A PERNICIOSA E MALÉFICA IDOLATRIA DOS AMONITAS
1 Coríntios, 6.9,10.
9. Não sabeis que os injustos não hão de
herdar o Reino de Deus?
10. Não
erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados,
nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus.
Quem eram os Amonitas? Eles tinham alguma coisa, alguma ligação, com Israel ou eram inimigos?
Os
amonitas eram os descendentes de Ben-Ami, filho de Ló com sua filha mais nova
(Gênesis 19:38). O povo amonita era aparentado dos israelitas. Este parentesco
se devia ao fato de Ló ser sobrinho de Abraão, o grande patriarca do povo de
Israel.
Israel
recebeu ordens divinas para tratar os amonitas com misericórdia (Deuteronômio
2:19). Apesar disto, os textos bíblicos revelam que muitas vezes os amonitas
foram um problema para os israelitas. Em diversas ocasiões eles aparecem
associados a outros povos em oposição ao povo de Deus.
Os
amonitas invadiram e ocuparam o território dos zanzumins. Os Zanzumins eram uma raça de
gigantes que habitavam a região a leste do Jordão depois ocupada pelos amonitas
que os desalojaram. Eles são identificados com os refains (Deuteronômio 2:20).
Eles podem também ser os mesmos que os zunins mencionados em conexão com os
refains de Gênesis 14:5.
Esse
território ficava a nordeste de Moabe, localizado entre os rios Arnom e Jaboque
(Deuteronômio 2:20-37; 3:11). Os amonitas e os moabitas eram povos irmãos, pois
Moabe era o outro filho de Ló. O território dos amonitas era protegido por fortificações.
Curiosidades
sobre os amonitas. Ao se envolver com uma mulher amonita, o rei Salomão passou
a adorar deuses considerados falsos pela Bíblia; A rivalidade entre os amonitas
e israelitas durou 18 anos; Das diversas guerras, os amonitas foram derrotados
duas vezes: por Eúde e Jefté; Os Amonitas cultuavam um deus chamado Moloque; A
explicação da origem dos amonitas existe a partir de um trecho retirado do
primeiro livro da Bíblia, em Gênesis, 19:30 38.
O
israelita capaz de destronar o poder dos amonitas na região foi Saul, rei de
Israel; Os Amonitas e os moabitas tentaram juntos destruir Judá, mas não
conseguiram e entraram em conflito mútuo; Os amonitas dominaram boa parte da
Palestina.
Os
amonitas no tempo da monarquia em Israel. Logo depois de ter sido ungido rei de
Israel, Saul derrotou e expulsou os amonitas que, sob a liderança de Naás,
tinham cercado Jabes-Gileade (1 Samuel 11:1-11; 12:12). Tempos depois, Naás é
citado na Bíblia como tendo sido amigo de Davi (2 Samuel 10:1,2). Talvez essa amizade
tenha nascido durante o período em que Davi teve de fugir do rei Saul.
Depois
da morte de Naás, seu filho Hanum assumiu o poder e rejeitou a bondade do rei
Davi. Ele insultou os servos de Davi e ainda por fim declarou guerra aos
israelitas recrutando milhares de guerreiros sírios. Contudo, os amonitas foram
derrotados quando Davi enviou exércitos contra eles sob a liderança de Joabe e
Abisai. Na sequência os israelitas também capturaram a capital amonita Rabá. (1
Samuel 11:1-11; 12:12-31).
Mas
parece que alguns amonitas permaneceram amigos do rei Davi. Inclusive um de
seus homens valentes chamado Zeleque, era um amonita (2 Samuel 23:37). Quando
Davi precisou fugir de Absalão, o outro filho de Naás, Sobi, lhe prestou
auxílio, (2 Samuel 17:27-29).
O
rei Salomão se envolveu com as mulheres amonitas. Uma delas, por nome de
Naamah, foi mãe de seu filho Roboão (1 Reis 14:21,31; 2 Crônicas 12-13). Mas o
envolvimento de Salomão com as mulheres estrangeiras, incluindo as amonitas,
foi desastroso. Para agradá-las, ele acabou adorando a falsos deuses. Entre
essas divindades estava Milcom, Malcom, mais conhecido como Moloque, o deus
nacional dos amonitas. (1 Reis 11:1-33). Salomão chegou a construir altares
dedicados a esses falsos deuses que foram destruídos somente com as reformas do
rei Josias. (2 Reis 23:13).
Na
época do rei Josafá os amonitas formaram uma coalizão com os moabitas e edomitas
para atacar Judá. Todavia, Deus os confundiu, e eles acabaram se destruindo
mutuamente uns aos outros. (2 Crônicas 20:1-23).
Tempos
depois, os filhos de uma mulher amonita conspiraram a morte de Joás, rei de
Judá (2 Crônicas 24:26). Durante os reinados de Uzias e Jotão, os amonitas
pagavam tributos a Judá (2 Crônicas 26-27). Os amonitas também estavam entre os
invasores estrangeiros de Judá nos dias do rei Jeoaquim (2 Reis 24:1-4). Vários
profetas do Senhor profetizaram o juízo divino contra os amonitas (Jeremias
49;1-6; Ezequiel 21:20; 25:1-7; Amós 1:13-15; Sofonias 2:8-11).
Quem
era Moloque? Moloque era o deus dos amonitas, foi, também, muito adorado na
terra de Canaã pelos Judeus, mesmo os Judeus sabendo que era pecado diante de
Deus. O culto a Moloque era conhecido pelo sacrifício de crianças. Os
israelitas entregavam seus filhos para serem sacrificados a Moloque, porém
foram penalizados por Deus por causa dessa idolatria terrível e da matança de
seus filhos oferecidos em sacrifícios a Moloque. Levítico 20:2-5.
Quando
os israelitas conquistaram Canaã, Deus ordenou a destruição de todos os povos
que não se convertessem, para eliminar esses tipos de práticas repugnantes.
No
entanto, os israelitas pouparam alguns desses povos e ainda passaram a adorar
seus ídolos, construíram altares a Moloque e sacrificaram seus filhos a esse
ídolo.
Jeremias
32:35 Mostra que o vale de Ben-Hinom, perto de Jerusalém, se tornou um dos
lugares principais onde crianças eram queimadas vivas para Moloque. Os
sacerdotes do templo dedicado a adoração a Moloque aqueciam o máximo possível as
fornalhas que eram como bacias no meio das pernas daquela imagem gigante e ali
jogavam as crianças vivas em sacrifícios a Moloque; para os pais não ouvirem os
terríveis gritos das criança sendo queimadas vivas, eles mandavam rufar os
tambores e aquele grande barulho sufocavam os gritos das crianças.
Mais
tarde, o rei Josias destruiu o santuário de Moloque em Ben-Hinom, que passou a
ser usado como lugar para queimar lixo. (Esse é o local literal em que a Bíblia
diz que o fogo não apaga).
2
Reis 23:10. No entanto, o sacrifício de crianças a Moloque não foi
completamente eliminado e essa foi uma das razões por que os judeus foram
castigados com o exílio.
O
que era Moloque? Moloque era um deus dos amonitas, que era adorado na terra de
Canaã. O culto a Moloque ficou conhecido pelo sacrifício de crianças em honra
ao ídolo. Na Bíblia, Deus proibiu a adoração a Moloque e a qualquer outros
deuses das nações porque Deus é o único Deus criador dos céus e da terra e o
Deus vivo dos Hebreus e de Israel.
Os
povos da terra de Canaã adoravam vários deuses falsos. Moloque era um desses
deuses, associado ao povo amonita. O ritual mais notório era o da adoração a
Moloque através do sacrifício de crianças, que eram queimadas vivas no fogo
para, segundo a tradição dos amonitas, agradar ao deus Moloque. Além disso, o
culto a Moloque provavelmente envolvia as práticas típicas de outros rituais
pagãos como a prostituição, a imoralidade sexual em todo o seu contexto, as mulheres
cultuais realizavam cerimônias rituais com sexo explícito no templo de Moloque,
elas eram obrigadas a estar à disposição de todos os que iam adorar a Moloque e
aquele ato era oferecido em idolatria ao deus dos amonitas.
Moloque
e os israelitas. Deus proibiu por completo a adoração a Moloque, especialmente
o sacrifício de crianças (Levítico 20:2-5). Essa prática era horrenda e Deus
não queria que nenhuma criança morresse desse jeito. Quando os israelitas
conquistaram Canaã, Deus ordenou a destruição de todos os povos que não se
convertessem, para eliminar esse tipo de práticas repugnantes no meio de
Israel.
No
entanto, os israelitas não eliminaram todos esses povos e suas práticas. Pelo
contrário, muitos passaram a adorar os deuses falsos, incluindo Moloque Eles construíram altares a Moloque e sacrificaram
seus filhos a esse ídolo. Jeremias 32:35.
Grandes
multidões de Hebreus e de outros povos dominados pelos amonitas se dirigiam ou
eram obrigados a ir prestar culto a Moloque no vale de Ben-Hinom, perto de
Jerusalém, e aquele lugar tornou-se um dos lugares principais onde crianças
eram queimadas vivas para Moloque.
Mais
tarde, o rei Josias destruiu o santuário de Moloque em Ben-Hinom, que passou a
ser usado como lugar para queimar lixo (2 Reis 23:10). No entanto, o sacrifício
de crianças a Moloque não foi completamente eliminado e essa foi uma das razões
por que os judeus foram castigados com o exílio.
Israel
foi levada para a escravidão por causa da idolatria.
A
Idolatria de Israel e suas consequências. Disse Deus: “Não temais; vós tendes cometido
todo este mal; porém não vos desvieis de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR
com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que
nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são”. 1Sm 12.20,21.
Toda
e qualquer idolatria é um pecado que o povo de Deus comete ao oferecer
sacrifício e adoração aos ídolos e não a Deus. Através da sua história o povo de
Deus cometia repetidamente esta transgressão diante de Deus. O primeiro caso
registrado ocorreu na família de Jacó (Israel). Pouco antes de chegar a Betel,
Jacó ordenou a remoção de imagens de deuses estranhos que o seu povo estava
carregando escondido dele entre os seus pertences. (Gn 35.1-4). O primeiro caso
registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu-se com idolatria
foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no monte Sinai. (Êx
32.1-6). Durante o período dos juízes, o povo de Deus frequentemente se voltava
para os ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de Saul ou de
Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por frequente idolatria em
Israel (1Rs 11.1-10). Na história do reino dividido, todos os reis do Reino do
Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos dos reis do Reino do Sul,
(Judá). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os
judeus.
Por
que a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários fatores
implícitos.
1)
As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a vários deuses era
superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras: quanto mais deuses,
melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e constantemente as
imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus, no sentido de se manter
santo e separado delas.
2)
Os deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não requeriam o tipo de
obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo, muitas das religiões
pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto, tendo para isso
prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida, atraía muitos em Israel. Deus,
por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua
lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.
3)
Por causa do elemento demoníaco da idolatria ela, às vezes, oferecia, em bases
limitadas, benefícios materiais e físicos temporários. Os deuses da fertilidade
prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua, chuva etc.),
prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e os deuses da
guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas. A promessa de
tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir aos
ídolos.
A
natureza pecaminosa da idolatria.
Não
se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que
compreendamos sua verdadeira natureza.
1) A
Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é
meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que
nenhum poder tem em si mesmo. Samuel chama os ídolos de “vaidades” (12.21), e
Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1Co 8.4;
cf. 10.19,20). Por essa razão, os salmistas (Sl 115.4-8; 135.15-18) e os
profetas (1Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) frequentemente zombavam dos
ídolos.
2)
Por trás de toda idolatria há demônios, que são seres sobrenaturais controlados
pelo diabo. Tanto Moisés ( Dt 32.17) quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam
os falsos deuses com demônios. Notemos também o que Paulo diz na sua primeira
carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: “as
coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus” (1Co
10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos
demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão
sabe com certeza que o poder de Jesus Cristo é maior do que o dos demônios.
Satanás, como “o deus deste século”, (2Co 4.4), exerce vasto poder nesta
presente era iníqua. (1Jo 5.19. ( Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem
poder para produzir falsos milagres, sinais, maravilhas e prodígios da mentira,
(2Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13-14; 19.20), além de proporcionar às pessoas
benefícios físicos e materiais. Sem
dúvida nenhuma, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios.
( Sl 10.2-6; 37.16, 35; 49.6; 73.3-12).
3) A
correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos
a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a
magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e
coisas semelhantes. ( 2Rs 21.3-6; Is 8.19; Dt 18.9-11; Ap 9.21). Segundo as
Escrituras Sagradas, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto
aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse
subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito (maligno)
subindo da terra, representando Samuel (28.8-14), ela viu um demônio subindo do
inferno.
4) O
Novo Testamento declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5). A
conexão é óbvia, pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios
materiais. Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais,
não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais
que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez
não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que
estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras.
Dessa maneira, a declaração de Jesus: “Não podeis servir a Deus e a Mamom (as
riquezas)”, (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a admoestação de Paulo: “Não
podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios”. (1Co 10.21).
Deus
não tolera nenhuma forma de idolatria.
1)
Ele advertia frequentemente contra ela no Antigo Testamento.
(a)
Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à
adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de Israel. ( Êx 20.3,4).
(b)
Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões. ( Êx 23.13, 24; 34.14-17; Dt
4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2Rs 17.35,37,38).
(c)
Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos
os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã. (Êx 23.24;
34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).
2) A
história dos israelitas foi, em grande parte, a história da idolatria. Deus
muito se irou com o seu povo por não destruir todos os ídolos na Terra
Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos deuses. Daí, Deus castigar
os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles.
(a)
O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os
israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de
conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao
Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo.
(b)
A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos.
Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os assírios
destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2Rs 17.6-18).
(c)
O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a Deus, como Ezequias
e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a idolatria se arraigou
na nação de Judá (2Rs 21.1-11). Como resultado, Deus disse, através dos
profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2Rs 21.10-16). A despeito
dessas advertências, a idolatria continuou, ( Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21;
Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por meio do rei
Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e
saqueou a cidade. (2Rs 25).
3) O
Novo Testamento também adverte todos os crentes contra a idolatria.
(a)
A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas
falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras
formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar
à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente. Finalmente,
ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo,
poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos
divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo.
(b)
Daí, o Novo Testamento nos admoesta a não sermos cobiçosos, avarentos, nem
imorais (Cl 3.5; Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6) e, sim, a fugirmos de todas as
formas de idolatria. (1Co 10.14; 1Jo 5.21).
Deus
reforça suas advertências com a declaração de que aqueles que praticam qualquer
forma de idolatria não herdarão o seu reino. (1Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap
22.15).
Vamos
citar dez reis de Israel e Judá que fizeram o que era reto perante os olhos de
Deus. Antes da divisão das tribos, Israel foi reinada por 3 reis, depois da
divisão, Israel e Judá tiveram 40 reis. Destes 43, somente 10 tiveram um
reinado que agradou a Deus. Mas mesmo entre estes dez, alguns não reinaram como
realmente Deus queria.
1º
Rei Davi (Rei de Israel, quando ainda as doze tribos eram unificadas), reinou
40 anos. Davi sem dúvidas é o primeiro da nossa lista. O homem segundo coração
de Deus (1 Samuel 13.14), que mais marcou a história de Israel. Foi ele o
segundo rei, quando ainda o reino era unificado. O versículo de Atos 13:22 nos
diz: “E, quando este foi retirado, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual
também deu testemunho, e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o
meu coração, que executará toda a minha vontade”. Apesar dos erros, Davi
exerceu um reinado reto aos olhos de Deus. Davi reinou 40 anos sobre
Israel, tendo ainda o reino unificado. (2 Samuel 5.4).
2º
Rei Asa (Rei de Judá), reinou 41 anos. Asa deu início ao seu reinado mediante a
idolatria; ele à aboliu e renovou o pacto com o Senhor (2 Crônicas
15.1-19); tirou da terra os sodomitas, e removeu todos os ídolos que seus
pais fizeram (1 Reis 15.12), Destruiu o ídolo Asera que Maaca, sua mãe adorava
(1 Reis 15.13) e fez o que era reto aos olhos do Senhor, como Davi seu pai
(1 Reis 15.11). Asa reinou 41 anos sobre Judá. (2 Crônicas 16.13).
3º
Josias (Rei de Judá), reinou 31 anos. Começou a reinar com 8 anos de idade (2
Crônicas 34.1, 2 Reis 22.1), repara o templo do Senhor (2 Reis 22.1-7), ajuntou
todo o povo e renovaram o pacto do Senhor (2 Reis 23.1-14) e fez o que era
reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se
apartou dele nem para a direita nem para a esquerda (2 Reis 22.2). Josias
reinou 31 anos sobre Judá. (2 Crônicas 34.1).
4º
Ezequias (Rei de Judá), reinou 29 anos. “Ele tirou os altos, quebrou as
estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que
Moisés fizera”. (2 Reis 18.4), “depois dele não houve quem lhe fosse semelhante
entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele”. (2 Reis 18.5)
“E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera
Davi, seu pai”. (2 Reis 18.3). Ezequias reinou 29 anos sobre Judá. (2 Crônicas
29.1).
5º
Josafá (Rei de Judá), reinou 25 anos. Josafá sempre teve o cuidado em instruir
o povo de Deus, (2 Crônicas 17.1-19), ”...buscou ao Deus de seu pai, andou nos
seus mandamentos, e não segundo as obras de Israel”. (2 Crônicas 17.4),
“...tirou os altos e os bosques de Judá”. (2 Crônicas 17.6) “E andou no caminho
de Asa, seu pai, e não se desviou dele, fazendo o que era reto aos olhos
do Senhor”. (2 Crônicas 20.32). Josafá reinou 25 anos sobre Judá. (2
Crônicas 20.31).
6º
Uzias (Rei de Judá), reinou 52 anos. Uzias, ou Azarias, tinha dezesseis anos
quando começou a reinar sobre Judá “e fez o que era reto aos olhos do
Senhor, conforme tudo o que fizera Amazias, seu pai”. (2° Reis 15.3), porém
“...os altos não foram tirados; porque o povo ainda sacrificava e queimava
incenso nos altos”. (2 Reis 15.4). Por este motivo “...o Senhor feriu o rei, e
ficou leproso até ao dia da sua morte”. (2 Reis 15.5). Uzias reinou 52 anos
sobre Judá. (2 Reis 15.2).
7º
Joás (Rei de Judá), reinou 40 anos. “Tinha Joás sete anos de idade quando
começou a reinar...”. (2 Crônicas 24.1). Mandou reparar o templo (2 Crônicas
24.4), “...fez Joás o que era reto aos olhos do Senhor...”. (2 Crônicas 24.2),
mas teve envolvimento com a idolatria, e Joás sofreu o Juízo de Deus. (2
Crônicas 24.17-27). Joás reinou 40 anos sobre Judá. (2 Crônicas 24.1).
8º
Jotão (Rei de Judá), reinou 16 anos. Jotão “...fez o que era reto aos olhos do
Senhor; fez conforme tudo quanto fizera seu pai Uzias”. (2 Reis 15.34) e “Assim
se fortificou Jotão, porque dirigiu os seus caminhos na presença do Senhor seu Deus".
(2 Crônicas 27.6), porém “Tão-somente os altos não foram tirados; porque o povo
ainda sacrificava e queimava incenso nos altos. ...”. (2 Reis 15.35). Jotão
reinou 16 anos sobre Judá. (2 Reis 15.33).
9º
Amazias (Rei de Judá), reinou 29 anos. Amazias “... fez o que era reto aos
olhos do Senhor...”. (2 Crônicas 25.2 a), “...porém não com inteireza de
coração”. (2 Crônicas 25.2 b), “Então a ira do Senhor se acendeu contra
Amazias...”. (2 Crônicas 25.15). Amazias reinou 29 anos sobre Judá. (2 Crônicas
25.1).
10°
Salomão (Rei de Israel, quando ainda o reino era unificado), reinou 40 anos. Salomão
foi escolhido por Deus para ser sucessor de Davi seu pai sobre o reinado de
Israel (1 Crônicas 22. 9-10), “...em Gibeom apareceu o Senhor a Salomão de
noite em sonhos; e disse-lhe Deus: Pede o que queres que eu te dê”. (1 Reis
3.5) e Salomão pediu um “...coração entendido para julgar a teu povo, para que
prudentemente discirna entre o bem e o mal”. (1 Reis 3.9) “e era ele ainda mais
sábio do que todos os homens...”. (1 Reis 4.31). Foi Salomão quem edificou um
Templo ao Senhor. (1 Reis 6.2).
Porém
Salomão começou a se envolver com culturas fora de Israel, casou-se com a filha
pagã do Faraó do Egito (1 Reis 3.1), “...amou muitas mulheres estrangeiras...”,
(1 Reis 11.1), “E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas;
e suas mulheres lhe perverteram o coração”. (1 Reis 11:3). “Assim disse o Senhor
a Salomão: Porquê houve isto em ti, que não guardaste a minha aliança e os meus
estatutos sobre Israel? No tempo do reinado unificado, (1 Reis 11.42), Salomão
deveria ter dado o exemplo de fidelidade a Deus, mas mesmo assim foi
considerado um rei temente a Deus.
Depois
de Salomão, seu filho Roboão reinou em seu lugar fazendo tudo o que era mau aos
olhos do Senhor e houve a divisão das tribos de Israel. Só duas ficaram com
Roboão e dez acompanharam Jeroboão que estabeleceu o seu reinado em Samaria.
Atualmente Moloque continua sendo adorado, só
que de uma forma diferente. Na verdade podemos afirmar que Moloque tem sido
adorado através do aborto pelo mundo afora e através de outras entidades satânicas que fazem sacrifícios de crianças.
O aborto é a forma moderna em que crianças
têm sido assassinadas e, como tal, essa é uma prática repudiada pelo Senhor.
Abortar é tirar a vida de um ser humano que não tem nem como se defender porque
ainda não nasceu, visto que a Bíblia ensina que a vida começa na concepção.
Deus nos forma quando estamos ainda no ventre da nossa mãe (“Tu criaste cada parte
do meu corpo; tu me formaste na barriga da minha mãe”. Salmos 139:13). O
profeta Jeremias e o apóstolo Paulo foram chamados por Deus antes deles terem
nascido, (“Antes do seu nascimento, quando você ainda estava na barriga da sua
mãe, eu o escolhi e separei para que você fosse um profeta para as nações”. Jeremias
1:5); “Porém Deus, na sua graça, me escolheu antes mesmo de eu nascer e me
chamou para servi-lo”. (Gálatas 1:15)
Vale a pena ressaltar que, à luz da ciência e
da Bíblia, uma criança não nascida é um ser completamente formado. Toda a
informação genética já foi recebida no momento da concepção. Uma criança não
nascida é uma pessoa completamente distinta da sua mãe. O bebê desenvolve todas
as suas características humanas quando está no ventre. Os cromossomos de uma
criança não nascida são únicos, seu DNA é único, sua impressões digitais são
únicas. Toda pessoa é uma criação singular de Deus. Jamais voltará a vida de
uma criança não nascida tirada por um aborto, isto posto, abortar a vida de uma
criança é desobedecer descaradamente o 6º mandamento, Êxodo Capítulo 20. De
acordo com a Bíblia e diante das leis de diversos países é considerado crime
hediondo.
O assassinato de crianças indefesas vem de
muito tempo. Na verdade, desde a antiguidade as nações têm matado crianças
recém-nascidas oferecendo-as aos seus deuses. Moloque foi um destes. Esse ídolo
do passado, deus dos amonitas, foi adorado na terra de Canaã e era venerado
através do sacrifício de crianças.
Moloque era representado de diversas
maneiras.
Às vezes, suas mãos encontravam-se bem rentes
ao chão para facilitar o acolhimento de suas vítimas. Em outras ocasiões
achavam-se elas de tal forma postadas que, tão logo recebiam as oferendas, em
sua maioria crianças recém-nascidas, deixavam-nas cair numa fornalha onde eram
carbonizadas. Há também representações e relatos de que algumas estátuas de
Moloque tinham a forma de um corpo humano com a cabeça de boi, sendo que o
ventre da estátua era um lugar onde o fogo era aceso e crianças queimadas
vivas.
Não é a toa que as Escrituras retratam a
reprovação de crime tão hediondo como este.
Levítico 18:21 “Não oferecerás a Moloque
nenhum dos teus filhos, fazendo-o passar pelo fogo; nem profanarás o nome de
teu Deus. Eu sou o Senhor”.
Levítico 20:2 “Também dirás aos filhos
de Israel: Qualquer dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros peregrinos em
Israel, que der de seus filhos a Moloque, certamente será morto; o povo da
terra o apedrejará”.
1 Reis 11:7 “Nesse tempo edificou
Salomão um alto a Quemós, abominação dos moabitas, sobre e monte que está
diante de Jerusalém, e a Moloque, abominação dos amonitas”.
2 Reis 23:10 “Profanou a Tofete, que
está no vale dos filhos de Hinom, para que ninguém fosse passar seu filho ou
sua filha pelo fogo a Moloque”.
Jeremias 32:35 “Também edificaram os
altos de Baal, que estão no vale do filho de Hinom, para fazerem passar seus
filhos e suas filhas pelo fogo a Moloque; o que nunca lhes ordenei, nem me
passou pela mente, que fizessem tal abominação, para fazerem pecar a Judá”.
Atos 7:43 “Antes carregastes o
tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que vós fizestes para
adorá-las. Desterrar-vos-ei pois, para além da Babilônia”.
A
palavra de Deus nos adverte que quem não adora a Deus em espírito e em verdade,
não entrará no reino dos céus.
Apocalipse
21.8
8.
Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas,
e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos,
a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.
Hoje
muitos líderes evangélicos estão carregando a cruz para dentro dos templos, em
flagrante idolatria diante de Deus e liberando o seu uso para os fiéis,
esqueceram que a cruz é adorada como um dos mais fortes ídolos do catolicismo
romano. O dia conhecido como “sexta-feira da paixão” é dedicado exclusivamente
para adoração da cruz e do ósculo “santo" obrigatório que todos devem dar
no madeiro de uma cruz sem a imagem do corpo, exposta nas igrejas católicas nas
missas de adoração da cruz.
A data
universal de adoração da cruz foi estabelecida desde 13 de setembro de 335 D.C quando foram consagradas em
Jerusalém duas igrejas em memória da cruz, a da Ressurreição e a do Martyrium.
No dia seguinte, com uma cerimônia solene, houve a ostensão da Cruz, que a
Imperatriz Helena havia encontrado, em 14 de setembro de 320. Mas o dia de
sexta-feira da paixão tornou-se um dia de adoração à “Santa Cruz” num cerimonial
todo completo de adoração e veneração da “Santa Cruz” e somente para ela, não tendo
nenhum outro objetivo ou ofício sacerdotal naquele dia nas igrejas católicas.
A
Bíblia nos diz em Apocalipse 22.14-17, que devemos permanecer em santificação e
adoração ao único Deus criador dos céus e da terra.
14.
Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro,
para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.
15.
Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os
homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.
16.
Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu
sou a Raiz e a Geração de Davi, a resplandecente Estrela da manhã.
17.
E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede
venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.
Deus
abençoe você e sua família.
Pr.
Waldir Pedro de Souza.
Bacharel
em Teologia, Pastor e Escritor.