segunda-feira, 1 de setembro de 2025

JESUS CRISTO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA

JESUS CRISTO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA.



O mundo está sem esperança de livramento, sem esperança de ser curado, sem esperança de ser perdoado, sem esperança de Salvação. O mundo está desassistido de esperança. As pessoas andam desesperançadas com a política, com os políticos, com a família, com os amigos enfim o mundo está sem esperança. Avançamos em nossas conquistas científicas, mas destruídos nosso habitat natural e nossas relações de amizade com os que se dizem ser nossos amigos. Os homens recebem educação, tornam-se eruditos, mas seu coração continua corrompido e inclinado para o mal. As filosofias eruditas levaram o mundo para o desespero. As escolas psicológicas não encontraram respostas aos conflitos da alma nem puderam dar paz ao coração. As religiões se multiplicam tentando abrir um caminho da terra ao céu, mas trazem mais desencanto. A única esperança da humanidade é sermos alcançados pela abundância da graça de Jesus. Ele é o caminho de volta para Deus. Ele é a porta do céu. Ele é o Mediador entre Deus e os homens. Ele é o Pão da vida. Jesus é o bom Pastor. Jesus é porta das ovelhas. Jesus é o Caminho, e a Verdade, e a Vida. Ele é a Ressurreição e a Vida, a Videira verdadeira, o Salvador, o Rei da glória, o Único que tem poder de oferecer vida e vida em abundância. 
A - Depois das saudações iniciais da sua primeira epístola, o apóstolo Pedro escreveu sobre Jesus como nossa única esperança e sobre a manifestação da graça de Deus em nossas vidas em toda a sua plenitude dizendo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo”, (1 Pedro 1:3-5). Em poucas palavras Pedro resumiu aspectos importantes da mensagem do evangelho de Jesus Cristo e da graça de Deus derramada abundantemente sobre a vida dos que creem no Caminho sobremodo excelente de servirmos a Cristo. 
B - Deus coopera para a nossa salvação. Aprendemos na Bíblia que há um só Deus, e também aprendemos que há três pessoas identificadas como Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Pela dificuldade de compreender perfeitamente a ideia de um só Deus em três pessoas, muitos têm criado outras doutrinas. Dificuldades em entender ou explicar um fato não são motivos para negar verdades reveladas. Pedro falou da participação dessas três pessoas cooperando para nossa salvação (1 Pedro 1:2-3). Sua mensagem é a mesma ensinada pelo apóstolo Paulo e pelo próprio Senhor Jesus Cristo. 
C - "A salvação é pela misericórdia de Deus. O entendimento dos fariseus no primeiro século, e de defensores de algumas religiões e filosofias nos dias atuais, é de salvação por obras de mérito, seja obediência perfeita à Lei dada aos israelitas ou as boas obras de caridade pela qual a pessoa se qualifica para a felicidade eterna. A mensagem do evangelho, porém, é outra. A nossa única esperança da salvação depende da graça de um Deus misericordioso e disposto a perdoar. Paulo disse: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2:8). 700 anos antes de Paulo, Isaías escreveu: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”, (Isaías 55:7). 
1 - Deus nos dá vida pela ressurreição de Jesus. A ressurreição de Jesus é uma doutrina chave do evangelho. Paulo defende a ressurreição e admite abertamente que derrubar esta doutrina teria o efeito de destruir a fé cristã. “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé.... Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Coríntios 15:14,20,21). Quando Jesus ressuscitou e venceu a morte uma vez por todas, ele abriu a porta à vida eterna para todos que decidem segui-lo. 
2 - Deus nos oferece uma viva esperança. Pedro escreveu para pessoas perseguidas que enfrentavam a real possibilidade de serem mortas por causa da sua fé. Mas ele faz pouco caso deste perigo por confiar na viva esperança. Deus deu vida para Jesus e ressuscitará seus seguidores. 
3 - Há uma herança eterna reservada nos céus. As palavras usadas em 1 Pedro 1:4 e 5 mostram a enorme diferença entre a herança que Deus nos oferece e as heranças materiais desta vida. É uma herança perfeita e permanente. É importante observar onde Deus reserva essa herança: está, “reservada nos céus para vós outros”. Enquanto alguns distorcem a palavra para incentivar a fé em habitar em um paraíso terrestre, Pedro deixa bem claro que a herança que aguardamos está reservada nos céus. 
4 - O próprio Deus guarda os fiéis para a salvação. A linguagem de 1 Pedro 1:5 é bem parecida com um comentário que Paulo fez a Timóteo: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia”, (2 Timóteo 1:12). 
- A confiante esperança do cristão não depende do seu próprio mérito, e sim da graça do Deus que é poderoso para ressuscitar seu Filho, de nos regenerar espiritualmente e, no final, de nos ressuscitar para a vida eterna. Bendito seja Deus. 
6 - Origem da graça salvadora. Toda a graça está em Deus, (1 Pe 5.10) e nós recebemos a graça salvadora por intermédio de Jesus Cristo, nos comunicando tudo o que é dEle de maneira contínua. Moisés deu a lei, mas Jesus Cristo trouxe a graça. “Porque todos nós temos recebido de sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”, (Jo 1.16-17). 
7 - Características da graça salvadora. A graça de Jesus tem diversas características que podem ser distinguidas na Palavra de Deus. Hoje abordamos temas que achamos muito importantes para a nossa postagem e que influenciam diretamente nossa comunhão com Deus, quais sejam, que a graça de Jesus é soberana. A lei não foi capaz de proporcionar a redenção, pelo contrário, com a lei o pecado ficou ainda mais evidente, mostrando a necessidade de uma redenção plena e total que veio mediante Jesus Cristo pela graça. A evidência do reino do pecado foi a morte; a evidência do reino da graça é a vida eterna pela justiça de Cristo. “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela a morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”, (Rm 5.20-21). 
8 – A graça de Jesus é superabundante. A graça de Jesus é infinitamente mais poderosa para o bem do que o pecado de Adão foi para o mal. Ela transbordou nos dando muito mais do que aquilo que o pecado de Adão nos tirou. “Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. Pois se muitos morreram por causa da transgressão de um só, muito mais a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para muitos”, (Rm 5.15). 
9 – A graça de Jesus é multiforme e por isso os crentes em Cristo são abençoados com dons espirituais diversos ou capacitações especiais dadas pelo Espírito Santo para servirem uns aos outros e testemunharem como vivem as pessoas no reino de Deus. “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas”, (1 Pe 4.10). 
10 – A graça de Jesus, ela é suficiente. A graça de Deus é suficiente para vivermos uma vida vitoriosa em qualquer circunstância. Muitas vezes Deus nos abençoa nessa terra, não destruindo ou retirando um mal que nos aflige, mas, pela graça, transformando-o em motivo de fé, crescimento espiritual e testemunho. “Mas ele me disse: minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. (2 Co 12.9). 
11 - A graça de Jesus é eterna: Deus planejou e determinou a salvação da humanidade desde a eternidade. Portanto, salvação é um ato da graça imensurável do Senhor Jesus independentemente do esforço humano, mas baseada no sacrifício de seu filho Jesus Cristo. “…(Ele, Jesus)... nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras ou méritos, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos”, (2 Tm 1.9). a. Você já recebeu a graça salvadora de Jesus Cristo em sua vida? b. Você tem visto a graça operando em sua vida? c. Você tem orado e agradecido a Deus pela sua graça? d. A graça é tudo o que precisamos para viver uma vida vitoriosa. Não podemos, em momento algum, depender dos nossos esforços, capacidade, talentos naturais, etc., mesmo que sejam muito importantes, mas devemos depender única e exclusivamente da graça do Senhor Jesus que é capaz de suprir todas a nossas deficiências e necessidades. 
Deus abençoe você e sua família. 

 Pastor Waldir Pedro de Souza. 
 Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

A OBSERVÂNCIA DA OBEDIÊNCIA BÍBLICA

A OBSERVÂNCIA DA OBEDIÊNCIA BÍBLICA.


A igreja pode "disciplinar" e ou "excluir" membros mesmo que isto cause comoção e ressentimentos negativos no meio do povo de Deus? Membros efetivos, porém merecedores de tal aplicação e que estão na plena comunhão da igreja, sim, porém frequentadores, visitantes ou congregados, não. 1 Timóteo 5.19-21 diz: 19. Não aceites acusação contra presbítero, senão com duas ou três testemunhas. 20. Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor. 21. Conjuro-te, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que, sem prevenção, guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade. Mas isto não acontece com frequência, são realizadas quando necessárias e dentro dos padrões mais rigorosos da orientação bíblica e estatutária de cada denominação. Normalmente disciplina na igreja é em etapas Mt 18:15-17: Ora, se teu irmão pecar contra Ti, (1) vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; (2) Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. Excluir membros do Corpo de Cristo que é a igreja na terra, não é uma prática tão comum nas igrejas como era na década de 80, por exemplo. 
A - Nos dias de hoje dificilmente a igreja modernizada com novas teologias e novos padrões de comportamentos e de estilos de vida, suportariam as doutrinas e comportamentos dos tempos dos apóstolos. Hoje a igreja moderna baseia-se mais no “vale quanto pesa” do que no valor das ordenanças bíblicas. A tolerância com a membrezia da igreja é marcada pelo quesito “vale a pena excluir um membro que contribui com ofertas e dízimos de alto valor?”, já que outras denominações estão de olho para acolher “de braços abertos” estes membros que foram jogados pra fora da comunhão daquela comunidade? A falta de disciplina diante das atitudes de alguns irmãos pode provocar sérios problemas à comunidade eclesiástica e, consequentemente, ao testemunho do Evangelho diante da sociedade? No linguajar de muitos tem que se analisar quem é para depois julgar. Ninguém gosta de ser disciplinado, muito menos aqueles que mais precisam. A igreja hoje, com raras exceções, não tem prazer nenhum em excluir alguém do seu convívio, da sua membrezia. A pós-modernidade ensina que não existe um padrão de conduta absoluto e que cada um deve escolher o seu modo de viver, seu estilo de vida, sem ter que dar satisfação a ninguém de suas escolhas. A disciplina se tornou uma agressão à individualidade, uma intromissão ao mundo particular. O púlpito tem que ser honrado como tal e as lideranças evangélicas devem ministrar até sobre comportamentos e usos e costumes inadequados para se apresentar nos púlpitos das igrejas, sem estes quesitos o púlpitos vai ser considerado evangelho dos homens e não o evangelho de Jesus Cristo. 
B – Vive-se hoje a era do “faça o que lhe dá prazer e lhe traga felicidade”, “o importante é você se sentir bem”, “é proibido proibir”, “o importante é te fazer feliz”, o importante é viver a vida como ela é”, e por aí vai. Muitos crentes não acreditam mais na volta de Jesus. Muitos crentes não acreditam na existência do inferno. Mas o resultado disso tudo é uma visão de lincenciosidade e de confusão mental, além de transtornos emocionais, perca do sentido do que é moral e ético na vivência do dia a dia. O apóstolo Paulo relatou nos textos bíblicos escritos por ele, vários casos de indisciplina da membrezia das Igrejas de sua época. Também há relatos no livro de Apocalipse sobre o assunto, basta ler as cartas dirigidas às sete igrejas do Apocalípse capítulos 2 e 3, que mostram claramente o quanto o problema é antigo. 
C - Excluir e afastar membros de uma igreja continua sendo uma prática das igrejas históricas, que adotam o sistema de governo eclesiástico ministerial, onde os membros também são considerados juridicamente associados, possuindo até cartões de membros e ordenação ao exercício do diaconato, presbíteros, evangelistas, missionários e missionárias, pastores e pastoras, dentre outros cargos importantes para o funcionamento da igreja, do ministério e da convenção. 
D - Nas igrejas neopentecostais, que têm também o sistema de governo eclesiástico ministerial onde os membros são considerados, inclusive para todos os efeitos legais, como fiéis, eles podem ser tecnicamente excluídos, na medida em que são “frequentadores”, se batizaram nas águas e são conhecedores dos padrões de vida e de aceitação de cada membro para integrar e interagir uns com os outros membros e congregados, bem como novos convertidos. Muitos, apesar de participarem das atividades religiosas, ao envolverem-se e ministrarem nos cultos e nas cerimônias espirituais, inclusive, contribuindo financeiramente, não têm qualquer compromisso legal com a igreja como organização jurídica. O ordenamento jurídico das organizações religiosas sem fins lucrativos está bem descrito nas leis atuais, as quais são também acompanhadas dos estatutos e regimento interno de cada igreja e ou convenção, além do credo religioso de cada denominação, denominado de: “Em que nós cremos”. A imutabilidade de Deus e seus princípios morais e éticos. 
1 - A Bíblia nos ensina que Deus é imutável: "Eu, o Senhor, não mudo", (Malaquias 3:6). Isso significa que os padrões de justiça, santidade e moralidade estabelecidos por Deus não estão sujeitos às flutuações culturais ou às tendências sociais. A doutrina progressista, ao buscar redefinir conceitos fundamentais como o casamento, a família e a moralidade sexual, tenta adaptar os princípios de Deus para se alinhar com os valores temporais da sociedade, sem perceber que tais mudanças são incongruentes com a natureza imutável de Deus, uma temeridade, se não vejamos o que são valores morais e por que são importantes. Valores morais são as regras que usamos para definir o que é certo ou errado. Todas as pessoas acham que podem ter seus próprios valores morais e que podem usar o livre arbítrio para decidir como devem viver, tudo bem, mas esta liberdade que Deus nos deu no livre arbítrio tem seus limites que são balizados pelos princípios e valores Cristãos que todos devemos observar e viver. 
2 - Os valores e princípios morais da Bíblia são perfeitos e devem ser seguidos por todo cristão. Os valores morais definem o que uma pessoa ou sociedade valoriza. Esses valores são formados a partir da educação que as pessoas recebem, de suas experiências de vida e de suas crenças. As pessoas usam seus valores morais para tomar decisões e orientar suas ações. 
3 - Pessoas diferentes podem ter valores morais diferentes. Por exemplo, uma pessoa pode valorizar mais o respeito no emprego, enquanto outra pode valorizar mais o cumprimento das metas. Assim, cada um tomará decisões diferentes em sua carreira, porque têm valores diferentes em relação ao trabalho. Os valores morais são muito importantes, porque podem definir o rumo da vida e até de uma sociedade inteira. Valores morais baseados em princípios errados podem causar muito sofrimento e desgraça. Os valores morais na Bíblia. Os valores morais da Bíblia mostram aquilo que Deus valoriza. Ele nos ensina o que é realmente bom e importante na vida. Quando nossos valores morais estão em sintonia com os de Deus, descobrimos uma maneira melhor de viver. O valor mais importante na Bíblia é o amor, (Colossenses 3:14). O amor a Deus deve estar acima de tudo, porque só quando amamos a Deus é que amamos plenamente o bem, que vem de Deus. Jesus também disse que o segundo maior mandamento é amar os outros como a nós mesmos, (Marcos 12:30-31). 
4 - Assim, o amor deve reger tudo que fazemos. A imutabilidade de Deus é um tema bíblico que está presente em vários versículos, entre eles: "Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, filhos de Jacó, não sois consumidos". "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente". "Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa". "A erva seca, e a flor murcha, mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre". A imutabilidade de Deus significa que Ele não muda, não altera o Seu ser, as Suas perfeições, os Seus propósitos e promessas. A Bíblia também fala sobre o amor de Deus, que é fonte de cura, libertação e restauração. Por exemplo, em João 15:10, está escrito: "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor". 
5 - Como obedecer a Deus? Para obedecer a Deus, é crucial conhecê-Lo através da leitura da Bíblia e oração, buscando compreender Seus mandamentos e princípios. Além disso, é fundamental amar a Deus sobre todas as coisas, ter uma vida dirigida pelo Espírito Santo e confiar que o caminho Dele é o melhor, mesmo quando não entendemos. A obediência envolve seguir os mandamentos, viver de acordo com Seus princípios e alinhar suas ações com a Sua vontade. Isso inclui afastar-se de maus costumes, buscar o arrependimento e praticar o bem. 
6 - Passos para obedecer a Deus: a. Conhecer a Deus, leia a Bíblia e ore para entender os mandamentos e a vontade de Deus. b. Para amar a Deus: Ame-O acima de todas as coisas e busque agradá-Lo. c. Seguir os mandamentos: Obedeça aos mandamentos de Deus, que são um guia para uma vida justa e feliz. d. Viver de acordo com os princípios bíblicos: Alinhe suas ações e escolhas com os princípios de Deus. e. Confiar em Deus: Confie que o caminho de Deus é o melhor, mesmo quando não entender. f. Buscar o Espírito Santo: Deixe que o Espírito Santo guie sua vida e te ajude a discernir a vontade de Deus. g. Arrepender-se dos erros: Se você pecar, arrependa-se sinceramente e busque o perdão de Deus. h. Praticar o bem: Ajude os outros, seja um bom exemplo e viva em paz com todos. i. Não se desviar: Seja consistente em sua obediência e não se deixe influenciar pelo mundo. j. Agradecer a Deus: Seja grato pelas bênçãos recebidas e reconheça a Sua bondade. A obediência a Deus traz bênçãos, proteção e paz, além de fortalecer sua fé e relacionamento com Ele. Ao obedecer, você se torna um instrumento de Deus neste mundo, levando esperança e amor aos outros. 
7 - Como obedecer aos estatutos da igreja. Obedecer aos estatutos da igreja é uma exigência de legalidade e boa prática para os membros de uma instituição religiosa, pois estes documentos estabelecem as normas internas, o funcionamento, a organização e a transparência das atividades eclesiásticas, garantindo conformidade com as leis civis e a missão religiosa da igreja. Os estatutos e o regimento interno definem o propósito da igreja, os direitos e deveres dos membros, a gestão do patrimônio e as regras para a condução da vida comunitária. 
8 - O que os estatutos da igreja estabelecem: A origem da fundação e a estrutura da igreja. O estatuto define a denominação da igreja, a localização da sede e as regras para a criação e extinção daquela organização, além de estabelecer a diretoria colegiada. a) Normas internas: Ele complementa o regimento interno, que estabelece as regras específicas para o funcionamento do dia a dia da igreja, como a realização de sacramentos e as funções administrativas. b) Finanças e patrimônio: Os estatutos determinam as condições de extinção da igreja e o destino do seu patrimônio, que deve ser sempre gerido com transparência. c) Legalidade e conformidade: Garante que a igreja siga normas que evitem problemas com a justiça ou o fisco, mantendo a legalidade de suas atividades e a conformidade com a legislação civil, como a obrigatoriedade de inscrições jurídicas e públicas. 
9 - A importância para os membros da transparência e da legalidade: a) Para a comunidade religiosa, obedecer aos estatutos garante que a igreja opere dentro da legalidade e com transparência, sendo um reflexo do testemunho cristão. b) Comunhão e harmonia: A adesão aos estatutos permite manter a comunhão com a Igreja, entendendo e aplicando os ensinamentos e normas que regem a vida eclesial. c) Deveres e direitos: Os estatutos estabelecem os direitos e deveres dos membros, garantindo que todos participem ativamente da vida da igreja de forma organizada e respeitosa. 
10 - O que são leis e estatutos de uma igreja evangélica? Obedecer aos estatutos de uma igreja evangélica significa seguir as regras definidas no seu documento jurídico e regimento interno, que estabelecem as diretrizes para o funcionamento da organização, os direitos e deveres dos membros, as normas de conduta e os procedimentos disciplinares. Esses estatutos garantem a organização e conformidade da igreja com as leis civis, além de refletir a doutrina e os valores da comunidade. 
11 - O que são os Estatutos e Regimentos Internos de uma igreja evangélica? a) Documento Jurídico (Estatuto Social): Funciona como a "constituição" da igreja, um documento que estabelece a denominação, a sede, os fundadores, a diretoria, as condições de extinção e destinação do patrimônio, e outras informações legais obrigatórias. b) Regimento Interno: Um documento mais detalhado que especifica as regras de comportamento para membros e obreiros, as condições para cargos e ministérios, os procedimentos para batismos, e as formas de disciplina e exclusão. 
12 - Por que os Estatutos são importantes para a organização e funcionamento: a) Definem as bases para a organização e o funcionamento administrativo, eclesiástico, jurídico, financeiro e contábil da igreja. b) Trás uma conformidade legal: Asseguram que a igreja esteja em conformidade com as leis civis, permitindo o registro e a obtenção de documentos jurídicos, o que é essencial para suas atividades. c) Doutrina e Valores: Refletem a doutrina e os princípios bíblicos que a igreja professa, como a aceitação da Bíblia como única regra de fé e prática, por exemplo. d) Como se dá a Obediência? A obediência aos estatutos e regimentos internos de uma igreja evangélica é um ato de comunhão com a igreja e respeito pelas suas regras estabelecidas. Para os membros e obreiros, isso envolve: cumprir as regras de conduta, seguir as normas de comportamento estabelecidas no regimento interno, que podem incluir vestimentas, comportamento servil em cultos, e moralidade. Envolvendo também o respeitar a hierarquia, ser leal aos superiores hierárquicos e à igreja, conforme indicações como as dos artigos inerentes ao assunto em seus estatutos. Cumprir obrigações e determinações dos superiores declarados estatutariamente, manter-se em dia com as obrigações espirituais e financeiras com a igreja para ter direitos, como votar e ser votado, conforme os estatutos. Submeter-se às normas disciplinares, aceitar a aplicação de disciplinas, suspensões ou exclusão, caso procedimentos incompatíveis com a moral cristã sejam cometidos, fatos este todos previstos nos estatutos. 
13 - Fazei tudo para a glória de Deus, 1 Coríntios 10:31-33 – “31. Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus. 32. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. 33. Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar”. Para o povo de Deus e todos os cristãos em plena comunhão com Deus temos que observar que Deus não tem servos superiores aqui na terra, Deus ama a todos igualmente mas às vezes nos julgamos os menores e mais rejeitados. Por menores que sejamos no Reino de Deus, sempre haverá alguém menor que nós, dos quais somos exemplos de conduta cristã. Não adianta pensarmos que ninguém está olhando para nós. Sim, somos vistos e as pessoas estão olhando e procurando aprender com o nosso comportamento, com os nossos exemplos e palavras, o que fazemos na vida cristã diuturnamente. Jesus faz uma advertência em Mt 18.6: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse jogado na profundeza do mar”. Paulo em Rm 14.21 explica: “É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar” ou se ofender ou se enfraquecer”. É o caso de muitos que se escandalizam por falta de vigilância de obreiros que não zelam pelo bom testemunho para com os de fora. 
14 - Não devemos buscar os nossos próprios interesses na igreja, mas o interesse coletivo. A nossa tendência natural, devido a nossa pecaminosidade, é sermos egoístas e buscarmos os nossos próprios interesses. Porém, às vezes, quando defendemos os nossos interesses querendo levar vantagens materiais e pessoais, acabamos deixando outras pessoas, outros irmãos na fé em desvantagens. Assim, desde que estejamos almejando maior maturidade cristã, e seguindo o exemplo de Paulo, 1 Co 10:33, “assim como também eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos”, é melhor avaliarmos as vantagens espirituais e considerar não buscar o nosso próprio interesse e sim “…preservar os amigos e irmãos na fé”. Qualquer pessoa se torna amiga quando tem suas vantagens garantidas ao negociar conosco. As pessoas irão querer negociar conosco novamente e se esforçarão em manter as portas do relacionamento constantemente abertas. Porém, se em alguma negociação, a nossa vantagem pessoal estiver acima de tudo, poderá fazer com que as portas sejam fechadas e a nossa honestidade seja colocada em dúvida. Se tivermos falado de Jesus para estas pessoas, a credibilidade de nossa pregação estará vinculada ao conceito que estas pessoas formaram de nós. Entre família, se não colocarmos acima de tudo a paz e o equilíbrio, o nosso relacionamento familiar vira um campo de batalha, onde cada um luta pelos seus próprios interesses pessoais. Por isso, entre o casal, é melhor ceder para manter a paz. E os filhos, devem passar por uma educação profunda neste sentido para que possam viver em paz na família e também, possam aplicar quando forem constituir suas próprias famílias. Aplicando três palavras que são “ exemplo, exemplo, exemplo” podemos ajudar nossos familiares a serem verdadeiros servos do Senhor Jesus. 
15 - Em qualquer situação, onde estiver ao nosso alcance, devemos promover o proveito do próximo, antes do nosso, de forma que estejamos trabalhando para a salvação deles. Está em vista aqui principalmente os irmãos ainda fracos na fé. Se estes forem ofendidos, toda a igreja é ofendida como diz mais adiante Paulo: “De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam”, (1Co 12.26). Mas qual é o objetivo de Paulo? É “para que sejam salvos”, é para que estejam firmes na igreja e continuem a ser alcançados e possam crescer pela Palavra pregada e vivida de Salvação em Cristo Jesus. 
16 - Devemos ser imitadores de Cristo e não omissos e escandalizadores de Cristo na igreja. Ser imitador de Cristo é um requisito do verdadeiro cristão, como ensina Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”, (1Co 11.1). Paulo não explica, neste versículo, como deve ser o procedimento para sermos imitadores de Cristo, mas podemos inferir por vários textos espalhados pelo Novo Testamento como por exemplo: Cristo sofreu por nós: Jesus é o soberano do universo, Ele é Deus e “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez”. (Jo 1.3). Mas Ele preferiu habitar no meio de nós e para isso “… a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana”, (Fp 2.7), veio para nos salvar e “pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados”, (Ap 1.5b). Jesus Cristo é exemplo para nós: Paulo escreve: “e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave”, (Ef 5.2). Por tudo que Jesus fez por nós, Ele requer apenas que deixemos de lado o que julgamos ser o nosso direito para buscar o interesse do próximo, conforme explica Paulo “Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem”, 1Co 10.24. 
17 - O objetivo de Cristo é a glória de Deus e este deve ser o objetivo principal de cada cristão. Isto é demonstrado por Paulo em Romanos quando diz: “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a Glória de Deus”, (Rm 15.7). Paulo critica aqueles que querem se gloriar sobre as conquistas e fala sobre a sua posição: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo”, (Gl 6.14). Por fim, Paulo expressa aqui os mesmos sentimentos manifestados em uma de suas epístolas da prisão: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai”, (Cl 3.17). 
18 - Cada dia que passa fica mais claro que as vantagens espirituais superam as vantagens materiais em tudo o que fazemos. Por isso, quanto mais cedo compreendermos o que significa “fazei tudo para a glória de Deus”, mais teremos satisfação em tudo o que fizermos, pois estaremos cumprindo o objetivo principal de nossas vidas, porque fomos criados para a glória de Deus, (Is 43.7) para cumprir o “ide" de Jesus declarado em Mateus 28:18-20 que diz: 18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. 19. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20. ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! 
Deus abençoe você e sua família. 

Pastor Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

JEOVÁ-RAFÁ É O SENHOR QUE CURA

JEOVÁ-RAFÁ É O SENHOR QUE CURA. 


A - Os nomes de Deus e seus significados variam em diferentes tradições religiosas, refletindo aspectos diferentes de Sua natureza e ações. Na Bíblia hebraica, nomes como "Elohim" (Deus Criador), "Yahweh" (o Senhor), e "Adonai" (Senhor, Mestre) são comuns. No Novo Testamento, nomes como "Deus Pai", "Jesus" (que significa "Deus salva"), e "Senhor" são frequentes. Nomes como "Jeová-Jireh" (o Senhor proverá) e "Jeová-Rafá" (o Senhor que cura) são revelados como aspectos do caráter de Deus. 

B - Nomes de Deus na Bíblia: Elohim: Um nome plural que significa "Deuses" ou "Deus," frequentemente usado no contexto da criação. Yahweh (Javé): O nome mais pessoal de Deus, frequentemente traduzido como "Eu Sou o que Sou" ou "Senhor". Adonai: Um título que significa "Senhor" ou "Mestre," usado em contextos religiosos e formais. El Shaddai: Traduzido como "Deus Todo-Poderoso" ou "Deus Suficiente". El Elyon: Significa "Deus Altíssimo" ou "o mais elevado". Jeová-Jireh: "O Senhor proverá", (Gênesis 22:14). Jeová-Rafá: "O Senhor que cura". Jeová-Nissi: "O Senhor é minha bandeira" (Êxodo 17:15). Jeová-Shalom: "O Senhor é Paz". Jeová-Sabaoth: "O Senhor dos Exércitos". Jeová-Tsíkenu: "O Senhor é nossa justiça". Abba: Um termo aramaico que significa "Pai", usado por Jesus nos evangelhos e em outras passagens do Novo Testamento. Jesus: Nome que significa "Deus salva", revelando Seu papel como Salvador. 

C - Nesta postagem vou me ater no nome do Deus que cura, Jeová-Rafá. Deus cura qualquer doença, (entenda o que diz a Bíblia). Vou compartilhar uma experiência pastoral que nunca esqueci. Tive um membro de uma das igrejas que eu pastoreei que sofreu uma queda bem na porta lateral do templo, lugar que ele passava frequentemente; ele morava na casa do fundo e era o zelador. Ele caiu na escada, era uma pessoa já de idade um pouco avançada, foi levado para um hospital e tudo parecia que corria tudo bem. Numa de minhas visitas a ele no hospital ele olhando firme e com muita certeza do que ia me dizer, disse uma frase que ficou marcada para sempre em minha mente: ele disse, depois de orarmos e de ele fazer as recomendações que deseja fazer em relação a sua família e principalmente sobre sua esposa que também era de idade avançada: disse: “pastor se a gente soubesse de qual doença a gente ia morrer, a que seria a última mesmo, a gente nem orava mais pra Jesus curar, porque a glória de Deus é tão linda que não dá vontade da gente ficar mais aqui na terra”. Eu entendi o que ele estava falando e orei com ele agradecendo a Deus pela vida dele, da sua família, dei um abraço nele e fui embora. No outro dia ele já estava na glória com o Senhor Jesus. 

1 - Deus é “o Deus que Cura”, (Êxodo 15:26). Não há limite para seu poder. Ele criou o mundo e tudo o que nele exise. Ele também pode curar doenças. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, temos vários casos de pessoas que foram curadas milagrosamente por Deus, como: A) Vários israelitas no deserto curados de picadas de cobras - Números 21:8-9. B) Ana - curada de infertilidade - 1 Samuel 1:19-20. C) Naamã curado de lepra - 2 Reis 5:14. D) Ezequias curado de uma úlcera mortal - 2 Reis 20:5-7. E) O mendigo da porta Formosa no templo curado de paralisia - Atos dos Apóstolos 3:6-8. F) O pai de Públio curado de febre e disenteria - Atos dos Apóstolos 28:7-8. 

2 - A frase "Jesus Cristo cura hoje e sempre" muito usada no meio pentecostal, expressa a crença na ação contínua de Jesus como curador, libertador, tanto física quanto espiritualmente, e que seu poder de cura não está limitado ao passado, mas se estende ao presente e ao futuro. Essa crença se baseia em passagens bíblicas que mostram Jesus curando enfermos e aleijados, tanto em vida quanto após sua ressurreição. Além disso, a frase reflete a convicção de que a fé em Jesus Cristo pode trazer cura e restauração para a vida das pessoas, independentemente do tempo ou circunstância. Portanto, a frase "Jesus Cristo cura hoje e sempre" é uma afirmação de fé na atuação constante de Jesus como aquele que traz cura e restauração para a vida das pessoas. 

3 - Durante seu ministério, Jesus curou muitos doentes, com todo tipo de problemas. Dezenas de pessoas foram curadas por ele. Assim ele cumpriu a profecia de Isaías 53:4, sobre o salvador que iria curar as enfermidades. Jesus também deu aos seus discípulos o poder para curar. As curas e os milagres serviam para confirmar a mensagem do evangelho, mostrando que Jesus tem mesmo poder para salvar. Assim como Jesus pode curar uma doença, ele também tem poder para nos salvar do pecado e dar a vida eterna. Deus ainda cura hoje em dia. Deus tem todo poder e Ele não muda. Ele pode fazer milagres e curar até doenças incuráveis, mesmo nos dias atuais. Mas Deus também sabe o que está fazendo quando não cura. A maior cura que Deus oferece é a cura da alma. 

4 - Deus ainda cura hoje em dia. Deus ainda cura milagrosamente. Não há nada na Bíblia que sugere que a cura era algo só para o tempo dos apóstolos. Deus gosta de nos abençoar de muitas maneiras e, às vezes, Ele abençoa com cura. Algumas pessoas até recebem o dom de cura, para a edificação da igreja. (1 Coríntios 12:7-9). Não há nenhuma fórmula mágica para receber a cura de Deus, mas é importante ter fé. A Bíblia recomenda que, quando uma pessoa está doente, deve chamar os líderes da igreja para orar por ela. A oração feita com fé pode curar, e até se houver cometido pecados ser-lhe-ão perdoados.(Tiago 5:14-15). 

5 - Deus também pode curar por meios naturais, como medicamentos, cirurgias ou outros tratamentos. Se você está doente, procure ajuda médica. Deus pode orientar os médicos para encontrarem a solução. Não despreze a medicina, que é uma grande bênção de Deus. Pessoalmente já orei por muitas pessoas e lhes disse que procurassem um médico, porque Deus só age quando não há mais solução pelos meios naturais dos homens, ou seja, a medicina normal que conhecemos. 

6 - E quando Deus não cura? Não podemos ignorar o fato que Deus nem sempre cura. E não é tão simples assim, quando falta fé Jesus também pode curar. Uma pessoa pode ter muita fé no poder de Deus, mas continuar doente, outra pode até dizer que não tem fé para ser curada e Jesus curar assim mesmo. 

7 - O apóstolo Paulo tinha o dom de cura, mas não curava a todos. Deus não curou seu amigo Timóteo, que era como um filho para ele, (1 Timóteo 5:23). Timóteo foi o líder da igreja de Éfeso, um grande homem de fé! O próprio Paulo teve uma doença, que teve de ser tratada na Galácia. Mas Deus usou essa doença para dar a Paulo a oportunidade de pregar aos gálatas, mesmo não sendo curado. (Gálatas 4:13). 

8 - Mesmo quando não cura, Deus está conosco, cuidando de nossa vida. Ele não nos abandona no sofrimento, mas nos ajuda a encontrar força para superar as dificuldades. Pode não parecer, mas Deus tem um plano para cada um de nós e vai fazer o que é melhor. 

9 - Uma cura maior que a cura física. Nosso corpo não dura para sempre. Mais tarde ou mais cedo, todos vamos morrer. Podemos receber muita cura ao longo de nossa vida, mas no fim nada disso terá importância se nosso coração está doente com pecado. Jesus veio para nos oferecer uma cura muito maior: a cura para o pecado, que gera a morte, (Romanos 6:23). Pela fé e o arrependimento, podemos receber essa cura e ter a garantia da vida eterna! Um dia, não haverá mais doença nem dor, porque viveremos para sempre com Jesus no Céu. 

10 - Só Jesus pode nos libertar da “doença” do pecado. Nós não gostamos da palavra “pecado” porque ela nos fere, mas, primeiramente, ela feriu o coração de Deus. Todos nós somos pecadores, por isso é que pecamos, temos uma natureza pecaminosa. A Palavra de Deus em Romanos 6.23 diz que o salário do pecado é a morte. Não existem diferenças entre pecados, existe o pecado, transgressão, errar o alvo; e o alvo que Deus tinha para a vida do homem não era o pecado, mas sempre adorá-lo e servi-lo. A doença do pecado só tem uma solução, o ser humano tem que aceitar o plano salvador do Senhor Jesus, aceitando-o como único e suficiente salvador 

11 - Jesus Cristo veio exatamente para outorgar o perdão para os pecados e nos capacitar a viver, na Terra, uma vida cada vez mais bonita. Confessar, na Palavra de Deus, significa falar a mesma coisa, pensar como Deus pensa. Não existe um único pecado que não tenha sido levado por Jesus na cruz; como não há um único pecado que não tenha sido a causa de Jesus Cristo ter sido morto. No Calvário temos as palavras finais do Senhor dizendo: “Está pago, está consumado”. O preço foi pago e recebemos o perdão absoluto de nossos pecados. Mas os nossos pecados não confessados causam a morte. Morte não significa aniquilamento, não significa destruição, morte não é um ponto final; morte significa separação. A morte física acontece quando o espírito deixa o corpo. A morte espiritual é a eterna separação da alma e de Deus. 

12 - No jardim do Éden, quando o homem desobedeceu a Deus, pecou, ele morreu espiritualmente, se separou de Deus. Morte é separação. Quando o homem pecou a sua natureza foi corrompida; ele passou a ser um pecador e a produzir frutos chamados de pecados. Esses frutos devem ser confessados. Todo pecado confessado e abandonado é perdoado. Agora, existe um único pecado que leva a pessoa à perdição, que é o da incredulidade; quando a pessoa não aceita a salvação em Cristo Jesus, não o toma como seu senhor e salvador. O que leva a pessoa para o inferno, para a perdição, é exatamente rejeitar a salvação em Cristo Jesus. 

13 - Em Romanos, capítulo 8, nos versos 12 e 13, está escrito: “Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis”. Em português só existe uma palavra para carne, em inglês existem duas palavras para carne, uma é meat, que é a carne do corpo de qualquer animal, e existe a palavra flesh, que significa o “eu”, o princípio mau, a carnalidade da nossa vida. O pecado da carne é um princípio que surgiu no jardim do Éden, quando o homem se rebelou contra Deus. É por isso que está registrado na Bíblia: “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Porque, quando Adão pecou todos nós pecamos. Eu estava em meu pai, meu pai estava em meu avô, meu avô estava em meu bisavô, e se formos de antecedente em antecedente chegaremos a Adão. Então, quando Adão pecou, todos pecamos, e como disse algumas vezes, passamos a ter uma natureza pecaminosa, e por isso pecamos, e por isso somos pobres e miseráveis pecadores e carecemos da glória de Deus, do perdão de Deus para sermos salvos. 

14 - Jesus veio para mudar a nossa natureza pecaminosa. Quando nos convertemos a nossa natureza é mudada, passamos a ter a vida de Deus em nós. A Palavra diz: “...Cristo em vós, a esperança da glória”, (Cl 1.27). Paulo dizia: “Não sou eu mais quem vive, mas é Cristo que vive em mim”, (Gl 2.20). 

15 - Jesus cura e perdoa os pecados ou vice-versa. Numa ocasião, Jesus estava em uma casa em Cafarnaum e ensinava a Palavra de Deus, quando Lhe trouxeram um paralítico deitado num leito, numa cama. A Bíblia relata que para levar esse paralítico diante de Jesus foi preciso abrir o telhado da casa e colocá-lo por cima, por causa da multidão. Vendo-lhe a fé, Jesus disse ao paralítico: “… Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados”, (Mateus 9:2). Isso mostra que o paralítico estava doente por causa dos seus pecados. No versículo 3 está escrito: “Mas alguns escribas diziam consigo: Este blasfema”. Os escribas pensavam que conheciam as Escrituras e que apenas Deus tinha autoridade para perdoar os pecados. Aos olhos deles, Jesus era apenas um homem. Isso significa que eles não perceberam que o Senhor Jesus era Deus. Os escribas rejeitaram Jesus como Rei e Deus, mas é claro que Jesus estava na condição legal. Ele, como Deus, tem autoridade sobre o ambiente natural e tem autoridade para perdoar as pessoas dos seus pecados. 

16 - Em Mateus 9:4-5, está escrito: “Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Porque cogitais o mal no vosso coração? Pois qual é mais fácil? Dizer: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?” Pela onisciência, o Senhor identificou as suspeitas maldosas no coração dos escribas. Note uma coisa: o Senhor não disse: “O que é mais difícil?”, isso mostra que para Ele nada é difícil. Para Ele, dizer “Estão perdoados os teus pecados” era mais fácil do que dizer “Levanta-te e anda”. Ninguém sabe se os pecados de alguém estão perdoados ou não, mas Jesus sabia. O levantar e andar do paralítico prova que seus pecados foram perdoados. 

17 - A salvação do Senhor não apenas perdoa os nossos pecados, mas também nos faz levantar e andar, ou seja, receber a cura. Não é levantar e andar primeiro e depois ser perdoado dos pecados. Se assim fosse, nossa salvação seria pelas obras; contudo, nossa salvação é pela fé. Por isso, o Senhor capacitou o paralítico não só a andar, mas também a pegar o seu leito e andar. Outrora, o leito o carregou e agora ele carregava o leito. Esse é o poder da salvação do Senhor. Esse paralítico foi trazido ao Senhor pelos outros, mas foi para casa por si mesmo, caminhando com os seus próprios pés e carregando a sua cama nos ombros. Isso significa que por si mesmo o pecador não consegue ir ao Senhor, mas que depois da salvação do Senhor, o pecador pode partir por si mesmo. “O Senhor não apenas nos perdoa, Ele também nos faz levantar e andar”. A doença do pecado leva muitos para a perdição, mas Jesus está com Sua mão estendida para salvar o mais terrível pecador. O pecado é considerado como uma lepra que destrói, corrói o ser humano por dentro e por fora. Aceite a Jesus Cristo como Único e suficiente salvador de sua alma hoje mesmo e Ele te libertará. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

A IMPORTÂNCIA DA PAZ DO SENHOR

A IMPORTÂNCIA DA PAZ DO SENHOR. 


Há um ditado popular antigo que é repetido com frequência e que diz: “Você quer ter paz e viver em paz, então prepare-se para a guerra mais do que todos os seus inimigos e amigos ao seu redor e mesmo assim se ajuntarem todos contra você, nunca te vencerão”. Autor Desconhecido. 
A - A palavra "paz" aparece em média 421 vezes na Bíblia; nas diversas traduções da Bíblia a palavra paz aparece mais ou menos do que o informado acima; por exemplo na tradução King James (Tradução Rei Tiago), aparece 429 vezes a palavra paz. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. João 14:27. Paz é uma palavra maravilhosa e significa tranquilidade, confiança, despreocupação, serenidade, mansidão e segurança; que palavra rica. 
B - O texto de João 14:27 foi dito por Jesus. Mas o desejo d’Ele não é que os apóstolos tenham paz simplesmente, mas que eles tenham a paz d’Ele mesmo, por isso diz: deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. A paz que habita em Cristo. Então, não estamos falando de uma paz com os seus significados que conhecemos, mas a paz de Cristo. 
C - Como diz o apóstolo Paulo em Filipenses 4:7: “A paz que excede a todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. E neste texto o apóstolo Paulo traz uma informação a mais: a paz de Cristo guarda os corações e mentes, mas não é que a paz de Cristo nos proteja como um escudo ou uma armadura, é que a paz de Cristo nos proporciona participar da natureza do Senhor Jesus Cristo. É como Paulo diz, esta paz excede todo entendimento. Não deixamos de ser nós mesmos, não teremos a nossa individualidade usurpada, mas participaremos da natureza divina que constituía a mente de Cristo em nós mesmos. Ou seja, seremos transformados em maturidade, graça e amor. 
D - Que presente maravilhoso Cristo nos deixou, uma paz que nos transforma. Uma paz que nos torna úteis neste mundo em que vivemos, para deixarmos uma marca na nossa existência que ajudará outras pessoas a seguirem os mesmos passos, e assim, desabrochar em maturidade, graça e amor. Assim como Cristo, poderemos dizer aos nossos amigos e irmãos: deixo-vos a minha paz. 
E - Qual origem e significado da saudação “A paz do Senhor”? Você já se perguntou sobre a origem da saudação “A paz do Senhor”? Talvez você tenha em algum momento questionado sobre sua validade e uso dessa expressão. Se gostou, então vamos explorar um pouco mais sobre a origem dessa saudação e como ela se encaixa no contexto cristão. 
1 – É um assunto bíblico que remonta ao Antigo Testamento. A saudação “A paz do Senhor” tem suas raízes no Antigo Testamento, onde os judeus utilizavam a expressão “Shalom” para desejar paz uns aos outros. Essa palavra, que possui um significado profundo, envolve não apenas a ausência de conflitos, mas também a plenitude da serenidade e da sobriedade, da harmonia e bem-estar em todas as áreas da vida. É uma saudação de bênçãos e desejos positivos para o próximo. 
2 - O impacto do Cristianismo na saudação é muito forte. Com o advento do Cristianismo Jesus trouxe uma nova dimensão à ideia de paz. Ele nos presenteou com “a sua paz”, que vai além das circunstâncias externas e busca a paz interior e espiritual. Podemos encontrar referências a essa paz nos ensinamentos de Jesus, especialmente no livro de João, capítulos 20, versículos 15, 21 e 26. 
3 - A adoção da saudação por Paulo em suas epístolas é uma confirmação de que os Cristãos da igreja primitiva já observavam este princípio bíblico da saudação com a paz do Senhor Jesus. Paulo, um dos apóstolos mais influentes do Cristianismo primitivo, adotou a saudação “A paz do Senhor” em suas epístolas. Em passagens como Romanos 1:7 e 1 Coríntios 1:3, vemos Paulo desejando a paz do Senhor aos destinatários de suas cartas. Essa saudação reflete não apenas um desejo de bem estar material, mas também a paz espiritual que só pode ser encontrada em Jesus Cristo. 
4 – O uso da saudação entre as denominações evangélicas esta saudação é bem marcante e com poucas diferenças da frase mas com o mesmo significado. No contexto das Assembleias de Deus e de outras denominações evangélicas pentecostais é a saudação mais reconhecida e mais frequente. A saudação “A paz do Senhor” é, portanto, a mais amplamente utilizada no meio evangélico pentecostal. No entanto, é importante ressaltar que cada pastor e líder local tem o direito de agir de acordo com sua própria consciência ministerial em relação a essa saudação específica. 
5 - Uma saudação com significado espiritual que trás tranquilidade aos fiéis que a transmite aos outros irmãos. “A paz do Senhor” é mais do que uma simples saudação. Ela carrega um significado espiritual profundo, refletindo o desejo de paz interior, plenitude e bem-estar em todas as áreas da vida. É uma forma de transmitir as bênçãos e a paz que vêm de Deus aos nossos irmãos e irmãs na fé. Portanto, independentemente do nome da denominação, podemos compartilhar essa saudação como um ato de amor e comunhão no corpo de Cristo. 
6 - Paulo nos ensina sobre o que é a verdadeira paz. A expressão "a paz que excede todo entendimento" refere-se à paz que vem de Deus, a qual transcende a compreensão humana. É uma paz que não é afetada pelas circunstâncias externas e que proporciona um profundo senso de calma e segurança, mesmo em meio a dificuldades. Essa paz, descrita em Filipenses 4:7, não é uma paz que se encontra no mundo, mas sim uma paz que vem de uma relação de comunhão e de intimidade com Jesus Cristo. Ela não se baseia em condições favoráveis, mas em confiar em Deus e em sua providência, mesmo quando as coisas não fazem sentido para a nossa vida. 
7 - Para experimentar essa paz é necessário à pessoa aceitar Jesus como único e suficiente Salvador de sua alma, é necessário bstizar-se na igreja e tornar-se membro daquela igreja; é claro que é também necessário buscar a Deus, entregar as suas preocupações a Ele e manter a mente focada no que é bom, justo e verdadeiro, como descrito em Filipenses 4:8. Essa paz não é apenas a ausência de conflito, mas uma condição interior de tranquilidade e confiança em Deus, que guarda o coração e a mente em Cristo Jesus. A paz que excede todo entendimento é a paz de Deus. Essa paz não possui origem humana, ou seja, ela não é qualquer tipo de paz superficial e passageira, mas é um dom divino que guarda os corações e os pensamentos dos redimidos em Cristo Jesus. 
8 – O versículo sobre a paz que excede todo entendimento é uma palavra profética do apóstolo Paulo para os Filipenses. Muitos textos bíblicos tratam sobre a paz divina, mas o versículo em questão, onde se lê literalmente essa frase, está registrado em Filipenses 4:7, onde o apóstolo Paulo escreve: “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”. Para entendermos corretamente o que o apóstolo quis dizer com “a paz de Deus que excede todo entendimento”, precisamos considerar alguns pontos principais do contexto em que essa frase aparece. 
9 - No capítulo 4 da Epístola aos Filipenses, entre os versículos 1 a 9, Paulo exorta os cristãos a permanecerem firmes no Evangelho, regozijando-se no Senhor, sendo generosos e longânimes, de modo que a amabilidade deles seja conhecida por todos, (Fp 4:1-5). O apóstolo também fala sobre o problema da ansiedade, e aconselha os irmãos a não andarem ansiosos, mas ao invés de estarem preocupados, que apresentassem seus pedidos com orações, suplicas e ação de graças a Deus, o único capaz de conceder a verdadeira paz que excede todo entendimento e que guarda os corações e as mentes em Cristo Jesus, e esse é o segredo para a verdadeira bem-aventurança do crente. (Fp 4:5-7). 
10 - O apóstolo Paulo termina essa seção do capítulo 4 admoestando sobre o dever cristão, isto é, falando sobre em que os redimidos devem pensar e o que estes devem praticar. Ele ainda aponta para o fato de que quando aquilo que é excelente ou digno de louvor, domina nossos pensamentos e é posto em prática, a recompensa não pode ser outra se não a presença do “Deus da paz”, (Fp 4:8,9). Agora que entendemos um pouco melhor o contexto desse versículo, podemos meditar sobre o significado da paz que excede todo entendimento. 
11 - O apóstolo Paulo declara ainda que tal paz que excede todo entendimento é a mesma responsável por guardar os nossos sentimentos e os pensamentos dos redimidos em Cristo Jesus. O termo grego utilizado por Paulo traduzido como “guardará” é “phroureo”, e trata-se de um termo militar para indicar a guarda de sentinelas que protegem uma cidade de uma invasão inimiga ou mesmo para impedir a fuga dos habitantes de uma cidade sitiada. Em ambos os casos o sentido é “manter preservado”. Com isso ele estava dizendo que a paz de Deus que excede todo entendimento, por mais que seja insondável a nós, ela monta guarda à porta de nossos corações e mentes. Ela impede que as aflições e angustias abalem nossos sentimentos tomando nossos corações, bem como que os pensamentos indignos e a perigosa ansiedade a qual ele mencionou nos versículos anteriores dominem nossa mente até mesmo nos protegendo do perigo da ansiedade ser transformada em depressão. 
12 - No entanto, a paz que excede todo entendimento não nos protege apenas das ameaças externas, mas também dos conflitos internos. É por isso que o apóstolo termina com a expressão “em Cristo Jesus”, ou seja, essa paz nos livra de nós mesmos, impedindo que, devido a nossa velha natureza, porventura fujamos da fortaleza que é Cristo. Nesse aspecto, nosso velho homem deve estar acorrentado dentro de um coração sitiado pela paz de Deus. Nós temos que nos vencer a nós mesmos antes de qualquer mal pensamento ou procedimento maligno. Esta verdade nos faz lembrar do que escreveu o profeta Isaías, ao dizer que o Senhor “conservará em perfeita paz aquele cujo coração é firme”, (Is 26:3). Esse coração firme que confia no Senhor, não deve ser entendido como um mérito humano, mas como uma ação do próprio Deus que, conforme profetizou o profeta Jeremias, põe seu temor em nossos corações para que nunca nos apartemos dele. (Jr 32:40). Portanto a paz que excede todo entendimento não é a ausência de problemas, aflições e dificuldades, mas é a garantia de que Deus está no controle de todas as coisas, e que por mais que tudo pareça difícil, podemos descansar na promessa de que no dia vindouro, em breve, o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos nossos pés. (Rm 16:20). 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

VENCEREMOS PELA GRAÇA DE DEUS

VENCEREMOS PELA GRAÇA DE DEUS 


A - As verdade e os segredos de Deus só são revelados para os fiéis servos do Senhor Jesus. O apóstolo Paulo nos ensina como poderemos vencer pela graça de Deus. Em 1 Coríntios 2:9-16 encontramos várias instruções de como seremos mais que vencedores por Cristo Jesus no decorrer de nossa existência na face da terra. 1 Coríntios 2:9-16, 9. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam. 10. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. 11. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. 12. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. 13. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. 14. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. 16. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. 
B - Ainda no evangelho de João está escrito em João 11:35 que “Jesus chorou”. Nos versículos seguintes tem a explicação do porquê Jesus chorou: Jo.11:36 Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava. Jo.11:37 E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse? Jo.11:38 Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela. Jo. 11:39 Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: SENHOR, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Jo. 11:40 Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? Vejam como Jesus tinha uma amizade sólida com esta família. Jesus orou e Lázaro ressuscitou imediatamente depois de quatro dias do seu sepultamento. 
C - Declare a sua vitória em nome de jesus. Declare isso em nome de Jesus: Sou mais que vencedor pela fé em nome de Jesus. Para vencer os grandes e maiores desafios do dia a dia nós precisamos de capacitação profissional, mas para vencer os desafios inesperados é preciso ter fé e coragem para alcançar a vitória. Você precisa ter certos cuidados porque o inimigo coloca muitos obstáculos diante de nós para nos derrubar e nos derrotar. Os desafios da vida e as surpresas desagradáveis são muitas, são fortes e quase sempre deixam marcas profundas, mas não podemos retroceder em nossa jornada de fé. Deus nos abençoa pela fé. Hebreus 11:1, Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem. "Pela fé, entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que aquilo que se vê não foi feito daquilo que é visível", este é um trecho da Bíblia em Hebreus 11:3. A Bíblia também fala sobre a criação do mundo no livro de Gênesis, onde se lê que Deus criou tudo em seis dias e no sétimo dia descansou das suas obras. Provérbios 4:23 fala que as fontes da vida procedem do nosso interior, das profundezas do nosso coração. Por isso, precisamos estar atentos ao que permitimos entrar nesse espaço tão importante da nossa vida. 
D - Quando olhamos para a Bíblia, vamos ver que tudo o que Deus faz envolve atitudes de fé e de obediência por nossa parte. Este é o segredo para termos vitórias constantemente. Noé, obedecendo a ordem de Deus, precisou construir uma arca e toda a sua casa foi guardada da morte iminente do dilúvio que caiu sobre a terra. Moisés precisou voltar ao Egito, mesmo com medo de ser morto por causa do seu passado, e o povo de Israel foi liberto após mais de 400 anos de escravidão. O centurião voltou para casa com apenas uma palavra de Jesus e encontrou seu empregado curado. Paulo, ao ser derrubado do cavalo, começou a ouvir a direção de Deus para cada uma de suas decisões. Assim, ele cumpriu o chamado que Deus tinha para ele. “… esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. (1 João 5:4). 
E - Para sairmos vitoriosos sobre os obstáculos e desafios, precisamos colocar os cinco elementos da fé em ação: 1. Crer na Palavra de Deus, 2. Confiar na Palavra de Deus, 3. Depender da Palavra de Deus, 4. obedecer à Palavra de Deus e 5. Seguir na direção de Deus. A fé que gera resultados vitoriosos nasce de um coração fortalecido pela Palavra de Deus. 
F - Como vencer grandes desafios do dia a dia. Segundo o relato de 1 Samuel 17, o menino Davi se superou ao enfrentar o gigante Golias. Vamos ver de que maneira ele venceu este grande desafio? Em 1 Samuel 17 diz que Davi venceu o desprezo de seus familiares. Seus irmãos o desprezaram por achá-lo presunçoso, despreparado para a guerra, muito novo e o menor e mais novo dos filhos de Jessé, seu pai. (vs. 28). O exército de Israel também o desprezou pelo mesmo motivo, ele era muito novo e segundo seus irmãos, muito novo e inexperiente. (vs 30). O rei Saul o desprezou por achá-lo pequeno e sem preparo físico para a guerra.(vs 33). O gigante Golias o desprezou e zombou dele e de seu Deus, por que era moço, ruivo e de aspecto gentil. (vs 42). Quem despreza está se colocando acima de alguém, sente-se superior ao outro. Quem despreza não se importa com os sentimentos da pessoa desprezada. Quem despreza deseja ferir o outro em sua alma não importando com o que vai ou possa acontecer. (Provérbios 11.9a). 
1 - São vários os motivos que levam uma pessoa a desprezar a outra: Diplomas de formação profissional superior, status social, dinheiro, cargos dentro de uma empresa, privilégios funcionais e ministeriais dentro da igreja, carro de luxo, roupas de marca, calçados importados, escola pública ou particular, beleza física, e por aí vai. Quando um jovem ou qualquer pessoa é desprezado, ele costuma se sentir humilhado, rejeitado, deixado de lado, sente-se um lixo, um inútil, alguém que não serve para nada, alguém que, se morrer, não fará falta. 
2 - Davi, porém, venceu, pela fé, o desprezo de seus irmãos, dos soldados, do rei Saul e do seu grande inimigo, Golias. Talvez o pior desprezo seja das pessoas que nós amamos. Muitos são desprezados pelos pais da infância à juventude e carregam no coração um peso muito triste e amargo, cicatrizes abertas na alma. Estas feridas da alma só Jesus pode curar. Mas Deus jamais despreza a quem o adora em espírito e em verdade. “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti”. Isaías 49.15. 
3 - Ele venceu o orgulho do rei Saul. Para convencê-lo a deixar enfrentar o gigante Golias, Davi contou ao rei que já havia enfrentado sozinho um leão e um urso, (vs 36), no entanto, ele não se vangloriava deste feito, mas reconhecia que só conseguiu tal proeza porque Deus estava com ele, (vs 37). Ele tinha certeza de que podia vencer o gigante, pois depositava a sua fé e a sua confiança no Senhor dos Exércitos, não nas suas habilidades pessoais. O orgulho tem sido um dos fatores mais constantes nas derrotas. Muitos jovens são derrotados por que desprezam a força dos seus inimigos. Muitos caem por que acham que sozinhos podem vencer os seus pecados e fraquezas. “A soberba precede à ruína; e o orgulho, à queda”. Provérbios 16.18. Quer vencer os grandes desafios desta vida? Então: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento”. Provérbios 3.5. 
4 – Davi decidiu pela fé em Deus vencer sem hesitação. Hesitar significa ficar parado, esperando o inimigo atacar primeiro, ficar “travado” diante do desafio. Davi não hesitou, ao invés de ficar esperando Golias atacar primeiro, ele partiu pra cima do gigante com 5 pedras que havia tirado de o riacho, (vs 48 e 49). A pedra que Davi lançou de sua funda derrubou o gigante e depois Davi tomou posse da lança pesada do gigante Golias e desferiu um golpe mortal sobre seu pescoço e levou a cabeça do gigante Golias para o rei Saul. Não fique esperando que o uso de drogas e outros vícios e perversidades se instale em sua vida, ou em sua família e nem nos seus amigos; lute contra este gigante, em nome do Senhor dos Exércitos. Não espere que seus parentes e amigos usem depressivos para tirar a própria vida; lute por eles e com eles contra o mal do século. Muitas coisas não se pode resolver na hora, mas, outras, quanto mais esperar, pior fica. Líder, não espere que as pessoas que você lidera caiam, pra daí você ver se vai fazer alguma coisa. Lute com elas e por elas agora, enquanto é tempo. Ame, abrace, acolha, cuide. Davi venceu o gigante por que venceu primeiro o desprezo, o orgulho e a falta de perspectiva para sua vida. Então como vencer os grandes desafios da vida? Seguindo os passos do menino que veio a se tornar anos mais tarde um dos mais importantes reis de Israel. 
5 - A falta de perdão atrapalha as bençãos de Deus em nossas vidas. A área que mais destrói a vida de alguém são os relacionamentos perversos e tudo o que o envolve de negativo que ele causa nas pessoas, não as deixa prosperar. Por isso, precisamos aprender a lidar com situações desagradáveis de maneira própria. A falta de perdão aprisiona nosso coração no passado e, assim como algo super pesado nas suas vidas, ele se transforma em uma carga, lembre-se que Deus não nos criou para carregarmos o fardo do pesadelo da condenação eterna, Deus nos abriu a porta da salvação gratuitamente através de Jesus Cristo, o Unigênito do Pai. “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta”. (Mateus 5:23-24). Para avançar rumo ao propósito de Deus e vencer os desafios, perdoar e pedir perdão são atitudes fundamentais. Para vencer os desafios, precisamos aprender a obedecer e seguir na direção de Deus em qualquer situação. Só podemos experimentar o mover de Deus em nossas vidas quando obedecemos à voz dEle. Se fizermos isso, nossa jornada será marcada pelo avanço e pelo progresso. Portanto, não permita que as decepções, a mágoa e a falta de perdão te afastem do caminho da Verdade. Elas escurecem nossos olhos e atrapalham a nossa caminhada. O Salmo 119:105 fala que a Palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho. Em outras palavras, Deus já preparou um caminho para trilharmos. Ele tem a direção que precisamos para vencer os desafios e, para viver essa realidade, nosso papel é obedecer. 
6 - Temos que identificar o nosso maior desafio todos os dias. Desafio é uma situação ou um problema difícil que muitas vezes está acima da nossa capacidade de vencer ou superá-lo. Viver é enfrentar os desafios de cabeça erguida e temos a opção de escolha de fugir, ou enfrentar para vencer. Segundo a Bíblia, o maior desafio do ser humano é a batalha contra o pecado e a busca pela santificação, que exige uma transformação constante do coração e uma busca por maior intimidade com Deus. Isso envolve vencer a tendência natural da carne para o mal, cultivar o amor ao próximo não é fácil, mas é necessário, e lutar as lutas diárias com o devido respeito aos nossos semelhantes em todas as áreas da vida. A Bíblia nos apresenta diversos tipos que enfrentamos como seres humanos, mas a raiz de muitos deles está na nossa natureza pecaminosa. O pecado, em sua essência, é a separação de Deus e a busca por satisfazer desejos carnais e egoístas. Para superar esses desafio necessário vivermos com olhares fixos em Hebreus 12.14 que diz: "Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Além disso, a Bíblia oferece exemplos de pessoas que enfrentaram desafios semelhantes e nos encoraja a sermos fortes e corajosos, confiando em Deus em meio às provações. Ao aceitarmos o desafio de nos tornarmos mais semelhantes a Cristo, buscamos a vida eterna e a alegria que só Ele pode oferecer. 
7 - O primeiro desafio é vencer ou vencer: Você tem que acreditar em você mesmo. Juízes 6:15, Êxodo 3:11. Muitos não conseguem vencer os desafios da vida por se enxergarem tão pequenos e fracos demais e não acreditarem em seu potencial e que são capazes de vencer. Isso faz com que o medo, o comodismo, a insegurança governe sua vida. Então qual o maior desafio que você precisa vencer a respeito de si mesmo? O seu primeiro desafio é vencer você mesmo. Traduzindo: Você tem que acreditar em você mesmo e dar um voto de confiança a si mesmo. 
8 - Vencer os obstáculos da vida. Marcos 5:25-29. Esta mulher do fluxo de sangue estava sofrendo a 12 anos com uma enfermidade, e para conseguir o milagre ela teve que vencer os obstáculos que separava ela da cura, como por exemplo suas limitações, o preconceito, a falta de dinheiro e até a multidão, isto exigiu muita coragem e esforço. O que você tem feito para vencer os obstáculos que te separa da sua vitória? 
9 - Viver uma vida abundante. João 10:10. O Nosso Senhor Jesus Cristo disse que Ele veio para que nós tivéssemos vida e uma vida abundante. Esta palavra “abundante” no grego é perisson, que significa “muito, muito bem, além da medida, mais, uma quantidade tão abundante que chega a ser mais do que era de se esperar ou antecipar”. isso significa ter uma vida espiritual abundante, uma família abundante, uma saúde abundante e também uma vida financeira abundante. Temos que nos esforçar para vencer o maior desafio que o Senhor Jesus nos deixou para sermos mais que vencedores: é crescermos a nós mesmos no dia a dia. 
10 - O desafio de sermos verdadeiros Cristãos. 2 Coríntios 3:2-3. Ser evangélico virou moda, mas o texto lido diz que somos a carta viva de Jesus, não escrita com tinta, mas com o espirito de Deus em nossos corações, isso significa que as pessoas vão conhecer a Deus e a Sua vontade através do grande amor de Deus que esta em nós. Ser cristão não é apenas participar de uma igreja, mas é ter uma vida de fé, de oração, é ser sal e luz para o mundo e viver uma vida de santificação de de plena comunhão com Deus. Em sua opinião, quais são os desafios que temos que vencer para sermos reconhecidos como verdadeiros Cristãos. 
11 - Vencer até no dia mal. 2 Crônicas 20:17-19. 17. Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém; não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco. 18. Então, Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando o Senhor. 19. E levantaram-se os levitas, dos filhos dos coatitas e dos filhos dos coraítas, para louvarem o Senhor, Deus de Israel, com voz muito alta. 
12 - Todos nós temos desafios únicos para enfrentarmos todos os dias, mas uma coisa é certa, temos um Deus que nunca nos deixa lutar sozinhos e sempre está nos fortalecendo e nos capacitando para vencer até no dia do mal. Quando as coisas fogem do nosso controle, Deus vence por nós, quando não damos conta, Deus entra com providências e nos dá a vitória. Nunca fuja dos seus desafios, enfrente-os e vença em nome do Senhor Jesus. Foi assim com Jó e o seu exemplo nos inspira a sermos fiéis a Deus como ele foi. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

O MISTÉRIO DE CRISTO CONCERNENTE À SUA IGREJA

O MISTÉRIO DE CRISTO CONCERNENTE À SUA IGREJA. 


Deuteronômio 29.29 diz que existem perguntas (mistérios) que não têm resposta. São mistérios reservados por Deus. Sobre os mistérios de Deus podemos analisar que existem os mistérios que não são revelados e os mistérios que são revelados aos homens. 1. O que não é revelado pertence a Deus: “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus”. As perguntas são humanas e naturais de cada um de nós. Mas as respostas só Deus pode permitir a descoberta. Cada conquista da ciência é fruto da permissão de Deus através da inteligência humana que também vem do Criador. Os mistérios de Deus são pertinentes ao próprio Deus. Não pertence ao homem. Como as questões do tempo e do cumprimento das profecias, só Deus pode saber. (Atos 1.7). 2. O que é Revelado pertence a nós: “porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre”. As palavras que Deus revelou nas Escrituras são revelações do Senhor para a humanidade. Isso nos foi concedido por Deus. Tudo o que foi revelado é “útil” para nossas vidas, (2 Timóteo 3.16). Por isso devemos nos concentrar em conhecer aquilo que nos foi revelado, examinando as Escrituras, (João 5.39). “para que cumpramos todas as palavras desta lei”. Não adianta ficarmos procurando mistérios e conhecer coisas difíceis se não as cumprirmos, (Tiago 1.22). Quanto mais conhecermos, mais estamos obrigados a cumprir, (Tiago 3.1). Por isso devemos nos concentrar no que foi revelado e deixar os mistérios com Deus que revelará quando quiser, a Seu tempo. 
A - O mistério de Cristo é o mesmo que nos remete aos mistérios de Deus e às grandes obras e realizações de Deus no universo. Temos o hábito de deixar de lado aquilo que não conseguimos entender, não é verdade? Diante de situações complexas, nossa mente parece buscar caminhos para uma compreensão lógica. E se, após várias tentativas, não somos capazes de assimilar, a tendência é desprezarmos a questão. Mas, em se tratando de assuntos relacionados à fé, agir dessa maneira não nos ajuda a crescer na caminhada cristã. 
B - Hoje, a Igreja prega e reconhece a trindade de Deus, afirma e confirma que há três pessoas divinas, Pai, Filho e Espírito Santo, num só Deus. Se a nossa razão buscar compreender essa verdade como uma questão matemática, certamente irá se frustrar. Como pode haver três pessoas em um só Deus? É algo que nossa inteligência não é capaz de abranger completamente. Por isso dizemos que é mistério de Deus. E o mistério não pode nos impedir de crer. Ao contrário: deve ser um estímulo que nos aproxime ainda mais da contemplação, cheia de admiração, ao Senhor. O mistério nos remete à grandeza de Deus, cuja natureza e as obras que realiza não seremos nunca capazes de assimilar integralmente. 
C - Basta a nós crermos  que Deus é Deus e sabe o que faz. E que, na Sua pedagogia, até mesmo quando não compreendemos algo, Ele nos fala. Nossa parte é adorá-Lo por sua grandeza e generosidade, já que, apesar de toda a glória que tem, se importa conosco: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele”. (Jo 3:16-17). 
D - A Trindade revela que Deus não faz nada sozinho, que é uma comunidade Santa, Celestial: cada Pessoa Divina tem a Sua importância e a Sua missão específica, no plano da salvação. Ou seja, a própria natureza de Deus nos comunica que o individualismo não é proposta para a vida cristã. Precisamos uns dos outros. Quem crê vai notando que os mistérios da fé sempre nos levam à uma admiração profunda por Deus e também a aprender algo fundamental para a nossa vida. 
1 - Mateus 13:11 diz: Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. Marcos 4:11 diz: Ele lhes respondeu: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas; Lucas 8:10 diz: Respondeu-lhes Jesus: A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais, fala-se por parábolas, para que, vendo, não vejam; e, ouvindo, não entendam. Romanos 11:25 diz: Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. Romanos 16:25 diz: Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio nos tempos eternos; 1 Coríntios 2: 1 diz: Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o (mistério) de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 1 Coríntios 2:7 diz:...mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória; 1 Coríntios 4:1 diz: Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. 1 Coríntios 13:2 diz: Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. 1 Coríntios 14:2 diz: Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 15:51 diz: Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos; Efésios 1:9 diz: desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo; Efésios 3:3 diz: pois, segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; Efésios 3:4 diz: pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo, Efésios 3:9 diz: ...e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, Efésios 5:32 diz: Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. Efésios 6:19 diz: e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, Colossenses 1:26 diz: o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; Na carta de Paulo aos Colossenses 1:27 diz: aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; Colossenses 2:2 diz: para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção e do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus que é Cristo o Senhor; Colossenses 4:3 diz: Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; 2 Tessalonicenses 2:7 diz: Com efeito, o mistério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; 1 Timóteo 3:9 diz: conservando o mistério da fé com a consciência limpa. 1 Timóteo 3:16 diz: Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória. Apocalipse 1: 20 diz: Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas. Apocalipse 10:7 diz: ... mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas. Apocalipse 17:5 diz: Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério: Babilônia, a grande mãe das meretrizes e das abominações da terra, Apocalipse 17:7 diz: O anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher. Efésios 3:1-22 diz: "O Mistério Revelado", (Efésios 3:1-7). 
2 - Paulo estava na prisão porque os judeus levantaram um clamor por causa do seu trabalho com os gentios, crendo que ele até os tinha levado ao templo, ( Atos 21:27-33). Mas Paulo estava simplesmente completando uma obra que lhe tinha sido confiada por Deus. Ele chama esta obra de a revelação de um mistério, (Ef.3:3). Observe o processo desta revelação: Deus planejou o que estava oculto em Cristo antes da fundação do mundo, (lembre-se de Efésios 1:3-6). O mistério foi revelado a Paulo e a outros apóstolos e profetas por Cristo, através do Espírito Santo, (3:5; João 14:25-26; 16:12-13). Os apóstolos e profetas escreveram o que foi revelado, (Ef.3:3-4). Entendemos quando lemos (Ef.3:4) que o mistério de Cristo foi revelado para ser entendido. A verdade foi revelada e a entendemos lendo. Não por sentimento, nem por visões, nem pelo que a igreja ou o pastor ou pregador diz. O mistério de Cristo é que judeus e gentios são reunidos como um só, no corpo de Cristo, a igreja, (Ef. 1:21-22). 
3 - "A Multiforme Sabedoria de Deus", (Ef.3:8-13). Paulo via a pregação como uma grande graça de Deus, que lhe permitia manifestar riquezas espirituais que tinham estado ocultas desde o começo dos tempos (Ef.3:8-9). Quando a vontade de Deus é pregada, sua grande sabedoria é mostrada através do que ele cumpriu em Cristo. Ele reúne todas as pessoas salvas, sejam judeus ou gentios, em um só corpo, exatamente como ele planejou desde o começo dos tempos. (Ef.3:11) Quando pregadores pregam sua própria vontade, as pessoas não são salvas nem reunidas num só corpo, mas são perdidas e divididas em denominações (Ef.3:12-13). 
4 – A graça de Jesus é "infinitamente mais" poderosa do que qualquer outro sentimento que possamos ter ao conhecer Jesus Cristo. (Ef.3:14-21). Veja como Paulo ora diligentemente para que os irmãos de Éfeso cresçam em Cristo: Ele ora ao Pai por todas as famílias da terra (Ef.3:14-15). Todos os salvos são seus filhos, numa família espiritual. Ele ora para que sejam tão fortes como Deus é glorioso, (Ef.3:16) Em Cristo recebemos o poder de Deus. Não há necessidade de nos sentirmos fracos e nos rendermos às tentações. Ele ora para que Cristo esteja nos corações deles (Ef.3:17). 
5 - Geralmente, ele ora para que eles estejam "em Cristo", mas agora ele ora para que Cristo esteja neles e lhes dê força espiritual, e os fixe no amor. Ele ora pelo pleno entendimento, por eles, do amor de Cristo, "para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus" (Ef.3:18-19). Somente quando crescemos no amor de Cristo receberemos a plenitude de Deus. Paulo ora com confiança porque sabe que Deus tem poder para atender às orações de modo infinitamente mais completo do que podemos pedir ou sequer imaginar, (Ef.3:20-21). Precisamos de confiança quando oramos de acordo com a vontade de Deus. 
6 - O mistério da igreja como o corpo de Cristo: A Igreja é reconhecida por sua comunhão e intimidade com o Senhor Jesus Cristo. Desde o começo Jesus associou discípulos à sua vida e a Sua missão, (Mc 1,16-20; 3,13-19; Mt 13,10-17). Torna esta comunhão essencial: “sem mim nada podeis. Permanecei em mim… como o ramo à árvore” (Jo 15,4-5). E dá a mediação para esta necessária comunhão: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,56). Além disso, Jesus envia-nos seu Espírito Santo (Jo 20,22; At 2,33). 
7 - O mistério da igreja como o Corpo Místico de Cristo. A união com Cristo exige e leva à união dos discípulos entre si como um só corpo que, no entanto, não elimina a diversidade de membros e funções. Antes, mostra nesta unidade a beleza da variedade de dons e carismas, ministérios e funções a serviço de Cristo e de sua missão. (Rm 12,1-12; 1Cor 1,31; 13,1-13). Jesus é a Cabeça deste seu Corpo, que é a Igreja, (Cl 1,18). Ele nos une à sua Páscoa redentora, e nos faz crescer nele e por ele para chegar à sua plenitude, (Gl4,19; Cl 2,19; Ef 4,11-16). 
8 – A Igreja como o templo do Espírito Santo. O Espírito Santo faz da Igreja “Templo do Deus vivo”, (2Cor 6,16; 1Cor 3,16-17; Ef 2,21). Ele é o principio de toda ação vital e salvífica em cada membro da Igreja, pela Palavra de Deus, pelos sacramentos, por múltiplas graças especiais, milagres e maravilhas. Estas muitas bênçãos são concedidas abundantemente pelo Espírito Santo; renovam, dinamizam, revitalizam permanentemente a Igreja em beneficio da salvação do mundo. A verdade da graça salvífica é provada pela “caridade”, amor, (o dom maior), (1Cor 12 e 13; Rm 12,3-8). Os pastores das Igrejas têm também o ministério de discernir os dons espirituais para que efetivamente cooperem, em sua diversidade e complementaridade, para o bem comum da Igreja. (1Cor 12,7). 
9 – O mistério revelado. Cristo em nós a esperança da glória. "Cristo, a esperança da glória" é uma frase bíblica encontrada em Colossenses 1:27, que se refere a Cristo habitando em nós, os crentes, e sendo a nossa esperança de participar da glória de Deus no futuro. É a certeza de que, apesar das dificuldades e imperfeições da vida presente, um futuro glorioso nos aguarda por meio de Cristo. 10 - Cristo em nós significa a presença de Cristo em cada crente, este é o segredo por trás da esperança da glória. É através do Espírito Santo que Cristo habita em nós, transformando-nos e dando-nos uma nova natureza, uma nova mente, e a esperança de um futuro glorioso. 
11 - A esperança da glória nos é concedida pelo Espírito Santo. A esperança da glória não é apenas uma expectativa vaga, mas uma certeza baseada na promessa de Deus e na obra redentora de Cristo Jesus. Essa esperança nos dá alegria, paz e força para perseverar, mesmo em meio às tribulações. 
12 – O Apóstolo Paulo na carta aos Colossenses trás informações e confirmações do mistério revelado. A frase também destaca que essa verdade, Cristo em nós, era um mistério escondido no Antigo Testamento, mas revelado no Novo Testamento através de Jesus Cristo. A esperança da glória significa que, um dia, os crentes participarão da glória de Deus de forma plena, assim como Cristo ressuscitou e foi glorificado. Cristo em nós opera uma transformação em nossas vidas, nos ajudando a viver de acordo com a vontade de Deus e a refletir a sua glória. Esta esperança nos renova a cada dia, nos dando forças para enfrentar os desafios da vida e perseverar na fé. A esperança da glória nos une como corpo de Cristo, incentivando-nos a viver em comunhão e a cuidar uns dos outros. Termos Cristo em nós nos dá um propósito maior na vida, pois sabemos que estamos sendo preparados para um futuro glorioso com Ele. O mistério de Cristo se revela em nós porque "Cristo, a esperança da glória" é uma mensagem de esperança e de transformação, que nos lembra que a presença de Cristo em nós é a garantia de um futuro glorioso e que podemos ter confiança na obra de Deus em nossas vidas. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

DECÊNCIA E ORDEM NA IGREJA

DECÊNCIA E ORDEM NA IGREJA


A primeira carta de Paulo aos Coríntios (1 Coríntios 14.26-40), nos esclarece sobre o verdadeiro culto a Deus. Você quer saber se um culto, uma reunião da igreja está acontecendo dentro dos padrões bíblicos? Observe se há paz ou confusão, se há exaltação do homem ou a honra e a glória é do Senhor Jesus ou do ministrante. Se houver qualquer tipo de confusão ou qualquer tipo de exaltação do ser humano o culto não é de Deus e nem para Deus. Se houver desordem não é de Deus, se houver coisas estranhas, se houver manifestação de aparentes milagres ou profecias, Se houver exibicionismo dentre tantas coisas, então o culto não é de Deus. Se não houver edificação, ensino sólido da Bíblia para o aprendizado dos crentes, se não houver consolação para o seu coração, então o culto não é de Deus. Nos textos do Antigo Testamento, onde encontramos extensas referências a cultos, as reuniões do povo de Deus, as manifestações de Deus no meio do seu povo, nunca encontraremos o registro de nenhum momento de culto com confusões, com algazarras, com danças, com gritarias. Encontraremos, sim, nos cultos prestados a deuses falsos, como no caso do povo de Israel quando saiu do Egito e, na ausência de Moisés, começou a adorar um bezerro de ouro; no culto dos profetas de Baal querendo que o deus deles mandasse fogo do céu e gritavam, lamentavam, se feriam. Além disso, o apóstolo Paulo faz uma referência que tem passado desapercebida por muitos, a de que em todas as igrejas, com exceção da de Corinto, havia paz nos cultos a Deus. Em 1 Coríntios 14.27-31,34-40 encontramos o apóstolo Paulo falando explicitamente sobre essa necessidade de decência e ordem nas reuniões da igreja. Importante se dizer aqui que a palavra grega utilizada pelo apóstolo (taxis) é derivada de “Tasso” que significa literalmente colocar as coisas em uma determinada ordem, situar, organizar, arrumar. Quanto a essa ordem encontramos nos versículos 27-31 do mesmo capítulo, e sobre a decência encontramos na referência às mulheres ficarem caladas nas igrejas por causa da lei (34) e quando aconselha a perguntarem em casa a seus maridos, afirmando que era indecente que as mulheres falassem na igreja. Anteriormente havia comentado o fato de ser indecente as mulheres usarem cabelos curtos na igreja. Tudo isto porque, naquele tempo, era indecente as mulheres falarem em público, nas igrejas por alguns motivos que o próprio Apóstolo Paulo explica que era uma coisa local, devido às mulheres que eram prostitutas cultuais e quando se convertiam a Jesus, às vezes levavam estes e outros costumes pagãos para dentro das igrejas. Hoje isto não é mais aplicado literalmente. Não há indecência alguma em a mulher falar em público nos púlpitos bem como perguntar e ensinar. Mas existem outras manifestações de indecência, sejam elas apenas costumes sociais ou imorais realmente. Em um culto não há lugar para danças sensuais, sejam elas masculinas ou femininas; não há lugar para palavras de baixo calão; não há lugar para vestimentas indecentes; não há lugar para gestos obscenos; não há lugar para piadas imorais; não há lugar para manifestações homossexuais e nem sexuais de maneira alguma. Quanto à ordem não há espaço para o costume de se fazer coisas de improviso, em meio a uma desordem total, sob a alegação de que é o Espírito Santo quem dirige o culto. O Espírito Santo é Deus e Deus não é Deus de confusão. Deus tem prazer nas coisas que valorizam princípios e valores bíblicos. 
A - O diabo não gosta de limpeza, de decência e de ordem na igreja. Pra ele quanto mais bagunça, sujeira e desordem nas igrejas, inclusive e principalmente nos púlpitos, mais ele gosta daquelas igrejas. Há muitas pessoas que se utilizam da mentira e do engano para esconder os seus pecados e jogam toda a sujeira para debaixo do tapete querendo esconder podridão de seus pecados. Mas, Gálatas 6.7 nos adverte: “De Deus não se zomba, tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Estes são adeptos das mentiras do diabo que é o pai da mentira. Jo.8:44. O diabo é astuto como uma serpente e destruidor como um dragão. Em suas teias de mentiras, destacamos duas: Na primeira mentira, diz para você que o pecado é inofensivo. Depois que o induz ao pecado vem a segunda mentira: diz para você que o pecado não tem solução. Você não deve pecar, pois o pecado é maligníssimo. Mas, se você pecar, existe uma saída: “é o sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado”. Não ande debaixo da escravidão da culpa e do pecado. Ande na liberdade da santificação onde há perdão em Cristo Jesus. 
B – 1 João 1:7-9 nos diz: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. Todos somos falhos e imperfeitos, e na igreja, em todas as igrejas, encontraremos falhas, erros e limitações. Encontramos pessoas na igreja que deliberadamente são contumazes em suas práticas erradas e pecaminosas e não se sujeitam aos conselhos das autoridades eclesiásticas daquela instituição, daí então entra em ação a necessária disciplina. A maneira de se lidar com estes erros e com as pessoas erradas é com amor e paciência; vamos nos ajustando aos poucos e assim prosseguimos. Mas quando se trata de pecado, a igreja deve agir diferente, deve usar de disciplina.
C - A disciplina na Bíblia é um ato de amor que visa o arrependimento e a restauração do pecador. A disciplina na igreja tem basicamente três objetivos: Restabelecer o pecador, Manter a pureza da igreja e dissuadir outros para não incorrer naqueles mesmos erros. A disciplina pode ser corretiva ou educativa. A disciplina corretiva é ordenada e descrita no Novo Testamento em passagens como Mateus 18.15-17, 1Coríntios 5.1-13, 2 Coríntios 2.6 e 2 Tessalonicenses 3.6-15. A disciplina educativa é abordada em passagens como Efésios 4.11-32 e Filipenses 2.1-18. Já em 1 Timóteo 5:20-22 vem a sentença mais dura para os incorrigíveis e diz o seguinte: 20. Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor. 21. Conjuro-te, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que, sem prevenção, guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade. 22. A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro. 
D - Na igreja encontramos todo tipo de gente; aqueles que querem levar Deus a sério, e os que não. O Senhor Jesus disse que quando a rede é lançada ao mar, recolhe todo tipo de peixes: bons e ruins, (Mt 13.47,48); nesta mesma ocasião Jesus também ilustrou isto de outra forma, falou acerca do joio e do trigo para mostrar que na igreja temos todo tipo de gente. O Senhor nos preveniu que haveria escândalos em nosso meio, (Mt 18.7), deixando claro que estes por quem vem os escândalos serão julgados, mas que é inevitável que isto ocorra. Quando o evangelho é proclamado, a pessoa é convidada a vir a Deus como está, mas depois que passa a pertencer à Igreja do Senhor terá que se ajustar à sã doutrina. Todos somos falhos e pecamos. Como diz a Escritura: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. (1 Jo 1.4). Portanto, não é qualquer pecado que nos fará sermos disciplinados, senão viveríamos só de disciplina. Quando pecamos, devemos nos arrepender e confessar nossos pecados, nossas culpas diante de Deus e seremos perdoados, (1 Jo 1.9); a disciplina é para tratar com quem peca e não quer se arrepender, insistindo em viver no pecado. 
1 - A igreja do Senhor Jesus é um corpo vivo na terra. Não podemos perder de vista que ninguém vive espiritualmente isolado; somos membros uns dos outros e constituímos um só corpo. Quando alguém passa a viver no pecado fere não só a si mesmo, mas também ao corpo de Cristo. Todo o corpo sente a dor e o sofrimento que o pecado causa nas pessoas. O Velho Testamento nos revela como o pecado de um só homem, Acã, prejudicou todo Israel e como foi necessário que ele fosse julgado, (Js 7.11-26). O Novo Testamento enfatiza muito a ideia do corpo; quando Jesus envia sua mensagem a cada uma das sete igrejas da Ásia, (Ap.2 e 3), ele as trata como um todo tanto ao falar de suas virtudes como também de seus erros e defeitos. 
2 - Jesus foi quem primeiro falou de disciplina no Novo Testamento: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. E se não ouvir, dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano”. (Mt 18.15-17). Há cinco níveis ou parâmetros distintos no processo de disciplina que o Senhor Jesus ensinou: 1. Repreensão pessoal; Repreensão individual. Advertência, repreensão com disciplina branda e repreensão, até pública, com exclusão. 2. Repreensão com testemunhas, confirmação da necessária disciplina. 3. Repreensão pública, individual e ou coletiva. Disciplina de confirmação da inobservância da disciplina. 4. Exclusão depois de esgotado todos os esforços para o excluído se retratar, se arrepender, se reconciliar. 5. Exclusão severa e repreensão pública dos desobedientes contumazes. 
3 - Não praticamos a disciplina quando a pessoa se arrepende, mas sim quando ela se recusa a arrepender-se. E neste caso, dentro de uma progressividade; com a repreensão pessoal primeiro, a seguir com testemunhas em segundo lugar, depois diante da igreja em terceiro lugar e só então a exclusão em quarto lugar e em quinto lugar expulsão dos que causam rebeliões. Não podemos excluir alguém sem ter dado antes estes passos e um amplo direito de defesa. Porém, alguém pode não querer receber os primeiros níveis da repreensão fugindo deles; neste caso, constatada a indiferença e relutância da pessoa, passamos então ao quarto nível, subentendendo terem sido os outros insuficientes ou impraticáveis. Quando a repreensão se torna pública, ainda que seguida de arrependimento, e a pessoa em questão é um líder, a disciplina se manifestará afastando a pessoa de sua posição de liderança até comprovada restauração de sua comunhão. 
4 - No caso explicado em 1 Timóteo 5:20-23 é a disciplina mais severa que existe para ainda tentar, mesmo distante, recuperar os rebeldes e traiçoeiros desobedientes contumazes nos seus erros e pecados. Vários textos bíblicos falam sobre a necessidade de repreensão. E não são necessariamente ligados ao pastorado, pois no corpo de Cristo ministramos uns aos outros. Neste nível se enquadram os líderes das igrejas , obreiros e membros e todos que exercem cuidado por outras pessoas no Corpo de Cristo que é a igreja. “Exortamos-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos…”. (1 Ts 5.14). “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais vedes que aquele dia se aproxima”, (Hb 10.25). 
5 - “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade”. (2 Tm 2.24,25). Note que corrigir não significa contender, mas demonstrar cuidado com mansidão. Quando porém, a situação se agrava, é necessário que o governo da Igreja, os membros das diretorias e do ministério assumam a situação, que pode ser delicada e necessitar que a autoridade espiritual seja imposta, como Paulo fez com os coríntios. (2 Co 13.2 e 10). 
6 - Além da instrução do Senhor Jesus, não encontramos outro texto que fale com tanta clareza sobre este nível de disciplina, mas ele é muito eficaz por tirar a situação do aspecto pessoal e colocá-la num patamar de formalidade. E se as pessoas escolhidas para acompanharem a repreensão forem pacificadoras, serão de grande proveito para promoverem o arrependimento com argumentação mansa e amorosa. Em caso de resistência da pessoa que está sendo repreendida, ela deve ser avisada que assim como o segundo parâmetro de repreensão não foi aceito, será necessário o terceiro num culto público, e que permanecendo ainda inflexível ela chegará ao quarto parâmetro: a exclusão. 
7 - Como é feita a repreensão pública no templo? Ao dizer que levasse a repreensão para o terceiro parâmetro, que é à Igreja, Jesus se referia a tratar a questão na Igreja (templo) e com os líderes da Igreja, como alguns gostariam que fosse. Na verdade, Ele se referia a tratar a questão em público e não mais sigilosamente em reuniões no gabinete pastoral ou em reuniões ministeriais. Paulo também falou sobre este princípio ao escrever para seu discípulo Timóteo: “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, (publicamente), para que também os demais temam”. (1 Tm 5.20). A razão para isto é clara: “Para que outros tenham temor”. Toda a Igreja precisa ser ensinada sobre a disciplina cristã e vê-la funcionando na medida certa e quando necessário. 
8 - Somos um corpo no Senhor; o pecado contínuo de alguém prejudicará a todos. O único meio de evitar isto é cortando o mal pela raiz, expurgando o mal do pecado com arrependimento ou cortando a pessoa (quando ela não quer se arrepender) da comunhão do corpo de Cristo. Diante da Igreja ela, a pessoa, será obrigada a optar entre um ou outro caminho. A exclusão é a parte mais dolorida para a igreja. Ninguém quer ver alguém excluído da sua convivência, por isso é que e dada todas as oportunidades possíveis para a pessoa se arrepender e se consertar com Deus diante de todos, ou seja publicamente. 
9 - Na Igreja de Corinto, alguém chegou ao ponto de se envolver sexualmente com a madrasta (1 Co 5.1). Tão logo isto chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, ele ordenou: “Tirai do meio de vós a esse iníquo”. Antes, contudo, deixou claro em que condições isto deve acontecer: “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou avarentos, ou roubadores, ou idólatras, pois neste caso teríeis que sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor”. (1Co 5.9-13). Observe o detalhe que Paulo inseriu ao falar do pecador: “dizendo-se irmão”. Isto se refere a quem quer se parecer irmão sem o ser; não fala de uma queda ou tropeço espiritual, mas de uma prática continuada nestes pecados. 
10 - Excluir não significa proibir a pessoa de colocar os pés na Igreja, mas sim deixar de reconhecê-la como parte do corpo de Cristo, e isto envolve deixar de se relacionar como membro da igreja, (Tt 3.10,11), deixar de ter comunhão com a pessoa. Isto fica claro quando o apóstolo Paulo diz: “com o tal nem ainda comais”. Paulo explica melhor esta distinção na sua carta aos tessalonicenses: “Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão”. (2 Ts 3.14,15). Este princípio já havia sido estabelecido desde o Velho Testamento, onde havia vários motivos pré-estabelecidos para exclusão. O motivo é poupar o corpo de prejuízos espirituais, e não tentar manter um controle sobre as pessoas. Os casos não manifestos não chegam a ser tratados na Igreja, só os que chegam a ser conhecidos. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.