segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O QUE É H.2.O? E O QUE É A ÁGUA DA VIDA?

O QUE É H.2.O? E O QUE É A ÁGUA DA VIDA? 


H.2.O é  a fórmula da água, sendo assim formada: duas partículas de oxigênio e uma de hidrogênio. Essa é a fórmula da água. 

A água é indispensável para a vida dos homens (Ex 23,25), dos animais (Gn 24,11-20) e das plantas (1Rs 18,41-45); é vista como um dom salvífico de Deus. 

Ele a concede abundantemente aos que desejam salvar-se (Ex 17,5s; Is 12,5). Mas ela lhe serve também de instrumento de punição para os inimigos, como no dilúvio (Gn 6-8) e no êxodo (Ex 14-15). Usada na limpeza física, a água serve também na purificação cultual (Ex 30,17s; Lv 16,4.24) e ritual. (Nm 19,11-22). 

Para os tempos escatológicos Deus promete derramar sobre os povos que o buscarem, águas purificadoras, acompanhadas de seu Espírito (Ex 36,25-27; Is 44,3; Zc 13,1s).

No Novo Testamento João Batista se serve da água para o seu batismo de penitência. (Mc 1,8-11). 

O batismo Cristão é fonte de regeneração e renovação do Espírito Santo (Tt 3,5). Os que a ele se submetem são purificados de seus pecados e recebem o Espírito Santo (At 2,38; 1Cor 10,1s). Cristo promete fazer jorrar a água viva de seu Espírito para os que nEle crêem.

Como encontrar a água? 

No mundo físico, terreno, que nós conhecemos é cavando uma cisterna, um poço ou coisa semelhante. 

O que é uma cisterna?

É  um poço coberto escavado na rocha ou no barro ou na terra, ou em qualquer outro tipo de terreno que é cavado até que se encontre água. 

Outro tipo de cisterna são aquelas pré fabricadas a fim de receber e armazenar a água da chuva (Jr. 14.3). As cisternas, fundamentais para a vida nos climas áridos, simbolizavam a segurança. Cavam-se cisternas também nas areias das praias e na beira dos rios e riachos para se ter uma água potável e sempre limpa e saudável. 

O que é um poço de água. 

Tem diversos tipos de poços de água. 

Tem poços artesianos e semi artesianos.

Poços artesianos são cavados à uma grande  profundidade até se encontrar água abaixo das rochas e necessitam de máquinas pesadas e apropriadas para se furar esse tipo de poços até se encontrar água. 

Tem poços semi artesianos que são de pouca profundidade e geralmente são cavados em locais onde a água, o lençol freático, está mais perto da superfície. 

Também nos tempos antigos se fazia um buraco cavado na terra até brotar água. (Jo 4.11).


No Evangelho de João encontramos 19 vezes a citação do vocábulo “água”, vejamos. 

João 1,26
João respondeu-lhes, dizendo, Eu batizo com água; mas no meio de vós está um a quem vós não conheceis.

João 1,31
E eu não o conhecia; mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água.

João 1,33
E eu não o conhecia, mas o que me mandou a batizar com água, esse me disse, Sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo.

João 2,7
Disse-lhes Jesus, Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima.

João 2,9
E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,

João 3,5
Jesus respondeu, Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.

João 4,7
Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus, Dá-me de beber.

João 4,10
Jesus respondeu, e disse-lhe, Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz, Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.

João 4,11
Disse-lhe a mulher, Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?

João 4,13
Jesus respondeu, e disse-lhe, Qualquer que beber desta água tornará a ter sede;

João 4,14
Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.

João 4,15
Disse-lhe a mulher, Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.

João 4,46
Segunda vez foi Jesus a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. E havia ali um nobre, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum.

João 5,3
Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento da água.

João 5,4
Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse.

João 5,7
O enfermo respondeu-lhe, Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.

João 7,38
Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.

João 13,5
Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.

João 19,34
Contudo um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.


O que isso tem a ver com a nossa vida eterna?

Qualidade de vida que começa no momento em que alguém confia em Jesus para a salvação (Jo 3.36) e continua após a morte física pela comunhão com Deus numa vida que nunca terá fim. (Jd 21).

As plantas são alimentadas pela seiva que é  um líquido que circula no interior das plantas. Figuradamente significa "vida abundante". (Sl 92.14; Rm 11.17).


Jesus é a fonte da água da vida. 

No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba”.(João 7.37).

“No último dia”. A primeira coisa que deve ser observada aqui é, que nenhum argumento ou intriga de inimigos aterrorizam a Cristo, de modo a fazer com que desista de seu dever e de sua missão principal; senão, pelo contrário, a sua coragem aumenta com perigos, de modo que ele perseverou com maior firmeza. Isto é provado pela circunstância do tempo, pelo conjunto da multidão, e pela liberdade que ele usou ao exclamar, enquanto sabia que mãos estavam estendidas por todos os lados para pegá-lo; pois é provável que os oficiais estavam naquele momento prontos para executar sua missão.

Devemos observar a seguir, que nada mais foi do que a proteção de Deus, na qual ele se baseava, que lhe permitiu manter-se firme contra tais esforços violentos daqueles homens, que tinham cada coisa em seu poder. Porque, por qual outra razão pode ser atribuído que Cristo pregou no dia mais público da Festa dos Tabernáculos, no meio do templo, no qual seus inimigos mantinham uma reunião tranquilamente, e depois que eles tinham preparado um grupo de oficiais para prendê-lo, senão porque Deus conteve a raiva deles? No entanto, é muito útil para nós, que o evangelista apresente Cristo exclamando em voz alta: “todos os que têm sede venham a Mim”, porque inferimos disto que o convite não foi feito a uma ou duas pessoas apenas, ou como um sussurro baixo e suave, mas que esta doutrina é proclamada a todos, de tal modo que ninguém possa ser ignorante da mesma, senão aqueles que, por vontade própria fechando os seus ouvidos, não perceberão este grito alto e distinto.

“Se alguém tem sede”. Por esta frase ele exorta todos a participarem de suas bênçãos, desde que, a partir de uma convicção da sua própria pobreza, desejem obter assistência. Pois é verdade que somos todos pobres e destituídos de todas as bênçãos, mas está longe de ser verdade que todos são despertados por uma convicção de sua pobreza para buscar socorro. Por isso, sucede que muitas pessoas não mexem um só pé, mas miseravelmente murcham e caem, e ainda há muitos que não são afetados por uma percepção de seu vazio, até que o Espírito de Deus, pelo seu próprio fogo, instiga fome e sede, em seus corações. Pertence ao Espírito, portanto, fazer-nos desejar a sua graça.

Quanto à presente passagem, devemos observar, em primeiro lugar, que ninguém é chamado para obter as riquezas do espírito, senão aqueles que queimam com o desejo delas. Porque sabemos que a dor da sede é mais aguda e atormentadora, para que os homens muito mais fortes, e aqueles que podem suportar qualquer quantidade de labuta, possam ser dominados pela sede. E assim ele convida o sedento e o faminto, a fim de prosseguir com a metáfora na qual ele emprega depois a palavra água e a palavra bebida, para que todas as partes do discurso pudessem estar dentro da aplicabilidade da palavra que Ele ministrava.. E eu não tenho dúvida de que ele fez alusão a essa passagem de Isaías, “todos os que têm sede, venham às águas” (Isaías 55.1), porque o que o Profeta atribui a Deus deveria ser cumprido plenamente em Cristo, como também o cântico de Maria: “Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.” (Lucas 1.53).

Ele, portanto, nos exorta para vir direto a si mesmo, como se ele tivesse dito, que é somente ele que pode satisfazer plenamente a sede de todos, e que todos os que buscam mesmo o menor alívio da sua sede espiritual em qualquer outro lugar estão enganados, e trabalhando em vão.

“E beba”. A promessa é adicionada à exortação; pois embora a palavra “e beba” transmita uma exortação, ainda contém em si mesma uma promessa; porque Cristo testifica que ele não é uma cisterna seca e desgastada, mas uma fonte inesgotável, que em grande parte e abundantemente supre a todos os que vêm para beber. Daí segue-se que, se pedirmos a ele o que necessitamos, o nosso desejo não será decepcionado.

“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” (João 7.38)
“Aquele que crê em mim”. Jesus aponta agora a maneira de vir a ele, que é, que devemos nos aproximar, não com os pés, mas pela fé; ou em vez disso, vir, nada mais é do que crer, pelo menos, se você definir com precisão a palavra crer; como já disse que nós cremos em Cristo, quando nós o abraçamos como ele é apresentado a nós no Evangelho, cheio de poder, sabedoria, justiça, pureza, vida, e todos os dons do Espírito Santo. Além disso, ele agora confirma mais clara e totalmente a promessa que mencionou antes; pois ele mostra que tem uma grande abundância da água da vida para nos satisfazer plenamente e nos fazer saltar para a vida eterna. 

“Do seu interior fluirão  (“correrão”) rios de água viva”. A metáfora parece, sem dúvida, ser um pouco áspera, quando ele diz que rios de água viva correrão do ventre dos crentes; mas não pode haver nenhuma dúvida quanto ao significado, que aqueles que acreditam não sofrerão qualquer falta de bênçãos espirituais, ou seja: quanto mais eu abençoar, mais eu serei abençoado. Ele chama isso de água viva, a fonte da qual nunca seca, nem deixa de fluir continuamente. Como a palavra rios se encontra no plural, interpreto-a como denotando a diversidade dos dons do Espírito, que são necessárias para a vida espiritual da alma. Em suma, a perpetuidade, assim como a abundância dos dons e da graça do Espírito Santo, são aqui prometidas para nós. Alguns entendem que a expressão “as águas fluirão do ventre dos crentes” significa que aquele a quem o Espírito Santo tem sido dado deve fluir para seus irmãos, como devendo haver comunicação mútua entre nós.

Mas eu considero que isto seja um significado mais simples, que todo aquele que crer em Cristo terá uma fonte de vida, fluindo em si mesmo, como Cristo disse anteriormente: “Aquele que beber desta água nunca mais terá sede” (João 4.14), porque enquanto a água comum apenas sacia a sede por um curto período de tempo, Cristo diz que pela fé nós bebemos do Espírito, que é uma fonte de água que jorra para a vida eterna.

Ele não diz também que no primeiro dia os crentes já ficarão totalmente satisfeitos com Cristo e que jamais terão, de imediato ou mais tarde qualquer fome ou sede; mas, ao contrário, o desfrute de Cristo acende um novo desejo dele. Mas o significado é que o Espírito Santo é como um fluir vivo e contínuo nos crentes; como Paulo também declara que ele é a vida em nós (Romanos 8.10), embora nós ainda carreguemos presentemente resquícios de pecado, a causa da morte. E, de fato, como cada um participa dos dons e graça do Espírito Santo, de acordo com a medida de sua fé, não pode possuir uma plenitude perfeita deles na vida presente. 

Mas os crentes, enquanto fazem progressos na fé, continuamente aspiram um renovo diário do Espírito, para que as primícias que provaram os conduzam adiante até a perpetuidade da vida. Mas também são lembrados por Ele o quão pequena é a capacidade de nossa fé, uma vez que a graça do Espírito dificilmente entra em nós por gotas, as quais fluem como rios, se damos a devida admissão a Cristo; se a fé nos fez capazes de recebê-lo, então, seremos dessedentados até saltamos para a vida eterna no arrebatamento individual ou coletivo quando estaremos para sempre com Cristo nos ares celestiais. 

“Como diz a Escritura”. Alguns limitam isso à frase anterior, e outros à última; de minha parte, eu o estendo a todo o âmbito do discurso. Além disso, Cristo não aponta aqui, em minha opinião, qualquer passagem particular das Escrituras, mas dá um testemunho extraído da doutrina comum dos Profetas vetero testamentários pois sempre que o Senhor, prometendo uma abundância de seu Espírito, a compara a água viva, ele olha principalmente para o reino de Cristo, para o qual ele direciona as mentes dos crentes.

Todas as predições de água viva, portanto, têm o seu cumprimento em Cristo, porque somente Ele tem aberto e apresentado os tesouros escondidos de Deus para os que O aceitam e O seguem. 

A razão pela qual a graça do Espírito Santo é  derramada sobre Ele (Jesus) é para que todos nós possamos extrair da sua plenitude diretamente da fonte.  (João 1.16).

Jesus é a fonte da água da vida. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.  






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