segunda-feira, 3 de abril de 2023

O REAL MOTIVO DO PORQUE NÃO ADORAR A CRUZ

O REAL MOTIVO DO PORQUE NÃO ADORAR A CRUZ


A cruz e o seu real significado.

Você já ouviu falar sobre o dia da cruz? Com tantos elementos sagrados, cristãos e não cristãos, ‘em diversas culturas, como crucifixos, terços, imagens, ícones, contas, búzios, estrelas e luas’, um dia só para a cruz diz bastante sobre a relevância desse símbolo.

De acordo com informações das redes sociais católicas, o dia da cruz é “considerado uma celebração católica cristã de adoração exclusiva da cruz” sem a imagem do corpo, em que o símbolo da cruz é homenageado e lembrado como um instrumento de salvação, com o objetivo de reforçar o episódio da crucificação de Jesus.

Segundo a tradição da igreja católica a cruz é tida como um dos elementos centrais da fé cristã. Neste dia, o dia de sexta-feira da paixão, os fiéis católicos do mundo inteiro celebram a vitória de Jesus sobre a morte, o pecado e o diabo, conquistada na cruz do Calvário.

A data de 14 de setembro foi escolhida como o dia da cruz, porque no ano de 335 a Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, foi inaugurada. Como já diz o nome a igreja está localizada no lugar em que acreditam ser onde Jesus foi sepultado.

Constantino (272-337), ex-imperador romano, buscava encontrar relíquias de Cristo, incluindo a Vera (verdadeira) Cruz de Cristo, ou seja, a verdadeira cruz em que Jesus foi crucificado. No meio de buscas e escavações, acreditou-se ter encontrado a tal cruz e o local do sepultamento e ressurreição de Cristo. Dessa maneira, construíram nesse território a basílica.

A cruz é um símbolo de morte e não de vida. Eis um dos motivos do porque não devemos adora-la.

Principalmente usada por romanos, era uma ferramenta de assassinato, exposição e vergonha. Se olharmos a história da simbologia do cristianismo, no início era usado o símbolo do peixe para distinguir os cristãos na época das perseguições do império. Não, não é porque os discípulos eram pescadores ou porque Jesus multiplicou peixes junto com pães quando alimentou a multidão. O símbolo foi escolhido pois, em grego, a palavra “peixe” (ICHTHUS ou ICHTHYS) pode ser também um acróstico para “Jesus Cristo Deus Filho Salvador” (Iesus CHristus THeos Yios Soter).

Mais tarde, o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e a cruz foi sacralizada e aceita como símbolo cristão. Com o passar do tempo, a cruz com o Cristo crucificado, o crucifixo, fica marcada como imagem católico-romana, e alguns protestantes, a fim de se distinguir da religião católica, começaram a usar também a cruz, porém vazia, sem a imagem do senhor morto. Entretanto, no Brasil, tem-se uma aversão maior para com a adoração da cruz. Na colonização do nosso país, os protestantes negaram qualquer ponto de referência com a Igreja Católica Romana, de modo a realmente estabelecer uma distinção e um distanciamento. Vemos que as igrejas católicas são todas pintadas e cheias de símbolos e imagens, enquanto as evangélicas não têm tais adereços. Já em outros países, mesmo em igrejas protestantes, vemos pinturas e vitrais.

Será que temos a convicção da importância do sacrifício de Jesus na cruz e do que isso tem influência em nossas vidas?

A Bíblia nos ensina a olhar para o Cristo sacrificado e não para a cruz em que Jesus foi crucificado, devemos olhar somente para Jesus, autor e consumador da nossa fé, (Hebreus 12.2), e pregar o evangelho do Cristo que foi sacrificado em nosso favor, substituindo a cada um de nós e que ressuscitou ao terceiro dia e vive e reina para sempre e eternamente, (1 Coríntios 1.23).

Idolatrar objetos e símbolos, por mais privilegiados que sejam, desfaz completamente o significado do Evangelho.

O uso da simbologia da cruz pode e deve ser feito apenas para demonstrar o sofrimento de Jesus para nos salvar e não como objeto de adoração. Nós é que merecíamos ser crucificados para pagar o preço da nossa salvação.

Não temos base bíblica para adorar a cruz e muito menos para dedicar e santificar um dia exclusivo de adoração desse objeto horrendo em que Jesus foi executado nele. A tradição católico-romana dedicou o dia da chamada sexta-feira da paixão  para todos os católicos do mundo inteiro adorarem o madeiro, a cruz; nas ministrações das missas no dia de sexta-feira da paixão não é servida a hóstia aos fiéis e nenhum outro serviço sacerdotal, todos, inclusive os ministrantes se dirigem ao madeiro que está vazio, sem a imagem do cristo nela e depois todos dão um ósculo, um beijo na cruz, de adoração àquele madeiro.

Mas, infelizmente todos que vazios ali chegam, vazios voltam para suas casas. De fato o significado da cruz continua sendo o mesmo dos séculos passados: o de condenação e morte cruel daqueles que foram condenados justa e ou injustamente. Ela portanto não pode e nem deve estar nas igrejas evangélicas ou servir como objeto de culto ou símbolo de nossa fé e de devoção.

Na visão de quem adora a cruz, eles acreditam que estão agindo corretamente.

Em nosso mundo de hoje, falar da Adoração à “Santa” Cruz pode gerar confusão de significado, mas o que nós fazemos é venerar a Cruz e, enquanto a veneramos, temos nosso coração e nossa mente que ultrapassa aquele madeiro, ultrapassa o crucifixo, ultrapassa mesmo o local onde estamos, até encontrar-se com Nosso Senhor pregado naquela cruz, dando a vida para nos salvar. Quando beijamos a cruz, não a beijamos por si mesma, a beijamos como quem beija o próprio rosto de Jesus, é a gratidão por tudo que Nosso Senhor realizou através da cruz. O mesmo gesto o padre realiza no início de cada Missa ao beijar o Altar. É um beijo que não pára ali, é beijar a face de Jesus. Por isso, não se adora o objeto. O objeto é um símbolo, ao reverenciá-lo mergulhamos em seu significado mais profundo, o fato que foi através da Cruz que fomos salvos.

Nós cristãos temos a consciência que Jesus não é apenas um personagem da história ou alguém enclausurado no passado acessível através da história somente. “Jesus está vivo!” Era o que gritava Pedro na manhã de Pentecostes e esse era o primeiro anúncio da Igreja. Jesus está vivo e atuante em nosso meio, a morte não O prendeu. A alegria de sabermos que, para além da dolorosa e pesada cruz colocada sobre os ombros de Jesus, arrastada por Ele em Jerusalém, na qual foi crucificado, que se torna o simbolo de sua presença e do amor de Deus, existe Vida, existe Ressurreição. Nossa vida pode se confundir com a cruz de Jesus em muitos momentos, mas diante dela temos a certeza que não estamos sós, que Jesus caminha conosco em nossa via sacra pessoal e, para além da dor, existe a salvação.

Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida, como muitos se propõem, mas o Deus vivo e operante em nosso meio.

Imagens que não são  ídolos são permitidas na Bíblia para embelezar lugares. No templo havia imagens de flores e frutas para decoração. No Santo dos Santos e na Arca da Aliança havia imagens de querubins, para lembrar que esse era um lugar sagrado. (1 Reis 6:27-29).

Quando o povo no deserto estava morrendo de picadas de cobras, Deus mandou Moisés fazer uma serpente de bronze. Todo o que olhasse para ela seria curado. Não era preciso adorá-la nem sequer orar para ela, só olhar (Números 21:8-9). Mas quando o povo começou a adorar a estátua, o rei Ezequias a destruiu, porque se tinha tornado idolatria (2 Reis 18:4).

Posso ter imagens em casa?

Deus não tem problemas com arte popular mas não é bom ter imagens ligadas à idolatria em nossas casas como santos, budas, deuses hindus, dentre tantos outros. Se uma imagem leva você ou outra pessoa a pecar, adorando outra coisa que não é Deus, jogue fora. (Mateus 18:8-9). Se uma imagem em casa lhe deixa desconfortável, talvez por causa do temor a Deus, será melhor se livrar dela.

Uma imagem poderá não ter significado nenhum para uma pessoa mas ser um símbolo de idolatria para outra. Cada pessoa precisa seguir sua consciência e saber identificar o que é idolatria.

Por exemplo, uma imagem pornográfica tem uma mensagem ruim, porque apela claramente ao pecado, então não é bom ter em casa imagens que convidam ao pecado. (1 Tessalonicenses 5:22).

Por outro lado, um presépio de Natal, que tem uma mensagem boa, pode ser interpretada de formas diferentes. Uma pessoa pode se lembrar do nascimento de Jesus e dar graças a Deus, enquanto outra pessoa pode sentir vontade de adorar as imagens que estão ali representadas. Para a primeira pessoa a imagem é boa mas para a segunda pessoa a imagem é ruim.

Imagens na Bíblia. O quê a Bíblia diz sobre as imagens.

O segundo mandamento proíbe a criação de imagens para adoração. (Deuteronômio 5:8-10). Adorar, reverenciar ou prestar culto a qualquer tipo de imagens é idolatria. Só devemos adorar a Deus. Se você sente vontade de adorar uma imagem, tire essa imagem de sua casa e deixe Deus dentro da sua casa.

Quando as pessoas se voltavam para Deus, tiravam os ídolos de sua casa. (Gênesis 35:2-3). Esse era um sinal de sua dedicação total a Deus. Não é aconselhável ter imagens de culto de outras religiões em casa, porque transmite a mensagem errada.

Por outro lado, não há problema nenhum em ter imagens para decoração e lembrança. O templo de Deus tinha várias imagens decorativas que celebravam a beleza da criação e ajudavam a lembrar a glória e o poder de Deus. Essas imagens não induziam ninguém ao pecado  (1 Reis 6:27-29).

A cruz foi elevada a condição de ser adorada pelos Teólogos e bispos católicos após o ano 300 D.C.   

A cerimônia de adoração da cruz começa às três horas da tarde da sexta-feira chamada “Santa”. Na Sexta-Feira Santa o sacerdote é convidado a subir ao Calvário. Às três da tarde, às vezes um pouco mais tarde, acontece a celebração da Paixão de Cristo em três momentos: a Palavra, a adoração à Cruz e a declara da devoção da comunhão com a cruz através do ósculo (beijo) no madeiro, daí dirigem-se em procissão e em silêncio ao altar. Depois de ter reverenciado o altar, que representa Cristo na austera nudez do Calvário, ele se prostra em terra, literalmente deita no chão, é como no dia da ordenação. Assim, expressa a convicção do seu nada diante da majestade divina, e o arrependimento por ter se atrevido a medir-se, por meio do pecado, com o Onipotente. Como o Filho que se anulou, o sacerdote reconhece seu nada e assim tem início sua mediação sacerdotal entre Deus e o povo, que culmina na oração universal solene.

Depois se faz a ostensão e a adoração da Santa Cruz: o sacerdote se dirige ao altar com os diáconos e lá, em pé, ele a recebe e a descobre em três momentos sucessivos ou a mostra ( a cruz) já descoberta e sem a imagem do senhor morto e convida os fiéis à adoração, em cada momento, com as palavras: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Em sua descarnada solenidade, aqui, no coração do ano litúrgico, a tradição resistiu tenazmente mais que em outros momentos do ano. Lembrando que a tradição católica tem mais valor pra eles do que a Bíblia Sagrada.

O sacerdote, após ter depositado a casula, (Casula é a última veste que o sacerdote usa por cima de todas as outras), se possível descalço, aproxima-se primeiramente da cruz, ajoelha-se diante dela e a beija.

A teologia católica não teme em dar aqui à palavra “adoração” seu verdadeiro significado, que é a idolatria da cruz. Para a tradição católica e segundo eles, a verdadeira Cruz, banhada com o sangue do Redentor, torna-se, por assim dizer, uma só coisa com Cristo e recebe a devida reverência. Dizem: Por isso, prostrando-nos diante do lenho sagrado, nós nos dirigimos ao Senhor: “Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz redimistes o mundo”.

A Carta aos Hebreus é o único texto do Novo Testamento que atribui ao nosso Senhor Jesus Cristo os títulos de “Sacerdote”, “Sumo Sacerdote” e “Mediador da Nova Aliança”, graças à oferenda do sacrifício do seu corpo, antecipado na Ceia mística da Quinta-Feira Santa, consumado sobre a cruz e apresentado ao Pai com a ressurreição e a ascensão ao céu. (Hb 9,11-15). Este texto é meditado na Liturgia das horas da quinta semana da quaresma ou da paixão, como no calendário litúrgico da forma extraordinária do Rito Romano e na Semana Santa.

Sacerdotes católicos dizem: devemos sempre contemplar Cristo e ter os mesmos sentimentos d’Ele; esta ascese acontece com a conversão permanente. Como se realiza a conversão em nós, sacerdotes? No rito da ordenação nos é pedido o ensino da fé católica, não das nossas ideias; “celebrar com devoção dos mistérios de Cristo, isto é, a liturgia e os sacramentos segundo a tradição da Igreja”, e não segundo o nosso gosto; sobretudo, “estar cada vez mais unidos a Cristo Sumo Sacerdote, que, como vítima pura, ofereceu-se ao Pai por nós”, isto é, confirmar nossa vida segundo o mistério da Cruz.

O Salmo 115 é uma verdadeira refutação bíblica sobre este assunto e nos ensina que devemos adorar somente a Deus.

1.     Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.

2. Por que dirão as nações: Onde está o seu Deus?

3. Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz.

4. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.

5. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem;

6. têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram.

7. Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.

8. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam.

9. Confia, ó Israel, no Senhor; ele é teu auxílio e teu escudo.

10. Casa de Arão, confia no Senhor; ele é teu auxílio e teu escudo.

11. Vós, os que temeis ao Senhor, confiai no Senhor; ele é vosso auxílio e vosso escudo.

12. O Senhor, que se lembrou de nós, abençoará; abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão.

13. Abençoará os que temem ao Senhor, tanto pequenos como grandes.

14. O Senhor vos aumentará cada vez mais, a vós e a vossos filhos.

15. Sede benditos do Senhor, que fez os céus e a terra.

16. Os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens.

17. Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio.

18. Mas nós bendiremos ao Senhor, desde agora e para sempre. Louvai ao Senhor!

Os Cristãos podem usar crucifixos? Quem usa dá a entender que está adorando a cruz no lugar de adorar a Jesus?

A Bíblia afirma que maldito era aquele que fosse suspenso no madeiro (cruz), e devemos aceitar isso. Os homens deturparam a mensagem da cruz, fazendo suas pequenas (ou grandes) cruzes como se fossem amuletos para dar boa sorte, proteção e identificação de que são cristãos.

Porém os significados da cruz na Bíblia são diferentes daqueles que o homem inventou. A cruz era, em princípio, os pedaços de madeira onde criminosos eram mortos. Jesus morreu pregado numa cruz, portanto a cruz passou a ser um emblema da morte de Cristo (leia Fp 2.8; Cl 1.20; 1 Co 1.18). É também um emblema de vergonha e rejeição. (Lc 9.23).

Particularmente não tenho nenhuma cruz na parede de minha casa ou pendurada em alguma corrente, pois a cruz, em si mesma, os pedaços de madeira, foram os instrumentos de suplício daquela maldade contra o nosso Salvador, Jesus Cristo. Eu não iria querer pendurar um laço de corda na parede de meu quarto se alguém que eu amo tivesse morrido enforcado nela. Portanto a cruz, como objeto de madeira, foi o instrumento de suplício onde Jesus morreu.

Porém, as Escrituras, conforme as passagens acima, mostram que a palavra "cruz" significa a obra redentora de Cristo em sua totalidade, para salvar a humanidade da condenação do pecado original lá no Jardim do Édem. Em  Seu sacrifício, Jesus foi levando todos os nossos pecados. O apóstolo Paulo nos ensina em Romanos 3:23-26, da seguinte maneira:

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”.

Então, quando digo que devemos nos lembrar da cruz, não quer isto dizer que devemos nos lembrar do instrumento de madeira que Jesus foi executado nela, mas do sacrifício do Senhor Jesus para nos salvar. Da mesma maneira, na cruz Ele foi rejeitado pelos homens e até por Deus o Pai, porque Jesus estava ali cumprindo uma missão, a de salvar a humanidade da condenação eterna. (Salmo 22). Portanto, posso pensar na cruz mas não só no instrumento de madeira como uma posição de rejeição, porém e principalmente no sacrifício vicário de Jesus ali no calvário. Dizer que devemos levar a cruz de Cristo significa dizer que devemos tomar o lugar de rejeição e afronta que Ele sofreu aqui na terra e suportar o sofrimento quando formos rejeitados por sermos servos do Senhor Jesus.

A "cruz de Cristo", no sentido de sacrifício de Cristo é o único meio de salvação para o homem pecador. Porém a cruz, o instrumento de madeira, nada pode fazer pelo pecador, por ser apenas um instrumento de suplício e maldição, assim como é uma forca, uma guilhotina ou uma cadeira elétrica.

Ao ser levado ao madeiro, Jesus Cristo foi feito maldito; ali ele foi considerado pelo homem como um horrível criminoso que merece a morte por seus crimes. Isaías 53. Quando lemos a notícia de alguém que foi, por exemplo, executado numa cadeira elétrica nos países onde há pena de morte, a notícia sempre vem acompanhada dos horríveis crimes que tal pessoa cometeu. Assim, um viajante que passasse por Jerusalém naquele dia e visse Jesus na cruz logo o consideraria como algum criminoso amaldiçoado. A acusação foi escrita numa placa e dizia INRI.

INRI e a placa na cruz de Jesus.

Pilatos mandou escrever a acusação contra Jesus em uma placa. A acusação foi escrita nas três línguas comuns da região: Latim, Grego e Aramaico.

Assim, todos poderiam entender o que estava escrito. A acusação era que Jesus era o rei dos judeus. Os líderes religiosos não gostaram disso, porque parecia que ele tinha sido aceito como rei pelos judeus, e queriam que fosse mudado para “ele dizia ser o rei dos judeus”. (João 19:20-22). Mas Pilatos não mudou o que tinha escrito.

Para Pilatos, essa inscrição provavelmente era uma forma de mostrar ao povo o que aconteceria se eles se revoltassem contra Roma. Mas o que estava escrito era uma verdade muito maior do que ele imaginava. Jesus era mesmo o Rei dos judeus. Ele era o rei prometido por Deus para salvar o mundo e estabelecer o Reino de Deus. E sua morte na cruz era uma parte essencial desse plano.

O que estava escrito exatamente na placa?

Nos relatos dos quatro evangelhos, as palavras na placa na cruz são ligeiramente diferentes:

Em Mateus 27:37 está escrito : Este é Jesus, o Rei dos Judeus.

Em Marcos 15:26 está escrito: O Rei dos Judeus.

Em Lucas 23:38 está escrito: Este é o Rei dos Judeus.

Em João 19:19 está escrito: Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus

INRI vem da versão do evangelho de João. Provavelmente o que aconteceu foi que cada um dos evangelhos registrou uma parte da inscrição, em vez da inscrição completa. Ou então, as versões nas três línguas diferentes podem ter sido ligeiramente diferentes. A inscrição completa pode ter sido algo como “Este é Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.

Porém, o pior ainda estava por vir, quando Cristo foi considerado maldito não apenas por homens, mas pelo próprio Deus que não suportou ver o sofrimento de Seu filho. Na cruz Jesus Cristo foi feito pecado por nós,  (2 Co 5.21), portanto, tornou‑Se em algo com que o próprio Deus não podia ter comunhão. Ele foi feito culpado para que pudéssemos ter nossa dívida paga diante do Pai. 1Corintios 6.20.

Hoje tenho Jesus, hoje vivo feliz, hoje tenho com Deus comunhão. Gratidão, gratidão, deve ser a nossa eterna felicidade pela nossa gratuita salvação.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

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