segunda-feira, 12 de agosto de 2024

ORIGEM DO DIA DOS PAIS NO BRASIL

ORIGEM DO DIA DOS PAIS NO BRASIL.

 

No Brasil, o Dia dos Pais foi estabelecido pelo publicitário Sylvio Bhering em 1953. Originalmente, a data escolhida era 16 de agosto, coincidindo com a celebração católica de São Joaquim, pai de Maria, mãe de Jesus, seguindo a tradição da igreja católica em ter um “santo" de referência para cada feriado no Brasil.

No entanto, ao longo do tempo, a data foi alterada para o segundo domingo de agosto. A escolha desta data específica permitiu criar um ambiente propício para a união familiar, uma vez que o domingo é tradicionalmente um dia reservado para encontros familiares.

Sérgio Dantas, professor de Marketing da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no entanto, indica outro provável motivo para a manutenção da homenagem em agosto, diz ele: “Eu acredito que foi estrategicamente escolhido porque o comércio tem datas marcantes. A gente finaliza o ano com o Natal, que é a grande data. Tem depois, no primeiro semestre, o Dia das Mães, que é a segunda maior data de movimento. Logo depois, em junho, tem o Dia dos Namorados. E aí só o Dia das Crianças, em outubro. Acho que a ideia foi tentar espaçar isso ao longo do ano”, aponta.

Entre estas datas, o Dia dos Pais foi a última a ser definida.

Como é o Dia dos Pais em outros países.

As especificidades da data escolhida para o Brasil fazem com que o país seja um dos únicos a homenagear os pais em agosto. A data mais disseminada no mundo, reconhecida em pelo menos 70 países, é o terceiro domingo de junho, uma história que começa nos Estados Unidos.

“Sonora Luise Smart, filha de um agricultor que lutou na Guerra Civil em 1862, queria homenagear o pai, William Jackson, que criou os filhos sozinhos após a morte da esposa”. A data escolhida para a primeira comemoração, ocorrida em 1910, foi 19 de junho, data do aniversário do pai de Sonora. A ideia se espalhou e foi oficializada, em 1966, pelo presidente Lyndon Johnson como o terceiro domingo de junho.

Padronizou-se então de ser no terceiro domingo, que até era um dia mais fácil das famílias estarem juntas e de vivenciarem o propósito do Dia dos Pais, que é justamente essa união, a comunhão das famílias junto do pai. Como os Estados Unidos são um país que dita tendências, muitos países acabaram seguindo essa determinação deles, aponta Dantas.

Há também países que celebram a data em 19 de março, Dia de São José, como Portugal, Espanha, Itália, Andorra, Bolívia e Honduras.

Vivemos em um tempo onde a paternidade tem sido muito desvalorizada. Muitos problemas psicológicos advêm da ausência da figura paterna ou problemas de identificação com progenitores.

O ser humano precisa de uma referência paternal que lhes dê segurança. Por isso Jesus chamava a Deus de Pai, (Mateus 6.9). Na igreja este mesmo problema tem sido reproduzido porque muitos novos convertidos não “têm” ou não conhecem seus pais de sangue por diversos motivos e também os pais espirituais que deveriam lhes dar suporte nos primeiros passos na fé para os ensinar em sua nova vida, daí a necessidade de também haver nas igrejas evangélicas os cursos de discipulado.

Até onde se sabe o apóstolo Paulo não se casou, (1 Coríntios 9.5) e provavelmente não teve filhos. Contudo tratava seus discípulos mais próximos como se fossem seus filhos. Em suas cartas às igrejas que pastoreava, escrevia chamando-os de filhos, como por exemplo, às igrejas em Roma como “filhos de Deus”, (Romanos 8.16,19), em Corinto chamava-os e tratava-os “como a filhos meus amados”, (1 Coríntios 4.14); nas igrejas da Galácia dizia: “porque vós sois filhos”, (Gálatas 4.6) e os de Éfeso lhes tratava como: “filhos amados”, (Efésios 5.1).

 A paternidade espiritual não é nada fácil, por isso Paulo disse que sofria mais de uma vez as dores de parto e seu objetivo era que o caráter de Cristo fosse formado em seus discípulos. Ou seja, não os abandonaria ‘até’ que se tornassem parecidos com Jesus, o modelo do Pai celestial. Paulo é um grande exemplo de paternidade espiritual porque cuidava de seus discípulos, de seus filhos na fé

Paulo fez uma deferência especial a Timóteo, Tito e Filemom.

Estes três discípulos de Paulo que foram chamados de seus filhos nos ensinam muitas coisas. Ensinam que a Igreja deve cuidar daqueles que passam pelo novo nascimento, como crianças recém-nascidas que precisam primeiro de um leite espiritual, (Hebreus 5.12,13).

Paulo disse aos Coríntios que eles não poderiam receber alimentos sólidos, espiritualmente falando, mas disse:  “leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido porque ainda não podíeis suportá-lo”, (1Coríntios 3.2).

A desnutrição espiritual dos novos convertidos tem causado muitos abortos e órfãos espirituais que se tornam pessoas feridas, resistentes ao evangelho e rebeldes não aceitando serem filhos porque não tiveram pais espirituais que se interessassem em lhes acompanhar na vida espiritual nos seus primeiros passos na fé.   

Certa vez ouvi que ‘o título mais importante para Deus é o de filho’, porque não importa o que a pessoa seja, quando se torna filho de Deus tudo pode ser mudado, (João 1.12). Muitos líderes não conseguem gerar filhos porque também não tiveram pais, mas Deus quer curar esta esterilidade espiritual e tratar com esta irresponsabilidade para que todos os seus filhos tenham como pais pessoas que os orientem em sua nova vida em Cristo Jesus ao se converterem aceitando Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas.

“Quem nunca honrou seu pai e nunca assumiu a condição de ser filho, também nunca saberá ser pai”. By. Waldirpsouza.

Vejamos outros qualificativos e tipos de famílias que se encontram dentro do contexto.

 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”, (1 João 2:1).

João, o discípulo amado, é ele quem escreve essa carta. João era o discípulo mais próximo de Jesus, inclusive, no quadro que representa a Santa Ceia, ele é aquele que aparece recostado nos ombros de Jesus. João escreveu o Evangelho de João, a primeira, segunda e terceira cartas de João, além, é claro, do Livro de Apocalipse, quando já idoso e preso na ilha de Patmos. João tinha uma maneira peculiar de se dirigir aos irmãos, pois ele os chamava de filhinhos, como poderemos ver. Ele tinha essa maneira carinhosa, além de sempre falar de amor. É considerado o discípulo do amor, por ele sempre pregar sobre o amor ao próximo. Essa carta, ele a começa dizendo para que todos vigiem para não pecar, mas, se vierem a pecar, devem se arrepender e pedir perdão ao Senhor, em Nome de Jesus Cristo, porque Ele é o nosso Advogado junto ao Pai e sempre intercederá por nós.

O quê é ser filho segundo a Bíblia.

A palavra “filho” na Bíblia geralmente é usada para indicar descendência masculina ou prole. Também pode indicar filiação a uma classe ou grupo, como “filhos dos profetas”, ou descrever características, como em “filhos de Belial” ou “filhos do trovão”.

Características do que é ser filho: filho é alguém que tem certas características singulares, únicas da família que o gerou.

A palavra “filho” também é usada como um genitivo, ou criador ou de qualidade da fonte que o gerou para indicar alguma característica da pessoa ou pessoas descritas. Dois exemplos deste uso podem ser citados: a frase conhecida “filhos de Belial” no Antigo Testamento (Deuteronômio 13:13 na ACF), onde o significado é simplesmente indivíduos desprezíveis ou sem valor; compare com Números 24:17; e no Novo Testamento a frase “filhos do trovão”, que consta em Marcos 3:17 como a explicação do epíteto “Boanerges”. Esse uso é comum no Novo Testamento, como indicam as frases “filhos do reino”, “filhos da luz”, etc., sendo o significado geral que o substantivo no genitivo, da fonte que o gerou, que segue a palavra filhos indica alguma qualidade das pessoas em questão.

Portanto se é filho é porque tem quem deu o motivo de que ele fosse gerado. Todos foram gerados para o bem, mas infelizmente alguns preferem serem chamados de filhos de Belial.

Valorizem quem os gerou, valorizem seus pais porque há promessas de Deus para quem honrar pai e mãe.

Êxodo 20.12 nos diz:

12. Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

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