segunda-feira, 8 de maio de 2023

NO CÉU NÃO ENTRA PECADO

NO CÉU NÃO ENTRA PECADO

Quem é o Rei da glória, quem é digno de entrar no Seu santuário?

O Salmo 24 nos mostra claramente quem é o Rei da Glória e quem é digno de entrar no seu santuário.

Salmo 24.1-10.

1.   Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.

2. Porque ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios.

3. Quem subirá ao monte do Senhor ou quem estará no seu lugar santo?

4. Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.

5. Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação.

6. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó. (Selá).

7. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

8. Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na guerra.

9. Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

10. Quem é este Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da Glória. (Selá).

Como é o céu?

A Bíblia nos ensina em Gênesis a partir do  capítulo 1 (um) versículo 1 (um), que Deus criou todas as coisas e que o Céu é o lugar onde Deus habita com os anjos. Lá é o destino final de todos que amam a Deus. É impossível imaginar como é o Céu, porque é tão maravilhoso que é inalcançável e inenarrável ao conhecimento do ser humano.

O Céu é um lugar além do nosso mundo, além do nosso conhecimento, onde Deus vive e reina para sempre e eternamente. Não é o céu azul acima de nossas cabeças, nem o espaço onde ficam as estrelas. É uma dimensão espiritual, onde a Trindade de Deus vive e reina para sempre. Lá teremos corpos espirituais, perfeitos e incorruptíveis,  (1 Coríntios 15:42-44), assim como o corpo ressuscitado de Jesus, que se tornou a primícia dos que dormem.

1Coríntios 15:20 “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem”.

A lei determinava que as primícias da colheita fossem levadas ao templo para serem oferecidas ao Senhor (Lv:23.10,11). Esse primeiro feixe colhido era muito importante para Israel: (1) ele apontava que Deus havia abençoado a lavoura e (2) dava ao israelita a esperança de que haveria colheita naquele ano; (3) Nenhum israelita poderia comer de fruto algum da terra sem primeiro trazer essa primeira oferta ao Senhor. Jesus Cristo é chamado por Paulo de "a primícia dos que dormem". Isso nos aponta para preciosas aplicações.

Primeiro, a ressurreição de Cristo é a benção de Deus para a humanidade perdida. Quando o homem Jesus ressuscita, Ele garante a todos os fiéis a sua futura ressurreição, sendo Ele próprio o primeiro, porque é necessário que Jesus sempre tenha a primazia.

Segundo, se o primeiro homem ressuscitou, os demais que andam em suas pisadas também ressuscitarão.

Terceiro, por fim, pelo fato de Cristo ser oferecido como sacrifício por todos na cruz, e também como a primícia da futura ressurreição, agora todos nós podemos nos fartar das dádivas do reino de Deus e das bençãos da vida eterna.

Quem entrará no céu? Quem entrará nas moradas eternas?

Pergunte a uma pessoa comum no meio da rua o que ele pensa sobre o “céu”. Ele provavelmente descreverá um lugar onde não haverá nada do que gostamos aqui nessa vida.

Na cabeça de muitos, coisas como lindas cores, boa comida, música alta, amigos próximos e atividade física estarão ausentes no céu. Eles imaginam um lugar em que tudo é branco, esterilizado e, geralmente, quieto demais como um hospital cósmico ou uma grande biblioteca nas nuvens. Os habitantes são espíritos desencarnados flutuando por aí, vestidos de linho branco, sentados em bolas de nuvem de algodão e tocando pequenas harpas por toda a eternidade. Acham que no céu é como o oposto de algo animado, apaixonante e eternamente agradável.

A triste realidade é que, normalmente, nós cristãos deixamos que o nosso entendimento sobre o céu seja contaminado com a cultura em que vivemos. Nós não devemos definir o que é o céu para nós, o céu só Deus sabe como é pois foi Ele que o criou. Os artistas, os produtores cinematográficos, dentre outros, não devem definir o que é o céu para nós, ninguém neste mundo tem como definir como é o céu. Ninguém deve definir o que é o céu para nós, só o Espírito Santo de Deus é que nos revela a glória que existe lá.

Somente a Palavra de Deus pode informar corretamente como devemos entender o céu. E, quando consultamos às Escrituras Sagradas, nós descobrimos que o nosso futuro lar não é qualquer coisa e muito menos um lugar chato, parado e entediante.

Particularmente, o céu profetizado em Apocalipse 21 e 22 é descrito como novo céu e nova terra, será o lugar das moradas eternas dos santos e fiéis que chegarem lá, (Apocalipse 21.19-21; 4.3), com boa comida, (22.2; 19.7-9), com hinos celestiais, (5.8-13), de amizade íntima com o próprio Deus, (22.2; 19.7-9) e agradáveis atividades, (21.24-26; 1Coríntios 15.35-49).

O melhor dessa vida não pode ser comparado com o céu. As melhores emoções, as melhores alegrias, as melhores memórias que temos nessa vida são apenas sombras. O mais maravilhoso, profundo, afetivo, emocionante e gratificante momento neste mundo não se compara nem com uma vela perto do sol brilhante que é a experiência no céu.

Ironicamente, muito do que as pessoas gostam nessa vida e assumem que não estará no céu estará lá, porém será infinitamente melhor e perfeito.

O que não haverá no céu?

Porque, de fato, há alguns significantes aspectos de nossa atual experiência que estarão ausentes no céu. Para entendermos certo o quão maravilhoso o céu será, precisamos saber não só o que haverá no céu, mas, também, o que não estará lá.

É por isso que em Apocalipse 21-22, o apóstolo João gasta um bom tempo descrevendo a nova terra, contando o que não haverá no céu, assim como ele o faz dizendo o que haverá lá.

O que não haverá no céu? Segue uma lista de 17 itens que João afirma que não estarão na nova terra. Cada um deles representa algum aspecto da queda, rebelião ou julgamento divino relacionado a este mundo presente. E não haverá sinal de corrupção ou julgamento no mundo que virá.

Não haverá mar. (Apocalipse 21.1). Na Bíblia, o mar é normalmente uma representação do mal, desordem e caos. Além disso, os oceanos, como hoje conhecemos, é resultado do julgamento dado por Deus no Dilúvio. (Gênesis 6-8).

Gênesis 6.2-3. Não haverá separação entre Deus e o homem. (2-3).

Gênesis 6.4. Não haverá lágrima, luto e pranto. (4).

Gênesis 6.4. Não haverá tristeza e nem dor. (4).

Gênesis 6.4. Não haverá morte.  (vl4).

Gênesis 6.5. Não haverá nada que não será feito novo. (5).

Gênesis 6.6. Não haverá sede espiritual. (6).

Gênesis 21.8,27. Não haverá pecador não redimido tais como os que João lista como covardes, descrentes, abomináveis, assassinos, imorais, feiticeiros, idólatras e mentirosos (v.8); ninguém que pratique abominação e mentira.

Gênesis 22.22. Não haverá templo porque Deus é o templo.

Gênesis 22.5,23  Não haverá necessidade de sol e lua. (22.5,23) porque Deus é a luz.

Não haverá necessidade de lâmpada.

Não haverá noite e presumivelmente não haverá necessidade de que os santos ressuscitados durmam. Não haverá fechamento dos portões da Nova Jerusalém.

Não haverá sujeira.

Não haverá ninguém cujo nome não esteja escrito no livro da vida do Cordeiro.

Não haverá maldição.

O eterno reino de Cristo e seus redimidos não terá fim.

Segundo a Bíblia quem não entrará no Reino dos Céus?

A Bíblia diz que só os salvos entrarão no Reino dos Céus. Deus nos ama e quer que todos sejam salvos mas o pecado nos separa d'Ele. Por isso, Ele enviou Jesus para pagar por nossos pecados. Quem rejeita Jesus e morre em seus pecados não irá para o Céu.

Em 1 Coríntios 6:9-11 e Apocalipse 22:14-15 encontramos uma lista de pessoas que não entrarão no Reino do Céus. Não há lugar para o pecado no Céu, todos os pecadores estão condenados. Mas Jesus pode nos purificar de todo o pecado, quando O aceitamos como salvador.

Sempre que a Bíblia fala sobre quem não entrará no Reino dos Céus, ela contrasta com quem foi salvo por Jesus. Em Jesus temos uma nova identidade purificada, livre do pecado. O pecado já não nos define e podemos vencê-lo. Não pertencemos mais às trevas mas à luz.

Há listas de quem não entrará no Reino dos Céus se referem principalmente aos desviados e aos descrentes mas também servem de aviso aos crentes. Jesus morreu e ressuscitou para podermos viver uma vida livre do pecado. Agora podemos rejeitar o pecado e viver de maneira que agrada a Deus. Com a ajuda de Jesus, cada crente deve lutar contra o pecado em sua vida, não vivendo mais como quem está longe de Deus.

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, bondade, fidelidade, mansidão, temperança e domínio próprio. Contra estas coisas não há lei”. Gálatas 5:22-23.

A turma do pode tudo e do “uma vez salvo, salvo para sempre”, continua a dizer que tudo pode, mas se esquecem que podem usar o livre arbítrio para tudo e para fazer o que quiser aqui na terra, só não pode é entrar no reino de Deus se não mudar de vida e ser uma nova criatura em Cristo. Para entrar no Céu há a necessidade de conversão, da pessoa se tornar uma nova criatura em Cristo Jesus.

O livre arbítrio permite tudo, porém para entrar no Céu temos que renunciar o “tudo” e fazer somente aquilo que agrade a Deus.

Pode tomar santa ceia e depois ingerir bebidas alcoólicas em geral? Pode?

Pode viver uma vida relaxada sem compromisso com Deus e depois ir morar no Céu? Pode?

Pode fornicar e depois cantar hinos na igreja? Pode?

Pode sair aos sábado, domingos ou em qualquer outro dia pra balada, beber, se divertir e chapar, “encher a cara”, beber até cair nas noitadas e nos carnavais, beber  até ficar inconsciente, cair, desmaiar nos “luaus" e depois ir para o culto na igreja louvar a Deus? Pode?

Pode fornicar, adulterar, prostituir e depois ir pregar a palavra de Deus? Pode?

Pode ser estelionatário, caloteiro, mal pagador, mentiroso, fingir que é santo? Pode?

Pode ser fofoqueiro, caluniador e depois assumir o púlpito como se Deus não se importasse com seu péssimo testemunho? Pode?

Só que tem uma coisa, Deus é Santo e procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade.

O que não pode é entrar no reino dos céus de qualquer jeito.

"Todas as coisas me são lícitas mas nem tudo me convém”. Ou somos luz; ou somos trevas.

De uma mesma fonte não pode jorrar dois tipos de água; Pra Deus não existe meio termo". E Deus não se deixa escarnecer.

O apóstolo Paulo nos ensina da seguinte maneira: “De Deus não se zomba, tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Gálatas 6.7.

O Apóstolo João usou contrastes para descrever as glórias do céu em Apocalipse 21-22. No final dos dois capítulos da Bíblia ele explica a grandeza da nova terra e do novo céu mostrando o quão diferente será do mundo manchado pelo pecado, quebrado, amaldiçoado e corrupto.

Vamos dar aqui um conceito bíblico do que é pecado de acordo com a Bíblia.

A) No Velho Testamento.

1. Hata. Significa “errar o alvo”. Seu equivalente grego é “hamartano”. A ideia é que o homem, ao errar o alvo, atinge outro lugar, o lugar errado. Essa palavra designa pecados morais, idolatria e pecados cerimoniais. (Ex 20.20; Jz 20.16; Pv 8.36; 19.2);

2. Ra. Muitas vezes indica calamidade e frequentemente é traduzindo como “mal” ou “perverso”. Pode indicar algo moralmente errado. (Gn 3.5; 38.7; Jz 11.27). O texto de Isaías 45.7 é controverso quanto ao sentido entre calamidade e mal, cuja interpretação mais aceita é calamidade ou “mal punitivo”;

3. Pecha. “Rebelar”, “transgredir” ou “revoltar”. (1Rs 12.19; 2Rs 3.5; Sl 51.13; Is 1.2);

4. Aon. “Iniquidade” ou “culpa”. (1Sm 3.13; Is 53.6; Nm 15.30-31);

5. Shagah. “Errar” ou “extraviar-se” como uma ovelha ou um bêbado. (Is 28.7; Nm 15.22);

6. Asham. Significa “culpado”, tem a ideia de “culpa perante Deus” e aparece muito em rituais no tabernáculo e no templo. (Lv 4.13; 5.2-3);

7. Rasha. “Perverso” ou “impiedade”, o contrário de justiça. (Ex 2.13; Sl 9.16; Pv 15.9; Ez 18.23);

8. Taah. “Vaguear” ou “extraviar-se”. Indica pecado deliberado, não incidental. (Nm 15.22; Sl 58.3; 119.21; Is 53.6).

Com o estudo destas palavras hebraicas podemos chegar a estas conclusões sobre o pecado:

a) O pecado pode assumir muitas formas e cada homem podia e pode estar ciente da forma particular do seu pecado;

b)    O pecado é aquilo que contraria uma norma de Deus e, por fim, acaba sendo desobediência a Deus;

c)  A desobediência envolve tanto a omissão como o erro deliberado. O pecado também não é apenas errar o alvo, mas acertar o lugar errado. Pecado é viver conscientemente e deliberadamente fazendo aquilo que desagrada a Deus.

B) No Novo Testamento.

1. Kakós. Significa “algo ruim”. Pode referir-se a um mal físico, mas normalmente indica um mal moral. (Mt 21.41; Mc 7.21; At 9.13; Rm 12.17);

2. Ponerós. Termo básico para mal e quase sempre indica mal moral. (Mt 7.11; Rm 12.9). Também é usado para referir-se a Satanás e suas maldades. (Mt 13.19,38; 1Jo 2.13-14). Demônios também são chamados de “espíritos malignos”. (Lc 11.26; At 19.12);

3. Asebês. Significa “ímpio” e designa aqueles que não foram salvos. Aqueles que sabem que estão pecando e vivem conscientemente na prática do pecado.   (Rm 4.5; 5.6; 1Tm 1.9; 1Pe 4.18);

4. Énochos. “Réu” ou “culpado” e geralmente denota alguém que pratica um crime passível de morte. (Mt 5.21-22; Mc 14.64; 1Co 11.27; Tg 2.10);

5. Hamartia. Palavra mais usada para falar de pecado. Significa “errar o alvo”. No NT quase sempre ocorre no contexto que fala de perdão ou de salvação. (Mt 1.21; Jo 1.29). Outras referências úteis são: Rm 5.12; 1Co 15.3;e Tg 1.15;

6. Adikía. Em sentido amplo se refere a qualquer conduta errada. É usado para falar de pessoas não salvas, (Rm 1.18), de dinheiro, (Lc 16.9) e de ações. (2Ts 2.10);

7. Anomos. Significa “sem lei” e é frequentemente traduzido como “transgressão” ou “iniquidade”. (Mt 13.41; 24.12; 1Tm 1.9);

8. Parabátes. “Transgressor” e é usada quando há violações específicas das leis de Deus e de Sua Palavra. (Rm 2.23; Gl 3.19; Hb 9.15);

9. Agnoema. Se refere ao adorador que pratica uma adoração falsa, o que o torna culpado e necessitado de oferecer a Deus um sacrifício que seja aceito por Deus.  (At 17.23; Rm 2.4; Hb 9.7);

10. Planáo. “Desgarrar” (1Pe 2.25), levar alguém para um caminho mau, (Mt 24.5-6) e enganar-se a si mesmo. (1Jo 1.8).

11. Paraptôma. A idéia dessa palavra é de “cair ao lado de”, na maioria das vezes de modo deliberado. Com frequência é traduzida como “ofensa”. (Mt 6.14; Rm 5.15-20; Gl 6.1);

12. Hypókrisis. Incorpora três ideias: “Interpretar falsamente”, como faria um oráculo; “fingir”, como faria um ator; e “seguir uma interpretação” falsa e ou falsificada. (1Tm 4.2).

O estudo dessas palavras gregas nos leva a algumas conclusões sobre o pecado:

a) Sempre existe um padrão claro contra Deus, pelo qual o pecado é cometido;

b) No final de tudo, o pecado é uma rebelião contra Deus e uma transgressão de seus padrões;

c)  O mal pode assumir muitas formas;

d) A responsabilidade do homem é entendida de forma clara e definitiva.

A Bíblia nos diz claramente que o salário do pecado é a morte.

“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus”. Rm.6.23.

A conclusão do apóstolo sobre este ensino é brilhante. Ele ofereceu um contraste chocante entre “o salário do pecado” e “dom gratuito de Deus”. Já vimos que quando ele fala sobre a retribuição paga pelo pecado, o termo grego traduzido como salário significa basicamente o pagamento merecido pelo trabalho feito. Porém, quando ele fala sobre a retribuição dada por Deus, ele usa o termo grego “charisma”. Esse termo significa uma dádiva, isto é, um favor que alguém recebe sem qualquer mérito próprio e  imerecidamente.

O apóstolo apresentou os dois lados de uma forma muito clara. Quando o pecado é o senhor, o homem recebe um salário; aquilo que ele merece, isto é, a morte. Quando Deus é o Senhor, o homem recebe uma dádiva, aquilo que ele não merece, isto é, a vida eterna em Cristo Jesus.

Este ensino esmaga qualquer tipo de senso de autogratificação que possamos ter. Se acharmos que merecemos algo e que devemos ser recompensados por isso, saibamos então que tal recompensa é a morte, pois ela é tudo o que merecemos. Mas se olharmos para nossa própria vida e percebermos o quão miseráveis somos, entenderemos então que tudo é pelos méritos de Cristo. É por sua morte expiatória no Calvário que não recebemos nosso salário, mas o dom gratuito de Deus.

A liberdade que o homem encontra no pecado é a escravidão, mas a escravidão que o homem encontra em Deus é a verdadeira liberdade (Romanos 6:20-22). Servindo ao pecado, o homem recebe o que é justo, e seu salário é a morte. Servindo a Deus, se refugiando n’Ele através de Cristo, o homem não recebe o que lhe é justo, mas recebe aquilo que de nenhuma outra forma teria direito: a vida eterna.

“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor”. Diante disso, realmente a pergunta inevitável é: Quem é o seu Senhor?

Senhor quem entrará no Teu santuário?
Todos os descendentes de Adão são concebidos em pecado, Sl 51:5; não há ninguém que faça o bem, Sl 14:1; desviaram-se todos, e juntamente se tornaram imundos, Sl 14:3; não há quem entenda, não há quem busque a Deus, Rm 3: 11.

Todos estes versículos demonstram que dentre os homens não há um sequer que se encaixe na descrição feita por Deus, pois todos nasceram de Adão, e por isso são escusáveis e condenáveis perante Deus. (v. 2).

Somente Cristo, o segundo Adão, gerado por obra e graça do Espírito Santo, e que viveu entre os homens é o único homem que jamais se achou engano em sua boca "Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano". 1 Pd. 2:22.

O Salmo 15.1-4 contém uma descrição completa de Jesus que homem algum conseguiu ou conseguirá se encaixar "Aquele que não difama com a língua, nem faz mal ao seu próximo, nem contra ele aceita alguma afronta ou suborno". (v. 3). Compare: "Quando Jesus foi injuriado, não injuriava, e quando padecia e sofria perseguições, não ameaçava ninguém. Antes, entregava-se àquele que julga justamente. 1 Pd 2:23.

O versículo quatro apresenta os réprobos e os que temem a Deus. Estes estão em posição oposta àqueles. Se este salmo fizesse referência aos homens, este versículo viria redigido demonstrando que os que temem é que habitarão com o Senhor.

Porém, o Salmista diz que aquele que habitará no trono, honrará os que temem ao Senhor. Um só, Jesus, aquele que habita nos céus, honrará a muitos, principalmente os que temem ao Senhor.

Somente Jesus honrará aqueles que temem a Deus "Se alguém me serve, siga-me, e onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará". (João 12:26).

Somente Jesus, homem, teve condição de jurar aos seus semelhantes, visto que Ele é o grande Rei a quem pertence a cidade Santa. Cristo pode jurar por ele possuir as coisas imutáveis e por ser imutável "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e o será eternamente". (Hebreus 13 :8).

Somente Jesus concede os recursos necessários a quem precisa. Aos homens é impossível se salvarem, porém Cristo lhes concede de graça vinho e leite "Ó, vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite". (Isaías 55:1).

Todos quantos beberem da água que Ele concede não terão mais sede, antes haverá uma fonte de águas vivas que faz saltar para a vida eterna. João capítulo 4. Estes são criados perante Deus em verdadeira justiça e santidade, e contra aqueles que foram lavados no sangue do cordeiro não pesa acusação alguma.

Somente aqueles que aceitam a Cristo por meio da fé são inocentes perante Deus, e contra eles não pesa acusação alguma.

Dentre os homens Jesus é o único que não foi abalado, pois se entregou na morte, para na ressurreição conduzir muitos filhos a Deus e receber a glória que Ele tinha antes de haver mundo Sl 16: 8.

Todos quantos crerem em Cristo hão de habitar com Deus para sempre e eternamente, uma vez que Deus habita neles. Todos que crêem hão de reinar com Cristo e fixarão residência na cidade do grande Rei, na nova Jerusalém. Apocalípse 21.1-8.

1. E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.

3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.

4. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

5. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

6. E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.

7. Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

8. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.

Finalmente é declarado ao cristão obediente a Deus o lugar das moradas eternas. Apocalipse, 22.1-5.

1.  E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.

2. No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações.

3. E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão.

4. E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome.

5. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre.

E ainda: "Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará". Sl 91:1.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

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