segunda-feira, 17 de junho de 2024

A COMERCIALIZAÇÃO DA FÉ CHEGOU AOS LIMITES DA VERGONHA

A COMERCIALIZAÇÃO DA FÉ CHEGOU AOS LIMITES DA VERGONHA.

 

Antes de entrar na matéria do tema em referência quero afirmar que todos os trabalhadores da obra de Deus são merecedores e dignos dos seus salários e de suas prebendas desde que tenham um padrão de conhecimento e sejam aceitos pelos membros e principalmente pelo corpo administrativo de obreiros de cada igreja.

Em 31 de outubro de 1517, ocorria na Alemanha a Reforma protestante, que, entre outras coisas, combateu a comercialização de bênçãos que na prática era chamada de vendas de indulgências e o perdão para todas as supersticiosidades religiosa. Tudo na igreja da ordem Católica Romana era vendido, tinha que ser comprado qualquer benção ou perdão que as pessoas desejassem receber para si próprio ou, para os seus familiares, principalmente para os mortos. Sem o documento de pagamento das indulgências  ninguém “entraria” no purgatório e muito menos no céu. Para se obter o perdão e a autorização para entrar no purgatório e depois no céu era obrigatório se pagar as indulgências se não o destino era o inferno.

Hoje, algumas igrejas ditas evangélicas se veem ameaçadas por inovações, modismos e crendices que solapam a genuína doutrina bíblica, e estão se utilizando de métodos nada honestos com o povo, porque só visam o lucro num verdadeiro comércio da fé. Para isso é utilizado todos os meios possíveis de convencimento das pessoas pelas redes sociais, tv,s e todos os meios eletrônicos disponíveis. É a venda de indulgências do mundo moderno por igrejas, pastores, bispos e apóstolos, numa verdadeira situação de semelhança com os erros do passado do catolicismo romano, tão combatido pelos reformistas da igreja nos tempos de Martinho Lutero.

Inventam todos os tipos de cursos e de campanhas para mudar o sentido do convencimento dos fieis para alcançar seus objetivos financeiros e suas metas diárias.  

A comercialização da fé chegou com muita força no Brasil e causa vergonha aos verdadeiros cristãos.

Muitas igrejas ditas evangélicas e neopentecostais, estão reeditando as práticas do clero romano da igreja medieval dos tempos  em que se perdeu totalmente o temor e a comunhão com estes que se achavam tão “santos” que até vendiam a salvação por meio das indulgências. O apóstolo Pedro no seu tempo aqui na terra já fazia sérias advertências neste particular, (1 Pd 5.2,3; 2 Pd 2.1-3).

A Bíblia denomina de mercenários aqueles que usam das coisas sagradas em benefício próprio, visando tão somente tirar vantagem e lucro para si. (Jo 10.11-13; Fp 3. 17-19).

Um exemplo do exposto anteriormente é o caso de Demas, ele era companheiro de Paulo na obra de Deus, mas abandonou o apóstolo e foi para Tessalônica, possivelmente em busca de maiores lucros e ganhos financeiro, pois Tessalônica era uma cidade próspera onde corria muito dinheiro. (2Tm 4.10).

Os mercadores da fé oferecem de tudo como forma de atrair as pessoas, tais como: anéis ungidos, rosas perfumadas, medalhas imantadas para alcançar sucesso nos seus empreendimentos, sabonete ungido para purificação do corpo, sal do Mar Morto ou sal grosso para proteger a pessoa do olho mal, venda de profecias , venda de revelações, entre outras coisas. Ainda pedem as ofertas do sacrifício pessoal que pode ser: relógios, bicicleta, rádio, TV, carro, casa, tudo via meios eletrônicos ou outros com a maior facilidade.

O apóstolo Paulo adverte que nos afastemos de homens fraudulentos que se infiltram na igreja com aparência de piedade, mas trazem ensinamentos contrários para tirar proveito próprio daquela igreja. (1Tm 6.3-5; 2 Tm 3.5). São lobos devoradores vestidos de ovelhas.

Os modismos na igreja evangélica do século vinte e um tornaram-se constantes e chamam muito a atenção.

A obra de Deus precisa de dinamismo, criatividade, estratégia e fervor para ganhar almas para o reino de Deus, mas é preciso cuidado com as práticas sem respaldo bíblico. Deus não aceita fogo estranho no altar, no culto, porém é o que mais tem acontecido hoje em dia. (Lv 10.1-3)

Para colocar ordem na realização dos cultos da igreja em Corinto, Paulo foi muito específico e enfático ao ensinar que os dons, ministérios e operações de milagres são dados pelo Espírito Santo a cada um para o que for útil. (1Co 12.4-7); Quando no ajuntamento dos crentes  para cultuar a Deus, cada um tem salmo, doutrina, revelação, línguas, interpretação, e que tudo seja feito para a edificação da igreja. Paulo observa que Deus não é de confusão, e que, portanto, faça-se tudo com decência e ordem. (1Co 14.26,33,40).

Não seria esse o padrão a ser seguido pelas igrejas ditas evangélicas em nossos dias?

O temor de Paulo, já em seu tempo, era que a igreja se afastasse da simplicidade que há em Cristo, levada por uma pregação que nada tem a ver com o genuíno Evangelho, o evangelho da verdade. (2Co 11.3,4). Paulo repreendeu os gálatas pelo fato destes terem passado para outro evangelho o qual era bem diferente do Evangelho de Cristo. (Gl 1.6-8).

Superstição entre os crentes nestes tempos de modernidade teológica.

Superstição é um sentimento religioso excessivo que leva à pratica de atos indevidos e absurdos. A Bíblia faz referência à superstição religiosa nas palavras de Paulo aos atenienses em Atos 17.22: “E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos”.

Há muitos lideres evangélicos e muitos crentes com comportamentos e atitudes supersticiosos, como os que se seguem abaixo:

A prática de apagar pecados queimando papeis numa cruz feita cavando na terra em forma de cruz, onde as pessoas escrevem seus pecados em papéis e o lançam naquela cruz feita no chão e é colocado o fogo ao som de instrumentos, cantos e danças. Acreditam que precisam escrever todos os seus pecados em pedaços de papel e jogá-los em uma fogueira para eliminá-los por completo. Mas, e o sangue de Jesus? Já não mais nos purifica de todos os pecados? (1Jo 1.7);

Deixar a Bíblia aberta no Salmo 91 ou em qualquer outro salmo como o 23 ou qualquer outro como se aquilo fosse uma reza ou oração forte de proteção, enquanto que isso não tem valor nenhum, o que tem valor é o exercício diuturno da leitura bíblica que é a palavra de Deus, e está leitura bíblica pode ser de qualquer lugar da Bíblia. Devemos confiar plenamente no Deus do Salmo, não no Salmo em si. Tal prática é um sentimento supersticioso. Esteja a Bíblia aberta ou fechada, Deus sempre guarda aqueles que o temem e os livra.

A crença exacerbada em anjo da guarda deve ser evitada.  É verdade que os anjos do Senhor são enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação, (Hb 1.14), mas não podemos supervalorizar os anjos chegando a tornar-se uma angelolatria, que é a idolatria dos anjos. (Cl 2.18).

Em algumas igrejas, há práticas que chegam a imitar espiritistas de todas as linhas espíritas tais como: Caminhar sobre sal grosso; Caminhar descalço nas brasas de fogo; Usar roupa branca em determinado dia, como por exemplo no réveillon na passagem de ano, roupas folclóricas de festas de santos como as festas juninas. Campanhas do descarrego; Oração “forte” contra olho gordo; Oração “forte” para tirar o encosto; Regressão espiritual intrauterina. Hipnose com a aplicação da parapsicologia. Ouve-se também expressões no meio evangélico que nada tem a ver com a terminologia bíblica como, Canela de fogo; Sapato de fogo; Vassoura de fogo. A orientação Paulina é que não devemos ir além dos limites impostos pela Palavra de Deus, mas deve ser conforme o que nela está escrito, (1Co 4.6).

O uso de objetos e símbolos de outras religiões e culturas nos cultos também são abominação ao Senhor, são comparados com a idolatria.

O Antigo Testamento é rico em tipologia, no sentido de tornar mais compreensível a comunicação de Deus com Seu povo, Israel, (Hb 10.1). Mas ainda que a Bíblia apresente figuras materiais para ilustrar a fé, especialmente no A.T, temos no Novo Testamento a  regra que diz: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. (Rm 10.17). Os livros dos profetas no Velho Testamento e também o Apocalipse no Novo Testamento são cheios de figuras representativas de situações proféticas e não objetos de adoração.

Os objetos usados em muitas igrejas evangélicas fazendo parte do culto ao Senhor Jesus não passam de verdadeiros amuletos se forem apresentados com fins comerciais, tais como: O copo com água em cima do aparelho receptor no intuito de vender garrafas de água; A rosa ungida; A unção coletiva, no intuito de vender o óleo; Unção de carteira de trabalho, desde que o indivíduo se comprometa a dar o primeiro salário para aquela instituição; oração por fotos de pessoas que querem se casar mesmo sabendo que já são casadas, orações por roupas para fins amorosos, etc.;

Posso orar por uma pessoa através de sua foto?

Os casos de objetos usados na Bíblia como ato simbólico de fé, é a exceção, não a regra, que ocorriam espontaneamente, como no caso dos lenços e aventais de Paulo que foram usados por terceiros para a cura de enfermos, (Atos 19.12). Paulo não confeccionou lenços e aventais para utilizá-los na realização de curas e milagres, era de seu uso pessoal. Paulo usava o método ensinado por Cristo: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres e maravilhas extraordinárias”. (v.11).

Os modismos não edificam a igreja, mas tem grande facilidade de entrar nela. A igreja evangélica hodierna, se vê ameaçada pelos mesmos modismos que foram denunciados e rejeitados pelos reformadores. Oremos pela igreja evangélica brasileira, e apregoemos a sã doutrina da Palavra de Deus, quer ouçam, quer deixem de ouvir.

Sobre a casa de oração, Jesus Cristo foi ao templo para ver que tipo de culto o povo estava prestando ao Senhor.

A casa de oração no tempo de Jesus tornara-se lugar de comércio e de poder, disfarçados em cultos piedosos.

Expulsando os comerciantes, Jesus denuncia a opressão e a exploração dos pobres pelas autoridades religiosas. Prevendo a ruína do templo, ele mostra que essa instituição religiosa já estava falida. Doravante, o verdadeiro Templo é o corpo de Jesus, que é morto, mas ressuscita. Deus não quer habitar em edifícios, mas na própria pessoa. O apóstolo Paulo afirma que nosso corpo é templo do Espírito Santo. (1Cor 3.16; 6.20).

Os templos são locais, ou pelo menos deveriam ser, de oração e de adoração exclusiva ao Senhor Deus. Fora disso são meros locais de apresentações de shows se não tiverem o cuidado devido de manter a reverência que Deus merece em toda a extensão da palavra, incluindo os objetos e instrumentos de louvor ao Senhor e a todos os que cantam e ministram a Palavra de Deus nos púlpitos consagrados a Deus.

O Evangelho de João é conhecido como “Evangelho do amor”. Nesse relato, no entanto, ele apresenta Jesus em um momento de ira, de revolta. João aponta para um Jesus humano, que também teve seus momentos de raiva e indignação. Ele estava ali para cuidar da casa de seu Pai, para mudar práticas.

Por vezes, achamos tudo tão normal e relativizamos tudo na vida e no mundo, que já não questionamos mais nada. Ouvimos muitas vezes: “a vida é assim mesmo, não tem jeito e não temos mais nada que fazer”. Jesus muda a realidade do templo e aponta um problema. O templo girava em torno da economia e legitimava o sistema econômico, que por sua vez, justificava o político e o ideológico. E sabemos que o econômico era decidido pelo Império Romano. Eram suas autoridades que designavam o sumo sacerdote, que por sua vez, legitimava a opressão via religião. Jesus diz no versículo 16: “Tirem tudo isto daqui! Parem de fazer da casa do meu Pai um covil de salteadores”.

Mateus 21:12-16,46.

12. E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.

13. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.

14. E foram ter com ele ao templo cegos e coxos, e curou-os.

15. Vendo, então, os principais dos sacerdotes e os escribas as maravilhas que fazia e os meninos clamando no templo: Hosana ao Filho de Davi, indignaram-se,

16. e disseram-lhe: Ouves o que estes dizem? E Jesus lhes disse: Sim; nunca lestes: Pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?

17. E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia e ali passou a noite.

46. e, pretendendo prendê-lo, recearam o povo, porquanto o tinham por profeta.

Marcos 11:15-17.

15 Chegando a Jerusalém, Jesus entrou no templo e ali começou a expulsar os que estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas,

16 e não permitia que ninguém carregasse mercadorias pelo templo.

17 E ele os ensinava, dizendo: "Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? “Mas vocês fizeram dela um 'covil de ladrões”.

O problema não era somente vender algumas pombas e cabritos, mas era, na verdade, a venda de todo um país, do povo e do projeto de Deus. Assim, para Jesus, o templo era um empecilho para a construção do Reino de Deus, quando deveria ser o contrário.

O texto do Evangelho de João leva-nos também a refletir e questionar sobre a prática da Igreja hoje. Estamos num tempo onde se vende de tudo nas igrejas, como sabonetes abençoados, espadim para lutar com o diabo, envelopes para fogueira santa, enfim, uma infinidade de ‘produtos’ para alcançar a salvação.

O tempo dos sacrifícios e holocaustos já passou. Jesus veio ao mundo, cumprindo sua missão até o sacrifício derradeiro. “Pois o sangue de touros e de bodes não pode, de modo nenhum, tirar os pecados de ninguém. Por isso, Cristo, ao entrar no mundo disse: ‘Tu, ó Deus, não queres animais oferecidos em sacrifícios nem ofertas de cereais, mas preparaste um corpo para mim. Não te agradam as ofertas de animais queimados inteiros no altar, nem os sacrifícios oferecidos para tirar pecados’” (Hebreus 10.4-6).

Jesus quer que ofereçamos a nossa vida para cumprir a vontade de Deus. Quer que o sirvamos com nossas bocas, nossas mãos, nossos pés, nosso corpo inteiro, no cuidado aos menos favorecidos, na busca por justiça, igualdade e vida abundante para todos e todas.

Creio que esta narrativa de João, situada no início do ministério de Jesus, tem o propósito de mostrar, logo de cara, que Jesus vinha para mudar as práticas religiosas. Vinha para mostrar ao mundo que o amor às pessoas é o maior desejo de Deus. Que os sacrifícios e holocaustos deveriam estar a serviço do próximo. Por isso, ele mesmo doou sua via por amor ao Pai e ao mundo. Amém.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

A SOBERBA DA VIDA É A CAUSA DE MUITAS DERROTAS

A SOBERBA DA VIDA É A CAUSA DE MUITAS DERROTAS.   

 

Tiago 4: 1-17.

1.  Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
2. Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis.
3. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
4. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?
6. Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes.
7. Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.

8. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração.

9. Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza.

10. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.

11. Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12. Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?

13. Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.
14. Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.

15. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.

16. Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
17. Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.

Irmãos, não estou reforçando a idéia de pregação Calvinista, Arminiana, Wesleyana, Luterana etc ou qualquer outra corrente teológica, mas olha a diferença que existe entre uma mensagem bíblica, mesmo que cristocêntrica com uma palavra com direcionamento somente para o lado motivacional, em comparação com outra mensagem centrada no poder da unção do Espírito Santo.

Por isso, reforço o tempo todo, por favor, não aprove, somente por aprovar, mensagens motivacional, coaching, mentorial, e etc, todas são importantes, mas esse negócio de, “quem te viu por baixo irá te ver por cima...”, “o milagre que Deus irá realizar na sua vida é pra ontem”, “Deus tem que fazer acontecer  na sua vida”. Estas mensagens não podem substituir a palavra de Deus. Estas mensagens de conotação puramente de teologia do positivismo, na maioria das vezes não dão certo.

Não que eu duvide do poder de Deus para usar as pessoas com mensagens novas e desafiadoras, não é isso, mas essa “hiper graça” de alguns “mega pregadores” é muito pretensiosa, e tem mais, eleva o homem a ponto de ser quase um semideus, Deus age somente quando Ele quer agir, Deus age por Sua vontade Soberana. Deus age por Sua vontade diretiva ou por Sua vontade permissiva. Deus age quando nos humilhamos debaixo da Sua potente mão.

Deus nunca age porque algum ser humano mandou Ele agir. Ele é o Deus Onipotente, Onisciente e Onipresente, somente Deus tem estes atributos, ninguém mais.

As discórdias, dissensões e facções são obras da carne.

Discórdias, dissensões e facções. Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o reino do céu. A advertência de Paulo em Gálatas 5:19-21 é bem clara. Deus não aceita o espírito partidário de divisão que domina tantas pessoas religiosas, ou tantas religiões de hoje; existe muita fantasia e pouco caráter de cristão de verdade.  

Estes pecados correm diretamente contra a oração de Jesus e a verdadeira natureza de Deus, (João 17:20-23). Jesus quer que seus seguidores sirvam juntos em harmonia nesta vida e na eternidade.

Para nos ajudar a evitar ou superar estes pecados em nossas vidas, olhamos para algumas coisas que a Bíblia ensina sobre problemas entre irmãos e sobre a paz com Deus e outros cristãos, e então veremos o que separa pessoas religiosas de pessoas convertidas de verdade.

Vejamos algumas coisas que não devem causar divisão na igreja.

Primeiro ponto. Diferenças de opinião não destroem a comunhão. Homens bons diferem sobre vários detalhes de como fazer a obra de Deus sem perder seu respeito mútuo de uns para com os outros. Um exemplo claro disto é a discordância entre Paulo e Barnabé em Atos 15:36-41. Dois evangelistas devotos e experientes tinham uma diferença de opinião sobre se levariam João Marcos em sua viagem de pregação. Ambos tinham boas razões para suas posições. Paulo lembrou que Marcos tinha os abandonado quando o caminho se tornou difícil em sua primeira viagem, (Atos 13:13). Barnabé, já conhecido por sua habilidade para encorajar e edificar seus irmãos, ainda tinha esperança de que João Marcos viria a ser um companheiro confiável. Este otimismo mostrou-se correto (2 Timóteo 4:11), mas as preocupações imediatas de Paulo também eram compreensíveis. Como estes dois homens maduros lidaram com suas diferenças? Eles permitiram um ao outro a liberdade de fazer sua obra sem sentir a necessidade de ataque pessoal ou denúncia de caráter de seus companheiros na fé e na jornada da pregação do evangelho.

Segundo ponto. Discussões de diferenças doutrinárias não causam divisão. Algumas pessoas ficam tão paranóicas com a possibilidade de divisão que evitam qualquer sugestão de diferenças, e consideram discutir assuntos religiosos e ou políticos como sendo anticristãos, Estes sempre querem que sua posição prevaleça. Tal aversão à controvérsia não vem de Deus. Jesus iniciando sua jornada de obediência aos seus pais foi ao templo quando ele tinha apenas 12 anos de idade, Jesus começou a discutir diferenças doutrinárias com líderes religiosos do seu tempo. Ele tratou os questionadores como honestos e com humildade e respeito, mas não hesitou em afirmar seus pontos de vista e em mostrar a inconsistência daqueles que se opunham às Verdades bíblicas. (Mateus 22:29; 23:13-39; João 5:37-42).

Os cristãos primitivos também discutiram abertamente as diferenças doutrinárias e assim permitiram que a luz da Verdade brilhasse nas trevas dos erros humanos. Um excelente exemplo de tal discussão é encontrado em Atos 15:1-35. Alguns irmãos na igreja de Jerusalém estavam ensinando uma doutrina que contradizia o que Deus tinha revelado a Paulo e aos outros. Os apóstolos e presbíteros e, mais tarde, toda a congregação, sentaram-se para discutir o problema. Homens de boa fé permitiram que a Verdade prevalecesse, e seus debates levaram à concordância unânime e à paz mais profunda entre os divergentes, eu disse divergentes e não dissidentes. O primeiro grupo se alia em favor da verdade, porém o segundo grupo causa divisões e dissabores, e porque não dizer que causam muitas inimizades.

Terceiro ponto. Diferenças de níveis de maturidade e de consciência pessoal não causam divisão. Enquanto as pessoas continuam a nascer na família de Cristo, há diferenças de níveis de maturidade. Isto é natural e não deve causar divisões. Paulo abordou especialmente este assunto em Romanos 14. Quando há diferenças de opinião, aqueles que sentem uma liberdade maior devem respeitar a consciência do irmão sincero que não reconhece essa mesma liberdade. Assim como os membros maduros de uma família física protegem os mais novos, aqueles discípulos com entendimento mais maduro procurarão proteger as consciências de seus irmãos mais fracos. Aqueles que são mais fracos, amam verdadeiramente o Senhor, naturalmente buscarão crescer. Tais diferenças são resolvidas com estudo paciente, quando o corpo todo busca edificar-se em amor. (Efésios 4:15-16).

Algumas coisas que causam divisão entre os irmãos.

Primeira causa: As falsas doutrinas causam divisão. Doutrinas que contradizem as Escrituras Sagradas são colocadas em prática e pregadas especificamente por motivos egoístas e criam divisão e traição entre seus mentores e criadores, (Romanos 16:17-18). Aqueles que espalham tais erros são especialmente condenados e devem ser evitados. (Tito 1:10-16; 3:10-11). Falsos ensinamentos conduzem à divisão porque não poderá haver comunhão entre a luz e as trevas, (2 Coríntios 6:14 - 7:1). 

Deus espera que os justos se separem dos desobedientes. Esta é uma forma de divisão que tem que ser instigada pelos fiéis para se manterem livres da impureza da falsa doutrina e das práticas pecaminosas. Nem todas as separações ou divisões são erradas porque a palavra de Deus exige que separemos aqueles que persistem sem erro.

Segunda causa. Os fundamentos das heresias causam desrespeito pela manifestação consciente de um irmão,  causam divisão, causam confusão teológica e doutrinária entre os próprios que as defendem. Em Romanos 14:13-17, Paulo falou de coisas que não eram erradas em si, mas disse que é divisor, causam divisão e falta de amor e insistir em exercer tais atividades elas fatalmente vão fazer alguém tropeçar. Este princípio exige que nos abstenhamos de práticas que consideramos lícitas porém não o são, de modo a manter a paz com nossos irmãos. 

Uma determinação egoísta de nossa parte existe em fazermos o que queremos e de um modo  sem respeito para com as dúvidas honestas de nossos irmãos a nosso respeito, reflete uma arrogância sem amor que necessariamente cria discórdias entre as partes. Paulo ensina que devemos buscar amorosamente entender nossos irmãos mais fracos e manter a paz com eles. A carta aos Hebreus diz “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hebreus 12:14.

Terceira causa. Sectarismo religioso também causa divisão. Pessoas religiosas em nossos dias estão demasiadamente preocupadas com o "nós" e "eles" e "nosso" e "deles" e pouco preocupadas com as coisas de Deus. Jesus ofereceu uma solução simples e direta para tal atitude arrogante: "Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: Não o proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós" ou "... quem não é contra nós é por nós", (Lucas 9:49-50; Marcos 9:40). Essas palavras de Jesus não devem ser esticadas para dizer que devemos aceitar cegamente a todos, (Mateus 12:30, mas mostra que não podemos ficar neutros sobre Jesus; ou somos a favor, ou somos contra Ele. Mas estes textos de fato mostram que não convidamos alguém só porque ele não pertence ao nosso grupo. Muitas pessoas estão ocupadas em julgar as raízes quando devem estar julgando os frutos, (Mateus 7:15-16). Tudo o que é bem plantado e bem cuidado vai dar bons frutos e frutos sadios.

Muitas das coisas escritas em nossos dias sobre a herança religiosa de vários grupos devem subir para Deus como tolice sem propósito. Paulo tinha uma linhagem religiosa tão boa como qualquer um à volta dele, mas dizia que considerava isso tudo "perda por causa de Cristo" porque ele punha total confiança em Cristo e sua justiça, (Filipenses 3:7-11), e é assim que devemos proceder. Paulo não estava preocupado com a aprovação ou a permissão de qualquer homem ou organização humana, (Gálatas 1:10-12,17), ele estava preocupado somente com a pregação e a prática do puro evangelho de Jesus Cristo. Em vez de agir como político que precisa fazer uma pesquisa de opinião para saber de que lado o vento está soprando, precisamos estar firmemente assentados sobre a rocha da verdade de Deus, (Efésios 4:11-16,24). Se estamos firmes com Deus, não importa quantos homens estejam contra nós. Certamente os relatos de Gideão e os midianitas, Davi e Golias, e Elias e os falsos profetas são suficientes para nos convencer de que a força não está em nos acharmos alinhados com a religião mais forte da cidade. Deus sempre vence, e a vitória é garantida para aqueles que permanecem firmes com Ele. (Romanos 8:31-39).

Quarta causa. Orgulho e inveja causam divisão. Nenhuma carta do Novo Testamento fala mais sobre a divisão na igreja do que a de 1 Coríntios. As facções na igreja de Corinto eram o resultado de comportamentos carnais de pessoas que estavam mais preocupadas com suas próprias reputações e influências do que com o povo de Deus, (1 Coríntios 3:1-17). Quando os homens são apanhados na carnalidade de tentar mostrar que nossas tendências são maiores do que as igrejas deles, que nossos projetos são melhores do que os projetos deles e que nossos pregadores são mais eloquentes do que os pregadores deles, as contendas são inevitáveis. Se pensarmos que somos maiores e melhores, seremos dominados pelo orgulho. Se temermos que outros estejam ganhando a corrida, seremos dominados pela inveja e pelo ciúme. Não importa quem está na frente; todos que estão na corrida estão errados. Vergonha para aqueles que rebaixam a obra do Senhor ao nível de uma competição atlética. Deixem as competições e a busca de reconhecimento humano na barreira de Sinear, fazendo referência velada às dificuldades de compreensão para entender os reinos do império Babilônios, e retornem à pregação da mensagem simples da cruz de Cristo, (1 Coríntios 2:1-5; veja Gênesis 11:1-9).

Uma chave surpreendente para a paz real.

É interessante notar que Jesus nos disse para buscarmos e esperarmos as vitórias que Ele nos prometeu, até em lugares inesperados ou surpresas agradáveis que podem chegar até nós. Àqueles que queriam ser exaltados, Ele disse que olhassem para baixo e lavassem os pés de seus irmãos, (João 13:14-15). Àqueles preocupados com necessidades físicas e coisas materiais, Ele disse que deveriam buscar as coisas espirituais, (Mateus 6:31-34). E aqueles que querem a paz com os homens, ele disse que devemos buscam a sabedoria pura que vem do alto, que vem de cima, que vem de Deus.

Se começarmos a buscar a paz apenas com nossos méritos, não a encontraremos. É bem provável que acabemos com nada mais do que alianças impuras com pessoas infiéis. Mas se partirmos para buscar e seguir a Verdade de Deus, receberemos o benefício extra da paz com Deus e seu povo.

Tiago 3.17 nos diz o seguinte: “17. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia”.

Não podemos reverter a ordem essa ordem. Se pusermos a paz acima da pureza na pregação e na prática, terminaremos em desavença com Deus. Mas se nos devotarmos a proclamar e a seguir a pureza da mensagem de Jesus Cristo, gozaremos de paz eterna com Deus e seu povo. (1 Coríntios 1:10; Efésios 2:11-22).

Em Romanos 14.19 nos diz o seguinte: Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
Então vejamos o que acontece ou qual o resultado da soberba.

1. Porque será que existem muitos crentes derrotados? É possível que você esteja fazendo parte deste grupo de cristãos derrotados, sem poder espiritual, caídos, abatidos.

2. O Apóstolo Paulo, fala em Rm 8.38 que “Em Cristo nós somos mais do que vencedores”. Ele diz também em 2 Co 10.4-5, que “As armas de nossa luta não são carnais, mas são poderosas em Deus para destruição das fortalezas”.

3. Não há razão para nós fazermos parte do grupo dos derrotados. Contudo se não levarmos à sério nossa vida cristã, podemos amargar sérias derrotas.

4. Existem algumas causas dentro dos textos lidos que podem nos levar a derrotas na vida cristã.

Quais são as causas principais das derrotas do cristão.

I – A falta de vigilância e de domínio próprio e o descontrole em nossos impulsos carnais. Gn. 25. 29-32 nos trás o “exemplo” da falta de vigilância.

“29 Jacó havia feito um guisado, quando Esaú chegou do campo, muito cansado; 30 e disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou muito cansado. Por isso se chamou Edom. 31 Respondeu Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. 32 Então replicou Esaú: Eis que estou a ponto e morrer; logo, para que me servirá o direito de primogenitura?”

1. Torna-se difícil o controle dos impulsos carnais quando estamos relativamente fracos. “Esaú voltou do campo esmorecido”, Vs. 29. Esta expressão indica que ele estava muito cansado, esgotado. Satanás usa estes momentos de fraqueza para nos tentar e nos arrastar ao pecado. Foi desta forma que ele tentou seduzir Jesus, Mt 4.1-4, “1 Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. 2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. 3 Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. 4 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.

2. Porém em Rm 8.3, Paulo nos informa que Cristo “venceu o pecado na carne”: “Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado”.

3. O exercício da carnalidade nos leva à inimizade contra Deus, Rm 8.7, “…O pendor (inclinação, propensão) da carne, é inimizade contra Deus”.

4. A inclinação para a carnalidade, pode nos levar a ofender a Deus, Nm 11.4-9, “4 Ora, o vulgo que estava no meio deles veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel também tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer? 5 Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça, e dos pepinos, dos melões, dos porros, das cebolas e dos alhos. 6 Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. 7 E era o maná como a semente do coentro, e a sua aparência como a aparência de bdélio. 8 O povo espalhava-se e o colhia, e, triturando-o em moinhos ou pisando-o num gral, em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco. 9 E, quando o orvalho descia de noite sobre o arraial, sobre ele descia também o maná”.

Nesta passagem, notamos o povo chorando de saudade das comidas do Egito. A ira de Deus se ascendeu contra eles, Vs. 10, “Então Moisés ouviu chorar o povo, todas as suas famílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do Senhor grandemente se acendeu; e aquilo pareceu mal aos olhos de Moisés”.

5. Paulo fala claramente: “Os que estão na carne, não podem agradar a Deus”, Rm 8.8. Aquele que obedecem a sua natureza terrena, mundana, desagradam ao Senhor.

6. Um exemplo de satisfação da carne, e reprovação de Deus, é o exemplo do “Rico Insensato”, Lc 12.19-20, “19 e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. 20 Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

7. Em razão de sua inclinação carnal, Esaú foi chamado de “fornicário” e “profano”, Hb 12.16, “e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura”. A palavra “fornicário”, tem a ver com o “imoral”; e a palavra “profano”, tem a ver com alguém “sem respeito às coisas sagradas”.

8. Não permitamos que nossa vida seja governada por impulsos carnais, pela devassidão das imoralidades pois tal comportamento nos levará para as derrotas espirituais.

9. Como tem sido a sua vida cristã? Uma sucessão de derrotas, ou uma sucessão de vitórias?

10. Se você não controla seus impulsos carnais, despreza a graça de Deus, e busca o arrependimento tardiamente, você é um cristão derrotado, que nem pode ser chamado de um cristão. Clame diariamente pela graça de Deus. Faça como o publicano, Lc 18.13, “Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, sê propício a mim, um pecador”.

11. Você que ainda não é crente deve procurar conhecer a graça de Deus. A graça de Deus é oferecida a você neste dia, a salvação é oferecida a você neste dia gratuitamente. De maneira alguma você deve trocar a graça de Deus pelo gozo temporário do pecado e pelas misérias deste mundo enganador, 1 Jo 2.15, “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

Seja uma nova criatura em Cristo Jesus e receba muitas bênçãos de Deus.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

TOME CUIDADO, O INIMIGO QUER TE DERROTAR

TOME CUIDADO, O INIMIGO QUER TE DERROTAR.  

 

O que diz o apóstolo Paulo em  2 Coríntios 12:10?

10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte.

O apóstolo Paulo é um grande exemplo, depois de Jesus Cristo, de renúncia das riquezas humanas, depois da sua conversão. O temor de Deus na vida dele, fez toda a diferença para que ele fosse exemplo dos fiéis.

A). Áreas da vida que levam o ser humano ao fracasso e à derrota. Tome cuidado o inimigo quer te derrotar custe o que custar.

O rei Salomão era um rei Sábio porém acumulou muitas derrotas em  sua vida por causa da vaidade, da “muita” sabedoria, das muitas riquezas e das “muitas” mulheres, tudo isso e em grande parte usado de maneira errada em completa desobediência à Deus.

A glória e a grandeza do rei Salomão.

Salomão foi o terceiro e último rei do reino unido de Israel, seguindo o rei Saul e o rei Davi. Ele era filho de Davi e Bate-Seba, a ex-mulher de Urias, o hitita, que Davi matara para esconder seu adultério com Bate-Seba enquanto seu marido estava à frente de uma batalha. Salomão escreveu o Cântico de Salomão, o livro de Eclesiastes e grande parte do livro de Provérbios. Sua autoria de Eclesiastes é contestada por alguns, mas Salomão é o único "filho de Davi" a ser "rei de Israel" (não apenas Judá) "em Jerusalém" (Eclesiastes 1:1, 12), e muitas das descrições do autor se encaixam perfeitamente com Salomão. Salomão reinou por 40 anos, (1 Reis 11:42).

Quais são os principais destaques da vida de Salomão? Quando ascendeu ao trono, ele buscou a Deus, e Deus lhe deu a oportunidade de pedir o que quisesse. Salomão reconheceu humildemente a sua incapacidade de governar bem e altruistamente pediu a Deus a sabedoria de que precisaria para governar o povo de Deus com justiça. Deus lhe deu sabedoria e riqueza também (1 Reis 3:4–15; 10:27). De fato, "o rei Salomão excedeu a todos os reis do mundo, tanto em riqueza como em sabedoria" (1 Reis 10:23). Deus também deu paz a Salomão por todos os lados durante a maior parte de seu reinado (1 Reis 4:20-25).

As causas principais das derrotas do rei Salomão.

Salomão teve 700 esposas e 300 concubinas, muitas delas estrangeiras que o levaram à idolatria pública em sua velhice, irritando muito a Deus, (1 Reis 11:1–13). 1 Reis 11:9-10 registra: "Pelo que o SENHOR se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR, Deus de Israel, que duas vezes lhe aparecera. E acerca disso lhe tinha ordenado que não seguisse a outros deuses. Ele, porém, não guardou o que o SENHOR lhe ordenara". Deus disse a Salomão que removeria o reino dele, mas, por causa de Davi, não o faria durante a vida de Salomão.
Deus também prometeu não remover bruscamente todo o reino. Enquanto isso, Deus levantou adversários contra Salomão que causaram problemas no restante da sua vida, (1 Reis 11:14–25). Jeroboão, o qual se tornaria o primeiro rei de Israel, ( o reino do Norte), também começou a se rebelar contra Salomão, mas fugiu para o Egito, (1 Reis 11:26–40). O reino foi dividido sob Roboão, filho de Salomão, (1 Reis 12).

B). A queda de grandes líderes religiosos e suas dinastias familiares nas igrejas evangélicas.

Temos observado várias razões porque os homens caem em desgraça e destroem sua reputação, sua vida, sua família e seu ministério. Dentre as muitas causas as mais conhecidas e que se destacam são: A primeira, é o sexo. A segunda, é o dinheiro. A terceira, é o poder, a quarta é a mentira e a quinta é a política, muito usada para enganar os fiéis e se corromperem com o recebimento de propinas e outras coisas.  

Nenhum homem deveria confiar em si mesmo nessas áreas. Nossa confiança deve estar firme no Senhor Jesus, que é o autor e consumador da nossa fé. O apóstolo Paulo adverte: "Quem pensa estar em pé, olhe que não caia". (1 Coríntios 10.12).

Vamos analisar situações que derrubam o ser humano da fé.

“Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa”. Apocalipse 2.20.

Jezabel era o cúmulo da vaidade excessiva, assim como hoje também vemos pessoas nas igreja, inclusive nos púlpitos com tanta vaidade, que causa nojo e que Deus vira as costas para tais pessoas por causa dos seus procedimentos e suas atitudes de desafiar a palavra de Deus e ainda estar como dominadores nas suas dinastias religiosas cleptocratas.

O quê é cleptocracia? A Cleptocracia religiosa é casada com a cleptocracia política.

A palavra “cleptocracia” significa “Estado governado por ladrões”, literalmente. O termo se refere a um tipo de governo no qual as decisões são tomadas com extrema parcialidade, indo totalmente ao encontro de interesses pessoais dos detentores do poder político ou religioso.

Na cleptocracia, a riqueza é extraída de toda a população e destinada a um grupo específico de indivíduos detentores de poder. Muitas vezes são criados programas, leis e projetos sem nenhuma lógica ou viabilidade, que no fundo, possuem a função de beneficiar certos indivíduos ou simplesmente desviar a verba pública para os bolsos dos governantes.

Deus se agrada de quem observa e vive conforme à Sua Palavra que diz: sede santos em toda a vossa maneira de viver.

Desde o princípio o Senhor Deus alertou sobre como o desejo se volta contra o ser humano, (Gênesis 4.7). Deus alertou Caim e o aconselhou  a dominar a vontade de sua carne. Ele não o fez, e viveu as sérias consequências da sua falta de domínio próprio.

A responsabilidade de refrear os desejos da carne é toda do homem, mesmo quando há uma ação de satanás ele explora a cobiça do coração do ser humano. É responsabilidade do cristão dizer não a suas concupiscências. 

O apóstolo Paulo nos ensina: “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação”. Romanos 6.19. 

O apóstolo Paulo, em sua carta aos romanos enfatiza a fraqueza da carne, como conhecedor do que ela é capaz de fazer e instrui ao povo uma vida de santificação na qual existe controle sobre o corpo, não permitindo que ele se entregue ao que o satisfaz. É muito comum hoje as pessoas modificarem o seu corpo por não se agradar do jeito que Deus fez, e para isso fazem todo tipo de cirurgias plásticas e ou procedimentos estéticos para melhorar a aparência aos olhos dos outros, ou seja, acham que vão ficar mais bonitos ou mais bonitas do que os outros seres humanos à sua volta.

No lugar de ceder aos desejos da carne, devemos, como servos de Deus, ter uma vida de sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional. 

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século ( ou com este mundo), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.1-2.

A questão da imoralidade quando a vaidade é excessiva: – 1 Co 6.18- “o uso do corpo deve ser santo para o Senhor, ele é habitação e morada  do Espírito Santo, nosso corpo e nossa conduta social precisam servir de exemplo aos fiéis para a glória de Deus. Viver de maneira santa é um culto com o propósito de exaltar ao Senhor, o corpo não pertence mais ao homem, mas é um templo separado a Deus, passa a ser templo do Espírito Santo. Não entrega-lo a prostituição é um culto racional, repetindo dia após dia por uma postura firme de santidade e busca constante de santificação para ser exemplo dos fiéis.

C). A vontade de Deus é santificação plena do homem; há um processo de santificação até chegarmos ao dia do arrebatamento individual ou coletivo quando alcançaremos a vitória da nossa salvação , mas a santificação do corpo é abster-se da prostituição em toda a sua extensão. Essa é a santificação que honra, que reconhece o Senhor Deus acima de todas as coisas. Hebreus 12.14 diz: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. 

”Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação”.(1 Tessalonicenses 4.3-7).

O Senhor concede perdão e redenção, mesmo a pessoa estando no lamaçal da imoralidade sexual, na lama do pecado. Na passagem de João 5.14 Jesus disse ao paralítico que acabara de curar: “não peques mais, para que não te suceda coisa pior”. Jesus Cristo oferece a graça, mas em seguida uma advertência: não volte ao pecado, existem consequências. A graça oferece perdão e nos livra do pecado, mas se permanecermos no erro a graça é anulada e as consequências são piores.

O estrago do espírito de Jezabel está intrinsecamente ligado também à vaidade excessiva; o que ela causa na obra de Deus e na sua vida é um estrago muito grande. Esse espírito enganador é como denominamos como um comportamento que perturba muitas  famílias e muitas igrejas. O Senhor Jesus disse que este tipo de atitude não deve ser tolerado em uma igreja. Contudo, em quase todas as comunidades cristãs existe uma Jezabel que “a si mesma se declara profetisa”, (Apocalipse 2.20) e com isso engana muitas pessoas. Este espírito impede o crescimento da igreja e precisa ser derrotado para que a comunidade de fé seja abençoada.

O profeta Elias certa vez fugiu com medo das ameaças de Jezabel, (1 Reis 9.1-10), e o pastor da igreja de Tiatira parece que tolerava os erros de uma pessoa como Jezabel dentro da igreja. Tanto a tal “profeta” como o pastor, foram desafiados a enfrentar este espírito e vencer através do poder de Deus. Isso mostra que não precisamos ter medo “porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. (2 Timóteo 1.7).

D). Como descobrir o espírito de Jezabel dentro da igreja? Vejamos algumas características do espírito de Jezabel baseados nas ações e no procedimento destas pessoas.

1 – A prostituição era o cerne da vida de Jezabel.

Jezabel era uma mulher vaidosa (2 Reis 9.30), acostumada a conquistar seus interesses através da sedução e da prostituição. Na bíblia o termo prostituir tem o significado geral de infidelidade tanto conjugal como espiritual. Quando uma pessoa não é fiel a Deus, está se prostituindo, pois “ninguém pode servir a dois senhores”, (Mateus 6.24). Jezabel praticava tanto a prostituição sexual como a feitiçaria e a bruxaria. (2 Reis 9.22).

Em várias igrejas o espírito de Jezabel entra através de pessoas que não estão com sua vida em santidade e ou em plena comunhão com Deus. Por isso precisamos tomar cuidado com quem colocamos diante do altar para ministrar. Torna-se indispensável um padrão moral para quem estiver à frente da igreja. Isso não é legalismo, mas uma necessidade. Uma pessoa que está em pecado de fornicação ou amasiada não está preparada para ensinar e sim precisa ser restaurada. Devemos fazer isso com amor e muita paciência, nunca expondo ninguém em público.

Além desta situação, ainda existe a prostituição espiritual. Muitos membros de igrejas são infiéis ao seu pastor e à comunidade onde congrega. Pessoas assim pulam de galho em galho, procurando onde tem algo que lhe agrada. Cada dia procura uma igreja e um pastor que faça a sua vontade e não a vontade de Deus. O espírito de Jezabel faz com que líderes falem mal de seu pastor, traindo aquele que abençoa e luta por sua vida.

2 - A idolatria é como pecado de prostituição.

Outra característica do espírito de Jezabel é a idolatria. Jezabel patrocinava o culto a ídolos e tinha um exército de profetas chegando ao número de mais de 850 homens sustentados por ela para cultuar deuses estranhos (1 Reis 18.19). A idolatria é tudo o que toma o lugar de Deus, pois o Senhor não divide sua glória com ninguém. (Isaías 43.8).

No mundo chamado gospel atualmente existe muito estrelismo onde o nome de personalidades mais artísticas do que religiosas se sobrepõem. Nas igrejas locais o espírito de Jezabel entra com idolatria de cantor, pastor e principalmente a idolatria denominacional. A religiosidade faz com que membros de igrejas sigam mais o que diz sua denominação ou líder do que o que a própria bíblia diz.

A idolatria na igreja engana muito bem aqueles que estão cegos e pensando que tudo está perfeito e que seu líder ou denominação não têm defeito. Alguns membros de igreja fazem pior ainda idolatrando um líder que não é de sua comunidade em detrimento de quem está ali no dia a dia conhecendo os problemas e dificuldades do lugar e das pessoas. Com isso vêm as comparações e cobranças indevidas. Com o tempo estas pessoas se decepcionam e ficam frustradas, pois sua fé não era somente em Deus e sim em “doutrinas que são ensinamentos de homens”, (Mateus 15.9), e até doutrinas de demônios, (1 Timóteo 4.1-3).

3 - Manipulação e bajulação para pecar à vontade em nome da religião. Sedução e atração para pecados e orgias sexuais.

Jezabel era manipuladora. Queria que tudo fosse do seu jeito. Seu próprio marido, o rei Acabe se vendeu, se entregou às artimanhas de Jezabel: “Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o SENHOR, porque Jezabel, sua mulher, o instigava”, (1 Reis 21.25). Por querer controlar tudo ao seu redor, Jezabel também era invejosa. Certa vez armou uma mentira para matar um homem chamado Nabote só porque Acabe queria o seu terreno chamado de “ a vinha de Nabote". Então (Jezabel) tirou a vida e a propriedade de um homem inocente. (1 Reis 21.5-15).

Quem manipula pessoas faz coisas terríveis sendo capaz de tudo para alcançar seus objetivos, como mentira, traição e vingança. Uma pessoa manipuladora mente para conseguir o que deseja, trai ou apunhala outros pelas costas e se vinga de quem não fizer sua vontade.

O espírito de Jezabel entra em muitas igrejas através de pessoas que querem mandar em tudo na congregação. Algumas dessas pessoas já exercem funções de autoridade profissionalmente e refletem isso dentro da igreja achando que podem dar ordens ao irmão como se fossem um empregado ou subordinado do trabalho. Contudo ainda existem casos de pessoas que não se realizaram profissionalmente ou até na família foram dominados e parecem querer ser alguém dentro da igreja assumindo funções onde possam sobressair sobre os outros.

Igreja não é lugar de maltratar ninguém e sim de demonstrar amor e companheirismo. Se alguém tem um título de poder na sociedade, isso fica do lado de fora e dentro da Casa de Deus somos todos irmãos e devemos “servir uns aos outros em amor”, (Gálatas 5.13). Por isso devemos ter cuidado ao colocar alguém na liderança da igreja que sabidamente não trata bem os irmãos e quer ser líder em alguma área, somente para aparecer e dominar os outros. Também é preciso ter cuidado com sistemas políticos e eclesiásticos onde uma pessoa tem poder excessivo na igreja.

4 – Perseguição ferrenha aos opositores.

Jezabel perseguiu os profetas do Senhor ao ponto que muitos tiveram que ser escondidos por um tempo, (1 Reis 18.4 e 13). Muitos profetas foram mortos por Jezabel e o próprio profeta Elias foi ameaçado por ela diversas vezes, (1 Reis 19.2). Um dos motivos desta perseguição é porque os profetas de Deus falavam a verdade e não o que Jezabel e Acabe queriam ouvir. (2 Reis 3.13,14).

O espírito de Jezabel pode ser percebido em igrejas onde pessoas são perseguidas. Existem comunidades onde tudo já está tão estabilizado que quando um homem ou mulher de Deus propõe mudanças, passa a ser perseguido. A inveja e briga de poder fazem com que líderes sejam perseguidos nas igrejas. Espiritualmente falando, uma das causas da perseguição é que o líder enfrenta coisas demoníacas e luta contra forças do mal, por isso o inimigo usa pessoas para persegui-los, para derrotá-los.

Enfrentar perseguição externa, de pessoas ou situações que vem de fora da igreja é algo normal. Entretanto a pior coisa é ser perseguido por irmãos dentro da própria igreja. Esta é uma estratégia do inimigo para enfraquecer a igreja, pois “um reino dividido não subsistirá”, (Mateus 12.25). Tome cuidado com pessoas que falam mal de outros irmãos ou que perseguem líderes, pois estão sendo usadas pelo espírito de Jezabel.

O fim da vida de Jezabel foi terrível (2 Reis 9.36,37). A personagem do Apocalipse chamada de Jezabel também foi avisada e Jesus lhe deu “tempo para que se arrependesse”, (Apocalipse 2.21), caso contrário sofreria muito ao ponto de ser tratada no leito de enfermidade e seus ‘filhos’ ou seguidores também seriam exterminados, (Apocalipse 2.22,23).Então se em sua igreja há este tipo de comportamento deixe Deus cuidar, pois Ele vai separar o joio do trigo na hora certa, (Mateus 13.36-40). Confie na promessa de Deus de que “os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos”. (Salmos 1.5).

E). Nesta postagem nos referimos ao espírito de Jezabel como algo demoníaco que precisa ser expulso e também comportamental que precisa ser tratado dentro das igrejas. Então aconselhamos a quem ler estas palavras a não usar isso como expressão de chacota chamando irmãos ou irmãs de ‘Jezabel’ e nem reprimir estas pessoas, pois fazendo isso, estaria usando suas mesmas estratégias e, portanto fazendo-se igual a elas. Jesus tem a solução para tratar estas pessoas e liberta-las da possessão demoníaca e maligna.

A Bíblia diz que o rei Acabe foi pior que todos os reis que vieram antes dele em Israel. Ele fez muitas coisas erradas e foi castigado por Deus. Acabe foi um exemplo de como um líder não deve ser. Devemos evitar os erros de Acabe. O rei Acabe foi perverso e o pior rei da história de Israel.

1 – A idolatria do rei Acabe.  

Acabe não teve temor a Deus. Ele adorou os deuses falsos de sua esposa, Jezabel, e construiu templos para eles. Somente Deus merece adoração, mas Acabe ignorou os mandamentos de Deus e procurou a proteção de ídolos inúteis, (1 Reis 21:25-26). Além disso, ele promoveu a idolatria pelo país inteiro.

2 – O rei Acabe, assim como temos muitos hoje, foi um religioso de ocasião.

O rei Acabe apenas era religioso quando convinha. Quando os seguidores do deus falso Baal tinham influência, ele adorava Baal mas quando Elias derrotou e matou todos os profetas de Baal, Acabe não fez nada para o impedir. Acabe seguiu as ordens de Deus para derrotar o rei da Síria mas quando conseguiu a vitória, ele rejeitou as advertências de Deus.

3 – O rei Acabe era mimado por Jezabel.

Tudo tinha que ser do jeito que Acabe queria. Se não conseguia o que queria, ele ficava zangado e até fazia birra. Uma vez, Acabe quis comprar a vinha de um homem chamado Nabote, que era seu vizinho, para plantar uma horta ou um parreiral de uvas. Mas Nabote se recusou a vender sua vinha, que pertencia a sua família. Por causa disso, Acabe se deitou na cama, embirrado (1 Reis 21:3-4). Jezabel o repreendeu por essa atitude tão infantil. Acabe era tão mimado e egoísta que não ficou com remorsos quando Jezabel mandou matar Nabote por falsas acusações e confiscou sua vinha. Ele se alegrou, porque tinha conseguido o que queria.  

4 – Acabe era desobediente a Deus.

Acabe era israelita e conhecia os mandamentos de Deus mas não tinha respeito por eles. Contra os mandamentos de Deus, ele cometeu idolatria, casou com uma mulher estrangeira idólatra e feiticeira, foi cúmplice de assassinato e da perseguição aos profetas de Deus, (1 Reis 16:30-32). Acabe também poupou um inimigo cuja morte Deus tinha ordenado e até prendeu um profeta que o avisou do perigo de sair para a guerra.

5 - Acabe era inimigo de homens de Deus, dos profetas de Deus.

Vários profetas de Deus repreenderam Acabe por seus pecados e o avisaram do castigo que estava por vir. Em vez de ouvir a repreensão e se arrepender, Acabe ficava irado com os profetas e os perseguia, junto com sua esposa. O rei Acabe até considerava o profeta Elias como um inimigo público, que ameaçava o “seu reino”.  1 Reis 18:16-18.

O resultado da maldade e dos pecados hediondos do rei Acabe, de sua esposa Jezabel e de sua família, foi a morte trágica de todos, e é claro, a condenação eterna.

6  -  Acabe tinha herdado um reino próspero de seu pai e, por algum tempo, desfrutou dessa prosperidade. Mas, no fim, Deus castigou Acabe por todos os seus pecados. Em uma batalha uma flecha atirada ao acaso acertou em Acabe e ele perdeu muito sangue e morreu. Como tinha sido profetizado pelo profeta Elias, os cães lamberam o sangue de Acabe no mesmo lugar onde lamberam o sangue de Nabote. (1 Reis 22:37-38). Os filhos de Acabe seguiram em seus maus caminhos e todos foram mortos. Acabe pensava que o pecado não tinha importância mas o pecado acabou por destruir sua vida e sua família inteira, todos tiveram morte trágica.

Não siga os maus exemplos de pessoas maliciosas, malignas e maldosas, os péssimos exemplos dessas pessoas levam qualquer um ao inferno junto com elas.

Siga os exemplos de Jesus Cristo e seus apóstolos. Veja o que o profeta Isaías disse, a mais de quatrocentos anos antes de Jesus nascer, sobre a pessoa do Senhor Jesus como exemplo para toda a humanidade.

Isaías 53.3-11.

3. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

4. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

5. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.

6. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

7. Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.

8. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido.

9. E puser a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.

10. Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.

11. O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.

Vença o inimigo custe o que custar. Jesus é o nosso exemplo, Jesus é o exemplo dos fiéis, Jesus é o nosso Salvador. Jesus morreu na cruz para nos salvar.

Deus abençoe você e sua família.

 

Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.