pelo espaço de quase dois mil anos. Depois que Ur foi decaindo, assumiu Babel, gradualmente, uma dominante posição na ‘Terra dos Caldeus’, sendo Hamurabi ou Anrafel (Gn 14) por aquele tempo (cerca de 2000 a.C. ) o mais conhecido dos seus reis. Já no ano 1700 a.C. era aquela cidade a sede do governo. os babilônios eram de pequena estatura, de corpo grosso, com nariz judaico, lábios largos e olhos oblíquos. o seu cabelo era preto, espesso e encrespado. Num país que tinha grande comércio com as terras vizinhas, era natural manifestar grandeza tanto no vestir como na habitação (Ez 23.15). Facilmente podiam ali obter-se especiarias, marfim, ouro, pedras preciosas, metais, lã e tintas. A pesca de pérolas no golfo Pérsico era, já nesse tempo, cuidadosamente cultivada. Mas o luxo trouxe consigo soberba e ociosidade (Is 13.11; Jr 50.29). Uma baixa moralidade minava os fundamentos da fortaleza da nação, e ia preparando o caminho para a ruína final. As tabuinhas do contrato mostram-nos que o cidadão babilônio tinha dois nomes: um oficial, e outro particular. Quando morria, o seu corpo geralmente era queimado, e já se pensou que seria num destes fornos crematórios que foram lançados os três jovens, forno que teria sido sete vezes mais aquecido do que de costume. Quando morria um babilônio, dizia-se que a sua alma ia para a ‘região dos céus de prata’, e ali habitava com os heróis dos tempos passados. Isaías sabia isto, e deste conhecimento fez uso quando profetizou contra a Babilônia (Is 14.4 a 10). o vestuário do babilônio constava de uma camisa de linho, que descia até ao joelho, com uma capa curta sobre ela.

O que foi a Babilônia segundo a Bíblia.

A Babilônia era a capital do império babilônico, que conquistou o reino de Judá. Muitos judeus foram exilados para a Babilônia. Em algumas partes da Bíblia, a Babilônia também simboliza a corrupção espiritual.

A Babilônia era uma cidade muito antiga e próspera, situada no atual Iraque. Era um poderoso centro comercial e cultural e se tornou na capital de um império. O imperador babilônico Nabucodonosor invadiu o reino de Judá, que ficou debaixo de seu poder. Quando Judá se rebelou, Nabucodonosor atacou o país novamente, destruiu Jerusalém de deportou o povo para a Babilônia, (2 Reis 25:8-11).

Na Babilônia a comunidade judaica exilada prosperou. O profeta Daniel se tornou um ministro muito importante do rei da Babilônia (Daniel 2:48-49). Alguns judeus voltaram para Israel muitos anos mais tarde, mas muitos permaneceram na Babilônia. Mesmo depois da queda do império, a Babilônia continuou a ter influência e prestígio. A cidade acabou sendo abandonada e seu território se tornou um deserto.

Significado e simbologia da Babilônia na Bíblia.

Deus usou o império babilônico para castigar seu povo por sua desobediência e idolatria. Na Babilônia eles se voltaram novamente para Deus, de coração sincero. Mas, por causa da crueldade dos babilônios, Deus prometeu castigar a Babilônia, (Isaías 13:19-20).

Mais tarde, a Babilônia se tornou um símbolo de degradação moral, idolatria e materialismo. A Bíblia usa a figura da Babilônia para explicar que Deus vai castigar a sociedade que se comporta assim e O rejeita. Quando um povo se torna arrogante e ganancioso, cairá na desgraça.

Quem foi Nabucodonosor, o rei mais poderoso de toda a história da Babilônia.

Nabucodonosor foi o rei mais poderoso do império babilônico. Ele conquistou o reino de Judá e destruiu Jerusalém. O profeta Daniel serviu na corte do rei Nabucodonosor.

Nabucodonosor reinou sobre a Babilônia durante mais de 40 anos e conquistou várias nações. Também realizou muitas obras de construção na cidade de Babilônia. Muitos artefatos arqueológicos e documentos históricos contam sobre seus feitos e confirmam os relatos da Bíblia.

Nabucodonosor, contemporâneo dos profetas Jeremias e Daniel  dentre outros, tem sua história na Bíblia.

A Bíblia conta como Nabucodonosor conquistou o reino de Judá. Na sua primeira campanha contra o Egito, Nabucodonosor invadiu Judá e obrigou o rei Jeoaquim a se tornar seu vassalo (2 Reis 24:1). Ele levou alguns jovens da nobreza de Judá, incluindo Daniel, Ananias, Misael e Azarias, seus amigos, para a Babilônia.

Três anos depois, Jeoaquim se rebelou contra Nabucodonosor. Entretanto, Jeoaquim morreu e seu filho Joaquim subiu ao trono. Nabucodonosor sitiou Jerusalém e Joaquim se rendeu. Nabucodonosor levou Joaquim e todas as pessoas importantes de Jerusalém para a Babilônia (2 Reis 24:15). Foi nessa ocasião que o profeta Ezequiel também foi levado para a Babilônia. Também levou muitos tesouros, deixando apenas as pessoas mais pobres.

Nabucodonosor colocou Zedequias, tio de Joaquim, no trono de Judá. Nove anos depois, Zedequias se rebelou e Nabucodonosor sitiou Jerusalém novamente. O cerco durou quase dois anos. Por fim, em 586 AC, Nabucodonosor invadiu a cidade, capturou Zedequias e após matar os seus filhos, vazou os seus olhos, e o levou como prisioneiro para a Babilônia, com quase o resto do povo de Judá, (Jeremias 52:10-11).

Nabucodonosor destruiu o templo de Deus e a cidade de Jerusalém, (2 Reis 25:8-10). Também mandou matar muitos oficiais israelitas, incluindo alguns sacerdotes.

Nabucodonosor e Daniel.

Daniel e seus amigos se tornaram importantes na corte de Nabucodonosor, porque Deus lhes deu muita sabedoria e inteligência. (Daniel 1:18-20).

No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve um sonho que o inquietou. Nenhum dos magos do reino conseguiram dar uma interpretação. Então Deus revelou o sonho e sua interpretação a Daniel. Ele explicou a Nabucodonosor que o sonho era sobre o futuro do império babilônico. 

Nabucodonosor ficou impressionado com o poder de Deus e elevou Daniel a governante da província da Babilônia. (Daniel 2:47-49).

Algum tempo depois, Nabucodonosor criou uma imagem de ouro e ordenou que todos os oficiais do império se prostrassem diante dela. Os amigos de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, como servos do Senhor, se recusaram a adorar a imagem.

Nabucodonosor ficou furioso com eles e mandou lançá-los numa fornalha muito quente. Olhando para a fornalha, Nabucodonosor observou os três homens de pé com uma quarta pessoa, que parecia um “filho dos deuses” (Daniel 3:24-25). Os três saíram ilesos da fornalha e Nabucodonosor ficou maravilhado.

Mais tarde, Nabucodonosor se tornou muito arrogante, devido os seus feitos.

Nabucodonosor teve outro sonho. Daniel interpretou novamente o sonho e lhe anunciou que ele ficaria louco, durante “sete tempos”, caso não se arrependesse de seus pecados, (Daniel 4:27). Nabucodonosor ignorou Daniel e, um ano depois, ficou louco. A expressão "sete tempos" é de difícil interpretação. A maioria dos comentaristas bíblicos acreditam que esses "sete tempos" teriam sido sete anos. Nesse período, Nabucodonosor se comportou como um animal até que reconheceu a soberania de Deus.

Nabucodonosor se arrependeu da sua arrogância e deu glória a Deus, sendo restituído a sua posição, (Daniel 4:36-37).

A origem. A cidade de Babel deu origem a Babilônia, capital da Caldéia, país situado na Mesopotâmia. Era fertilizada pelos rios Tigre e Eufrates, sendo uma das mais famosas metrópoles da antiguidade.

Originou-se quando os homens, conscientemente, se afastaram do Todo-Poderoso e foram tomados pelo orgulho e exaltação, tentando igualar-se a Deus. O período deste fato, foi logo após o dilúvio, quando houve a edificação de uma imensa torre, que sofreu com a interdição divina, resultando a confusão dos idiomas do povo que a construiu, (Gêneses 11). A edificação dessa cidade por Ninrode terminou com a apostasia da torre de Babel, que passou a significar "grande confusão".  Localizada cerca de 60 milhas(100 km a sul de Bagdá, no Iraque moderno) Babilônia serviria por quase 2 mil anos como centro da civilização mesopotâmica.

Os primeiros povos mesopotâmicos chegaram há mais de 5 mil anos atrás nas montanhas da Ásia central, a procura de territórios férteis próximos aos rios, para fixarem moradia. Por volta do século XIX a.C., os amoritas derrotaram os sumérios e acádios que dominavam a mesopotâmia. Oriundos do sul do deserto árabe, construíram cidades-estados de Babilônia, formando o primeiro Império Babilônico.
Numa época em que a cidade de Ur dos caldeus(4 mil anos a.C.) era o centro de um império, a Babilônia parece ter sido um centro de administração provincial. Em 1894 a.C., depois do império de Ur desmoronar, a cidade foi conquistada por um homem chamado Samu-Abum. Ele era um dos amorreus, povo de língua semítica, oriundo da área ao redor da Síria moderna. Começou a transformar a Babilônia num pequeno reino feito de uma cidade e uma pequena quantidade de território nas proximidades. Babilônia permaneceria dessa maneira até que, mais tarde, um homem chamado Hamurabi(1792-1750 a.C.), subisse ao trono, transformando este pequeno reino num grande império. Este rei criou um sistema rigoroso de leis, sendo que nos últimos tempos, o idioma babilônico seria usado em todo o Oriente Médio, como uma forma de comunicação através das fronteiras.
Hamurabi teve que ser paciente antes que pudesse expandir seus domínios. Localizado entre dois(2) reinos maiores, denominados Larsa e Ashur, foi cauteloso e usou o tempo com sabedoria. Com a morte do governante de Ashur e uma série de guerras contra Rim-Sin, governante de Larsa, que estava no poder por quase 60 anos, foi capaz de conquistar estes reinos. Outras batalhas contra a Assíria e o reino de Mari, alargaram ainda mais o seu império.

A cidade e o reino de Mari, em torno de 1780 e 1750 a.C., ao norte da Mesopotâmia, tornou-se a região do vinho. Seu rei, o maior proprietário do país, tinha reservas consideráveis em seus armazéns, tão vigiados e trancados, quanto os seus tesouros. Essas reservas eram alimentadas em parte por meio de presentes, mais ou menos obrigatórios, provenientes de outros soberanos, amigos ou aliados, ou de simples particulares, desejosos de atrair para si os favores reais, mas principalmente, por meio de compras feitas de comerciantes importadores especializados, semelhantes aos da baixa mesopotâmia. Este rei distribuía o vinho, bebida distrital aos seus aliados, como por exemplo, a Hamurabi, que futuramente iria conquistar o reino de Mari com seus tesouros e bebidas fermentadas. Com a morte do rei Hamurabi, seguiu-se uma grande instabilidade política em Babilônia, facilitando a invasão e domínio dos Cassistas.

Em 1595 a.C., o hitita governante Mursili I capturou a Babilônia, pondo um fim no Império Babilônico.

Por volta de 1200 a.C., todo o mediterrâneo oriental, junto com a Babilônia, sofreram com a invasão de imigrantes chamados "Os povos do mar". A guerra contra a Assíria, resultou com o rei babilônico levado para a prisão em Asur e o roubo da estátua do deus babilônico Marduk (ou Merodak). Um novo governante babilônico denominado Nabucodonosor I(1126-1105 a.C.), veio para o resgate, derrotando Elam e trazendo a estátua de volta. Babilônia lutou ao longo dos séculos seguintes e os assírios invadiram-na novamente. Esta cidade foi colocada sob o domínio assírio entre 729-627 a.C.(102 anos) e durante uma rebelião em 689 a.C., parece ter sido inundada e as estátuas de seus deuses destruídas pelos assírios.

O rei Nabopolassar, aliado com o povo iraniano denominado Medianos, travaram uma batalha com a Assíria, libertando Babilônia do jugo dos seus antigos tiranos, conquistando a capital assíria de Nínive, em 612 a.C. A partir dos esforços de Nabopolassar, uma nova idade de ouro viria para Babilônia. Ele unificou os territórios e deu início ao Segundo Império Babilônico ou Império Neobabilônico. Sete (7) anos depois,  com a sua morte, seu filho Nabucodonosor II assume o trono, fazendo o possível para expandir o seu território pela Mesopotâmia. Investiu pesado no seu exército, lutando por mais de trinta(30) anos para dominar vários países, como Fenícia, parte da Arábia, Assíria, Palestina, Síria e Elam, tornando-se a maior liderança do Oriente Médio da antiguidade.

Os profetas Isaías (765 a.C.-681 a.C.) juntamente com o profeta Miquéias (750 a.C.-680 a.C.), inspirados divinamente, apontavam Babilônia como o lugar do exílio dos judeus. Esse trágico acontecimento foi inicialmente anunciado por Isaías ao rei Ezequias, rei de Judá, por volta do ano 700 a.C. Naquele tempo, o rei Ezequias estivera muito doente. A sua doença era mortal. Insatisfeito, ele orou e pediu a Deus para ser curado, já que ele fazia a Vontade do Deus Único.(2 Reis 18:5). Em resposta, o Altíssimo concedeu-lhe mais quinze anos de vida. Como sinal do cumprimento dessa promessa, Deus fez a sombra do relógio do sol recuar dez graus(2 Reis 20:8-11). Ao ouvir falar da doença de Ezequias, o rei de Babilônia, Berodaque Baladã, enviou mensageiros à presença do rei de Judá. Naquela época, Babilônia não era a grande potência e sim a Assíria. Esta visita visava buscar apoio político para futuras conquistas. Como a vaidade e o orgulho tomaram conta do coração do rei Ezequias, ao invés de mostrar as grandezas de Deus, ele exibiu todas as riquezas do seu reino aos visitantes babilônios. Isto desagradou a Deus: "Então disse Isaías a Ezequias: Ouve a palavra do Senhor. Eis que vêm dias em que será levado para Babilônia tudo quanto houver em tua casa, bem como o que entesouraram os teus pais até o dia de hoje; não ficará coisa alguma, diz o Senhor. E até mesmo alguns de teus filhos, que procederem de ti, e que tu gerares, levarão; e eles serão eunucos no paço do rei de Babilônia". (2 Reis 20:16-18) e Isaías 39:5-7.

"Sofre dores de trabalho, ó filha de Sião, como a que está de parto, porque agora sairás da cidade e morarás no campo e virás até Babilônia: ali, porém, serás livrada; ali te remirá o Senhor da mão dos teus inimigos". (Miquéias 4:10).

Esta profecia demorou quase cem (100) anos para ser cumprida. Nem o rei Ezequias e nem os profetas Isaías e Miquéias presenciaram o seu cumprimento.

Outro fato que endossou esta sentença divina foram os pecados do rei Manassés(687-642 a.C.), que governou o reino de Judá durante 55 anos: "Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar, e fez o que parecia mal aos olhos do Senhor, conforme as abominações dos gentios que o Senhor desterrara de suas possessões de diante dos filhos de Israel, e desampararei o resto da minha herança, entregá-los-ei na mão dos seus inimigos; e far-se-ão roubo e despojo para todos os seus inimigos”. (2 Reis 21: 1,2 e 14).

"Entregá-los-ei ao desterro em todos os reinos da terra, por causa de Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, por tudo quanto fez em Jerusalém”. (Jeremias 15:4).

"E na verdade, conforme o mandado do Senhor, assim sucedeu a Jerusalém, que tirou de diante da sua face, por causa dos pecados de Manassés, conforme tudo quanto fizera. Como também por causa do sangue inocente que derramou, enchendo a Jerusalém de sangue inocente; e por isso o Senhor não quis perdoar". (2 Reis 24: 3 e 4).

"Também o rei (Josias) derribou os altares que estavam sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais fizeram os reis de Judá; como também o rei derribou os altares que fizera Manassés nos dois átrios da casa do Senhor; e esmigalhados os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom". (2 Reis 23:12).

Diz a tradição judaica que o rei Manassés ordenou a morte do profeta Isaías, aos 92 anos, no ano 680 a.C., serrando-o ao meio. Após o seu aprisionamento pelos assírios, o rei Manassés se arrependeu amargamente do seu proceder, mudando de atitude, todavia não mudou a sentença divina do futuro cativeiro judaico. (2 Crônicas 33:12-13).

Com a fatalidade ocorrida com o  piedoso monarca de Judá, o rei Josias, em 609 a.C., sucessor do rei Amom, na tentativa de impedir a marcha do Faraó Neco II, que governou de 610 à 594 a.C., contra a  Assíria, Josias foi morto na batalha em Magedo. Depois deste feito, Neco II não se preocupou mais com o seu reino, correndo para o rio Eufrates, considerando a Palestina e a Síria, como parte de suas conquistas, indo para Rebla, onde receberia as homenagens dos seus súditos: "Depois de tudo isto, havendo Josias já preparado a casa, subiu Neco, rei do Egito, para guerrear contra carquemis (Síria), junto ao Eufrates: e Josias lhe saiu ao encontro. Então ele lhe mandou mensageiros, dizendo: que tenho eu que fazer contigo, rei de Judá? quanto a ti, contra ti, não venho hoje, senão contra a casa que me faz guerra; e disse Deus que me apressasse: guarda-te de te pores a Deus, que é comigo, para que não te destrua. Porém Josias não virou dele o seu rosto, antes se disfarçou, para pelejar com ele; e não deu ouvidos  às palavras de Neco, que saíram da boca de Deus; antes veio pelejar no vale de Megido. E os flecheiros atiraram ao rei Josias: então o rei disse aos seus servos: tirai-me daqui, porque estou gravemente ferido, e ali morreu”. (2 Crônicas 35:20-24).

Parece que o Faraó Neco II deixou o seu exército acampado em Carquemis (Síria) enquanto regressava ao Egito. No ano 605 a.C., juntou-se novamente ao exército com a finalidade de atacar o império assírio em decadência. Infelizmente seus planos não deram resultado, pois confrontou-se com Nabucodonosor, novo conquistador babilônico, dominador da Assíria, derrotando as tropas Egipícias, aniquilando todas as suas possessões asiáticas: "E o rei do Egito nunca mais saiu da sua terra; porque o rei de Babilônia tomou tudo quanto era do rei do Egito, desde o rio do Egito até ao rio Eufrates”. (2 Reis 24:7).

"Acerca do Egito, contra o exército de Faraó Neco, rei do Egito, que estava junto ao rio Eufrates em Carquemis, ao qual Nabucodonosor , rei de Babilônia, feriu, no ano quarto de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá”. (Jeremias 46:2).

Por ocasião da morte do rei Josias, o povo proclamou Joacaz, terceiro filho deste monarca, como novo rei de Judá. Três(3) meses após, Faraó Neco meteu-o a ferros e levou-o para o Egito, elevando ao trono de Jerusalém o seu irmão mais velho, Eliaquim, que lhe mudou o nome para Joaquim(pai), começando a reinar pelo ano 608 a.C.(com 25 anos de idade) até o ano 597 a.C., totalizando 11 anos de reinado. Foi obrigado a cobrar impostos pesados sobre o povo para dá-los a Faraó. Afastou-se do Eterno Deus a quem seu pai havia servido, tornando-se um idólatra.

Foi Nabucodonosor quem deu cumprimento às predições dos profetas, no  4º ano do reinado do rei de Judá Joaquim(pai), tornando-o tributário. Foi a primeira etapa de deportação do povo judeu: no ano 605 a.C., Nabucodonosor invadiu Jerusalém, tomou os vasos do Templo de Salomão, levando-os para Babilônia, conduzindo também membros da família real como cativos, entre eles, os jovens, Daniel, Hananias, Misael e Azarias: "Nos seus dias subiu Nabucodonosor, rei de Babilônia, e Joaquim ficou três anos seu servo; depois se virou e se revoltou contra ele". (2 Reis 24:1).

"Acerca do Egito, contra o exército de Faraó Neco, rei do Egito, que estava junto ao rio Eufrates em Carquemis, ao qual Nabucodonosor , rei de Babilônia, feriu, no ano quarto de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá”. (Jeremias 46:2). Por ocasião da morte do rei Josias, o povo proclamou Joacaz, terceiro filho deste monarca, como novo rei de Judá. Três(3) meses após, Faraó Neco meteu-o a ferros e levou-o para o Egito, elevando ao trono de Jerusalém o seu irmão mais velho, Eliaquim, que lhe mudou o nome para Joaquim(pai), começando a reinar pelo ano 608 a.C. (com 25 anos de idade) até o ano 597 a.C., totalizando 11 anos de reinado. Foi obrigado a cobrar impostos pesados sobre o povo para dá-los a Faraó. Afastou-se do Eterno Deus a quem seu pai havia servido, tornando-se um idólatra.

Foi Nabucodonosor quem deu cumprimento às predições dos profetas, no  4º ano do reinado do rei de Judá Joaquim (pai), tornando-o tributário. Foi a primeira etapa de deportação do povo judeu: no ano 605 a.C., Nabucodonosor invadiu Jerusalém, tomou os vasos do Templo de Salomão, levando-os para Babilônia, conduzindo também membros da família real como cativos, entre eles, os jovens, Daniel, Hananias, Misael e Azarias: " Nos seus dias subiu Nabucodonosor, rei de Babilônia, e Joaquim ficou três anos seu servo; depois se virou e se revoltou contra ele". (2 Reis 24:1).

“No ano terceiro do reinado de Joaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. E o Senhor entregou nas suas mãos a Joaquim, rei de Judá e uma parte dos vasos da casa de Deus e ele os levou para a terra de Sinear, para a casa do seu deus e pôs os vasos na casa do tesouro do seu deus...... e entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias."(Daniel 1:1,2 e 6).

Motivado pelo governo egípcio, o rei de Judá Joaquim (pai) se revoltou contra o domínio babilônico, em 601 a.C. Outras perturbações caíram sobre o reino de Judá: "E Deus enviou contra ele as tropas dos caldeus, as tropas dos Siros, as tropas dos moabitas, as tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para o destruir, conforme a palavra do Senhor, que falara pelo ministério de seus servos, os profetas”. (2 Reis 24:2). O próprio rei de Babilônia entrou em Jerusalém, prendeu o rei Joaquim, para conduzi-lo a Babilônia preso a ferros , fato ocorrido em 597 a.C.: " Era Joaquim de vinte e cinco anos de idade, quando começou a reinar: e onze anos reinou em Jerusalém: e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus. Subiu pois contra ele Nabucodonosor, rei de Babilônia, e o amarrou com cadeias, para o levar a Babilônia” (2 Crônicas 36:5-6). Joaquim-pai foi metido numa gaiola(Ezequiel 19:5-9), levado à presença de Nabucodonosor que se achava no campo de Jerusalém. O propósito de enviá-lo para Babilônia foi abandonado. Ele morreu ou foi assassinado e o seu corpo teve a sepultura do jumento e lançado fora das portas de Jerusalém. (Antiguidades judaicas 10.6,3).

"Portanto assim diz o Senhor acerca de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá: não lamentarão por ele, dizendo: ai, irmão meu ou: ai, minha irmã! nem lamentarão por ele, dizendo: ai, Senhor ou: ai majestade! em sepultura de jumento o sepultarão, arrastando-o e lançando-o para bem longe, fora das portas de Jerusalém”. (Jeremias 22:18-19).

Joaquim foi sucedido no trono por seu filho Jeconias (Joaquim-filho ou Jeoiaquim), de dezoito(18) anos de idade, governando apenas três(3) meses, quando neste ano 597 a.C., Nabucodonosor cercou a cidade de Jerusalém, levando a rendição do rei Joaquim-filho. Esta foi a segunda deportação ao cativeiro em Babilônia. O profeta Ezequiel foi levado neste cativeiro: "Então saiu o rei Joaquim, rei de Judá, ao rei de Babilônia, ele, sua mãe, seus servos, seus príncipes, seus eunucos; e o rei de Babilônia o levou preso, no ano oitavo do seu reinado. E tirou dali todos os tesouros da casa do Senhor e os tesouros da casa do rei....e transportou a toda a Jerusalém, como também a todos os príncipes, todos os homens valorosos, dez mil presos, e todos os carpinteiros e ferreiros: ninguém ficou senão o povo pobre da terra. Assim transportou Joaquim a Babilônia...". (2 Reis 24:12-16).

O profeta Jeremias predissera a Joaquim-pai que seus descendentes não se assentariam no trono de Davi, pelo fato de ter queimado o rolo da palavra de Deus em que continha as profecias do jugo de Babilônia sobre os judeus: " Então veio a Jeremias a palavra do Senhor, depois que o rei queimara o rolo, com as palavras que Baruque escrevera da boca de Jeremias, dizendo: toma ainda outro rolo e escreve nele todas as palavras no primeiro volume, que queimou Joaquim, rei de Judá. E a Joaquim, rei de Judá, dirás: Assim diz o Senhor: tu queimastes rolo dizendo: por que escreveste nele anunciando: certamente virá o rei de Babilônia e destruirá esta terra e fará cessar nela homens e animais? Portanto assim diz o Senhor acerca de Joaquim, rei de Judá: não terá quem se assente sobre o trono de Davi e será lançado o seu cadáver ao calor do dia e a geada de noite." (Jeremias 36:27-30).

Com a transferência como prisioneiro do Joaquim-filho, filho de Eliaquim ou Joaquim-pai, Nabucodonosor colocou em seu lugar, a Matanias, tio de Joaquim-filho, para ocupar o trono de Judá, mudando o seu nome para Zedequias, que foi ajuramentado a prestar-lhe obediência: "E o rei de Babilônia estabeleceu a Matanias, seu tio, rei em seu lugar; e lhe mudou o nome em Zedequias."(2 Reis 24:17). Jeremias recomendou, em nome de Deus, que Judá aceitasse a submissão destes novos senhores. Todavia, não foi ouvido, sendo lançado numa masmorra: "No princípio do reinado de Joaquim, filho de Josias, rei de Judá, veio esta palavra a Jeremias da parte do Senhor, dizendo:.. Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder e com o meu braço estendido e a dou aquele que me agrada em meus olhos. E agora eu entreguei todas estas terras na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo: e até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam.... E falei com Zedequias, rei de Judá, conforme todas estas palavras, dizendo: metei os vossos pescoços no jugo do rei de Babilônia e servi-o, a ele e ao seu povo e vivereis. Por que morrerias tu e o teu povo, à espada, a fome e de peste, como o Senhor disse da gente que não servir ao rei de Babilônia?" (Jeremias 27: 1,5,6,12 e 13).

..."As palavras que anunciava Jeremias a todo o povo, dizendo: Assim diz o Senhor: o que ficar nesta cidade morrerá a espada, à fome e de pestilência: mas o que for para os caldeus viverá; porque a sua alma lhe será por despojo e viverá. Assim diz o Senhor: esta cidade infalivelmente será entregue na mão do exército do rei de Babilônia e ele a tomará. E disseram os príncipes ao rei: morra este homem, visto que ele assim enfraquece as mãos dos homens de guerra que restam nesta cidade.... E disse o rei Zedequias: eis que ele está na vossa mão.... então tomaram a Jeremias e o lançaram no calabouço de Malquias, filho do rei, que estava no átrio da guarda; e desceram a Jeremias com cordas; mas no calabouço não havia água, senão lama; e atolou-se Jeremias na lama". (Jeremias 38: 1-6).

"Então disse Jeremias a Zedequias: Assim diz o Senhor, Deus dos Exércitos, Deus de Israel: se voluntariamente, saíres, aos príncipes do rei de Babilônia, então viverá a tua alma e esta cidade não se queimará a fogo e viverá tu e a tua casa. Mas, se não saíres aos príncipes do rei de Babilônia, então será entregue esta cidade na mão dos caldeus e eles a queimarão a fogo e tu não escaparás da mão deles”. (Jeremias 38:17-18).

O profeta Jeremias predisse que o tempo do cativeiro seria de setenta(70) anos: "Portanto assim diz o Senhor dos Exércitos: visto que não escutastes as minhas palavras: Eis que enviarei e tomarei a todas as gerações do norte, diz o Senhor, como também a Nabucodonosor, rei de Babilônia , meu servo e os trarei sobre esta terra e sobre os moradores.... e acontecerá, porém, que, quando se cumprirdes os setenta anos, visitarei o rei de Babilônia e esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniquidade e a terra dos caldeus; farei deles uns desertos perpétuos". (Jeremias 25:8-12).

"Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumprissem”. (2 Crônicas 36: 21).

"Porque assim diz o Senhor: certamente que passados os setenta anos em Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a trazer a este lugar”. (Jeremias 29:10).

O ministério profético de Ezequiel ocorreu durante o período mais tenebroso da história de Israel: os sete(7) anos que antecederam a destruição de Jerusalém e o Templo de Salomão, em 586 a.C.(593-586 a.C.) e os quinze(15) anos seguintes(586-571 a.C.). Fundou uma escola de profetas, onde ensinava a Lei de Deus à beira do rio Quebar, que cortava a cidade de Babilônia: "E aconteceu no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto do mês, que estando eu no meio dos cativos junto ao rio Quebar, se abriram os céus e eu vi visões de Deus. No quinto dia do mês (no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim)". (Ezequiel 1:1-2).

Partilhou dos sofrimentos do cativeiro com o rei Joaquim(filho), onze(11) anos após o exílio de Daniel(2 Reis 24:11-16). Começou seu ministério profético no 5º ano da prisão de Joaquim, em 593 a.C., sete (7) anos antes da destruição de Jerusalém, (586 a.C.).

Ezequiel dirige suas palavras aos seus compatriotas cativos e também ao povo hebreu que ainda residia na Palestina. Ambos os grupos permaneceram revoltados e irredutíveis, com a captura de Jerusalém e a prisão do rei Joaquim, por parte de Nabucodonosor, juntamente com inúmeros judeus, em 597 a.C. Deus utiliza Ezequiel com a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e a predizer a destruição de Jerusalém e a deportação de um número ainda maior. Seis(6) anos após a pregação do profeta Ezequiel, suas profecias se cumpriram: "E disse o Senhor: assim comerão os filhos de Israel o seu pão imundo, entre as nações, para onde serão lançados.... então me disse: filho do homem, eis que eu torno instável o sustento de pão em Jerusalém e comerão o pão por peso e com desgosto; e água beberão por medida e com espanto. Para que o pão e a água lhe faltem...". (Ezequiel 4:13 e 16).

"Uma terça parte de ti (Judá) morrerá de peste e se consumirá à fome no meio de ti; outra parte cairá a espada em redor de ti; e a outra terça parte espalharei a todos os ventos e a espada desembainharei atrás deles.... quando eu enviar as terríveis flechas da fome contra eles para sua destruição, as quais eu mandarei para vos destruir, então aumentarei a fome sobre vós e tornarei instável o sustento do pão”. (Ezequiel 5: 12 e 16).

Esta profecia do profeta Ezequiel se assemelhou com a de Jeremias em Judá, quando este servo de Deus aconselhou a rendição do rei às tropas babilônicas, abrindo as portas de Jerusalém, caso contrário milhares seriam mortos e outros aprisionados: "Então Jeremias lhes disse: Assim direis a Zedequias. Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: .... e eu pelejarei contra vós com mão estendida e com braço forte e com ira, com indignação e com grande furor. E farei os habitantes desta cidade, assim os homens como os animais: de grande pestilência morrerão...... o que ficar nesta cidade há de morrer  à espada, ou fome, ou da pestilência; mas o que sair e se render aos caldeus, que vos tem cercado, viverá e terá a sua vida por despojo". (Jeremias 21: 3, 5, 6 e 9).

A babilônia moderna quer prevalecer contra a igreja e viver dominando a igreja.  

Essa Babilônia do fim dos tempos é a última tentativa de Satanás para destruir a criação humana e acabar com o eterno propósito de Deus. No entanto, Deus só vai permitir esse engano chegar até certo ponto.

Deus diz a qualquer um que queira ouvir e entender: "Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas", (Apocalipse 18:4).

Será que você vai ouvir e sair dela? Você será como um Daniel em meio a uma Babilônia moderna e determinado a obedecer a Seu Deus, independente do custo?

A Grande Babilônia, conforme descrito em Apocalipse, é uma cultura sedutora. E, hoje em dia, ela está se desenvolvendo diante de nossos olhos. Estamos vivendo em meio a esse sistema emergente. Na verdade, em muitos aspectos, ele já se encontra aqui, a Babilônia moderna, que continua servindo à perene obra de Satanás.

Nós vivemos na época mais próspera de toda a história humana. Nossa economia global produziu maravilhas tecnológicas inimagináveis. Mas não se deixe envolver a ponto de aceitar os valores morais, culturais e espirituais dessa Babilônia descrita em Apocalipse.

Hoje estamos sendo condicionados a tolerar e a aceitar estilos de vida e imoralidades que contradizem diretamente o ensinamento bíblico. Não se deixe enganar a ponto de ignorar as orientações de Deus!

Como Daniel, que resistiu às tentações da Babilônia de Nabucodonosor, devemos permanecer fiéis a Deus. Mais uma vez, Deus diz a Seu povo para sair desse sistema falso ou também vai enfrentar esse julgamento.

Será que você vai escolher sair dessa Babilônia e viver uma vida pura no mundo de hoje? O que você está fazendo com o entendimento que tem agora? Você está procurando uma igreja que segue o verdadeiro ensinamento bíblico? Não seria a hora de ter certeza se o que você crê e pratica é realmente baseado na Palavra de Deus?

Comprometa-se a adorar a Deus segundo a verdade bíblica em vez da tradição humana. Reserve um tempo para estudar a Bíblia e conhecer o Deus verdadeiro. Honre-O como Ele quer ser honrado e não através de tradições criadas por homens.

A babilônia moderna um dia cairá. A queda da Babilônia.

No versículo 16 do capítulo 17 de Apocalipse, o anjo diz a João algo muito curioso, algo intrigante. Ele começa a informar a queda da Babilônia, a destruição da meretriz. O que é curioso é o modo como isso acontece.

O anjo diz que a besta, juntamente com seus governantes, odiarão a prostituta. Eles a despiram, comerão a sua carne e a destruirão com fogo. Aqui vemos que os inimigos de Cristo e da Igreja destroem uns aos outros para cumprir os propósitos soberanos de Deus (Ap 17:17).

Alguns teólogos apresentam uma aplicação primaria para essa passagem no contexto histórico daquela época, onde os poderes predatórios e ações do Império Romano acabaram destruindo, em última instância, a própria cidade de Roma.

Mas aqui também claramente vemos uma profundidade maior nessa visão. A descrição dessa cena nos mostra que a busca pelo prazer, a sedução do mundo é autodestrutiva. No final, o homem fica desiludido com os seus próprios prazeres, pois os prazeres do mundo são passageiros.

Os homens se frustram quando percebem que tudo o que buscaram durante toda a vida os levaram à destruição. Nessa hora não adianta arrependimento, não adianta lamentação. É tarde de mais, o juízo de Deus chegou até eles.

No capítulo 18 do livro do Apocalipse temos uma descrição detalhada da queda da Babilônia. Ao todo são sete mensagens de julgamento contra a Babilônia. Primeiro há três mensagens angélicas de condenação (Ap 17:7-18; 18:1-3,4-8). Depois há três lamentos por parte dos homens que a admiravam e estavam comprometidos com essa meretriz (Ap 18:9,10,11-19). Por fim, há um aviso final e definitivo sobre a queda final e permanente da grande Babilônia. (Ap 18:21-24).

Essa descrição está particularmente ligada aos momentos finais da presente era e a tão gloriosa segunda vinda de Cristo. É nesse momento que essa mulher é destruída.

Enquanto Babilônia cai, a Nova Jerusalém se levanta em grande esplendor. Enquanto a prostituta é despida e desonrada, a noiva do Cordeiro aparece ataviada, adornada e vestida de linho fino resplandecente e puro. Enquanto a falsa Igreja está condenada, a verdadeira Igreja está justificada.

Apocalipse 18:4 diz: “Então ouvi outra voz do céu que dizia: Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam”.

Este versículo é um convite à santidade. É um aviso para que não caiamos nas armadilhas da sedução do mundo que modernizou até a religião. É um alerta de que a Babilônia está empenhada em tentar destruir a pureza dos santos. Jesus alertou a igreja em Lucas 18.7-8 dizendo: "E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?", Lucas 18.7-8,

Portanto o Senhor Jesus alertou o mundo cristão para permanecer firmes na fé porque “quando Ele vier porventura achará fé na terra“?

Nestas breves palavras somos aconselhados a não nos conformarmos com este mundo, tal como o Apóstolo Paulo nos escreveu em sua Carta aos Romanos 12:1,2, dizendo: “... não vos conformeis com este mundo...”. Aqui cabe uma reflexão pessoal para cada um de nós.

Será que estamos comprando terrenos em Babilônia? Será que estamos construindo casas em Babilônia? Será que estamos tentando nos estabelecer sob os recursos de Babilônia? Será que estamos nos portando como a noiva do Cordeiro, ou estamos seduzidos pela igreja prostituta?

Você é cidadão da grande Babilônia ou está se preparando para ser cidadão da Nova Jerusalém?

Informações preciosas de Apocalipse 17.

Nos últimos dias, será criada uma só igreja mundial, já declarada na NOM (Nova Ordem Mundial). Essa igreja mundial (a meretriz) se envolverá nos assuntos políticos e econômicos do mundo e, com a ajuda da besta, se tornará uma grande potência. A igreja mundial "cavalgará" para o poder na "garupa" da besta, isto é, com a ajuda de Satanás e dos Estados Unidos da Europa.

A besta terá o apoio dos dez reis em sua cavalgada em direção à vitória (Ap 6:1-2). Haverá união entre as nações da Europa, a besta e a igreja mundial. O cenário apresentado no capítulo 17 acontecerá na primeira metade do período da tribulação. Lembre-se que a besta ainda não revelou seu verdadeiro caráter satânico.

No meio da tribulação, a besta quererá todo poder e adoração para si mesma (cap. 13). Isso significa que ela precisa se desfazer da meretriz, porque esta representa a adoração a Deus, mesmo que de uma forma apóstata. O versículo 16 indica que as nações confederadas da Europa se virarão contra a igreja mundial e a destruirão, e, assim, se cumprirá a profecia de Apocalipse 2:20-23. A besta, com a meretriz fora do caminho, se declarará deus e exigirá que as nações a adorem.

Ao mesmo tempo que se denomina a igreja apóstata de "meretriz", retrata-se a verdadeira como "virgem pura". A meretriz está no deserto; a noiva, no céu. A meretriz foi adornada por Satanás, (17:4), e a noiva, por Cristo, (19:8). A meretriz é julgada para sempre, e a noiva reinará para sempre. A meretriz sujou-se com o sangue dos mártires, e a noiva foi redimida pelo sangue do Cordeiro.

Convém que os cristãos piedosos se separem da igreja falsa de Satanás e se identifiquem com os que são fiéis a Cristo e à Palavra de Deus. Talvez a igreja falsa pareça ser bem-sucedida por um tempo, mas a sentença dela já foi pronunciada.

No capítulo 18 de Apocalipse vem a confirmação da queda da Babilônia.

O anjo de Deus desceu do céu e declarou: “Caiu! Caiu a grande Babilônia”, (18:2). 

Seguiu-se o coro dos habitantes da terra lamentando a queda da grande meretriz. Os reis, os mercadores e os marinheiros repetem o mesmo refrão: “Ai! Ai da grande cidade”, (18:10,16,19). A cena final deste capítulo descreve a cidade, antigamente grande e ativa, tomada pelo silêncio de uma tumba. A Babilônia, por se exaltar e por se colocar em oposição a Deus, foi jogada no mar e totalmente derrotada pelo Senhor. E os santos, os fiéis que não cederam às pressões da perseguição, celebraram a vitória da justiça divina.

A queda completa da grande Babilônia e a derrota do anticristo. Apocalipse 19.20.
Ap.19:20 a besta foi capturada, e... o falso profeta. Em um instante, os exércitos do mundo ficam sem seus líderes. A besta é o Anticristo (Ap.13:1-8); o falso profeta e sua corte religiosa (Ap.13:11-17) são lançados vivos no lago de fogo e enxofre. Os corpos da besta e do falso profeta serão transformados e banidos diretamente para o lago de fogo, (Dan. 7:11). O primeiro de incontáveis milhões de pessoas não regeneradas, (Ap.20:15) e anjos caídos (Mat. 25:41), para chegar naquele lugar terrível. O fato de esses dois ainda aparecerem lá 1.000 anos depois (Ap.20:10), refuta a falsa doutrina do Aniquilacionismo (Ap.14:11;Is.66:24; Mateus 25:41; Marcos 9:48; Lucas 3:17; 2 Tessalonicenses 1:9).

O lago de fogo. O inferno final, o lugar de punição eterna para todos os rebeldes impenitentes, angelicais ou humanos (Ap. 20:10, 15). O NT fala muito sobre o castigo eterno, (Ap.14:10,11; Mateus 13:40-42; 25:41; Marcos 9:43-48; Lucas 3:17; 12:47, 48), e o lago de fogo e enxofre. Ap.9:17. Esses dois são frequentemente associados ao julgamento final, (14:10; 20:10; 21:8; Gn 19:24; Sl 11:6; Is. 30:33; Ez. 38:22; Lc 17:29), que é a chamada segunda morte de Ap.21.8.

O Apocalipse, capítulo 20 descreve a prisão de Satanás por mil anos e o reinado de Cristo com Seus santos durante esse tempo.

Após o milênio, Satanás é solto por pouco tempo e lidera uma rebelião mundial contra Cristo, mas é finalmente derrotado e lançado no lago de fogo que arde com fogo e enxofre. O capítulo também descreve o grande julgamento, no qual os mortos são ressuscitados e julgados de acordo com suas obras, sendo aqueles cujos nomes não constam do livro da vida sendo lançados também no lago de fogo. O capítulo termina com uma descrição do novo céu e da nova terra, e a promessa de vida eterna para aqueles que forem fiéis a Cristo.

O Apocalipse 21 nos traz esperança de que teremos um novo céu e uma nova terra.

Não perca de vista as bênçãos concedidas por Deus através de Cristo por causa da presente aflição, pois ela não pode ser comparada com as riquezas da glória, ( Rm 8:18 ), antes considera a Cristo que desprezou a afronta e venceu todas.

Permaneça “Olhando firme para Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus”. ( Hb 12:2 ).

Este é um alerta àqueles que gostam de pregar a palavra da verdade:

Do capítulo 21 de Apocalípse como tema de preleções em eventos e festividades, não se deve tirar o texto do seu contexto para não dar margem, ou que possibilite, anunciar promessas que não se referem a igreja de Cristo.

Jesus Cristo já abençoou a sua igreja com todas as bênçãos espirituais, ( Ef 1:3 ), e concedeu tudo que diz respeito a vida, a piedade e o amor de Deus para aqueles que são servos fiéis a Deus, ( 1 Pe 1:3 ), ou seja, não há nada que o crente ainda não esteja de posse, ou que ainda tenha que tomar posse.

Não devemos privar os cristãos do prêmio que Deus lhes concedeu, ( Cl 2:18 ), pois todos, neófitos ou não, já foram criados idôneos para participarem da herança dos santos na glória celestial. ( Cl 1:12 ).

Não prometa aos cristãos o que já foi concedido por Deus, antes os conscientize do que já possuem, de que eles são idôneos, vitoriosos, consolados, filhos, templo do Espírito Santo, tabernáculo, pedras vivas, em fim, possuidores de todas as bênçãos espirituais em Cristo Jesus.

Faça como o apóstolo Paulo, conscientize os cristãos do que possuem ao tornarem-se participantes de Cristo “É também nEle que vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação”. (Ef.1:12). Não prometa coisas vãs, pertinentes a esta vida, pois Cristo mesmo orientou: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. ( Mt 6:33 ).

Em lugar de promessas, ore a Deus que conceda aos seus ouvintes que sejam iluminados os olhos do entendimento, para que possam mensurar todas as benesses concedidas por Cristo Jesus à sua noiva, a igreja. ( Ef 1:18 com Ef 3:18 -19).

As palavras finais de Jesus, através de João, para a igreja.

Ap 22:6-21 As sete instruções finais de Jesus para a igreja.

1) Fidelidade e confiabilidade da palavra revelada a ele v.6: “Disse-me ainda: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer”.

2) Esta palavra deve ser guardada, (v.7) porque o Senhor vem sem demora, ( v.12; 20): “Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guardar as palavras da profecia deste livro, Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Ora vem Senhor Jesus”.

3) Não adorar outro Deus ou outros Deuses,  que não seja o Senhor, adorar única e exclusivamente o Senhor Deus. Alerta contra a idolatria. v.8-9: “Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo. Então, ele me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas, dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus”.

4) Não seles as palavras deste livro,  (v.10-12): “Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo. Continue o injusto fazendo injustiça ainda, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se. Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”.

Então, ele incentiva cada um a continuar naquilo que pratica. Por isso, essa palavra é para todas as épocas, para as igrejas da Ásia e para nós hoje e para os que virão: para que os santos sejam mais santos, os justos mais justos; pois os pecadores serão mais pecadores e os sujos serão mais sujos. Isso deixa claro que há e precisa haver uma separação: enquanto o mundo se torna cada vez mais profano e sujo, a igreja vai se tornando mais santa. E o Senhor retribuirá a cada um segundo as suas obras.

5) O Senhor é o princípio e o fim, o alfa e o ômega, o primeiro e o último, (v.13-15): “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira”.
Ele deixa claro aqui que foi Ele que começou todas as coisas e Ele mesmo terminará Sua obra de salvação do homem. Então, apenas Ele pode dizer quem entra no Seu propósito final e quem fica de fora, (v.14 entram aqueles que lavam suas vestes no sangue do Cordeiro; e no v.15 Ele diz quem ficar de fora da Sua cidade não tem o direito à árvore da vida: “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira”.

6) No fim do fim Ele ainda faz um convite às pessoas, (v.16-17): “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã. O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida”.
Jesus confirma o que todos os profetas disseram sobre a Sua genealogia terrena como a geração de Davi, ou seja, da família de Davi, que para os israelitas tinha sido um modelo de bom rei. Também deixou claro que Ele era a Raiz de Davi, o Rei, o Cristo, o Salvador. Jesus também se revela como a brilhante Estrela da manhã, Aquele que fala aos Seus filhos que o dia de Deus está chegando, que traz um novo raiar, os novos céus e a nova terra. Isso também pode significar uma luz, um brilho que permanece após um período de escuridão. No fim dos tempos, quando passar o período de escuridão espiritual e o Anticristo, o falso profeta e o diabo forem derrotados, Jesus prevalecerá, permanecerá de pé apesar de toda a oposição que enfrentou. Continuará brilhando. A água da vida significa a vida eterna para todos os que aceitam esse convite.

7) Não tirar nem acrescentar nada da profecia, (Dt 4: 2; Dt 12: 32). Ele não demora a vir. Devemos estar preparados, (v.18-21): “Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro. 20 Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! 21 A graça do Senhor Jesus seja com todos”.

Será que a igreja moderna está observando estes detalhes da recomendação de Jesus para os últimos dias da igreja na terra? Tomara que sim porque breve Jesus voltará.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

O MINISTÉRIO PASTORAL ESTÁ SENDO ULTRAJADO

O MINISTÉRIO PASTORAL ESTÁ SENDO ULTRAJADO.

 

O que é ultrajar?

Injuriar, insultar, atentar contra a honra ou a dignidade de outras pessoas.

O que significa a palavra ultrajar na Bíblia?

O verbo transitivo direto ofender que é a mesma coisa que ultrajar, significa: insultar gravemente a honra de alguém; proferir afrontas ou insultos, exemplo: ultrajou a  (o) colega de trabalho. Desrespeitar; não respeitar uma lei, um regulamento, uma norma ou princípio como: ultrajava as normas da Língua Portuguesa. Etimologia (origem da palavra ultrajar). Pode ser transliterada também como: desrespeitar, não respeitar as normas, regulamentos, princípios e mandamentos da Bíblia Sagrada.

Quero lembrar que quem faz curso ou faculdade teológica é formado, diplomado ou certificado como teólogo, para ser pastor tem que ser qualificado e convidado pelo seu pastor e pelo ministério que você é membro, daí você será convocado para uma cerimônia ou convenção de seu ministério onde você será consagrado e ungido a pastor pelo seu pastor Presidente ou quem ele delegar esta autoridade e autorização para fazê-lo.

O chamado de um obreiro para a obra de Deus tem um preço: negar-se a si mesmo e dar toda honra, toda glória, todo o louvor e toda a sua vida em favor da obra de Deus voluntariamente.

No chamado do apóstolo Pedro para a obra de Deus, Jesus repetiu três vezes: “Pedro,  tú me amas”? E Pedro respondeu  sim Senhor  tú sabes que te amo. E Jesus lhe disse “...apascenta as minhas ovelhas...”. Jo.21:15-17. Veja bem que Jesus repetiu três vezes esta pergunta fazendo com que Pedro também respondesse três vezes.

Sobre minhas postagens esclareço o seguinte: Quando faço alguma crítica ela é seletiva e são direcionadas para os que são mercenários, lobos devoradores e hereges. Os apóstolos já previam que eles surgiriam para trazer danos ao rebanho do Senhor Jesus, portanto não é nenhuma novidade ou linguagem politicamente incorreta, mas é necessário que eles sejam denunciados, suas obras demonstram o seu caráter.

São abundantes as passagens bíblicas que denunciam os maus obreiros, os maus pastores e líderes evangélicos.

"Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, pervertidas, para atraírem os discípulos após si”. (At 20:29-30).
"Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas". (Fp 3:18).

"E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples”. (Rm 16:17-18).

"Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade”. (2 Tm 2:16-19).

O ministério do próprio Senhor Jesus era cheio de alertas e advertências para que os discípulos tomassem cuidado com os fariseus, com os Saduceus e suas doutrinas, além de seu comportamento cheio de hipocrisia, malícia e engano. Afinal, não foram ladrões e prostitutas que entregaram Jesus à morte: foram líderes religiosos.

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores... Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas, (poder civil e religioso). Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus... Acautelai-vos, que ninguém vos engane". (Mt 7:15; 10:17; 16:6; 24:4).

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade". (Mt 7:21-23).

Portanto quando você escuta ou lê algo que eu disse sobre líderes religiosos, isso não é para ser generalizado. As instituições chamadas por eles de "igreja" obviamente não têm fundamento bíblico, pois são facções que dividem os crentes por diferentes nomes. Mas quanto às pessoas de seus líderes sei de muitos pastores e líderes evangélicos, e outros clérigos que são sinceros, honestos e dedicados ao Senhor e à Palavra de Deus . O que a alguns pode faltar em conhecimento da sã doutrina, sobra em carinho e dedicação no evangelizar os perdidos, e pastorear e ensinar as ovelhas de Cristo. Eu mesmo fico feliz quando ouço algum pregador falar do evangelho puro da salvação e da graça de Deus sem mistura.

Mas conhecendo a natureza humana, sabemos que o desejo do homem não é apenas de dinheiro, como geralmente acontece entre líderes de igrejas neo-pentecostais que pregam curas e prosperidade enquanto enchem os bolsos, vivem em mansões e compram jatos e helicópteros. Não precisa ter muito discernimento para identificar que alguns desses são lobos que mal conseguem esconder a cauda por debaixo da pele de ovelha. Estão de olho na gordura das ovelhas e não no seu bem estar. Já em Israel havia pessoas com essa índole e o Senhor deixou isso bem claro no livro de Ezequiel:

"Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza. Assim se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam... Vivo Eu, diz o Senhor, que, porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas; e os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas... Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto". (Ez 34:2-10).

O contraste entre os que buscam o próprio interesse e aquele verdadeiro Pastor, que é Cristo, Jesus mostrou no Evangelho de João:
"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido”. (Jo 10:10-14).

Então não considere as críticas que faço às instituições, doutrinas e comportamentos reprováveis de homens mercenários como algo generalizado.

Muitos evangelistas e pastores entram na obra do evangelho, pobres e saem mais pobres ainda, porque gastam o que têm e às vezes a própria vida por amor ao Senhor. São dedicados às almas que precisam de salvação e às ovelhas de Cristo que precisam de alimento e pastoreio. Cada um tem um chamado diferente, então não podemos criticar quem é pobre ou quem é rico financeiramente, o que não é aceitável é o obreiro explorar o rebanho e suas ovelhas para se enriquecer ilicitamente.

Deus usa esses irmãos na obra como usou Elias e Eliseu, que foram profetas dados, não aos judeus que estavam adorando no lugar instituído por Deus, mas justamente fora de Jerusalém, para onde haviam sido levadas as dez tribos por obra do ímpio e idólatra Jeroboão. Mesmo lá fora e em Jerusalém, o lugar onde Deus havia colocado o seu nome e centro de toda adoração, Deus ainda tinha provisão para o seu povo através daqueles profetas.
Mas podemos ver às vezes entre líderes religiosos, muitos outros que não buscam o enriquecimento material. Você encontra outras motivações não menos egoístas. O ser humano não é ávido só por dinheiro, mas também por poder. Em meio à onda de prisões e condenações por corrupção, foi colocado num lugar estratégico, um cartaz para promover uma série motivadora da corrupção no meio evangélico. A série  cinematográfica mostra um ator no papel de um político corrupto que chega à presidência por meio de crimes e estratagemas. Ele não busca dinheiro, ele busca poder, por isso o cartaz traz um recado aos políticos corruptos e líderes das religiões com incentivos gritantes e motivacionais a fim de demonstrar que o ser humano tudo pode, mesmo que não seja lícito. O que vale para estas pessoas é o poder pelo poder.

Volto a afirmar que existe sim milhões de pregadores, pastores, líderes religiosos evangélicos e clérigos em geral que são sinceros e honestos, pessoas humildes que estão na obra do Senhor pelo amor a Cristo e às ovelhas.

Às vezes temos o prazer de encontrar alguns destes servos fiéis aqui e sei que teremos prazer de abraçar a muitos quando chegarmos lá na glória. Então o Senhor irá revelar até onde tudo o que fizemos foi construído com material nobre ou com palha descartável. Toda a glória então será só dEle, pois nada mais fomos que instrumentos aqui nesta terra.

A Bíblia nos revela o que verdadeiramente somos aqui na terra; não passamos de meros instrumentos nas mãos de Deus.
"Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. Ninguém engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos. Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso; seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso, e vós de Cristo, e Cristo de Deus”. (1 Co 5:3-23).

Acredito que todos concordam com a máxima corrente entre os usurpadores do poder que diz: “todo poder corrompido procura corromper outro poder”. E ainda alguém sugeriu ir mais longe. Quanto mais altas forem as pretensões do poder, mais desumano e opressor ele será. Todo poder político ou religioso é, na melhor das hipóteses, um mal necessário, o que a Bíblia não admite é as lideranças das igrejas, principalmente as evangélicas, se corromperem e fazer parte de grupos que “roubam” e fingem serem roubados, são ladrões e fingem ser honestos, são bode e fingem ser ovelhas, são ilusionistas, milagreiros e fingem serem tão santos que os milagres só acontecem através deles ou de suas igrejas.

Mas quando a coisa transcende para o espiritual, com pastores agindo como coletores de propinas para distribuir verbas públicas, a corrupção atinge sua forma mais covarde e traiçoeira. É como se a corrupção fosse terceirizada via igreja, e os pastores agissem como sacerdotes do estado, o Bezerro de ouro sendo literalmente construído por seus novos ministros. “Eles mergulharam na corrupção, como nos dias de Gibeá”. (Oseias 9.9).

Alertas da Bíblia para que a igreja volte urgentemente para os princípios elementares e fundamentais da defesa da fé e não aceitação, por conveniência ou comodismo, dos ensinamentos inadequados da Teologia moderna.

Na segunda carta do apóstolo Paulo a Timóteo, capítulo 3, versículos um ao nove encontramos os seguintes dizeres:

“1.     Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;

2. porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

3. sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

4. traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

5. tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

6. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências,

7. que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

8. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

9. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles”.

O profeta Jeremias 23:1-4;9-11, também profetizou a respeito do assunto dizendo:

1.    Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.

2. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.

3. E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão e se multiplicarão.

4. E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor.

9. Quanto aos profetas. O meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado e como um homem vencido pelo vinho, por causa do Senhor e por causa das palavras da sua santidade.

10. Porque a terra está cheia de adúlteros e a terra chora por causa da maldição; e os pastos do deserto se secam, pois a sua carreira é má, e a sua força não é reta.

11. Porque tanto o profeta como o sacerdote estão contaminados; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor.

A maioria absoluta das igrejas evangélicas teem líderes honrados e verdadeiros luzeiros de sabedoria de Deus.

1 – Não devemos confundir esses comportamentos errados como algo normal no meio evangélico. Esta conduta errada destes maus obreiros tem como objetivo enriquecer seus líderes e não ajudar aos necessitados, onde o deus deste século é mais a barra de ouro no bolso ou no banco do que o valor espiritual do sacrifício vicário de Cristo Jesus para salvar os pobres e perdidos pecadores. Rm.12.1,2.

 2 – Quando os evangélicos eram a minoria, havia um sentimento de certo e errado, de comportamento ético e temor às recomendações bíblicas.  Hoje eles dividem o poder com seus pares e muitos agem como instrumento do maligno dizendo-se chamados por Deus.  

 3 – Em breve, se a igreja não se voltar contra esse tipo de comportamento e aceitar ser corrompida por conveniência ou vontade própria, tais apostasias serão cobradas na vinda de Jesus para arrebatar os fiéis da terra; os falsos profetas e pastores sofrerão a perseguição implacável do Anticristo contra todos aqueles que se disseram comprometidos com o evangelho de Cristo ou não, que protestarem contra essas aberrações, ou seja, vão querer justificar o injustificável, cometeram tais pecados conscientemente e seus nomes não estarão escritos no livro da vida.   

4 – A acusação típica mais leve feita contra qualquer cristão que tenha uma preocupação ética, moral e social é a taxação de serem usurpadores do poder que pertence somente à Deus. Eles agem e seguem com perseguições pessoais aos seus opositores, práticas estas que já destruíram muitas vidas e carreiras no passado e que estão destruindo no presente. Estes são os que praticam a iniquidade blasfemando contra Deus e dizendo-se profetas de Deus.  

5 – A maturidade espiritual tem seu preço e não se adquire rapidamente. O crescimento súbito da igreja evangélica não produziu milagres, mas apenas números de pessoas interessadas em benefícios pessoais de suas lideranças e de seus membros. A conversão e crescimento requer uma alteração da vontade e do comportamento dos que desejam ingressar no caminho certo. Jesus ao ser assunto aos céus enviou dois anjos para dar instruções e mandou seus apóstolos irem para Jerusalém e ficassem no cenáculo do templo até que do alto fossem revestidos de poder na descida do Espírito Santo o consolador amado. Eles ficaram até o pentecostes e do alto foram cheio do Espírito Santo e foram observadas entre eles “línguas repartidas como que de fogo". Atos dos apóstolos capítulos 1 a 4. A unção do Espírito Santo desceu sobre o apóstolo Pedro e ele ganhou milhares de pessoas para Jesus logo nos seus primeiros discursos que na verdade eram pregações cheias do poder e da unção do Espírito Santo de Deus.   

6 – O cristianismo não está em perigo e continuará a florescer e crescer de forma lenta mas resoluta em grandes ou pequenos grupos não afetados pela corrupção de Mamon.

E que não esqueçamos a palavra dura do Senhor da Igreja: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! ...”. (Mateus 23.15a), “Apartai-vos de mim malditos, para o fogo eterno, não vos conheço”.

Assim como existe os maus pastores e líderes evangélicos, existe uma grande quantidade, a maioria absoluta, que são fiéis ao Senhor Jesus e ao ministério pastoral.

Simplificando o ministério pastoral, já dizia o apóstolo Paulo que: “quem deseja o episcopado, excelente obra deseja”.1 Tm.:3.1.

Você sabia?

-Que 97% dos pastores em atividade já foram traídos ou falsamente acusados pelos seus lideres de confiança, só porque não se sujeitaram aos seus desmandos e às suas ambições?

-Que 70% dos pastores já lutou contra a depressão gerada por rejeitarem a mentira e seguiram fiéis a Deus, mesmo sendo pisoteados diuturnamente ?

-Que cerca de 1.500 pastores desistem do ministério pastoral a cada mês e apenas 10% se aposentam como pastor de igrejas ?

-Que 58% dos pastores, se tivessem outra fonte de renda, desistiriam do ministério?

-Que 80% dos pastores sentem desencorajados na luta ministerial, mas continuam mesmo assim?

-Que 94% das famílias dos pastores sentem a pressão do ministério, principalmente os filhos dos pastores?

-Que 45% das esposas de pastores dizem que o maior problema da vida delas é o esgotamento de seu marido?

-Que 78% dos pastores não tem amigos íntimos, mas têm intimidade com o Espírito Santo de Deus e por isso conseguem sobreviver na carreira ministerial de pastor?

-Que 90% dos pastores trabalham entre 60 e 80 horas por semana; o pastorado é de tempo integral, não tem fim de semana e nem feriado para descansar e muitos raramente saem de férias com suas famílias?

-Que o índice de suicídio entre pastores vem aumentando por causa da síndrome do pânico e doenças mentais e emocionais?

-Por isso é necessário que você ore pelos pastores e líderes evangélicos que se dedicam com amor à obra de Deus; não os julguem por alguns erros, porque ninguém é santo e ninguém consegue ser cem por cento perfeito e sem cometer alguns erros. Isso só Jesus Cristo foi capaz de ser e de fazer.  

-Os pastores e líderes evangélicos são seres humanos como qualquer homem na face da terra e podem errar também, por isso é que temos o dever de ajudá-los em oração.  

-Todo pastor, como um ser humano que é, também precisa tempo para se divertir com sua família, ser social com a igreja e com os amigos, e até com os descrentes.

-O lazer, o descanso e férias também são necessários para o pastor e sua família, todo ser humano necessita de lazer, de descanso e de férias.

-Apesar das dificuldades do cargo que ocupam e das dificuldades que a igreja possa enfrentar, o pastor tem que estar preparado para estes embates das lides ministeriais, mesmo que os problemas sejam os mais difíceis da sua vida.

-O pastor sempre deve estar ao lado de suas ovelhas e deve sempre defende-las.

-As vezes o pastor é a única pessoa ou a última pessoa que um crente atribulado venha a consultar e o pastor sempre deve cuidar, alimentar e ensinar as suas ovelhas com amor e dedicação.

-Antes de vir dar broncas e lição de moral no seu pastor, pense e repense no que é o ministério pastoral. Cada pastor tem um chamado de Deus para cumprir um propósito aqui na terra, mas todos teem a missão principal que é a de ganhar almas para o Senhor Jesus. Mt. 28.

Então o que é ser pastor?

Ser pastor está considerado entre as quatro profissões mais difíceis nestes tempos de modernidade teológica e mesmo não sendo uma profissão mas um chamado de Deus para a sua obra o verdadeiro pastor não tem contagem de tempo de serviço e nem assinatura em uma carteira de trabalho. O pastor, se quiser se aposentar pelo “INSS" tem que pagar 35 (trinta e cinco) anos de contribuições. Ser pastor é ter e cumprir o chamado de Deus para a Sua obra.

Um pastor deve ser:

Entre tantas obrigações o pastor também deve ser: excelente pregador, exemplo dos fiéis, pai amoroso, marido exemplar, conselheiro de todas as horas, conferencista, planejador eficiente, deve se orgulhar de ser Ministro do Evangelho, visionário inovador, diretor e criador das demandas sociais da igreja, mentor de preservação da teologia conservadora, amigo de todos, babá das crianças da igreja, reconciliador inigualável, conselheiro matrimonial, conselheiro da juventude por suas experiências,  líder por excelência, professor da Bíblia, intercessor confiável, e por aí vai.

O pastor atuante também é:

Porteiro do templo, na falta deste, motorista dos irmãos em Cristo quando necessário, ajudante de limpeza da igreja se faltar o responsável, músico e líder de louvor, incentivador de grupos de oração, orando com eles e por eles.

Bombeiro das chamas indesejáveis de críticas contra si, contra a sua igreja, seus membros e sua administração. Todo Pastor enfrenta constantemente críticas que dizem ser construtivas, mas se esquecem que não existem críticas construtivas que podem ajudar o pastor em alguma coisa a não ser tentar derrubá-lo tais como:

-O seu sermão, o seu ensino teológico ou a sua pregação ou a sua ministração não me convenceu e não me agradou, estão defasados, são antiquados e antigos demais, é melhor o senhor rever os seus conceitos porque senão daqui alguns dias o pastor estará sozinho na sua igreja. A sua igreja não tem diversão para as crianças, nem para os adolescentes, nem para os jovens e nem para os adultos, por isso que a igreja está vazia e não cresce. (Será que a igreja tem que ser parque de diversões ou circo para agradar? Isso é desvio de finalidade).

A sua igreja não tem luzes de diversas cores, o templo não é pintado de preto, como que o senhor quer que sua igreja cresça? Resposta do Pastor: aqui é uma casa de oração conforme a Bíblia que é a palavra de Deus nos ensina em: Isaías 56:7; Marcos 11:17; Mateus 21:13; Lucas 19:45-48; Jeremias 7:11.

Deus nos ensina que a “Sua casa é casa de oração para todos os povos” e não boate, pista de carnaval, palanque político e muito menos lugar de se apresentar com aparência de santidade só para enganar os neófitos na fé. Foi por isso que Jesus declarou que quem assim procede parece sepulcro caiado, por fora está bonito, mas por dentro fede a carniça do pecado, arrotam santidade mas estão podres e imersos na lama do pecado. Mateus 23.

-O culto é muito longo pra você também? Alguém pode até dizer que sim e completam, “o de hoje então foi uma “eternidade”. Lembre-se que o culto foi celebrado para o Senhor Jesus e não para você. O culto deve ter horário para começar e horário para acabar e só exceder o  horário caso haja uma justificativa plausível.

-Os filhos do Pastor não são um exemplo para ninguém e de acordo com os descrentes eles não são exemplo de Cristãos. E você e sua família são exemplo dos fiéis e se julgam mais santos do que os outros? Infelizmente os presídios têm uma grande quantidade de presos que são filhos de pastores.

-Uma das coisas mais difíceis na vida de um Pastor é saber que muitas das pessoas que dizem que o amam, são traidores e um dia o colocarão para fora da igreja. Sem comentários, já vi pastor morrer à míngua e sem socorro de ninguém, e ainda a viúva ficou com as crianças que eram pequenas, sem socorro de seus familiares e de sua igreja.

-O Pastor é muitas vezes a pessoa mais solitária da congregação, muito embora seja sempre solidário com todos indistintamente.

-Você pode ver um pastor sendo cercado por centenas de pessoas, mas muito raramente haverá pessoas interessadas em seus problemas, necessidades, dificuldades ou mesmo doenças incuráveis. Todos querem a solução dos seus problemas, mas acham que o pastor não tem nenhum problema.

-Nem podemos mencionar as exigências e rótulos que as igrejas e congregações colocam sobre os filhos do Pastor.

Por isso, gostaria de lhe dar um conselho pastoral:
Se você tem um pastor ou tem como amigos os filhos de pastores, cuide bem deles com carinho, proteja-os, ore por eles, apoie-os, mas, acima de tudo, ame-os e orem por eles e por suas famílias.

A Bíblia diz o seguinte sobre o ministério pastoral.

Jeremias 3:15. "E eu lhes darei pastores de acordo com o meu coração, para que possam alimentá-los com conhecimento e compreensão".

Portanto, tenham todo cuidado e amor para com eles porque em Hebreus 13.17 diz que: "eles cuidam de suas almas como aqueles que devem prestar contas".

Devemos honrar a vida de todos aqueles Homens de Deus que sacrificaram e sacrificam tantas coisas, sacrificam a si próprios, incluindo até algumas das necessidades de sua família, para atender o chamado de Deus.

Valorize o tempo que o seu pastor dedica em oração por você. Você não sabe o quanto a família do seu pastor valorizaria esse tempo ao lado dele.



Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

A TRISTE HISTÓRIA BÍBLICA DE DOIS IRMÃOS

A TRISTE HISTÓRIA BÍBLICA DE DOIS IRMÃOS.

 

Não deixem que esta triste história venha a acontecer na sua vida e ou na sua família.

O que a Bíblia diz sobre relacionamentos?

Problemas familiares não são novidade. Em um mundo decaído, aqueles que devemos amar mais, nossas famílias, muitas vezes se tornam aqueles com quem mais lutamos. A Bíblia não encobre o pecado, e registra vários problemas familiares, começando com Adão culpando a sua esposa pelo seu pecado, (Gênesis 3:12). A rivalidade entre irmãos surge nas histórias de Caim e Abel, Jacó e Esaú, e José e seus irmãos. O ciúme entre as esposas, uma das consequências negativas da poligamia, é encontrado nas histórias de Ana, e Lia e Raquel. Eli e Samuel lidaram com filhos desobedientes. Jônatas quase foi assassinado por seu pai, Saul. Davi ficou de coração partido pela rebelião de seu filho Absalão. Oseias passou por dificuldades conjugais. Em cada um desses casos, os relacionamentos foram danificados pelo pecado.

A Bíblia tem muito a dizer sobre relacionamentos, inclusive sobre a dinâmica familiar. A primeira instituição que Deus estabeleceu para a interação humana foi uma família e o diabo quer de todas as maneiras destruir as famílias assim como aconteceu com a primeira família criada por Deus. (Gênesis 2:22-24). Ele criou uma esposa para Adão e uniu-os em casamento. Citando esse acontecimento, Jesus disse mais tarde: “De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:6). O plano de Deus era que um homem e uma mulher permanecessem casados até que um deles morresse. Ele deseja abençoar essa união com filhos que devem ser criados “na disciplina e admoestação do Senhor” (Efésios 6:4; ver também Salmos 127:3). Muitos problemas familiares surgem quando nos rebelamos contra o desígnio de Deus - por exemplo, a poligamia, o adultério e o divórcio causam problemas porque se desviam do plano original de Deus.

A Bíblia dá instruções claras sobre como os membros da família devem tratar uns aos outros. O plano de Deus é que os maridos amem suas esposas da mesma maneira que Cristo ama a Sua igreja, (Efésios 5:25, 33). As esposas devem respeitar seus maridos e submeter-se a sua liderança, (Efésios 5:22-24, 33; 1 Pedro 3:1). Os filhos devem obedecer a seus pais, (Efésios 6:1–4; Êxodo 20:12). Quantos problemas familiares seriam resolvidos se maridos, esposas e filhos simplesmente seguissem essas regras básicas?

1 Timóteo 5:8 diz que as famílias devem cuidar de seus membros. Jesus tinha palavras duras àqueles que evitavam suas responsabilidades para com os pais idosos quando alegavam dar todo o seu dinheiro ao templo. (Mateus 15:5–6).

A chave para a harmonia nas famílias não é uma que naturalmente queremos seguir. Efésios 5:21 diz que devemos viver “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”. A submissão está em oposição direta ao desejo de nossa carne de governar e fazer o que quer. Defendemos nossos direitos, defendemos nossas causas, defendemos nossas opiniões e afirmamos nossas próprias agendas sempre que possível. O caminho de Deus é crucificar a carne, (Gálatas 5:24; Romanos 6:11) e submeter-se às necessidades e desejos dos outros sempre que pudermos. Jesus é o nosso modelo para esse tipo de submissão à vontade de Deus.

1 Pedro 2:23 diz: “pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente”.

A maioria dos problemas familiares poderia ser diminuída e até evitada se todos seguíssemos as instruções encontradas em Filipenses 2:3-4: “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.” Quando adotamos o espírito de humildade e tratamos os outros como Jesus os trataria, podemos resolver muitos dos nossos problemas de família e de relacionamentos.

Vamos ver ainda e principalmente, a triste história bíblica do primeiro crime do mundo onde o primeiro filho de Adão e Eva chamado Caim, assassinou o seu irmão chamado Abel por um motivo fútil a saber: Abel ofereceu um sacrifício a Deus e Deus o recebeu, Caim também ofereceu um sacrifício a Deus mas Deus não o recebeu e isso causou inveja, ódio e revolta em Caim. Então vejamos a história e o porquê que Deus não recebeu a oferta de Caim.

Abel foi o segundo filho do casal Adão e Eva que acabou sendo morto por seu irmão mais velho, Caim. Na verdade não existem muitas informações na Bíblia sobre quem foi Abel. Além de sua história que é contada no livro de Gênesis, ele também é mencionado brevemente no Novo Testamento no livro de Hebreus.

Há algo interessante sobre o pioneirismo de Abel. Ele foi o primeiro pastor de ovelhas; o primeiro a oferecer sacrifícios de animais nos registros bíblicos, talvez Adão tivesse feito antes dele, mas não está registrado na Bíblia; o primeiro homem declarado justo na Bíblia; e o primeiro mártir da história bíblica.

Sobre o significado do nome Abel, alguns defendem que significa “sopro” ou “vapor”, aplicado talvez por causa de sua curta existência. Outros intérpretes defendem que o nome esteja ligado ao acadiano “aplu” que significa “filho”.

A historicidade do termo “acadiano" é relativo aos que são acadianos ou às coisas que provém do Império Acádio. Os acadianos foram um povo que habitavam a região mesopotâmica no terceiro milênio A.C.

No entanto, devido a dificuldade em saber que tipo de idioma era falado naquele tempo, tudo não passa de conjecturas.

Portanto a Bíblia tem as informações mais precisas e o Pentateuco, que foi escrito por Moisés, é digno de toda a credibilidade.

O sacrifício que Abel ofereceu a Deus, ao seu Senhor.

Abel oferecia a Deus “os primogênitos do rebanho”, ou seja, ele oferecia o melhor que ele tinha e este sacrifício foi mais agradável ao Senhor do que o sacrifício oferecido por seu irmão. O sacrifício de Caim consistia em um composto de grãos e vegetais.

Não está exatamente explicito no texto se sua oferta foi preferida por Deus pelo fato de incluir vida através do sacrifício de animais ou porque ele realizou a sua oferta com um espírito mais sincero. Essa última posição parece ser a mais coerente considerando o alerta de Deus a Caim em Gênesis 4:7 e a referência feita pelo autor de Hebreus sobre esse episódio em Hebreus 11:4. Portanto, parece certo que a forma com que Deus aceitou a oferta de Abel provavelmente esteja diretamente ligada ao seu caráter diferenciado de obediência e de fidelidade a Deus.

Abel com um coração contrito apresentou sua oferta a Deus e esta foi mais aceitável ao Senhor em relação a oferta de seu irmão. Então Caim, muito enfurecido, levou Abel para o campo e o matou. Depois de ter matado Abel, Caim tentou se eximir da responsabilidade de seu ato. Ele até negou saber do paradeiro de seu irmão, mas foi duramente castigado por Deus.

Sobre Abel no Novo Testamento.

O Novo Testamento traz algumas importantes referências sobre Abel. Em tais referências Abel é apresentado como um modelo de mártir que sofreu por sua fé. O próprio Senhor Jesus deu testemunho dele (Mateus 23:35 e Lucas 11:51). O apóstolo João também escreve em 1João 3:12, testificando sobre quão justas foram as obras de Abel.

Conforme já foi citado, no capítulo 11 da Carta aos Hebreus ele aparece na galeria dos Heróis da Fé em Hebreus 11:4. Ainda em Hebreus, o escritor neotestamentário deixou claro que a oferta de Abel era superior à oferta de Caim.

A história infeliz e maldosa do perverso Caim.

Caim foi a primeira pessoa a nascer na história da humanidade no planeta terra. Seus pais, Adão e Eva, foram criados pessoalmente pelo próprio Deus. Pouco se sabe sobre quem foi Caim além do que é revelado nos relatos bíblicos dos primeiros capítulos do livro de Gênesis.

Caim foi o filho mais velho do casal Adão e Eva. Ele era irmão de Abel, Sete e de mais outros irmãos que a Bíblia não menciona seus nomes e nem mesmo diz quantos eram. A história de Caim reflete muito bem os terríveis efeitos da Queda do Homem.

Geralmente é aceito que o nome Caim significa “adquirir”, “obter” ou “possuir”, do hebraico gana. Porém ,no original a sua forma exata é “qayin”, que também pode significar “lança” ou “ferreiro”. A profissão de Caim era lavrador da terra.

Caim foi a primeira pessoa que mostrou o quão perverso o homem poderia ser após a entrada do pecado no mundo.

A Bíblia diz que Caim trouxe uma oferta ao Senhor, oferta esta que era do “fruto da terra”. Seu irmão Abel, que era pastor de ovelhas, ofereceu uma oferta “dos primogênitos das suas ovelhas”. (Gênesis 4:3,4). Ou seja, cada um ofereceu a Deus daquilo que possuía, daquilo que produziu. Aqui está a diferença entre o que cada um ofereceu a Deus em seu sacrifício. Caim ofereceu uma oferta daquilo, porém Abel ofereceu “dos primogênitos das suas ovelhas” ou seja ele escolheu a dedo o melhor que tinha para oferecer a Deus em sacrifício.

Deus atentou para a oferta de Abel, porém para Caim e sua oferta, o Senhor não atentou. Então ele ficou fortemente irado, e foi alertado por Deus de que se O fizesse bem, se ofertasse de coração, com amor, escolhendo o melhor dos seus frutos, o melhor de toda a sua produção, ele seria aceito, mas se não fizesse, o pecado já o ameaçava à porta, Gênesis 4:5,7. Caim não conseguiu dominar sua natureza decaída. Ele convidou seu irmão Abel para ir ao campo, e lá o atacou e o matou.

A Bíblia não esclarece de forma explicita o motivo exato pelo qual a oferta de Caim foi recusada. Todavia, alguns textos bíblicos nos fornecem alguns detalhes importantes sobre esta questão. Os intérpretes tentam explicar essa recusa divina com pelo menos três possibilidades de interpretação.

A primeira sugestão defende que Abel ofereceu o melhor que possuía, ao contrário de Caim. O texto bíblico diz que ele trouxe uma oferta ao Senhor “do fruto da terra”; enquanto Abel, por sua vez, “trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste”. (Gênesis 4:3,4).

A segunda sugestão é a de que Caim trouxe uma oferta onde não houve um derramamento de sangue. Mas todos nós sabemos que Deus olha é o coração e não a ação, Caim não ofereceu sua oferta a Deus de uma maneira a representar sua condição de pecador arrependido adorando a Deus e querendo o perdão dos seus pecados. Por causa disso, supostamente ele teria se passado como um homem justo que não necessitava de qualquer sacrifício pelos seus pecados. Esta hipótese assume a condição de que Deus previamente havia instruído o homem sobre o tipo de oferta que deveria ser apresentada para fazer a expiação pelos pecados. Logo, Caim então teria desobedecido essa instrução divina. Gênesis 4:3 parece indicar que a prática de ofertar sacrifícios a Deus já era habitual para eles. Se Caim não possuía ovelhas, porque ele não providenciou ovelhas para o seu sacrifício à Deus? Porém esta não é a questão, Deus se agrada é da oferta e do sacrifício feito com gratidão a Deus e com espírito contrito pedindo a Deus o perdão e se humilhando debaixo da potente mão de Deus; não foi assim a oferta da viúva pobre de Lucas 21? Aos olhos humanos a oferta dela era de nenhum valor, porém aos olhos de Deus ela ofereceu a melhor oferta, mesmo que fosse a menor, ela ofereceu tudo o que tinha.

A terceira sugestão é a possibilidade defendida sobre a atitude de que Caim estava errado em seu interior, em relação a sua comunhão com Deus. O escritor de Hebreus diz que “foi pela fé” que Abel ofereceu um sacrifício maior que o de Caim, e por ter Caim demonstrada sua ira invejosa, Deus o censurou. (Hebreus 11:4).

Das três sugestões acima, a segunda é a menos provável. A questão é que a palavra “oferta” em Gênesis 4, traduz o hebraico “minhâ”, que significa “tributo”.

Esse termo é utilizado em todo o Pentateuco, que são os cinco livros escritos por Moisés, para se referir ao sacrifício sem derramamento de sangue, como por exemplo, na oferenda de cereal. Assim, o termo hebraico parece sugerir que o derramamento de sangue não era o foco naquele momento, mas sim o devido respeito exigido para se adorar a Deus com aquele sacrifício. Caim quis deixar transparecer que ele era superior a Deus, que Deus seria “obrigado” a aceitar a sua oferta de qualquer maneira porque ele era o primogênito de Adão e Eva.  

Gênesis 4.1-7 nos esclarece sobre esta história.

1.  E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão.

2. E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.

3. E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.

4. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.

5. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.

6. E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante?

7. Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.

Estes versículos revelam claramente a inclinação humana de Caim para o pecado. Combinado a isto, está o que é dito pelo escritor do livro de Hebreus, de que a oferta de Abel foi apresentada pela fé, ao contrário da oferta de Caim (Hebreus 11:4).

Além do mais, Gênesis 4:3 realmente parece estabelecer um contraste entre o fato de Abel ter oferecido o melhor que tinha, enquanto Caim ofereceu simplesmente uma oferta “dos frutos da terra” e não o melhor dos frutos da terra. É possível que o autor de Gênesis tenha procurado revelar com essa expressão que a oferenda do irmão de Abel não partia de suas primícias. Caim ofereceu qualquer coisa dos frutos da terra e não o melhor, e não o produzido com a intenção de ser mais bem cuidado porque seria oferecido ao Senhor.

Portanto, considerando todas estas informações, podemos concluir que a oferta de Caim foi rejeitada por causa de sua intensão pecaminosa, ou seja, sua atitude errada. O problema de Caim era a superficialidade com as coisas de Deus. Era a soberba em plena ação.

Em outras palavras, Caim tinha aparência de religioso, mas sua adoração era apenas uma formalidade. Seu coração não era totalmente devotado a Deus, e não havia sinceridade nele. Ao invés de gratidão, ele encarava o culto a Deus como uma obrigação religiosa qualquer.

A vida de Caim após o assassinato de seu irmão Abel.

Após Caim matar Abel, ele fugiu como um homem amaldiçoado e se mudou para a terra de Node. Ali ele teve filhos com sua esposa e edificou uma cidade. Sugestivamente, Node significa “errante”. Entre os descendentes de Caim estavam pessoas que desenvolveram a pecuária, a construção de habitações em tendas e pavilhões, inventores de instrumentos musicais e da arte de forjar metais. A Bíblia também destaca a história de um de seus descendentes, o tirano e malvado Lameque. (Gênesis 4:19-24).

O escritor e historiador Flávio Josefo em sua obra Antiguidades Judaicas, afirma que após Caim ter fugido, ele teria ficado ainda mais perverso. Ele teria usado de violência para se apoderar de bens alheios com o objetivo de enriquecer-se. Ele também reuniu um grupo de homens maus do qual foi o líder. Juntamente com esses homens, Caim teria cometido toda espécie de crimes. Josefo atribui ao próprio Caim a condição de ser o primeiro homem a estabelecer limites para a divisão de propriedades e a inventar os pesos e medidas.

Qual o sinal que Deus colocou em Caim?

Existe muita especulação sobre este tema. Talvez a posição mais conhecida, inclusive seguida por algumas seitas e muito defendida na idade média, é aquela que supõe que o sinal que Deus colocou em Caim seria a mudança na cor de sua pele, dando-lhe pele escura.

Infelizmente este tipo de interpretação foi defendida por muitas pessoas no passado. Inclusive, essa ideia foi utilizada na tentativa de justificar o racismo e o tráfico de escravos. Sem piedade, muitos afirmaram que as pessoas de pele escura eram amaldiçoadas por serem descendentes de Caim. Ledo engano.

Esta interpretação é absurda e antibíblica. A Bíblia não fala nada sobre o tipo de sinal colocado em Caim para identifica-lo. A palavra utilizada no texto em Gênesis é o hebraico “owth”, e significa “sinal”, “símbolo” ou “marca”. Em nenhum texto bíblico onde esta palavra aparece ela é utilizada para se referir à cor da pele de alguém.

O que a Bíblia diz é que simplesmente o sinal foi colocado em Caim. Porém, não há qualquer menção sobre a possibilidade de este sinal ter passado para sua geração. Isso significa que aquele foi um sinal colocando especificamente sobre ele. Além do mais, o texto bíblico do livro de Gênesis deixa bem claro que a marca que Caim recebeu serviu como um sinal de proteção, para lhe permitir que vivesse o restante de seus dias.

De qualquer forma há um fato que encerra esse debate e acaba com qualquer tipo de especulação sobre uma possível perpetuação da marca de Caim. A descendência de Caim foi extinta no Dilúvio, então afirmações de que os africanos seriam descendentes de Caim é no mínimo antibíblica e preconceituosa.

Algumas pessoas já tentaram relacionar uma das esposas dos filhos de Noé com a linhagem de Caim. No entanto, essa suposição é mais uma sem fundamento bíblico algum.

Concluindo, o que pode-se dizer é que Deus colocou em Caim um sinal que o identificasse, apenas isto. Nada mais se sabe sobre que tipo de sinal teria sido esse.

Quem foi a mulher de Caim?

Essa é outra pergunta inevitável quando estudamos sobre quem foi Caim. A Bíblia não esclarece este assunto, simplesmente por não ter qualquer importância para a história bíblica. Certamente a esposa de Caim foi uma de suas irmãs ou sobrinhas. Vale lembrar que naquela época ainda não havia nenhuma proibição sobre casamentos desse tipo, não havia leis, as leis foram dadas no tempo de Moisés para ele repassar aos Hebreus e à sua posteridade.

“A maior missão de Satanás sempre foi destruir famílias, porque destruindo uma família, ele, além de levar muitos daquela família para o inferno, também destrói uma posteridade que iria servir a Deus”.

By. waldirpsouza.

Portanto não se deixe ser usado por Satanás para destruir sua família ou a família de seus parentes mais próximos, ou a família de quem quer que seja. Vigie e seja sempre exemplo dos fiéis e Deus te dará vitórias inomináveis.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.