DEUS
LIVRA O POVO DE ISRAEL DO EXTERMÍNIO TOTAL
Desde a Antiguidade até a criação do Estado de Israel, no
século XX, os judeus sempre percorreram e ocuparam diferentes regiões pelo
mundo. Por onde passaram e se fixaram, acabaram exercendo grandes atividades
intelectuais, comerciais ou foram perseguidos pelas populações locais.
Na Antiguidade Oriental (Oriente Médio), os hebreus, também
chamados de judeus ou israelitas, habitavam Canaã (território do
atual Estado de Israel). Essa civilização deixou como herança para o mundo
ocidental sua conduta moral e ética, que influenciou o surgimento de duas das
principais religiões da atualidade: o judaísmo e o cristianismo.
Os hebreus são de origem semita (povos que surgiram na Ásia,
descendentes de Noé). Segundo a Bíblia, os hebreus, em razão da seca
(fome), migraram para o Egito (ficando 400 anos), onde foram escravizados pelos
egípcios. A civilização hebraica, liderada por Moisés, retornou à Canaã
(Êxodo).
No ano de 935 a.C., com a morte do rei Salomão, filho de Davi, ocorreu a
divisão entre as doze tribos de Israel, constituindo a formação de dois
Estados: o Reino de Israel (dez tribos do norte) e o Reino de
Judá (duas tribos do sul). Os habitantes do Reino de Israel ficaram
conhecidos como israelitas; e os habitantes do Reino de Judá foram chamados de
judeus.
Após a divisão das doze tribos de Israel, enormes crises sucederam no ano de
721 a. C. Os assírios submeteram o Reino de Israel ao seu domínio, fato que
levou ao desaparecimento das dez tribos. No ano de 596 a.C., o rei babilônico
Nabucodonosor conquistou o Reino de Judá, submetendo-o ao chamado ‘Cativeiro da
Babilônia’ (judeus prisioneiros na cidade-estado da Babilônia).
Os judeus foram libertados da Babilônia no
ano de 538 a.C., após a conquista persa. Posteriormente, a civilização judaica
retornou à Canaã, região que passou a ser dominada, no ano de 332 a.C., por
Alexandre, rei da Macedônia.
Em 63 a.C., os macedônicos e Canaã foram
conquistados pelos romanos; e os judeus organizaram revoltas duramente
repreendidas por Roma. Sendo expulsos da Palestina, saíram em diáspora
(dispersão) pelo mundo.
Ocupando diferentes regiões pelo mundo, os
judeus conviveram em pequenas comunidades. Apesar de não possuírem um Estado
(território), eram considerados uma nação (povo) e procuravam conservar sua
identidade cultural por meio da língua, religião, costumes e hábitos.
Na Europa medieval, ocuparam
principalmente a região da Península Ibérica (Portugal e Espanha). Antes do ano
1000 d.C, tinham liberdade religiosa e influenciaram o desenvolvimento cultural
e científico. No ano de 1095 d.C começaram a ser perseguidos pelos cristãos,
porque a Igreja Católica julgou os judeus como responsáveis pela morte de Jesus
Cristo. A partir desse fato, a civilização judaica sofreu constantes ataques
nas cidades europeias; enclausurando-se nos guetos, milhares de judeus foram
vítimas da “Santa Inquisição”, (Tribunal da Igreja Católica que julgava os
hereges).
A partir da Idade Moderna, os judeus foram expulsos da Península Ibérica. A
grande maioria das comunidades judaicas teve que se instalar em regiões
protestantes (norte da Europa). Após o advento dos Direitos Universais do
Homem, durante a Revolução Francesa, os judeus passaram a gozar de certa
liberdade religiosa e desenvolveram várias atividades no continente europeu, em
diversos setores, tais como: bancos e indústrias; além de atividades
intelectuais, como: ciências, artes e filosofia, (principalmente).
Com grande ascensão econômica e intelectual, no século XIX, vários países
começaram a acusar a comunidade judaica de querer dominá-los, assim também
aconteceu no passado no Egito, quando o povo Hebreu foi escravizado. Nesse
contexto, começaram a surgir ideias de aversão e preconceito contra os judeus
(o antissemitismo). Ainda no século XIX, surgiu entre a civilização judaica o
desejo de retornar ao seu território de origem, a Palestina, e criar um Estado
Judaico nesse território. Na era do ‘Sionismo’, milhares de judeus retornaram,
fugindo do antissemitismo europeu.
No século XX, a comunidade judaica foi vítima
de uma das maiores atrocidades da história, o chamado holocausto.
Instituído pelo líder nazista Adolf Hitler, durante a II Guerra Mundial
(1939-1945), seis milhões de judeus foram submetidos aos campos de concentração,
sendo torturados e mortos.
Após o término da guerra, o movimento sionista reivindicou à Organização das
Nações Unidas (ONU) a criação do Estado de Israel na Palestina. No ano de 1948,
foi criado o Estado Judeu, contrariando os palestinos e árabes que viviam na região
e milhares de judeus retornaram para suas terras em Israel. A partir da criação
do Estado de Israel, vários conflitos étnicos e guerras passaram a ser
constantes na região conhecida como faixa de Gaza.
Israel
nos tempos modernos.
O
conflito entre Israel e Palestina ( povos e nações Árabes) existe há muitos
anos. Em 2021, uma nova escalada de violência foi motivada por ameaças de
despejos de famílias palestinas. Você não compreende o que está acontecendo na
região? Realmente, recapitular os muitos capítulos do conflito não é uma tarefa
fácil. Destacamos a seguir os 4 principais pontos para a compreensão de um dos
maiores dilemas da humanidade na historicidade moderna.
1 –
Criação do Estado de Israel foi o estopim de grande beligerância entre Árabes e
Judeus. O conflito entre os dois povos remonta à criação do Estado de Israel.
Desde a década de 1940, um novo movimento sionista defendia a
fundação de um Estado judeu na Palestina que, na ocasião estava sob domínio
inglês. A criação de um Estado judeu seria uma resposta ao Holocausto nazista,
que dizimou essa população e também ciganos, homossexuais e dissidentes
políticos.
Em
29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprova a divisão
da Palestina em dois estados: um judeu e outro árabe. Líderes judeus aceitam a
resolução da ONU, mas os países árabes não. Na época, viviam na região 1,3
milhão de árabes e 600 mil judeus.
As
tropas britânicas deixam a Palestina e grupos sionistas começam a
organizar o Estado judeu. Em 14 de maio de 1948, o presidente da Agência Judia
para a Palestina, David Ben-Gurion, anuncia a formação do Estado de
Israel.
O
diplomata e político brasileiro Oswaldo Aranha (1894-1960) presidiu a
sessão da ONU que deliberou sobre quais porções de terra ficariam com a
Palestina e quais com o novo estado, o de Israel.
2 –
Origens históricas do conflito e a Diáspora judaica.
Essa
história, porém, não tem início no século 20. É um conflito que remonta à
Antiguidade. E é importante ter em mente que a história do povo judeu, como a
de outros povos e religiões, inflexiona mitos e registros históricos mesmo
porque, na Antiguidade a História não era uma ciência como hoje e nem tinha
como função o apego aos fatos, mas, sim, a construção ou destruição de
reputações, de povos e de civilizações.
A
nossa explicação aqui não pretende ser a definitiva nem tampouco esgotar a
história.
Ainda
na Antiguidade, os grupos judeus dividiram-se em dois reinos: o
de Israel e o de Judá. A cisão se deu em decorrência dos
diferentes conflitos entre esses povos, que, por sua vez, os tornou mais
vulneráveis às invasões estrangeiras, estamos falando da Antiguidade, não se
esqueça disso.
Israel
foi dominada pelos assírios, submetendo os povos judeus da região à sua
cultura. O Reino de Judá conseguiu manter-se independente até que no 596 a.C., veio
a dominação pela Mesopotâmia.
A
libertação dos judeus após meio século e a retomada das terras na região da
Palestina, no entanto, não significou paz e liberdade. Houve ainda outros
processos de dominação pelos macedônicos, liderados por Alexandre, O
Grande e pelo Império Romano, em 63 a.C., que tornou a Judeia um reino
associado.
Apesar
de viver sob domínio romano, a Judeia pôde preservar sua cultura até a ascensão
do Cristianismo, no ano 70 d.C., quando ocorre, então, a diáspora judaica. Os
judeus que não viviam exclusivamente na Judeia ao longo dos séculos, espalharam-se
pela Europa, formando dois ramos: o sefardita, na Península Ibérica, na
Holanda e na Turquia e asquenazi, a maioria deles no Leste Europeu.
A
vida no Velho Mundo, no entanto, não seria fácil. Os judeus foram expulsos da
Península Ibérica no século 16, por causa da Inquisição, e da
Inglaterra. Parte dos judeus sefarditas, imigrou para o Brasil, ajudando a
constituir parte da identidade cultural dos estados da região Nordeste.
O
antissemitismo e as guerras europeias levam a uma nova onda de
imigrações na primeira metade do século 20 para todo o continente americano, em
especial os Estados Unidos, a Argentina, país que também sofre forte influência
judaica, e o Brasil.
3 –
Guerras e conflitos mais recentes entre Árabes e Israel.
A
criação do Estado de Israel, todavia, muda o eixo da imigração judaica.
Judeus de vários países europeus adotam o novo país como sua pátria. O aumento
da população judaica em uma nova nação num território que há séculos era de
maioria árabe leva a guerras imediatas.
Os
povos árabes do Oriente Médio iniciaram uma ofensiva contra o Estado de Israel
no mesmo ano de sua criação. A Primeira Guerra Árabe-Israelense foi
liderada por Egito, Líbano, Síria e Transjordânia (hoje, Jordânia) contra o
Estado de Israel que contou com o apoio militar dos Estados Unidos. Após o
armistício na região, Israel ocupou novas áreas pertencentes aos palestinos.
Depois,
vieram outras guerras, como a de Suez (1956), dos seis dias (1967)
e do Yom Kippur (1973). A ascensão de forças radicais e
fundamentalistas religiosos no mundo árabe e da direita nacionalista em Israel
foi levando a uma crescente tensão.
4 –
Questão Palestina.
Do
mesmo modo que o movimento sionista advogava um Estado israelense, a Palestina
luta por seu reconhecimento como estado independente. Isso, no entanto, passa
pela disputa em torno da cidade de Jerusalém, que o Estado palestino,
composto formalmente pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia e
reconhecido por 138 dos 193 membros da ONU advoga como sua capital.
No
entanto, Jerusalém é um ponto turístico religioso sagrado para as
três grandes religiões monoteístas: o islamismo, o judaísmo e
o cristianismo.
A
expansão de Israel e seu poderio bélico tem levado a críticas mais severas ao
estado israelense algumas das quais chegam a considerar a ação de Israel como
incompreensível.
5 - A
perseguição ao povo Judeu e o desejo de extermina-los da face da terra, vem
desde os tempos antigos.
Depois
de vencer várias guerras eis que o povo Judeu estava na escravidão novamente no
tempo da Rainha Ester. O povo Judeu foi ameaçado de extermínio por Hamã,
primeiro ministro do rei Assuero. Vamos analisar sobre estes fatos, porém veja
como Deus trata o seu povo que é chamado de “a menina dos olhos de Deus”.
O
Salmo 124 nos fala de um grande livramento.
1. Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso
lado, ora, diga Israel:
2. Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso
lado, quando os homens se levantaram contra nós,
3. eles, então, nos teriam engolido vivos,
quando a sua ira se acendeu contra nós;
4. então, as águas teriam trasbordado sobre
nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma;
5. então, as águas altivas teriam passado
sobre a nossa alma.
6. Bendito seja o Senhor, que não nos deu por
presa aos seus dentes.
7. A nossa alma escapou, como um pássaro do
laço dos passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.
8. O nosso socorro está em o nome do Senhor,
que fez o céu e a terra.
O
Salmo 121 nos fala da proteção constante de Deus para com Seu povo. Salmos
121.1-8.
1. Elevo
os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro?
2. O
meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.
3.
Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará.
4.
Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.
5. O
Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.
6. O
sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite.
7. O
Senhor te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma.
8. O
Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.
Na
atualidade o povo mais perseguido do planeta terra são os Cristãos, os Judeus e
seu país de origem, Israel.
Nunca
se esqueça que o inimigo do povo de Deus é astuto e peleja em todo tempo para
destruir aqueles que amam a Deus. Desde o início da humanidade tem sido assim,
porém a derrota final de Satanás acontecerá e isto será pelo próprio Senhor
Jesus no final da grande tribulação.
No
tempo da rainha Ester Deus livrou o povo Judeu do extermínio total
O
livro de Ester nos relata sobre o plano oficial de Hamã, primeiro ministro do
rei Assuero, esse plano era para exterminar o povo Judeu da face da terra.
Vamos
ver a história do Rei Xerxes conhecido como Assuero no livro de Ester. O seu
principal oficial e político da dinastia Medo Persa no reinado de Assuero era o
maldoso e cruel Hamã, que se tornou seu primeiro ministro. Veremos como este
elemento projetou a maior traição ao povo Judeu que naquela época estava sob
domínio do Rei Assuero (Xerxes).
O
rei Assuero foi o governante da Pérsia (Atual Irã) entre 486 e 465 a.C.
Ele é mais conhecido como Xerxes, seu nome grego, pelo qual aparece em
relatos extrabíblicos, sendo que é apenas no livro de Ester que ele é
mencionado como Assuero.
Alguns
estudiosos consideram que o nome “Assuero” poderia ter sido um tipo de título
real que os monarcas persas recebiam, mas não há consenso sobre isso. O
rei Assuero foi filho de Dario I, neto de Ciro e o pai de Artaxerxes I, o mesmo
Artaxerxes que aparece no contexto de Esdras e Neemias (Ed 7:1; Ne 2:1).
O
reinado de Xerxes (Assuero).
Segundo
os relatos bíblicos, o rei Assuero governou um império grande e imponente
que compreendia um território desde a Índia até a Etiópia, com 127 províncias.
Ele ascendeu ao trono por designação do pai, já que não era o filho
primogênito. Quando comparado os relatos bíblicos com possíveis fontes
históricas extrabíblicas, o rei Assuero era uma pessoa vaidosa,
excêntrica e volúvel; gostava de muitas bebidas e de suas longas festas de até
seis meses para agradar os líderes de outros povos vizinhos.
Em
482 a.C. ele precisou enfrentar uma rebelião na Babilônia, na qual a cidade foi
parcialmente comprometida. A partir de 480 a.C., Xerxes empreendeu várias
campanhas militares contra a Grécia. Um dos embates mais conhecidos de
Xerxes foi contra Leónidas de Esparta.
O
rei Assuero também enfrentou uma derrota difícil quando suas tropas perderam a
batalha em Salamina e em Samos. Alguns estudiosos consideram que o evento
citado no capítulo 1 do livro de Ester teve a finalidade de planejar
as campanhas do Império da Pérsia contra os gregos.
Na
sequência de seu reinado houve uma dedicação em relação à construção do novo
palácio de Persépolis, além de também ocorrerem várias intrigas em sua corte. O
rei Assuero foi assassinado em seus próprios aposentos, muito provavelmente em
agosto de 465 a.C.
O
Rei Assuero (Xerxes) na Bíblia.
O
rei Assuero aparece em citações diretas e indiretas em livros do Antigo
Testamento. Em Esdras 4:6-23, Xerxes é mencionado quando o autor do livro
descreve um contexto de oposição à reconstrução dos muros da cidade de
Jerusalém.
Alguns
estudiosos sugerem que o rei mencionado nessa passagem bíblica fosse Cambises,
sucessor de Ciro, porém essa hipótese é bastante improvável.
Já a
referência no livro de Ester é a mais conhecida e detalhada sobre o rei Assuero
em toda a Bíblia. Na Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento), Assuero é
chamado de Artaxerxes, porém o personagem em questão é o próprio Xerxes.
No
livro de Daniel o rei Assuero também é mencionado, apesar de não aparecer seu
nome. Ele é o quarto rei da revelação dada ao profeta
Daniel registrada no capítulo 11 de seu livro. (Dn 11:2).
Em
Daniel 9:1, no capítulo famoso por conter a profecia das setenta semanas,
o nome Assuero também é citado, porém não se trata do mesmo Assuero de Ester.
Nesse caso, o profeta se refere ao pai de Dario. Essa é uma das referências que
apontam para a possibilidade de Assuero ter sido um título e não um nome
pessoal.
A
história do rei Assuero e da rainha Ester.
Assuero,
o rei da Pérsia, certo dia realizou um banquete a todo povo na fortaleza de
Susã, um palácio fortificado que se elevava em cerca de quarenta metros acima
da cidade de Susã. Essa era uma das três capitais persas e servia de residência
real de inverno.
Na
ocasião estavam presentes os poderosos da Pérsia e Média e seus servos. Após
sete dias de festividades, Assuero mandou chamar a rainha Vasti, que também
dava um banquete às mulheres na casa real.
A
convocação do rei Assuero era para que Vasti entrasse em sua presença usando a
coroa real, para que pudesse mostrar aos povos e aos príncipes a sua beleza,
porque era muito formosa. (Et 1:11).
Muito
tem sido especulado sobre os motivos que fizeram com que a rainha Vasti se
recusasse a atender ao pedido do rei, porém o texto hebraico não fornece
nenhuma explicação. Alguns estudiosos sugerem que ela poderia ter alguma
deformação, mas isso parece improvável visto que o texto aponta a sua beleza.
Antigos
intérpretes judeus acreditam que é possível que a ordem de Assuero fosse para
que ela comparecesse totalmente despida, usando apenas a sua coroa. Apesar de o
texto dizer que o rei Assuero já estava alterado por conta de já haver ingerido
muito vinho (Et 1:10) e tal atitude parecer possível diante das circunstâncias
e de seu característico comportamento, não há nenhum indício no texto bíblico
sobre essa possibilidade.
De
qualquer forma, somente o fato de ter que comparecer em uma festa só de homens
já seria motivo suficiente para a rainha Vasti ter entendido o pedido como um
tipo de humilhação. Tudo o que sabemos é que a rainha Vasti não compareceu e o
rei Assuero a destituiu em aproximadamente 483 a.C. Também é possível que mais
tarde Assuero tenha se arrependido do que fez. (Et 2:1).
Quando a rainha Ester começou a reinar.
Foi
muito provavelmente em 478 a.C. que o rei Assuero colocou Ester no lugar de
Vasti como sua rainha. Esse relato do texto bíblico parece se encaixar com
a descrição do historiador grego Heródoto de que Xerxes manifestou grande
interesse em seu harém logo após a desastrosa campanha contra os gregos.
O
mesmo Heródoto identifica a esposa de Xerxes como sendo Amestris. Alguns tentam
identificar essa Amestris como sendo a Vasti citada no livro de Ester, ou a
própria Ester, porém é muito improvável que Amestris tenha sido qualquer uma
delas. Talvez Amestris tenha sucedido Ester mais tarde.
A
importante posição de Ester foi muito significativa para que o plano de Hamã em
aniquilar os judeus não tivesse sucesso. Na ocasião, Mardoqueu
reconheceu que o fato de Ester ter sido aceita como rainha poderia ser
uma providencia divina para que ela pudesse agir em favor dos judeus. (Et
4:14).
Outras
informações importantes sobre a história de Ester.
O
rei Assuero (Xerxes) honrou a Hamã, filho de Hamedata, descendente de Agague,
promovendo-o e dando-lhe uma posição mais elevada do que a de todos os demais
nobres. Todos os oficiais do palácio real curvavam-se e prostravam-se diante de
Hamã, conforme as ordens do rei.
Mardoqueu
(ou Mordecai), porém, não se curvava nem se prostrava diante dele.
Então
os oficiais do palácio real perguntaram a Mardoqueu: "Por que você
desobedece à ordem do rei? " Dia após dia eles lhe falavam, mas ele não
lhes dava atenção e dizia que era Judeu. Então contaram tudo a Hamã para ver se
o comportamento de Mardoqueu seria tolerado.
Quando
Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava diante dele como era o
costume da época, ficou muito irado. Contudo, sabendo quem era o povo de
Mardoqueu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma
de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de
Xerxes.
No
primeiro mês do décimo segundo ano do reinado do rei Xerxes, no mês de nisã,
lançaram o pur (de purim), isto é a sorte, na presença de Hamã para escolher um
dia e um mês para executar o plano, e foi sorteado o décimo segundo mês, o mês
de adar, mais precisamente, 7 de março.
Então
Hamã disse ao rei Xerxes: "Existe certo povo disperso e espalhado entre os
povos de todas as províncias de teu império, cujos costumes são diferentes dos
de todos os outros povos e que não obedecem às leis do rei; não convém ao rei
tolerá-los.
Se
for do agrado do rei, que se decrete a destruição deles; e colocarei trezentas
e cinquenta toneladas de prata na tesouraria real à disposição para que se
execute esse trabalho".
Então
o rei tirou seu anel-selo do dedo ou anel de selar, deu-o a Hamã, o inimigo dos
judeus, filho de Hamedata, descendente de Agague, e lhe disse: "Fique com
a prata e faça com o povo o que você achar melhor".
Assim,
no décimo terceiro dia do primeiro mês os secretários do rei foram convocados.
Hamã ordenou que escrevessem cartas na língua e na escrita de cada povo aos
sátrapas do rei, aos governadores das várias províncias e aos chefes de cada
povo. Tudo foi escrito em nome do rei Xerxes e selado com o seu anel real.
As
cartas foram enviadas por mensageiros a todas as províncias do império com a
ordem de exterminar e aniquilar completamente todos os judeus, jovens e idosos,
mulheres e crianças, num único dia, o décimo terceiro dia do décimo segundo
mês, o mês de Adar, e de saquear os seus bens.
Uma
cópia do decreto deveria ser publicada como lei em cada província e levada ao
conhecimento do povo de cada nação, a fim de que estivessem prontos para aquele
dia. Por ordem do rei, os mensageiros saíram às pressas, e o decreto foi
publicado na cidadela de Susã. O rei e Hamã assentaram-se para beber, mas a
cidade de Susã estava confusa.
Quando
Mardoqueu (ou Mordecai) soube de tudo o que tinha acontecido, rasgou as vestes,
vestiu-se de pano de saco e cinza, e saiu pela cidade, chorando amargamente em
alta voz. Foi até a porta do palácio real, mas não entrou, porque ninguém
vestido de pano de saco tinha permissão de entrar. Em cada província onde
chegou o decreto com a ordem do rei, houve grande pranto entre os judeus, com
jejum, choro e lamento. Muitos se deitavam em pano de saco e em cinza.
Quando
as criadas de Ester e os oficiais responsáveis pelo harém lhe contaram sobre
Mardoqueu, ela ficou muito aflita e mandou-lhe roupas para que ele as vestisse
e tirasse o pano de saco; mas ele não quis aceitá-las. Então Ester convocou
Hatá, um dos oficiais do rei, nomeado para ajudá-la, e deu-lhe ordens para
descobrir o que estava perturbando Mardoqueu e porque ele estava agindo assim.
Hatá foi a Mardoqueu na praça da cidade, em frente à porta do palácio real.
Mardoqueu
contou-lhe tudo o que lhe tinha acontecido e quanta prata Hamã tinha prometido
depositar na tesouraria real para a destruição dos judeus. Deu-lhe também uma
cópia do decreto que falava do extermínio, que tinha sido anunciado em Susã,
para que ele o mostrasse a Ester e insistisse com ela para que fosse à presença
do rei implorar misericórdia e interceder em favor do seu povo. Hatá retornou e
relatou a Ester tudo o que Mardoqueu tinha dito.
Então
ela o instruiu que dissesse o seguinte a Mardoqueu: "Todos os oficiais do
rei e o povo das províncias do império sabem que existe somente uma lei para
qualquer homem ou mulher que se aproxime do rei no pátio interno sem por ele
ser chamado: será morto, a não ser que o rei estenda o cetro de ouro para a
pessoa e lhe poupe a vida. E eu não sou chamada à presença do rei há mais de
trinta dias".
Quando
Mardoqueu recebeu a resposta de Ester, mandou dizer-lhe: "Não pense que
pelo fato de estar no palácio do rei, de todos os judeus só você escapará,
pois, se você ficar calada nesta hora, socorro e livramento surgirão de outra
parte para os judeus, mas você e a família de seu pai morrerão. Quem sabe se
não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha”?
Então,
Ester mandou esta resposta a Mardoqueu: "Vá reunir todos os judeus que
estão em Susã, e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e
três noites. Eu e minhas criadas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao
rei, ainda que seja contra a lei”.
A posição da Rainha Ester diante da possibilidade iminente de ser morta.
Disse
ela: “Se eu tiver que morrer, morrerei".
Mardoqueu
retirou-se e cumpriu todas as instruções de Ester para livrar os Judeus de uma
iminente destruição.
As
providências de Deus em favor do seu povo. O rei manda executar o traidor Hamã.
Então
o rei e Hamã foram ao banquete com a rainha Ester, e, enquanto estavam bebendo
vinho no segundo dia, o rei perguntou de novo: "Rainha Ester, qual é o seu
pedido? Você será atendida. Qual o seu desejo? Mesmo que seja até a metade do
reino, isso lhe será concedido".
Então
a rainha Ester respondeu: "Se posso contar com o favor do rei, e se isto
lhe agrada, poupe a minha vida e a vida do meu povo; este é o meu pedido e o
meu desejo. Pois eu e meu povo fomos vendidos para destruição, morte e
aniquilação. Se apenas tivéssemos sido vendidos como escravos e escravas, eu
teria ficado em silêncio, porque nenhuma aflição como essa justificaria
perturbar o rei".
A rainha Ester dá a conhecer ao rei quem era o traidor.
O
rei Assuero (Xerxes) perguntou à rainha Ester: Quem se atreveu a uma coisa
dessas? Onde está ele?
Respondeu
Ester: "O adversário e inimigo é Hamã, esse perverso". Diante disso,
Hamã ficou apavorado na presença do rei e da rainha. Furioso, o rei
levantou-se, deixou o vinho, saiu dali e foi para o jardim do palácio.
E
percebendo Hamã que o rei já tinha decidido condená-lo, ficou ali para implorar
por sua vida à rainha Ester. E voltando o rei do jardim do palácio ao salão do
banquete, viu Hamã caído sobre o assento onde Ester estava reclinada.
E
então exclamou: "Chegaria ele ao cúmulo de violentar a rainha na minha
presença e em minha própria casa? "Mal o rei terminou de dizer isso,
alguns oficiais cobriram o rosto de Hamã.
E um
deles, chamado Harbona, que estava a serviço do rei, disse: "Há uma forca
de mais de vinte metros de altura junto à casa de Hamã, que ele fez para
Mardoqueu, que intercedeu pela vida do rei".
A sentença do rei Assuero contra o traidor Hamã.
Então
o rei ordenou: "Enforquem-no nela". Assim Hamã morreu na forca que
tinha preparado para Mardoqueu; e a ira do rei se acalmou.
Ester
7:9-12 registra os momentos finais da derrota de Hamã e da vitória de Ester,
Mordecai e do povo Judeu. A mão de Deus e o poder de Deus entraram em ação para
salvar o povo Judeu das garras do destruidor.
"Então
disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a
forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara
em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o
(Hamã) nela. Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado
para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou”.
É
óbvio que os papéis de Mardoqueu e Hamã eram reversos. Hamã, o segundo homem no
comando e o homem que planejou destruir toda a nação judaica e enforcar
Mardoqueu, terminou enforcado na forca que ele mesmo tinha preparado para
Mardoqueu (ou Mordecai). Mais ainda, como está no último versículo do livro de
Ester, (Ester 10:1-3) nos diz, Mardoqueu, o homem que confiou em Deus, foi
feito o segundo no comando, tomando o lugar de Hamã. Finalmente, como o décimo
terceiro dia do décimo segundo mês foi definido como a total destruição dos
judeus, o rei não apenas cancelou essa ordem mas também inverteu a situação.
Foi feito um
novo decreto para livrar o povo Hebreu da morte decretada por Hamã em nome do
rei.
As
novas ordens ou novos decretos que o novo ministro Mardoqueu enviou para o povo
Judeu em nome do rei e da Rainha Ester: Ester 8:11-12.
"Nelas
o rei concedia aos judeus, que havia em cada cidade, que se reunissem, e se
dispusessem para defenderem as suas vidas, de suas famílias, e para destruírem,
matarem e aniquilarem todas as forças do povo e da província que viessem contra
eles, crianças e mulheres, e que se saqueassem os seus bens. Num mesmo dia, em
todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês
de Adar”.
Foi
realmente uma grande libertação de Deus que tivemos! Mardoqueu o homem que
confiou em Deus, começou lamentando e sob a ameaça de ser enforcado por Hamã,
mas terminou glorificado por seus inimigos, e assumindo a posição do segundo no
comando. De maneira similar, os judeus começaram “chorando e lamentando” e
terminaram festejando (Ester 8:17) e seus inimigos destruídos. (Ester 9:1).
Ao
contrário, Hamã o que confiou em seu próprio poder, começou como segundo no
comando, alegre e preparando o enforcamento de Mardoqueu, mas terminou
lamentando e por consequência enforcado na forca que ele tinha preparado para
Mardoqueu.
Terminando
este breve relato do livro de Ester, poderíamos dizer que esta lição é a mesma
lição que é oferecida em muitas outras partes da Palavra de Deus, isto é, a
Palavra de Deus é verdadeira Palavra, uma Palavra que não pode ser quebrada
apesar das forças contrárias exercidas pelo poder humano e maligno. De fato,
aqueles que, como Mardoqueu, confiam nEle, “não serão confundidos”, (Isaías,
49:23) mas eles serão como a árvore plantada junto às águas, que estende as
suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha
fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar seus frutos".
(Jeremias 17:8).
Para
concluir vejamos o que nos diz o Salmista com relação aos que confiam no Senhor
como fez a Rainha Ester: Salmo 37:3-7,9,11.
"Confia
no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás
alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu
coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará. E ele fará
sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia. Descansa no
Senhor, e espera nele, porque aqueles que esperam no Senhor herdarão a terra,
os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz".
Que
Deus possa abençoar nossa nação e que Ele possa usar homens e mulheres tementes
a Ele para libertar o povo brasileiro das tramas diabólicas que sempre tentam
se impor para destruir nosso país e querem a qualquer custo destruir
principalmente aqueles que são tementes a Deus. Deus dará o escape; Deus dará
livramento; Deus dará a vitória para o Seu povo como no tempo da rainha Ester.
Deus
abençoe você e sua família.
Pr. Waldir
Pedro de Souza.
Bacharel
em Teologia, Pastor e Escritor.