segunda-feira, 15 de maio de 2023

RIQUEZAS, PROSPERIDADE E LIBERTAÇÃO

RIQUEZAS, PROSPERIDADE E LIBERTAÇÃO

 

Será que existe a teologia da prosperidade?Será que existe a teologia da libertação? Será que os adeptos da teologia da libertação são realmente libertos?

O sábio Salomão nos dá alguns ensinamentos a respeito destas perguntas em Eclesiastes capítulo 3 e em Eclesiastes 9.2.

Algumas coisas importantes contra a teologia da prosperidade e da teologia da libertação que devemos observar em nosso dever cotidiano para não sermos enganados.

Será que existe o dom de adquirir riquezas? Será que existe o dom de prosperidade?Números 6.22-27.

Partindo do princípio de que Jesus é o nosso supridor de tudo e de todas as coisas, podemos dizer que o dom de adquirir riquezas e o dom de prosperidade nos são dados com muito sacrifício, muito trabalho, muita sinceridade e muita fidelidade diante de Deus.

Podemos ter algumas coisas a mais quando dedicamos nossa gratidão a Deus em tudo e por tudo. Sendo fiéis no pouco e no muito mediante a fé e mediante a nossa obediência diante de Deus em tudo o que Deus nos dá abundantemente ou quando faltar tudo. Deuteronômio 28.1-14 e 2 Coríntios 9.1-15, nos dão um parâmetro sobre estes assuntos.

O apóstolo Paulo diz: "Porque nós não somos, como muitos, que ganham falsificando a palavra de Deus, antes a falamos em Cristo com sinceridade, antes como de Deus na presença de Deus". (2Co 2.17).

1 – Deus é soberano. Deus não é seu ou nosso empregado. “De Deus não se zomba, tudo que o homem semear, isso também ceifará”.

2 - A conversão de Zaqueu não foi nada lucrativa para ele. Zaqueu resolveu devolver até metade dos seus bens depois do encontro com Jesus.

3 - Cristãos também ficam doentes, também ficam tristes, também se sentem sozinhos, a grande maioria dos cristãos são pobres e nem por isso deixam de dar glórias a Deus.

4 - Ímpios também prosperam emocional, física e financeiramente. Grande maioria dos ímpios prosperam com riquezas mal adquiridas. Eclesiastes 3.

5 - Ter fé não é tão necessário para se dar bem na vida material; é só trabalhar e pedir a Deus que abençoe suas mãos para o trabalho de cada dia que Ele ouvirá suas súplicas.

6 - Não precisamos "parar de sofrer" para sermos felizes, temos que ser felizes em todo tempo e em qualquer situação, nossa felicidade vem de Deus e tudo o que Deus faz é bom o tempo todo.

7 - Não precisamos pregar imitando a voz de outra pessoa para sermos bons pregadores, mas precisamos ser cheios do Espírito Santo para Deus operar sinais e maravilhas para honra e glória do nome d'Ele.

8 - Não precisamos da "cobertura espiritual" de nenhum desses apóstolos da televisão, das redes e mídias sociais, ou semideuses da fé, precisamos é do Espírito Santo operando em nossas vidas. Deus opera através dos dons espirituais. Os dons espirituais não são de propriedade de nenhum ser humano, mas de Deus.

9 - Jesus Cristo é suficiente, dependemos sem  por cento do Espírito Santo. Podemos e devemos ter intercessores de oração para nos ajudar no ministério que Deus nos dá para trabalharmos na obra d'Ele.

10 - Nem todo cristão nasceu para ser líder, ou ser rico e ou ser pobre, mas todos precisamos servir a Deus de coração e servir uns aos outros em amor. Nossa missão é de servir pois maior é o que serve do que aquele que é servido.

11 - É errado dar mais privilégios para gente rica na igreja apenas porque são ricos. Na maioria das vezes falta o discernimento e falta também a unção e o conhecimento das lideranças espirituais que é tão necessária nas igrejas.

12 - É pecado distorcer a Palavra de Deus para aumentar a receita da igreja. Geralmente quando isto acontece é porque a liderança já se corrompeu e quer agradar a todos para fins materiais, ou seja para agradar até os que estão vivendo liberalmente em pecados, em corrupção, em prazeres carnais e com o conhecimento das lideranças da Igreja. Às vezes são os próprios líderes da igreja que estão em pecados  diante de Deus.

13 - É impossível servir a Deus e a Mamom. O mundo gospel chegou para nos lembrar disso. Quem serve a Deus de verdade não sobem nos púlpitos das igrejas para causar delírios emocionais, mas alegria espiritual e arrependimento dos pecados.

14 - Quem busca o dinheiro antes de Cristo, na verdade, nunca buscou a Cristo, só quer o dinheiro dos crentes para suas orgias mundanas.

15 - A nossa salvação não custou o sangue dos nossos adversários, mas sim o sangue do nosso melhor Amigo, aquele que morreu por nós e pagou a nossa dívida para com Deus, o Seu nome é Jesus.

16 - A Bíblia não diz que Deus está ou tem a obrigação de nos abençoar. Ele abençoa aqueles que o adoram em espírito e em verdade.

17 - Deus não está teologicamente obrigado a nada. Deus é soberano e faz tudo o que lhe apraz.

18 - Não é necessário um "culto de cura" para Deus curar, não é necessário um culto para Jesus libertar ou salvar, não é necessário um culto para Jesus abrir as portas ou quebrar as maldições; o Senhor Jesus opera tudo o que tem que operar de seus milagres em qualquer culto e em qualquer lugar do mundo. Os nomes dos cultos são dados pelos líderes das igrejas apenas para identificar quem vai estar na liderança da ministração da palavra ou do louvor.

19 - Não é necessário um "culto de libertação" e nem da “doutrina da libertação” para Deus libertar. Jesus liberta em qualquer culto e em qualquer lugar onde estiver alguém compromissado e comprometido com a palavra de Deus e clamar a Deus por socorro.   

20 - Não é necessário um "culto de oração" para Deus ouvir. Todos os cultos começam com orações e têm orações em diversos horários durante o culto e terminam também com orações. O importante é se ter compromisso de constante oração e gratidão a Deus.  

21 - Quem ora e jejua não está "pagando um preço". Quem ora e jejua está louvando, pedindo e agradecendo a Deus por tudo e por todos. Até nas horas mais difíceis da vida devemos ser gratos a Deus por tudo.

22 - Não adianta termos dons espirituais se não tivermos caráter para usá-los e servimos a Deus. Na verdade os dons espirituais não são nossos, não somos nós que utilizamos os dons espirituais quando queremos, mas é Deus que nos usa como vasos em suas mãos quando Ele quiser nos usar, por isso precisamos estar em constante oração vigilância.

23 - Deus é o dono do ouro e da prata. Você não. Nós não somos donos de nada. Deus nos confia bens materiais para cuidarmos deles enquanto aqui vivermos. Com o suor e o trabalho que realizamos honestamente no decorrer de nossas vidas podemos ter muitos bens materiais para usufruirmos e ajudarmos na obra de Deus. Deuteronômio 28.1-14.

24 - Judas Iscariotes vendeu a Jesus por 30 (trinta) moedas de prata e muitos "pastores e líderes" têm feito o mesmo. Vendem os votos de suas ovelhas como num curral fechado. Vendem sua honra. Porque não ensinam as ovelhas o que é certo e ou errado diante da verdade da palavra de Deus? Mas, infelizmente, muitos se vendem, vendem seus filhos, suas igrejas, e tudo por dinheiro sujo e manchado de corrupção e lavado no sangue dos inocentes que morrem todos os dias por falta de socorro.  

25 - Você não é propriedade de nenhuma igreja, você é e deve ser um membro de alguma igreja conforte ensina a Palavra, mas não confunda, ser membro não é ser propriedade de uma igreja ou de líderes de igrejas. Você é um grande pecador e Cristo Jesus é o nosso Salvador que morreu por nós e nos libertou da escravidão das obras das trevas e dos seus opressores.

26 - Não adianta se esforçar para falar apenas coisas positivas ou ser adepto da Teologia positiva. Elas não se materializarão magicamente na sua vida.

27 - A água do Rio Jordão é tão "sagrada" quanto qualquer água porque é Deus que abençoa o nosso pão e a nossa água todos os dias. “E servireis ao SENHOR vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e Eu tirarei do meio de vós as enfermidades”. Êxodo 23:25.

28 - Não existe nenhuma ordem bíblica para cada cristão ter 12 discípulos assim como Jesus teve. Todos os que obedecem a Jesus são considerados igualmente seus discípulos.

29 - Hoje, não existem mais "apóstolos" no sentido de terem autoridade doutrinária sobre a Igreja e serem estabelecidos por Cristo. Jesus Cristo é e sempre será o maior referencial para a sua igreja na terra.

30 - A salvação não é uma troca de favores. A salvação nos é dada gratuitamente pela graça de Deus e não porque somos merecedores de alguma coisa.

31 - Não há como comprar o perdão de Deus. Nem antes e nem depois de nossa conversão Deus cobrou ou cobraria alguma coisa dos seres humanos a quem Ele prometeu o perdão gratuitamente através do sacrifício vicário de Jesus na cruz do calvário.

32 - Não há como comprar aquilo que não tem preço. Por isso a salvação é nos dada gratuitamente pelo Senhor Jesus.

33 - Nosso relacionamento com Deus não funciona por meio de barganhas, mas sim pela graça mediante a fé.

34 - O mundo é caído e jaz no maligno. Nem sempre a nossa situação é "vencer ou vencer", só em Jesus somos mais que vencedores.

35 - Não existe "unção da prosperidade de Salomão", nem de nenhum outro apóstolo, profeta ou sábio da história bíblica.

36 - Toda oferta financeira para a igreja é voluntária e nunca obrigatória.

37 - Aproveitar-se disso para não ofertar é coisa de gente que ama mais o dinheiro do que a Deus, ou seja, a pessoa que assim procede é um avarento.

38 - É incorreto pregar que as evidências de uma verdadeira fé estão baseados nas condições financeiras do crente.

39 - É incorreto pregar que, uma vez que Jó foi próspero no fim da vida, todos os que forem fiéis também o serão. Muitas pessoas e muitos crentes morrem tendo muita prosperidade ou muita pobreza

40 - É incorreto e ridículo usar técnicas de hipnose, parapsicologia, musicoterapia, discursos e ministrações só de propriedade e riquezas,  para conseguir mais dinheiro dos fiéis. Um dia cada um prestará contas da sua vida ministerial diante de Deus.

41 - Pastores verdadeiros devem ser honrados, mas não a ponto de a igreja considerá-los milagreiros, infalíveis e intocáveis.

42 - A igreja deve julgar falsos mestres e falsos ensinamentos doutrinários, segundo o que a Palavra de Deus nos orienta, orar e pedir a Deus para  expulsar os falsos mestres e enganadores dos púlpitos.

43 - A igreja deve buscar o Reino de Deus e a Sua justiça em primeiro lugar.

44 - A igreja deve chorar com os que choram e se alegrar com os que se alegram.

45 - É muito estranho dar oportunidades para políticos fazerem propaganda eleitoral dentro de igrejas, encima dos púlpitos e com a aquiescência dos líderes das igrejas. O púlpito deve ser usado única e exclusivamente para ministração da palavra de Deus. Políticos podem e devem ir às igrejas como visitante. Qualquer tipo de política deve ser feita do lado de fora dos templos. Do lado de dentro só Jesus Cristo deve ser honrado e adorado.

46 - É blasfemo cobrar qualquer quantia para pregar a Palavra em qualquer lugar. Um pregador ou um cantor não deve ser um peso para ninguém, muito menos para as igrejas.

47 - Um pregador da Palavra de Deus deve viver de ofertas voluntárias, e não de "ofertas combinadas". Se é combinado, então já não é oferta.

48 - Um copo d'água em cima da televisão é muito comum nos dias de hoje no meio dos crentes devido aos programas televisivos e no rádio, mesmo porque milhares e milhões de pessoas moram em regiões de difícil acesso.

49 - Comprar pacotinhos de sal grosso, lenços ungidos, canetas ungidas, tijolos, chaveiros não te deixará mais santo, nem mais rico e muito menos mais pobre. Vendê-los com esse propósito é pecaminoso. Cada um contribua com liberalidade, é a recomendação bíblica do Apóstolo Paulo.

50 - A pregação cristocêntrica da Palavra de Deus é o principal meio pelo qual a Igreja é fortalecida no Senhor e alimentada espiritualmente e doutrinariamente.

51 - Deus não nos trata como criancinhas mimadas e nem tem filhos preferenciais, Deus nos trata igualmente a todos sem exceção.

52 - Deus não está nem um pouco impressionado com nossa "adoração extravagante", Deus aceita um louvor que sai de dentro do coração e do mais profundo de nossa alma.

53 - Não existe "sabonete do lavandeiro" ou "sabonete do descarrego", ou sal grosso, ou sal do branco ou preto ou qualquer outro sacrifício que possa salvar o mais vil pecador, quem salva, cura e liberta é o Senhor Jesus.

54 - Não existe e nunca existiu o chamado "trízimo", Deus nos orienta desde o Velho Testamento que devemos entregar nossos dízimos e ofertas na casa do tesouro, a igreja. Malaquias 3.8-11.

55 - Não existem "rosas ungidas", quer sejam cor de rosa, amarela, verde, azul ou de qualquer outra cor, nós fomos comprados por bom preço, pelo sangue de Jesus Cristo derramado naquela dura cruz do calvário.

56 - Não existe "água fluidificada", perfumada ou sem perfume que possa libertar o pecador de seus delitos e pecados. Quem liberta é Jesus. 

57 - Não existe poder em "ramos de arruda", ou de qualquer outro ramo de qualquer espécie. Existe poder no nome de Jesus Cristo o Filho do Deus vivo para libertar o mais vil pecador. 

58 - Não existe poder no "cajado de Abraão, de Isaque ou de Jacó, ou de Moisés e nem de Arão". O poder de Deus é que nos sara, liberta e cura pela graça gloriosa de Jesus.

59 - Não existe "galho ungido do Monte das Oliveiras" e nem de qualquer outro monte que possa libertar e salvar o pecador. 

60 - Não existe "lenço ungido". Quem nos abençoa em tudo nas nossas vidas é Jesus.

61 - Não existe "folhas da árvore da vida". Quem nos dá  vida e forças para sobrevivermos neste mundo tenebroso é Jesus Cristo que nos salvou.

62 - Não existe poder na "fita vermelha". Só o sangue de Jesus derramado naquela dura cruz do calvário é que nos purifica de todos os pecados.  

63 - Não existe o "manto sagrado do túmulo de Jesus". Jesus ressuscitou e não deixou nada lá que possa ser sagrado. O Santo e sagrado que estava lá ressuscitou dentre os mortos.

64 - Não existe poder no "óleo do amor". Só Jesus Cristo salva, cura, liberta, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará para arrebatar a sua igreja. Não precisa de óleo do amor, porque Deus é amor.

65 - Não existem as "pedras ungidas da tumba de Jesus". O túmulo nem era de Jesus, Ele utilizou emprestado por três dias o túmulo de José de Arimatéia.  

66 - Não existe unção na "arca" e nem unção da arca. Quem nos enche da unção do Espírito Santo, e não da arca, é Jesus.

67 - Não existe "o poder da vara de Arão". Existe a vara e o cajado do bom Pastor para nos ensinar, instruir em amor e para nos corrigir.  

68 - Não existem patriarcas, nem são estes os líderes espirituais dos apóstolos. Os nossos líderes espirituais são chamados, têm o chamado de Deus para Sua obra. 

69 - Não existem "atos proféticos". Existem atos dos apóstolos que são renúncias do “eu” e total do egolatrismo, e a honra não deve ser de nenhum profeta ou vaso, mas do Senhor Jesus. Existem profetas e vasos do Senhor Jesus, porém na maioria das vezes nem são conhecidos e nem se dão a conhecer, fazem a obra de Deus voluntariamente e são totalmente guiados por Deus. 

70 - Não existe a "fronha milagrosa dos sonhos". Sonhos e revelações somente através da vontade exclusiva de Jesus e sem nenhuma interferência dos homens. Pano é pra ser usado para atividades humanas.

71 - Não existe "caneta ungida". O dedo de Deus, geralmente quando escreve é em nossos corações, ou na “parede” conforme aconteceu no livro do profeta Daniel.

72 - Não existe "meia ungida". Deus é quem adestra nossos pés para a batalha e nossos pés não precisam dessa tal de “meia ungida”; Nossos pés devem estar preparados para   serem usados na preparação epregação do evangelho da paz. Efésios 6.14-15.

73 - Não existe "martelo santo" que possa fazer milagres. Milagres de verdade só Jesus pode realizar.

74 - Não existe nenhum objeto que, consagrado ou ungido por um “líder espiritual” que possa garantir bênçãos materiais para a vida do crente. Só Jesus pode nos garantir bênçãos materiais e espirituais segundo a vontade dEle.  

75 - Não existem vestes mais santas que outras. Existem vestes que honram o nome de Jesus e outras que escandalizam a obra de Deus. Vestes para dar bom testemunho são aquelas que nos fazem renunciar a nossa vontade para sermos exemplo até com nosso proceder e com nossas vestes diante de Deus e da sociedade.

76 - Não existem locais mais santos que outros. Existem locais que honram o nome de Jesus e outros que escandalizam a obra de Deus. Templos para dar bom testemunho são aqueles que nos fazem renunciar a nossa vontade para sermos exemplo até com nosso proceder e com nossa maneira de cultuar a Deus no templo. Eu disse no templo e não nas “boates e casas de tolerância” que muitos templos parecem ser.

77 - Não existem objetos mais santos que outros. Tudo na vida do crente deve ser consagrado ao Senhor. Os utensílios e instrumentos do templo devem ser separados para suas funções no templo e não para outros lugares que não se presta a cultuar a Deus. Nossos utensílios e instrumentos musicais, por exemplo, que utilizamos no templo ou em casa ou em outros locais, devem ser preservados para a nossa adoração a Deus e não a “mamom” que é o deus deste século. Rm  12.1.

78 - Deus nos dá os dons espirituais como lhe apraz para cada um de nós servirmos a Ele e edificar a igreja.

79 - Não se faz uma doutrina (ensino), encima da experiência pessoal de ninguém. Nosso ensino doutrinário procede da Bíblia, fora disso não é doutrina bíblica, é doutrina dos homens e não agrada a Deus. Devemos sempre defender a nossa fé em Deus de maneira prática, visível e para honra e glória do Senhor Jesus.

80 - Expulsar demônios é mais prioridade ao invés de querer entrevistá-los. Jesus nunca entrevistou os demônios ou endemoniados, Jesus sempre nos deu o exemplo expulsando os demônios e libertando os possuídos por demônios

81 - É errado fazer uma doutrina de um texto isolado. Um texto sem o contexto bíblico vira um pretexto.

82 - "Porção dobrada" não tem nada a ver com dinheiro, tem tudo a ver com os dons espirituais dirigidos e administrados em nossas vidas pelo Espírito Santo e segundo a Sua vontade.

83 - O Espírito Santo não provoca arrepios. O nome disso é emoção. O Espírito Santo provoca mudança de vida, conversão e arrependimento de todo mal.

84 - O Espírito Santo parece se preocupar mais com a ética do que com a estética de alguém. Nunca o Espírito Santo interfere em nosso livre arbítrio, somos nós individualmente que temos que zelar pela ética, por nossas decisões e nosso comportamento diante de Deus e da sociedade.  

85 - Da experiência emocional de alguém, não pode se estabelecer uma teologia bíblica e uma doutrina. Sempre que alguém fez isso, criou muitas confusões e muitas incertezas, porque nada pode ser superior à Palavra de Deus.

86 - Cristo é o único mediador entre Deus e os homens (Solus Christus). (Somente Cristo).

87 - Não existe nenhum texto fora da Bíblia tão santo e tão puro quanto a Palavra de Deus. (Sola Scriptura). (Somente a Escritura).

88 - Os elementos judaicos são isso mesmo: só  elementos judaicos. Nada mais do que isso.

89 - Deus não fará todas as nossas vontades, Deus sempre fará a vontade dEle em nossas vidas e no tempo d'Ele.  

90 - Ou enfrentamos uma vida de renúncia e nos contentamos com o que Deus nos dá todos os dias ou rejeitamos a Deus e adoramos Mamom, que representa tudo o que o mundo nos oferece. Rm. 12.1-2.

91 - Um verdadeiro discípulo de Jesus é justificado diante de Deus e dos homens porque vive pela fé e é mais do que vencedor.

92 - Um verdadeiro discípulo sabe que pode esperar em Deus, porque Deus supre nossas necessidades em Cristo Jesus.

93 - Um verdadeiro discípulo sabe que deve renunciar tudo aquilo que o impede de seguir a Jesus plenamente.

94 - Um verdadeiro discípulo deve ser capaz de se gastar em favor dos outros. Jesus nos retribui e todas as nossas necessidades serão supridas.

95 - Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias, porque o Anticristo faz até milagres e prodígios da mentira. 2Ts 2.1-10.

As verdades imutáveis das Escrituras Sagradas.

Somente as Escrituras são Sagradas, ela contém a palavra de Deus.  (Jo 14.21;17.17; 2Tm 3.16-17; Jo 10.35).

Somente a Graça de Jesus Cristo pode nos libertar da escravidão do pecado.  (Ef 2.8-9).

Somente a Fé gera em nós a confiança necessária para nos manter de pé. (Rm 1.17).

Somente Jesus Cristo é o nosso único e suficiente Salvador. (At 17.28; At 4.12; 1Tm 2.5).

Toda honra e toda glória sejam dedicadas e oferecidas somente a Deus. (Jd 24-25; Rm 16.27; 1Tm 1.17). "Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade". (Salmos 115.1).

O que dizem os teólogos da prosperidade e da libertação?

Os Teólogos da Prosperidade e da libertação dizem que por ser filho de Deus, temos o "direito" de termos o que quisermos e quando quisermos.

 Vejamos algumas refutações bíblicas sobre o assunto:

a) Jesus não tinha onde reclinar a cabeça. (Mt 8.20). Portanto Jesus, enquanto homem, era pobre de bens materiais.

b) O Apóstolo Paulo depois da sua conversão viveu também em constante pobreza. (Fp 4.11).

c) Porque Jesus pediu ao rico para desfazer-se dos seus bens? Porque o Rico tinha colocado o seu coração nos bens materiais que possuía. (Lc 18.22).

d) Os que querem ficar ricos caem em muitas  tentações e chegam ao ponto de renegar a fé se tiver que desfazer de suas riquezas ou de ser espoliado por elas. (1Tm 6.9).

e) Não podemos servir a Deus e as riquezas (Lc 16.13). Não é pecado ser rico, o que é pecado e colocar o coração nas riquezas e virar as costas para Deus, virar as costas para a obra de Deus.

f) A oração que quase nunca é atendida é aquela que geralmente está voltada  para gastar no luxo e nas festas e bacanais da vida. (Tg 4.3).

g) Na oração do Pai Nosso não há indicação de pedirmos além do necessário, se pedirmos somente por pedir, nunca teremos nossas orações atendidas. Devemos pedir o pão nosso de cada dia todos os dias. Mt 6.11).

h) O servo de Eliseu pegou lepra pela cobiça e pela ganância utilizando do engano e da mentira e se deu mal. (2Rs 5.20-27).

i) "Não ajunteis tesouro na terra", temos que ajuntar nosso tesouro nos céus onde Deus está. (Mt 6.19).

j) José e Maria eram humildes. Sua oferta de sacrifício no templo foi um par de rolas. (Lc 2.22), a mais simples e menor valor dentre as ofertas, porém foi aceita por Deus. Lv 12.6-8.

l) A fascinação da riqueza sufoca o crescimento espiritual, acaba com a vida espiritual do crente que não vigiar. (Mc 4.19).

m) Pedro e João não tinham oferta, esmola, para dar ao paralítico, não tinham prata e nem ouro,  mas tinham Jesus e por isso o milagre foi realizado no paralítico que saiu pulando e gritando glórias a Deus pelo milagre recebido.  (At 3.6).

n) Moisés abandonou sua riqueza e "status", para servir a Deus e ao Seu povo. E por ordem de Deus foi libertar os Hebreus da escravidão do Egito.  (Hb 11.24-26).

o) A cobiça levou o povo de Israel a desobedecer e ser derrotado. (Js 7.1-26).

p) Deus usou Gideão, da família mais pobre de Manassés, para libertar Israel. (Jz 6.15).

q) Jó, um justo, passou por um período de pobreza total, porém nunca negou a sua fé em Deus. (Jó 1.9-12).

Em Jerusalém, a maioria dos crentes era muito pobre, mas Paulo não os tratou com desdém, mas chamou-os de Santos: “Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém”. (Rm 15.26).

"Se a Teologia da Prosperidade é um câncer, Quem a divulgar é um espalhador de doenças".

“Se a teologia da libertação é libertação de alguma coisa, que coisa é essa que essa teologia prega? Ora, temos que ser libertos dessas falsas teologias que nada têm do projeto de Deus para os homens”.

Devemos ter muito cuidado com o falso evangelho que sempre vem acompanhado dessas teologias do anticristo para enganar até os escolhidos de Deus“.

"Muitos púlpitos brasileiros estão rendidos à teologia da prosperidade, à confissão da fé positiva, ao sincretismo religioso, ao curandeirismo, à teologia da libertação, à pregadores inescrupulosos movidos da ganância que exploram a credulidade do povo e arrastam multidões para seus redutos para oferecer-lhes promessas de ganho fácil, facilidades de conseguir riquezas, dentre tantas outras coisas.

Seus sermões são como um calmante para seus anseios imediatos, ao mesmo tempo que sonegam a elas o Pão nutritivo da Palavra da verdade. Precisamos voltar ao Evangelho. Precisamos voltar ao primeiro amor. Precisamos pregar o evangelho de Jesus Cristo, o evangelho que liberta de fato. Precisamos anunciar a salvação em Cristo Jesus, a remissão dos pecados e a vida eterna. Breve Jesus voltará. 

Se a vida do Apóstolo Paulo fosse analisada pelas lentes da teologia da prosperidade e da libertação ele seria um fracasso total. Encerrando a vida pobre, velho, cheio de cicatrizes, sem roupa para vestir e abandonado, só não foi abandonado por Jesus.

E disse Paulo: "Porque nós não somos, como muitos, que ganham falsificando a palavra de Deus, antes falamos em Cristo com sinceridade, antes como de Deus na presença de Deus". (2Co 2.17).

E conclui: "Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim". (Atos 17.11). 

A Deus seja a Glória para todo sempre. Amém.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 8 de maio de 2023

NO CÉU NÃO ENTRA PECADO

NO CÉU NÃO ENTRA PECADO

Quem é o Rei da glória, quem é digno de entrar no Seu santuário?

O Salmo 24 nos mostra claramente quem é o Rei da Glória e quem é digno de entrar no seu santuário.

Salmo 24.1-10.

1.   Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.

2. Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios.

3. Quem subirá ao monte do Senhor ou quem estará no seu lugar santo?

4. Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.

5. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.

6. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá).

7. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

8. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.

9. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

10. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da Glória. (Selá).

Como é o céu?

A Bíblia nos ensina em Gênesis a partir do  capítulo 1 (um) versículo 1 (um), que Deus criou todas as coisas e que o Céu é o lugar onde Deus habita com os anjos. Lá é o destino final de todos que amam a Deus. É impossível imaginar como é o Céu, porque é tão maravilhoso que é inalcançável e inenarrável ao conhecimento do ser humano.

O Céu é um lugar além do nosso mundo, além do nosso conhecimento, onde Deus vive e reina para sempre e eternamente. Não é o céu azul acima de nossas cabeças, nem o espaço onde ficam as estrelas. É uma dimensão espiritual, onde a Trindade de Deus vive e reina para sempre. Lá teremos corpos espirituais, perfeitos e incorruptíveis,  (1 Coríntios 15:42-44), assim como o corpo ressuscitado de Jesus, que se tornou a primícia dos que dormem.

1Coríntios 15:20 “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem”.

A lei determinava que as primícias da colheita fossem levadas ao templo para serem oferecidas ao Senhor (Lv:23.10,11). Esse primeiro feixe colhido era muito importante para Israel: (1) ele apontava que Deus havia abençoado a lavoura e (2) dava ao israelita a esperança de que haveria colheita naquele ano; (3) Nenhum israelita poderia comer de fruto algum da terra sem primeiro trazer essa primeira oferta ao Senhor. Jesus Cristo é chamado por Paulo de "a primícia dos que dormem". Isso nos aponta para preciosas aplicações.

Primeiro, a ressurreição de Cristo é a benção de Deus para a humanidade perdida. Quando o homem Jesus ressuscita, Ele garante a todos os fiéis a sua futura ressurreição, sendo Ele próprio o primeiro, porque é necessário que Jesus sempre tenha a primazia.

Segundo, se o primeiro homem ressuscitou, os demais que andam em suas pisadas também ressuscitarão.

Terceiro, por fim, pelo fato de Cristo ser oferecido como sacrifício por todos na cruz, e também como a primícia da futura ressurreição, agora todos nós podemos nos fartar das dádivas do reino de Deus e das bençãos da vida eterna.

Quem entrará no céu? Quem entrará nas moradas eternas?

Pergunte a uma pessoa comum no meio da rua o que ele pensa sobre o “céu”. Ele provavelmente descreverá um lugar onde não haverá nada do que gostamos aqui nessa vida.

Na cabeça de muitos, coisas como lindas cores, boa comida, música alta, amigos próximos e atividade física estarão ausentes no céu. Eles imaginam um lugar em que tudo é branco, esterilizado e, geralmente, quieto demais como um hospital cósmico ou uma grande biblioteca nas nuvens. Os habitantes são espíritos desencarnados flutuando por aí, vestidos de linho branco, sentados em bolas de nuvem de algodão e tocando pequenas harpas por toda a eternidade. Acham que no céu é como o oposto de algo animado, apaixonante e eternamente agradável.

A triste realidade é que, normalmente, nós cristãos deixamos que o nosso entendimento sobre o céu seja contaminado com a cultura em que vivemos. Nós não devemos definir o que é o céu para nós, o céu só Deus sabe como é pois foi Ele que o criou. Os artistas, os produtores cinematográficos, dentre outros, não devem definir o que é o céu para nós, ninguém neste mundo tem como definir como é o céu. Ninguém deve definir o que é o céu para nós, só o Espírito Santo de Deus é que nos revela a glória que existe lá.

Somente a Palavra de Deus pode informar corretamente como devemos entender o céu. E, quando consultamos às Escrituras Sagradas, nós descobrimos que o nosso futuro lar não é qualquer coisa e muito menos um lugar chato, parado e entediante.

Particularmente, o céu profetizado em Apocalipse 21 e 22 é descrito como novo céu e nova terra, será o lugar das moradas eternas dos santos e fiéis que chegarem lá, (Apocalipse 21.19-21; 4.3), com boa comida, (22.2; 19.7-9), com hinos celestiais, (5.8-13), de amizade íntima com o próprio Deus, (22.2; 19.7-9) e agradáveis atividades, (21.24-26; 1Coríntios 15.35-49).

O melhor dessa vida não pode ser comparado com o céu. As melhores emoções, as melhores alegrias, as melhores memórias que temos nessa vida são apenas sombras. O mais maravilhoso, profundo, afetivo, emocionante e gratificante momento neste mundo não se compara nem com uma vela perto do sol brilhante que é a experiência no céu.

Ironicamente, muito do que as pessoas gostam nessa vida e assumem que não estará no céu estará lá, porém será infinitamente melhor e perfeito.

O que não haverá no céu?

Porque, de fato, há alguns significantes aspectos de nossa atual experiência que estarão ausentes no céu. Para entendermos certo o quão maravilhoso o céu será, precisamos saber não só o que haverá no céu, mas, também, o que não estará lá.

É por isso que em Apocalipse 21-22, o apóstolo João gasta um bom tempo descrevendo a nova terra, contando o que não haverá no céu, assim como ele o faz dizendo o que haverá lá.

O que não haverá no céu? Segue uma lista de 17 itens que João afirma que não estarão na nova terra. Cada um deles representa algum aspecto da queda, rebelião ou julgamento divino relacionado a este mundo presente. E não haverá sinal de corrupção ou julgamento no mundo que virá.

Não haverá mar. (Apocalipse 21.1). Na Bíblia, o mar é normalmente uma representação do mal, desordem e caos. Além disso, os oceanos, como hoje conhecemos, é resultado do julgamento dado por Deus no Dilúvio. (Gênesis 6-8).

Gênesis 6.2-3. Não haverá separação entre Deus e o homem. (2-3).

Gênesis 6.4. Não haverá lágrima, luto e pranto. (4).

Gênesis 6.4. Não haverá tristeza e nem dor. (4).

Gênesis 6.4. Não haverá morte.  (vl4).

Gênesis 6.5. Não haverá nada que não será feito novo. (5).

Gênesis 6.6. Não haverá sede espiritual. (6).

Gênesis 21.8,27. Não haverá pecador não redimido tais como os que João lista como covardes, descrentes, abomináveis, assassinos, imorais, feiticeiros, idólatras e mentirosos (v.8); ninguém que pratique abominação e mentira.

Gênesis 22.22. Não haverá templo porque Deus é o templo.

Gênesis 22.5,23  Não haverá necessidade de sol e lua. (22.5,23) porque Deus é a luz.

Não haverá necessidade de lâmpada.

Não haverá noite e presumivelmente não haverá necessidade de que os santos ressuscitados durmam. Não haverá fechamento dos portões da Nova Jerusalém.

Não haverá sujeira.

Não haverá ninguém cujo nome não esteja escrito no livro da vida do Cordeiro.

Não haverá maldição.

O eterno reino de Cristo e seus redimidos não terá fim.

Segundo a Bíblia quem não entrará no Reino dos Céus?

A Bíblia diz que só os salvos entrarão no Reino dos Céus. Deus nos ama e quer que todos sejam salvos mas o pecado nos separa d'Ele. Por isso, Ele enviou Jesus para pagar por nossos pecados. Quem rejeita Jesus e morre em seus pecados não irá para o Céu.

Em 1 Coríntios 6:9-11 e Apocalipse 22:14-15 encontramos uma lista de pessoas que não entrarão no Reino do Céus. Não há lugar para o pecado no Céu, todos os pecadores estão condenados. Mas Jesus pode nos purificar de todo o pecado, quando O aceitamos como salvador.

Sempre que a Bíblia fala sobre quem não entrará no Reino dos Céus, ela contrasta com quem foi salvo por Jesus. Em Jesus temos uma nova identidade purificada, livre do pecado. O pecado já não nos define e podemos vencê-lo. Não pertencemos mais às trevas mas à luz.

Há listas de quem não entrará no Reino dos Céus se referem principalmente aos desviados e aos descrentes mas também servem de aviso aos crentes. Jesus morreu e ressuscitou para podermos viver uma vida livre do pecado. Agora podemos rejeitar o pecado e viver de maneira que agrada a Deus. Com a ajuda de Jesus, cada crente deve lutar contra o pecado em sua vida, não vivendo mais como quem está longe de Deus.

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, bondade, fidelidade, mansidão, temperança e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”. Gálatas 5:22-23.

A turma do pode tudo e do “uma vez salvo, salvo para sempre”, continua a dizer que tudo pode, mas se esquecem que podem usar o livre arbítrio para tudo e para fazer o que quiser aqui na terra, só não pode é entrar no reino de Deus se não mudar de vida e ser uma nova criatura em Cristo. Para entrar no Céu há a necessidade de conversão, da pessoa se tornar uma nova criatura em Cristo Jesus.

O livre arbítrio permite tudo, porém para entrar no Céu temos que renunciar o “tudo” e fazer somente aquilo que agrade a Deus.

Pode tomar santa ceia e depois ingerir bebidas alcoólicas em geral? Pode?

Pode viver uma vida relaxada sem compromisso com Deus e depois ir morar no Céu? Pode?

Pode fornicar e depois cantar hinos na igreja? Pode?

Pode sair aos sábado, domingos ou em qualquer outro dia pra balada, beber, se divertir e chapar, “encher a cara”, beber até cair nas noitadas e nos carnavais, beber  até ficar inconsciente, cair, desmaiar nos “luaus" e depois ir para o culto na igreja louvar a Deus? Pode?

Pode fornicar, adulterar, prostituir e depois ir pregar a palavra de Deus? Pode?

Pode ser estelionatário, caloteiro, mal pagador, mentiroso, fingir que é santo? Pode?

Pode ser fofoqueiro, caluniador e depois assumir o púlpito como se Deus não se importasse com seu péssimo testemunho? Pode?

Só que tem uma coisa, Deus é Santo e procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade.

O que não pode é entrar no reino dos céus de qualquer jeito.

"Todas as coisas me são lícitas mas nem tudo me convém”. Ou somos luz; ou somos trevas.

De uma mesma fonte não pode jorrar dois tipos de água; Pra Deus não existe meio termo". E Deus não se deixa escarnecer.

O apóstolo Paulo nos ensina da seguinte maneira: “De Deus não se zomba, tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Gálatas 6.7.

O Apóstolo João usou contrastes para descrever as glórias do céu em Apocalipse 21-22. No final dos dois capítulos da Bíblia ele explica a grandeza da nova terra e do novo céu mostrando o quão diferente será do mundo manchado pelo pecado, quebrado, amaldiçoado e corrupto.

Vamos dar aqui um conceito bíblico do que é pecado de acordo com a Bíblia.

A) No Velho Testamento.

1. Hata. Significa “errar o alvo”. Seu equivalente grego é “hamartano”. A ideia é que o homem, ao errar o alvo, atinge outro lugar, o lugar errado. Essa palavra designa pecados morais, idolatria e pecados cerimoniais. (Ex 20.20; Jz 20.16; Pv 8.36; 19.2);

2. Ra. Muitas vezes indica calamidade e frequentemente é traduzindo como “mal” ou “perverso”. Pode indicar algo moralmente errado. (Gn 3.5; 38.7; Jz 11.27). O texto de Isaías 45.7 é controverso quanto ao sentido entre calamidade e mal, cuja interpretação mais aceita é calamidade ou “mal punitivo”;

3. Pecha. “Rebelar”, “transgredir” ou “revoltar”. (1Rs 12.19; 2Rs 3.5; Sl 51.13; Is 1.2);

4. Aon. “Iniquidade” ou “culpa”. (1Sm 3.13; Is 53.6; Nm 15.30-31);

5. Shagah. “Errar” ou “extraviar-se” como uma ovelha ou um bêbado. (Is 28.7; Nm 15.22);

6. Asham. Significa “culpado”, tem a ideia de “culpa perante Deus” e aparece muito em rituais no tabernáculo e no templo. (Lv 4.13; 5.2-3);

7. Rasha. “Perverso” ou “impiedade”, o contrário de justiça. (Ex 2.13; Sl 9.16; Pv 15.9; Ez 18.23);

8. Taah. “Vaguear” ou “extraviar-se”. Indica pecado deliberado, não incidental. (Nm 15.22; Sl 58.3; 119.21; Is 53.6).

Com o estudo destas palavras hebraicas podemos chegar a estas conclusões sobre o pecado:

a) O pecado pode assumir muitas formas e cada homem podia e pode estar ciente da forma particular do seu pecado;

b)    O pecado é aquilo que contraria uma norma de Deus e, por fim, acaba sendo desobediência a Deus;

c)  A desobediência envolve tanto a omissão como o erro deliberado. O pecado também não é apenas errar o alvo, mas acertar o lugar errado. Pecado é viver conscientemente e deliberadamente fazendo aquilo que desagrada a Deus.

B) No Novo Testamento.

1. Kakós. Significa “algo ruim”. Pode referir-se a um mal físico, mas normalmente indica um mal moral. (Mt 21.41; Mc 7.21; At 9.13; Rm 12.17);

2. Ponerós. Termo básico para mal e quase sempre indica mal moral. (Mt 7.11; Rm 12.9). Também é usado para referir-se a Satanás e suas maldades. (Mt 13.19,38; 1Jo 2.13-14). Demônios também são chamados de “espíritos malignos”. (Lc 11.26; At 19.12);

3. Asebês. Significa “ímpio” e designa aqueles que não foram salvos. Aqueles que sabem que estão pecando e vivem conscientemente na prática do pecado.   (Rm 4.5; 5.6; 1Tm 1.9; 1Pe 4.18);

4. Énochos. “Réu” ou “culpado” e geralmente denota alguém que pratica um crime passível de morte. (Mt 5.21-22; Mc 14.64; 1Co 11.27; Tg 2.10);

5. Hamartia. Palavra mais usada para falar de pecado. Significa “errar o alvo”. No NT quase sempre ocorre no contexto que fala de perdão ou de salvação. (Mt 1.21; Jo 1.29). Outras referências úteis são: Rm 5.12; 1Co 15.3;e Tg 1.15;

6. Adikía. Em sentido amplo se refere a qualquer conduta errada. É usado para falar de pessoas não salvas, (Rm 1.18), de dinheiro, (Lc 16.9) e de ações. (2Ts 2.10);

7. Anomos. Significa “sem lei” e é frequentemente traduzido como “transgressão” ou “iniquidade”. (Mt 13.41; 24.12; 1Tm 1.9);

8. Parabátes. “Transgressor” e é usada quando há violações específicas das leis de Deus e de Sua Palavra. (Rm 2.23; Gl 3.19; Hb 9.15);

9. Agnoema. Se refere ao adorador que pratica uma adoração falsa, o que o torna culpado e necessitado de oferecer a Deus um sacrifício que seja aceito por Deus.  (At 17.23; Rm 2.4; Hb 9.7);

10. Planáo. “Desgarrar” (1Pe 2.25), levar alguém para um caminho mau, (Mt 24.5-6) e enganar-se a si mesmo. (1Jo 1.8).

11. Paraptôma. A idéia dessa palavra é de “cair ao lado de”, na maioria das vezes de modo deliberado. Com frequência é traduzida como “ofensa”. (Mt 6.14; Rm 5.15-20; Gl 6.1);

12. Hypókrisis. Incorpora três ideias: “Interpretar falsamente”, como faria um oráculo; “fingir”, como faria um ator; e “seguir uma interpretação” falsa e ou falsificada. (1Tm 4.2).

O estudo dessas palavras gregas nos leva a algumas conclusões sobre o pecado:

a) Sempre existe um padrão claro contra Deus, pelo qual o pecado é cometido;

b) No final de tudo, o pecado é uma rebelião contra Deus e uma transgressão de seus padrões;

c)  O mal pode assumir muitas formas;

d) A responsabilidade do homem é entendida de forma clara e definitiva.

A Bíblia nos diz claramente que o salário do pecado é a morte.

“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus”. Rm.6.23.

A conclusão do apóstolo sobre este ensino é brilhante. Ele ofereceu um contraste chocante entre “o salário do pecado” e “dom gratuito de Deus”. Já vimos que quando ele fala sobre a retribuição paga pelo pecado, o termo grego traduzido como salário significa basicamente o pagamento merecido pelo trabalho feito. Porém, quando ele fala sobre a retribuição dada por Deus, ele usa o termo grego “charisma”. Esse termo significa uma dádiva, isto é, um favor que alguém recebe sem qualquer mérito próprio e  imerecidamente.

O apóstolo apresentou os dois lados de uma forma muito clara. Quando o pecado é o senhor, o homem recebe um salário; aquilo que ele merece, isto é, a morte. Quando Deus é o Senhor, o homem recebe uma dádiva, aquilo que ele não merece, isto é, a vida eterna em Cristo Jesus.

Este ensino esmaga qualquer tipo de senso de autogratificação que possamos ter. Se acharmos que merecemos algo e que devemos ser recompensados por isso, saibamos então que tal recompensa é a morte, pois ela é tudo o que merecemos. Mas se olharmos para nossa própria vida e percebermos o quão miseráveis somos, entenderemos então que tudo é pelos méritos de Cristo. É por sua morte expiatória no Calvário que não recebemos nosso salário, mas o dom gratuito de Deus.

A liberdade que o homem encontra no pecado é a escravidão, mas a escravidão que o homem encontra em Deus é a verdadeira liberdade (Romanos 6:20-22). Servindo ao pecado, o homem recebe o que é justo, e seu salário é a morte. Servindo a Deus, se refugiando n’Ele através de Cristo, o homem não recebe o que lhe é justo, mas recebe aquilo que de nenhuma outra forma teria direito: a vida eterna.

“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Diante disso, realmente a pergunta inevitável é: Quem é o seu Senhor?

Senhor quem entrará no Teu santuário?
Todos os descendentes de Adão são concebidos em pecado, Sl 51:5; não há ninguém que faça o bem, Sl 14:1; desviaram-se todos, e juntamente se tornaram imundos, Sl 14:3; não há quem entenda, não há quem busque a Deus, Rm 3: 11.

Todos estes versículos demonstram que dentre os homens não há um sequer que se encaixe na descrição feita por Deus, pois todos nasceram de Adão, e por isso são escusáveis e condenáveis perante Deus. (v. 2).

Somente Cristo, o segundo Adão, gerado por obra e graça do Espírito Santo, e que viveu entre os homens é o único homem que jamais se achou engano em sua boca "Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano". 1 Pd. 2:22.

O Salmo 15.1-4 contém uma descrição completa de Jesus que homem algum conseguiu ou conseguirá se encaixar "Aquele que não difama com a língua, nem faz mal ao seu próximo, nem contra ele aceita alguma afronta ou suborno". (v. 3). Compare: "Quando Jesus foi injuriado, não injuriava, e quando padecia e sofria perseguições, não ameaçava ninguém. Antes, entregava-se àquele que julga justamente. 1 Pd 2:23.

O versículo quatro apresenta os réprobos e os que temem a Deus. Estes estão em posição oposta àqueles. Se este salmo fizesse referência aos homens, este versículo viria redigido demonstrando que os que temem é que habitarão com o Senhor.

Porém, o Salmista diz que aquele que habitará no trono, honrará os que temem ao Senhor. Um só, Jesus, aquele que habita nos céus, honrará a muitos, principalmente os que temem ao Senhor.

Somente Jesus honrará aqueles que temem a Deus "Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará". (João 12:26).

Somente Jesus, homem, teve condição de jurar aos seus semelhantes, visto que Ele é o grande Rei a quem pertence a cidade Santa. Cristo pode jurar por ele possuir as coisas imutáveis e por ser imutável "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e o será eternamente". (Hebreus 13 :8).

Somente Jesus concede os recursos necessários a quem precisa. Aos homens é impossível se salvarem, porém Cristo lhes concede de graça vinho e leite "Ó, vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite". (Isaías 55:1).

Todos quantos beberem da água que Ele concede não terão mais sede, antes haverá uma fonte de águas vivas que faz saltar para a vida eterna. João capítulo 4. Estes são criados perante Deus em verdadeira justiça e santidade, e contra aqueles que foram lavados no sangue do cordeiro não pesa acusação alguma.

Somente aqueles que aceitam a Cristo por meio da fé são inocentes perante Deus, e contra eles não pesa acusação alguma.

Dentre os homens Jesus é o único que não foi abalado, pois se entregou na morte, para na ressurreição conduzir muitos filhos a Deus e receber a glória que Ele tinha antes de haver mundo Sl 16: 8.

Todos quantos crerem em Cristo hão de habitar com Deus para sempre e eternamente, uma vez que Deus habita neles. Todos que crêem hão de reinar com Cristo e fixarão residência na cidade do grande Rei, na nova Jerusalém. Apocalípse 21.1-8.

1. E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.

4. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

5. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

6. E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.

7. Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

8. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.

Finalmente é declarado ao cristão obediente a Deus o lugar das moradas eternas. Apocalipse, 22.1-5.

1.  E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

2. No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações.

3. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.

4. E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome.

5. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre.

E ainda: "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará". Sl 91:1.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 1 de maio de 2023

O GRANDE AMOR DE DEUS É IMENSURÁVEL

O GRANDE AMOR DE DEUS É IMENSURÁVEL

 

O insondável, imensurável e implacável amor de Deus para nos salvar.

João 3.16 “ Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna”.

O que significa implacável?. Significa que não foi e nunca será diminuído o amor de Deus. Nem em intensidade, nem no empenho nem em concessões, indefectível, imperecível, incapaz de ser mudado ou persuadido por quaisquer argumentos por mais privilegiados que sejam. Ser implacável é estar fixado em um determinado curso de vida e de atividades que não tem retorno. Assim Deus age conosco, somos pobres e miseráveis pecadores, porém, Deus não olha para nossos defeitos mas sim para os corações quebrantados que o adoram em espírito e em verdade.

Que maravilhosa descrição do amor de Deus. O amor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é absolutamente implacável, é incomparável. Nada pode impedir ou diminuir sua amorosa perseguição em busca de tantos pobres e miseráveis pecadores para torná-los filhos de Deus e participantes da família dos salvos.

O salmista Davi expressa dessa maneira sobre implacável e insondável amor de Deus. "Tu me cercas por trás e por diante. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também". (Salmo 139: 5,7-8).

Davi está falando dos grandes altos e baixos que enfrentamos na vida. Está dizendo: "Há épocas em que sou tão abençoado, que me sinto nas alturas com tanta alegria. Outras vezes, parece que estou dentro do inferno, condenado e indigno. Mas não importa onde eu esteja, ó Senhor, não importa o quão abençoado me sinta, ou qual seja a minha situação, Tu lá estás. Eu não consigo fugir do Teu implacável amor. Não consigo afastá-lo de mim e nem me afastar do meu Deus. Tu nunca aceitas os meus argumentos relacionados à minha indignidade. Até mesmo quando desobedeço pecando contra a tua verdade, assumindo que a tua graça já me é garantida, Tu nunca cessas de me amar. Teu amor por mim não tem preço. O Teu amor por mim é inexplicável, é inigualável".

Num momento em que sentia-se derrubado, Davi ora assim: "Senhor, Tu assentastes minha alma em lugares celestiais. Me destes luz para compreender a Tua palavra. Tu a tornastes lâmpada para os meus pés. Mas caí tanto, que não vejo como me recuperar. Fiz minha cama no inferno. E mereço a ira do Senhor, mereço a punição do Senhor. És demasiadamente alto e santo para me amar na situação em que eu estou".

Davi havia pecado seriamente. Este é o mesmo homem que desfrutava da retaguarda espiritual dada por conselheiros piedosos; era monitorado por homens justos da parte de Deus; era ministrado pelo Espírito Santo. Ele recebia revelações da palavra de Deus. Mesmo assim, a despeito de tantas bênçãos e de sua vida consagrada, Davi desobedeceu completamente a lei de Deus.
Tenho certeza que você conhece a história do pecado de Davi. Ele cobiçou a esposa de um homem, e a engravidou. A seguir tentou cobrir seu pecado embriagando o esposo, na esperança de que este iria dormir com a esposa grávida. Quando isso não deu certo, Davi assassinou o marido dela. Combinou enviar este homem à uma batalha perdida, sabendo que este morreria no fronte da guerra, lá foi o lugar onde Davi mandou colocá-lo e deixar que ele lutasse quase sozinho sem os seus companheiros de luta na guerra. E assim Urias morreu. Davi tinha outras esposas, mas foi cometer este terrível pecado de tomar Bate-Seba de Urias, engravidá-la e depois matar o seu marido para ficar com ela.

As escrituras dizem: "isto que Davi fizera foi mal aos olhos do Senhor". (2 Samuel 11:27). Deus chamou os atos de Davi de "grande mal". E enviou o profeta Natã para lhe dizer: "deste motivo a que blasfemassem os inimigos do Senhor". (12:14).

O Senhor então disciplinou Davi, dizendo que ele sofreria graves consequências. Natã profetiza: "também o filho que te nasceu morrerá". (12:14). Davi orou dia e noite pela saúde de seu bebê. Mas a criança morreu, e Davi sofreu profundamente pelas terríveis coisas que havia causado.

No entanto, a despeito do pecado de Davi, Deus manteve-se perseguindo-o em amor. Enquanto o mundo zombava da fé deste homem caído, Deus deu a Davi um sinal de Seu implacável amor. Bate-Seba agora era esposa de Davi, e ela deu à luz outra criança. Davi "deu o nome de Salomão; e o Senhor o amou". (12:24). O nascimento e a vida de Salomão foram uma bênção para Davi, algo totalmente imerecido. Mas o amor de Deus por Davi jamais se reduziu, até mesmo na hora de sua maior vergonha. Ele buscou Davi implacavelmente.

Consideremos também o testemunho do apóstolo Paulo sobre o grande amor de Deus.

Quando lemos a vida de Paulo, vemos um homem disposto a destruir a igreja de Deus. Paulo era como um louco em seu ódio pelos cristãos. Ele respirava ameaças de morte contra todos os que seguissem Jesus. Ele buscou autorização do sumo sacerdote para caçar os crentes, poder atacar suas casas, e arrastá-los à prisão.

Após se converter, Paulo testifica que mesmo durante aqueles anos cheios de ódio enquanto estava cheio de preconceitos, matando cegamente os discípulos de Cristo, Deus o amava. O apóstolo registra: "Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores". (Romanos 5:8). Ele diz basicamente: "Mesmo eu não tendo consciência disso, Deus estava me buscando, me dando oportunidades para me salvar. Ele continuou me perseguindo em amor, até o dia em que literalmente me fez cair do cavalo. Esse é o implacável amor de Deus".

Ao longo dos anos, Paulo foi se tornando cada vez mais convencido de que Deus o amaria fervorosamente até o fim, em meio a todos seus altos e baixos. Ele declara: "Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as cousas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor". (8:38-39). Ele estava declarando: "Agora que estou em Deus, nada pode me separar do Seu amor. Nenhum diabo, nenhum demônio, nenhum principado, nenhum homem, nenhum anjo - nada pode fazer Deus parar de me amar".

A maioria dos crentes lê esta passagem vez após outra. Ouviram-na sendo pregada há anos. Contudo acredito que a maioria dos cristãos acha que as palavras de Paulo são impossíveis de serem cridas. Toda vez que a maioria de nós peca e falha com Deus, perdemos todo o senso da verdade do Seu amor por nós. Então, quando algo de mal nos acontece, pensamos: "Deus está me chicoteando". Acabamos pondo a culpa em Deus por qualquer problema, luta, doença e dificuldade.
Na realidade, estamos dizendo que "Deus parou de me amar, porque falhei com Ele. Eu O desagradei, e Ele está zangado comigo". De repente nós paramos de compreender o implacável amor de Deus por nós. Esquecemos que Ele está continuamente indo em busca de nós o tempo todo, não importando qual seja a nossa condição. Contudo, a verdade é que não podemos enfrentar a vida com todos os seus terrores e sofrimentos, sem nos agarramos à essa verdade. Temos de estar convencidos do amor de Deus por nós.

Conheço muitos ministros que falam muito do amor de Deus, e livremente o oferecem aos outros. Mas quando o inimigo chega bramindo como um leão contra esses líderes evangélicos, é como uma inundação ou uma avalanche de pedras ou um terremoto para dentro de suas próprias vidas e eles são levados pela correnteza do desespero até caírem na desgraça, ficam sem saída, ficam no fim do túnel. Caem numa poça de lama do desespero, são incapazes de confiar plenamente na palavra de Deus. Eles não conseguem acreditar que Deus ainda os aceite por estarem convencidos de que Ele desistiu deles, mas os que confiam no Senhor são  como os montes de Sião, não se abalam, mas permanecem firmes com Jesus para sempre.

O apóstolo Paulo chega com este assunto crucial a todos nós através de um único versículo. Ele havia escrito duas cartas aos Coríntios. E escolheu terminar a última com essa prece: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós". (2 Coríntios 13:14). Talvez você reconheça esse versículo. Ele é muitas vezes usado nos cultos da igreja como a bênção apostólica. Geralmente é dito como hábito pelo pastor, e poucos ouvintes alcançam o seu enorme significado. No entanto esse verso não é só uma bênção. É o resumo de tudo que Paulo ensina aos Coríntios quanto ao amor de Deus.

Este versículo trata com três questões divinas: a graça de Cristo, o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo. Paulo estava orando para que os coríntios se apossassem destas verdades. Creio que se nós também compreendermos estas três questões, nunca mais duvidaremos do implacável amor de Deus por nós.

1.  Em primeiro lugar o Apóstolo Paulo Considera a Graça de Jesus Cristo.

O quê exatamente é graça? Graça é favor imerecido. Quanto a isso sabemos o seguinte: seja a graça o quê for, Paulo diz que ela nos educa para que, "renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente". (Tito 2:12).

Como chegar a esse ponto, onde, como e quando poderemos ser ensinados pela graça? E qual o ensino que a graça nos oferece? De acordo com Paulo, a graça nos educa a renegar da impiedade e das paixões mundanas, e a ter vidas puras e santas diante de Deus. Se é assim, então necessitamos que o Espírito Santo faça brilhar em nossas almas a verdade fundamental desta doutrina da graça de Deus que nos foi dada gratuitamente.

Encontramos o segredo da declaração de Paulo quanto à graça em 2 Coríntios 8:9. Ele afirma: "Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos". Paulo não está falando de riqueza material aqui, mas de riquezas espirituais. Inúmeras passagens provam isso. Em todas as suas cartas, Paulo fala das riquezas da glória de Cristo, riquezas de sabedoria, riquezas de graça, de ser rico em misericórdia, fé e boas obras. Igualmente, o Novo Testamento se refere às riquezas espirituais como opostas à enganosa riqueza do mundo.

Paulo está nos dizendo: "Aqui está tudo o que você precisa saber quanto ao significado da graça. Chega a nós através do exemplo do Senhor. Em termos simples, Jesus veio abençoar e edificar os outros às Suas próprias custas. Essa é a graça de Cristo. Apesar de ser rico, em nosso favor se tornou pobre, para que através de Sua pobreza nós pudéssemos tornar a ser ricos".

Jesus não veio para se mostrar grande ou para trazer glória para Si mesmo. Ele abriu mão de todos os direitos em relação à palavra "eu", objetivando toda ênfase sobre "os meus". Cristo deixou passar todas as oportunidades para ser o maior dentre os homens do Seu tempo. Pense nisso: Ele nunca orou pedindo bênçãos para Si próprio, para que fosse conhecido ou aceito pelos outros. Ele não ficou mostrando o Seu peso divino para ganhar poder ou reconhecimento. Ele não se exaltou às custas dos pobres, ou dos menos capazes. E não se glorificou em Seu próprio poder, habilidade ou resultados. Não, Jesus veio para edificar o corpo. E provou isso glorificando-se nas bênçãos de Deus para com os outros.

Quando Jesus Cristo andou pela terra, Ele não competia com ninguém. Certamente ouvia Seus discípulos glorificando os Seus poderosos feitos. No entanto, em toda humildade, Jesus respondia: "Vocês farão mais do que Eu. Acreditem: vocês realizarão obras maiores do que as Minhas". Posteriormente, quando Lhe chegaram notícias de que os discípulos estavam operando exatamente estas obras, expulsando demônios e curando pessoas, Ele jubilou de alegria.

Quantos de nós podemos declarar que recebemos tal tipo de graça imerecidamente? Segundo percebemos, muitos até cantam que querem voltar ao primeiro amor, mas estão com falta total de amor pelas almas e pela obra de Deus. Poucos cristãos verdadeiramente se rejubilam quando vêem seus irmãos ou irmãs sendo abençoados por Deus. Isso é especialmente verdadeiro quanto aos pastores e líderes evangélicos que quando vêem um outro ministro ou ministério colhendo as bênçãos de Deus, eles pensam unicamente na situação deles mesmos  ficam com inveja, desejando aquelas mesmas bênçãos sobre eles, mas não querem pagar o preço da humildade, da fidelidade e da obediência a Deus. Eles dizem: "Há anos que luto em oração mas agora esse pastor jovem chega na cidade, e Deus começa a derramar muito mais bênçãos sobre ele do que em mim e no meu ministério ou na minha igreja que estou trabalhando há muito mais tempo".

Devemos estar felizes com o amor incondicional  de Deus. A alegria do Senhor a nossa força é. Devemos nos alegrar ao ver outros abençoados mais do que nós mesmos também. Paulo escreve: "O amor seja sem hipocrisia, sem dissimulação, sem falsidade, e sem qualquer tipo de traição. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros". (Rm. 12: 9-10). A graça de Deus é infinitamente maior do que imaginamos e Deus deseja que nos conservemos em humildade até mesmo com as bênçãos dos outros.

Na primeira carta de Paulo aos Coríntios, Ele descreve ter visto muito pouco da Graça de Deus no meio dos crentes de Corinto.

Paulo encontrou os cristãos coríntios em competição entre si. A igreja estava cheia de auto-exaltação, autopromoção. Homens e mulheres se glorificavam em seus dons espirituais, se chocando em busca de status e posições. Eles competiam ate à mesa de comunhão. Crentes importantes desfilavam seus alimentos exóticos, enquanto os pobres não tinham o que trazer nem o que comer. Outros eram tão orgulhosos, que não achavam nada de mais processar judicialmente o seu irmão em Cristo para resolver as disputas entre eles.

Tudo isso era contrário à graça que Paulo pregava. Esses coríntios tinham um imenso "Eu" carimbado sobre si. Com eles a coisa era ganhar e pegar, em vez de dar. Ainda hoje a palavra "coríntio" traz a conotação da carnal idade e do mundanismo deles.

Paulo diz a estes crentes: "Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais e sim como a carnais, como a crianças em Cristo, mas não é assim, porque sois carnais e andais segundo o homem?" (1 Coríntios 3:1,3).

Pense no que Paulo está dizendo. Crianças buscam satisfazer unicamente as suas necessidades. Eles choram para se trocar as fraldas. E os coríntios eram infantis exatamente assim. Eram pessoas tolerantes com o pecado, alguns se entregando a fornicação e até ao incesto.

Ao pensarmos nestes crentes, a palavra "santamente" não nos vem a mente. Contudo, apesar de toda carnal idade, Deus direcionou Paulo a escrever à essas pessoas como "igreja de Deus, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, graças a vos outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo". (1:2.3).

Isso foi um erro? Será que Deus estava fazendo vistas grossas diante da permissividade da igreja? Não. Deus sabia de tudo que se referia à situação dos coríntios, e Ele nunca fingiu não ver esses pecados. Não, esse endereçamento cheio de graça que Paulo traz à essas pessoas é um retrato do implacável amor de Deus. Tente imaginar o quanto os coríntios ficaram atônitos ao ouvirem a carta de Paulo sendo lida na igreja. Lá estavam os crentes cheios de si, tentando ser o número um do grupo. Ainda assim, escrevendo sob inspiração divina, Paulo se dirige a eles como "santos" e "santificados em Cristo". Por que? Porque Deus estava protegendo essas pessoas.

Se Deus nos julgasse segundo a nossa condição, seríamos salvos num minuto e condenados no outro. Seríamos convertidos dez vezes no dia, e nos desviaríamos dez vezes diariamente. Todo cristão honesto tem de admitir que a sua condição, na melhor das hipóteses, é de luta. Todos nós ainda estamos lutando, ainda tendo que depender da fé nas promessas de misericórdia de Deus. Isso porque ainda temos fraquezas e fragilidades em nossa carne.

Graças a Deus, Ele não nos julga segundo a nossa situação. Em vez disso, Ele nos julga segundo a nossa posição espiritual diante dEle. Veja, mesmo sendo fracos e pecaminosos, demos os nossos corações a Jesus, e pela fé o Pai nos permitiu estar com Cristo no celestial. Esta é a nossa posição. Portanto, quando Deus olha para nós, Ele nos vê não segundo a nossa condição pecaminosa, mas segundo nossa vida espiritual diante dEle em Cristo Jesus.

Por favor não entenda mal. Quando digo que Deus dá segurança ou protege o Seu povo pela Sua graça e pelo Seu grande amor, não estou falando de uma doutrina que permite que os crentes continuem na promiscuidade pecaminosa. A Bíblia deixa claro que é possível a qualquer crente se afastar de Deus e rejeitar o Seu amor. Tal pessoa pode endurecer o coração tão repetidamente, e com tanta rigidez, que o amor de Deus não penetrará mais nas muralhas que ela erigiu.

Neste instante você pode estar numa condição como a dos Coríntios. Mas Deus vê a sua posição como estando unicamente em Cristo. Foi assim que Ele tratou com os coríntios. Quando Deus olhou para eles, Ele sabia que não tinham recursos para mudar. Eles não tinham nenhum poder em si próprios para subitamente se tornarem piedosos, amorosos uns com os outros. É por isso que Ele inspirou a se dirigir a eles dizendo que eles são como santos e santificados. O Senhor desejava que eles conhecessem a segurança da sua posição em Cristo.

Você luta contra uma fraqueza espiritual ? Se é assim, saiba que Deus nunca será impedido em Seu amor por você, porque Deus é amor. Ouça-O lhe chamando de "santo", de "santificado" e dizendo que você e "aceito" como está e Ele te estende a mão para te levantar.

O apóstolo Paulo descreve toda a verdade sobre  "Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção". (1 Coríntios 1:30).

2. Paulo a seguir continua falando do grande  Amor de Deus.

Na primeira epístola de Paulo ao coríntios, ele dirige-se à necessidade da graça de Deus, isso devido às quedas constantes desse povo. Mas em sua segunda carta, Paulo se concentra no amor de Deus. Ele sabia que o implacável amor de Deus era o único poder capaz de transformar o coração de alguém. E a segunda carta de Paulo prova que Deus escolhe usar o Seu grande amor como maneira de mostrar o Seu poder para os Coríntios.

1Coríntios 13:4-8 nos dá uma poderosa verdade quanto ao implacável amor de Deus. Sem dúvida, você ouviu essa passagem muitas vezes, tanto em sermões como em casamentos: "A caridade (amor) é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade (o amor de Deus) nunca falha".

A maioria de nós pensa: "Esse é o tipo de amor que Deus espera também de nós". É verdade, de certa maneira. Mas o fato é que ninguém pode corresponder a essa definição de amor, senão somente Deus. Esta passagem é toda relacionada ao grande e sublime amor de Deus. O verso 8 prova isso: "A caridade, amor, nunca falha". O amor humano falha. Mas aqui está um amor que é incondicional, que nunca desiste, nunca falha. Ele opõe-se e resiste à qualquer falta, a qualquer desapontamento. Ele não exulta com os pecados dos filhos de Deus; pelo contrário, sofre com estes pecados. E Ele resiste a todos os argumentos de que somos mui pecadores e indignos para sermos amados. Em resumo, esse tipo de amor é implacável, e nunca para em sua bondade em direção ao amado. Isso só pode descrever o amor do Deus Todo-Poderoso.

Veja como esse poderoso amor de Deus afetou a vida de Paulo. Em sua primeira carta aos coríntios, o apóstolo tinha todas as razões para desistir da igreja. Ele tinha vários motivos para estar zangado com eles. E ele poderia facilmente tê-los excluído, no desespero devido à infantilidade e à pecaminosidade deles. Ele poderia ter iniciado a carta desta maneira: "Lavo as mãos com vocês. Vocês são totalmente incorrigíveis. Esse tempo todo eu me desmanchei em favor de vocês; porém, quanto mais os amo, menos vocês me amam. Então é isso: eu os deixo a vontade. Vão em frente e briguem entre si. O meu trabalho com vocês está acabado".

Paulo nunca poderia ter escrito isso. Por que? Porque ele havia sido cooptado pelo amor de Deus. Em 1Coríntios, lemos de ele entregar um homem a Satanás, para a destruição da carne desse homem. Isso soa áspero. Mas qual era o propósito de Paulo? Era que a alma desse homem pudesse ser salva (1 Coríntios 5:5). Também vemos Paulo reprovando, corrigindo e admoestando duramente. Mas ele fez tudo isso em meio às lagrimas, com a ternura de uma ama de leite.

Como os coríntios carnais reagiram à mensagem de Paulo que falava do amor triunfante de Deus? Eles se derreteram diante de suas palavras.

Paulo posteriormente lhes disse: "vós segundo Deus, fostes contristados!  agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus, para que, de nossa parte, nenhum dano sofrêsseis. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação". (2 Coríntios 7:11,9-10). Paulo estava dizendo: "Vocês se purificaram, ficaram indignados com seus pecados, e agora estão plenos do zelo e temor de Deus. Vocês se mostraram puros e limpos".

Digo-lhes o seguinte: esses coríntios foram transformados pelo poder do implacável amor de Deus. O mérito não foi deles e nem do Apóstolo Paulo, mas o Apóstolo Paulo foi um agente de Deus para que aquelas pessoas fossem transformadas.  Ao lermos a segunda carta de Paulo para eles, descobrimos que o grande "Eu" nessa igreja havia desaparecido. O poder do pecado havia sido rompido, e o egoísmo tinha sido digerido pelo pesar piedoso. As pessoas não estavam mais amarradas em dons, sinais e maravilhas. A ênfase delas agora era dar em vez de receber. Elas juntaram ofertas para serem enviadas a crentes que haviam sido atacados por uma grande fome. E a mudança veio pela pregação do amor de Deus através do Apóstolo Paulo. Vejamos o que diz o livro de Romanos capítulo 6 versículo 8 sobre o grande amor de Deus. Rm 6:8: “Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.

Há muito mais nesta palavra do que nós podemos perceber quando lemos; já sabemos de cor mas não entendemos perfeitamente e nem claramente. Mas, em outras palavras Deus me diz que apesar dos meus defeitos Ele me ama, me aceita, me considera como seu filho. Jo 15:13. “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”. Jesus deu a vida por mim, antes mesmo de eu haver nascido; se fez culpado por mim, morreu no meu lugar para que eu recebesse a verdadeira vida.

Assim como amo meus filhos independentemente do comportamento deles, Deus me amou a ponto de dar o seu Único filho para morrer em meu e em seu lugar.

O amor de Deus é algo impossível de ser compreendido em toda sua plenitude. A Bíblia diz que o próprio Deus é amor. Na verdade, por mais que apresentemos possíveis definições sobre o que é o amor de Deus, apenas aqueles que o experimentam é qu exclusivos e entendem, mesmo que de forma limitada, o que realmente ele é.

O que mais a Bíblia diz sobre o amor de Deus?

A Bíblia diz que o amor é um dos atributos de Deus. Aqui é importante entender que quando falamos em “atributos” não estamos nos referindo a algum tipo de qualidade que possa ser acrescentada ao ser de Deus. Ao contrário disto, os atributos de Deus são àquelas características que descrevem a própria pessoa de Deus. Portanto, é impossível separar o ser de Deus de seus atributos porque Deus é amor.

É justamente por isso que o apóstolo João escreve dizendo que “Deus é amor” (1 João 4:8). Logo, o amor de Deus é parte integral de seu caráter, e por isso ele é insondável, incomparável, eterno, infinito, imutável, soberano e nos ama com amor incondicional, (Isaías 55:6,7; 62:10-12; 63:9; Jeremias 31;3,31-34; Oseias 11:8; Miqueias 7:18-20; João 3:16; 1 João 4:8,16,19).

Para se referir ao amor de Deus, os escritores do Novo Testamento geralmente utilizam o termo grego ágape, como em 1Corintios 13. Esse termo indica um tipo de amor tão profundo que cuida, zela, corrige e não se baseia em pré-condições. Isso significa que não há nada que possamos fazer para aumentar ou diminuir o amor de Deus para conosco, porque a fonte desse amor está no próprio Deus e não em nós.

A manifestação do amor de Deus é perfeita para aqueles que nEle crê.

A Bíblia fala do amor de Deus para com todos os homens, indicando sua preocupação com as suas criaturas. Isso indica a bondade que o Criador sente para com suas criaturas. Sob esse aspecto, Ele ama os povos, guarda os peregrinos e ampara os órfãos e as viúvas (Deuteronômio 10:18; 33:3 Salmos 68:5; 146:9).

Esse cuidado de Deus é comum a todas as pessoas. Isso significa que Ele é bom para todos, por isso Ele faz com que o sol se levante sobre maus e bons, e a chuva caia sobre justos e injustos. (Mateus 5:45; Salmos 145:9,15,16).

No entanto, a Bíblia também enfatiza que Cristo é a manifestação especial e particular do amor de Deus (João 3:16; Romanos 5:8; 8:31-39). O apóstolo Paulo escreve que “Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, ainda quando estávamos mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus”. (Efésios 2:4-6).

Portanto, ao mesmo tempo em que Deus ama todas as suas criaturas, Ele também ama de forma especial aqueles que são justificados pelos méritos de Cristo, e adotados em sua família como seus filhos. A estes, Ele se comunica de forma mais rica e completa, revelando sua graça e misericórdia. (João 16:27; Romanos 5:8; 1 João 3:1).

Todavia, é preciso entender ainda que o sacrifício de Cristo no Calvário não é a causa do amor de Deus para conosco. Na verdade a cruz de Cristo é o efeito desse amor. Lembre-se que a maior prova do amor de Deus para conosco é o fato de Cristo ter morrido por nós, quando ainda estávamos sepultados em nossos pecados. (Romanos 5:8).

Deus não passou a amar os redimidos no momento em que Cristo foi crucificado, ao contrário, Ele amou e ama o seu povo desde a eternidade. Dessa forma a obra redentora de Cristo revela esse profundo e eterno amor. (Efésios 1). Também é importante entender que o amor de Deus, como parte essencial do seu ser, não deve ser visto como sendo superior aos seus outros atributos. Ele não é mais amor do que justiça, por exemplo.

Algumas pessoas enfatizam apenas o amor de Deus e acabam diminuindo sua santidade, sua justiça, sua santa ira, sua soberania etc. O resultado disso é uma visão distorcida que de forma alguma representa o verdadeiro Deus conforme revelado nas Escrituras.

O amor de Deus em nós, nos faz mais que vencedores em nome de Jesus. 

A Bíblia diz que o amor de Deus está derramado amplamente em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Romanos 5:5). Esse amor é tão forte, que o apóstolo Paulo diz que nada poderá separar os redimidos do amor de Deus que está em Cristo Jesus. (Romanos 8:39).

Este profundo e intenso amor de Deus que nos é comunicado por sermos seu povo, nos capacita a amá-lo. Por nossa própria natureza contaminada pelo pecado, somos incapazes de amar a Deus e desejar aquilo que lhe agrada, mas o amor incondicional de Deus em nós, nos faz pessoas amorosas também.

Além disso, esse amor também nos leva a demonstrá-lo de forma prática em nossas vidas. Desse modo somos instrumentos pelos quais o amor de Deus brilha para o mundo, somos luz e sal da terra em nome de Jesus. Por esse motivo o apóstolo João escreve que “aquele que não ama não conhece a Deus”. (1 João 4:8).

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.