segunda-feira, 29 de setembro de 2025

ISAÍAS O PROFETA MESSIÂNICO

ISAÍAS O PROFETA MESSIÂNICO. 


Ele trouxe a mensagem de esperança da vinda do Messias, o Salvador prometido por Deus. Isaías ficou conhecido como o "profeta messiânico", por causa das muitas profecias que ele escreveu sobre Cristo, o Messias, mais de 700 anos antes do nascimento de Jesus. O tema central de toda a sua obra profética foi a vinda do Messias como o Cordeiro de Deus, ao mostrar o Messias traspassado pela rejeição dos homens e curvado sob o peso dos pecados do mundo por ordem de Deus. Entre muitos, o profeta Isaías foi o que mais anunciou a vinda de Jesus Cristo, o Messias. Isaías declarou no Capítulo 9 versículo 6 de seu livro a maior revelação do Velho Testamento sobre o nascimento e a vinda do Messias que diz: Isaías 9.6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". Esta passagem é uma profecia messiânica no Antigo Testamento, que se refere ao nascimento de Jesus Cristo e seus atributos divinos, tais como: 1. "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu": Esta parte anuncia o nascimento de um menino, que é identificado como o Messias, um presente de Deus para a humanidade. 2. "o principado está sobre os seus ombros": Esta frase indica que o governo, a autoridade e o poder estão sobre os ombros do menino, simbolizando seu reinado e domínio eterno. 3. "e o seu nome será": Segue uma lista de nomes e títulos que descrevem a natureza e o caráter do Messias. 4. "Maravilhoso Conselheiro": nome que sugere a sabedoria e o discernimento divinos de Jesus, que guiará seu povo com conselhos maravilhosos. 5. "Deus Forte": Revelando a natureza divina de Jesus, sua força e poder para cumprir seu propósito. 6. "Pai da Eternidade": Apresentando Jesus como aquele que existia antes de todas as coisas e que reinará para sempre, sendo eterno. 7. "Príncipe da Paz": Destacando o papel de Jesus em trazer paz a e reconciliação entre Deus e a humanidade, e também entre as pessoas. 8. Esta passagem é muito importante para os cristãos, pois revela que Jesus, o Messias, é divino, poderoso, eterno e traz paz e salvação para toda a humanidade.
A - O profeta Isaías foi um dos escritores do Antigo Testamento que profetizou em Judá entre os séculos 8 e 7 a.C. Isaías escreveu o livro profético sobre o Messias, que havia de vir, mais extenso da Bíblia. O nome Isaías significa “o Senhor é salvação”, do hebraico “Yesha’yahu”. Apesar de ele ser um dos profetas mais conhecidos da Bíblia, nem todos já leram a história de Isaías. Quem foi Isaías? Isaías foi filho de Amós, mas que não deve ser confundido com o profeta de mesmo nome. Na verdade o nome de seu pai em hebraico é ‘amots’, enquanto o do profeta Amós é ‘amos’. Isaías era casado, e sua esposa é chamada em seu livro de “a profetiza” (Isaías 8:3), talvez indicando que ela também profetizava. A Bíblia menciona que Isaías era pai de pelo menos dois filhos, Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz (Isaías 7:3; 8:1-4). Esses nomes eram simbólicos, e tinham um significado que se referia a própria mensagem do profeta. O primeiro, Sear-Jasube, significa “um remanescente voltará”, apontando para o juízo iminente que o povo seria submetido devido ao ataque Assírio, mas também apontava para a promessa de restauração . Já o segundo, Maer-Salal-Hás-Baz, significa algo como “rápido até os despojos, veloz é a presa”, fazendo referência a devastação que Deus traria sobre a Síria, Israel e Judá. Provavelmente Isaías morava na cidade de Jerusalém, apesar do texto não esclarecer esse ponto de forma explicita, (Isaías 7:3). A tradição judaica afirma que Isaías era de linhagem real. Por pelo menos treze vezes, o profeta Isaías é designado como “o filho de Amoz”, o que talvez possa indicar que seu pai era um homem importante naquela época. 
B - No primeiro capítulo de seu livro, temos a informação de que o profeta Isaías teve visões da parte de Deus durante os reinados dos reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. O profeta Isaías foi contemporâneo do profeta Miqueias (Isaías 1:1; Miqueias 1:1). É bem possível que ambos estivessem familiarizados com a mensagem um do outro, já que o texto de Isaías 2:2-4 e Miquéias 4:1-3 são muito semelhantes. O ministério do profeta Isaías foi precedido pelo ministério do profeta Amós e pelo ministério do profeta Oséias; apesar de que Oséias também foi seu contemporâneo durante algum tempo. Amós e Oséias profetizaram, principalmente sobre o Reino do Norte. Já Isaías e Miquéias se concentraram mais no Reino do Sul. Com base em seus escritos, é possível perceber que o profeta Isaías foi um homem culto e muito capacitado. Ele tinha uma habilidade analítica notável e um senso poético apurado. Ele é considerado por muitos como o maior escritor hebreu. 
C – Destacamos aqui a mensagem de Isaías 41, que é um capítulo bíblico que transmite uma mensagem de fé, de esperança e de coragem, enfatizando a presença e o poder de Deus para fortalecer e proteger os seus servos. O texto ressalta que Deus está sempre presente, oferece ajuda e sustento, e que os crentes não devem temer as adversidades da vida, pois Deus está com eles em todas as dificuldades. Neste capítulo há promessas de ajuda e de fortalecimento na fé. Isaías 41:10 diz: "Não temas, porque eu estou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça". Esta promessa é um lembrete poderoso de que Deus está presente em nossas vidas e nos apoia em momentos de fraqueza e medo. O texto reforça a ideia de que Deus não nos abandona, mas permanece ao nosso lado, oferecendo conforto e segurança. Ele nos lembra de que, mesmo diante das dificuldades hodiernas da vida, podemos confiar na Sua presença e cuidado. 
D - Isaías 41:12 diz: "Porque eu te pus no caminho, eu te mostrei o caminho". Esta promessa significa que Deus nos guia e nos ajuda a vencer as adversidades que enfrentamos. O capítulo também fala da importância de Jesus como Redentor, que pagou o preço para libertar a humanidade do pecado e da morte. Analisando Isaías 41 vemos que ele é um convite à esperança e à coragem, lembrando que, mesmo em meio às dificuldades, podemos confiar na promessa de Deus de nos fortalecer e nos ajudar. 
1 - Um dos versículos mais conhecidos que fala sobre a esperança está em Romanos 15:13: “Ora, o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo”. Essa passagem nos mostra que a esperança vem de Deus e é por meio dela que somos preenchidos com alegria e paz. Ela nos lembra que a esperança não é apenas um sentimento vazio, mas sim uma confiança plena na fidelidade de Deus. A esperança também é retratada como uma âncora para a alma em Hebreus 6:19: “Temos esta esperança como âncora da alma, firme e segura”. Essa imagem nos mostra que, assim como uma âncora mantém um barco seguro em meio às tempestades, a esperança nos mantém firmes e seguros em Deus, mesmo diante das adversidades da vida. Ela nos dá a certeza de que, independentemente das circunstâncias, Deus está conosco e nos sustenta. 
2 - Outro versículo que nos ensina sobre a importância da esperança está em Jeremias 29:11: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro”. Essa passagem nos mostra que Deus tem planos para nós, planos de esperança e um futuro promissor. Ela nos lembra que, mesmo quando tudo parece perdido, podemos confiar que Deus está trabalhando em nosso favor e que Ele tem o melhor para nós. A esperança também está ligada à ressurreição de Jesus Cristo. Em 1 Pedro 1:3, lemos: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. Essa passagem nos mostra que a esperança que temos em Deus é viva e poderosa, pois está fundamentada na ressurreição de Jesus. Ela nos lembra que, assim como Jesus venceu a morte, também podemos vencer as dificuldades da vida por meio da nossa fé e esperança em Deus. 
3 - A esperança não é apenas um sentimento passageiro, mas sim uma convicção profunda de que Deus está no controle de todas as coisas. Ela nos encoraja a perseverar, mesmo quando tudo parece impossível. Como está escrito em Romanos 12:12: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”. Essa passagem nos ensina que a esperança nos dá a capacidade de nos alegrar mesmo em meio às tribulações, nos torna pacientes e nos leva a buscar a Deus em oração. Portanto, a importância da esperança na Bíblia é imensurável. Ela nos sustenta, nos renova e nos fortalece em nossa caminhada de fé. Que possamos cultivar essa esperança em nossos corações, confiando plenamente na fidelidade de Deus e no seu plano perfeito para nossas vidas. Que a esperança seja a força que nos impulsiona a seguir em frente, mesmo diante dos desafios, pois sabemos que aquele que prometeu é fiel para cumprir. 
4 - A mensagem forte do profeta Isaías. A mensagem do profeta Isaías mesclou repreensões e anúncios de maldições pela infidelidade do povo, com conforto e esperança pela restauração futura. Desse modo, o profeta Isaías pregou também sobre a importância da fidelidade ao Senhor. Além disso, sua mensagem escrita também focava os judeus exilados, conclamando-os ao arrependimento e os exortando a confiarem nas promessas de Deus. Após o período de cativeiro, o Senhor abençoaria o remanescente fiel, trazendo restauração e bênçãos sobre as nações de uma forma nunca antes experimentada. 
5 - O pecado de Israel e de Judá havia chegado a um nível tão abominável, que Deus usou o profeta para falar acerca de várias maldições que atingiriam os hebreus de forma geral. A maior delas, é claro, foi o exílio na Babilônia. Nesse contexto, Deus ordenou que o profeta Isaías profetizasse para que o coração daquele povo rebelde fosse endurecido, seus ouvidos e olhos fechados, a fim de que o juízo de Deus sobre eles não fosse evitado. 
6 - O profeta Isaías também falou sobre as bênçãos futuras que seguiriam após o exílio. Ele profetizou que um remanescente sobreviveria a esse período tão difícil, e retornaria à Terra Prometida. 6 - Isaías, o profeta messiânico trás a mensagem de esperança para Israel. Já na época dos pais da Igreja o profeta Isaías era conhecido como o “evangelista do Antigo Testamento”. Tal designação se dá pelo modo detalhado e completo com que ele descreveu a pessoa e obra do Messias. Muitos julgamentos profetizados por Isaías foram cumpridos no ministério de Jesus (Isaías 53:4-6; 2 Coríntios 1:15; Hebreus 9:26). Além disso, o profeta Isaías apresentou Jesus como “o Servo” que traria justiça as nações; que restabeleceria a aliança; que iluminaria os gentios (no sentido de prover salvação a eles); que expiaria o pecado de seu povo e, finalmente, ressuscitaria dos mortos, (Isaías 42:1-7; 49:1-7; 52:13-53:12). 
7 - É por isso que as profecias do profeta Isaías registradas em seu livro, são as mais referenciadas no Novo Testamento quando o objetivo é apontar sobre como a pessoa de Jesus cumpre com perfeição todas as promessas do Antigo Testamento em relação ao Messias prometido. A profecia de Isaías também alcança um cumprimento ainda futuro. Ele profetizou acerca da restauração após o exílio falando sobre as maravilhas que aconteceriam, e chamou essa nova realidade de vida de “os novos céus e a nova terra”, (Isaías 66:22; 65:17). Essa promessa que foi inaugurada no ministério terreno de Cristo, e que atravessa a História da Igreja, encontrará seu cumprimento pleno no maravilho retorno de nosso Senhor Jesus, (2 Coríntios 4:6; 5:17; Gálatas 6:15; Tiago 1:18; Apocalipse 21:1-3). 
8 - Um contexto histórico sobre o profeta Isaías podemos analisar o seguinte: que Isaías profetizou tanto antes quanto durante o cativeiro babilônico. A profecia de Isaías é dividida em diferentes partes, com algumas se concentrando no período anterior ao exílio e outras no período do exílio e pós-exílio. 
9 – Divisão do livro do profeta Isaías: Primeiro Isaías (capítulos 1-39): Focado principalmente no período anterior ao cativeiro babilônico, quando o reino de Judá enfrentava ameaças da Assíria. Segundo Isaías (capítulos 40-55): Escrito durante o exílio na Babilônia, com mensagens de esperança e consolação, anunciando a libertação e o retorno a Jerusalém. Terceiro Isaías (capítulos 56-66): Escrito no período pós-exílio, abordando questões da comunidade retornada do exílio e incentivando a reconstrução de Jerusalém e do Templo. 
10 - Isaías e o Cativeiro Babilônico: Isaías alertou o reino de Judá sobre os perigos do cativeiro babilônico, prevendo a queda de Jerusalém e o exílio do povo. No entanto, ele também profetizou a restauração e o retorno do povo à sua terra, com mensagens de esperança e consolação durante o período do exílio. Isaías não foi apenas um profeta do período anterior ao cativeiro, mas também profetizou sobre o próprio cativeiro e, em seguida, sobre a esperança de restauração. 
11 – A nossa viva esperança está em Jesus Cristo. 1 Pedro 1:3 diz: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”. O apóstolo Pedro abre sua carta com palavras de louvor a Deus Pai e Seu Filho, Jesus Cristo, lembrando aos leitores que a salvação é um presente da misericórdia de Deus. Então Pedro declara que os crentes recebem "uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo". 
12 - O que exatamente Pedro quer dizer quando fala de "uma viva esperança"? Pedro declara que é a "regeneração" que fornece a nossa viva esperança afirmando que a salvação é um presente de Deus. Assim como uma criança não faz nada para nascer, experimentamos o renascimento, não por causa de quem somos ou de qualquer coisa que fizemos. Nós nascemos de Deus (João 1:13) através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. A salvação muda quem somos (2 Coríntios 5:17), tornando-nos mortos para o pecado e vivos para a justiça de Deus em Jesus Cristo, (Efésios 2:5). Essa regeneração através do novo nascimento serve como nossa razão de vivermos esta viva esperança e a garantia da salvação gratuitamente em nome de Jesus. 
13 - Os comentaristas bíblicos costumam chamar Pedro de o apóstolo da esperança. Nesta passagem de 1 Pedro 1:3 ele vincula a nossa regeneração e a nossa salvação à ideia de "uma viva esperança". A esperança de que Pedro se refere não é o simples pensamento de desejo geralmente associado à palavra esperança hoje. Podemos dizer: "Espero que não chova" ou "Espero que passe no teste", mas não é este tipo de esperança que aguardamos, esse não é o tipo de esperança que Pedro está referindo, mas ele tinha em mente algo sobrenatural que transforma o ser humano e o conduz para a vida vindoura na glória celestial com Jesus Cristo o Unigênito filho de Deus. 
14 - O termo grego para "esperança" na passagem significa "uma expectativa ansiosa e confiante". Essa esperança do crente não é apenas "viva", mas "vívida". Ao contrário da esperança vazia e morta deste mundo, essa "viva esperança" é energizante, vivaz e ativa na alma do crente. É expectante e contínua. Nossa esperança viva se origina de um Salvador vivo e ressurreto. A esperança viva de Pedro é Jesus Cristo. Se você conhece o hino 300 da Harpa Cristã, veja o que diz a letra que nos alerta: “ Nossa esperança é Sua vinda, o Rei dos reis vem nos buscar...”. 
15 - O apóstolo Pedro ainda está falando aos cristãos que estavam sofrendo perseguição na Ásia Menor. Suas palavras tinham a intenção de encorajá-los em seus problemas. O futuro deles estava seguro por causa da ressurreição de Jesus Cristo. A esperança deles era a vitória de Cristo sobre a morte e Sua vida de ressurreição. O que quer que os crentes perseguidos enfrentassem neste mundo não poderia ser comparado às bênçãos da futura ressurreição e da vida que teremos na eternidade. A nossa esperança viva estava ancorada no passado, mas Jesus ressuscitou dos mortos trazendo consigo a viva esperança de salvação eterna para todos os que nEle crer. (Mateus 28:6). Esta viva esperança continua no presente, Jesus está vivo, o túmulo não o conteve, Ele ressuscitou dentre os mortos e nos garantiu a viva esperança de vida eterna com Ele na glória eterna, (Colossenses 3:1). Esta viva esperança perdura por todo o futuro. Jesus prometeu vida eterna e ressurreta aos que foram salvos no passado, para os que são salvos no presente e os que serão salvos até no arrebatamento da igreja. Nossa viva esperança é a Sua vinda. Breve Jesus voltará. (João 3:16; 4:14; 5:24; Romanos 6:22; 1 Coríntios 15:23). 
16 - A esperança viva também nos permite viver sem desespero ao encontrarmos sofrimento e provações na vida presente: "Por isso não desanimamos. Pelo contrário, mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas", (2 Coríntios 4:16–18). O objeto de nossa viva esperança é descrito em 1 Pedro 1:4 como "uma herança que não pode ser destruída, que não fica manchada, que não murcha e que está reservada nos céus para os fiéis". Temos uma herança que nunca será tocada pela morte, manchada pelo mal ou murcha com o tempo; é à prova da morte, à prova do pecado e à prova da idade. Essa herança também é à prova de falhas porque Deus a guarda e preserva no céu para nós. É totalmente segura. Absolutamente nada pode minar a certeza de nossa herança futura de uma viva esperança em Cristo Jesus nosso Salvador. 
17 - As pessoas não podem sobreviver por muito tempo sem esperança. Nunca perca a esperança, a esperança nos sustém quando passamos por experiências dolorosas e pelo medo do que o futuro nos reserva. Em um mundo caído, onde as pessoas enfrentam pobreza, doença, fome, injustiça, desastre, guerra e terrorismo, precisamos de uma esperança viva. A Bíblia nos diz em Efésios 2:12 que aqueles que não têm Jesus Cristo não têm esperança. Os crentes são abençoados com esperança real e substancial através da ressurreição de Jesus Cristo. Pelo poder da Palavra de Deus e pela habitação do Espírito Santo em nós, essa esperança viva estimula nossas mentes e almas com uma viva fé. (Hebreus11:1; 4:12). Ela muda nossos pensamentos, palavras e ações. Uma vez mortos em nossos delitos e pecados, agora vivemos com a viva esperança de nossa própria ressurreição em Cristo Jesus. A esperança viva do crente é sólida e segura: "Temos esta esperança por âncora da alma, segura e firme e que entra no santuário que fica atrás do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre e eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque", (Hebreus 6:19–20). Jesus Cristo é nosso Salvador, nossa salvação, nossa viva esperança. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pastor Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

APRENDENDO A SERVIR A DEUS COM ALEGRIA

APRENDENDO A SERVIR A DEUS COM ALEGRIA. 


I - “Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico”. (Salmos 100.2). Essa deve ser a satisfação do nosso coração, esteja onde estivermos, no púlpito, na igreja, na rua, na escola, no trabalho ou em qualquer outro lugar. A oportunidade que temos de servir ao Senhor Jesus e à Sua obra deve ser feita com muita alegria, sem olhar para as pessoas ou para as circunstâncias, pois vale muito a pena servir a esse Deus maravilhoso. “Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará”. (João 12.16). 
II - Não devemos servir ao Senhor por causa dos benefícios que Ele nos proporciona, mas, sim, pelo que Ele é. O que seríamos cada um de nós sem essa tão grande salvação? Outro benefício é que crescemos quando também servimos às pessoas: amadurecemos e experimentamos do Seu poder e da Sua graça de forma individual, servindo com o coração motivado pelo Senhor. Quando servimos juntos, crescemos, somos forjados, lapidados, desenvolvendo a importância do nosso papel na obra de Deus. 
III - Desde que você veio para Jesus até os dias de hoje, você não é mais o mesmo. “Porque Deus não é injusto para se esquecer do vosso trabalho e do amor que evidenciaste para com o seu nome, pois servistes e ainda servis aos santos”. (Hebreus 6.10). Talvez você esteja pensando assim: “Ah, esse negócio de servir a Deus não é para mim. Já me decepcionei com pessoas, com líderes evangélicos e coisas do tipo. Mas não devemos pensar assim. Quando servimos a Deus somos abençoados e tudo o que fazemos ou pensamos devemos fazê-lo para a glória de Deus e não dos homens. É inevitável que plantemos e que a colheita venha de Deus. O apóstolo Paulo nos ensina que aexpressão "de Deus não se zomba", originada na Bíblia em Gálatas 6:7, significa que as ações humanas têm consequências inevitáveis, e que ninguém pode enganar ou desrespeitar Deus impunemente. O versículo ensina o princípio da semeadura e colheita: aquilo que uma pessoa planta em suas ações e atitudes, sejam elas boas ou más, resultará naquilo que ela colherá no futuro. Não devemos focar em coisas que não agradem a Deus, pois o que Deus está fazendo em nossas vidas é muito maior, Jesus ressuscitou para nos salvar. Jesus não nos reformou, Ele nos transformou para vivermos em novidade de vida com Ele. Precisamos colocar nosso olhar no lugar certo, não nas falhas das pessoas porque todos temos falhas e defeitos, e é justamente por isso que Jesus veio ao mundo: para perdoar e salvar até o mais terrível pecador que se converter ao Senhor Jesus. Por que perder o entusiasmo de servir se servimos a Cristo? Já pensou se Jesus olhasse para as coisas que aconteciam com Ele? Ele passou por traições, por escárnio, por rejeição, veja Isaías 53, mas cumpriu Seu chamado com amor e por amor, porque Deus é amor. 
A - Com o Salmo 100 aprendemos a servir ao Senhor com alegria. Estudar o tema "Servir ao Senhor com alegria" implica entender que, conforme o Salmo 100:2, é um chamado para todos os crentes adorar a Deus com satisfação e prazer, mesmo em meio às dificuldades hodiernas. A alegria verdadeira não é resultado de circunstâncias, mas um presente divino que capacita o servo a cumprir a sua vocação com entusiasmo. 
B - A base Bíblica do Salmo 100:2 nos ajuda a entender sobre este assunto. O verso-chave é "Servi ao Senhor com alegria, e apresentai-vos diante dele com canto". Ele convida as pessoas a entrarem na presença de Deus com regozijo, demonstrando que o serviço a Ele deve ser uma expressão de gratidão e não de obrigação. A alegria de servir não é restrita a um grupo, mas é uma vocação para todos que conhecem a Deus. A alegria que vem de Deus é um sentimento de prazer em estar no lugar certo, cumprindo o propósito divino para as nossas vidas. 
C - A alegria do Senhor é uma fonte de força e graça contra as decepções e amarguras que podem afetar o espírito do ser humano e por isso temos manter o foco no Senhor Jesus e em Sua força, lembrando-se que Ele nos capacita e treina para algo muito maior do que pedimos ou pensamos. 
D - Para chegarmos à presença de Deus precisamos nos humilhar e com ações de graças e louvor reconhecer Sua bondade, misericórdia e fidelidade ao longo das gerações desde a criação. Temos que servir a Deus com alegria, com fidelidade, com amor. Servir a Deus é também servir aos irmãos, aos familiares e aos domésticos da fé, demonstrando amor e se desprendendo do egoísmo. A recompensa é um júbilo espiritual e a alegria de proporcionar bem-estar ao próximo, sem esperar nada em troca. Devemos Buscar a plenitude do amor através da entrega e do serviço, vibrando com o Coração de Cristo, leva à verdadeira realização. Devemos servir ao Senhor com alegria porque é um privilégio, porém exige um coração grato e confiante em Deus. Esta alegria flui de dentro para fora, transformando o crente e refletindo a glória de Deus, servindo como um testemunho poderoso no mundo. 
1 - Servir a Deus é totalmente diferente de servir a qualquer outra pessoa. Deus deseja fortemente que entendamos isso e que desfrutemos disso. Por exemplo, ele nos manda "Servi ao Senhor com alegria!" (Salmos 100:2). Existe uma razão para essa alegria que é dada em Atos 17:25, "Deus não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo, porque ele mesmo dá a todos a vida, o fôlego e as demais coisas." Nós servimos a Deus com alegria porque não possuímos a obrigação de satisfazer suas necessidades. Pelo contrário, nos alegramos no servir onde Deus vem de encontro às nossas necessidades. O salmista compara o servir com a dependência do servo a um mestre gracioso: "Assim como os olhos dos servos estão atentos à mão de seu senhor, e como os olhos das servas estão atentos à mão de sua senhora, também os nossos olhos estão atentos ao Senhor, ao nosso Deus, esperando que ele tenha misericórdia de nós" (Salmos 123:2). Servir a Deus sempre significa receber graça de Deus. 
2 - Para mostrar como Deus deseja que entendamos e nos alegremos nisso, existe uma história em 2 Crônicas 12. Roboão, filho de Salomão, que reinou sobre o reino do sul depois da revolta das dez tribos, "deixou a lei do Senhor" (12.1). Ele escolheu não servir ao Senhor, para servir a outros deuses e outros reinos. Como julgamento, Deus enviou Sisaque, o rei do Egito, contra Roboão com 1.200 carros de guerra e 60.000 cavaleiros (12.3). Por misericórdia, Deus enviou o profeta Semaías a Roboão com esta mensagem: "Assim diz o Senhor: Vós me deixastes a mim, por isso também eu vos deixei na mão de Sisaque", (12:5). A feliz conclusão dessa história é que Roboão e seus príncipes se humilharam em arrependimento e disseram, "O Senhor é justo", (12.6). 
3 - Quando o Senhor viu que eles se humilharam, Ele disse, "Visto que eles se humilharam, não os destruirei, mas em breve lhes darei livramento. Minha ira não será derramada sobre Jerusalém por meio de Sisaque", (12:7). Mas como disciplina a eles, disse, "Porém serão seus servos para que conheçam a diferença da minha servidão e da servidão dos reinos da terra". (12:8). 
4 - Aí está a diferença de um adorador. Deus deseja que saibamos a diferença entre servir a Ele e servir a qualquer outro deus das nações. A lição que eles tiveram que aprender foi que o servir a Deus é uma servidão feliz, ou como Jesus disse, "Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mateus 11:30). Através disso, podemos aprender que Deus ameaça coisas terríveis se nós não encontrarmos alegria no servir a Ele. É isso o que Moisés disse em Deuteronômio 28.47, ao povo rebelde que se revoltaram contra ele e contra o próprio Deus: "Porquanto não serviste ao Senhor teu Deus com alegria e bondade de coração… e assim servirás aos teus inimigos”, ou seja serão escravos de outras nações e de outros deuses. 
5 - A questão é muito clara, servir a Deus é algo fazemos de coração. Sempre que recebemos uma bênção, uma alegria e um benefício de Deus, nós temos a alegria de adora-lo. É por isso que estou tão desejoso por dizer que nas igrejas, evangélicas, conservadoras, o louvor é marcado pela obediência e pela adoração e não é de maneira nenhuma uma oferta feita a Deus como um peso, mas de singeleza de coração. 
6 - A verdadeira adoração a Deus é de coração e envolve espírito, alma e corpo. Adorar a Deus em espírito e em verdade significa adorá-Lo com um coração sincero e guiado pelo Espírito Santo, através de uma vida inteira dedicada a Ele, e não apenas através de rituais ou palavras sem sentido. A adoração "em espírito" envolve a ação do Espírito em nós, transformando-nos de dentro para fora, enquanto a adoração "em verdade" significa viver conforme a verdade das Escrituras, que glorificam a Deus. 
7 - O principal versículo bíblico que menciona corpo, alma e espírito em conjunto é 1 Tessalonicenses 5:23. A passagem pede a Deus para santificar completamente a pessoa inteira, espírito, alma e corpo, para que seja irrepreensível na vinda de Jesus Cristo. 1 Tessalonicenses 5:23 menciona corpo, alma e espírito e o objetivo da passagem não é necessariamente distinguir três partes separadas do ser humano, mas sim enfatizar a integridade e a completude de toda a pessoa que deve estar dedicada a Deus. A Bíblia ensina que o ser humano foi criado por Deus de forma completa, com corpo, alma e espírito, e que cada parte deve ser cuidada e santificada. Adorar em espírito e em verdade é adorar a Deus de todo coração, com a ajuda do Espírito Santo. A verdadeira adoração vem do coração, não de fatores externos como o lugar, a cerimônia ou palavras repetidas. Adorar em espírito e em verdade é adorar com sinceridade e fé, (João 4:23-24). 
8 - Adorar é mostrar amor, respeito e dedicação a Deus. Obrigações como ir à igreja e cantar louvores ajudam a expressar essa adoração mas só têm valor quando são fruto do desejo do coração de adorar a Deus. Deus não se agrada de cultos sem sinceridade, sem cumplicidade, (Salmos 51:16-17). Adorar em verdade é adorar por querer adorar a Deus, por tudo que Ele é e tudo que Ele faz. 
9 – Adorar a Deus em espírito e em verdade é adoração viva. O espírito é aquilo que nos liga a Deus e nos dá vida. A verdadeira adoração vem da comunhão com Deus. Podemos ter essa comunhão através do Espírito Santo, que mora dentro de cada pessoa salva, (Atos dos Apóstolos 2:38). Por que Jesus falou sobre adorar em espírito e em verdade? Sim, Jesus falou sobre adorar em espírito e em verdade porque uma mulher samaritana lhe tinha perguntado como se deve adorar a Deus. Os judeus e samaritanos brigavam sobre a forma correta de adorar a Deus. Os judeus adoravam no templo em Jerusalém mas os samaritanos achavam que a adoração deveria ser feita no monte que eles consideravam sagrado, (João 4:19-21). 
10 - No Velho Testamento Deus tinha escolhido o templo de Jerusalém como o único lugar de adoração, para impedir que os israelitas misturassem a adoração ao Deus verdadeiro com a adoração a deuses falsos. No templo, debaixo da instrução dos sacerdotes, os judeus aprendiam sobre Deus, o adoravam e ofereciam sacrifícios (Deuteronômio 12:4-7). A localização era importante mas não era o mais importante. O que contava era a atitude dos adoradores. Tanto os judeus quanto os samaritanos perderam esse foco. Muitos deles começaram a dar mais importância ao lugar e às cerimônias que ao estado do coração dos adoradores. No seu pensamento, quem cumprisse os rituais judaicos de maneira certa estava bem com Deus, mesmo se não fosse feito pelas razões certas nem com sinceridade. Adorar a Deus era apenas para eles era apenas um ritual, assim como acontece até hoje pelo mundo afora. 
11 - Jesus voltou ao cerne da questão voltando a atenção para aquilo que mais importava: “o coração” do ser humano. O grande mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas e com tudo o que somos, (Mateus 22:37-38). Esta é a verdadeira adoração. 
12 - A alegria do Senhor é a nossa força: o que significa. Neemias 8:10. Em Deus encontramos uma alegria especial, que nos dá força. Outras alegrias passam e podem esgotar nossas forças, mas a alegria do Senhor nos renova e nos fortalece diuturnamente. E Neemias prosseguiu: "Vão e comemorem com um banquete de comidas saborosas e bebidas doces e repartam o alimento com aqueles do povo que não prepararam nada. Este é um dia consagrado ao nosso Deus. “Não fiquem tristes, pois a alegria do Senhor é sua força". Neemias 8:10. 
13 - Josué disse ao povo que a alegria do Senhor fortalece. O povo de Israel estava chorando, triste, porque tinham ouvido os mandamentos de Deus e estavam arrependidos de seus pecados. Mas esse era um dia de perdão e restauração, porque Deus os tinha trazido de volta do exílio e os tinha ajudado a reconstruir o muro de Jerusalém, em tempo recorde. Era um dia de vitória e alegria, não de tristeza e amargura. Por isso, os israelitas pararam de chorar e celebraram a bondade de Deus com alegria. Neemias 8:11-12. Eles tinham vencido, não por suas próprias forças, mas porque confiaram em Deus e obedecerem a Sua palavra. 
14 – No momento de aflição chega a alegria da salvação. Deus faz o mesmo em nossas vidas. O pecado causa sofrimento, dor e tristeza. Quando reconhecemos nossos erros e nos arrependemos, ficamos tristes. Mas depois Deus nos oferece perdão, por meio de Jesus Cristo, e nos consola. Quando Deus nos salva do pecado, nossa tristeza é transformada em alegria. Salmos 30:11-12. A salvação é uma alegria eterna, que ninguém nos pode tirar. Todos passamos por tempos de tristeza, mas depois temos a promessa que a tristeza vai passar e a alegria de Deus nos vai renovar. E, um dia, não haverá mais tristeza. A alegria vai durar para sempre. 
15 - Em Romanos 8.28 o apóstolo Paulo trás uma excelente explicação sobre o que acontece com aqueles que confiam plenamente na direção e na graça de Deus manifestada em nós. O versículo diz: “sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. 1. "Sabemos” o quê? Os que creem em Deus sabem que Ele está no controle de tudo e que age em seu favor, mesmo que as circunstâncias aparentemente digam o contrário. 2. “que todas as coisas cooperam”. Deus atua sobre tudo e todos. Até mesmo nas aflições que enfrentamos, Ele move sobre todas as coisas, pois tem soberania e poder sobre todos os acontecimentos e todas as pessoas. As decisões de Deus são imutáveis. 3. “para o bem”, Deus não deseja o mal para ninguém. Pelo contrário, mais do que nós mesmos, Ele quer efetivamente o que é melhor para cada um dos seus filhos. O "bem" maior é sermos mais semelhantes a Jesus Cristo. Romanos 8:29. E devemos olhar firmemente para o Senhor Jesus que é o autor e consumador da nossa fé. 4. “daqueles que amam a Deus” implica em que devemos Amar, adorar única e exclusivamente a Deus e a Jesus Cristo, que é, repito, o autor e consumador da nossa fé, bem como também é diferente de simplesmente simpatizar-se por Ele ou pela sua causa. Amar a Deus sobre todas as coisas envolve admiração, auto entrega, obediência, afinidade e renúncia. 5. A vitória “daqueles que são chamados”. Estes que amam a Deus sobre todas as coisas foram chamados por Ele. Não são melhores ou mais especiais que os outros, apenas receberam um convite para mergulhar na Graça de Deus. Quem assim procede é capaz de amar somente a Deus porque foram amados primeiramente por Deus. Amam por causa do Amor de Deus revelado em Jesus Cristo. 6. “segundo o seu propósito”, amam a Deus sobre tudo e sobre todos porque foram convidados para um propósito excelente de viverem conduzidos pelo Espírito Santo, e mais ainda, são considerados templo do Espírito Santo. Os que amam ao Senhor fazem parte do plano supremo de Deus. 
16 - Todas as coisas são controladas por Deus para o cumprimento do Seu propósito maior. Precisamos entender que a vontade de Deus não é simplesmente nos livrar do sofrimento, mas livrar-nos do que nos causa o sofrimento. Ele quer nos livrar da escravidão do pecado e das suas consequências eternas. O gozo da eternidade já se manifesta na vida daqueles que foram transformados para amar e adorar somente e exclusivamente a Deus, porque a glória celestial é a nossa morada eterna com Ele, com Jesus Cristo o Filho Unigênito de Deus. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

OS GRANDES MISTÉRIOS DA BÍBLIA

OS GRANDES MISTÉRIOS DA BÍBLIA. 

I - No mundo grego “mistérios” eram cerimônias religiosas secretas, nas quais tomavam parte apenas pessoas iniciadas. “Mistério” tem o sentido geral de “coisa oculta, obscura, secreta”. No Novo Testamento o termo é usado não tanto no sentido de algo incompreensível à razão, mas como revelação e quando refere-se às coisas de Deus os chamados “Mistérios” são as ações de Deus para estabelecer o seu reino (Mt 13,35; Ap 10,7), por meio de Jesus Cristo e da Igreja, (Ef 1,9s; 3,1-9; Cl 4,3); é a sabedoria de Deus revelada em Cristo Jesus, (1Cor 2,7s; Cl 1,25-27; 1Tm 3,16), especialmente o plano salvífico de Deus para a humanidade, inacessível ao homem mas revelado por Jesus Cristo, de salvar a todos os homens (ou seja à todos da raça humana), que nEle crer. (Rm 16,25s). 

II - O que podemos aprender com o Apóstolo Paulo sobre alguns dos grandes mistérios da Bíblia. O apóstolo Paulo trás muitas instruções para obreiros e líderes da obra de Deus, dentre estas instruções trago aqui uma das mais importantes que ele transmitiu ao seu filho na fé chamado Timóteo. Ele diz: “Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. 1 Timóteo 4:15,16. Nesta postagem vamos discorrer um pouco sobre os mistérios de Deus revelados aos homens. Homens estes que viveram uma vida de íntima comunhão com Deus. O quê vem a ser mistério? 1) Mistérios na Bíblia são segredo de Deus e desconhecidos até que seja manifestado pelo próprio Deus através de algum meio, (Dn 2.18-19,27-30,47; Mt 13.11). 2) O plano de Deus revelado nos evangelhos para a salvação de toda a humanidade é um mistério revelado, foi profetizado pelo próprio Deus em Gn. 3:15 (Ef.3.3-9). 3) Conhecimento secreto que só Deus pode tornar conhecido. (2Ts 2.7; Ap 1.20). 

A – Fazemos aqui no início desta postagem um passeio na Bíblia sobre os mistérios de Deus, cujos são encontrados, em sua maioria, em diversas referências bíblicas, tais como: “Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama são estes: Daniel 2:28”. “Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos, acerca do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser. Daniel 2:29”. “E a mim me foi revelado esse mistério, não porque haja em mim mais sabedoria que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração. Daniel 2:30”. Respondeu o rei a Daniel, e disse: Certamente o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis e revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério. Daniel 2:47”. “Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios de Babilônia. Daniel 2:18”. “Beltessazar, mestre dos magos, pois eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação. Daniel 4:9”. “Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu. Daniel 2:19”. Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Mateus 13:11”. “E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas, Marcos 4:11”. “E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam. Lucas 8:10”. “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, Romanos 16:25”. “E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. 1 Coríntios 13:2”. Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 1 Coríntios 14:2”. Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; 1 Coríntios 15:51”. “Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; 1 Coríntios 2:7”. “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. 1 Coríntios 4:1”. “Por isso, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo, Efésios 3:4”. “E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; Efésios 3:9. “Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja. Efésios 5:32”. “E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, Efésios 6:19”. “Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, Efésios 1:9”. “Como me foi este mistério manifestado pela revelação, como antes um pouco vos escrevi; Efésios 3:3”. “Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, Colossenses 2:2”. “Orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso; Colossenses 4:3”. “O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; Colossenses 1:26”. “Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória; Colossenses 1:27”. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; 2 Tessalonicenses 2:7”. ”Guardando o mistério da fé numa consciência pura. 1 Timóteo 3:9”. “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória. 1 Timóteo 3:16”. “O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas. Apocalipse 1:20”. “E na sua testa estava escrito o nome: mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra. Apocalipse 17:5”. “E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres. Apocalipse 17:7”. O livro de Apocalipse é também conhecido por livro da Revelação, mas lembre-se são revelações de Deus e serão cumpridas integralmente no tempo de Deus. 

B - Segundo um dicionário bíblico a palavra “mistério” no idioma português tem vários significados, como: tudo que não se pode explicar ou compreender; os segredos de Deus são impenetráveis. A razão humana não consegue assimilar tudo o que envolve os mistérios de Deus. Inclusive os que são relacionados à fé Cristã. Hebreus 11.1. O conjunto de conhecimentos humanos que permitem o domínio de uma arte, técnica ou ciência precisam de muitos conhecimentos da matéria segundo os ensinamentos humanos, mas um culto a Deus envolve além dos conhecimentos humanos, a direção do Espírito Santo para que seja um culto racional de adoração a Deus. Romanos 12.1- 2, ou seja, em termos bíblicos, o culto racional (Romanos 12:1-2) não se refere a um tipo de adoração fria ou intelectual, mas sim a uma entrega sincera e consciente a Deus, baseada no entendimento de suas misericórdias e no desejo de agradá-Lo. É uma adoração que envolve a mente, o coração e a vida prática do crente, resultando em uma transformação espiritual e em um serviço a Deus que reflita esta mudança. 

C - O sentido literal exato da palavra “musterion” do grego: a palavra mistério significa um segredo transmitido apenas para quem busca conhecer tudo aquilo que é desconhecido até que seja revelado, seja ele fácil ou difícil de entender. A idéia da incompreensibilidade, se é implícita é puramente acidental, se é explicita pode ser por capacitação intelectual ou ajuda da ciência e da tecnologia, dentre estas opções já há o envolvimento da IA (inteligência Artificial), mas a própria Bíblia interpreta-se a si mesma através da Hermenêutica bíblica. A Hermenêutica é uma "matéria bíblica de interpretação de texto da Bíblia" e refere-se à pesquisas da correlação do texto com o seu contexto na própria Bíblia, porque senão vira um pretexto para muitas interpretações maldosas e hereges; então devemos valorizar a disciplina que estuda os princípios e métodos para compreender o significado dos textos da Bíblia. Esta matéria não é apenas sobre português, mas utiliza a Bíblia como base para desenvolver habilidades de interpretação textual, aplicando conceitos como contexto histórico, coesão, coerência e outros recursos linguísticos para descobrir o sentido original das escrituras. 

D - Para melhor entendimento deste tema vamos considerar brevemente o seu uso no paganismo antigo e depois examinar mais cuidadosamente o seu uso bíblico: 1. No paganismo: Nos livros clássicos existentes é encontrado apenas uma vez no singular, mas é frequentemente encontrado no plural “ta mustēria”, "os mistérios", termo técnico para os ritos secretos e celebrações nas religiões antigas só conhecido e praticado pelos seus sacerdotes, magos e adivinhos. Além dos mistérios gregos, podemos mencionar os cultos egípcios de Isis e Serapis, e do mitraísmo persa, que no século 3 dC., foi amplamente difundido por todo o império romano. 2. Apelavam mais para as emoções do que para o intelecto. Visavam garantir uma união mística com alguma divindade e uma imortalidade feliz. Seus ritos eram marcados pelo simbolismo profuso de palavra e ação, precedidos por ritos de purificação pelos quais os praticantes tinham que passar.3. Os cultos se cercavam de uma rigorosa exclusividade. 4. Os mistérios não eram sociedades secretas, mas estavam abertos a todos os que eram escolhidos para ser iniciados naqueles cultos até satânico, dentre eles a inclusão de bárbaros e criminosos. Eles formavam a parte séria da religião pagã, não eram desprovidos de elementos nobres, mas também se prestavam a extravagâncias e abusos graves. 

E - No Velho Testamento: Não houve mistérios do tipo acima no culto a Deus. Todo o ritual da lei mosaica contava com a participação do povo em geral através dos seus representantes, os sacerdotes. Não havia qualquer sistema de iniciação cerimonial pelo qual poucos tinham privilégios negados à maioria, mas a tribo de Levi fornecia os mestres que ensinavam o povo, os que serviam no templo e os sacerdotes, que eram descendentes de Arão, e também os levitas. 

1 - “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, mas as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre”, (Deuteronômio 29:29); longe de exigir silêncio e segredo, elas deviam ser proclamadas abertamente, (Deuteronômio 6:7). No entanto “O conselho do Senhor é para aqueles que O temem, e Ele lhes faz saber o seu pacto”, (Salmo 25:14), ou seja, o Senhor reserva a Sua intimidade para os que têm a verdadeira de Deus como regra de fé. A palavra grega “musterion” ocorre na Septuaginta do Velho Testamento apenas em Daniel, onde aparece várias vezes como a tradução do caldeu râz, um esconderijo ou segredo, referindo-se ao sonho do rei, o significado do qual foi revelado a Daniel (capítulo 2:18-19, 27-30, 47, 4:9). 

2 - No Novo Testamento a palavra grega “mustērion” no singular e “mustēria” no plural são encontradas 28 vezes no original. Em recente versão de Almeida a palavra é traduzida como “testemunho” em 1 Coríntios 2:1 e inexplicavelmente omitida em Apocalipse 17:5. Felizmente a Nova Versão Internacional corrigiu esses dois erros. Podemos distinguir 10 mistérios diferentes no Novo Testamento: 1. Nos Evangelhos, foi usada pelo Senhor Jesus para informar aos Seus discípulos da razão por que falava ao povo em geral por parábolas: “E Ele lhes disse: A vós é confiado o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes diz por parábolas; para que vendo, vejam, e não percebam; e ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam e sejam perdoados” (Marcos 4:11-12, também Mateus 13:11-13 e Lucas 8:10). Foi cumprimento da profecia em Isaías 13:14-15, que informa que isso seria feito por causa da impiedade do povo, e está em conformidade com o Salmo 25:14 citado acima. 2. As parábolas escondem o seu significado daqueles que olham apenas para o sentido literal, mas é o meio de revelação para aqueles que têm a chave para a sua interpretação: “A vós é confiado o mistério do reino de Deus, mas aos de fora tudo se lhes diz por parábolas” (Marcos 4:11). Esta é a única ocasião em que a palavra “mistério” é atribuída ao nosso Senhor. 

3 - O mesmo sentido se encontra em Apocalipse 1:20; 17:5,7 e provavelmente também em Efésios 5:32, onde o casamento é chamado de "um mistério", ou seja, um símbolo a ser interpretado alegoricamente de Cristo e Sua igreja. O significado mais comum no Novo Testamento de “mistério” é aquele enfatizado pelo apóstolo Paulo, ou seja, de ser uma verdade divina escondida, mas que agora foi revelada nos evangelhos. Romanos 16:25 e 26 dizem resumidamente: “àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos, mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé”. Este é o mistério da piedade que Deus manteve em segredo desde o princípio (1 Timóteo 3:16, Romanos 16:25), e é básico para a compreensão do plano de salvação de Deus para todos os pecadores mediante a simples fé na obra redentora de Jesus Cristo. 

4 - A inclusão dos gentios na igreja, (Efésios 3:3-9). Note que o fato que haveria salvação para os gentios não era mistério, pois a salvação da humanidade já fora prevista desde a antiguidade e os profetas também previram a sua salvação (Romanos 9:24-33, 10:19-21). O mistério oculto em Deus em todas as épocas passadas era que os gentios seriam salvos sem observar a lei, e que ambos judeus e gentios seriam liberados da lei, fazendo um só corpo, a igreja de Cristo (Efésios 1:22-23; 3:1-11; 4:11-16; 5:23-33; Colossenses 1:18,24), formado pelo Espírito Santo, (1 Coríntios 12:12-13, 27:31), nos termos da nova aliança, em que todas as distinções de privilégio e bênção desaparecem (Efésios 2:14-15, 1 Coríntios 12:13, Gálatas 3:27-28; Colossenses 1:18-29; 3:10-11, Hebreus 11:10-16, 13:14; Apocalipse 21:9-10). Esta era a nova revelação (Efésios 3:1-9, Gálatas 1:12, 2:2, 3:13-14). 

5 - O mistério das sete estrelas e dos sete candeeiros revelados em Apocalipse 1:20. Relativamente era apenas representação do que seria em épocas posteriores a igreja do Senhor Jesus, a futura ressurreição dos mortos e a transformação dos vivos em corpos incorruptíveis no arrebatamento da igreja. (1 Coríntios 15:51-53). O mistério da iniquidade aumentada de 2 Tessalonicenses 2:7 era a plenitude dos tempos chegando com a intervenção forte do Anticristo na igreja. A futura salvação de todo o remanescente de Israel poderia e vai acontecer no tempo de Deus, (Romanos 11:25). 

6 – “A mulher vestida de escarlate, chamada “mistério”, (Apocalipse 17:7). “Na plenitude dos tempos, fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra”, (Efésios 1:10). A primeira metade dos mistérios (até o quinto) não só foram revelados, mas também cumpridos até nossos dias. Os restantes serão cumpridos em breve dentro do calendário determinado por Deus desde os tempos eternos. 

7 – Concluindo esta parte, vemos que os mistérios da Bíblia são realidades antecipadamente conhecidas por Deus e reveladas na ocasião oportuna para a sabedoria da humanidade, em contraste com a sabedoria resultante da filosofia humana (veja especialmente 1 Coríntios 2.1-16 e compare com Mateus 11:25). O contraste não consiste em que a filosofia é humanamente compreensível enquanto os mistérios estão obscurecidos, mas que a filosofia é produto de pesquisa intelectual humana, enquanto os mistérios são revelação divina e se discernem espiritualmente. 

8 - A fé cristã não tem doutrinas secretas, pois seus mistérios são revelações feitas à humanidade por Deus pelo Seu Espírito em tempo oportuno de coisas que Ele, ciente de tudo, já sabia antecipadamente. Alguns não são compreendidos por todo o mundo, assim o “segredo” revelado a alguns parece estar sendo escondido de outros. As doutrinas de Cristo e do Seu Reino estão escondidas aos sábios, entendidos e príncipes do mundo, (Mateus 11:25, 1 Coríntios 2:6-16), e de todos os que estão fora do Reino, (Mateus 13:11-17), e há verdades espirituais mais profundas retidas até mesmo de cristãos, enquanto estiverem num estágio elementar de desenvolvimento, (1 Coríntios 3:1-3, Hebreus 5:11-14). Por outro lado, há muitas passagens em que as verdades da revelação se dizem ser comunicadas livremente e sem reservas a todos, (por exemplo: Mateus 10:27, 28:19-20, Atos 20:20,27, Efésios 3:9, Colossenses 1:28; 1 Timóteo 2:4). A explicação é que, se a comunicação é limitada, não é por causa de qualquer sigilo na mensagem do evangelho em si ou qualquer reserva por parte do comunicante, mas pela capacidade receptiva do ouvinte. No caso dos que têm uma obtusidade carnal de espírito, moral ou mundanismo isto os torna cegos para a luz que brilha sobre eles, (2 Coríntios 4:2-4). No caso das "criancinhas em Cristo," a reserva aparente é devido apenas ao princípio pedagógico de adaptação do ensino para a receptividade progressiva do discípulo, (João 16:12). A linguagem forte em Mateus 13:11-15 se deve ao modo hebraico de expressão através do qual um resultado real é indicado como se fosse intencional. Na Bíblia não há doutrinas perniciosas doutrinas esotéricas, incentivo às adivinhações, encantamentos, paranormalidades, e ou reserva intencional para confundir as verdades bíblicas no Novo ou no Velho Testamento. 

9 - Muitos mistérios bíblicos foram revelados aos homens através dos escritores da Bíblia. Os autores bíblicos, inspirados pelo Espírito Santo, consignaram por escrito a experiência fundamental da salvação e revelação de Deus, que começa no Antigo Testamento e termina no Novo Testamento. “Deus, que inspirou os livros de um e de outro Testamento e é seu autor, sabiamente dispôs que o Novo estivesse escondido no Velho e o Velho se tornasse claro no Novo”. A Bíblia é inspirada, não inventada. Ela contém as etapas da história da salvação de Deus até seu cume, o mistério pascal de Cristo, com o envio do Espírito Santo. Os primeiros cristãos reconheceram nos livros sagrados o essencial de sua experiência de Deus em Cristo e os canonizaram, tornando-os a norma para a vida da Igreja e do cristão. A Igreja crê que a Bíblia transmite a verdade para nossa salvação, a Palavra que Deus nos dirigiu, instruindo-nos sobre o seu mistério e comunicando-nos a graça de poder participar dele. Neste sentido, a Bíblia não erra, mas transmite a verdade mais preciosa para o ser humano: sua vocação à comunhão com Deus em Cristo. 

10 - Como o maior mistério da Bíblia foi revelado aos homens. O apóstolo Paulo disse: “Ao lerem o que escrevi, poderão entender a minha compreensão do mistério de Cristo, o qual, em outras gerações, não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos Seus santos apóstolos e profetas, pelo Espírito Santo”. Efésios 3:4, 5. 

11 - Jesus Cristo era o mistério que estava oculto, (João 1.1-5), 1. No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2. Ele estava no princípio com Deus. 3. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4. Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens; 5. e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Mas que foi revelado no tempo determinado por Deus, (Ef 3:4-5; Cl 1:26; Rm 16:26). Contudo, esse mistério não era totalmente desconhecido, porque já estava indicado nos escritos proféticos do Antigo Testamento, principalmente no livro do profeta Isaías, conhecido como o profeta Messiânico. Em relação às Escrituras, Jesus declarou: “São elas mesmas que testificam de Mim”, (Jo 5:39). O Antigo Testamento apontava para o futuro, indicando a vida e a missão de Cristo quando aqui viesse; e o Novo Testamento se reporta ao passado, revelando que Ele de fato veio e cumpriu tudo quanto estava escrito a Seu respeito. 

12 - A vida e obra de Jesus Cristo são o fundamento e o centro das Escrituras. Todos os milagres e histórias, todas as profecias e parábolas giram em torno dEle e de Seu plano para salvar os pecadores. As Escrituras declaram: “Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o Universo. O Filho …, é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do Seu Ser”. (Hb 1:1-3). 

13 - Assim, a revelação começada no Antigo Testamento continua no Novo e se concentra em Jesus Cristo, que é seu autor e também seu tema central. Podemos perceber esse fato desde o relato sobre a criação: “Pois Nele (em Jesus) foram criadas todas as coisas, nos Céus e sobre a Terra…”. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele” (Cl 1:16). A mesma ênfase também é encontrada na promessa final que Ele fez: “Certamente cedo venho”, (Ap 22:20). 

14 - De todas as formas pelas quais Deus Se revelou, aquela que nos veio por meio de Cristo é a mais completa e perfeita. Ele afirmou: “Quem vê a Mim vê o Pai”, (Jo 14:9). Quando as pessoas O viam demonstrar misericórdia, justiça, sabedoria e perdão, quando elas O observavam curar, ensinar, animar, fortalecer e consolar, estavam recebendo a mais clara revelação do caráter de Deus. Hoje, ao ler sua Bíblia, concentre-se em Jesus e agradeça a Deus o dom de Seu Filho e tudo o que Ele representa para sua vida e sua família. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

SÓ JESUS CRISTO SALVA

SÓ JESUS CRISTO SALVA.


I - Quem é Jesus Cristo? Jesus Cristo é Deus. O Evangelho de João nos revela essa verdade logo em suas primeiras palavras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, (João 1:1). A divindade de Jesus é afirmada de forma clara durante todo o Novo Testamento, onde lemos que a plenitude da divindade habita nele, pois Ele é a imagem do Deus invisível (2 Coríntios 4:4; Colossenses 1:15-19; 2:9). Além disso, Jesus possui os atributos divinos, (Mateus 28:18; Hebreus 1:3; Apocalipse 2:23). Ele também é designado com os mesmos nomes e títulos que Deus, o Pai, recebe no Antigo Testamento, ( Isaías 44:6; Apocalipse 1:17). Tudo o que existe foi criado por Ele e para Ele, (Colossenses 1:16). Ele tem poder para perdoar pecados, (Colossenses 3:13) e receber adoração (Hebreus 1:6). Ele próprio declarou: “Eu e o Pai somos um”, (João 10:30). Jesus Cristo é o Verbo que se fez carne. Se a Bíblia é clara ao afirmar que Jesus Cristo é Deus, da mesma forma ela é suficientemente clara ao afirmar a humanidade de Jesus. De fato, o mesmo texto que afirma sua divindade, também afirma sua humanidade, isto é, “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós”, (João 1:14). Dessa forma, entendemos que Jesus era plenamente homem e plenamente Deus. Qualquer ensino que negue essa verdade não é o verdadeiro Evangelho. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, afirma: “Cristo Jesus, homem”, (1 Timóteo 2:5). Portanto, Jesus experimentou as mesmas limitações que nós, como homens, experimentamos. Ele passou por sofrimentos, vontades, privações, dores, fome, cansaço, fraquezas etc. (Lucas 23:46; João 4:6-7; 6:38; 12:27). Porém, diferente de nós, Ele nunca pecou. Jesus Cristo é o nosso Salvador. A morte e ressurreição de Jesus foi o clímax do plano divino da redenção, um plano concebido por Deus ainda na eternidade, antes da fundação do mundo, (1 Pedro 1:19,20). É justamente nesse ponto, quando olhamos para sua obra redentora, que podemos entender por que Jesus precisava ser plenamente Deus e plenamente homem. Apenas sendo homem Ele poderia morrer pregado numa cruz, e apenas sendo Deus Ele poderia ser capaz de satisfazer a justiça divina e redimir o seu povo. Portanto, na cruz, Jesus Cristo, Deus e homem, fez o que ninguém mais seria capaz de fazer. Dessa forma, Jesus é muito mais do que apenas um bom exemplo a ser seguido, sua obra é muito maior do que qualquer ideia romântica de um martírio heroico. Diante da pergunta sobre quem é Jesus Cristo, só nos resta responder que Ele é o Emanuel, o Deus conosco, e sua obra está além de qualquer possibilidade humana. Mesmo sendo Deus, Ele substituiu homens ao se fazer maldito por eles morrendo numa cruz. Sim, é impossível responder quem é Jesus sem se lembrar de que Ele ocupou o lugar de miseráveis pecadores, recebeu o castigo que lhes era merecido, e os reconciliou com Deus. 
II – A mensagem de Salvação que Jesus trouxe ao mundo é que só o Senhor é Deus; é também que Jesus Cristo salva, cura, liberta, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará para arrebatar a Sua igreja. No ano de 2011 foi comemorado no Brasil o centenário de fundação das Igrejas Assembleias de Deus no Brasil. Queremos destacar a importância da mensagem pregada e a convicção dos primeiros missionários pentecostais a pregar tal mensagem no Brasil. Ainda no ano de 2011, nos dias 16 a 18 de junho a Igreja Assembleia de Deus em Belém no Pará, carinhosamente conhecida por Igreja Mãe, completou 100 anos de sua fundação pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren. 
A - A mensagem que eles começaram a pregar no Brasil era que Jesus Cristo Salva, Jesus Cristo Cura, Jesus Cristo Liberta, Jesus Cristo Batiza com o Espírito Santo e em breve Jesus Cristo voltará para arrebatar sua igreja. Esta mensagem deu sequência àquela que começou no livro de Atos dos apóstolos capítulo 1, versículo 8: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra". At. 1.8. 
B - Aqueles missionários mesmo não conhecendo bem nosso idioma, mas sabedores da chamada de Deus na vida deles, que era muito forte, começaram a pregar o que Deus lhes havia dado como missão no evangelho de João 3.16: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo. 3.16. Com estas palavras eu quero dizer para vocês que a mensagem do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é uma mensagem simples e fácil de qualquer pessoa assimilar; não tem nenhuma coisa difícil de se compreender nos evangelhos. 
C - Jesus Cristo quer salvar a todo aquele que n'Êle crer. Jesus Cristo quer libertar todo aquele que n'Êle crer. Jesus Cristo quer curar a todo aquele que n'Êle crer. Jesus Cristo quer Batizar com o Espírito Santo todo aquele que n'Êle crer. Por fim ele voltará para arrebatar todos aqueles que n'Ele crer. 
1 - Então a mensagem é de que alguém precisa crer em Cristo Jesus para acontecer algo diferente na vida daquela pessoa. As pessoas que observarem o que está no evangelho de Mateus capítulo 11. versos 28,29,30, que diz: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Mt. 11.29. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Mt. 11.30. 
2 - Parabéns ao povo Assembleiano e ao povo pentecostal do Brasil. O ide de Jesus não pode parar. "E disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Mc. 16.15. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Mc. 16.16. E estes sinais acompanharão (seguirão) aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; Mc. 16.17. Pegarão em serpentes, e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Mc.16.18. Em Mt. 11.30 Ele mesmo nos assegura: 'Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve. Tais pessoas que aceitarem o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador, vão verificar a força e o poder que envolve estas palavras que os missionários começaram a pregar e que fez com que uma nação conhecesse o poder de Deus para libertar o ser humano da escravidão do pecado. 
3 - A mensagem pentecostal que eles (os missionários Suecos, via Estados Unidos) trouxeram para o Brasil foi bem aceita e por esse motivo temos hoje em nossa nação um número tão grande de evangélicos pentecostais das Assembleias de Deus. 
4 - O desejo de experimentar um avivamento levaram as igrejas evangélicas pentecostais a pregar sobre o batismo no (ou com o) Espírito Santo. Quando iniciou o movimento conhecido da Rua Azuza, nos EUA, enfrentou resistência e preconceito, mas também atraiu multidões de diferentes raças e classes sociais, rompendo barreiras raciais dentro da igreja. O Avivamento da Rua Azusa foi marcado por manifestações extraordinárias do Espírito Santo, como línguas estranhas, curas e milagres. A notícia, rapidamente, se espalhou, e pessoas de várias partes do mundo viajaram para testemunhar e levar essa chama para seus países. 
5 - Houve um grande crescimento do movimento pentecostal no Brasil. O Brasil recebeu o pentecostalismo em 1910, quando os missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg chegaram a Belém do Pará. Ambos vieram movidos por um chamado divino e, apesar das dificuldades iniciais, iniciaram uma obra que transformaria o cristianismo no país. Gunnar Vingren era um pastor batista e teólogo dedicado, enquanto Daniel Berg era um ferreiro e evangelista. Quando chegaram ao Brasil, enfrentaram desafios como dificuldades financeiras, doenças tropicais e oposição de igrejas tradicionais e também o idioma, eles não falavam o nosso idioma. No entanto, por meio da oração e dedicação, começaram a pregar sobre a necessidade do batismo no Espírito Santo, reunindo pequenos grupos de fiéis. Esse movimento deu origem à Assembleia de Deus, que se tornaria a maior denominação pentecostal do Brasil. 
6 - Paralelamente, em 1911, Luiz Francescon fundou a Congregação Cristã no Brasil, dando início a outra vertente forte do pentecostalismo nacional. Com o passar das décadas, o movimento cresceu exponencialmente, dando origem a diversas igrejas e ramificações, como a Igreja do Evangelho Quadrangular, a Igreja Pentecostal Deus é Amor e, mais recentemente, as igrejas neopentecostais. 
7 - O Impacto do movimento pentecostal no Brasil Hoje. O pentecostalismo se espalhou pelo mundo e, atualmente, é uma das forças cristãs mais influentes. Em países da América Latina, África e Ásia, o crescimento é impressionante. No Brasil, estima-se que quase um terço dos evangélicos sejam pentecostais, o que demonstra a relevância desse movimento na vida das pessoas. As igrejas pentecostais continuam sendo espaços de transformação, onde vidas são restauradas, curas acontecem e a fé é renovada. Além disso, o louvor vibrante, a pregação fervorosa e a busca constante pela presença do Espírito Santo são características marcantes desse avivamento que nunca se apaga.
8 - O fogo do Espírito Santo continua fazendo a diferença nas igrejas evangélicas pentecostais do Brasil. O pentecostalismo não é apenas um movimento do passado, ele é vivo, dinâmico e segue impactando o mundo. Se há algo que essa história nos ensina, é que Deus continua operando maravilhas através do Espírito Santo na vida de todos os que nEle crer. O Cristão para ser salvo precisa buscar constantemente o fogo do Espírito Santo, para estar sempre abastecido do alimento espiritual de Jesus, porque só Jesus Cristo salva. 
9 – Os textos Bíblicos de Levítico 6.12,13; Provérbios 26.20ª, são textos que nos revelam que Deus é um Deus que responde com fogo quando os seus profetas clamam a Ele. O fogo (poder) de Deus está presente hoje na vida de cada crente. Ele acende a chama quando o Espírito Santo passa a habitar em nós, e zela tanto por isto que crescemos em graça enquanto andamos com ele. Portanto, “o fogo pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará…”. (Lv 6.12a). 
10 - Como Manter o Altar aceso e em Chamas flamejantes, não apagando o a chama do Espírito Santo. Você já estudou que o fogo é adequado para ser o símbolo do Espírito Santo? (Mt 3.11; At 2.3; Ap 4.5). O apóstolo Paulo adverte: “Não apagueis o Espírito”, (1Ts 5.19). O termo “… apagueis…” no original grego do verbo shennumi, significa “extinguir”, “apagar”, e que figuradamente significa “suprimir”. Era verbo usado para dar a idéia de “apagar fogo”, ou “ressecar coisas molhadas” para se tornarem secas. Também transmitia a idéia de tornar “inativas” muitas coisas. 
11 - Parece que a Igreja em Tessalonicenses era culposa de proceder de modo francamente oposto à igreja de Corinto. Os coríntios eram tendentes a excessos, a respeito das manifestações do Espírito Santo. Os cristãos em Tessalônica, estavam em perigo de sufocar toda operação do Espírito. Portanto, precisamos dar lugar às operações do Espírito de Deus, como também uma vida pura e limpa, pois Ele não pode operar através de um vaso sujo e comprometido com o pecado e com a sujeira mundana. 
12 - O Espírito Santo, como fogo, pode apagar-se por um motivo: Por falta de Combustível. Um fogo pode apagar-se simplesmente mediante a remoção do combustível, ou por falta de lenha. Desde o Antigo Testamento, a ordem de Deus era “o fogo pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará, mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã…”, (Lv 6.12). A lenha é o elemento usado para manter o fogo do altar aceso, a lenha pode manter a chama do fogo acesa por um período longo e constante. Para que o fogo do altar permaneça aceso é necessário colocar lenha todo dia. 
13 – Qual é o tipo de lenha que deve ser posta no fogo? Figuradamente três tipos de lenha: a. A nossa Oração. A lenha a ser posta no fogo é a nossa oração. “O combustível do crente”. A oração na vida do crente, não é questão de escolha ou opção, é uma questão de necessidade e sobrevivência espiritual. As Sagradas Escrituras dizem: “… sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”. (Lc 18.1). Diz que “… perseverai na oração.” (Rm 12.12b). Diz para “Perseverar em oração…”, (Cl 4.2). Diz também, “Orai sem cessar.” (1Tss 5.17). Quando perseveramos em oração: “o fogo pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará…”, (Lv 6.12a). Portanto mantenha a chama acesa e lembre-se: “Sem lenha, o fogo se apagará…”, (Pv 26.20a). b. A Palavra de Deus. A Palavra de Deus é o elemento principal para que o fogo permaneça aceso no altar da Igreja. Meditando e praticando a Palavra de Deus todos os dias estamos colocando lenha na fogueira do altar e assim não deixando sua chama apagar. A Palavra de Deus é Poderosa e Inflama. O Senhor disse. (Jr 23.29). “Não é a minha palavra como fogo? Os dois discípulos no caminho de Emaús, (Lc 24.32) disseram “porventura quando Ele (Jesus) falava não ardia em nossos corações?. “E disseram um para o outro: Porventura, não nos ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras” c. A nossa Consagração. (Lv 6.18).Pela própria experiência muitas pessoas sabem que lenha encharcada ao invés de alimentar o fogo, o apaga. Mesmo com o cuidado persistente da pessoa interessada, poderá haver apenas muita fumaça e ao cessar dos assopros, pode apagar-se. Vidas não consagradas são “lenhas encharcadas”, que resistem ao fogo do Espírito Santo. 
14 - Esta é a vontade de Deus. (1Ts 4.3). Vale ressaltar que todos os mandamentos (e comportamentos) que Paulo chama os santos a praticar em Efésios 5:18 a Efésios 6:19 estão no contexto de serem cheios do Espírito Santo: adoração, casamento, família, filhos, empregados, guerra espiritual, oração, todas estas situações exigem de nós dependência contínua do Espírito de Deus para uma conclusão bem-sucedida. Tentar cumprir qualquer um dos mandamentos do NT com nossas próprias forças leva ao fracasso e à frustração. “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação…”. É a razão da nosso chamado. (1Ts 4.7). “porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação” e esta é a condição essencial para ver o Senhor. (Hb 12.14). “… sem a santificação, ninguém verá o Senhor”. Também é a condição essencial para ter Comunhão com Deus. (Lv 19.2). “… Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. É também uma condição essencial para manter o altar em chamas. (Lv 6.12). “... o fogo pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará, mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã…”. 
15 - Quando o Espírito Santo de Deus não encontra o combustível da Oração, da Palavra, da Consagração para operar, o fogo então se apaga sem demora. A Sagrada Escritura diz: “Sem lenha o fogo se apagará…”. (Pv 26.20a). "Só Jesus Cristo pode salvar", devemos ter convicção de que Jesus é o único caminho para a salvação, como afirmado em passagens como João 14:6 e Atos 4:12. A salvação é entendida como o livramento do pecado e suas consequências, através da fé em Jesus, cujo sacrifício na cruz é visto como o resgate que perdoa os pecados da humanidade. Jesus é o único caminho, a Bíblia ensina que não há outro nome, ou outra pessoa, através do qual possamos alcançar Deus ou ser salvos. A salvação é através da fé,npara ser salvo é preciso ter fé em Jesus, crendo que Ele é o Filho de Deus e que morreu pelos nossos pecados. O sacrifício de Jesus não foi em vão, profeta Isaías enfatiza em Isaías 53 que Jesus, sendo perfeito e sem pecado, pagou o preço pelos pecados de toda a humanidade ao morrer na cruz, ressuscitando no terceiro dia. Através do dom da graça, a salvação foi nos dada como um presente de Deus, que é recebido pela graça através da fé, e não pelas obras. 
16 – Existe uma grande diferença entre acreditar e confiar. Não é suficiente apenas acreditar que Jesus existe; é preciso entregar a vida a Ele, confiando nEle como Único Salvador e Senhor pessoal. Aqueles que aceitam Jesus como salvador e Senhor recebem o Espírito Santo e vivem uma nova vida, com a promessa de vida eterna ao lado de Deus. João 14:6 diz: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim". Atos 4:12 diz: "Não há salvação em nenhum outro, pois debaixo do céu não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos". Romanos 10:9-10 diz: "Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação". Efésios 2:8-9 diz: "Pela graça vocês são salvos, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie". Portanto espalhe com todas as suas forças que “só Jesus Cristo salva”. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pastor Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

JESUS CRISTO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA

JESUS CRISTO É A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA.



O mundo está sem esperança de livramento, sem esperança de ser curado, sem esperança de ser perdoado, sem esperança de Salvação. O mundo está desassistido de esperança. As pessoas andam desesperançadas com a política, com os políticos, com a família, com os amigos enfim o mundo está sem esperança. Avançamos em nossas conquistas científicas, mas destruídos nosso habitat natural e nossas relações de amizade com os que se dizem ser nossos amigos. Os homens recebem educação, tornam-se eruditos, mas seu coração continua corrompido e inclinado para o mal. As filosofias eruditas levaram o mundo para o desespero. As escolas psicológicas não encontraram respostas aos conflitos da alma nem puderam dar paz ao coração. As religiões se multiplicam tentando abrir um caminho da terra ao céu, mas trazem mais desencanto. A única esperança da humanidade é sermos alcançados pela abundância da graça de Jesus. Ele é o caminho de volta para Deus. Ele é a porta do céu. Ele é o Mediador entre Deus e os homens. Ele é o Pão da vida. Jesus é o bom Pastor. Jesus é porta das ovelhas. Jesus é o Caminho, e a Verdade, e a Vida. Ele é a Ressurreição e a Vida, a Videira verdadeira, o Salvador, o Rei da glória, o Único que tem poder de oferecer vida e vida em abundância. 
A - Depois das saudações iniciais da sua primeira epístola, o apóstolo Pedro escreveu sobre Jesus como nossa única esperança e sobre a manifestação da graça de Deus em nossas vidas em toda a sua plenitude dizendo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo”, (1 Pedro 1:3-5). Em poucas palavras Pedro resumiu aspectos importantes da mensagem do evangelho de Jesus Cristo e da graça de Deus derramada abundantemente sobre a vida dos que creem no Caminho sobremodo excelente de servirmos a Cristo. 
B - Deus coopera para a nossa salvação. Aprendemos na Bíblia que há um só Deus, e também aprendemos que há três pessoas identificadas como Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Pela dificuldade de compreender perfeitamente a ideia de um só Deus em três pessoas, muitos têm criado outras doutrinas. Dificuldades em entender ou explicar um fato não são motivos para negar verdades reveladas. Pedro falou da participação dessas três pessoas cooperando para nossa salvação (1 Pedro 1:2-3). Sua mensagem é a mesma ensinada pelo apóstolo Paulo e pelo próprio Senhor Jesus Cristo. 
C - "A salvação é pela misericórdia de Deus. O entendimento dos fariseus no primeiro século, e de defensores de algumas religiões e filosofias nos dias atuais, é de salvação por obras de mérito, seja obediência perfeita à Lei dada aos israelitas ou as boas obras de caridade pela qual a pessoa se qualifica para a felicidade eterna. A mensagem do evangelho, porém, é outra. A nossa única esperança da salvação depende da graça de um Deus misericordioso e disposto a perdoar. Paulo disse: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2:8). 700 anos antes de Paulo, Isaías escreveu: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar”, (Isaías 55:7). 
1 - Deus nos dá vida pela ressurreição de Jesus. A ressurreição de Jesus é uma doutrina chave do evangelho. Paulo defende a ressurreição e admite abertamente que derrubar esta doutrina teria o efeito de destruir a fé cristã. “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé.... Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Coríntios 15:14,20,21). Quando Jesus ressuscitou e venceu a morte uma vez por todas, ele abriu a porta à vida eterna para todos que decidem segui-lo. 
2 - Deus nos oferece uma viva esperança. Pedro escreveu para pessoas perseguidas que enfrentavam a real possibilidade de serem mortas por causa da sua fé. Mas ele faz pouco caso deste perigo por confiar na viva esperança. Deus deu vida para Jesus e ressuscitará seus seguidores. 
3 - Há uma herança eterna reservada nos céus. As palavras usadas em 1 Pedro 1:4 e 5 mostram a enorme diferença entre a herança que Deus nos oferece e as heranças materiais desta vida. É uma herança perfeita e permanente. É importante observar onde Deus reserva essa herança: está, “reservada nos céus para vós outros”. Enquanto alguns distorcem a palavra para incentivar a fé em habitar em um paraíso terrestre, Pedro deixa bem claro que a herança que aguardamos está reservada nos céus. 
4 - O próprio Deus guarda os fiéis para a salvação. A linguagem de 1 Pedro 1:5 é bem parecida com um comentário que Paulo fez a Timóteo: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia”, (2 Timóteo 1:12). 
- A confiante esperança do cristão não depende do seu próprio mérito, e sim da graça do Deus que é poderoso para ressuscitar seu Filho, de nos regenerar espiritualmente e, no final, de nos ressuscitar para a vida eterna. Bendito seja Deus. 
6 - Origem da graça salvadora. Toda a graça está em Deus, (1 Pe 5.10) e nós recebemos a graça salvadora por intermédio de Jesus Cristo, nos comunicando tudo o que é dEle de maneira contínua. Moisés deu a lei, mas Jesus Cristo trouxe a graça. “Porque todos nós temos recebido de sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo”, (Jo 1.16-17). 
7 - Características da graça salvadora. A graça de Jesus tem diversas características que podem ser distinguidas na Palavra de Deus. Hoje abordamos temas que achamos muito importantes para a nossa postagem e que influenciam diretamente nossa comunhão com Deus, quais sejam, que a graça de Jesus é soberana. A lei não foi capaz de proporcionar a redenção, pelo contrário, com a lei o pecado ficou ainda mais evidente, mostrando a necessidade de uma redenção plena e total que veio mediante Jesus Cristo pela graça. A evidência do reino do pecado foi a morte; a evidência do reino da graça é a vida eterna pela justiça de Cristo. “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela a morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”, (Rm 5.20-21). 
8 – A graça de Jesus é superabundante. A graça de Jesus é infinitamente mais poderosa para o bem do que o pecado de Adão foi para o mal. Ela transbordou nos dando muito mais do que aquilo que o pecado de Adão nos tirou. “Entretanto, não há comparação entre a dádiva e a transgressão. Pois se muitos morreram por causa da transgressão de um só, muito mais a graça de Deus, isto é, a dádiva pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para muitos”, (Rm 5.15). 
9 – A graça de Jesus é multiforme e por isso os crentes em Cristo são abençoados com dons espirituais diversos ou capacitações especiais dadas pelo Espírito Santo para servirem uns aos outros e testemunharem como vivem as pessoas no reino de Deus. “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas”, (1 Pe 4.10). 
10 – A graça de Jesus, ela é suficiente. A graça de Deus é suficiente para vivermos uma vida vitoriosa em qualquer circunstância. Muitas vezes Deus nos abençoa nessa terra, não destruindo ou retirando um mal que nos aflige, mas, pela graça, transformando-o em motivo de fé, crescimento espiritual e testemunho. “Mas ele me disse: minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. (2 Co 12.9). 
11 - A graça de Jesus é eterna: Deus planejou e determinou a salvação da humanidade desde a eternidade. Portanto, salvação é um ato da graça imensurável do Senhor Jesus independentemente do esforço humano, mas baseada no sacrifício de seu filho Jesus Cristo. “…(Ele, Jesus)... nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras ou méritos, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos”, (2 Tm 1.9). a. Você já recebeu a graça salvadora de Jesus Cristo em sua vida? b. Você tem visto a graça operando em sua vida? c. Você tem orado e agradecido a Deus pela sua graça? d. A graça é tudo o que precisamos para viver uma vida vitoriosa. Não podemos, em momento algum, depender dos nossos esforços, capacidade, talentos naturais, etc., mesmo que sejam muito importantes, mas devemos depender única e exclusivamente da graça do Senhor Jesus que é capaz de suprir todas a nossas deficiências e necessidades. 
Deus abençoe você e sua família. 

 Pastor Waldir Pedro de Souza. 
 Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.