segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

BARZILAI O HOMEM DE FERRO

BARZILAI O HOMEM DE FERRO. 

Barzilai, (seu nome significa “homem de ferro”), vai rapidamente para a batalha socorrer o Rei Davi quando este estava sendo perseguido por seu filho Absalão. 2 Sm. 17: 27-29 diz: 27 E sucedeu que, chegando Davi a Manaim, Sobi, filho de Naás, de Rabá, dos filhos de Amom, e Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar, e Barzilai, o gileadita, de Rogelim, 28 Tomaram camas e bacias, e vasilhas de barro, e trigo, e cevada, e farinha, e grão torrado, e favas, e lentilhas, também torradas, 29 E mel, e manteiga, e ovelhas, e queijos de vacas, e os trouxeram a Davi e ao povo que com ele estava, para comerem, porque disseram: Este povo no deserto está faminto, cansado e sedento. 2 Sm 19.31-39 nos fala de Barzilai, um personagem Bíblico pouco estudado, mas foi esse homem que Deus usou para ajudar o rei Davi no tempo da adversidade, seu nome no hebraico significa “filho do ferro”, ou “homem de ferro” e sua atitude de bravura pode ser facilmente associada ao seu nome, pois aos oitenta anos de idade, serviu ao rei Davi em Manaim, quando fugia de seu filho Absalão, pois este queria matá-lo para lhe tomar o lugar de rei de Israel. Barzilai socorreu o rei levando comida e outros artefatos, além de colocar seus homens de guerra à disposição de Davi, ele realmente agiu como um homem de ferro. 

Nem mesmo os oitenta anos de idade de Barzilai foram empecilhos para que o mesmo ajudasse o rei Davi. Às vezes pessoas novas que podem produzir muito no reino de Deus, arrumam as mais diversificadas desculpas na hora de trabalhar na obra de Deus. Barzilai não era um homem preguiçoso e como rico que era, foi muito generoso em servir ao rei de Israel no momento da aflição, Deus não faz acepção de pessoas, Ele usa a criança, o adolescente, o jovem e os de idade avançada. Barzilai também era um homem agradecido, no entanto, ele reconhecia suas limitações, pois ao receber o convite do rei que almejava lhe honrar, afirmou que não poderia ir com as seguintes palavras: O rei disse a Barzilai: "Venha comigo para Jerusalém, e eu cuidarei de você". Barzilai, porém, respondeu: Quantos anos de vida ainda me restam, para que eu vá com o rei e viva com ele em Jerusalém? Já fiz oitenta anos. Como eu poderia distinguir entre o que é bom e o que é mau? Será que hoje o teu servo ainda pode sentir o gosto daquilo que come e bebe? Posso ainda apreciar a voz de homens e mulheres cantando? Eu seria mais um peso para o rei, meu senhor. A humildade de Barzilai contrasta em muito com atitudes de pessoas soberbas, que querem por fim da força ou por outros meios estarem perto de pessoas poderosas (?), estas com uma postura bajulatória, fazem de tudo para ter status e posição de destaque, vivem ensandecidos pelo pecado da altivez. Barzilai foi mais além, mesmo recusando a proposta do rei, ele indicou um dos seus servos (Quimã), para ir com o rei, e servi-lo conforme a vontade do monarca de Israel. Quando as oportunidades vêm ao nosso encontro e não podemos abraça-las, passemos para outros e certamente nos sentiremos realizados por abençoar outras pessoas que as vezes estão ao nosso lado. O nome Barzilai tem vários significados: Na Bíblia, Barzilai foi um grande amigo de Davi e um homem rico e idoso de Gileade. Barzilai acompanhou Davi quando ele fugiu de seu filho Absalão, que queria matar Davi para assumir o trono. Barzilai também pode se referir a um judeu que exportou o pau-brasil para a Europa. A madeira brasileira, que produzia tinta vermelha e era forte para construção naval, foi inicialmente chamada de madeira judaica e depois de pau do Barzilai. O nome Brasil pode estar relacionado com o vocábulo hebraico barzel, que significa "ferro" e remete à cor do pau-brasil. 2 Samuel 19.31-39 diz: “Também Barzilai, o gileadita, desceu de Rogelim e passou com o rei o Jordão, para acompanhá-lo à outra banda do Jordão. E era Barzilai mui velho, da idade de oitenta anos; e ele tinha sustentado o rei, quando tinha a sua morada em Manaim, porque era homem mui grande. E disse o rei a Barzilai: Passa tu comigo, e sustentar-te-ei comigo em Jerusalém. Porém Barzilai disse ao rei: Quantos serão os dias dos anos da minha vida, para que suba com o rei a Jerusalém? Da idade de oitenta anos sou eu hoje; poderia eu discernir entre o que é bom e o que é mau? Poderia o teu servo ter gosto no que comer e beber? Poderia eu mais ouvir a voz dos cantores e cantoras? E por que será o teu servo ainda pesado ao rei, meu senhor? Com o rei passará teu servo ainda um pouco mais além do Jordão; e por que me recompensará o rei com tal recompensa? Deixa voltar o teu servo, e morrerei na minha cidade junto à sepultura de meu pai e de minha mãe; mas eis aí está o teu servo Quimã; que passe com o rei, meu senhor, e faze-lhe o que bem parecer aos teus olhos. Então, disse o rei: Quimã passará comigo, e eu lhe farei como bem parecer aos teus olhos, e tudo quanto me pedires te farei. Havendo, pois, todo o povo passado o Jordão, e, passando também o rei, beijou o rei a Barzilai e o abençoou; e ele voltou para o seu lugar”. 

Barzilai era um homem temente a Deus, justo, rico que em uma oportunidade abençoou a vida do rei Davi. Um senhor de 80 anos que recebe um convite muito especial do rei para ir morar com ele no palácio e ser sustentado e cuidado pelo rei Davi. Não são todos os dias que se recebe um convite assim. Nós também recebemos este convite de um rei que quer cuidar de nós, que quer nos sustentar. Deus nos quer por completo, Ele não nos quer de vez em quando, nem como um conhecido qualquer ,Deus quer nos ver todos os dias, que estejamos em sua mesa todos os dias, quer ter mais intimidade conosco, quer ter aliança e plena comunhão. Deus tem algo novo para nossa vida, e para viver isto precisamos se desprender daquilo que nos segura na comodidade, no desânimo. Infelizmente, arrumamos muitas desculpas para não aceitar o convite do rei. Desculpas que são na maioria das vezes, se não em todas, fornecidas pelo próprio inimigo. Desculpas que nos impedem de atravessar o rio e experimentar o novo de Deus em nossa vida. Observemos o versículo 34, Barzilai começa a expor uma série de desculpas para não aceitar o convite do rei Davi. Ele estava vivendo uma aposentaria, já com 80 anos, esperava a morte, desanimado, sem perspectiva de vida, sem sonhos, orgulhoso, estava vivo, mas queria ser enterrado com seus pais! O que isto tem a ver conosco? Até quando vamos continuar vivendo acomodado com a situação atual por medo de avançar para algo que ainda não conhecemos? Deus tem algo novo para nossa vida. Se estivermos tristes, ele tem alegria. Ele pode reverter a situação em que vivemos e trazer prosperidade, um novo emprego, um novo salário, uma nova vida, um celeiro farto, um casa nova, um ministério cheio de unção. Mas enquanto nós ficarmos preso aos velhos tempos, ao passado, com medo do desconhecido, nunca vamos experimentar o novo de Deus na nossa vida. Vamos continuar com as mesmas roupas, com os mesmos problemas, vamos ficar só com vontade de ter, nunca seremos usados nas mãos de Deus. Vamos parar de dar desculpas, nos desprender de tudo que nos impede de avançar e atravessar o rio para viver as bençãos de Deus em nossas vidas. Que rio seria este? Os rios da incredulidade, do medo, da segurança. Paremos de guardar coisas que nos prendem no passado, não só na área emocional, sentimental, como também na física. O ministério é que sempre adotamos uma desculpa para não assumi-lo. Rompamos com desculpas, se desprendendo do que nos impede de querer o novo, avancemos olhando firme para Jesus o autor da nossa fé. O passado já passou e não volta mais. As escolhas que fizermos hoje irão sim determinar o nosso futuro. Tem muita coisa ainda para fazermos, Calebe, companheiro de Josué com 85 anos de idade foi à luta e declarava: Estou tão forte hoje com 85 anos como no dia da promessa a 45 anos atrás. Ele, Calebe, iria enfrentar os maiores gigantes em Hebron, mas Ele olhava para o Rei dos reis e Senhor dos senhores e sabia que aquele que fez a promessa era fiel para cumprir o que prometera. Abraão foi chamado aos 75 anos para ser pai de uma grande nação e creu naquela promessa de Deus, esperando por 25 anos no cumprimento da promessa. Aquela promessa veio ser cumprida somente quando Abraão já tinha 100 anos de idade contrariando tudo, teve o filho (Isaque) da promessa. O que dizer de Moisés que foi chamado aos 80 anos para enfrentar o Faraó do Egito e libertar o povo de Deus. Moisés teve três períodos distintos na sua vida. 40 anos, no Egito, 40 anos na casa de Jetro seu sogro onde se casou-se com Zípora e teve dois filhos, e quarenta anos no deserto conduzindo o povo Hebreu para a terra prometida, conforme Deus lhe ordenou. Os gigantes que enfrentamos nos dias de hoje, têm a proporção da recompensa que vamos ter. Eu não sei qual gigante que está te afrontando, saiba de uma coisa o verdadeiro gigante está contigo. Os gigantes sempre estarão lá, como você se posiciona determina a sua vitória ou não. Aquilo que apresenta ou representa ser um gigante na sua vida vai cair por terra hoje, em nome do Senhor dos Exércitos. Levantemos, saiamos do nosso comodismo e atravessemos o rio e vivamos o novo de Deus para nossa vida. Aceitemos o convite de Jesus para sermos sustentado por Deus. 

Deus abençoe você e sua família. 


 Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

AS VITÓRIAS DECORRENTES DA NOSSA FÉ EM DEUS

NOSSAS VITÓRIAS SÃO CONSEQUÊNCIAS DA NOSSA FÉ EM DEUS.

O que é a fé? Quer vitória? Deus é bondoso com aqueles que agem pela fé. Nossas vitórias são consequências da nossa fé em Deus.

Primeiro ponto: Na lista de Hebreus 11, os heróis da fé que são destacados pelo nome são: Abel – Deus aceitou seu sacrifício porque tinha fé. Enoque – foi arrebatado porque sua fé agradou a Deus. Noé – creu em Deus e construiu a arca. Abraão – em fé saiu de sua terra e viveu como nômade; ele creu e recebeu um filho em sua velhice. Isaque – mostrou sua fé nas promessas de Deus quando abençoou seus filhos. Jacó – também abençoou seus filhos com fé. José creu na promessa de Deus e seus ossos foram levados para a terra prometida. Os pais de Moisés – com fé, esconderam seu filho do faraó. Moisés – pela fé rejeitou a posição de príncipe do Egito para liderar o povo de Israel. Raabe – salvou dois espiões israelitas porque cria em Deus. Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi e Samuel – todos deram bom testemunho por sua fé. A lista dos heróis da fé ainda inclui todos os profetas e muitas pessoas que não são mencionadas pelo nome. Essas pessoas viram grandes milagres mas também enfrentaram grandes dificuldades. Apesar de nunca verem as promessas de Deus cumpridas em Jesus, eles não abandonaram sua fé, (Hebreus 11:39). 

Segundo Ponto: O que podemos aprender com os heróis da fé? Os heróis da fé nos mostram a importância de nos mantermos firmes na fé, (Hebreus 12:1-2). Quando nos sentimos desanimados, podemos olhar para a vida dos heróis da fé e encontrar encorajamento. Em Jesus recebemos a bênção que todos esses heróis esperavam. Ter fé para obedecer a Deus nem sempre é fácil. Podemos enfrentar sofrimento, perseguição e, em alguns casos, até a morte! Mas tudo isso vale a pena, porque os milagres de Deus são muito maiores. Uma vida de fé é marcada por grandes lutas mas também grandes milagres (Hebreus 12:11-13). Nós também podemos entrar para a lista dos heróis da fé. Não precisamos ser especiais nem ter muitos dons ou talentos (Abraão nunca fez um milagre). Basta termos fé. Aqueles que continuarem firmes e não desistirem da fé serão contados entre os heróis da fé e receberão sua recompensa no Céu. Muitas vezes, a fé é interpretada como um estado passivo, uma espera pela intervenção divina sem a necessidade de ação humana. No entanto, essa compreensão limita o verdadeiro significado da fé e seu papel transformador em nossas vidas. Ter fé não é simplesmente esperar que as coisas aconteçam; é ter coragem para agir, confiando que estamos no caminho certo. A fé é um poderoso motor que impulsiona a ação. Quando acreditamos em algo com convicção, somos motivados a trabalhar incansavelmente para alcançar nossos objetivos. Essa crença não nos isenta de responsabilidade, pelo contrário, nos capacita a assumir o controle de nosso destino e buscar os resultados que desejamos. No entanto, é importante ressaltar que a ação guiada pela fé não é uma jornada solitária. A nossa fé é orientada pelo Espírito Santo de Deus. Contar com a ajuda de outras pessoas e buscar apoio em nossa comunidade é fundamental para o sucesso. Não estamos sozinhos nessa jornada, e compartilhar nossos desafios e conquistas com outros pode nos fortalecer e inspirar a nossa fé. 

Terceiro ponto: Além disso, a jornada da fé não é isenta de obstáculos. Enfrentaremos desafios, fracassos e momentos de dúvida ao longo do caminho. Mas é precisamente nesses momentos que nossa fé é posta à prova. É fácil ter fé quando tudo está correndo bem, mas é nos momentos de adversidade que nossa verdadeira convicção é revelada. Deus, ou a força maior em que acreditamos, não é um "fazedor de milagres" ou um "menino de recados". Ele não nos deve nada, mas nos concede a liberdade e a capacidade de agir. A fé não elimina a necessidade de esforço e trabalho duro; ela nos dá a coragem e a determinação necessárias para perseverar diante dos desafios. É através da ação que manifestamos nossa fé e transformamos nossas crenças em realidade. Agir nos dá a oportunidade de errar, aprender, crescer e evoluir. É um processo de tentativa e erro, de reflexão e ajuste, que nos permite alcançar nossos objetivos e cumprir nosso propósito. 

Quarto ponto: Portanto, não subestime o poder da ação na jornada da fé. Acredite, sonhe e tenha fé, mas não se esqueça de agir. Pois é através da ação que transformamos nossas visões em conquistas e nossos sonhos em realidade. Que possamos ser guiados pela fé, fortalecidos pela ação e inspirados pela jornada que nos aguarda. Que cada passo que dermos nos aproxime mais dos nossos objetivos e nos encha de gratidão pela oportunidade de viver plenamente nossas vidas. Que a nossa fé seja uma luz que nos guie, e que a nossa ação seja o combustível que nos leve adiante. 

Quinto ponto: Você já se perguntou o que é mesmo a fé? Fé é a firme opinião com convicção de que algo é verdade sem qualquer tipo de prova e ou de objeção; A fé não é passível de verificação daquilo que se crê que exista ou que vá existir. Pois a fé nos faz sentir pelo poder de Deus que Cristo Jesus vai fazer que as coisas existam e aconteçam sem que elas ainda tenham existido e acontecido naquela vida que tem fé. Como disse o escritor aos Hebreus. 11.1: “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a convicção das coisas (e ou fatos) que se não vêem”. 
“Fé é acreditar no inacreditável, imaginar o inimaginável, ver o invisível e penetrar no impenetrável”. Este é o meu pensamento sobre a Fé. (by waldirpsouza). 
Quem tem fé se abstêm por completo da dúvida; a dúvida não combina com fé, a dúvida acaba com o prazer da fé, a dúvida acaba com a certeza da fé, não há possibilidades de se ter fé com dúvidas. A fé gera confiança, a fé gera no Cristão um comportamento totalmente confiável em Cristo Jesus como Salvador e Senhor de sua vida. 

Sexto ponto: A fé gera confiança inabalável nas promessas bíblicas de que os milagres possam acontecer na nossa vida em qualquer instante, porque milagre é milagre e quem tem fé para alcançar seus objetivos e ver seus sonhos serem realizados, certamente alcançarão o milagre e verão a vitória da sua fé. O escritor em Hebreus 10.33 diz que a fé nos leva a ser espetáculo para o mundo; por isso a nossa fé em Deus tem que ser inabalável, tem que crer de verdade nas realidades espirituais dos milagres de Jesus Cristo e na operosidade do Espírito Santo de Deus em nossas vidas que são alcançados somente pela fé. Em Hebreus 10.38 diz o seguinte: ‘Mas, o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele’. Outras referências correlatas poderão serem verificadas, tais como: Romanos 1.17; Habacuque 2.4; Gálatas 3.11. 

Sétimo ponto: No capítulo 11 do livro aos Hebreus encontramos a natureza da fé aceita por Deus e o exemplo de grandes personagens da Bíblia que realizaram grandes feitos pela fé, são os chamados heróis da fé. Leia na sua Bíblia este capítulo e veja a galeria dos heróis da fé e que você seja também uma pessoa de fé para agradar a Deus, porque também diz a Bíblia em Hebreus 11.6: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus, creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. 
Tenha sempre em sua mente que a nossa salvação é pela fé e que a Bíblia Sagrada é a nossa regra de fé. Sem fé é impossível agradar a Deus. Para se crer em Deus e na Bíblia que é a palavra de Deus tem que ser pela fé. Deus abençoe ricamente a sua vida e de sua família. Tenham fé em Deus e tudo vai dar certo. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

VALORES E PRINCÍPIOS MORAIS BÍBLICOS SÃO IMUTÁVEIS

VALORES E PRINCÍPIOS MORAIS BÍBLICOS SÃO IMUTÁVEIS  

A igreja pode "disciplinar" e "excluir" membros? Membros efetivos que estão na comunhão da igreja, sim. Porém frequentadores, visitantes ou congregados, não. 
Normalmente, disciplina é em etapas Mt 18:15-17: Ora, se teu irmão pecar contra Ti, (1) vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; (2) Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. Excluir membros do Corpo de Cristo que é a igreja na terra, não é uma prática tão comum nas igrejas como era na década de 80, por exemplo. 
Nos dias de hoje dificilmente a igreja modernizada com novas teologias e novos padrões de comportamentos e de estilos de vida, a tolerância com a membrezia da igreja é marcada pelo quesito “vale a pena excluir um membro que contribui com ofertas e dízimos”, já que outras denominações estão de olho para acolher “de braços abertos” estes membros que foram jogados pra fora da comunhão daquela comunidade. Mas a falta de disciplina diante das atitudes de alguns irmãos pode provocar sérios problemas à comunidade eclesiástica e, consequentemente, ao testemunho do Evangelho diante da sociedade. Ninguém gosta de ser disciplinado, muito menos aqueles que mais precisam. A pós-modernidade ensina que não existe um padrão de conduta absoluto e que cada um deve escolher o seu modo de viver, seu estilo de vida, sem ter que dar satisfação a ninguém de suas escolhas. A disciplina se tornou uma agressão à individualidade, uma intromissão ao mundo particular. Vive-se hoje a era do “faça o que lhe dá prazer”, “o importante é você se sentir bem”, “é proibido proibir”, “o importante é a sua felicidade”, o importante é viver a vida como ela é”, e por aí vai. Muitos crentes não acreditam mais na volta de Jesus. Muitos crentes não acreditam na existência do inferno. Mas o resultado disso tudo é uma visão de lincenciosidade e de confusão mental, além de transtornos emocionais, perca do sentido do que é moral e ético na vivência do dia a dia. O apóstolo Paulo relatou nos textos bíblicos escritos por ele, vários casos de indisciplina da membrezia das Igrejas de sua época. Também há relatos no livro de Apocalipse sobre o assunto, basta ler as cartas dirigidas às sete igrejas do Apocalípse capítulos 2 e 3, que mostram claramente o quanto o problema é antigo. Excluir e afastar membros de uma igreja continua sendo uma prática das igrejas históricas, que adotam o sistema de governo eclesiástico ministerial, onde os membros também são considerados juridicamente associados, possuindo até cartões de membros e ordenação ao exercício do diaconato, presbíteros, evangelistas, missionários e missionárias, pastores e pastoras, dentre outros cargos importantes para o funcionamento da igreja, do ministério e da convenção. Nas igrejas neopentecostais, que têm também o sistema de governo eclesiástico ministerial onde os membros são considerados, inclusive para todos os efeitos legais, como fiéis, eles podem ser tecnicamente excluídos, na medida em que são “frequentadores”, se batizaram nas águas e são conhecedores dos padrões de vida e de aceitação de cada membro para integrar e interagir uns com os outros membros e congregados, bem como novos convertidos. Muitos, apesar de participarem das atividades religiosas, ao envolverem-se e ministrarem nos cultos e nas cerimônias espirituais, inclusive, contribuindo financeiramente, não têm qualquer compromisso legal com a igreja como organização jurídica. O ordenamento jurídico das organizações religiosas sem fins lucrativos está bem descrito nas leis atuais, as quais são também acompanhadas dos estatutos e regimento interno de cada igreja e ou convenção, além do credo religioso de cada denominação, denominado de: “Em que nós cremos”. A imutabilidade de Deus e seus princípios morais e éticos. 
A Bíblia nos ensina que Deus é imutável: "Eu, o Senhor, não mudo", (Malaquias 3:6). Isso significa que os padrões de justiça, santidade e moralidade estabelecidos por Deus não estão sujeitos às flutuações culturais ou às tendências sociais. A doutrina progressista, ao buscar redefinir conceitos fundamentais como o casamento, a família e a moralidade sexual, tenta adaptar os princípios de Deus para se alinhar com os valores temporais da sociedade, sem perceber que tais mudanças são incongruentes com a natureza imutável de Deus, uma temeridade, se não vejamos o que são valores morais e por que são importantes? Valores morais são as regras que usamos para definir o que é certo ou errado. Todas as pessoas têm seus próprios valores morais, que usam o livre arbítrio para decidir como devem viver. Os valores morais da Bíblia são perfeitos e devem ser seguidos por todo cristão. Os valores morais definem o que uma pessoa ou sociedade valoriza. Esses valores são formados a partir da educação que as pessoas recebem, de suas experiências de vida e de suas crenças. As pessoas usam seus valores morais para tomar decisões e orientar suas ações. 
Pessoas diferentes podem ter valores morais diferentes. Por exemplo, uma pessoa pode valorizar mais o respeito no emprego, enquanto outra pode valorizar mais o cumprimento das metas. Assim, cada um tomará decisões diferentes em sua carreira, porque têm valores diferentes em relação ao trabalho. Os valores morais são muito importantes, porque podem definir o rumo da vida e até de uma sociedade inteira. Valores morais baseados em princípios errados podem causar muito sofrimento e desgraça. Os valores morais na Bíblia. Os valores morais da Bíblia mostram aquilo que Deus valoriza. Ele nos ensina o que é realmente bom e importante na vida. Quando nossos valores morais estão em sintonia com os de Deus, descobrimos uma maneira melhor de viver. O valor mais importante na Bíblia é o amor, (Colossenses 3:14). O amor a Deus deve estar acima de tudo, porque só quando amamos a Deus é que amamos plenamente o bem, que vem de Deus. Jesus também disse que o segundo maior mandamento é amar os outros como a nós mesmos, (Marcos 12:30-31). 
Assim, o amor deve reger tudo que fazemos. A imutabilidade de Deus é um tema bíblico que está presente em vários versículos, entre eles: "Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso, vós, filhos de Jacó, não sois consumidos". "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente". "Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa". "A erva seca, e a flor murcha, mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre". A imutabilidade de Deus significa que Ele não muda, não altera o Seu ser, as Suas perfeições, os Seus propósitos e promessas. A Bíblia também fala sobre o amor de Deus, que é fonte de cura, libertação e restauração. Por exemplo, em João 15:10, está escrito: "Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor". 
Deus abençoe você e sua família. 


Pastor Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

DEPRESSÃO, A ENFERMIDADE DA ALMA

DEPRESSÃO, A ENFERMIDADE DA ALMA 

Como um cristão pode vencer a depressão? A depressão, a ansiedade e outras doenças que afetam a mente das pessoas são amplamente detectadas no meio da sociedade e afetam milhões de pessoas cristãs e não-cristãs da mesma forma e precisam de tratamento psicológico e espiritual. Aqueles que sofrem de depressão podem experimentar sentimentos intensos de tristeza, raiva, falta de esperança, fadiga e uma série de outros sintomas. Elas podem passar a se sentir inúteis e até mesmo com desejos de tirarem a sua própria vida, perdendo o interesse nas coisas e nas pessoas com quem antes se alegravam. 
A depressão, também chamada na Bíblia de amargura de alma, é frequentemente desencadeada por circunstâncias da vida, como a perda de um emprego, a morte de um ente querido, divórcio ou problemas psicológicos como a baixa auto-estima e problemas causados pelo abuso sexual, como estupro, bullying, dentre outros. A Bíblia nos diz para sempre sermos cheios de alegria e louvor, (Filipenses 4:4; Romanos 15:11), então Deus aparentemente quer que todos nós vivamos vidas alegres. Isso não é fácil para alguém sofrendo de uma depressão causada por alguma situação errada, mas pode ser remediado através dos dons de Deus, através da oração, estudo e aplicação da Bíblia, grupos de apoio, grupos domésticos, comunhão entre os crentes, confissão, perdão e aconselhamento.
Sempre é bom lembrar que o louvor e a adoração a Deus são um remédio eficaz para cura da alma.
Nós devemos fazer o esforço consciente para não sermos absorvidos por nós mesmos, e ao invés disso colocarmos nossas dificuldades para fora. Sentimentos de depressão frequentemente podem ser resolvidos quando o sofredor tira o foco de si próprio e o põe em Cristo Jesus e nos outros. A depressão clínica é uma condição física que deve ser diagnosticada por um médico da área. Ela não é causada por circunstâncias desafortunadas da vida, e os sintomas não podem ser aliviados pela vontade própria. Ao contrário do que alguns da comunidade cristã acreditam, a depressão clínica nem sempre é causada pelo pecado. A depressão clínica pode às vezes ser um distúrbio que precisa ser tratado com medicação e ou aconselhamento. É claro, Deus é capaz de curar qualquer doença ou distúrbio. No entanto, em alguns casos, ver um médico por causa de depressão não é diferente de ver um médico por causa de um machucado. Existem algumas coisas que aqueles que sofrem de depressão podem fazer para aliviar a sua ansiedade. Eles devem se certificar de que estão permanecendo na Palavra, mesmo quando não sentem vontade. As emoções podem nos desviar do Caminho, mas a Palavra de Deus permanece firme e imutável. Nós devemos manter forte a fé em Deus, e nos aproximarmos dEle ainda mais quando sofremos provas e tentações. 
A Bíblia nos diz que Deus jamais permitirá que sejamos tentados além do que possamos suportar, (1 Coríntios 10:13). Além disso estar deprimido não é estar em pecado; uma pessoa acometida pela depressão ainda é responsável pela forma como responde à aflição, incluindo a busca pela ajuda profissional de que precisa. “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome”, (Hebreus 13:15). 
Lucas 13:11-17 nos ensina que: “E chegou ali uma mulher possuída de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; ela andava encurvada, sem poder se endireitar de modo nenhum. Ao vê-la, Jesus a chamou e lhe disse: Mulher, você está livre da sua enfermidade”. Aquela mulher tinha tudo para estar em estado deplorável de depressão, mas ela estava ainda pior, ela era possessa de um espírito de enfermidade, e Jesus a curou, a vista de todos. O Salmista disse: “Porque estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus. Sl 42.11. Observamos que nos últimos tempos tem sido mais acentuada nesta sociedade moderna e de alguma maneira tem atingido a igreja do Senhor Jesus que é composta por seres humanos, e por isto não estamos isentos de sofrer com as enfermidades da alma ou seja, com enfermidades espirituais. O ser humano é um ser tricótomo (1 Ts 5.23; Hb 4.12), termo que vem de tricotomia, significando aquilo que é dividido, ou seja, o homem é composto de corpo, alma e espírito, o espírito sempre está voltado para as coisas de Deus, a alma expressa o exterior, o corpo é a morada que precisa ser cuidada para termos uma qualidade de vida saudável, tanto física, quanto espiritual, conforme diz no livro de Apocalipse.
A depressão e a angústia e todas as doenças psicossomáticas, são consideradas doenças da alma pela medicina moderna e são vários os fatores que contribuem para angustiar uma alma. No caso do salmista Davi, ele estava cercado por tantos problemas, que chegou ao ponto de desejar ter asas como pomba para fugir para o deserto, achando que iria resolver sua situação, (Sl 55.6-7), no entanto, logo percebeu que nada disso resolveria, poderia trazer mais problemas para sua vida, então ele toma a decisão mais correta (Sl 55.16), “Mas eu invocarei a Deus, e o Senhor me salvará”. Pode um cristão sofrer de depressão ou angústia? São vários os fatores que contribuem para uma enfermidade da alma, tais como: a perda de um ente querido, desemprego, um filho nas drogas, pecado não confessado e várias outras coisas. E o cristão sendo humano pode sofrer desse mal. Temos exemplos bíblicos de homens de Deus que sofreram com doença na alma. Em 1 Rs 19.4 mostra o profeta Elias tão angustiado que pediu a morte, mas Deus na sua infinita misericórdia salvou sua a vida, e vejam o diferencial na vida do servo de Deus, pois mesmo que passe por problemas que o levem ao fundo do poço, há a proteção divina que não o deixa perecer. Certa pessoa fazia parte do Círculo de Oração da igreja, servo de Deus, mas devido a tantos problemas entrou em depressão e ao consultar com um médico psiquiatra ele fez a seguinte pergunta: “Você é uma pessoa evangélica?” Ao afirmar, o profissional perguntou porque haviam tantos evangélicos com quadros de depressão. Ao receber esta palavra do médico essa pessoa saiu dali com o propósito de orar mais e ler mais a bíblia e com mais frequência. A partir de então a enfermidade deixou aquela pessoa. A doença da alma existe e não estamos livres dela, só precisamos fazer como Davi, invocar a Deus e o Senhor nos salvará, ele é a salvação da nossa vida. A mulher com espírito de doença na Bíblia é mencionada em Lucas 13:11-17: Ela era uma mulher possuída por um espírito de enfermidade, que andava encurvada e não conseguia se endireitar, foi curada por Jesus. Jesus chamou a mulher e disse: “Mulher, você está livre da sua enfermidade”. A mulher se endireitou imediatamente e glorificou a Deus. O chefe da sinagoga ficou indignado por Jesus curar no sábado e disse à multidão que eles deveriam ser curados em dias de trabalho. Jesus respondeu que os adversários eram hipócritas, pois não desprezavam seus bois ou jumentos no sábado para levá-los a beber. Os adversários ficaram envergonhados e o povo se alegrava com os feitos de Jesus. A enfermidade da mulher era espiritual e se refletia no corpo físico. Porque a “filha de Abraão” ficou encurvada? A expressão “filha de Abraão” usada por Jesus em Lucas 13:10-17 pode causar confusão, levando alguns a pensar que a mulher encurvada era literalmente filha de Abraão. Na verdade, essa expressão é simbólica. Jesus a usa para destacar que a mulher é parte do povo de Deus e herdeira das promessas feitas a Abraão. Isso mostra que ela tem valor e dignidade aos olhos de Deus, mesmo estando doente por tanto tempo. Quando Jesus a chamou de “filha de Abraão”, Ele estava lembrando a todos que a verdadeira descendência de Abraão é marcada pela fé. Ele queria mostrar que a mulher merecia ser curada e libertada, não importando as regras rígidas dos líderes religiosos. Assim, Jesus enfatiza que a misericórdia e o amor de Deus são mais importantes que qualquer tradição religiosa ou lei humana. 

Deus abençoe você e sua família. 


 Pr. Waldir Pedro de Souza. 

 Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

A CORREÇÃO E A DISCIPLINA NA IGREJA

A CORREÇÃO E A DISCIPLINA NA IGREJA.

A recomendação da correção e da disciplina neste contexto é no intuito de gerar arrependimento e o retorno do arrependido à comunhão plena na igreja. A necessária correção e a disciplina na igreja deve gerar arrependimento: Mateus 26:69-75. Você está lembrado de como o apóstolo Pedro sempre se mostrou o mais valentão, o mais impetuoso e um líder nato? Um pouco antes Pedro tinha afirmado categoricamente que jamais abandonaria Jesus, mesmo que todos os outros o abandonassem. Jesus o avisou que não seria assim, e o cantar do galo o lembraria disso. Dos doze discípulos, temos agora um que traiu Jesus, dez que estão preocupados com ele e Pedro, que parece estar mais preocupado consigo mesmo ou com sua reputação. Aquele homem, tão impetuoso, a ponto de sacar da espada para atacar os que tentavam prender Jesus, agora caminha nas sombras, com medo de ser reconhecido. Mesmo assim alguém o reconhece. Uma criada diz que ele estava com Jesus, mas Pedro nega e corre em direção ao portão para ficar mais perto da saída. Outra criada o reconhece. Mais uma vez ele nega sequer conhecer Jesus. Uma terceira pessoa o identifica como seguidor de Jesus pelo seu modo de falar, mas ele imediatamente muda o seu modo de falar e começa a praguejar e a jurar não conhecê-lo. O galo canta e Pedro se lembra do que Jesus havia dito. Ele sai dali e chora amargamente. Quando você encontrar um super cristão, desconfie. Pessoas que fazem afirmações impetuosas com base em sua própria energia são as primeiras a abandonar o barco na hora do perigo. O cristão é antes de tudo um fraco, um incapaz, um dependente de Deus para tudo. Aquelas mensagens motivacionais que procuram exaltar o ego e a capacidade própria não passam de um engodo, especialmente nas coisas espirituais. Jesus afirmou que sem Ele nada podemos. Nossa dependência de Deus já começa pela salvação, que não vem de nós ou de nossos esforços, mas de Deus. Uma vez salvo, o cristão também precisará depender cem por cento de Cristo para não tropeçar. Isso pode parecer loucura para quem confia no crescimento espiritual baseado em seus próprios méritos. E é loucura mesmo, como é loucura tudo o que você lê na Bíblia. Há muitas pessoas que se utilizam da mentira e do engano para esconder os seus pecados. São adeptos das mentiras do diabo que é o pai da mentira. Jo.8:44. O diabo é astuto como uma serpente e destruidor como um dragão. Em suas teias de mentiras, destacamos duas: Na primeira mentira, diz para você que o pecado é inofensivo. Depois que o induz ao pecado vem a segunda mentira: diz para você que o pecado não tem solução. Você não deve pecar, pois o pecado é maligníssimo. Mas, se você pecar, existe uma saída: o sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado. Não ande debaixo da escravidão da culpa, do pecado. Ande na liberdade da santificação onde há perdão em Cristo Jesus. Todos somos falhos e imperfeitos, e na igreja, em todas as igrejas, encontraremos falhas, erros e limitações. Encontramos pessoas na igreja que deliberadamente são contumazes em suas práticas erradas e pecaminosas e não se sujeitam aos conselhos das autoridades eclesiásticas daquela instituição, daí então entra em ação a necessária disciplina. A maneira de se lidar com estes erros e com as pessoas erradas é com amor e paciência; vamos nos ajustando aos poucos e assim prosseguimos. Mas quando se trata de pecado, a igreja deve agir diferente, deve usar de disciplina. Na igreja encontraremos todo tipo de gente; aqueles que querem levar Deus a sério, e os que não. O Senhor Jesus disse que quando a rede é lançada ao mar, recolhe todo tipo de peixes: bons e ruins (Mt 13.47,48); nesta mesma ocasião Jesus também ilustrou isto de outra forma, falou acerca do joio e do trigo para mostrar que na igreja temos todo tipo de gente. O Senhor nos preveniu que haveria escândalos em nosso meio, (Mt 18.7), deixando claro que estes por quem vem os escândalos serão julgados, mas que é inevitável que isto ocorra. Quando o evangelho é proclamado, a pessoa é convidada a vir a Jesus como está, mas depois que passa a pertencer à Igreja do Senhor terá que se ajustar à Sã Doutrina. Todos somos falhos e pecamos. Como diz a Escritura: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”. (1 Jo 1.4). Portanto, não é qualquer pecado que nos fará sermos disciplinados, senão viveríamos só de disciplina. Quando pecamos, devemos nos arrepender e confessar nossos pecados, nossas culpas diante de Deus e seremos perdoados, (1 Jo 1.9); a disciplina é para tratar com quem peca e não quer se arrepender, insistindo em viver no pecado. A igreja do Senhor Jesus é um corpo vivo na terra. Não podemos perder de vista que ninguém vive espiritualmente isolado; somos membros uns dos outros e constituímos um só corpo. Quando alguém passa a viver no pecado fere não só a si mesmo, mas também ao corpo de Cristo. Todo o corpo sente a dor e o sofrimento que o pecado causa nas pessoas. O Velho Testamento nos revela como o pecado de um só homem, Acã, prejudicou todo Israel e como foi necessário que ele fosse julgado, (Js 7.11-26). O Novo Testamento enfatiza muito a ideia do corpo; quando Jesus envia sua mensagem a cada uma das sete igrejas da Ásia, (Ap.2 e 3), ele as trata como um todo tanto ao falar de suas virtudes como também de seus erros e defeitos. Jesus foi quem primeiro falou de disciplina no Novo Testamento: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste a teu irmão. Mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. E se não ouvir, dize-o à igreja; e, se também não ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano”. (Mt 18.15-17). 

Há quatro níveis ou parâmetros distintos no processo de disciplina que o Senhor Jesus ensinou: 

1. Repreensão pessoal ou coletiva; Repreensão individual. Advertência pastoral e disciplina branda.

2. Repreensão com testemunhas. Confirmação da necessária disciplina. 

3. Repreensão pública, coletiva. Disciplina de confirmação da inobservância da disciplina. 

4. Exclusão depois de esgotado todos os esforços para o excluído se retratar, se arrepender, se reconciliar. Não praticamos a disciplina quando a pessoa se arrepende, mas sim quando ela se recusa a arrepender-se. E neste caso, dentro de uma progressividade; com a repreensão pessoal primeiro, a seguir com testemunhas em segundo lugar, depois diante da igreja em terceiro lugar e só então a exclusão em quarto lugar. Não podemos excluir alguém sem ter dado antes estes passos e um amplo direito de defesa. Porém, alguém pode não querer receber os primeiros níveis da repreensão fugindo deles; neste caso, constatada a indiferença e relutância da pessoa, passamos então ao quarto nível, subentendendo terem sido os outros insuficientes ou impraticáveis. Quando a repreensão se torna pública, ainda que seguida de arrependimento, e a pessoa em questão é um líder, a disciplina se manifestará afastando a pessoa de sua posição de liderança até comprovada restauração de sua comunhão. Vários textos bíblicos falam sobre a necessidade de repreensão. 

E não são necessariamente ligados ao pastorado, pois no corpo de Cristo ministramos uns aos outros. Neste nível se enquadram os líderes das igrejas , obreiros e membros e todos que exercem cuidado por outras pessoas no Corpo de Cristo que é a igreja. “Exortamos-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos…”. (1 Ts 5.14) “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais vedes que aquele dia se aproxima”. (Hb 10.25) “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade”. (2 Tm 2.24,25) Note que corrigir não significa contender, mas demonstrar cuidado com mansidão. Quando porém, a situação se agrava, é necessário que o governo da Igreja, os membros das diretorias e do ministério assumam a situação, que pode ser delicada e necessitar que a autoridade espiritual seja imposta, como Paulo fez com os coríntios. (2 Co 13.2 e 10). Além da instrução do Senhor Jesus, não encontramos outro texto que fale com tanta clareza sobre este nível de disciplina, mas ele é muito eficaz por tirar a situação do aspecto pessoal e colocá-la num patamar de formalidade. E se as pessoas escolhidas para acompanharem a repreensão forem pacificadoras, serão de grande proveito para promoverem o arrependimento com argumentação mansa e amorosa. Em caso de resistência da pessoa que está sendo repreendida, ela deve ser avisada que assim como o segundo parâmetro de repreensão não foi aceito, será necessário o terceiro num culto público, e que permanecendo ainda inflexível ela chegará ao quarto parâmetro: a exclusão. Como é feita a repreensão pública no templo. Ao dizer que levasse a repreensão para o terceiro parâmetro, que é à Igreja, Jesus se referia a tratar a questão na Igreja (templo) e com os líderes da Igreja, como alguns gostariam que fosse. Na verdade, Ele se referia a tratar a questão em público e não mais sigilosamente em reuniões no gabinete pastoral ou em reuniões ministeriais. Paulo também falou sobre este princípio ao escrever para seu discípulo Timóteo: “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, (publicamente), para que também os demais temam”. (1 Tm 5.20). A razão para isto é clara: “Para que outros tenham temor”. Toda a Igreja precisa ser ensinada sobre a disciplina cristã e vê-la funcionando na medida certa e quando necessário. Somos um corpo no Senhor; o pecado contínuo de alguém prejudicará a todos. O único meio de evitar isto é cortando o mal pela raiz, expurgando o mal do pecado com arrependimento ou cortando a pessoa (quando ela não quer se arrepender) da comunhão do corpo de Cristo. Diante da Igreja ela, a pessoa, será obrigada a optar entre um ou outro caminho. A exclusão é a parte mais dolorida para a igreja. Ninguém quer ver alguém excluído da sua convivência, por isso é que e dada todas as oportunidades possíveis para a pessoa se arrepender e se consertar com Deus diante de todos, ou seja publicamente. Na Igreja de Corinto, alguém chegou ao ponto de se envolver sexualmente com a madrasta (1 Co 5.1). Tão logo isto chegou ao conhecimento do apóstolo Paulo, ele ordenou: “Tirai do meio de vós a esse iníquo”. Antes, contudo, deixou claro em que condições isto deve acontecer: “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou avarentos, ou roubadores, ou idólatras, pois neste caso teríeis que sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais. Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor”. (1Co 5.9-13) Observe o detalhe que Paulo inseriu ao falar do pecador: “dizendo-se irmão”. Isto se refere a quem quer se parecer irmão sem o ser; não fala de uma queda ou tropeço espiritual, mas de uma prática continuada nestes pecados. Excluir não significa proibir a pessoa de colocar o pé na Igreja, mas sim deixar de reconhecê-la como parte do corpo, e isto envolve deixar de se relacionar (Tt 3.10,11), de ter comunhão com a pessoa. Isto fica claro quando o apóstolo diz: “com o tal nem ainda comais”. Paulo explica melhor esta distinção na sua carta aos tessalonicenses: “Caso alguém não preste obediência à nossa palavra dada por esta epístola, notai-o; nem vos associeis com ele, para que fique envergonhado. Todavia, não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão”. (2 Ts 3.14,15). Este princípio já havia sido estabelecido desde o Velho Testamento, onde havia vários motivos pré-estabelecidos para exclusão. O motivo é poupar o corpo de prejuízos espirituais, e não tentar manter um controle sobre as pessoas. Os casos não manifestos não chegam a ser tratados na Igreja, só os que chegam a ser conhecidos. Chegamos agora a uma oração apostólica cujo conteúdo, como um todo, é mui sublime. Seu conteúdo é extremamente completo, e um estudo cuidadoso e meditação piedosa, serão ricamente recompensados. Minha tarefa atual será realizada mais facilmente, pois estou fazendo uso extensivo da excelente e exaustiva exposição desta passagem bíblica. Ela nos traz o favor e a graça de Deus para o perdão. Há sete coisas que devemos considerar em relação a uma oração de arrependimento e pedido de perdão a Deus, como a do Apóstolo Pedro, principalmente para quem está se reconciliando com Deus e com a igreja. O que é Reconciliação com Deus? A reconciliação com Deus é um conceito fundamental na teologia cristã, que se refere ao processo de restauração do relacionamento entre Deus e o ser humano. É a busca pela harmonia e comunhão com o Criador, que foi rompida devido ao pecado e à separação espiritual. A reconciliação com Deus é um tema central nas escrituras sagradas e é considerada uma das principais mensagens do evangelho. A reconciliação com Deus é um processo fundamental na vida cristã, que envolve o reconhecimento do pecado, a fé em Jesus Cristo como Salvador e a busca por uma vida de obediência e comunhão com Deus. Ela nos oferece o perdão dos pecados, a paz espiritual, a esperança da vida eterna e a capacidade de viver uma vida transformada pelo poder do Espírito Santo. A reconciliação com Deus é um convite universal, estendido a todos que desejam se voltar para Ele e experimentar o seu amor e graça. 1 Pedro 5:6-11. 6. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte, 7. lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 8. Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; 9. ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. 10. E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá. 11. A ele seja a glória e o poder, para todo o sempre. Amém! 

A verdadeira oração do arrependido. 

1. Pedro fez uma oração de um verdadeiro arrependido: porque há uma relação íntima e marcante entre as experiências dele e os termos de sua oração; 

2. A sua localização: porque está intimamente ligada com o contexto, particularmente com os versículos de 6 a 9,porque ele não tinha como negar que estava lá; 

3. Também porque: O seu objetivo era alcançar o perdão de Jesus, ou seja, “do Deus de toda graça”, um título especialmente querido por Seu povo e apropriadíssimo neste contexto;

4. Também porque: O objetivo do fundamento da sua insistência era para ser perdoado. Porque assim deve ser considerada as suas palavras, “que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória”, 

5. Também porque: A sua petição a Deus foi, “ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça”;

6. Também porque: A sua qualificação para o propósito da sua oração era um vínculo muito forte com Jesus, “depois de haver padecido um pouco”, pois embora essa súplica precede a petição, ainda assim, logicamente a segue, quando o verso é tratado homileticamente;

7. A sua recomendação: “A ele seja a glória e o poder para todo o sempre. Amém”.

8. “E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória, depois de havermos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça”. (v. 10). 

Com estas palavras o apóstolo começa o seu apelo Àquele que é a Fonte de toda graça, e Alguém, para quem o principal dos pecadores olha sem precisar se desesperar. Em seguida, ele menciona aquilo que dá prova a todos os crentes que Ele, Jesus, é realmente o Deus de toda a graça, a saber, o fato dEle tê-los chamado eficazmente da morte para a vida e tê-los tirado da escuridão da natureza do pecado para a Sua maravilhosa luz. E isso não é tudo, pois a reconciliação e regeneração é apenas um penhor do que Ele concebeu (gerou) e tem preparado para eles, uma vez que Ele os chamou para sua glória eterna. A percepção dessa verdade move o apóstolo Pedro a rogar que, após um período de provas e aflição, Jesus completaria a Sua obra de graça dentro deles. Aqui devemos claramente entender que Deus preservará o Seu povo da apostasia, os levará a perseverar até o fim, e, apesar de toda a oposição do mundo, da carne, do pecado e do diabo, os levará em segurança para o céu. A graça de Jesus é suficiente para nos perdoar. Como Ele é o Todo-Poderoso, Onipresente, Autossuficiente e Onipotente, com quem todas as coisas são possíveis, assim Ele é também um Deus Todo-misericordioso em Si mesmo, não carecendo de nenhuma perfeição que O torne infinitamente benigno. Há, portanto, um mar de graça em Deus para nutrir todos os fluxos de Seus propósitos e dispensações que são compartilhadas a partir dos mesmos. Aqui, então, está a nossa grande consolação: toda a graça que há em Sua natureza, que faz com que Ele seja o “Deus de toda graça” para Seus filhos, torna certo não somente que Ele assim Se manifestará tal para eles, mas garante o suprimento de cada necessidade deles, e garante o transbordar das riquezas da Sua graça sobre eles nos séculos vindouros, (Efésios 2:7). Olhe, então, para além dessas correntes de graça das quais você agora compartilha com o Deus-homem, Jesus, o Ungido, que é “cheio de graça”, (João 1:14), e peça por contínuo e maior suprimento desta graça para você, a partir dEle. A estreiteza está em nós mesmos e não nEle, pois em Deus há uma oferta sem fronteiras e sem limites. Lembre-se que quando você vem para a casa do Senhor, você está prestes a suplicar em oração, ao “Deus de toda graça”. NEle há um oceano infinito de graça e amor para derramar sobre os que se humilham aos seus pés. Ele ordena você a ir até Ele, dizendo: “abre bem a tua boca, e ta encherei”, (Salmos 81:10). Não em vão Ele declarou: “Seja-vos feito segundo a vossa fé”. (Mateus 9:29). 2 Coríntios 5:18-20 diz: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Jesus Cristo, Seu amado filho e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação”. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza.     

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.