segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

PARECE QUE É UMA IGREJA MAS É UM NINHO DE SATANÁS

PARECE QUE É UMA IGREJA MAS É UM NINHO DE SATANÁS. 

A - Igreja de Pérgamo: Sua História e algumas Curiosidades. A igreja de Pérgamo é mencionada na Bíblia no livro de Apocalipse, no capítulo 2, versículos 12 a 17. Naquele tempo, Pérgamo, inegavelmente, era uma cidade importante na Ásia Menor (atual Turquia). Na mensagem de Jesus às sete igrejas da Ásia Menor, a igreja de Pérgamo é uma delas. Na carta a Pérgamo, Jesus elogia a igreja por sua fidelidade, mesmo em meio a uma cidade onde o trono de Satanás estava estabelecido. No entanto, Ele também faz algumas críticas. Jesus expressa certamente uma preocupação com o fato de alguns membros da igreja estarem seguindo os ensinamentos de Balaão e dos nicolaítas, que eram práticas que envolviam compromissos antiéticos e doutrinários imorais e pecaminosos. 

B - A repreensão de Jesus à igreja de Pérgamo. Jesus repreende a igreja de Pérgamo por tolerar aqueles que sustentavam a doutrina dos nicolaítas, uma heresia que não é totalmente clara na Bíblia, mas que aparentemente envolvia uma forma de libertinagem e compromisso moral. Dessa forma, a mensagem para a igreja de Pérgamo conclui com um apelo ao arrependimento e a advertência de que, se não se arrependessem, Jesus viria e lutaria contra eles com a espada de Sua boca. Essa carta às sete igrejas, incluindo Pérgamo, é interpretada por estudiosos como uma exortação espiritual e moral, bem como uma advertência para as igrejas permanecerem fieis à verdade e à retidão, evitando a influência negativa do mundo ao seu redor. 

C - Pérgamo, hoje conhecida como “Bergama” na Turquia: Na revelação do Apocalípse esta igreja é mencionada com os seguintes dizeres: “onde satanás tem o seu trono”. A igreja que tinha e representa as igrejas de hoje que teem “um ninho de Satanás”, “um trono de Satanás”. Estas referências ou deferências à cidade de Pérgamo são pesadíssimas mas era a realidade daquela igreja e continua sendo até hoje porque o comportamento de muitas igrejas evangélicas hoje são a cópia fiel daquela, com a diferença dos tempos estações que modernizaram muito mais e abriram muito mais brechas para Satanás operar nestas igrejas evangélicas e ministério até chamados de “neopentecostais”, que de pentecostes não teem nada, é só barulho, algazarra e desvios doutrinários do verdadeiro evangelho. 

1 - Pérgamo, (Apocalipse 2:12-17), foi um importante centro intelectual e cultural na região de Mísia (noroeste da Ásia Menor, atual Turquia) que floresceu durante a Dinastia Atálida (281-133 a.C.) durante o período helenístico. Foi a capital do Reino de Pérgamo e permaneceu como uma cidade importante para os romanos, bizantinos e turcos otomanos até ao seu abandono. A cidade é provavelmente mais conhecida hoje como uma das sete igrejas da Ásia no livro bíblico do Apocalipse 2:12-17, onde é referenciada como o sítio "onde Satanás tem o seu trono" e "onde Satanás vive" já que Pérgamo ergueu várias estruturas, monumentos e templos significativos aos deuses gregos, sendo o mais famoso o Altar de Zeus agora no Museu de Pérgamo em Berlim. É também conhecida como o local de nascimento do médico grego Galeno (129-216), a casa de uma das maiores bibliotecas da antiguidade e pela sua produção (contudo não invenção) do pergaminho. A cidade é mencionada pela primeira vez por escrito por Xenofonte (430 a c. 354 a.C.) mas foi fundada no século VII a.C. e era controlada pelo Império Aquemênida (c. 550-330 a.C.) até à chegada de Alexandre o Grande em c. 334 a.C. Depois da morte de Alexandre, foi tomada pelo seu general Lisímaco (c. 360-281 a.C.) e, depois da morte deste, por um dos seus comandantes, Filetero (r. 282-263 a.C.), fundador da Dinastia Atálida. Os seus sucessores fizeram da cidade uma das mais poderosas e culturalmente ricas do Mediterrâneo antigo com uma biblioteca que rivalizava com a de Alexandria. O último da Dinastia Atálida, Átalo III (r. 138-133 a.C.) morreu sem herdeiros e legou Pérgamo a Roma. A cidade começou a entrar em decadência sob o Império Bizantino e ficou severamente danificada na conquista dos turcos otomanos no século XII. No século XIV, Pérgamo estava em ruínas e jazia esquecida até ao século XVII, quando exploradores europeus começaram a publicar descrições da mesma. Escavações sérias do local começaram a partir do século XIX e continuam nos dias de hoje perto da moderna cidade de Bergama, na Turquia. 

2 - A cidade de Pérgamo era a capital da Ásia nos tempos bíblicos do Novo Testamento sob o domínio do Império Romano. Então como capital da província romana da Ásia, Pérgamo era, sem dúvida, uma cidade importante. A cidade de Pérgamo ficava localizada sobre uma montanha de rocha com cerca de 300 metros de altitude. Aos pés da cidade ficava o grande vale fértil do rio Caico. Pérgamo estava ao norte de Éfeso, e ficava a cerca de 30 quilômetros do mar Egeu, e pouco mais de 100 quilômetros da cidade de Esmirna. Embora não tivesse um grande porto marítimo, embarcações pequenas alcançavam a cidade através da navegação pelo rio Caico. Por via terrestre, a cidade de Pérgamo era de fácil acesso. A cidade ficava sobre a grande estrada que ia da cidade de Éfeso até Cízico, uma cidade da Mísia. Atualmente, na região da antiga Pérgamo está a moderna cidade de Bergama, na Turquia, que recebe muitos visitantes interessados nas ruínas da antiga cidade. No século 1 d.C. Pérgamo já era uma cidade antiga. Inclusive, antes de ser dominada pelos romanos, Pérgamo foi durante séculos uma cidade helenística proeminente. A proeminência da cidade de Pérgamo começou por volta do século 3 a.C., ainda na dinastia dos Átalos. Foi nesse tempo que a cidade veio a se tornar a capital de um reino helenístico de importância considerável. Em 133 a.C., por ocasião da morte de Átalo III, Pérgamo se tornou província da Ásia e antes dos tempos romanos, os governantes de Pérgamo detinham o poder necessário para expandir seu controle da riqueza natural da cidade-estado, que lhes fora concedido livremente como patronos das artes, fazendo da cidade de Pérgamo uma das melhores e mais bonitas cidades gregas. 

3 - Pérgamo era uma cidade que contava com construções importantes em seu tempo, reunindo edifícios públicos imponentes. Na economia, sua posição privilegiada sobre o vale do rio Caico conferia à cidade de Pérgamo uma posição de fortaleza que dominava sob a zona rural daquela região. A cidade foi um centro cultural greco-romano de referência. O nome “Pérgamo” faz referência à indústria de um pergaminho antigo que era preparado de peles de animais na cidade. Além de esse tipo de pergaminho ser utilizado pelo povo da cidade para escrever, ele também era negociado. Inclusive, na cidade havia uma biblioteca que chegou a acumular aproximadamente duzentos mil rolos. Nos tempos bíblicos do Novo Testamento, Pérgamo era cidade grande, com aproximadamente cento e cinquenta mil habitantes. A cidade também era famosa por sua escola de escultura e por ser um centro religioso importante. Na cidade havia muitos templos e altares pagãos. Em Pérgamo havia templos para Zeus, Atena Nicéfora, Dionísio Catégemo e Asclépio. O grande altar de Zeus era o monumento religioso mais imponente da cidade, com mais de doze metros de altura. Esse altar ficou conhecido como o “Altar de Pérgamo”, e atualmente pode ser visto reconstruído no Museu de Pérgamo em Berlim. O altar de Asclépio também atraía muita gente, pois ele era cultuado como o deus da cura. Inclusive, seu símbolo era a serpente, que até hoje estampa os emblemas da medicina. Quando os romanos passaram a controlar Pérgamo, também foram construídos altares dedicados aos imperadores romanos. Por isso Pérgamo era um centro da religião de Roma onde o culto ao imperador era praticado com frequentes ofertas sendo trazidas à imagem de César. O procônsul romano da cidade também tinha total autoridade para aplicar a pena capital entre os cidadãos. 

4 - Provavelmente, a Igreja de Pérgamo também foi fundada pelo apóstolo Paulo em sua terceira viagem missionária na região da Ásia, mas devido sua morte, o apóstolo João também a assumiu, colocando seu discípulo Antifas como o pastor responsável por aquela comunidade. Os cristãos da Igreja de Pérgamo se encontravam numa situação difícil. Por todos os lados, os vizinhos praticavam idolatria e davam honras aos governantes romanos. Eram cristãos que amavam a Jesus, mas devido a estarem rodeados por ídolos, templos pagãos e forte perseguição do imperador e de seus simpatizantes, acabaram por tolerar certas práticas pecaminosas na comunidade e não condenar mais ações erradas dos governantes e da população em geral, certamente para que fossem aprovados pelos homens e diminuísse a perseguição sobre eles. 

5 - Jesus elogia a Igreja de Pérgamo por manter a fé nEle e não aceitar se render a nenhum outro Senhor além dEle. Essa postura de fé em Cristo e a obediência a ele era tão louvável, que inclusive o pastor Antifas, ao não aceitar se prostrar em adoração ao imperador romano, acabou sendo lançado em uma fogueira onde foi morto, fazendo parte da lista dos mártires cristãos mais famosos da história eclesiástica. Mesmo com a morte de seu pastor, tal igreja continuou firme e forte na fé em Jesus e se mostrou perseverante em seguir a Deus e confiar em sua salvação, porém, toda sua fé, coragem e ousadia, não tirava o fato que eles estavam em dívida com o salvador no que dizia respeito à santidade, pureza e relacionamentos pessoais. Devido a suas tolerâncias de práticas erradas, para não perder a aprovação das pessoas e diminuir sobre eles as perseguições, a Igreja de Pérgamo se tornou a “legítima igreja mundana”, pois, ao invés de influenciar o mundo, estava se deixando influenciar por ele. Ao invés de combater com veemência os pecados da cidade, faziam pouco caso e vistas grossas para os atrair mais facilmente e não serem atacados por eles. A Igreja de Pérgamo foi condenada por Jesus por ter essa postura de amizade com o mundo, pois, assim como o povo de Israel se deixou levar pelos ensinamentos do falso profeta Balaão, que fez com que eles se relacionassem com mulheres de outros povos e adorassem a seus ídolos, os cristãos de Pérgamo estavam se tornando ecumênicos, ou seja, aceitavam todas as religiões e não falavam nada contra suas idolatrias e pecados, chegando ao ponto de muitos deles se casarem com pessoas de outras religiões e se rendendo em adoração tanto a Jesus como aos ídolos de seus cônjuges. Jesus também os condenou por seguirem os ensinos dos Nicolaítas, que como já foi observado no estudo da Igreja de Éfeso que não se rendeu a essa influência, era um ensino de um falso profeta chamado Nicolau que afirmava “que não era pecado fazer sexo antes do casamento e nem possuir mais de uma mulher como esposa”, hoje em dia são os mórmons que procedem assim, porém se tornou comum em outras religiões esta prática. Infelizmente, a Igreja de Pérgamo, que era tão cheia de fé, coragem e manifestação de poder espiritual, estava se deixando levar pela tolerância e pela prática de atos pecaminosos e imorais, fazendo do mundo um verdadeiro amante, com o qual traía diariamente seu noivo Jesus. Tal Igreja era como o conhecido cristão chamado de “crente Raimundo, que tem um pé na igreja e outro mundo”. 

6 - Jesus era aquele que tinha na mão uma espada afiada dos dois gumes (dois lados) ou seja, sua palavra, que quando obedecida atraía bençãos, mas quando desobedecida atraía maldições e Ele estava avisando a Igreja de Pérgamo para que se arrepende-se de seus pecados e seu relacionamento com o mundo, antes que Sua espada os condenasse completamente. Jesus sabia que os cristãos de Pérgamo estavam vivendo em uma cidade onde o próprio Satanás estava vivendo e dominando até os púlpitos das igrejas, devido a templos erguido a adoração de Zeus, do imperador romano e de Asclépio, que para eles era o deus da cura, onde sua estátua com uma cobra enrolada em seu bastão era muito adorada e venerada. 

7 - Onde tem idolatria ali está Satanás; onde tem adoração a outro que não seja Cristo, ali está Satanás, que inclusive é retratado perfeitamente pela imagem de uma cobra, pois através do corpo dela, enganou a Eva e a todos que ainda insistem em não se prostrar a Deus. Jesus sabia que morar em uma cidade tão idólatra poderia explicar suas lutas e tentações, mas jamais justificar seus pecados e tolerâncias, pois o poder que o Espírito Santo oferece, faz um cristão ficar firme espiritualmente em qualquer cidade que ele morar, independentemente do ambiente carnal e satânico que ali possa haver. Jesus promete que Ele sempre os alimentará espiritualmente através de sua presença buscada em oração e de sua palavra através de seu estudo, sendo um verdadeiro maná que está escondido para as pessoas do mundo, mas disponível para alimentar e fortalecer a todos os seus filhos nos quatro cantos da terra. Na época do império romano, quando um bebê nascia, o pai colocava em seu pescoço um colar com uma pedra branca escrito o nome e o sobrenome paterno, para que todos soubessem que tal criança tinha um pai que a amava e cuidava e naquela época, essa mesma pedra com nome e sobrenome era colocado em um colar para identificar os escravos e a quais donos eles pertenciam. O Salvador estava com isso dizendo para a Igreja de Pérgamo que eles deveriam se comportar como verdadeiros filhos obedientes que refletem a presença do Pai e deveriam o servir Deus como escravos serviam aos seus donos. Fazendo isso, Jesus faria questão de mostrar a pedra branca escrita com o nome deles, pois eram filhos obedientes e escravos de sua vontade. 

8 - Pérgamo era uma igreja Cristã? Era de se duvidar que aquela igreja era uma igreja Cristã. As redes sociais estão cheias de postagens e de chamamento para determinados movimentos “espirituais” que são verdadeiros antros de destruição e nada têm de fundamentação bíblica para edificação das pessoas para a salvação. Seria uma síndrome de Pérgamo? Tem igrejas hoje que se parecem mais com um cabaré ou uma danceteria, ou um local de boçalidades, ou mesmo de festas de “have metal” de festa have, ou uma festa do time preferido da maioria, mas infelizmente dizem que é uma igreja evangélica. 

9 - Como vivemos uma geração empobrecida de valores. Destituída de criatividade e originalidade, mas apegada ao próprio ego e superficialidade, deixaram a sã doutrina e vivem num mundanismo caótico do mundo das trevas. E mesmo dentro das igrejas que tentam sobreviver mais o lado espiritual, vemos estes sintomas. Muito artificialismo com pouco ou nenhum conteúdo. Efeitos de luzes e nada de edificação espiritual e teológica, nada de efeito espiritual, nada de abrir o coração em oração para o Senhor Jesus através do Espírito Santo operar. É só sensacionalismo e nenhum poder de Deus. Muito barulho e movimentos sem nexo, somente adoração e valorização do corpo, adoração da vaidade, adoração da última moda, não importando suas origens. Muitas modas e modismos são gerados nos meios malignos e lançados até nas igrejas evangélicas conservadoras e pentecostais, todavia não existe nada de espiritualidade de fato, de respeito de fato para com o sagrado, é só profanação. A estética ocupou o lugar da ética e o ridículo se tornou a essência de tudo. Talento hoje é qualquer coisa menos o talento de fato para adorar a Deus. Pior que isso, talento, capacidade “intelectual”, performance humana é mais aplaudida que o caráter das pessoas. Uma agenda cheia em lugares cheios, para muitos, é o que basta. 

10 - Ter seguidores e até os super amigos, amigos íntimos, amigos para quaisquer coisas, amigos super agitados, que vibram com sons elétricos e eletrônicos, amigos da bebedeira alcoólica, enfim são amigos que querem aproveitar o mundo, querem ter total liberdade para decidir o que consideram pecado e o que não é pecado, se esquecem que a Bíblia Sagrada é que deve ser a autoridade máxima de nossa vida espiritual, mas o que importa hoje é a felicidade com Deus ou sem Deus, e isso é hoje o requisito de sucesso. Em eventos chamados de “espirituais” temos visto isso, salvo certas excessões, é claro. Tudo o que fazem ou promovem é para alegrar a carne. As vezes parece que estamos no planeta errado ou na época errada, só que não. Esta é a nossa realidade. Isto é motivo de profunda tristeza ver certas inovações adentrarem nas igrejas conservadoras e sutilmente removendo os fundamentos básicos, os alicerces da fé cristã. Sob a peja da modernidade e do "novo" estamos vendo um assoreamento das nossas bases bíblicas e a substituição da nossa teologia pentecostal por tantas outras “escrituras sagradas” que de sagradas não teem nada e que só valorizam a carne e suas concupiscências. São tantas novas traduções e novas interpretações da Bíblia que só confundem aos leitores da palavra de Deus. Deus nos guarde e nos livre de tantas baboseiras que querem misturar no culto e no serviço sagrado que merece toda nossa reverência para com Deus. 

 Deus abençoe você e sua família. 


Pastor Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

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