OS CRENTES FIÉIS TERÃO RECOMPENSAS
Nossas lindas e preciosas recompensas nos
serão dadas na glória eterna em forma de galardões e coroas.
1 Coríntios 15.57-58 nos diz o seguinte:
57.
Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.
58. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes
na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
Você gosta de ser recompensado por alguma
coisa que fez ou pelo seu trabalho e esforço de cada dia no serviço secular ou
na obra de Deus?
Como é bom as pessoas serem recompensadas por
algo que fizeram ou por serviços prestados. Não existem, na minha opinião,
pessoas que mereçam mais serem recompensadas do que as pessoas que trabalham em
áreas de risco para socorrerem seus semelhantes como é o caso dos bombeiros,
defesa civil, agentes civis e militares que defendem o cidadão de bem; são
pessoas simples do meio do povo, do meio da sociedade e que sabem como nunca o
que é ser solidário. Mas eu destaco aqui o papel do Corpo de bombeiros que vou
me referir ainda nesta postagem.
Temos também outras classes sociais que
gostam de serem recompensadas e que merecem uma “gorjeta", são os garçons
em restaurantes, carregadores de malas em rodoviárias e aeroportos, etc e etc.
Já vimos tragédias no Rio de Janeiro onde
aconteceu um desabamento de três prédios no centro da cidade do Rio, em São
Paulo, em Minas Gerais dentre outros lugares pelo Brasil e pelo mundo afora.
É dolorido e angustiante o que as famílias
passam ou estão passando e sentindo por verem seus amigos e familiares
soterrados nos escombros daqueles prédios ou serem levados por correntezas, ou
perderem tudo pela ação desastrosa do ser humano na natureza, e parece que todo brasileiro está sentindo a
mesma dor, a dor da perca irreparável de alguém muito próximo de si que são
nossos compatriotas brasileiros debaixo das lages e dos entulhos dos prédios
desabados ou que sumiram nas enxurradas, ou que morreram pelo desabamento de
barragens e por aí vai. Estes acontecimentos nos levam a reflexões sobre o tipo
de recompensas essas pessoas que estão ali diretamente envolvidas para resgatar
as vítimas destas tragédias, para prestar socorro e resgate de pessoas vítimas
destes desastres, que são os valentes e corajosos brasileiros das equipes de Bombeiros
e outras categorias de agentes de socorro e da defesa civil. Sabemos que tem
ali muitas outras pessoas que estão dando seu apoio para os familiares, mas não
existe alguém que esteja mais ligado ao fato do que os valorosos bombeiros e
socorristas. Eles estão ali no front da luta procurando pessoas vivas ou corpos
dos que infelizmente pereceram. Eles estão ali correndo riscos de todos os
tipos para socorrer, para salvar vidas que ainda possam estar respirando.
Parabéns aos profissionais da vida, eles merecem sim muitas condecorações,
merecem ser recompensados, merecem ser elogiados muito embora façam, a maioria
deles, com muito amor pela profissão que escolheram como se fosse uma missão
que receberam de Deus, não olhando pelo que recebem, que é as vezes até um
salário irrisório visto ao árduo trabalho que prestam para a comunidade.
Meu desejo é que estes heróis brasileiros ou
não, como e o caso da Cruz Vermelha que até ajudaram e ajudam no socorro em
todos ou quase todos os países do mundo. Houve uma tragédia ha algum tempo no Haiti
que foi muito pior do que o deslizamento de terra no Rio de Janeiro, vários
terremotos que devastaram cidades inteiras no Haiti; lá estes bravos heróis, dentre
outros, lutaram bravamente para salvar vidas. Que estes brasileiros que
estiveram lá não sejam esquecidos.
O brasileiro está acostumado com as notícias
ruins que passam nos telejornais todo dia, toda hora, mas que as boas notícias
do trabalho incansável destas pessoas, entre outras tantas, possam merecer
horário nobre de serem anunciadas e elogiadas também. Não estou falando de
nomes de pessoas, estou me referindo a classes de pessoas não importando no
cargo ou na patente que possam ter. Cada um merece ser recompensado e a melhor
recompensa é ser lembrado, é ser valorizado pelo bravo e incansável trabalho que
tem sido realizado por pessoas especiais mundo afora.
Repetimos aqui que a Bíblia nos diz algo
tremendo sobre as recompensas que Deus dá para as pessoas que merecem, vejamos
em 1 Coríntios 15.57,58: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de
nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e
constantes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no
Senhor, o vosso trabalho não é vão”.
Ainda podemos citar a passagem do evangelho
de Mateus 5.1-12, que nos leva a meditar sobre as bem-aventuranças. Nesta parte
do capítulo verificamos algo encorajador para os bem feitores da humanidade a
que referimos acima; versículo 4: Bem-aventurados os que choram, porque serão
consolados. versículo 7: Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia; poderia ainda dizer que encontramos dentro da sociedade, em
crenças, em qualquer religião, pessoas que são verdadeiros pacificadores, e diz
no texto bíblico grifado versículo 9: “Bem-aventurados os pacificadores, porque
serão chamados filhos de Deus”.
Ainda gostaria de me dirigir ao capítulo 10
versículo 26a do evangelho de Mateus que diz: 'E quem der de beber, ainda que
seja um copo de água fria...' muitos socorristas (bombeiros, etc) trabalham
incansavelmente e merecem não só um copo de água fria pelo laborioso e glorioso
trabalho que realizam, mas merecem as honras aqui mesmo na terra, pelo
amor e dedicação com que prestam seus serviços no Brasil e no mundo inteiro.
Seu trabalho é tão especial que se for preciso dão até o último copo de água
que possuem, para socorrer alguém, mesmo que demore muito tempo até eles
conseguirem outro copo com água para si.
Há recompensas de Deus pela fidelidade ao
Senhor e à Sua obra.
Diz o texto bíblico a seguir: “Venho sem
demora. Conserva (guarda) o que tens,
para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do
meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte
do meu Deus, e o meu novo nome”. (Apocalipse 3.11-12).
Esplêndida e maravilhosa será a recompensa
pela fidelidade. Os vencedores têm a promessa de receber a cidadania eterna e
um novo nome no Céu, além da Glória e a coroa da vida eterna.
Essa distinção animadora será para todos
aqueles que, a exemplo do apóstolo Paulo, se sentem fracos e miseráveis, mas
continuam fazendo a obra de Deus. Não será pela nossa capacidade, nem pela
nossa força, mas pelo grande amor de Deus. Temos a promessa dessas bênçãos em
Zacarias 4.6 que diz: “...Não por força nem por violência, mas pelo meu
Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”.
Os vencedores, os fiéis que toleram
provações, que aqui são considerados estrangeiros e que compartilham do
opróbrio, da vergonha que Jesus se submeteu para nos salvar, estarão
participando da administração do novo céu e da nova terra e reinarão com Cristo
eternamente.
Essa magnífica perspectiva nos anima a
prosseguir sendo fiéis ao Senhor Jesus na batalha da fé.
A recompensa ou galardão é uma retribuição
por algum serviço prestado ou por uma conduta adotada. A palavra galardão
aparece muitas vezes na Bíblia, e seu correto significado dependerá do contexto
em que ela foi aplicada. A seguir entenderemos o que é galardão e qual o
seu significado.
O que significa galardão na Bíblia?
Basicamente o nome “galardão” significa
“recompensa”, “pagamento”, “prêmio” ou “distinção recebida”.
Na Bíblia, somente no Antigo Testamento, pelo
menos treze raízes hebraicas são, de alguma forma, traduzidas como galardão
sendo as principais “shohad” e “sakhar”.
Já no Novo Testamento a palavra galardão
traduz dois termos gregos que são “apodidomi” e “misthos”.
De uma forma geral o significado de todos esses termos transmitem a ideia
de pagamento ou salário.
No entanto, nem sempre o galardão
significa uma boa recompensa, ou seja, o galardão pode ser o pagamento por um
trabalho ou conduta honesta, como também o prêmio por um trabalho ou até para
uma conduta desonesta, isto é, um tipo de suborno ou lucro ilícito
conforme o profeta Miquéias aplicou em seu livro, (Mq. 3:11).
O que é o galardão dado por Deus. Quando
receberemos este os galardão?
É importante entendermos que os galardões
concedidos por Deus são manifestações de Sua justiça, tanto os galardões de
bênção quando os de castigo. Existem galardões que são dados ainda na
presente era, enquanto outros serão dados na eternidade.
Em Deuteronômio 28.1-14, por exemplo,
entendemos que a obediência aos mandamentos do Senhor nos traz recompensas
temporais visíveis, isto é, bênçãos tanto materiais quanto espirituais que os
fieis desfrutam ainda enquanto vivos nessa terra, enquanto que a desobediência
à vontade do Senhor também é castigada, Deuteronômio 28.15-64.
Aqui vale uma observação de que não se deve
entender que a obediência à vontade do Senhor é imediatamente refletida ou
transformadora em bênçãos e prosperidades materiais, como também não se deve
identificar todo sofrimento como um tipo de desobediência ou pecado que está
sendo castigado.
Na verdade, muita gente propaga um falso
ensino que não encontra base bíblica alguma acerca disso. Na Bíblia, temos
exemplos claros de que nem todo sofrimento se trata de uma recompensa pelo
pecado, como pode ser visto na história de Jó, além que também nem sempre
uma conduta justa e integra será automaticamente recompensada aqui na terra,
como bem observou Asafe no Salmo 73.
O autor do livro de Eclesiastes, talvez
o rei Salomão, expressou muito bem a verdade de que o justo e o
perverso não receberão os seus verdadeiros galardões necessariamente nessa
vida (Ec 8:14), ou seja, aqui na terra existem perversos que parecem
desfrutar de recompensas que cabem aos justos, enquanto existem justos que
parecem amargar castigos das quais os perversos são merecedores, mas um dia o
juízo virá.
No Novo Testamento encontramos muitas
promessas de galardões. Todavia, quando Jesus prometeu galardoar os seus
discípulos tanto no presente quanto no por vir, Ele associou essa recompensa ao
sofrimento, aflição, perseguição e autonegação pela causa
do Evangelho (Mc 10:29; Mt 5:3-12).
Jesus também ensinou que qualquer ideia de
uma recompensa por mérito próprio está equivocada, já que mesmo que façamos
tudo o que nos for ordenado fazer, ainda assim seremos servos inúteis (Lc
17:10).
Além disso, Jesus advertiu que toda ação
executada na busca pela recompensa humana ou na tentativa de conseguir honra e
respeito entre os homens deve ser evitada, pois tais atitudes são reprovadas
por Deus. Mas os que agem com sinceridade, rejeitando a hipocrisia e
a autoglorificação, recebem o seu galardão (Mt 6:1,2).
Por fim, podemos dizer que mesmo que algumas
recompensas já possam ser desfrutadas no presente, o cumprimento definitivo e
final dos galardões acontecerá após o juízo final, onde os redimidos
receberão galardões de bem-aventurança e os incrédulos galardões de castigo.
Todos receberão o mesmo galardão?
A Bíblia indica que existem vários níveis de
galardões, isto é, na eternidade existirão diferentes graus de recompensa na
bem-aventurança eterna ao lado de Deus, como também diferentes graus de castigo
na condenação eterna.
Essa verdade pode ser notada com bastante
ênfase no ensino de Jesus na Parábola do Servo Vigilante (Lc 12:47,48), como
também nas palavras do apóstolo Paulo falando dos galardões em 1
Coríntios 3:8-15.
O galardão e a salvação.
Não podemos confundir galardão com
salvação. Somos salvos porque Deus imputa em nós a justiça de Seu Filho,
Jesus, de modo que somos justificados pelos méritos de Cristo, por Ele ter
obedecido todos os mandamentos e ter experimentado na cruz
do Calvário o sofrimento resultante da culpa pelos nossos pecados.
Assim, a justificação é um ato executado exclusivamente
por Deus, sem nenhuma influência ou participação humana, pois a salvação não é
pelas obras, mas unicamente pela graça mediante a fé (Ef 2:8).
No caso dos salvos, o galardão é uma
recompensa dada por Deus pelas obras que praticamos em obediência à sua
vontade. Todavia, tanto as boas obras quanto o galardão em decorrência
delas, são simplesmente consequências da verdadeira fé (Tg 2:14-16), ou seja,
somente somos capazes de experimentar uma conduta de vida da qual Deus se
agrada porque temos em nós a fé salvadora.
Portanto, o único motivo pela qual
receberemos galardões de bênçãos eternas da parte de Deus é por Ele ter nos
recebido em Cristo Jesus, e assim, graciosamente nossas obras também são
aceitas, ou seja, de modo algum nossas próprias obras servem como base de
reivindicação perante Deus para qualquer recompensa, ao contrário, nossas obras
são recompensadas exclusivamente por Seu favor imerecido.
Um exemplo muito claro sobre esse princípio
pode ser encontrado na visão do trono de Deus registrada pelo
apóstolo João, quando os vinte e quatro anciãos, que é um símbolo da Igreja no
texto, se prostraram e lançaram suas coroas de ouro, que representam as boas
obras que fizeram, diante do trono de Deus, e declaram que toda honra, glória e
poder pertencem ao Senhor (Ap 4:10,11).
Em outras palavras, o que o texto está
dizendo é que as coroas de ouro são galardões pelas boas obras, porém as
coroas são depositadas aos pés daquele que tornou tudo isso possível, ou seja,
os méritos sempre são do Cordeiro.
Além disso, sabemos que as virtudes do
caráter cristão não possuem origem em nós mesmos, mas são gerados pelo Espírito
Santo que nos capacita a vivermos uma vida que agrada a Deus. Isso é que o
Paulo chamou de fruto do Espírito.
Como serão os galardões na vida eterna?
Não sabemos exatamente como serão os
galardões, pois a Bíblia não trata desse assunto diretamente. O que sabemos é
que na vida eterna todos os redimidos estarão completamente realizados,
desfrutando de um estado de glória inimaginável.
Assim, não haverá descontentamento pelo
galardão recebido, e muito menos inveja pelo galardão de alguém.
Finalmente, o que realmente importa é a promessa de que Cristo Jesus vem
sem demora, e com Ele está o galardão para cada um segundo as suas obras. (Ap
22:12).
Quais e quantos serão estes galardões e
coroas?
Nós sabemos, pela Palavra de Deus, que depois
que o cristão for arrebatado, ele será trazido à presença de Cristo, o qual
estará assentado no Seu Tribunal, conhecido como “Bema” ( no grego), para ser examinado
e recompensado, de acordo com suas obras. Este não é um tribunal como o
Tribunal de Pilatos, mas é semelhante à junta examinadora nos Jogos Olímpicos
Gregos, ao qual o vencedor vinha para receber o seu prêmio.
Os galardões que serão dados no Tribunal de
Cristo são chamados de “coroas”.
A significância do termo reside no fato de
que coroas são símbolos de realeza, e os santos vão reinar com Cristo. “Não
sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser
julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” (1 Co
6:2). “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição;
sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de
Cristo, e reinarão com ele mil anos”, (Ap 20:6). As posições de honra para os
crentes no reino vindouro serão determinadas pela fidelidade, consagração e
comunhão com Ele e devoção a Seu serviço, que demonstram na sua vida aqui na
terra.
Em Romanos 8:17, uma distinção é feita entre
a nossa herança como filhos de Deus e a nossa posição de co-herdeiros com
Cristo. “E se nós somos filhos, somos logo também herdeiros; herdeiros de Deus
e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com Ele padecemos, para que também com
Ele sejamos glorificados”.
Ser um herdeiro de Deus é herdar as coisas
que Ele preparou para nós, tais como nosso lar celestial e Sua glória. Nós
seremos co-herdeiros com Cristo, se sofremos com Ele. Ele recebeu uma
recompensa especial por Seu sofrimento e estará assentado no Seu trono reinando
por mil anos aqui na terra. Nós teremos o privilégio de compartilhar este trono
e de reinar com Ele se sofrermos com Ele.
Este sofrimento nem sempre significa
sofrimento físico. Pode ser “opróbrio” por causa de Cristo, como o escritor de
Hebreus expressa (Hb 13:12-14). Certo dia, os doze discípulos vieram a Jesus e
perguntaram qual seria a sua recompensa por terem deixado tudo e O seguido. Ele
lhes disse que se sentariam em doze tronos e julgariam as doze tribos de
Israel. Mais tarde, dois dos discípulos vieram a Jesus e pediram se um podia
sentar-se à Sua direita e o outro à Sua esquerda. A este pedido o nosso Senhor
respondeu que não lhes poderia dar tais posições pois estas seriam concedidas
por Deus o Pai.
É isto o que ensina a passagem de Mateus
10:32-33: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o
confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar
diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus”.
Quando chegarmos diante do Tribunal de
Cristo, seremos declarados dignos ou indignos. Se O tivermos negado diante dos
homens Ele terá que nos negar diante do Pai Celestial dizendo: “Este homem não
é digno de sentar-se Comigo no trono”. Se O tivermos confessado diante dos
homens, Ele recomendará ao Pai que nos assentemos com Ele no Seu trono. Paulo
entendeu tudo isto claramente, pois muitas vezes falou da glória vindoura. Em
certa passagem ele disse que o sofrimento deste tempo presente não se compara à
glória que está porvir. Ele até esqueceu de tudo que tinha ficado para trás a
fim de prosseguir em direção ao alvo pelo prêmio da sublime vocação de Deus em
Cristo Jesus. Ele entendeu claramente que uma recompensa o esperava.
A) A Coroa da Vida.
Esta coroa é mencionada duas vezes nas
Escrituras. É chamada frequentemente a “coroa de mártir”, a coroa que será dada
pela fidelidade até a morte. “Bem-aventurado o varão que sofre a tentação;
porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem
prometido aos que o amam”. (Tg 1:12).
“Nada temas das coisas que hás de padecer.
Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e
tereis uma tribulação de dez dias. Sé fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da
vida”, (Ap 2:10). As pessoas frequentemente se referem erroneamente à coroa da
vida como “vida eterna.” Devemos nos lembrar que a vida eterna não é uma coroa.
É o próprio Cristo vivendo em nós. A coroa da vida, por outro lado, é uma
recompensa especial, possivelmente uma posição de honra no governo de Cristo durante
o milênio.
B) A Coroa Incorruptível.
Esta coroa é mencionada em 1 Coríntios
9:25-27. O contexto mostra que Paulo está falando de serviço e recompensas. Ele
está nos contando o que fez por amor ao evangelho, para ganhar pessoas para
Cristo. “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade,
correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo
aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa
corruptível, nós, porém, uma incorruptível”. (1 Co 9:24-25).
Participar de uma corrida e esforçar-se muito
para vencer não são figuras da salvação. A salvação é o maior dom de Deus e não
pode ser ganha nem comprada. Nos dias de Paulo, os cidadãos gregos nascidos
livres eram os únicos que tinham permissão para competir nos jogos. Pelas
coroas celestias somente os nascidos de novo podem concorrer. A salvação é o
ponto de partida, não o objetivo. Nós não fazemos esforço para ganhar a
salvação. Nós ganhamos a salvação pela fé e depois trabalhamos para ganhar as
coroas. A salvação é a entrada para a arena e não o prêmio no fim da corrida.
Nos jogos da Grécia antiga, aquele que
alcançava o objetivo primeiro era o único que ganhava a coroa, mas na corrida
celestial não há competição. Ninguém concorre com o companheiro, a única
condição é observar as regras do jogo: “Pois eu assim corro, não como sem meta;
assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à
servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a
ficar reprovado”. (1 Co 9:26-27).
Paulo conhecia as regras da corrida. A coroa
incorruptível, portanto, é vista como uma recompensa para uma vida vitoriosa. É
para o cristão que carrega no seu corpo as marcas do Senhor Jesus, para que a
vida de Jesus possa se manifestar. É para aquele que triunfa sobre a carne pelo
poder da nova vida que recebeu quando nasceu pela segunda vez.
Era pensando no Tribunal de Cristo e nas
coroas a serem conquistadas que Paulo dizia manter seu corpo sob disciplina e
sem dar lugar para a carne e suas concupiscências. Ele viu a possibilidade de
que, depois de ter pregado aos outros e de dizer-lhes como se tornarem filhos
de Deus e como viver a vida cristã, ele mesmo viesse a ser reprovado, isto é,
que as recompensas designadas a ele lhe fossem negadas.
Vale a pena lutar por esta coroa, não é de se
maravilhar que ele tenha escrito: “Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, e
justa, e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes”. (1 Ts
2:10).
C) A Coroa de Alegria.
Esta é a recompensa para o ganhador de almas.
As pessoas que levamos ao Senhor Jesus Cristo serão nossa coroa de alegria na
Sua vinda. Qualquer pessoa que tenha conhecido a alegria de levar uma outra
pessoa a Cristo pode bem entender o nome desta recompensa, pois sabe que não há
alegria comparável àquela que surge ao saber que foi usada pelo Senhor para
levar uma alma a Ele.
“Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo,
ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor
Jesus Cristo em sua vinda?” (1 Ts 2:19). “Portanto, meus amados e mui queridos
irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados” (Fp 4:1).
Que incentivo este para um ganhador de almas! Que alegria será ver uma grande
multidão de almas andando nas ruas da glória, conduzidas ao conhecimento da
salvação como resultado de nossos esforços por Ele! Porém, receio que muitos
cristãos irão perder esta recompensa, pois muito poucos estão ocupados em
ganhar almas.
D) A Coroa de Glória.
“Aos presbíteros que estão entre vós,
admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de
Cristo, e participante da glória que se há de revelar: Apascentai o rebanho de
Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas
voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo
domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando
aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória”. (1 Pe
5:1-4).
Esta é a recompensa de Cristo para quem
alimenta o rebanho: a recompensa do Sumo Pastor para todos os fiéis pastores
subordinados. Esta coroa de glória também é subentendida em Lucas 10:35: “E,
partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-
lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastardes eu to pagarei quando voltar”.
As almas estão confiadas ao nosso cuidado.
Espera-se que cuidemos e alimentemos estas almas, não com a filosofia do homem
mas com alimento celestial, a Palavra de Deus. Que oportunidade para os
pastores ganharem um ótima recompensa; porém este privilégio é frequentemente
substituído por uma recompensa que pode ser vista nesta vida presente. Muitos
pastores selam suas bocas por causa de uma recompensa terrena de um grande
salário. Que recompensa celestial poderia ter sido deles?
E) A Coroa da Justiça.
“Porque eu já estou sendo oferecido por
aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente
a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2 Tm 4:6-8).
Isto não deve ser confundido com o dom da
justiça pela salvação mencionado em Romanos 3:21-23. Esta coroa é para quem
mostrar uma verdadeira alegria diante da volta do Senhor Jesus Cristo através
de viver uma vida justa. “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a
si mesmo, como também ele é puro” (1Jo 3:3). Não é normal que um cristão que
conheça o significado da “bendita esperança” ame a vinda de Cristo?
A noiva não espera com terno anseio a vinda
do noivo, guardando-se somente para ele? Ela não se ocupa, preparando-se para o
dia do casamento? A coroa de justiça será dada àqueles que, em esperança,
alegria e antecipação à segunda vinda de Cristo, purificarem a si mesmos e
estiverem prontos para a Sua vinda.
Uma das maneiras em que o crente se prepara é
ser ativo em ganhar almas. Além disso, purifica a sua própria vida e vive
retamente diante do Senhor.
Ai de nós, pois há muitos que não amam a Sua
volta! Alguns até zombam disso, como as Escrituras dizem em 2 Pe 3:3-4. Ao
contrário destes, vamos amar a Sua vinda e demonstrar em nossa experiência
diária o poder dessa esperança gloriosa. Sua promessa é: “E, eis que cedo
venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra”.
(Ap 22:12).
Bênçãos para o vencedor.
Há sete tipos de bênçãos mencionadas por João
em Apocalipse, (cap. 2 e 3), prometidas para aqueles que triunfarem. Estas
bênçãos são:
1. O vencedor comerá da árvore da vida no
paraíso celestial de Deus. (Ap 2:7)
2. O vencedor não sofrerá a segunda morte.
(Ap 2:11)
3. O vencedor comerá o maná escondido e
receberá um novo nome, escrito em uma pedra branca. (Ap 2:17)
4. O vencedor receberá autoridade sobre as
nações. (Ap 2:26)
5. O vencedor não terá seu nome apagado do
Livro da Vida. (Ap 3:5)
6. O vencedor será um pilar no templo e
receberá um novo nome. (Ap 3:12)
7. O vencedor se assentará no trono de
Cristo. (Ap 3:21)
Todas as bênçãos acima são uma parte das
recompensas que os cristãos receberão por servir a Deus fielmente. Outras
recompensas incluem governar com Cristo sobre a terra, durante o reinado
milenar. (mil anos).
Em Lucas 19, Cristo conta uma parábola sobre
os servos que estavam recebendo recompensas por sua fidelidade. Com base no
tempo e na renda que esses servos dedicados e leais investiram na obra do
Senhor, foi-lhes conferido domínio sobre inúmeras cidades.
No Apocalipse, todos os crentes são chamados
de “reis e sacerdotes” e lhes é prometido “reinar sobre a terra”, (Ap 5:10). Em
vista disso, pode-se inferir que durante o milênio haverá milhares de cidades
nas quais os líderes serão estabelecidos para governar sobre regiões inteiras;
esses governantes e reis serão os santos que estarão na Terra com Cristo
durante essa época.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.