JOSUÉ E CALEBE SERVIRAM A DEUS COM CORAGEM E SABEDORIA.
O significado do nome Josué.
Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o
nome original de Josué dado por sua família era Oseias, que significa
“salvação” (Número 13:8; Deuteronômio 32:44). Oseias é um nome que ocorre
muitas vezes na tribo de Efraim (1 Crônicas 27:20; 2 Reis 17:1; Oseias 1:1).
Moisés adicionou o nome divino e o chamou
de Yehoshua, que significa “Jeová é salvação” (Números 13:16). Esse nome
normalmente é transliterado para o português como “Josué” ou “Jesuá” (Neemias
3:19; 13:8). Ele possui a mesma forma grega do nome de Jesus, (Atos 7:45;
Hebreus 4:8).
Quando chegou o tempo de Josué, já velho,
dissolver seu comando, ele reuniu todas as tribos de Israel. Em seu discurso de
despedida, ele pediu que os filhos de Israel renovassem o compromisso de sua
aliança com Deus. Ele também advertiu o povo a guardar os mandamentos do Senhor
e a serem sempre fieis. (Josué 23:6).
Josué morreu com 110 anos de idade, e foi
sepultado em suas terras, perto de Timnate-Sera, que está no monte Efraim, ao
norte do monte Gaás. (Josué 24:30).
O exemplo de Josué.
Josué pôde ver o poder de Deus desde o Egito,
passando pelo período no deserto, até chegar, finalmente, na terra prometida em
Canaã. A história de Josué e o seu exemplo como homem temente a Deus,
certamente nos ensinam muitas lições. Alguns pontos que podemos destacar sobre
esse notável homem de Deus são:
Josué soube ser um excelente liderado quando
esteve sob o comando de Moisés.
Josué possuía todas as qualidades de um
verdadeiro líder.
Coragem era uma marca constante em sua vida.
Josué foi corajoso desde sua juventude, ainda no início da peregrinação de
Israel pelo deserto, até as grandes batalhas lideradas por ele em Canaã.
Ele estava sempre atento às ordens de seu
divino Comandante, Deus.
Ele tinha consigo a nítida certeza de que seu
sucesso na liderança daquele povo dependia completamente de sua obediência ao
Senhor.
Por mais inusitada que parecesse, Josué nunca
questionou as ordens dadas por Deus.
Suas estratégias sempre eram planejadas sob a
direção da Palavra de Deus.
Josué era um homem de palavra e que
preservava a sua honra. Essa característica de seu caráter pode ser notada no
cumprimento do acordo feito com Raabe.
Josué foi um homem completamente devotado à
Lei de Deus. A Palavra do Senhor era o que preenchia sua mente e coração.
Ele era um líder respeitado pela nação de
Israel e o povo confiava em suas decisões. Os israelitas podiam notar em sua
vida a presença e a aprovação de Deus.
O exemplo de sua conduta irrepreensível de
temor e obediência a Deus, não se acabou com sua morte. A história de Josué
continuou a influenciar o povo de Israel durante o período dos anciãos que
ainda sobreviveram muito tempo depois dele.
Josué também foi designado como o
representante da tribo de Efraim para ser um dos doze espias que foram
averiguar a terra de Canaã e seus habitantes, (Números 13:8-14). Após a missão
de reconhecimento, dentre todos os espiões, apenas Josué e Calebe defenderam a
ideia de que os israelitas deveriam prosseguir com a invasão de Canaã. Eles
entenderam que a terra “era muito boa”. (Números 14:7).
Naquela ocasião, Calebe era o mais
velho e exercia maior liderança. Isso explica o fato de às vezes Calebe ser
mencionado sozinho nessa conexão. Porém, o próprio contexto deixa claro a
participação de Josué na missão de reconhecimento, e seu apoio às recomendações
de Calebe.
O comportamento de Josué e Calebe foi muito
mais do que um relatório militar. Na verdade, foi uma nítida demonstração de
confiança na promessa de Deus acerca daquela terra. Os outros dez espias
incrédulos morreram de praga perante o Senhor, (Números 14:36-38).
Josué foi oficialmente escolhido como
sucessor de Moisés nas planícies próximas do Jordão. Quando Moisés entendeu que
morreria antes de entrar em Canaã, ele separou Josué para ser o novo líder do
povo de Israel, segundo a ordem do Senhor. A liderança de Josué foi coordenada
com o sacerdócio de Eleazar, (Números 27:12-23; Deuteronômio 3:21-29).
Moisés, solenemente, investiu honra e
autoridade em Josué perante toda a congregação de Israel. Ele também impôs as
mãos sobre ele e compartilhou o espírito de sabedoria de Deus para com Josué,
(Deuteronômio 3:21-29).
Publicamente Moisés advertiu Josué a ser corajoso
e forte, para que ele pudesse cumprir a missão de levar Israel à terra que Deus
havia prometido, (Deuteronômio 31:3-8). No mesmo capítulo do livro de
Deuteronômio, lemos que quando Moisés e Josué se dirigiram à tenda da
congregação, Deus comissionou Josué de forma direta para assumir a liderança de
Moisés. (Deuteronômio 31:14-23).
Mais tarde, já depois da morte de Moisés,
Deus novamente repetiu as ordens dadas a Moisés, dando-as particularmente a
Josué. Com isso Ele renovou suas promessas e o encorajou na véspera da invasão
de Canaã. (Josué 1:1-9).
A amizade entre Josué e Calebe é um exemplo
de dois personagens na Bíblia que compartilharam aspectos muito especiais de
suas respectivas responsabilidades diante de Deus, de Moisés e do povo Hebreu.
Embora
pertencentes a famílias e tribos diferentes, Josué era filho de Num e Calebe,
de Jefoné, eles foram criados e ensinados nos princípios, leis, tradições
e promessas do Deus criador do céu e da terra.
Ambos conheciam, pelos relatos de seus pais e
avós, as lindas histórias dos patriarcas e das circunstâncias pelas quais
chegaram ao Egito.
Ambos sofreram, a cada dia, os rigores do sol
do deserto e o chicote opressor dos governantes do Egito. Porém, conheciam
também e anelavam pelo cumprimento da promessa feita por Deus a respeito de uma
terra prometida, uma terra de liberdade, que manava leite e mel.
Ambos, envolvidos na rotina diária do barro,
da palha e dos tijolos, pensavam nas antigas palavras do patriarca José, ditas
a seus irmãos no leito de morte: “Eu morro, porém Deus certamente vos visitará
e vos fará subir desta terra para a terra que jurou dar a Abraão, a Isaque e a
Jacó”. (Genesis 50:24).
Chegado o tempo, os tão sonhados se cumpriram
e a longa espera estava no fim. Deus visitou Seu povo e os tirou com mão
poderosa do Egito. Com profunda alegria, reverencia e prontidão, o povo de
Israel saiu, como um só homem, rumo à terra prometida.
Transcorreram os dias e, enquanto muitos se
concentravam no leite e no mel de Canaã, tornando-se impacientes pela dureza do
caminho, Josué e Calebe guardavam todos os prodígios de Deus em seu coração.
Não deixavam de se maravilhar com o ocorrido no Egito e não paravam de se
assombrar pela abertura do mar Vermelho; pela coluna de nuvem e de fogo e por
todos os detalhes que manifestavam o amoroso cuidado de Deus por Seu povo e
pela liderança firme de Moisés que ia adiante com a unção de Deus em sua vida.
Quanto mais pensavam e conversavam sobre os
feitos de Deus, maior certeza, segurança e confiança em Deus inundava seus
corações e, embora transcorressem muito anos, para eles a posse da terra
prometida era um fato irrefutável.
Josué e Calebe foram dois amigos com uma
mesma visão clara daquilo que Deus ordenara a Moisés para realizar que era a
libertação do povo Hebreu da escravidão no Egito.
A chegada na fronteira de Canaã, a terra
prometida.
Quando chegaram à fronteira com Canaã, Moisés
enviou doze espias para reconhecerem a terra, e a Bíblia registra o seguinte:
“Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes: Subi ao
Neguebe e penetrai nas montanhas. Vede a terra, que tal é, e o povo que nela
habita, se é forte ou fraco, se poucos ou muitos. E qual é a terra em que
habita, se boa ou má; e que tais são as cidades em que habita, se em arraiais,
se em fortalezas. Também qual é a terra, se fértil ou estéril, se nela há matas
ou não. Tende ânimo e trazei do fruto da terra”. (Números 13:17-20).
Josué e Calebe, juntamente com os outros dez
espias subiram, percorreram e reconheceram a terra, voltando depois de 40 dias.
Os dois amigos ficaram cheios de emoção, otimismo e ansiedade para possuí-la.
Tinham plena certeza e segurança que Deus lhes daria aquela terra.
Ao voltarem para casa, tinham uma visão clara
e perspicaz da fartura e abundância da terra, porém, sua mais clara e aguda
visão era a de um Deus que absolutamente não lhes falharia.
Um Deus tão forte que não falhara no Egito,
nem no deserto e que não falharia agora.
Assim sendo, Deus os sentenciou: “nenhum dos
homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e
no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha
voz, nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais. Porém o
meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em
seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a
possuirá”. (Números 14:22-24).
Sem dúvida, a incredulidade faz com que
percamos os presentes de Deus e todo o Israel foi condenado a morrer no
deserto. Quarenta anos vagaram de um lugar a outro, sem poder desfrutar da
terra prometida.
Embora o texto somente mencione Calebe, é
claro que se está referindo à atitude dos dois amigos, Josué e Calebe, pois
ambos demonstraram possuir o mesmo espírito, ambos conheciam pessoalmente a
Deus, compartilhavam do assombro diante dos maravilhosos e portentosos atos de
Deus. Os dois amigos tinham visão clara das promessas de Deus e por isso
tiveram direito de entrar na terra prometida, não apenas lhes dando a bênção,
mas também a posse de uma grande herança, vida saudável, vigor para seguir
conquistando novos desafios e longos anos de prosperidade.
Se isso fosse pouco, Josué e Calebe estão
registrados como os grandes homens de honra de Israel. Essa amizade foi
prolongada sem fim na terra prometida. Foi esse o destino deles.
Exemplo e peculiaridades da vida de Calebe.
Calebe foi um personagem
bíblico do Antigo
Testamento que se destacou por sua coragem, fé e perseverança. Ele foi um dos
doze espias enviados por Moisés para explorar a terra de Canaã, e foi um dos
dois únicos espias que voltaram com um relatório positivo e encorajador,
afirmando que a terra era boa e que Deus a entregaria nas mãos do povo de
Israel.
No entanto, o povo de Israel não acreditaram
nas palavras de Calebe e de Josué, e como consequência, acabaram sendo
condenados a vagar pelo deserto por quarenta anos. Até que toda a geração
rebelde morresse. Mesmo assim, Calebe manteve sua fé em Deus e manteve fiel às
suas promessas, e quando a nova geração estava pronta para entrar na terra
prometida, ele liderou sua tribo, a tribo de Judá, na conquista de sua herança.
Ao longo de sua vida, Calebe enfrentou muitos
desafios, incluindo batalhas contra inimigos poderosos, mas sua fé em Deus
nunca vacilou. Ele viveu até uma idade avançada e foi um exemplo de
perseverança, coragem e confiança em Deus para as gerações seguintes.
A história de Calebe é uma inspiração para
todos aqueles que buscam viver uma vida de fé e coragem diante dos desafios da
vida.
Onde Calebe está citado na Bíblia?
Calebe aparece em várias passagens da Bíblia,
especialmente no Antigo Testamento. Aqui estão alguns exemplos:
Números 13:6: “De Judá, Calebe, filho de
Jefoné”.
Números 13:30: “Então Calebe fez calar o povo
perante Moisés e disse: Subamos e possuamos a terra, porque certamente
prevaleceremos contra ela”.
Números 14:24: “Mas o meu servo Calebe, visto
que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar na terra
em que entrou, e sua descendência a possuirá”.
Josué 14:6-15: Este capítulo inteiro conta a
história de Calebe pedindo a Josué a terra que Deus havia prometido a ele e sua
família.
Juízes 1:20: “E deram Hebrom a Calebe, como Moisés tinha
dito, e dali expulsou os três filhos de Anaque”. Detalhe: Os filhos de Anaque
eram gigante.
Salmo 85:1: “Ó Senhor, tens sido propiciado à
tua terra; trazendo do cativeiro os cativos de Jacó”.
Calebe é famoso na Bíblia por ser um dos dois
espiões que desafiaram as objeções de Israel para conquistar Canaã e
perseveram.
Calebe esperou por 45 anos para ver a
promessa de Deus se cumprir. Sua vida é um testemunho de fé e perseverança que
nos ensina lições valiosas.
A história
e a vida de Calebe e as lições preciosas que podemos aprender com sua história
de vida.
Quem foi Calebe na Bíblia?
Calebe era filho de Jefoné, um quenezeu
(Números 32:12; Gênesis 15:19). Embora seu pai não fosse identificado, sua mãe
era da tribo de Judá, o que o tornava um autêntico israelita.
Calebe foi um homem de coragem, fé e
perseverança. Calebe também foi um companheiro perseverante de Josué, quando
foram enviados por Moisés para explorar a terra de Canaã, sendo um dos únicos dois espias que
voltou com um relatório positivo e encorajador, afirmando que a terra era boa e
que Deus a entregaria nas mãos do povo Hebreu.
Deus nos incentiva a buscarmos amizades
significativas, cuja base não apenas seja o amor e a aceitação, mas também uma
experiência comum quanto aos princípios, a fé e a esperança em Deus.
O princípio do fracasso é esquecer todas as
maravilhas que Deus fez no passado e que segue fazendo no presente por nós.
Nunca percamos a capacidade de assombro
diante das grandes e das pequenas coisas que Deus opera em nosso favor, em
nossas vidas todos os dias. Falemos delas, testemunhemos delas e reafirmemos
nossa fé em Deus.
Deus nos insta a termos uma visão clara de
Seu caráter e de Seus propósitos para nossa vida a fim de sairmos com fé para
conquistá-los.
A lealdade e as nossas crenças e convicções
são parte fundamental de um Deus fiel e verdadeiro que vive e reina para sempre
e eternamente.
Portanto, não devemos nos deixar ser
absorvidos pela maioria, ainda que isso signifique impopularidade, desprezo ou
qualquer tipo de preconceito, até mesmo a nossa integridade física. Deus é
justo e premia abundantemente os que são fiéis ao Seu chamado.
Deus espera, hoje, que os cristãos tenham um
espírito diferente e se levantem para conquistar este mundo para Ele,
evangelizando e ganhando almas para o Senhor Jesus. Nosso destino é a Canaã
celestial. Avancemos, pois, com alegria e fé, cumprindo os requerimentos do
supremo chamado que Deus nos fez.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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